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Regulamento Geral de Higiene e

Segurança do Trabalho nos


Estabelecimentos Comercias, de
Escritório e Serviços
Decreto-Lei n.º 243/86, de 20 de Agosto
Aprova o Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho
nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritório e Serviços

Declaração, de 31 de Outubro de 1986


Declara ter sido rectificado o Decreto-Lei n.º 243/86, de 20 de
Agosto
REGULAMENTO GERAL DE HIGIENE E SEGURANÇA DO
TRABALHO NOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAS, DE
ESCRITÓRIO E SERVIÇOS

Índice
Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho nos Estabelecimentos
Comercias, de Escritório e Serviços ....................................................................................................... 3
CAPÍTULO I Objectivo e campo de aplicação .................................................................................... 3
CAPÍTULO II Condições gerais dos locais de trabalho ................................................................... 4
SECÇÃO I Requisitos gerais .................................................................................................................. 4
SECÇÃO II Conservação dos locais de trabalho ........................................................................... 4
CAPÍTULO III Condições especiais dos locais de trabalho ............................................................ 5
SECÇÃO I Condições atmosféricas .................................................................................................... 5
SECÇÃO II Condições de temperatura e humidade .................................................................... 6
SECÇÃO III Condições de iluminação ............................................................................................... 7
SECÇÃO IV Ruído e vibrações ............................................................................................................. 8
CAPÍTULO IV Protecção de máquinas................................................................................................... 9
CAPÍTULO V Métodos e ritmos ............................................................................................................... 9
CAPÍTULO VI Substâncias e processos incómodos, insalubres e tóxicos ................................ 9
SECÇÃO I Disposições gerais ............................................................................................................... 9
SECÇÃO II Locais subterrâneos, cegos ou sem janelas............................................................ 10
SECÇÃO III Armazenagem .................................................................................................................. 10
SECÇÃO IV Armazenagem em instalações frigoríficas ............................................................ 11
CAPÍTULO VII Substâncias explosivas e inflamáveis...................................................................... 11
CAPÍTULO VIII Armazéns, arrecadações e adegas ......................................................................... 12
CAPÍTULO IX Prevenção de incêndios e protecção contra o fogo .......................................... 12
CAPÍTULO X Instalações e equipamentos de higiene e bem-estar ......................................... 13
SECÇÃO I Instalações sanitárias........................................................................................................ 13
SECÇÃO II Chuveiros ............................................................................................................................. 14
SECÇÃO III Vestiários ............................................................................................................................ 14
SECÇÃO IV Refeitórios ......................................................................................................................... 14
SECÇÃO V Água potável ..................................................................................................................... 15
CAPÍTULO XI Dispositivos de protecção individual ....................................................................... 15
CAPÍTULO XII Primeiros socorros ......................................................................................................... 15
CAPÍTULO XIII Deveres gerais ................................................................................................................ 16
CAPÍTULO XIV Entidade fiscalizadora e sanções ............................................................................ 16
CAPÍTULO XV Disposições transitórias ............................................................................................... 17

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TRABALHO NOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAS, DE
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O Governo decreta, nos termos da higiene e segurança e a melhor


alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da qualidade de ambiente de trabalho em
Constituição, o seguinte: todos os locais onde se desenvolvam
actividades de comércio, escritório e
Artigo 1.º É aprovado o Regulamento serviços.
Geral de Higiene e Segurança do
Trabalho nos Estabelecimentos
Comerciais, de Escritório e Serviços, Artigo 2.º (Campo de aplicação)
anexo ao presente diploma e que dele O presente Regulamento aplica-se à
faz parte integrante. Administração Pública, aos
estabelecimentos ou locais de trabalho,
Art. 2.º A aplicação do Regulamento aos instituições e organismos seguintes,
serviços da Administração Pública quer públicos, quer cooperativos ou
instalados à data da sua entrada em privados:
vigor far-se-á por despacho conjunto do a) Estabelecimentos ou locais onde os
Ministro do Trabalho e Segurança trabalhadores exerçam a actividade
Social, do ministro competente e do do comércio;
membro do Governo que tiver a seu b) Estabelecimentos ou locais,
cargo a função pública. instituições e organismos onde os
trabalhadores exerçam a actividade
Art. 3.º O presente diploma aplica-se de escritório;
nas Regiões Autónomas dos Açores e c) Todos os serviços ou locais de
da Madeira, sem prejuízo das quaisquer estabelecimentos,
adaptações que lhe venham a ser instituições e organismos onde os
introduzidas por diploma regional. trabalhadores exerçam
principalmente a actividade de
Art. 4.º O Regulamento entra em vigor escritório não compreendidos no
no prazo de 180 dias a contar da data artigo seguinte e aos quais não se
da sua publicação. aplique outra legislação ou outras
disposições que regulamentem a
Regulamento Geral de Higiene e higiene e segurança na indústria, nas
Segurança do Trabalho nos minas, nos transportes ou na
agricultura.
Estabelecimentos Comercias, de
Escritório e Serviços
Artigo 3.º (Outras entidades abrangidas)

