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AO DOUTO JUÍZO DA VARA DE EXECUÇÃO DA COMARCA DE

________________________ /___

Processo nº: _____________________________

“DRACO MALFOY”, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem,


perante Vossa Excelência, através de sua procuradora signatária, com fulcro
artigo 112, da Lei 7.210/84, requerer a concessão de PROGRESSÃO DE
REGIME, conforme segue:

1. DA PROGRESSÃO DE REGIME

O Apenado foi condenado pela prática dos crimes previstos nos


artigos 33, caput c/c artigo 40, inciso V ambos da Lei 11.343/06. Por tais
práticas o apenado foi condenado a uma pena de 05 anos de reclusão e 500
dias multa.

“Draco” esteve recolhido em prisão preventiva no período


compreendido entre os dias 13.07.2017 a 07.03.2018, tendo cumprido, desta
forma, um total de 238 dias do total de 1.825 dias de reclusão.

Após o trânsito em julgado o apenado foi novamente recolhido em


05.06.2020. Desta forma verifica-se que até o presente momento o apenado
cumpriu um total de 263 dias de reclusão.

Tendo em vista o contexto acima narrado, deve-se considerar que


em 11.03.2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma declaração
pública de situação de pandemia em relação ao coronavírus (Covid-19).

1
Em decorrência disso, os prazos processuais foram suspensos até o
fim do mês de abril em todo o país, conforme a Resolução 313/2020 do
Conselho Nacional de Justiça.

Ressalta-se que o grupo de risco para infecção pelo vírus em


questão compreende pessoas idosas e/ou com doenças crônicas,
imunossupressoras, respiratórias que possam conduzir a um agravamento
do estado geral de saúde a partir do contágio. Tal situação merece extrema
atenção, pois nestes pacientes a nova patologia, em seus quadros mais
graves, causa a síndrome respiratória aguda grave, que pode levar a morte.

Salienta-se que a manutenção da saúde das pessoas privadas de


liberdade é essencial à garantia da saúde coletiva e que um cenário de
contaminação em grande escala no sistema prisional produz impactos
significativos para a segurança e a saúde pública de toda a população,
extrapolando os limites internos dos estabelecimentos.

Diante da pandemia que a população Brasileira, e mundial, vêm


sofrendo e com expectativas catastróficas no sistema de saúde, o poder
público têm adotado medidas duras e necessárias para estagnar a propagação
do Covid-19, como exemplo, a decretação de estado de calamidade pública e a
quarentena.

Nessa mesma via, o Conselho Nacional de Justiça editou a


recomendação nº 62/2020, onde ‘Recomenda aos Tribunais e magistrados a
adoção de medidas preventivas à propagação da infecção pelo novo
coronavírus – Covid-19 no âmbito dos sistemas de justiça penal e
socioeducativo’.

Portanto, considerando

[...] a declaração pública de situação de pandemia em


relação ao novo coronavírus pela Organização Mundial da Saúde –

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OMS em 11 de março de 2020, assim como a Declaração de
Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional da
Organização Mundial da Saúde, em 30 de janeiro de 2020, da
mesma OMS, a Declaração de Emergência em Saúde Pública de
Importância Nacional – ESPIN veiculada pela Portaria no
188/GM/MS, em 4 de fevereiro de 2020, e o previsto na Lei no
13.979, de 6 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre as medidas
para enfrentamento da emergência de saúde pública de
importância internacional decorrente do novo coronavírus;
(grifamos).

Conforme orientações da Organização Mundial da Saúde – OMS – e


o art. 5º da recomendação nº 62/2020 do CNJ os magistrados com
competência sobre a execução penal, com vistas à redução dos riscos
epidemiológicos e em observância ao contexto local de disseminação do vírus
devem adotar medidas visando a preservação da saúde e da vida dos
detentos.

