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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 6859/2020 - Quinta-feira, 19 de Março de 2020

Desembargadora DIRACY NUNES ALVES


Corregedora de Justiça das Comarcas do Interior

PORTARIA CONJUNTA Nº 1/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, DE 13 DE MARÇO DE 2020

Estabelece medidas temporárias de prevenção ao contágio pelo Novo Coronavírus (COVID-19),


considerando a classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no âmbito no
Poder Judiciário do Estado do Pará.

O Desembargador Leonardo de Noronha Tavares, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, a


Desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro, Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do
Pará, a Desembargadora Maria de Nazaré Saavedra Guimarães, Corregedora de Justiça da Região
Metropolitana de Belém e a Desembargadora Diracy Nunes Alves, Corregedora de Justiça das Comarcas
do Interior, no uso de suas atribuições regimentais e legais, e

CONSIDERANDO a classificação, por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS), da situação


mundial do Novo Coronavírus (COVID-19) como pandemia, configurando risco potencial da doença
infecciosa atingir a população mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido
identificadas como de transmissão interna;

CONSIDERANDO as informações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) sobre o novo coronavirus,


de 12 de março de 2020, segundo as quais, a epidemia da COVID-19 apresenta-se em três fases, sendo a
primeira fase a dos casos importados, em que há poucas pessoas acometidas e todas regressaram de
países onde há epidemia. A segunda fase epidemiológica é de transmissão local, quando pessoas que
não viajaram para o exterior ficam doentes, ou seja, há transmissão autóctone, mas ainda é possível
identificar o paciente que transmitiu o vírus, geralmente parentes ou pessoas de convívio social próximo. E
finalmente pode ocorrer a terceira fase epidemiológica ou de transmissão comunitária, quando o número
de casos aumenta exponencialmente e perdemos a capacidade de identificar a fonte ou pessoa
transmissora, sendo que nenhuma dessas fases é identificada no estado do Pará;

CONSIDERANDO a necessidade de manutenção regular da prestação dos serviços públicos e, no caso


do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, da prestação jurisdicional;

CONSIDERANDO que não há evidências de transmissão do vírus em pessoas que ainda não
apresentaram sintomas;

CONSIDERANDO que o COVID-19 tem taxa de mortalidade que se eleva entre idoso e pessoas com
doenças crônicas;

CONSIDERANDO que a adoção de hábitos de higiene básicos aliado com a ampliação de rotinas de
limpeza em áreas de circulação são suficientes para a redução significativa do potencial do contágio,

RESOLVEM:

Art. 1º Dispor sobre medidas temporárias de prevenção ao contágio pelo Novo Coronavírus (COVID-19)
no âmbito no Poder Judiciário do Estado do Pará.

Art. 2º Consideram-se casos suspeitos de contaminação pela COVID-19, para os fins do presente
normativo, aqueles em que magistrados, servidores, colaboradores e estagiários do Tribunal apresentem
febre e sintomas respiratórios, como tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e prostração,
dificuldade para respirar e batimento das asas nasais, dentre outros previstos em diretrizes estabelecidas
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde. (Redação dada pela Portaria
Conjunta Nº 2/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 16 de março de 2020)

Art. 3º Magistrados, servidores, colaboradores ou estagiários que apresentarem febre ou sintomas


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respiratórios, deverão procurar imediatamente atendimento médico especializado.

Parágrafo único. O Serviço Médico do Tribunal deverá adotar protocolo de atendimento específico para os
casos suspeitos da COVID-19, atendendo as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) e pelo Ministério da Saúde.

Art. 4º Todos aqueles que se enquadrarem na definição de casos suspeitos do presente normativo, ou
que tenham recebido diagnostico positivo para o COVID-19, recebendo o devido atestado médico, deverão
abster-se de comparecer aos respectivos locais de trabalho.

§ 1º O atestado médico mencionado no caput do presente artigo deverá ter cópia digital encaminhada por
e-mail ou siga-doc ao Serviço Médico do Tribunal para homologação administrativa e registro nos
respectivos assentamentos funcionais.

