Você está na página 1de 2

Artigo 2 Artigo 6

(Âmbito da aplicação) (Alargamento da escala de despiste e testagem)


O presente Decreto aplica-se a todos os cidadãos nacionais As autoridades sanitárias, públicas e em parceria com as
e estrangeiros, instituições públicas e privadas, no territó- privadas, devem criar as condições necessárias para o alar-
rio nacional. gamento da escala de despiste de COVID-19 e realização de
testes.
Artigo 3
(Medidas de prevenção e combate) Artigo 7
São medidas gerais de prevenção e combate à pandemia da (Protecção especial)
COVID-19 as seguintes: 1. Estão sujeitos à protecção especial os cidadãos em risco
a) Uso de máscaras e/ou viseiras; de contágio pelo COVID-19, nomeadamente:
b) Lavagem frequente das mãos com água e sabão ou cin- a) Com idade igual ou superior a 65 anos;
za; b) Portadores de doença considerada de risco, de acordo
c) Distanciamento interpessoal mínimo de 1,5m; com as orientações das autoridades sanitárias, designada-
d) Etiqueta da tosse; mente, os imuno-comprometidos, os doentes renais, os
e) Não partilha de utensílios de uso pessoal. hipertensos, os diabéticos, os doentes cardiovasculares, os
portadores de doença respiratória crónica e os doentes
Artigo 4 oncológicos;
(Quarentena, isolamento e internamento)
c) As gestantes.
1. Estão sujeitos ao regime de quarentena domiciliária
2. Os cidadãos abrangidos pelo disposto no número ante-
obrigatória de 14 a 21 dias consecutivos:
rior, quando detentores de vínculo laboral com entidade,
a) Todas as pessoas que estejam a chegar ao país;
pública ou privada, que deve prestar serviço no período de
b) Todas as pessoas que tenham tido contacto directo com
vigência do Estado de Emergência, têm prioridade na dis-
casos confirmados da COVID-19.
pensa da actividade laboral presencial.
2. Os doentes com infecção pelo SARS-COV-2 estão sujeitos
ao seguinte regime: Artigo 8
a) Isolamento domiciliário obrigatório de 14 a 21 dias (Uso de máscaras e/ou viseiras)
consecutivos, se não tiverem critérios médicos para o in- 1. É obrigatório o uso de máscaras e/ou viseiras em todos
ternamento; os locais de aglomeração de pessoas, nos espaços públicos,
b) Isolamento institucional ou internamento em estabele- nos mercados e áreas comuns.
cimento de saúde apropriado para fins terapêuticos, se 2. É obrigatório o uso de máscaras e/ou viseiras nos trans-
tiverem critérios médicos para o internamento definido portes colectivos e semi-colectivos de passageiros.
pelas autoridades competentes. 3. É permitido o uso de máscaras de protecção, de pano ou
3. A violação do disposto na alínea a) do n.º 2 do presente outro material, privilegiando as de fabrico comunitário,
artigo dá lugar ao confinamento em domicílio ou estabele- com a finalidade de proteger o nariz e a boca, nos termos
cimento adequado, com objectivos preventivos. recomendados pelo Ministério da Saúde.
4. Os órgãos competentes devem criar condições necessá-
rias para o conhecimento, em tempo real, da localização, Artigo 9
(Requisição da prestação de serviços de saúde)
por geolocalização, das pessoas constantes do n.º 1 e alí-
1. É determinada a requisição civil de médicos, enfermei-
nea a) do n.º 2 do presente artigo.
ros e outro pessoal de saúde, fora do Sistema Nacional de