Dentre as recomendações do dispositivo acima referido, merece


destaque a previsão do inciso I, ‘b’ que refere:

I – concessão de saída antecipada dos regimes fechado e


semiaberto, nos termos das diretrizes fixadas pela Súmula
Vinculante no 56 do Supremo Tribunal Federal, sobretudo em
relação às:

[…]

b) pessoas presas em estabelecimentos penais com


ocupação superior à capacidade, que não disponham de
equipe de saúde lotada no estabelecimento, sob ordem de
interdição, com medidas cautelares determinadas por órgão de
sistema de jurisdição internacional, ou que disponham de

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instalações que favoreçam a propagação do novo coronavírus;
(grifou-se)

Além disso, o inciso III recomenda a colocação em prisão domiciliar


de a todas as pessoas presas em cumprimento de pena em regime aberto e
semiaberto, mediante condições a serem definidas pelo Juiz da execução.

Assim, não se pode exigir do detento que seja colocado em uma


situação gravosa com RISCO DE CONTAMINAÇÃO e MORTE principalmente
na presente situação em que, claramente, o Poder Judiciário não possui
condições de garantir o acesso a saúde e a um ambiente livre de
contaminação, o que é seu dever.

No que se refere a situação do sistema carcerário do estado do


Paraná, verifica-se, através de informações do Conselho Nacional do Ministério
Público1, que a ocupação das casas prisionais do estado ultrapassa em muito a
lotação máxima prevista, conforme se verifica pela imagem abaixo.

Neste sentido, ainda, o ofício nº: 1.225/JUR/2020/A, ora em anexo,


demonstra que a unidade prisional em que o apenado se encontra recolhido
(Presídio Masculino de Itajaí), encontra-se com 152,58% de sua capacidade,
possuindo um total de 1062 detentos confinados em um espaço
destinado a 696.

Soma-se a isso as informações obtidas através da imprensa de que


o sistema carcerário paranaense já conta com mais de 50 casos confirmados
de Covid-192.

1
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. Sistema Prisional em números.
Disponível em https://www.cnmp.mp.br/portal/relatoriosbi/sistema-prisional-em-numeros.
Acesso em 08/04/2020.
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Plural: Presídio tem 20 presos com sintomas de Covid-19; TJ diz que isolamento é impossível
https://www.plural.jor.br/noticias/vizinhanca/presidio-tem-20-presos-com-sintomas-de-covid-19-
tj-diz-que-isolamento-e-impossivel/
Plural: PR registra primeiro caso de covid-19 entre presos
<https://www.plural.jor.br/noticias/vizinhanca/pr-registra-primeiro-caso-de-covid-19-entre-
presos/>

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Medidas como a ora postulada estão sendo tomadas em todo o país
como forma de combate a doença. Segundo informações do Conselho
Nacional de Justiça3 No Piauí, o Tribunal de Justiça concedeu prisão domiciliar
a 600 pessoas que cumprem pena no regime semiaberto e prevê a concessão
de prisão domiciliar às pessoas privadas de liberdade no regime fechado e que
estão no grupo de risco até 31 de maio. No Tribunal de Justiça do Ceará,
portarias estabeleceram que os presos que tiveram saída temporária antes de
18 de março ficarão em prisão domiciliar sob monitoramento eletrônico por 90
dias. E também foi determinada a suspensão de apresentação em juízo pelo
mesmo período.

No que diz respeito as condições pessoais do apenado, cumpre


destacar que o mesmo é primário, não possuindo qualquer indicação
desabonar sua conduta. Além disso possui residência fixa e oferta formal
de trabalho, conforme demonstram os documentos anexos.

Além disso o crime pelo qual o detento foi condenado foi praticado
sem o emprego de violência ou grave ameaça, de modo que já na sentença
foram anotadas condições favoráveis a sua conduta social.