§ 2º Cessando os sintomas ao término do período de afastamento, concedido por atestado médico


específico, o magistrado, servidor, colaborador ou estagiário deverá retornar suas atividades normalmente,
devendo procurar nova avaliação médica apenas se os sintomas retornarem.

Art. 5º O magistrado, servidor, colaborador ou estagiário que retornar de viagem de local onde tenham
casos confirmados de transmissão sustentada da COVID-19 não deverá comparecer ao ambiente de
trabalho e deverá, excepcionalmente, desempenhar suas funções, atribuições e atividades funcionais por
meio do regime de teletrabalho, da forma como disciplinado pela Portaria nº 2.897/2019-GP, de 17 de
junho de 2019, caso compatível com a atividade exercida.

§ 1º O período de afastamento, a contar do regresso da viagem, como definido no caput, será de 14


(quatorze) dias.

§ 2º Na hipótese prevista neste artigo, o magistrado, servidor, colaborador ou estagiário deverá entrar em
contato telefônico com sua chefia imediata e enviar a cópia digital do atestado ou de documentos que
comprovem situação de exposição ao risco, como, por exemplo, passagens áreas (próprias ou das
pessoas que tiveram contato), reserva de hotel ou quaisquer outros que comprovem a situação.

§ 3º A chefia imediata deverá comunicar, para fins de registro funcional, à Secretaria de Gestão de
Pessoas, o período de permanência no regime excepcional de teletrabalho.

§ 4º O controle acerca da produtividade dos servidores que atuarem em regime excepcional de


teletrabalho ficará sob a responsabilidade da chefia imediata.

Art. 5º-A Os servidores maiores de 60 (sessenta) anos e aqueles portadores de doenças crônicas,
enquadrados no grupo de risco de aumento de mortalidade pela COVID-19, de acordo com parâmetros
estabelecidos pela OMS, poderão optar pela execução de suas atividades por teletrabalho, da forma como
disciplinado pela Portaria nº 2.897/2019-GP, de 17 de junho de 2019. (Acrescentado pela Portaria
Conjunta Nº 2/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 16 de março de 2020)

Parágrafo único. A condição de portador de doença crônica exigida no caput dependerá de comprovação
por meio de laudo médico, que deverá instruir a solicitação de teletrabalho.

Art. 6º A Secretaria de Administração deverá notificar as empresas prestadoras de serviço quanto às suas
responsabilidades relacionadas à adoção de medidas necessárias à prevenção do contágio pela COVID-
19.

§ 1º As empresas prestadoras de serviço para o Tribunal de Justiça do Estado do Pará deverão:

I - adotar todos os meios necessários para conscientizar seus funcionários quanto aos riscos da COVID-19
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e quanto à necessidade de reportarem a ocorrência de sintomas de febre ou sintomas respiratórios;

II - proibir a presença de prestadores de serviço nas dependências do Tribunal que apresentem casos
suspeitos ou confirmados da COVID-19;

III - informar ao Tribunal todos os casos de prestadores de serviço que apresentarem casos suspeitos ou
confirmados da COVID-19, sem prejuízo da notificação legal à respectiva secretaria municipal de saúde.

§ 2º As empresas prestadoras de serviço estão passíveis de responsabilização contratual em caso de


omissão que resulte em prejuízo à Administração Pública ou que exponham os magistrados, servidores ou
jurisdicionados a risco de contágio pela COVID-19.

Art. 7º Deverão ser adotadas medidas, por parte da Secretaria de Administração do Tribunal, que
garantam o aumento da frequência de limpeza dos banheiros, elevadores, corrimãos e maçanetas, bem
como visando a aquisição e instalação de dispensadores de álcool gel nas áreas de circulação e no
acesso a salas de reuniões.

Art. 8º O Serviço Médico do Tribunal deverá organizar campanhas de conscientização dos riscos e das
medidas de higiene necessárias para evitar o contágio pela COVID-19.

Art. 9º Será utilizada a ferramenta de videoconferência homologada pelo Tribunal de Justiça do Estado do
Pará - Microsoft Teams - para reduzir a necessidade de reuniões presenciais e comparecimento pessoal
aos prédios do Poder Judiciário.