CAPÍTULO I Objectivo e campo 1. Este Regulamento aplica-se


de aplicação igualmente aos estabelecimentos ou
locais de trabalho, instituições ou
Artigo 1.º (Objectivo) organismos:
O presente Regulamento tem por a) Que prestem serviços de ordem
objectivo assegurar boas condições de pessoal;

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b) Correios e serviços de haja permanência de trabalhadores,


telecomunicações; podem ter como tolerância limite
c) Hotéis, pensões e similares; 2,20 m de pé direito.
d) Restaurantes, cantinas, cafés e 3. Todos os estabelecimentos
noutros locais similares onde se comerciais, escritórios e serviços que
sirvam refeições ou bebidas; à data da entrada em vigor deste
e) Estabelecimentos ou locais diploma já funcionem em instalações
destinados a espectáculos, cujo pé direito seja inferior aos
divertimentos públicos ou mínimos exigidos na alínea c) do n.º
recreativos. 2 deste artigo deverão dispor de
2. Os locais ou instalações de trabalho meios complementares de
com características provisórias ficam renovação do ar.
abrangidos por este Regulamento.

Artigo 5.º (Assentos)


CAPÍTULO II Condições gerais
dos locais de trabalho 1. Devem ser postos à disposição dos
trabalhadores assentos apropriados
SECÇÃO I Requisitos gerais e em número suficiente, de modo
Artigo 4.º (Espaço unitário do trabalho) que possam sempre que seja
compatível com a natureza do
1. Todo o trabalhador deve dispor de trabalho, realizá-lo na posição de
um espaço suficiente e livre de sentado.
qualquer obstáculo para poder 2. Nos postos de trabalho fixos devem
realizar o trabalho sem risco para a ser postos à disposição dos
sua saúde e segurança. trabalhadores assentos facilmente
2. Para efeito do número anterior, os higienizáveis, confortáveis,
locais de trabalho devem satisfazer funcionais, anatomicamente
os seguintes requisitos: adaptados aos requisitos do posto
a) A área útil por trabalhador, de trabalho e à duração do mesmo.
excluindo a ocupada pelo posto de
trabalho fixo, não deve ser inferior a SECÇÃO II Conservação dos locais de
2 m2 e o espaço entre postos de trabalho
trabalho não deve ser inferior a 80
cm; Artigo 6.º (Conservação e higienização)
b) O volume mínimo por trabalhador Todos os locais de trabalho, zonas de
não deve ser inferior a 10 m3; passagens, instalações comuns e ainda
c) O pé direito dos locais de trabalho os seus equipamentos devem estar
não deve ser inferior a 3m, conveniente e permanentemente
admitindo-se, nos edifícios conservados e higienizados.
adaptados, uma tolerância até
2,70m;
d) Os locais destinados exclusivamente
a armazém, e desde que neles não
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Artigo 7.º (Limpeza diária e periódica) Artigo 9.º (Desperdícios)


