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colectivo, em todos os lugares de culto.

número anterior, não se confunde com dispensa do tra-


2. O disposto no número anterior não impede o exercício balho, devendo ser adoptados mecanismos que assegu-
do direito à liberdade de culto, individual ou domiciliá- rem a continuação do trabalho em casa, havendo condi-
ria, em estrita obediência às medidas de prevenção e ções.
controlo da COVID-19. 5. Compete a cada entidade, pública ou privada, definir
modalidades do trabalho em domicílio.
Artigo 17 6. A medida prevista no n.º 3 do presente artigo não
(Cerimónias fúnebres)
abrange os funcionários e agentes do Estado que ocupam
1. O número de participantes na realização de cerimó-
cargos de direcção, chefia e confiança, os quais mantêm
nias fúnebres não deve exceder 20 (vinte) pessoas e,
o pleno exercício das suas funções.
deve assegurar o cumprimento do distanciamento social.
7. Exceptua-se do disposto no n.º 3 as indústrias de pro-
2. O número de participantes em cerimónias fúnebres de
dutos essenciais que podem ser autorizadas a manter
pessoas que padeciam de COVID-19 não deve exceder 10
efectivo laboral superior a 1/3, mediante um pedido fun-
(dez) pessoas.
damentado dirigido ao Ministro que superintende a área
3. Independentemente da causa da morte, os participan-
de trabalho, ouvido o Ministro que superintende a área
tes de cerimónias fúnebres, são obrigados ao uso de más-
da indústria e comércio, devendo ser observadas as res-
caras.
tantes medidas preventivas definidas para o efeito.
4. Os gestores dos cemitérios devem adoptar medidas
8. Consideram-se indústrias essenciais, para efeitos do
necessárias ao cumprimento do disposto no presente ar-
presente Decreto, a produção de bens alimentares e de
tigo.
bebidas, indústria química e dos produtos essenciais aos
serviços de saúde.9
Artigo 18
(Funcionamento das instituições públicas e privadas)
Artigo 19
1. Mantêm-se em funcionamento as instituições públicas
(Cadastro e prova de vida presencial)
e privadas, devendo ser observadas as medidas de pre-
1. Durante a vigência do Estado de Emergência são tem-
venção e controlo do COVID-19.
porariamente suspensos os seguintes actos relativos aos
2. São medidas cumulativas de prevenção e controlo do
Funcionários e Agentes do Estado:
COVID-19, nomeadamente:
a) O cadastro electrónico;
a) Distanciamento interpessoal de 1,5m, no mínimo;
b) A prova de vida presencial (biométrica).
b) Etiqueta da tosse;
2. Mantêm-se em vigor a realização do cadastro excepci-
c) Lavagem frequente das mãos;
onal e da prova de vida não presencial.10
d) Desinfecção das instalações e equipamentos;
e) Não partilha de utensílios de uso pessoal;
Artigo 20
f) Arejamento das instalações; e
(Serviços mínimos das instituições de crédito e socie-
g) Redução, em reuniões ou locais de aglomeração, do dades financeiras)
número de pessoas, para o máximo de 20 (vinte) pesso- 1. As instituições de crédito e sociedades financeiras
as, quando aplicável, exceptuando situações inadiáveis devem prover os seguintes serviços mínimos:
do funcionamento do Estado. a) Depósitos, levantamentos em numerário;
3. O efectivo laboral presencial é reduzido para uma b) Transferências de fundos;
quantidade não superior a 1/3, com rotatividade das c) Todas as operações necessárias realizadas através
equipas de serviço de 15 em 15 dias. dos canais digitais.
4. A redução de pessoal, para efeitos do cumprimento do 2. O Banco de Moçambique pode estabelecer outros ser-

