Você está na página 1de 4

MODELO DE RESOLUÇÃO

O Conselho de Segurança,

Reafirmando suas resoluções ..., ..., ... e seus relevantes discursos presidenciais,

Reiterando seu respeito pelas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS),


pela soberania, integridade territorial, independência e unidade dos países signatários,
em concordância com os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas,

Relembrando que a covid-19 constitui ameaça à segurança e paz internacional em


razão de seu alto potencial de disseminação e mutação genética,

Condenando a prática de atos que destoem do panorama atual, qual seja, de


cooperação e solidariedade entre as nações frente à situação de pandemia, atos esses
que revelem a primazia do lucro em detrimento de vidas humanas e o desrespeito às
orientações da OMS,

Apreensivo frente à postura de determinadas nações, que na incessante busca pelo


lucro e pela posição dominante na economia global, têm ignorado a assustadora
realidade que assola a comunidade internacional, colocando seus povos em posição de
risco e agindo em dissonância com a Carta das Nações Unidas e com os objetivos a
serem perseguidos por este Conselho de Segurança,

Saudando os consideráveis esforços da OMS, dos secretários da Organização das


Nações Unidas (ONU) e da grande maioria dos países presentes nesta sessão
extraordinária em tempos de pandemia no Conselho de segurança,

1. Relembra o compromisso da República Popular da China em priorizar a


segurança e a saúde não só de sua população como também da
população mundial, voltando todos seus esforços para a contenção da
covid-19, assim como para prover assistência humanitária e científica ao
resto da comunidade global, e a necessidade de que as demais nações
aqui presentes façam o mesmo;

2. Solicita ao Secretário-Geral que leve em consideração a competência da


República Popular da China para tomar a frente no referido tema, uma
vez que, não obstante ter sido epicentro do surto da covid-19, mais
especificamente em Wuhan, capital da província da China Central, em
razão das rápidas e eficazes medidas adotadas pelo Governo chinês,
associadas ao respeito pelas diretrizes da OMS, o surto no país já se
encontra sob controle, zerando sua transmissão local pela primeira vez
no dia 18/03, conforme anunciado, ao passo que no dia 07/04 foi
informado pelas autoridades de saúde que pela primeira vez a China não
registrou nenhuma morte em decorrência do vírus, se encerrando
também nesta data o isolamento na cidade de Wuhan;

3. Salienta que, entre as medidas adotadas e incentivadas pela República


Popular da China para efetivamente conter o vírus estão a quarentena de
cidades inteiras, com restrição da mobilidade em decorrência do
fechamento de estações de trem, ônibus e aeroportos, limitando também
as viagens aéreas, o fechamento de serviços não essenciais, a construção
de hospitais temporários e a desinfetação diária de ruas e avenidas,
assim como também incentivará em todo o mundo a pesquisa científica,
comprometendo-se com doações financeiras e humanitárias (por meio
do envio de pesquisadores e profissionais de saúde chineses) para
instituições que comprovarem relevante avanço nas pesquisas de
combate à covid-19;

4. Afirma que também atuará em parceria com a OMS para a emissão de


boletins de atualização diários no que diz respeito à evolução do quadro
epidemiológico, de uma maneira coerente com as leis nacionais
relevantes, para garantir que os interesses da população chinesa e
internacional sejam totalmente resgardados;

5. Requisita que o Secretário-Geral aprove a proposta para que sanções


sejam aplicadas às nações que agirem em desacordo com as medidas
supracitadas no item 3, sanções essas de embargo econômico, como o
bloqueio de importações e exportações, a suspensão de investimentos
nos países punidos e multa, na tentativa de assegurar que o
compromisso com a saúde se mantenha imaculado, prevendo, inclusive,
para as nações que se recusarem a cumprir as recomendações,
fechamento compulsório de suas fronteiras com auxílio militar;

6. Determina que a comunidade internacional preze pela transparência e


solidariedade neste momento crítico, comprometendo-se com a pesquisa
científica e com a publicação de relatórios em parceria com a OMS,
contendo atualização diária do quadro epidemiológico em seus
respectivos territórios e o compartilhamento de medidas tomadas para a
contenção do vírus;