1. Devem ser limpos diariamente: 1. Os desperdícios ou restos incómodos
a) Os pavimentos; devem ser colocados em recipientes
b) Os planos de trabalho e seus resistentes e higienizáveis com
utensílios; tampa, que serão removidos
c) Os utensílios ou equipamentos de diariamente do local de trabalho.
uso diário; 2. 2. - Quando os desperdícios ou
d) As instalações higieno-sanitárias, restos forem muito incómodos ou
como vestiários, lavabos, balneários, susceptíveis de libertarem
retretes e urinóis, ou outras comuns substâncias tóxicas, perigosas ou
postas à disposição dos infectantes, devem ser previamente
trabalhadores. neutralizados e colocados em
2. Devem ser limpos periodicamente: recipientes resistentes cuja tampa
a) Paredes e tectos; feche hermeticamente. A sue
b) Fontes de luz natural e artificial; remoção do local de trabalho deve
c) Os utensílios ou equipamentos de ser diária ou no final de cada turno
uso não diário; de trabalho, conforme os casos.
d) As instalações referidas no n.º 1, 3. Cada posto de trabalho deve ter
alínea d), que serão ainda sujeitas a recipiente ou dispositivo próprio.
desinfecção.
CAPÍTULO III Condições
Artigo 8.º (Operações de limpeza e
especiais dos locais de trabalho
desinfecção) SECÇÃO I Condições atmosféricas
1. As operações de limpeza e
Artigo 10.º (Atmosfera de trabalho)
desinfecção devem ser feitas:
a) Por forma que não levantem poeiras; 1. A atmosfera de trabalho bem como a
b) Fora das horas de trabalho, ou, das instalações comuns devem
durante as horas de trabalho, garantir a saúde e o bem-estar dos
quando exigências particulares a tal trabalhadores.
obriguem e possam ser feitas sem 2. Os diversos locais de trabalho bem
inconveniente grave para o como as instalações comuns devem
trabalhador; conter meios que permitam a
c) Com produtos não tóxicos ou renovação natural e permanente do
irritantes, designadamente nas ar sem provocar correntes
instalações higieno-sanitárias, como incómodas ou prejudiciais aos
vestiários, lavabos, balneários, trabalhadores.
retretes e urinóis, e em outras 3. Os postos de trabalho que libertem
instalações comuns postas à ou produzam produtos incómodos,
disposição dos trabalhadores. tóxicos ou infectantes devem estar
providos de dispositivos de captação
local e respectiva drenagem, de

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modo a impedir a sua difusão no


ambiente de trabalho. SECÇÃO II Condições de temperatura
4. Os postos de trabalho que utilizem e humidade
produtos incómodos, tóxicos ou
infectantes devem estar isolados dos Artigo 11.º (Temperatura e humidade)
restantes postos de trabalho, não 1. Os locais de trabalho, bem como as
comunicando directamente entre si. instalações comuns, devem oferecer
5. Nos compartimentos cegos ou boas condições de temperatura e
interiores, ou quando a ventilação humidade, de modo a proporcionar
pelo processo previsto no n.º 2 não bem-estar e defender a saúde dos
for suficiente, devem ser instalados trabalhadores.
meios que assegurem a renovação a) A temperatura dos locais de trabalho
forçada do ar, não provocando deve, na medida do possível, oscilar
correntes ou arrefecimentos bruscos entre 18ºC e 22ºC, salvo em
prejudiciais. determinadas condições climatéricas,
6. Os meios destinados à renovação em que poderá atingir os 25ºC.
natural ou forçada da atmosfera de b) A humidade da atmosfera de
trabalho e das instalações comuns trabalho deve oscilar entre 50% e
devem obedecer aos seguintes 70%.
requisitos: c) Sempre que da ventilação natural
a) Não produzir nem admitir na não resulte uma atmosfera de
atmosfera de trabalho e das trabalho conforme as alíneas
instalações comuns substâncias anteriores, deve-se procurar adoptar
incómodas, tóxicas, perigosas ou sistemas artificiais de ventilação e de
infectantes; aquecimento ou arrefecimento,
b) O caudal médio de ar fresco e puro a conforme os casos.
ser admitido na atmosfera de d) Os dispositivos artificiais de
trabalho deve tender a, pelo menos, correcção da atmosfera trabalho não
30 m3 por hora e por trabalhador. O devem ser poluentes, sendo de
caudal poderá ser aumentado até 50 recomendar os sistemas de ar
m3 sempre que as condições condicionado, locais ou gerais.
ambientais o exijam; 2. Os trabalhadores não devem ser
c) Os dispositivos artificiais de obrigados a trabalhar na vizinhança
renovação do ar devem ser imediata de instalações que
silenciosos. produzam radiações térmicas
7. Nos compartimentos cegos ou elevadas ou um arrefecimento
interiores, sempre que a entidade intenso, a menos que se tomem
fiscalizadora reconheça a medidas apropriadas de protecção.
potencialidade de risco grave, pode 3. Os radiadores, convectores ou
ser exigível a adopção de um tubagens de aquecimento central
sistema de ventilação de devem ser instalados de modo que
emergência. os trabalhadores não sejam