Assim vem sendo o entendimento da jurisprudência, conforme


exemplifica o julgado abaixo colacionado:

HABEAS CORPUS - EXECUÇÃO DA PENA - PRISÃO


DOMICILIAR EM RAZÃO DA PANDEMIA CAUSADA PELO
CORONAVÍRUS - PORTARIA CONJUNTA º 19/PR-TJMG/2020 E
RECOMENDAÇÃO Nº 62 DO CNJ - PACIENTE SUBMETIDO AO
REGIME SEMIABERTO E QUE NÃOE ESTÁ RESPONDENDO A
PROCESSO DISCIPLINAR POR SUPOSTA FALTA GRAVE -
ORDEM CONCEDIDA. 1. Conforme o disposto no art.5º, III, da
Resolução nº 62 do CNJ, "com vistas à redução dos riscos
epidemiológicos e em observância ao contexto local de
3
https://www.cnj.jus.br/judiciario-nacional-se-mobiliza-para-contencao-da-covid-19-nos-presidios/

5
disseminação do vírus", sempre que razoavel, deve ser concedida a
"prisão domiciliar em relação a todas as pessoas presas em
cumprimento de pena em regime aberto e semiaberto, mediante
condições a serem definidas pelo Juiz da execução". 2. Outrossim,
nos termos do artigo 7º, caput e inciso II da Portaria Conjunta nº
834/PR/2019, "o Juiz Corregedor e de Execução Penal de cada
unidade prisional do Estado, durante a vigência do mutirão, mantida
sua independencia funcional, verificará a possibilidade de
implementação das seguintes medidas emergenciais: (...) II -
conceder prisão domiciliar aos presos de regime semiaberto que
estão a até 6 (seis) meses de benefício de progressão de regime, do
livramento condicional ou do fim da pena". Dessarte, considerando
que o paciente se encontra cumprindo pena em regime semiaberto,
bem como não está respondendo a processo disciplinar por suposta
falta grave e que o requisito objetivo para a progressão de regime
aberto, em tese, ocorrerá em menos de 06 (seis) meses, mostra-se
razoavel a sua liberação excepcional e provisória para continuar
cumprindo a sua pena privativa de liberdade em seu domicilio. 3.
Concedido o habeas corpus. (TJ-MG-HC: 10000200354736000 MG,
Relator: Eduardo Brum, Data de Julgamento: 04/05/2020, Data de
Publicação: 13/05/2020)

Assim, diante de todo o contexto acima exposto, percebe-se que o


detento, possui todos os requisitos para obter a antecipação do benefício da
progressão antecipada do regime semiaberto, nos termos do artigo 5º, I, ‘b’ e
III, da Resolução nº 62 do Conselho Nacional de Justiça, devendo ser
imediatamente colocado em regime aberto.

Ao chegar o tema ao STF, a orientação é de que o Juízo de primeira


instância reavalie a matéria, mesmo com decisões já proferidas, em
observância às orientações do CNJ:

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Decisão: Trata-se de petição incidental nos autos do agravo
regimental no habeas corpus. Aduz a requerente que há fato novo.
Afirma que ante a pandemia do Covid 19 foi concedida Tutela
provisória incidental na arguição de descumprimento de preceito
fundamental 347 Distrito Federal, que em seu item b, perfeitamente
se enquadra ao caso da Paciente.” Alega que a paciente padece de
doença cardíaca e tem mais de sessenta anos. É o relatório. Decido.
(...). Quanto à pandemia provocada pelo COVID-19, frise-se que o
Plenário do STF na ADPF 347, de relatoria do Ministro Marco
Aurélio, negou referendo à medida liminar, nos termos do voto do
Ministro Alexandre de Moraes. Dessa forma, a análise deverá ser
feita caso a caso segundo a Recomendação n. 62/2020 do
Conselho Nacional de Justiça. Ante o exposto, não conheço do
pedido, mas determino ao Juízo de primeiro grau que reavalie a
prisão preventiva da paciente, à luz da recomendação n.
62/2020 do CNJ, consideradas as peculiaridades do caso concreto.
Publique-se. Comunique-se e arquivem-se os autos. Brasília, 24 de
março de 2020. Ministro Gilmar Mendes Relator Documento
assinado digitalmente. (STF - TPI HC: 178663 SP - SÃO PAULO
0033576-31.2019.1.00.0000, Relator: Min. GILMAR MENDES, Data
de Julgamento: 24/03/2020, Data de Publicação: DJe-072
26/03/2020)

Nesse sentido, são os precedentes sobre o tema:

PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. delito do art.


