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CENTRO UNIVERSITARIO DE CIENCIAS E TECNOLOGIAS DO

MARANHÃO – UNIFACEMA
BACHARELADO EM BIOMEDICINA – 1 PERÍODO

Adriele Vale Oliveira


Andrezza Damasceno
Gabriella Melo Costa Simão
Kawan William Correia de Souza
Layane Karine dos Santos Coutinho
Marilia do Carmo Saba de França
Thayná Vitória do Nascimento Coelho

BIOSSEGURANÇA E SEUS RISCOS OCULTOS

CAXIAS-MA
2022
Adriele Vale Oliveira
Andrezza Damasceno
Gabriella Melo Costa Simão
Kawan William Correia de Souza
Layane Karine dos Santos Coutinho
Marilia do Carmo Saba de França
Thayná Vitoria do Nascimento Coelho

RISCOS NA ESTÉTICA: UMA AVALIAÇÃO DA BIOSSEGURANÇA

Projeto integrador apresentado à


disciplina Praticas Biomédicas e Atenção
à Saúde do curso de Bacharelado em
Biomedicina do Centro Universitário de
Ciências e Tecnologia do Maranhão-
UNIFACEMA como requisito parcial para
obtenção de nota.

CAXIAS-MA
2022
INTRODUÇÂO
Diante das grandes procuras por serviços de embelezamento, torna-se
essenciais ações de prevenção e cuidados da saúde. Assim, vale ressaltar a
importância dos conhecimentos dos riscos nas práticas das atividades realizadas por
manicures, como por exemplo os instrumentos perfuro cortantes, nesses transfigura-
se a necessidades de esterilização de alicates, tesouras, espátulas que seja de
metal, entre outros que provocam lesão da derme ou epiderme. (VIEIRA, 2011).
Com isso, na ausência desses procedimentos manicures e clientes são
expostas à vírus causadores de doenças, tais como: Onicomicose, sífilis, Hepatite B
e C e até o vírus HIV. Assim, é evidente que é indispensável a atenção voltada para
biossegurança. Pois esta é fundamental para a prática segura à saúde do
profissional e cliente. (BARBOSA, et al., 2015).
No âmbito do reconhecimento de lei da estética n° 12592, de 18 de
janeiro de 2012 são essenciais e obrigatórios na prevenção de patogênicos. Dessa
forma algumas medidas devem ser tomadas, buscando a diminuição de riscos de
contaminação, como por exemplo, higienização correta das mãos, uso de
equipamentos de proteção (EPIS), vacinação dos profissionais em dia, além de
limpeza/ desinfecção do seu local de trabalho. Como também, um local adequado
para exercer a profissão. (Teixeira JM, Isabela FB, Rosário TSC, et al., 2012)
Considerando que é dever do estado realizar ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde (Lei federal n°8.080/90) bem como a proteção à
saúde e segurança, contra riscos gerados por práticas nas entregas de serviços o
qual é um direito básico do consumidor. Fica ciente que a ANVISA é responsável no
desenvolvimento de ações que buscam a eliminação e diminuição dos riscos à
saúde. No entanto, a ANVISA deve estar ciente das realidades desses profissionais
e propor padrões mínimos, mas que sejam eficazes para o exercício com excelência
da profissão. (Brasil. Lei n°8.080/90).
Apesar de manicures que trabalham em salões de beleza com recursos
e investimentos favoráveis para erradicação de patogênicos. É notório que, muitas
das manicures existentes em cidades pequenas são autônomas e oferecem seus
serviços de forma domiciliar, sem interferência dos órgãos de vigilância. Na qual,
aliada à escassez de informação e investimento induz ao ambiente favorável para
expandir diferentes doenças. (Diniz AF, Matté GR)
Diante do cenário apresentado, busca-se conhecer a realidade do
trabalho de diversas manicures no quesito esterilização e práticas de biossegurança.

PROBLEMÁTICA

De que maneira deve-se orientar as manicures e pedicures que não utilizam


das práticas de biossegurança em seu local de trabalho?

OBJETIVO GERAL

 Orientar as manicures e pedicures sobre as normas de biossegurança em seu


ambiente de trabalho.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

 Orientar as manicures sobre as doenças transmitidas pelo manuseio


inadequado de instrumentos durante a realização do trabalho.
 Identificar os acidentes causados por matérias perfurocortantes nos
estabelecimentos de beleza e estética.
 Avaliar o conhecimento e anuência as recomendações de biossegurança.

REFERENCIAL TEÓRICO

O mercado de beleza e cosmetologia experimentou um crescimento


significativo nos últimos anos, principalmente devido à escalada da sociedade e
seus padrões e estilos amplamente divulgados. Manicures e Pedicures ganham
ênfase e destaque entre a diversidade de profissionais da beleza. A prosperidade da
demanda e fornecimento desses serviços não acompanham a atenção à saúde e
cuidado para com esses trabalhadores e clientes. As manicures, por exemplo, são
expostas a uma variedade de riscos ocupacionais, seja fisicamente, quimicamente,
biológica ou ergonômicos, os quais podem prejudicar sua saúde e desempenho
profissional. (ARAÚJO; GUERREIRO, 2016)
As manicures em seus locais de trabalho, quando não possuem
conhecimento sobre biossegurança pode ser permeado por riscos, tendo em vista
que estarão expostas à materiais infecciosos. Em seus trabalhos as manicures ficam
expostas a muitas bactérias, vírus, protozoários, microrganismos que podem causar
doenças sérias, os instrumentos perfurocortantes utilizados no ato da manicure e
pedicure podem ser agentes de transmissão de doenças uma vez que não forem
esterilizados e limpos da maneira correta. (SILVA; PEREIRA; PEREIRA, 2020)

De acordo com Santos et al. (2020), medidas devem ser tomadas para a
minimização dos riscos de contaminação por tais materiais, como a higienização das
mãos, a desinfecção desses artigos e do próprio ambiente, também é necessária
uma estrutura aquedada dos estabelecimentos sendo esses ambientes propícios a
transmissão de microrganismos, isto é, por contato direto ou indireto que é
consequentemente propicio pela precariedade do local de trabalho. Pontuados
meios fundamentais para não propagação, descumprimento de tais medidas
implicam diretamente numa contaminação cruzada de doenças como Hepatite B e
C, Sífilis e até mesmo o vírus HIV2.