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incomodados pela irradiação do SECÇÃO III Condições de iluminação


calor ou circulação de ar quente.
Artigo 14.º (Iluminação)
1. Os locais de trabalho ou de
Artigo 12.º (Alterações bruscas de
passagem dos trabalhadores e as
temperatura)
instalações comuns devem ser
1. Os trabalhadores não devem ser providos de iluminação natural ou
sujeitos, em consequência das complementar artificial, quando
condições do ambiente de trabalho, aquela for insuficiente por
a variações bruscas de temperatura inviabilidade do cumprimento do
consideradas nocivas à saúde, pelo preceituado no n.º 3.
que devem ser protegidos com 2. A iluminação nos locais de trabalho
equipamento individual. deve ser adequada aos requisitos de
2. Para efeitos do disposto no número iluminação das tarefas a executar e
anterior, devem instalar-se câmaras obedecer aos valores insertos no
de transição para que os Regulamento Tipo de Segurança nos
trabalhadores se possam aquecer ou Estabelecimentos Industriais da
arrefecer gradualmente até à Organização Internacional do
temperatura exterior. Trabalho, com as necessárias
3. Os trabalhadores que exerçam adaptações, enquanto não forem
tarefas no exterior dos edifícios publicadas normas portuguesas.
devem estar protegidos contra as 3. A superfície dos meios transparentes
intempéries e a exposição excessiva nas aberturas destinadas à
ao sol. iluminação natural não deve ser
4. A protecção deve ser assegurada, inferior a um terço da área do
conforme os casos, por abrigos ou pavimento a iluminar e nalguns
pelo uso de fato apropriado e outros casos poderá atingir um meio, se a
dispositivos de protecção individual. entidade fiscalizadora o reconhecer
necessário.
4. Sempre que os requisitos da tarefa
Artigo 13.º (Pausas no horário de
de um posto de trabalho o exijam e
trabalho)
sejam reconhecidos pela entidade
Sempre que os trabalhadores estejam fiscalizadora, deve ser aplicada sobre
submetidos a temperaturas muito altas o mesmo iluminação local, como
ou muito baixas em consequência das complemento do sistema de
condições do ambiente de trabalho, iluminação geral.
devem ser adoptadas medidas 5. A iluminação artificial não deve
correctivas adequadas ou, em situações poluir a atmosfera de trabalho e deve
excepcionais, ser-lhes facultadas pausas ser, sempre que possível, eléctrica.
no horário de trabalho ou reduzida a 6. Além da iluminação mínima e
duração deste. adequada aos requisitos das tarefas
dos diversos postos de trabalho, as

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fontes de iluminação devem Artigo 16.º (Tonalidade das paredes)


satisfazer os seguintes requisitos: A tonalidade das paredes e tectos deve
a) Serem de intensidade uniforme e ser de modo a não absorver demasiada
estarem distribuídas de modo a luz.
evitar contrastes muito acentuados e
reflexos prejudiciais nos locais de
trabalho, em especial nos planos de Artigo 17.º (Superfície das instalações e
trabalho; planos de trabalho)
b) Não provocarem encandeamento; As superfícies das instalações e dos
c) Não provocarem excessivo planos de trabalho não devem provocar
aquecimento; reflexos prejudiciais ou encandeamento;
d) Não provocarem cheiros, fumos ou
gases incómodos, tóxicos ou SECÇÃO IV Ruído e vibrações
perigosos;
e) Não serem susceptíveis de variações Artigo 18.º (Ruído e vibrações)
grandes de intensidade. 1. Em todos os locais de trabalho
7. Nos casos em que a tecnologia o devem eliminar-se ou reduzir-se os
exija, devem ser fornecidos aos ruídos e vibrações aí produzidos e
trabalhadores meios ópticos limitar-se a sua propagação pela
adequados. adopção de medidas técnicas
8. Os locais onde trabalham grande apropriadas com vista a evitar os
número de pessoas devem estar seus efeitos nocivos sobre os
providos de sistema de iluminação trabalhadores.
de emergência e de segurança para 2. Para efeitos do disposto no número
garantir a iluminação de circulação e anterior, deverão ser adaptadas as
de sinalização de saídas, conforme seguintes medidas técnicas:
as disposições regulamentares em a) Programação do trabalho de modo a
vigor. isolar os postos de trabalho ruidosos
e trepidantes dos restantes;
b) Insonorização dos compartimentos
Artigo 15.º (Iluminação de segurança e
sinalização de emergência) ou locais onde existem postos de
trabalho ruidosos;
Devem ser previstos sistemas de c) Fornecimento de dispositivos de
iluminação de segurança e de protecção individual aos
sinalização luminosa de emergência em trabalhadores dos postos de
casos de interrupção de corrente para trabalho ruidosos, como
locais onde se reúna um grande número complemento das medidas técnicas
de trabalhadores ou de público ou gerais, sempre que for necessário.
noutros em que a interrupção de
corrente possa provocar situações de
risco.