318 do Código Penal. PEDIDO DE substituição do regime prisional
de início de cumprimento da pena para o aberto. PEDIDO DE
concessão da prisão domiciliar.1. A decisão impugnada, proferida no
âmbito do Pedido de Liberdade Provisória n. 5001857-
49.2020.4.03.6119, reconheceu a incompetência do Juízo da 6ª
Vara Federal de Guarulhos (SP) para apreciar quaisquer incidentes

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relativos ao regime de cumprimento de pena, com base na Súmula
n. 192 do Superior Tribunal de Justiça, que determina que cabe ao
Juízo das Execuções Penais do Estado a execução das penas
impostas a sentenciados pela Justiça Federal.2. A mesma decisão
impugnada determinou a expedição de guia de execução definitiva.
De acordo com as informações prestadas pela autoridade
impetrada, em 17.03.20, foi encaminhada Guia de Recolhimento
Definitiva para a Vara de Execução Penal da Comarca de Bauru
(SP), a qual foi distribuída sob o n. 0002253-82.2020.8.26.0026,
Unidade Regional de Departamento Estadual de Execução Criminal
DEECRIM 3ª RAJ - Bauru/DEECRIMUR3, Controle VEC
2020/004903, conforme extrato processual anexado (ID n.
127263001, fls. 18/20).3. Considerando a declaração pública de
situação de pandemia em relação ao novo coronavírus pela
Organização Mundial da Saúde - OMS, em 11.03.20, assim como a
Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância
Internacional da Organização Mundial da Saúde - OMS, em
30.01.20, a Declaração de Emergência em Saúde Pública de
Importância Nacional - ESPIN veiculada pela Portaria no
188/GM/MS, em 04.02.20, e o previsto na Lei n. 13.979, de
06.02.20, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da
emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do novo coronavírus, bem como que grupo de risco para
infecção pelo novo coronavírus - Covid -19 compreende "pessoas
idosas, gestantes e pessoas com doenças crônicas,
imunossupressoras, respiratórias e outras comorbidades
preexistentes que possam conduzir a um agravamento do estado
geral de saúde a partir do contágio, com especial atenção para
diabetes, tuberculose, doenças renais, HIV e coinfecções", o
Conselho Nacional de Justiça editou a Recomendação n. 62/2020.4.
Cotejando-se a possibilidade de concessão de prisão domiciliar em

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relação a todas as pessoas presas em cumprimento de pena em
regime aberto e semiaberto, prevista no art. 5º, III, da
Recomendação CNJ n. 62/2020, com a idade avançada do paciente,
que conta com 73 (setenta e três) anos (ID n. 126849844), e a sua
condição de saúde atual, como hipertenso e diabético, que o
classifica como integrante do grupo de risco e pode se agravar a
partir do contágio, pelo novo coronavírus - Covid -19 (ID n.
126849837), reputo adequada a concessão da ordem de habeas
corpus para que cumpra pena em prisão domiciliar, expedindo-se o
contramandado de prisão, só podendo ausentar-se de sua
residência com autorização judicial, e devendo a autoridade
impetrada ser informada de eventual mudança de endereço.5.
Ordem de habeas corpus concedida para que cumpra pena em
prisão domiciliar, expedindo-se o contramandado de prisão, só
podendo ausentar-se de sua residência com autorização judicial, e
devendo a autoridade impetrada ser informada de eventual
mudança de endereço. (TRF 3ª Região, 5ª Turma, HC - HABEAS
CORPUS - 5005991-46.2020.4.03.0000, Rel. Desembargador
Federal ANDRE CUSTODIO NEKATSCHALOW, julgado em
07/04/2020, Intimação via sistema DATA: 14/04/2020)

Subsidiariamente, caso não seja este o entendimento deste douto


juízo, verifica-se que o detento possui os requisitos para a concessão de prisão
domiciliar, com utilização de monitoramento eletrônico, nos termos a resolução
nº 62 do CNJ, bem como dos artigos 122 e seguintes da Lei 7.210/84.