A prática de cutilagem, afastamento de cutícula fazem arranhaduras que


aumentam a exposição da pele do cliente a possíveis patologias como a HIV, essa
transmissão acontece devido ao material contaminado que em um momento depois
de uso em outros clientes não foi esterilizado da maneira correta ou não foi limpo
sequer uma vez. (DINIZ et al., 2013)

Nas instalações de beleza, os profissionais devem cumprir e adaptar-se à


legislação sanitária aplicável, aderir às normas de boas práticas, garantir a
segurança e qualidade dos serviços que prestam, evitar riscos para a saúde. No
entanto, forma inadequada em seus próprios processos de desinfecção e
biossegurança no ambiente de trabalho, além de demonstrarem pouco
conhecimento sobre a segundo diversos estudos, esses profissionais, manicures e
pedicures têm dado mais atenção à transmissão da AIDS. Segundo a OMS, o vírus
da hepatite B é conhecido por ser 50 a 100 vezes mais infeccioso que o HIV,
bastante sensível ao ambiente externo, estima-se que possa viver por cerca de 1
hora fora do corpo humano. Através de agentes físicos (por exemplo, calor) e
químicos (lixívia, glutaraldeído, álcool, peróxido de hidrogênio), ele pode
rapidamente se tornar inativo. (MONTES, et al.)
Há cerca de 450 milhões de portadores HBV no mundo, dos quais mais ou
menos dois milhões encontram-se no Brasil. Dados como estes nos mostram que há
uma alta prevalência do vírus da hepatite b (HBV) no país e que pelo menos 31,89
milhões de pessoas da população brasileira já tenha sido exposta ao mesmo. O
compartilhamento de ferramentas de manicure e pedicure, principalmente cortadores
de unhas e tesouras, é considerado uma das formas de propagação do vírus. Assim,
essa parte da população representa um subgrupo com fatores de risco para
exposição potencial a material contaminado pelo sangue de seu cliente.
(CARVALHO; VICTOR; PEREIRA, 2015)

Locais como salões de beleza tornaram-se pontos centrais de possíveis


contaminações principalmente devido ao material não corretamente esterilizados,
em especial o material utilizado por manicures e pedicures. Tais materiais que
exigem um preparo de limpeza antes de seu uso para com o próximo, podem
acarretar doenças transmissíveis, como a mencionada ‘sífilis’, situações também
decorrentes a não informação do uso da biossegurança. (MIRANDA et al. 2020)

Ademais vale ressaltar, os riscos ergonômicos são um fator que contribui para
acarretamento de problemas de saúde, profissionais manicures quando vão realizar
seu trabalho em seus clientes, se mantém em uma posição inadequada que em uma
jornada extensa geram incômodos e dores na região posterior do corpo. (SILVA e
DIAS, 2010)

METODOLOGIA

A base empírica deste artigo é uma investigação de caráter exploratório e de


natureza quantitativa. Segundo Prodanov e Freitas (2013, p.52), a pesquisa
descritiva apresenta a definição de características de determinada população,
fenômeno e organização de relações entre as variáveis do estudo. Tal pesquisa
busca permitir maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
perceptível.

A pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que


significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las
(PRODANOV; FREITAS, 2013). O procedimento a ser utilizado será coleta de dados
em visitas a estabelecimentos de beleza, sejam eles de manicures autônomas, que
prestam serviços nas suas casas ou casas de clientes, ou ainda manicures
vinculadas a algum salão de beleza.

Os estabelecimentos e entrevistados estão localizados na cidade de Caxias,


cidade situada a leste do estado Maranhão, estando a 368 km da capital do estado,
por conseguinte será aplicado um questionário estruturado com perguntas
dicotômicas de múltipla escolha, para as manicures que concordarem em participar
de forma voluntária, mediante assinatura de Termo Livre de Consentimento, que
explica os objetivos e etapas do estudo.

A pesquisa será realizada com a aplicação de uma conversa informal e um


questionário apresentado no Apêndice e com garantia de sigilo de identidade,
atendendo aos propósitos da resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. O
questionário contém vinte questões, que contém questões relativas aos objetivos
propostos e divididas em cinco categorias:

1. Perfil profissional
2. Sanitização do estabelecimento
3. Assepsia, desinfecção e esterilização dos materiais
4. Utilização de EPI’s
5. Riscos biológicos

Todos os dados servirão de base para análises através de proporção,


posteriormente será confeccionado um mapa de risco para as profissionais
participantes do projeto, com os dados coletados nos estabelecimentos. Utilizaremos
esse instrumento para ajudar na execução da biossegurança para com as clientes.
Por fim, será ministrado um minicurso de biossegurança para todas as participantes
do projeto.

REFERÊNCIAS

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