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A IMPORTÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA NA ESTÉTICA: uma revisão

integrativa
Pâmela Sousa Barros da Silva

INTRODUÇÃO

Atualmente o ramo da estética vem se expandindo mais e mais, não satisfeitos os brasileiros
procuram melhoria em sua aparência e saúde. No quesito vaidade, as mulheres são os fatores
principais, porém nos últimos tempos, os homens também estão tendo uma grande importância para
o mercado, e juntos, fazem a economia nacional girar em torno de 38 bilhões por ano. De 2010 a
2015, houve um acréscimo de 567% de microempreendedores individuais (MEIs), que passou de
72.309 para 482.455 em janeiro de 2016. (AZEVEDO, 2017)
O aspecto cultural de se dar importância ao atributo da beleza, e a facilidade de acesso entre
todas as camadas sociais para usufruir de serviços voltados para cuidados da aparência física em
compasso com os padrões de estética corporal atuais, é uma realidade em todo mundo. Tal
comportamento se reflete na economia, no crescimento da indústria de perfumaria e cosméticos e,
sobretudo nos serviços para o embelezamento, cuja prerrogativa é a da beleza pessoal como uma
apresentação de maior impacto (Gir & Gessolo,1998).
De acordo com as informações da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal,
Perfumaria e Cosméticos - ABIHPEC (2017), o Brasil é o terceiro maior mercado de beleza, atrás
apenas dos Estados Unidos e Japão. O aumento da procura por cuidados estéticos decorre da
ampliação do número de clínicas de estética, facilitando o acesso do público em geral – pessoas das
mais variadas classes sociais e de diferentes níveis de poder aquisitivo.
Na mesma proporção que se dá esse aumento, cresce também a necessidade de adoção de
procedimentos e regramentos, além de licenciamentos na área de biossegurança e gerenciamento de
resíduos (ZAMONER, 2008).
Conforme as definições da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as
atividades desempenhadas no âmbito de embelezamento e estética sem responsabilidade médica são
consideradas de interesse da saúde, pois podem representar um risco tanto para profissionais como
para usuários desses serviços, uma vez que o ambiente e as atividades realizadas são propícios à
transmissão de microrganismos patógenos (CONASS; 2011).
Esses ambientes são propícios para a propagação dos agentes causadores de patologias,
podendo incorrer no risco de transmissão de forma direta ou indireta, em virtude da ausência de
infraestrutura e despreparo técnico dos profissionais, em decorrência da falta de conhecimento
sobre normas de biossegurança, prevenção e transmissão de doenças (FRANÇA, et al. 2017;
FELIPE, et al. 2019).
Segundo a Comissão de Biossegurança da Fundação Oswaldo Cruz define “Biossegurança
como um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização e eliminação de riscos
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços que possam comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente, ou a
qualidade dos trabalhados” (TEIXEIRA e VALLE, 1996).
Nogueira (1996) afirma que a biossegurança deve ser alcançada por meio de estratégias
comunicacionais adotadas pelos membros constituintes de um estabelecimento e por meio da 13
sistematização de normas de boas práticas, renovando a instituição e obtendo uma gestão de
qualidade na empresa.
Durante as práticas estéticas, existe um contato direto entre o profissional e o cliente, sendo
uma situação perfeita para a transmissão de microrganismos (GARBACIO e OLIVEIRA 2012).Para
evitar doenças e lesões no ambiente de trabalho, o esteticista deve ter a consciência para ações de
prevenção à essas situações. Assim, surge a biossegurança em estética (MORENO, 2015).
A segurança biológica é fundamental para práticas e técnicas associadas à profissão, deve
estar presente, principalmente, nos autocuidados, no manuseio de materiais biológicos, cuidados
com equipamentos e superfícies, no descarte e destino de materiais perfuro cortantes, infectantes, na
prevenção e no manejo da exposição biológica e ocupacional (COSTA e GOMES, 2012).
Ainda, para realizar procedimentos estéticos, o profissional deve realizar um curso de
qualificação no qual aprende técnicas para atuar corretamente no processo. Para isso são utilizados
instrumentos que podem transmitir doenças, por isso é fundamental o correto uso de Equipamentos
de Proteção Individual, também conhecidos como EPI - dispositivos com a finalidade de prevenir
ou minimizar riscos e acidentes na área de trabalho (DINIZ E MATTÉ, 2013; GARBACCIO E
OLIVEIRA, 2013).
Além disso, o estabelecimento deve conter um Alvará Sanitário que autorize o
funcionamento deste, onde serão exigidas as normas da Biossegurança, tais como: uso de EPI,
esterilização, descarte correto de perfuro cortante, entre outros (PIATTI, 2013).
DESENVOLVIMENTO
Trata-se de um estudo descritivo exploratório com análise qualitativa através de uma revisão
sistemática de literatura (BARDIN, 2009; CANSONIERI, 2010)
Resumo:
A procura pelo autocuidado tornou-se nos ultimos anos uma das maiores preocupações da
população, o interesse pelos procedimentos estéticos vem crescendo exponencialmente, saúde e
bem estar estão incorporados à estética. O comprometimento no trabalho atrelado a
responsabilidade e as boas práticas são itens fundamentais para o profissional esteta, principalmente
tratando-se de biossegurança. Portanto, objetivou-se identificar as principais medidas de
biossegurança no âmbito das clínicas de estética do Brasil. A metodologia trata-se de uma revisão
sistemática de literatura em caráter exploratório, com abordagem qualitativa através de artigos
científicos nacionais, na qual as buscas foram realizadas em duas bibliotecas eletrônicas, que
abrangem uma coleção selecionada de períodicos científicos brasileiros, Scielo (A Scientific
Electronic Library Online) e Pubmed ( National Library of Medicine). Obteve-se um total de 15
artigos, utilizando-se como critério de inclusão “artigos que abordem sobre o tema biossegurança
voltada à estética”. Entretanto, foram excluídos da pesquisa, artigos que não abordassem o tema
proposto. Dos 08 estudos restantes ...

Palavras-chave: Estética. Biossegurança. Saúde. Beleza. Contenção de riscos biológicos.

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