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O mel natural é um produto açucarado fornecido pela abelha Apis mellifera L., APIDAE. O produto
é uma solução aquosa concentrada de açúcares, geralmente com predominância de frutose e gluco-
se, e de pequenas quantidades de dextrinas, enzimas, ceras, óleos voláteis, ácidos orgânicos, éteres,
substâncias gomosas, albuminóides e minerais. A principal forma de falsificação do mel é pela adi-
ção de açúcar comercial, glucose e dextrinas. Além disso, pode ocorrer no comércio mel artificial,
que é constituído por açúcar com adição de substâncias aromáticas e/ou de mel natural. A análise do
mel tem por finalidade descobrir se o produto é genuíno, artificial ou falsificado.
O mel pode ser branco (provavelmente centrifugado), pardo (provavelmente de coníferas) ou com
coloração intermediária de amarelo claro a amarelo esverdeado. O sabor, se mais ou menos doce,
com ligeira sensação acre, é devido à presença de pequenas quantidades de ácidos fórmico e málico.
O aroma, se agradável, é característico de mel normal.
3.Pesquisa de corantes
• Pesar 1g de mel e dissolver em 10 ml de água destilada;
• Adicionar cerca de 2 ml de solução de ácido sulfúrico a 5%.
O mel deve permanecer com a coloração inalterada. Se existem substâncias corantes adicionadas ao
mel, a cor passa gradualmente de violeta a rosa.
Técnica:
1 - Transferir 5 g da amostra para a proveta de 50 mL;
2 - Adicionar 5 mL de água, misturando bem com o bastão de vidro;
3 - Adicionar 5 mL de éter, misturando bem por inversões sucessivas;
4 - Deixar em repouso até separar as duas camadas (a camada etérea deve ser clara);
5 - Transferir 2 mL de camada etérea para um tubo de ensaio;
6 - Adicionar 0,5 mL da solução de resorcina recentemente preparada e agitar.
7 – Observar os resultados após 5 minutos: cor vermelho cereja: indica alto conteúdo de HMF cor
amarela: indica valores normais de amostra.
O aparecimento de coloração vermelha indica a presença de HMF (reação do HMF com a resorci-
na), possivelmente em quantidade maior que 200 mg/kg. O vermelho cereja indica mel de péssima
qualidade e a intensidade do vermelho está relacionada à quantidade de HMF presente no mel
Material: Proveta de 50mL com tampa esmerilhada; proveta de 25mL; pipeta de 5mL.
Reagentes: Solução de ácido tânico (0,5%) (recente)
Resultado: Anotar o volume ocupado pelo precipitado e concluir, sabendo que no mel puro forma-
se um precipitado (0,3 a 3,0 mL – acima de 3,0 mL indica mel de má qualidade) após 24 h e no mel
artificial não se forma depósito.
6. Reação de Lugol
Princípio do método: Fundamenta-se no fato de que a solução de Lugol reage com as dextrinas e o
amido presentes no mel (adicionados com fins fraudulentos), dando coloração vermelho-violeta e
azul, respectivamente.
Técnica:
1- Transferir 10 g de amostra para um bécker de 50 mL;
2- Adicionar 10 mL de água, agitar;
3- Adicionar 1 mL de solução de lugol;
4- Efetuar a mesma prova com mel comprovadamente puro, para comparação.
Resultado: Concluir mediante a coloração obtida, sabendo que na presença de glicose comercial a
solução ficará colorida de vermelho ou de violeta, variando a intensidade da cor com a qualidade e
a quantidade das dextrinas presentes na glicose comercial porventura acrescentada.