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Artigo 19.º (Ruído ambiente) 2. Com o objectivo de prevenir ou


Sempre que possível, os valores limites limitar os efeitos indicados, devem
da exposição ao ruído e às vibrações prever-se pausas no decurso do
não devem ultrapassar os indicados nas trabalho ou, caso seja possível, criar-
normas portuguesas. se sistemas de rotatividade no
desempenho das tarefas.
3. A prova das situações previstas no
CAPÍTULO IV Protecção de
n.º 1 deverá ser feita com base em
máquinas parecer emitido pelo médico do
Artigo 20.º (Dispositivos de segurança) trabalho da empresa ou, no caso de
este não existir, por médico
1. Os elementos móveis de motor e competente previamente designado
máquinas e eventuais órgãos de pelas partes.
transmissão, bem como as suas 4. Compete à entidade fiscalizadora, no
partes perigosas, devem estar objectivo de prevenir os efeitos que
convenientemente protegidos por o presente artigo acautela,
dispositivos de segurança, a menos recomendar aos empregadores a
que a sua construção e localização aplicação das medidas consideradas
sejam de modo a impedir o seu no n.º 2.
contacto com pessoas ou objectos.
2. As máquinas antigas, construídas ou
CAPÍTULO VI Substâncias e
instaladas sem dispositivos de
segurança eficientes, devem ser processos incómodos, insalubres
modificadas ou protegidas, sempre e tóxicos
que o risco existente o justifique. SECÇÃO I Disposições gerais

CAPÍTULO V Métodos e ritmos Artigo 23.º (Protecção técnica e


individual)
Artigo 21.º (Métodos de trabalho) Os trabalhadores devem ser protegidos
Os métodos de trabalho devem ser por medidas técnicas eficientes e,
consentâneos com as regras de complementarmente, pelo uso de
segurança e higiene do trabalho, de dispositivos de protecção individual
sanidade física e mental e o conforto contra as substâncias e processos
dos trabalhadores. incómodos, insalubres, tóxicos,
perigosos ou infectantes.

Artigo 22.º (Ritmos de trabalho)


Artigo 24.º (Recipientes)
1. Os ritmos de trabalho não devem
ocasionar efeitos nocivos aos Os recipientes contendo substâncias
trabalhadores, particularmente nos perigosas devem ter:
domínios da fadiga física ou nervosa. a) Um dístico ou sinal de «Perigo»;

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b) O nome da substância ou uma manipulem substâncias incómodas,


