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º 16003
Decreto
Presidencial
O Presidente da República, João sidade de relançar gradualmente Pública ontem decretada pelo
Manuel Gonçalves Lourenço, a actividade económica, formal Chefe de Estado, e que começou
assinou, no dia 25 de Maio, o e informal, em especial aquelas a vigorar às zero horas do dia 26,
Decreto que declara a Situação usadas como meio de subsistên- vai prolongar-se enquanto se
de Calamidade Pública , ao cia, e o regresso à normalidade mantiver o risco de propagação
abrigo da pandemia da Covid- da vida social. massiva do vírus SARS-COV-2
19, que começou a vigorar às Em síntese, defende-se que e da pandemia Covid-19.
zero horas do dia 26. “sem descurar as regras de pre- Do Decreto assinado pelo Pre-
O Decreto refere, como razões venção e combate à pandemia sidente da República, consta um
para a transição do Estado de Covid-19, é necessário criar con- anexo com a descrição detalhada
Emergência para a Situação de dições para adaptação a uma nova das regras de funcionamento dos
Calamidade, a necessidade de postura social, capaz de garantir, serviços públicos e privados e
se garantir um melhor equilíbrio com segurança, a gradual retoma dos equipamentos sociais, docu-
entre a estratégia sanitária de da vida económica e social”. mentos que o Jornal de Angola
prevenção e combate e a neces- A Situação de Calamidade publica neste caderno especial.
IIPOLÍTICA Quarta-feira
27 de Maio de 2020
O Mundo continua assolado por uma pandemia de alto d) Recintos fechados de acesso ao público; i) Transladação de cadáveres, sendo admitidos até
contágio, causada pela Covid-19, que coloca em causa e) Locais de culto; dois acompanhantes;
a estabilidade das relações sociais e a sustentabilidade f) Estabelecimentos de ensino; j) Entradas para cumprimento de tarefas específicas
do tecido sócio-económico. g)Transportes colectivos; por especialistas estrangeiros.
As acções implementadas pelo Executivo foram h) Salões de cabeleireiro, barbeiros e institutos de 3. Nos casos previstos nas alíneas a),f), i) e j), as auto-
prontas e de intensidade variável e adaptável tendo beleza. ridades competentes podem estabelecer a obrigatoriedade
culminado com a declaração do Estado de Emergência, de realização de testes de despistagem pré-embarque,
por três vezes prorrogada. 2. É recomendado o uso de máscara facial em espaços bem como a comparticipação, total ou parcial, das
No entanto, e apesar da subsistência do risco de abertos em que não seja possível observar o distan- despesas relativas aos testes de despistagem pós desem-
contágio, urge, cada vez mais, garantir um melhor ciamento físico. barque ou à submissão à confinamento hospitalar, nos
equilíbrio entre a estratégia sanitária de prevenção termos da lei.
e combate e a necessidade de relançar gradualmente 3. A não utilização de máscara facial nos casos referidos 4. Compete aos titulares dos departamentos ministeriais
a actividade económica, formal e informal, em no nº 1 do presente artigo impossibilita o acesso ao responsáveis em razão da matéria a definição dos
especial aquelas usadas como meio de subsistência, respectivo local ou meio de transporte, devendo os termos de aplicação do disposto no número anterior.
e o regresso à normalidade da vida social. Ou seja, responsáveis pelos mesmos tomar todas as medidas
sem descurar as regras de prevenção e combate à com vista a vedar o acesso de cidadãos sem máscara 5. É proibida a saída do território nacional de produtos
pandemia Covid-19, é necessário criar condições facial. da cesta básica, combustível, medicamentos, equipa-
para adaptação a uma nova postura social, capaz de mentos e material gastável de uso médico, sem prejuízo
garantir, com segurança, a gradual retoma da vida 4. As instituições públicas e privadas devem garantir das acções de ajuda humanitária internacional.