Art. 10. Ficam suspensos, por 30 (trinta) dias, a visitação pública e o atendimento presencial do público
externo, inclusive advogados, procuradores e defensores, que puder ser prestado por meio eletrônico ou
telefônico, salvo casos urgentes, a exemplo dos previstos na Resolução nº 16, de 1º de junho de 2016.
(Redação dada pela Portaria Conjunta Nº 2/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 16 de março de 2020)

Art. 10-A. Ficam suspensos, por 30 (trinta) dias, os prazos dos processos físicos, judiciais e
administrativos, de primeiro e segundo grau, em todo o Estado do Pará, ficando recomendado que
advogados e partes compareçam às instalações do Tribunal, apenas em situações nas quais se tornem
imprescindível a demanda pelos serviços judiciais ou administrativos prestados por este Poder. (Redação
dada pela Portaria Conjunta Nº 3/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 18 de março de 2020)

§ 1º A suspensão prevista no presente artigo não alcança os processos em tramitação por meio de
sistemas processuais eletrônicos (PJE, SEEU e PROMAG). (Redação dada pela Portaria Conjunta Nº
3/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 18 de março de 2020)

§ 2º O disposto neste artigo não impede a prática de ato processual de natureza urgente, relativos a réu
preso e adolescente internado, nos autos vinculados à respectiva prisão ou internação, bem como os atos
de natureza urgente, a exemplo dos disciplinados na Resolução nº 16, de 2016.

Art. 10-B. Ficam suspensas, por 30 (trinta) dias, as audiências e sessões de julgamento, judiciais e
administrativas, de primeiro e segundo grau, em todo o Estado do Pará, ficando dispensado que
advogados e partes compareçam às instalações do Tribunal. (Acrescentado pela Portaria Conjunta Nº
2/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 16 de março de 2020)

§ 1º A suspensão prevista no presente artigo não alcança os anúncios de julgamento e as sessões de


julgamento de processos físicos ou eletrônicos realizadas por meio do Plenário Virtual, bem como as
audiências de réus presos e adolescentes internados (instrução e julgamento, e sessão do Tribunal do
Júri), as quais poderão ser realizadas, preferencialmente, por meio de vídeo-audiência, onde disponível.
(Redação dada pela Portaria Conjunta Nº 3/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 18 de março de 2020)

§ 2º O Presidente do Tribunal de Justiça, no caso do Tribunal Pleno, e os presidentes dos órgãos


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fracionários poderão, justificadamente, convocar sessões presenciais.

§ 3º Fica suspensa, pelo prazo de 30 (trinta) dias, a realização de audiência de custódia, na forma
presencial, devendo o controle da prisão ser realizado por meio da análise do auto de prisão em flagrante,
na forma estabelecida no art. 8º, §§ 1º e 2º, da Recomendação nº 62, de 17 de março de 2020, do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ). (Acrescentado pela Portaria Conjunta Nº 3/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 18 de março de 2020)

Art. 10-C. Fica suspensa a realização de inspeção carcerária, na forma presencial, no mês de março,
mantendo-se a obrigação de alimentação das informações, no Cadastro Nacional de Inspeção nos
Estabelecimentos Penais (CNIEP), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com os dados colhidos da
Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP). (Redação dada pela Portaria Conjunta Nº 3/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 18 de março de 2020)

Parágrafo único. O Magistrado responsável pela fiscalização de estabelecimentos prisionais e unidades


socioeducativas, deve realizar reuniões, formalizadas mediante elaboração de ata, com os diretores dos
estabelecimentos prisionais e unidades socioeducativas para fins de acompanhamento das medidas
recomendadas no art. 9º da Recomendação nº 62, de 2020, do CNJ. (Acrescentado pela Portaria Conjunta
Nº 3/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 18 de março de 2020)

Art. 11. As unidades do Tribunal de Justiça deverão avaliar a imprescindibilidade da realização de


reuniões presenciais, adotando, preferencialmente, as modalidades de áudio e videoconferência para
eventos com número elevado de participantes.