7. Enfatiza a obrigatoriedade do apoio/incentivo aos Estados Membros, no


que diz respeito à doação de máscaras, luvas, respiradores e testes de
detecção do vírus, além de voltar os olhares para as comunidades e
grupos carentes, necessitados de itens básicos de higiene. Ademais, é
imprescindível o auxílio humanitário e científico, por meio da troca de
pesquisas e avanços desenvolvidos em seus respectivos territórios, envio
de profissionais de saúde qualificados, e de aparatos essenciais para
lidar com a doença e facilitar o trabalho dos profissionais de saúde,
como a doação de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), na
tentativa de conter o avanço da covid-19, e também financeiro,
especificamente para países cujo sistema de saúde ameaçam entrar em
colapso, seja pela falta de recursos ou pela maior taxa de risco da
população, a exemplo da Itália, levando em conta a Carta das Nações
Unidas e as boas práticas das Nações Unidas, e relevante direito
internacional incluído direito internacional dos direitos humanos;

8. Endossa que após o Conselho de Segurança aprovar as propostas aqui


elencadas, o Secretário- Geral realize sem demora, os passos, medidas e
arranjos necessários para que os acordos e parcerias sejam efetivados,
visando que nenhuma nação fique desamparada frente à situação de
pandemia, em concordância com os princípios da ONU e os objetivos
deste Conselho de Segurança em garantir a cooperação e a paz no
âmbito internacional;

9. Demanda nota de repúdio assinada pela comunidade internacional


direcionada ao Brasil, visto que o mesmo, por meio de seu Presidente da
República demonstra pouco, senão nenhum comprometimento com a
saúde de sua população e para com a população mundial, uma vez que
suas atitudes em relação à covid-19 consistem meramente em ataques
direcionados ao governo e povo chinês, sendo nada além de comentários
descabidos, baseados em achismos e em posicionamentos xenofóbicos,
em uma tentativa constante de desmerecer as medidas tomadas mundo
afora, desmentir profissionais de saúde e redirecionar a culpa de todo e
qualquer problema para terceiros;

10. Salienta que os Estados Membros cujos territórios estejam mais


suscetíveis à instalação e disseminação do vírus, seja por condições
climáticas, instabilidade interna ou estatísticas populacionais, como
faixa etária ou predisposição para problemas respiratórios, podem
solicitar desde já aprovação de fundo de emergência para ajuda
humanitária ao Escritório das Nações Unidas de Coordenação de
Assuntos Humanitários (OCHA), a exemplo do fundo aprovado em
2018 para o Iêmen e da parceria recente entre a OMS e o Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF);

11. Recomenda que o disposto no item 10 ocorra somente com a aprovação


do Conselho de Segurança, que pode requerer que o Secretário-Geral
exija relatório de destinação de recursos naquele Estado em momento de
pandemia e das medidas adotadas por ele para manter o sistema de
saúde em pleno funcionamento;

12. Solicita que o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) coopere,


quando apropriado, e consistente com suas funções, com linhas de
financiamento emergencial para países membros do BRICS, com o
objetivo de financiar gastos urgentes e inesperados com o sistema de
saúde pública e minimizar impactos nas economias locais,

13. Apela também ao G20 para que mantenha suas atividades nos moldes
atuais, prezando pela cooperação e apoio econômico, visando amenizar
os inevitáveis impactos do novo coronavírus;

14. Encoraja o fim de embargos econômicos unilaterais, mesmo que


temporariamente, para países que reafirmem seu compromisso com a
saúde de sua população e da comunidade internacional, como forma de
prevenir a escassez de alimentos e recursos de combate à covid-19, já
que os embargos econômicos acabam por impedir a chegada de aparatos
essenciais para o combate ao vírus, a exemplo das sanções impostas
pelos Estados Unidos ao Irã, Venezuela, Cuba e Síria;
15. Afirma solenemente, que a livre concorrência na obtenção de EPIs não
deve ensejar punição, uma vez que se encontra em consonância com os
princípios do livre comércio e não prejudica as nações, tendo em vista a
pluralidade de países fornecedores;

16. Apela ao Conselheiro Especial para que exija a produção de relatórios


das atividades dos Estados Membros, incluindo como aspecto específico
dos relatórios o empenho destes em reafirmar a saúde como prioridade
neste momento de pandemia, com transparência e clareza, dentro de 90
dias da data de início da vigência desta resolução, como notificada pelo
Secretário-Geral, e para completar, relatórios subsequentes a cada 180
dias após, e solicita que o Conselheiro Especial apresente os relatórios
ao Conselho de Segurança;

17. Expressa sua intenção de continuar analisando a situação e considerar,


se apropriado, renovar a autoridade prevista nesta resolução por
períodos adicionais;

18. Decide em continuar ativamente a par da questão, e servindo como


conselheira das demais nações no que concerne à problemática aqui
debatida.

Países signatários: República Popular da China, Federação Russa.

Você também pode gostar