económica e social. as condições essenciais de protecção individual dos
Neste sentido, considerando que a Lei nº 28/03, de funcionários e respeitar as orientações das autoridades ARTIGO 9.º
7 de Novembro, alterada pela Lei nº 14/20, de 22 de sanitárias, designadamente em matéria de higiene e (Cerca sanitária na província de Luanda)
Maio, Lei de Protecção Civil, prevê o instituto da Situação biossegurança. 1. É definida a cerca sanitária na província de Luanda,
de Calamidade Pública, o qual permite a adopção de a partir da meia-noite (0h00) do dia 26 de Maio de
um conjunto de medidas extraordinárias até ao regresso 5. O atendimento público deve observar as orientações 2020 às 23h59 do dia 9 de Junho de 2020.
à normalidade. sobre o distanciamento entre as pessoas.
Tendo em conta que, por outro lado, o Regulamento 6. Sempre que possível é recomendado o atendimento 2. Enquanto vigorar a cerca sanitária, as fronteiras da
Sanitário Nacional, aprovado pela Lei nº 5/87, de 23 mediante agendamento prévio. província de Luanda estão sujeitas a controlo sanitário,
de Fevereiro, complementado pelo Regulamento ARTIGO 6.º nos termos definidos pelas autoridades competentes,
Sanitário Internacional-2005, recebido na ordem (Medidas) devendo salvaguardar:
jurídica angolana pela Assembleia Nacional através Para efeitos do presente diploma, e durante a vigência a) Entrada e saída de bens e serviços essenciais;
da Resolução nº 32/08, de 1 de Setembro, obriga que da situação de Calamidade Pública, são implementadas b) Ajuda humanitária;
o Executivo adopte medidas adicionais que se configurem medidas que incidem sobre: c) Entradas e saídas de doentes;
indispensáveis para a salvaguarda da saúde e segurança a) O funcionamento dos órgãos da administração d) Outras a determinar pelas autoridades compe-
da população, de forma a mitigar o contágio e a pro- directa e indirecta do Estado; tentes.
pagação da Covid-19. b) O exercício da actividade agrícola, industrial e
Convindo declarar a situação de Calamidade Pública comercial, nomeadamente nos sectores extractivo, ARTIGO 10.º
e fixar as medidas de execução no território nacional transformador e dos serviços; (Dever de comunicação de casos suspeitos)
durante o período da sua vigência; c) O funcionamento dos mercados formais e infor- Nos termos do Regulamento Sanitário Nacional, à
Nos termos da alínea l) do artigo 120º e do nº 3 do mais; medida que as condições o permitirem, é recomendado
artigo 125º, ambos da Constituição da República de d) As actividades que envolvam a participação o controlo de temperatura à entrada dos estabelecimentos,
Angola, conjugados com os artigos 5º e 19º da Lei nº massiva de cidadãos enquanto existir o risco de devendo as entidades responsáveis, na hipótese de
5/87, de 23 de Fevereiro, a alínea c) do nº 2 do artigo contágio ou de insegurança dos cidadãos; identificação de casos suspeitos, impedir a entrada e
11º da Lei nº 28/03, de 7 de Novembro, com as alterações e) A protecção de cidadãos em situação de vulne- comunicar imediatamente às autoridades sanitárias
introduzidas pela Lei nº 14/20, de 22 de Maio, o Presidente rabilidade; locais.
da República decreta o seguinte: f) O funcionamento dos transportes colectivos;
g) O funcionamento de creches, infantários e ins- ARTIGO 11.º
tituições de ensino, lares da terceira idade e lares (Cerca e cordão sanitário)
DECLARAÇÃO DA SITUAÇÃO DE CALAMIDADE PÚBLICA AO de acolhimento; 1. Havendo risco de transmissão comunitária e sempre
ABRIGO DA PANDEMIA COVID-19 h) O funcionamento do tráfego rodoviário, aéreo, que a situação epidemiológica o recomendar, as auto-
marítimo, fluvial e ferroviário; ridades competentes podem estabelecer cerca ou
ARTIGO 1.º i) A prestação de serviços de saúde; cordão sanitário.