Repise-se, neste sentido, que o apenado possui bom


comportamento carcerário, já completou o período exigido em lei para a
concessão do referido benefício, bem como é primário e possui oferta de
emprego comprovada nos autos.

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2. DA ISENÇÃO DA PENA DE MULTA POR
IMPOSSIBILIDADE DO RÉU

O Apenado, conforme anteriormente exposto, foi condenado a penal


de 05 anos de reclusão e 500 dias multa. Tal pena pecuniária totaliza a
quantia de R$ 16.303,63.

Ainda que o atual momento processual não seja o adequado para


discussões acerca da equidade da pena aplicada, é necessário trazer a baila a
inadequação dos referidos valores frente a realidade financeira do apenado.

Veja-se que o mesmo é pessoa humilde e sem condições de arcar


com tais valores, visto que totalmente distantes de sua realidade,
principalmente após condenação criminal que, como cediço, dificultará
sobremaneira sua vida profissional. Exemplo disso que o apenado recebeu
proposta de trabalho como motoboy e auxiliar administrativo em restaurante,
cujo salário não comportará o pagamento de tal quantia, ainda que de forma
parcelada, sem o prejuízo de sua subsistência e de sua família.

Neste sentido é entendimento do Supremo Tribunal Federal que a


pena de multa imposta nas condenações penais poderá ser isentada, na
medida em que se verificar a total impossibilidade financeira do apenado. Este
entendimento vem consubstanciado na decisão do ilustre Ministro Luis Roberto
Barroso, que refere a possibilidade de exceção ao ditame legislativo quando
comprovada a total impossibilidade do apenado para o pagamento da
obrigação.

EXECUÇÃO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL.


INADIMPLEMENTO DELIBERADO DA PENA DE MULTA.
PROGRESSÃO DE REGIME. IMPOSSIBILIDADE. 1. O
inadimplemento deliberado da pena de multa cumulativamente
aplicada ao sentenciado impede a progressão no regime prisional. 2.
Tal regra somente é excepcionada pela comprovação da

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absoluta impossibilidade econômica do apenado em pagar a
multa, ainda que parceladamente. 3. Agravo regimental
desprovido.

Considerando as considerando as condições pessoais do apenado,


bem como a falta de equilíbrio entre a pena privativa de liberdade aplicada (05
anos) e a pena de multa (500 dias multa), verifica-se que desarrazoadas as
medidas, o que significa uma dívida impagável por parte do apenado sem sério
prejuízo de sua subsistência, bem como de sua família.

Além disso, a imposição de medida tão rígida poderia significar um


incentivo a permanência na vida criminosa. De modo que deve ser declarada a
isenção da pena de multa imposta ao apenado.

3. DOS PEDIDOS

Face ao exposto, requer seja concedido ao apenado o benefício da


progressão antecipada de regime para transferi-lo do regime semiaberto, para
o regime aberto, nos termos do artigo 5º, I, ‘b’ e III, da Resolução nº 62 do
Conselho Nacional de Justiça. Subsidiariamente, caso não seja este o melhor
entendimento deste juízo, requer seja concedido ao apenado o benefício da
prisão domiciliar imediatamente, com a utilização de monitoramento eletrônico,
nos termos dos artigos 122 e seguintes da Lei 7.210/84.

Requer ainda, em não sendo atendidos os pleitos de progressão


antecipada de regime, bem como de prisão domiciliar, a concessão do
benefício da saída temporária nos termos do artigo 123 da Lei de Execuções
Penais

Ainda, seja declarada a isenção da pena de 500 dias multa aplicada


ao apenado, na medida de o valor supera a razoabilidade norteadora da
dosimetria da pena, bem como supera a possibilidade financeira do apenado,
causando severo prejuízo a seu sustento e de sua família.

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Nestes termos, pede deferimento.

________________, 29 de August de 2023

ADVOGADO

OAB

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