§ 1º Não serão marcados novos eventos coletivos nos auditórios localizados nos prédios do Poder
Judiciário até ulterior deliberação.

§ 2º Os eventos já designados com número de participantes acima de 100, serão cancelados,


excetuando-se aqueles que, por determinação da Presidência, sejam considerados essenciais.

Art. 12. Durante a realização de audiências e sessões do Tribunal do Júri, somente terão acesso às Salas
de Audiências e aos Plenários, além dos magistrados, serventuários, terceirizados designados e
representantes do Ministério Público, as partes e respectivos advogados de processos incluídos na pauta
do dia. (Redação dada pela Portaria Conjunta Nº 2/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 16 de março de 2020)

§ 1º Os Presidentes das respectivas sessões de julgamento e os magistrados condutores de audiências


poderão adotar critério de acesso diverso dos constantes neste artigo.

§ 2º As sessões de julgamento do Tribunal do Júri são transmitidas ao vivo e disponibilizadas para


visualização na página do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, na rede mundial de computadores,
ficando garantido, dessa forma, o acompanhamento do julgamento dos processos por todos aqueles não
contemplados no caput deste artigo. (Redação dada pela Portaria Conjunta Nº 2/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 16 de março de 2020)

Art. 12-A. Sem prejuízo das hipóteses previstas nesta Portaria Conjunta, o limite da quantidade de
servidores em regime de teletrabalho, por unidade judiciária, fica excepcionalmente ampliado para 50% de
sua lotação efetiva, da forma prevista no art. 8º, III, da Portaria nº 2897/2019-GP, de 2019. (Acrescentado
pela Portaria Conjunta Nº 2/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 16 de março de 2020)

Art. 12-B. Os plantões judiciais, durante o período mencionado na presente portaria, deverão ser
prestados por magistrados e servidores plantonistas em regime de sobreaviso. (Acrescentado pela
Portaria Conjunta Nº 2/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 16 de março de 2020)

§ 1º O Regime de sobreaviso previsto neste artigo não enseja o pagamento de qualquer contraprestação
financeira ou folga, considerando que o regime desobriga a presença dos magistrados ou servidores na
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unidade judiciária.

§ 2º Caso magistrado ou servidor seja efetivamente solicitado para comparecer presencialmente ao local
de trabalho, para exame das matérias constantes no art. 1º da Resolução nº 16/2016, ou para a realização
de audiências de custódia, superando o regime de sobreaviso, observar-se-ão as regras pertinentes ao
plantão presencial.

§ 3º A divulgação de telefones do serviço de plantão, identificando-se magistrado e servidores


plantonistas de sobreaviso, será realizada com antecedência razoável e por todos os meios possíveis para
garantir a mais ampla publicidade do serviço prestado.

Art. 12-C. Fica recomendado que: (Acrescentado pela Portaria Conjunta Nº 2/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI,
de 16 de março de 2020)

I - seja realizada ampla e sistemática divulgação das ações preventivas à COVID-19 para usuários
internos e externos, baseada nas orientações emitidas pelo Ministério da Saúde, constantes no endereço
www.saude.gov.br/coronavirus;

II - sejam reforçadas das ações e serviços de limpeza e higienização de ambientes de grande circulação e
superfícies;

III - magistrados e servidores evitem viagens interestaduais e internacionais, especialmente para locais
com casos notificados da COVID-19, durante o período identificado com transmissão sustentada;

IV - os magistrados e servidores que estejam dispensados de comparecer ao ambiente de trabalho em


virtude da presente Portaria Conjunta, desempenhando suas atividades em regime de teletrabalho,
permaneçam, na medida do possível, em ambiente domiciliar, evitando locais públicos ou de grande
aglomeração de pessoas, adotando medidas que reduzam a possibilidade de contágio pela COVID-19.