(Declaração de Situação de Calamidade Pública) j) A realização de espectáculos, actividades des-
É declarada a situação de Calamidade Pública a partir portivas, culturais e de lazer; 2. O estabelecimento de cerca ou cordão sanitário deve
da meia-noite (0h00) do dia 26 de Maio de 2020, k) O funcionamento dos locais de culto, enquanto ser proporcional à dimensão do risco de contágio,
que se prolonga enquanto se mantiver o risco de pro- existir o risco de contágio ou de insegurança dos podendo determinar a adopção, entre outras, das
pagação massiva do vírus SARS-COV-2 e da pandemia cidadãos; seguintes medidas:
COVID-19. l) A mobilização de voluntários; a) Delimitação da área de abrangência;
m) A defesa e controlo sanitário das fronteiras; b) Definição de regras para entrada e saída de pes-
ARTIGO 2.º n) Prestação compulsiva de cuidados individuais soas;
(Objecto) de saúde, com ou sem internamento, no interesse c) Definição de regras para o funcionamento dos
1. O presente Decreto Presidencial define medidas de da saúde pública; serviços, equipamentos sociais, estabelecimentos
prevenção e controlo para evitar a propagação do vírus o) A definição de cordões sanitários. comerciais e demais instituições existentes no
SARS-COV-2 e a doença Covid-19. perímetro da cerca.
ARTIGO 7.º
2. O presente diploma define igualmente as medidas (Dever cívico de recolhimento domiciliar) 3. Os cidadãos residentes ou que se encontrem na área
para o período de vigência da Situação de Calamidade Recomenda-se a todos os cidadãos abster-se de circular abrangida pela cerca ou cordão sanitário estão sujeitos
Pública referida no artigo anterior, assim como as em espaços e vias públicas e equiparadas, bem como à vigilância epidemiológica e sanitária.
regras de funcionamento dos serviços públicos e permanecer no respectivo domicílio, excepto para
privados e dos equipamentos sociais, com vista à pre- deslocações necessárias e inadiáveis. ARTIGO 12.º
venção e mitigação da Covid-19. (Quarentena e testagem obrigatórias)
ARTIGO 8.º 1. Havendo risco de transmissão comunitária e sempre
3. As regras de funcionamento dos serviços públicos (Defesa e controlo sanitário das fronteiras) que a situação epidemiológica o recomendar, as auto-
e privados e dos equipamentos sociais constam do 1. Sem prejuízo das situações especiais definidas no ridades competentes podem determinar a quarentena
anexo ao presente Decreto Presidencial, de que é parte número seguinte, as fronteiras da República de Angola e testagem obrigatórias, na medida do proporcional à
integrante. mantêm-se encerradas, estando as entradas e saídas redução do risco.
do território nacional sujeitas a controlo sanitário
ARTIGO 3.º definido pelas autoridades competentes, de acordo 2. Compete às autoridades sanitárias definir, em função
(Âmbito territorial) com Regulamento Sanitário Internacional e com o das circunstâncias concretas, a modalidade de quarentena
A situação de Calamidade Pública abrange todo o Regulamento Sanitário Nacional. obrigatória.
território nacional.
2. Para efeitos do número anterior, são situações 3. Os cidadãos a quem tenham sido imposta quarentena
ARTIGO 4.º especiais as seguintes, estando sujeitas a regime de gozam de tratamento igual, não podendo ser discri-
(Aplicação) controlo próprio definido pelas autoridades compe- minados nem prejudicados nos seus direitos após o
As medidas decretadas no âmbito da situação de cala- tentes: cumprimento do confinamento obrigatório.