Artigo 5 Saúde.
(Visita a estabelecimento hospitalar) 2. Exceptuam-se do disposto no número anterior, os médi-
1. São reduzidas as visitas a cidadãos internados nos esta- cos, enfermeiros e outro pessoal de saúde particularmente
belecimentos hospitalares, ao máximo de duas pessoas por vulneráveis à pandemia COVID-19.
dia, por cada doente. 3. Compete ao Ministério que superintende a área da saúde
2. É interdita a visita aos doentes com COVID-19. criar as condições para a materialização das medidas pre-
vistas no presente artigo.
Artigo 10 ii) Aeroporto de Mocímboa da Praia, na Província de Cabo
(Vistos e acordos de supressão de vistos) Delgado;
1. Durante a vigência do Estado de Emergência: iii) Aeroporto de Lichinga, na Província do Niassa;
a) É limitada a emissão de visto de entrada no território iv) Aeroporto de Nampula e Nacala, na Província de Nam-
nacional; pula;
b) Mantém-se cancelados os vistos já emitidos; v) Aeroporto de Quelimane, na Província da Zambézia;
c) Ficam suspensos os acordos de supressão de vistos cele- vi) Aeroporto de Chingodzi, na Província de Tete;
brados entre o Estado Moçambicano e outros Estados. vii) Aeroporto de Chimoio, na Província de Manica;
2. Excepcionalmente, pode ser concedido o visto de entra- viii) Aeroporto da Beira, na Província de Sofala;
da de pessoas no território moçambicano para atender as- ix) Aeródromos de Inhambane e de Vilanculos, na Província
suntos de interesse do Estado, sem prejuízo da observância de Inhambane;
das medidas de protecção e prevenção e combate à pande- x) Aeroporto Internacional de Maputo, na Cidade de Mapu-
mia da COVID-19. to.
c) Portuários:
Artigo 11 i) Porto de Pemba e Mocímboa da Praia, Província de Cabo
(Licenças e autorizações)
Delgado;
Enquanto vigorar o Estado de Emergência, as licenças, au-
ii) Porto de Nacala, na Província de Nampula;
torizações ou outro tipo de actos administrativos mantêm-
iii) Portos de Quelimane e Pebane, na Província da Zam-
se válidos independentemente do decurso do respectivo
bézia;
prazo.
iv) Porto da Beira, na Província de Sofala; e

Artigo 12 v) Porto de Maputo, na Cidade de Maputo.


(Validade dos documentos oficiais caducados) 2. Os tripulantes dos navios só podem desembarcar dos
São considerados válidos e eficazes, até 30 de Setembro de respectivos navios para a zona portuária, para operações
2020, os seguintes documentos oficiais, caducados: estritamente necessárias de carga e descarga dos seus na-
a) Bilhete de identidade; vios, sendo-lhes interdito sair da zona portuária, excepto
b) Carta de condução; por razões de saúde.
c) Documentos de viagem de tripulantes e condutores;
d) Documento de Identificação e Residência de Estrangei- Artigo 14
ros e vistos temporários; e (Autorização de voos)

e) Verbete do despacho de importação de veículo automó- 1. São autorizados voos charters e cargueiros.

vel. 2. Excepcionalmente, podem ser autorizados voos de


transporte de passageiros com países determinados, em

Artigo 13 regime de reciprocidade.


(Encerramento dos postos de travessia) 3. Compete ao ministro que superintende a área dos trans-
1. São encerrados todos os Postos de Travessia, exceptuan- portes determinar a frequência dos voos e os países de
do-se os seguintes: destino.
a) Terrestres:
i) Negomano, na Província de Cabo Delgado; Artigo 15
ii) Mandimba, II Congresso e Entrelagos, Província do Nias- (Aulas presenciais)

sa; 1. É autorizada a retoma faseada de aulas presenciais, ao


iii) Melosa, na Província da Zambézia; nível nacional.
iv) Cassacatisa, Cuchamano e Zóbwè, Província de Tete; 2. A retoma de aulas nos subsistemas de Educação Geral,
v) Machipanda, Província de Manica; Formação de Professores e Educação de Adultos, decorre
vi) Chicualacuala, Província de Gaza; e em três fases, designadamente:
vii) Ressano Garcia e Namaacha, Província de Maputo. a) 1.ª fase: 12.ª classe e Formação de Professores nas mo-
b) Aéreos: dalidades de 10.ª+1 e 10.ª+3;
i) Aeroporto de Pemba, na Província de Cabo Delgado; b) 2.ª fase: 7.ª e 10.ª classes e 3.º ano de Educação de

Você também pode gostar