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Redacção alterada pelo Decreto n.° 26/2020 de 8 de Maio. Redacção anterior: "… indústria de produtos de higiene e limpeza, indústria química,
produtos essenciais aos serviços de saúde e indústrias críticas para o funcionamento da economia, incluindo os serviços de apoio às indústrias essen-
ciais.”
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Redacção aditada pelo Decreto n.° 26/2020 de 8 de Maio.
viços mínimos, podendo ainda estabelecer medidas ne- 2. Devem ser reforçadas as acções de inspecção com vista
cessárias para o funcionamento dos subsistemas de paga- a identificar e sancionar as práticas de especulação de
mentos, definir os termos e condições de utilização dos preços pelos estabelecimentos comerciais.
instrumentos de pagamentos e demais áreas.11
Artigo 25
Artigo 21 (Actividades industrial, agrícola e pesqueira)12
(Suspensão dos serviços de interesse público)
1. As entidades industriais, agrícolas e pesqueiras13 de-
As instituições públicas e privadas que prestam serviço
vem garantir a utilização de medidas de prevenção da
público, podem reduzir o volume de serviços prestados,
COVID-19, necessárias à protecção do pessoal de serviço.
de modo a que se conformem com o previsto no artigo 18
2. Compete aos Ministros que superintendem as áreas da
do presente Decreto.
indústria, da agricultura e da pesca14 reorientar o sector
industrial, agrícola e pesqueiro para a produção de insu-
Artigo 22
mos necessários ao combate à pandemia.
(Medidas de protecção individual)
1. As instituições públicas e privadas que se mantenham
Artigo 26
em funções nos termos do presente Decreto devem ga-
(Licenciamento para importação de bens essenciais)
rantir condições essenciais de protecção individual dos
1. A importação de bens alimentares, medicamentos,
funcionários e agentes do Estado, respeitar as orienta-
material de biossegurança, testes de diagnóstico e outros
ções das autoridades sanitárias.
produtos essenciais fica sujeita a um regime excepcional
2. O atendimento público deve observar as orientações
de licenciamento.
sobre o distanciamento entre as pessoas.
2. Compete aos Ministros que superintendem as áreas das
3. Deve ser dada atenção especial e particular à protec-
finanças, transportes, agricultura, saúde,15 indústria e
ção dos profissionais e agentes de saúde.
comércio, pesca, gestão de calamidades16 e o Banco de
Moçambique definirem o regime referido no número an-
Artigo 23
terior, o qual deve privilegiar a facilitação e a desburo-
(Mercados)
cratização.
1. Os mercados mantêm-se em funcionamento, no perío-
do compreendido entre às 6 horas e às 17 horas.
Artigo 27
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, por re-
(Regularização fiscal)
comendação das autoridades sanitárias competentes, po-
1. O pagamento de impostos sobre a importação de bens
dem ser encerrados os mercados.
alimentares, medicamentos e outros bens essenciais fica
3. Os órgãos gestores dos mercados devem criar condi-
sujeito ao regime de regularização à posterior.
ções para a observância do distanciamento recomendável
2. Compete ao Ministério que superintende a área das
entre os vendedores e entre estes e os compradores, bem
finanças garantir os mecanismos de aplicação do disposto
como o uso de máscaras.
no número anterior do presente artigo.
4. Os órgãos mencionados no número anterior devem cri-
ar condições para a desinfecção regular dos mercados, Artigo 28
bem como de higiene e saneamento do meio. (Créditos bancários)
Durante a vigência do Estado de Emergência, ficam sem
Artigo 24 efeito as interpelações, constituições em mora e execu-
(Inspecção das actividades económicas) ções decorrentes do atraso do cumprimento de obriga-
1. Os órgãos competentes de inspecção das actividades ções que não possam ser realizadas por decorrência da
económicas mantêm-se em funções. aplicação das medidas previstas no presente Decreto.

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Redacção aditada pelo Decreto n.° 26/2020 de 8 de Maio.
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Redacção aditada pelo Decreto n.° 26/2020 de 8 de Maio.
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Redacção aditada pelo Decreto n.° 26/2020 de 8 de Maio.
14
Redacção aditada pelo Decreto n.° 26/2020 de 8 de Maio.
15
Redacção aditada pelo Decreto n.° 26/2020 de 8 de Maio.
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Redacção aditada pelo Decreto n.° 26/2020 de 8 de Maio

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