midade Pública podem ser aditadas, modificadas ou a) Regresso ao território nacional de cidadãos
suprimidas em função da evolução da situação epi- nacionais e estrangeiros residentes; ARTIGO 13.º
demiológica. b) Viagem dos cidadãos estrangeiros aos respectivos (Serviços públicos)
países; 1. Os serviços públicos funcionam no período das 8
ARTIGO 5.º c) Viagens oficiais; às 15 horas, nos seguintes termos:
(Medidas de protecção individual) d) Entrada e saída de carga, mercadoria e encomendas a) A partir do dia 26 de Maio: 50% da força de tra-
1. Sem prejuízo dos demais casos previstos no presente postais; balho;
diploma, é obrigatório o uso de máscaras faciais nos e) Ajuda humanitária; b) A partir de 8 de Junho: 75% da força de traba-
seguintes casos: f) Emergências médicas; lho;
a) Mercados; g) Escalas técnicas; c) A partir de 29 de Junho: restabelecimento total
b) Venda ambulante; h) Entrada e saída de pessoal diplomático e con- da força de trabalho.
c) Estabelecimentos comerciais; sular;
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2. No caso específico da província de Luanda, os serviços mobilidade, bem como os membros dos órgãos de defesa e
públicos funcionam no período das 8 às 15 horas, nos seguintes segurança.
termos:
a) A partir do dia 26 de Maio: 50% da força de trabalho; ARTIGO 16.º
b) A partir de 29 de Junho: 75% da força de trabalho; (Trabalho em domicílio)
c) A partir de 13 de Julho: restabelecimento total da força 1. Sempre que as condições o permitam, os cidadãos dispensados
de trabalho. da actividade laboral presencial durante o período da situação
de Calamidade Pública estão sujeitos ao regime de trabalho em
3. Os serviços públicos devem criar as condições para o uso domicílio.
obrigatório de máscara facial, a observância do distanciamento
físico obrigatório, de controlo de temperatura dos funcionários 2. É recomendada a adopção do regime de trabalho em domicílio,
e utentes, a instalação de pontos de higienização das mãos à independentemente do vínculo laboral, sempre que a situação
entrada e no interior das instalações, bem como a observância concreta do trabalhador e as funções em causa o permitam,
das medidas de biossegurança. mediante acordo entre as partes.
4. Excepcionam-se do previsto nos nºs 1 e 2 os serviços portuários 3. Nas funções em que não seja possível o cumprimento do
e conexos, bem como as delegações aduaneiras, que podem disposto no número anterior, devem ser estabelecidas, dentro
operar com a totalidade da força de trabalho, a partir de 26 de dos limites previstos na lei ou em regulamentação laboral
Maio. aplicável ao respectivo trabalhador, escalas de rotatividade do
pessoal, diárias ou semanais, e com horários diferenciados de
5. As condições para o funcionamento estão previstas no anexo entrada e saída.
do presente Decreto Presidencial.
4. Compete a cada entidade pública ou privada definir e criar
ARTIGO 14.º as condições para que o trabalhador dispensado possa exercer
(Funcionamento das unidades sanitárias) a actividade a partir do domicílio.
É determinada a reabertura de todos os serviços preventivos
e curativos das unidades sanitárias públicas e privadas, nos ARTIGO 17.º
termos previstos no anexo do presente Decreto Presidencial. (Estabelecimentos hoteleiros e similares)
1. Os estabelecimentos hoteleiros e similares devem adoptar
ARTIGO 15.º planos operacionais de biossegurança internos, elaborados
(Protecção especial de cidadãos vulneráveis) de acordo com as directrizes definidas pelas entidades com-
1. Nas áreas em que tenha sido estabelecida cerca ou cordão petentes, no qual devem ficar definidos, os níveis de respon-
sanitário, estão sujeitos à protecção especial os cidadãos sabilidade de todos os intervenientes.
