PRAZOS DO INQUÉRITO POLICIAL (CONCLUSÃO) E DA AÇÃO PENAL (OFERECIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA)
INQUÉRITO POLICIAL
Prazo para conclusão
a) Código de Processo Penal (art. 10)
Indiciado preso: 10 dias.
Indiciado solto: 30 dias (prorrogáveis).
Prorrogação: ao critério do juiz, a pedido da
autoridade policial, que deverá
fundamentá-lo em razão de fato de difícil
elucidação.
OBS: O CPP não estabelece limite de
prorrogação, devendo o juiz concedê-la
observando o princípio da razoável duração
do processo.
b) Justiça Federal (art. 66 da Lei nº.
5.010/66)
Indiciado preso: 15 dias (prorrogáveis por
igual período).
Indiciado solto: 30 dias (prorrogáveis a
critério do juiz).
Prorrogação: ao critério do juiz, a pedido da
autoridade policial, que deverá
fundamentá-lo em razão de fato de difícil
elucidação.
OBS: A lei especial não se refere ao prazo
de conclusão do inquérito no caso de
indiciado solto, no que se aplicam as
mesmas regras do CPP para este caso.
c) Lei de Drogas (art. 51)
Réu preso: 30 dias (prorrogáveis por igual
período).
Réu solto: 90 dias (prorrogáveis por igual
período).
d) Lei de Crimes contra a Economia
Popular (art. 10, § 1º)
Réu preso ou solto: 10 dias.
Observações Importantes quanto ao
prazo:
O prazo de conclusão do inquérito
policial tem natureza processual (prazo
processual), mesmo na hipótese do réu
preso.
 Na contagem, exclui-se o dia do começo
e inclui-se o dia do final.
 O prazo se inicia com a partir da notitia
criminis (ciência do fato delituoso pela
autoridade policial).
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
Prazo para oferecimento da denúncia
a) Código de Processo Penal (art.46)
Réu preso: 5 dias.
Réu solto: 15 dias.
b) Lei de Drogas (art. 54)
Réu preso ou solto: 10 dias.
c) Código Eleitoral (art. 357)
Réu preso ou solto: 10 dias.
c) Lei do Abuso de Autoridade (art. 13)
Réu preso ou solto: 48 horas.
d) Lei de Crimes contra a Economia Popular
(art. 10, § 1º)
Réu preso ou solto: 02 dias.
Observações Importantes quanto ao prazo:
 O prazo para oferecer a denúncia tem
natureza processual.
 Na contagem, exclui-se o dia do começo e
inclui-se o dia do final.
 O prazo se inicia a partir do recebimento
dos autos do inquérito policial pelo MP.
 A inobservância a este prazo pelo MP dá
oportunidade ao ofendido para oferecer
queixa-crime subsidiária (inércia do MP).
 A inobservância a este prazo não gera
extinção da punibilidade e nem decadência do
direito de ação do MP, podendo o MP
oferecer a denúncia enquanto a infração penal
não prescrever (causa extintiva de
punibilidade).
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA AÇÃO PENAL PRIVADA AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA
Prazo para oferecimento da representação Prazo para oferecimento da queixa-crime Prazo para oferecimento da queixa-crime
Decadencial de 6 meses. Decadencial de 6 meses. subsidiária
Observações importantes quanto ao prazo: Observações importantes quanto ao prazo: Decadencial de 6 meses.
 O prazo para oferecer a representação tem  O prazo para oferecer a queixa-crime Observações importantes quanto ao prazo
natureza material. tem natureza material.  O prazo para oferecer a queixa-crime subsidiária
 A inobservância gera decadência, causa de  A inobservância gera decadência, causa tem natureza material.
extinção da punibilidade. de extinção da punibilidade (decadência  A inobservância gera decadência apenas do
 O prazo Inicia a partir do conhecimento da própria). direito de queixa, mas não causa a extinção da
autoria do fato delituoso pelo ofendido, ou pelo  O prazo Inicia a partir do conhecimento punibilidade (decadência imprópria), pois o MP
seu representante legal, quando o ofendido for da autoria do fato delituoso pelo ofendido continua com a sua legitimidade para propor a ação
incapaz ou pelo seu representante legal, quando o penal público enquanto não houver a prescrição da
 Na contagem, inclui-se o dia do começo e ofendido for incapaz. Exceção: ação penal infração penal.
exclui-se o dia do fim. privada personalíssima no caso de crime de  O prazo inicia no dia seguinte ao dia em que se
 Trata-se de prazo peremptório, ou seja, fatal induzimento a erro essencial ou ocultação findou o prazo legal do MP para oferecer a denúncia.
e improrrogável, não admitindo suspensões ou de impedimento (art. 236, CP); neste caso o  Na contagem, inclui-se o dia do começo e exclui-
interrupções. prazo iniciar-se-á após o trânsito em julgado se o dia do fim.
da sentença cível que anulou o casamento.  Trata-se de prazo peremptório, ou seja, fatal e
Prazo para oferecimento da denúncia (art. 46,
 Na contagem, inclui-se o dia do começo e improrrogável, não admitindo suspensões ou
CPP)
exclui-se o dia do fim. interrupções.
Réu preso: 5 dias.
 Trata-se de prazo peremptório, ou seja, OBS: Este prazo gera, segundo a doutrina, a chamada
Réu solto: 10 dias.
fatal e improrrogável, não admitindo decadência imprópria, uma vez que apenas causa a
Observações Importantes quanto ao prazo:
suspensões ou interrupções. decadência do direito de ação do ofendido, não
 O prazo para oferecer a denúncia tem
gerando a extinção da punibilidade do fato, já que o
natureza processual.
MP continua com a sua legitimidade para oferecer a
 Na contagem, exclui-se o dia do começo e
denúncia durante e após o prazo decadencial.
inclui-se o dia do final.
 O prazo se inicia a partir do recebimento dos
autos do inquérito policial pelo MP.
 A inobservância a este prazo pelo MP dá
oportunidade ao ofendido para oferecer queixa-
crime subsidiária (inércia do MP).
 A inobservância a este prazo não gera
extinção da punibilidade e nem decadência do
direito de ação do MP, podendo o MP oferecer a
denúncia enquanto a infração penal não
prescrever (causa extintiva de punibilidade).