V - o magistrado com competência cível, criminal, de execução penal ou de conhecimento e execução de


atos infracionais das varas da infância e da juventude, analise a possibilidade de aplicação das demais
disposições contidas na Recomendação nº 62, de 2020, do CNJ, levando-se em consideração a evolução
regional da realidade epidemiológica da COVID-19 e as especificidades de cada caso concreto.
(Acrescentado pela Portaria Conjunta Nº 3/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 18 de março de 2020)

Art. 12-D. Suspender, por 30 (trinta) dias, nos processos físicos, o encaminhamento de mandados às
Centrais de Mandados pelas secretarias dos órgãos julgadores, a distribuição de mandados aos oficiais de
justiça e os prazos previstos no Provimento Conjunto nº 9/2019-CJRMB/CJCI, de 12 de dezembro de
2019, para devolução dos mandados em já posse dos oficiais. (Acrescentado pela Portaria Conjunta Nº
3/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 18 de março de 2020)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos mandados expedidos em processos com réus
presos, adolescentes internados e de natureza urgente devidamente fundamentada.

Art. 13. As disposições constantes nesta Portaria poderão ser alteradas, segundo a evolução
epidemiológica da COVID-19 neste Estado.

Art. 14. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Belém, 13 de março de 2020.

Desembargador LEONARDO DE NORONHA TAVARES


Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará
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Desembargadora CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO


Vice-Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará

Desembargadora MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES


Corregedora de Justiça da Região Metropolitana de Belém

Desembargadora DIRACY NUNES ALVES


Corregedora de Justiça das Comarcas do Interior

O Excelentíssimo Senhor Desembargador Leonardo de Noronha Tavares, Presidente do Tribunal de


Justiça do Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais, etc. RESOLVE:

PORTARIA Nº 1071/2020-GP, DE 18 DE MARÇO DE 2020

Suspende o expediente forense e os prazos processuais no dia 18/3/2020, em virtude do falecimento da


Excelentíssima Senhora Desembargadora Nadja Nara Cobra Meda.

O Excelentíssimo Senhor Desembargador Leonardo de Noronha Tavares, Presidente do Tribunal de


Justiça do Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO o falecimento da Exma. Sra. Desembargadora Nadja Nara Cobra Meda, ocorrido na
manhã de hoje,

RESOLVE:

Art. 1º Suspender o expediente e os prazos processuais no dia 18/3/2020, com a consequente suspensão
do expediente das unidades administrativas e judiciárias do Poder Judiciário do Estado do Pará.

§ 1º O plantão judiciário do dia 18 de março 2020, excepcionalmente, será iniciado às 8 horas e ocorrerá
presencialmente até as 14 horas, prosseguindo, a partir deste horário, em regime de sobreaviso, conforme
a Resolução nº 16/2016, de 1º de junho de 2016.

§ 2º A suspensão prevista no presente artigo não alcança a Jornada de Conciliação, Instrução e


Julgamento realizada na Comarca de Cametá.

Art. 2º Declarar Luto Oficial em todo o Poder Judiciário do Estado do Pará, por 3 (três) dias, a partir de
18/3/2020.

Parágrafo único. O Luto Oficial se dará sem prejuízo do expediente ordinário nos dias 19 e 20/3/2020.

Art. 3º Determinar a suspensão do expediente, no dia 19 de março de 2020, nas Unidades


Administrativas e Judiciárias localizadas no Edifício-Sede do Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
sem prejuízo das sessões de julgamento, em Plenário Virtual.

Parágrafo único. O plantão judiciário de 2º grau do dia 19 de março 2020, excepcionalmente, será iniciado
às 8 horas e ocorrerá presencialmente até as 14 horas, prosseguindo, a partir deste horário, em regime de
sobreaviso, conforme a Resolução nº 16/2016, de 1º de junho de 2016.

Art. 4º Determinar que os prazos judiciais que começarem ou expirarem no dia 18 de março de 2020, no
âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, e dos processos em tramitação no âmbito do 2º grau no dia
19 de março de 2020, fiquem adiados para o primeiro dia útil seguinte, obedecendo ao disposto no art.
224, § 1º, do Código de Processo Civil (Lei 13.105, de 16 de março de 2015), sem prejuízo do
estabelecido na Portaria Conjunta Nº 1/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 13 de março de 2020, com redação
dada através da Portaria Conjunta Nº 2/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 16 de março de 2020.

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