vulneráveis à infecção por Covid-19, nomeadamente:
a) Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos; 2. Devem ser assegurados:
b) Pessoas com doença crónica considerada de risco, de a) A formação e treino dos trabalhadores, bem como os
acordo com as orientações das autoridades sanitárias, equipamentos de protecção individual adequados;
designadamente os imuno-comprometidos, os doentes b) Mudança de roupa dos quartos, limpeza e adequada
renais, os hipertensos, os diabéticos, os doentes cardio- desinfecção das instalações;
vasculares, doentes respiratórios crónicos e doentes onco- c) Manutenção, limpeza e desinfecção das superfícies.
lógicos;
c) Gestantes; 3. No caso de existência de pessoa doente ou suspeita de estar
d) Crianças menores de 12 anos. infectada por Covid-19, o estabelecimento deve garantir que
a pessoa seja mantida em isolamento até à intervenção das
2. Os cidadãos abrangidos pelo disposto no número anterior, autoridades sanitárias.
incluindo os que tenham a sua guarda crianças menores de 12
anos, quando detentores de vínculo laboral com entidade ARTIGO 18.º
5. O disposto no nº 2 não abrange os titulares de cargo público, 6. Para efeitos do disposto nos números anteriores os serviços
os profissionais de saúde, os operadores de tráfego e apoio à administrativos são permitidos nos termos do artigo 13º.
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escolares, das salas de aula e existência de pontos 2.1 Previsão de reinício da actividade formativa
de higienização ao longo do edifício; (podendo ser suspensa em função da evolução da
i) Obrigação de uso de máscara facial por pessoal situação epidemiológica):
administrativo, professores e alunos; • Reabertura dos Centros de Formação Profissional
j) Distanciamento físico adequado entre pessoal a partir do dia 26 de Maio (desde que reunidas
administrativo, professores, alunos e outras as condições mínimas de biossegurança e de
pessoas no acesso aos edifícios escolares e distanciamento físico).
durante os intervalos;
k) Obrigação de manter, sempre que possível, 2.2 O Reinício das actividades formativas está depen-
as portas de acesso ao edifício e as diferentes dente da criação das seguintes condições/regras:
áreas abertas de forma a evitar o toque constante a) Distanciamento físico mínimo de 2 metros
das superfícies; entre os formandos;
l) Encerramento de espaços não necessários à b) Obrigatoriedade de higienização das mãos à
actividade lectiva, como cantinas, refeitórios, entrada dos centros de formação profissional;
Reinício da actividade lectiva será sob regras apertadas as salas de apoio, as salas de convívio de alunos c) Obrigatoriedade de criação de condições para
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higienização permanente das mãos no interior condições/regras:
c) Higienização regular dos utensílios de traba- máscaras faciais aos participantes; k) Manutenção das portas de acesso aos locais
lho; d) Observância das regras de biossegurança. de culto e das portas de acesso as outras áreas
d) Uso obrigatório de máscara facial pelos tra- abertas;
balhadores; 9. ACTIVIDADES RECREATIVAS, CULTURAIS E DE LAZER l) Ventilação constante dos espaços de culto e
e) Distanciamento físico entre os trabalhadores, NA VIA PÚBLICA OU EM ESPAÇO PÚBLICO higienização obrigatória após cada celebração;
adequado às condições de trabalho; m) Abstenção de utilização ou distribuição de
f) Limitação do número de pessoas nos espaços 9.1. Previsão de reinício de actividades recreativas, folhetos ou documentos, durante os cultos;
para observação de distanciamento físico. culturais e de lazer na via pública ou em espaço n) Os recipientes para oferta deverão ser colocados
público (dependente da evolução da situação epi- em locais de fácil acesso devendo os fiéis des-
demiológica): locarem-se ao respectivo local observando o
7. CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS a) A partir de 8 de Junho - reinício de funcio- devido distanciamento físico;
namento de museus, teatros, monumentos e o) Peregrinações sujeitas a comunicação prévia
estabelecimentos similares; às autoridades competentes.
b) A partir de 8 de Junho, reinício da realização
de feiras de cultura e arte, bem como de expo- 11. UNIDADES SANITÁRIAS
sições;
DANIEL BENJAMIN | EDIÇÕES NOVEMBRO
c) A partir de 13 de Julho abertura de bibliotecas
e mediatecas;
d) A partir de 31 de Julho - reabertura das salas
de cinema.
