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URGÊNCIA
I – DOS FATOS
II – DO DIREITO
Portanto, considerando
[...] a declaração pública de situação de pandemia em relação ao
novo coronavírus pela Organização Mundial da Saúde – OMS em
11 de março de 2020, assim como a Declaração de Emergência
em Saúde Pública de Importância Internacional da Organização
Mundial da Saúde, em 30 de janeiro de 2020, da mesma OMS, a
Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância
Nacional – ESPIN veiculada pela Portaria no 188/GM/MS, em 4 de
fevereiro de 2020, e o previsto na Lei no 13.979, de 6 de fevereiro
de 2020, que dispõe sobre as medidas para enfrentamento da
emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do novo coronavírus;
Não se pode exigir do detento que este seja colocado em uma situação gravosa
com RISCO DE CONTAMINAÇÃO e MORTE. Dito isso, em razão da debilitada
condição física do requerente, roga-se pela prisão domiciliar, diante do momento
EXCEPCIONALÍSSIMO em que vivemos.
Nestes termos,
Pede deferimento.
OAB/MG 198.647
De acordo com o atestado de penas o assistido fazjus à progressão de regime
fechado para o semiaberto desde o dia27/04/2019(seq.61.1). O reeducando
possui bom comportamentoconforme se comprovapelo atestado carcerário
seq.79.1.1-Recomendação nº 62 de 17 de março de 2020 do CNJO CNJ nesta data
publicou a recomendação n º62 que estabelece a adoção de medidas pelos
magistradosque visamprevenir a infecção pelo novo coronavírus, na forma COVID-
19, nos estabelecimentos prisionais e socioeducativos.Recomendação nº62 de
17/03/2020:“Art. 1o Recomendar aos Tribunais e magistrados a adoção de
medidas preventivas à propagação da infecção pelo novo coronavírus –Covid-19 no
âmbito dos estabelecimentos do sistema prisional e do sistema
socioeducativo.Parágrafo único. As recomendações têm como finalidades específicas:
Art. 5o Recomendar aos magistrados com competência sobre a execução penal que,
com vistas à redução dos riscos epidemiológicos e em observância ao contexto local de
disseminação do vírus, considerem as seguintes medidas:I –concessão de saída
antecipada dos regimes fechado e semiaberto, nos termos das diretrizes fixadas pela
Súmula Vinculante no 56 do Supremo Tribunal Federal, sobretudo em relação às: a)
mulheres gestantes, lactantes, mães ou pessoas responsáveis por criança de até 12
anos ou por pessoa com deficiência, assim como idosos, indígenas, pessoas com
deficiência e demais pessoas presas que se enquadrem no grupo de risco; b) pessoas
presas em estabelecimentos penais com ocupação superior à capacidade, que não
disponham de equipe de saúde lotada no estabelecimento, sob ordem de interdição,
com medidas cautelares determinadas por órgão de sistema de Poder Judiciário
Conselho Nacional de Justiça jurisdição internacional, ou que disponham de instalações
que favoreçam a propagação do novo coronavírus;II –alinhamento do cronograma de
saídas temporárias ao plano de contingência previsto no artigo 9º da presente
Recomendação, avaliando eventual necessidade de prorrogação do prazo de retorno ou
adiamento do benefício, assegurado, no último caso, o reagendamento da saída
temporária após o término do período de restrição sanitária; III –concessão de prisão
domiciliar em relação a todos as pessoas presas emcumprimento de pena em regime
aberto e semiaberto, mediante condições a serem definidas pelo Juiz da execução;IV –
colocação em prisão domiciliar de pessoa presa com diagnóstico suspeito ou confirmado
de Covid-19, mediante relatório da equipe de saúde, na ausência de espaço de
isolamento adequado no estabelecimento penal;V –suspensão temporária do dever de
apresentação regular em juízo das pessoas em cumprimento de pena no regime aberto,
prisão domiciliar, penas restritivas de direitos, suspensão da execução da pena (sursis)
e livramento condicional, pelo prazo de noventa dias; Parágrafo único.”.
Há de se esclarecer ainda, que ficarão sob a fiscalização da polícia e da
sociedade e em caso de descumprimento das condições da prisão domiciliar
poderão ser regredidos a regime mais severo. Além do mais, participarão de
audiência admonitória, onde lhe serão esclarecidas todas as condições da prisão
domiciliar.Para se evitar o contágio de uma doença grave e que atingiu patamar
de pandemia aDPMG vem requerer a concessão de prisão domiciliar aos presos
do regime semiaberto por tempo determinado até que se tenha o mínimo de
segurança em relação ao contágio do coronavírus.II–DO PEDIDODiante do
exposto, requer:1) Seja deferido a progressão de regime para o semiaberto e
prisão domiciliar por tempo determinado até que se tenha o mínimo de segurança
em relação ao contágio do coronavírus em relação ao reeducando CLAYTON
MARTINS DOS SANTOS.Que sejam observadas as prerrogativas funcionais dos
membros da Defensoria Pública, notadamente a concessão de prazo em dobro,
intimação pessoal mediante entrega dos autos e prescindibilidadede
apresentação de procuração.Pede deferimento