Você está na página 1de 2

Artigo 6 Artigo 9

(Sanção) (Serviços Essenciais)


1. O desrespeito às medidas impostas pelo presente di- Durante a vigência do Estado de Emergência deverão ser
ploma legal será considerado crime de desobediência e mantidos os serviços e actividades públicas e privadas
7
punido com pena de 3 a 15 dias de prisão. essenciais, destacando-se:
2. A pena será sempre substituída por multa correspon- a) Serviços médicos, hospitalares e medicamentosos;
8
dente ou por prestação de trabalho socialmente útil. b) Abastecimento de água, energia e combustíveis;
3. Se a pena for substituída por multa e esta não for pa- c) Venda de bens alimentícios e de primeira necessida-
ga voluntariamente no prazo de 10 dias, ou furtar-se o de;
condenado ao cumprimento da pena de prestação de d) carga e descarga de animais e géneros alimentares
serviço socialmente útil, o juiz ordenará o cumprimento deterioráveis;
da prisão pelo tempo correspondente à razão de 1 dia de e) Serviços de registo e notariado;
prisão efectiva por cada 2 dias de multa ou trabalho so- f) Serviços bancários, de seguros e demais serviços finan-
9
cialmente útil. ceiros;
g) Correios e telecomunicações;
Artigo 7 h) Controle do espaço aéreo e meteorológico;
(Soltura do arguido que não é julgado imediatamente)
i) Serviços de salubridade;
1. O detido em flagrante delito por crime previsto no
j) Bombeiros;
presente diploma será imediatamente conduzido ao tri-
k) Segurança privada; e
bunal para julgamento, em processo sumário, que deve-
l) Serviços funerários.
rá realizar-se no prazo de 24 horas após a detenção.
2. Se, por alguma razão, o juiz não estiver em condições Artigo 10
de proceder ao julgamento do detido no dia em que os (Regulamentação)
autos lhe são conclusos, ordenará a sua soltura mediante Compete ao Conselho de Ministros regulamentar o pre-
termo de identidade e residência, marcando logo data sente Decreto Presidencial.
de julgamento nos 15 dias imediatos.
3. Se, na data aprazada, o arguido não comparecer ao Artigo 11
(Entrada em vigor)
julgamento, será julgado à revelia.10
O presente Decreto Presidencial entra em vigor no dia 30

Artigo 8 de Junho de 2020.


(Colaboração)
Todas as pessoas e entidades públicas e privadas ficam
obrigadas a colaborar com as autoridades na execução
da presente declaração do Estado de Emergência.

7
Redacção alterada pelo Decreto n.° 21/2020 de 26 de Junho. Redacção anterior: "(...) com as penas correspondentes.”
8
Redacção aditada pelo Decreto n.° 21/2020 de 26 de Junho.
9
Redacção aditada pelo Decreto n.° 21/2020 de 26 de Junho.
10
Redacção aditada pelo Decreto n.° 21/2020 de 26 de Junho.
MEDIDAS DE EXECUÇÃO ADMINISTRATIVA PARA A PREVENÇÃO E
CONTENÇÃO DA PROPAGAÇÃO DA PANDEMIA COVID-19
Foram recentemente aprovadas por meio do Decreto n.º 51/2020, de 1 de Julho, novas medidas de execução adminis-
trativa para a prevenção e contenção da propagação da covid-19, a vigorar durante o Estado de Emergência, das quais
destacam-se as seguintes alterações:

 Obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços públicos, mercados e áreas comuns independentemente de haver
ou não aglomeração de pessoas;

 Limitação da emissão de vistos de entrada;

 Extensão, até 30 de Setembro de 2020, da validade dos seguintes documentos oficiais, mesmo que caducados: bi-
lhete de identidade, carta de condução, Documento de Identificação e Residência de Estrangeiros e vistos tempo-
rários e Verbete do despacho de importação;

 Os tripulantes dos navios passam a poder desembarcar na zona portuária para operações de carga e descarga;

 Permissão de voos charters e cargueiros, bem como a possibilidade de autorização de voos comerciais em regime
de reciprocidade com determinados países, cabendo ao Ministro dos Transportes e Comunicações determinar a fre-
quência dos voos e os países de destino;

 Retoma faseada de aulas ao nível nacional;

 Permissão da prática de actividade física e desportiva em modalidades individuais ao ar livre, desde que respeitan-
do o distanciamento físico;

 Reabertura dos museus, galerias e bibliotecas;

 Obrigatoriedade de encerramento dos estabelecimentos de restauração às 22 horas, devendo permanecer encerra-


do o serviço de bar;

 Não obrigatoriedade da rotatividade laboral de 1/3 dos trabalhadores, podendo a redução do efectivo laboral pre-
sencial, ser feita em função da capacidade e dimensões do local de trabalho de modo a garantir o cumprimento do
distanciamento recomendado.

Decreto n.º 51/2020 Estando actualmente Moçambique na fase de aceleração


de 1 de Julho da pandemia, com padrão de transmissão comunitária,
exigindo a manutenção de medidas excepcionais, o Presi-
Em virtude de a Organização Mundial da Saúde ter decla- dente da República decretou pela terceira vez o Estado
rado a COVID-19 uma pandemia mundial, o Presidente da de Emergência, através do Decreto Presidencial n.º
República, através do Decreto Presidencial n.º 11/2020, 21/2020, de 26 de Junho, ractificado pela Lei n.º
de 30 de Março, declarou o Estado de Emergência em 8/2020, de 29 de Junho.
todo o território nacional, com a duração de 30 dias, Nestes termos, ao abrigo do disposto no artigo 2 da Lei
tendo sido ratificado pela Assembleia da República, atra- n.º 8/2020, de 29 de Junho, que ratifica o Decreto Presi-
vés da Lei n.º 1/2020, de 31 de Março. dencial n.º 21/2020, de 26 de Junho, o Conselho de Mi-
Em face do aumento do número de infectados, o Estado nistros decreta:
de Emergência foi prorrogado pelo Decreto Presidencial
n.º 12/2020, de 29 de Abril, ratificado pela Lei n.º Artigo 1
(Objecto)
4/2020, de 30 de Abril, e pelo Decreto Presidencial n.º
São aprovadas as medidas de execução administrativa
14/2020, de 28 de Maio, ratificado pela Lei n.º 6/2020,
para a prevenção e contenção da propagação da pande-
de 29 de Maio.
mia COVID-19, a vigorar durante o Estado de Emergência.

Você também pode gostar