mentos de trabalho;
b) Disponibilização de material de higienização 11.2. Medidas a adoptar e regras de funcionamento
das mãos à entrada dos locais de trabalho; das unidades sanitárias, públicas e privadas:
c) Uso obrigatório de máscara facial pelos tra- a) Controlo sanitário de viajantes, bens, mer-
balhadores e visitantes; cadorias, meios de transporte, contentores,
d) Distanciamento físico de, no mínimo, 2 metros carga e encomendas postais;
entre trabalhadores, sempre que possível. b) Implementação de cerca e cordão sanitário,
sempre que justificável, para a contenção da
8. ACTIVIDADES E REUNIÕES pandemia;
c) Determinação de quarentena institucional ou
domiciliar sempre que justificável para contenção
da pandemia;
d) Disponibilização de informação ao utente
ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO
10.2. O Reinício das actividades está dependente f) Reforço das medidas de vigilância nas unidades
da criação das seguintes condições/regras: sanitárias, nas unidades de cuidados continuados,
a) Limitação de até 50% da capacidade dos locais lares infantis e de idosos, na comunidade, nos
de culto; locais de trabalho, nas escolas, nas instituições
b) Ajuntamento permitido no limite máximo de públicas, privadas, nas cadeias, quartéis, unidades
8.1 Reinício a partir de 26 de Maio. até 150 pessoas; hoteleiras e de restauração, entre outros;
c) Ajuntamentos para fins religiosos nos locais g) Reforço da busca-activa e seguimento dos
8.2 A realização de actividades e reuniões está depen- de culto fechados até quatro dias por semana, contactos;
dente da criação das seguintes condições/regras: sendo que os restantes dias são reservados a h) Intensificação da divulgação de mensagens
higienização do espaço; para o aumento do nível de literacia da população
8.1.1. Quando realizadas em espaço fechado: d) Higienização regular das superfícies; para a mudança de comportamento face a pan-
a) Limite de 50% da capacidade da sala; e) Celebrações religiosas em espaço fechado demia da COVID-19;
b) Concentração de no máximo 150 pessoas; com duração máxima de duas horas; i) Criação de disponibilidade de locais apropriados
c) Distanciamento físico mínimo recomendável f) Higienização das mãos à entrada dos locais para o alojamento dos casos suspeitos de SARS
entre os participantes; de culto. COV-2.
d) Uso obrigatório de máscara facial; g) Uso obrigatório de máscara facial;
e) Higienização das mãos à entrada. h) Distanciamento de, no mínimo, 2 metros 11.3. Condições a que estão sujeitas as unidades
entre fiéis; sanitárias
8.1.2. Quando realizadas em espaços abertos: i) Localização privilegiada, nos locais de culto, a) Sempre que possível, deve ser efectuada a
a) Distanciamento físico mínimo de 2 metros para pessoas em grupos de risco; marcação prévia das consultas de forma remota
entre os participantes; j) Afixação da lotação máxima da sala e de regras para evitar utentes em sala de espera;
b) Obrigação de uso de máscara facial; de higiene e distanciamento durante os cultos b) Remoção da sala de espera das revistas, folhetos
c) Obrigatoriedade de os organizadores fornecerem em local visível aos fiéis; e outros objectos (máquinas de café, dispensadores
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e) Desinfecção rigorosa dos quartos entre a
13.1 Previsão de reinício/continuidade da actividade desocupação e a ocupação subsequente;
de transporte colectivo de pessoas e bens (dependente f) Obrigação de comunicação as autoridades
da evolução da situação epidemiológica): sanitárias sobre doentes ou suspeitos da doença,
13. TRANSPORTE COLECTIVO DE PESSOAS E BENS Retoma paulatina da actividade permite reanimar a economia mas requer rigor na observação de medidas sanitárias