designação de referência; tóxicas, perigosas ou infectantes devem
c) Na medida do possível, os conselhos ser dotados de dispositivos eficazes de
essenciais relativos ao primeiro renovação do ar e dispositivos artificiais
cuidado a administrar no caso de as de iluminação e aquecimento, sem
substâncias em causa poderem viciarem a atmosfera ambiente.
afectar a saúde ou a integridade
física dos trabalhadores.
Artigo 28.º (Condições de trabalho)
Se a iluminação artificial e a renovação
Artigo 25.º (Utilização e manipulação de
do ar dos locais subterrâneos cegos ou
substâncias insalubres, tóxicas ou
sem janelas não forem suficientes, os
perigosas)
trabalhadores, na medida do possível,
1. Quando os trabalhadores utilizem, não devem trabalhar de um modo
manipulem ou lidem com continuado, mas por rotação, que
substâncias insalubres, tóxicas ou poderá ser imposta em determinados
perigosas, a autoridade competente casos, pela entidade fiscalizadora.
poderá fixar os cuidados e as
medidas a observar através de SECÇÃO III Armazenagem
normas relativas aos equipamentos e
meios de protecção individual. Artigo 29.º (Armazenagem)
2. Os meios de protecção individual 1. A armazenagem dos produtos ou
devem ser fornecidos em boas substâncias incómodos, insalubres,
condições de utilização, em perigosos, tóxicos ou infectantes
obediência ao dever de colaboração deve ser efectuada em
expresso no artigo 49.º do presente compartimento próprio, não
Regulamento. comunicando directamente com os
locais de trabalho, e obedecerá às
seguintes características:
Artigo 26.º (Idade mínima)
a) Ter sistema de ventilação eficiente,
Para trabalhos que impliquem a de modo a impedir acumulação
utilização dos processos e substâncias perigosa de gases ou vapores;
referidos no artigo anterior será fixada b) Fechar hermeticamente, de modo a
uma idade mínima. evitar que os locais de trabalho
sejam inundados pelos cheiros,
SECÇÃO II Locais subterrâneos, cegos gases ou vapores;
ou sem janelas c) O pavimento deve ser escavado, de
modo a poder receber o conteúdo
Artigo 27.º (Dispositivos especiais)
das embalagens que sejam
Os locais subterrâneos, bem como susceptíveis de deterioração.
cegos ou sem janelas, onde se executem 2. Quando os produtos armazenados
trabalhos regularmente e onde se forem inflamáveis ou explosivos,

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simples ou misturados, os armazéns onde o pessoal possa reaquecer-se e


devem dispor de uma parede frágil tomar bebidas e alimentos quentes.
voltada para zona exterior livre de 2. As pessoas que trabalhem no interior
habitações, instalação eléctrica de instalações frigoríficas, em
blindada e antideflagrante e ainda permanência ou não, devem usar
porta chapeada a ferro. equipamento especial de protecção
individual, designadamente
SECÇÃO IV Armazenagem em vestuário de agasalho de lã grossa,
instalações frigoríficas resguardo do pescoço e cabeça e
calçado protegido do frio e
Artigo 30.º (Requisitos das instalações humidade.
frigoríficas)
As instalações frigoríficas para CAPÍTULO VII Substâncias
armazenagem de produtos devem explosivas e inflamáveis
obedecer aos seguintes requisitos:
a) As máquinas o as condutas de Artigo 32.º (Cuidados e medidas de
produtos frigoríficos prejudiciais à protecção)
saúde devem ser montadas e 1. Nos locais onde se arrecadem,
mantidas por forma a assegurar a manipulem, empreguem ou vendam
necessária estanquidade; substâncias e agentes insalubres,
b) As instalações frigoríficas devem ser tóxicos, perigosos, inflamáveis ou
convenientemente iluminadas e facilmente combustíveis ou se
dispor de espaço suficiente para a encontrem gases, vapores ou poeiras
inspecção e a manutenção dos susceptíveis de dar lugar a incêndios
condensadores; ou explosões as instalações,
c) As portas das instalações frigoríficas equipamentos e utensílios
devem possuir fechos que permitam empregados não devem originar
a sua abertura, tanto do exterior aquecimentos perigosos ou
como do interior, e, no caso de formação de chispas.
dispor de fechadura, devem existir 2. Para a lubrificação de máquinas e
dispositivos de alarme accionáveis aparelhos em contacto com as
no interior das câmaras que substâncias susceptíveis de explosão
comuniquem com a sala das ou inflamáveis devem usar-se
máquinas e com o guarda da lubrificantes que não dêem lugar a
instalação ou porteiro da empresa. reacções perigosas com as referidas
substâncias.
Artigo 31.º (Protecção do trabalhador) 3. Nos estabelecimentos em que se
arrecadem, manipulem ou vendam
1. Quando o trabalho nas instalações substâncias inflamáveis ou
frigoríficas tiver uma certa susceptíveis de explosão deve existir,
permanência, deverá haver câmara pelo menos, uma saída de
intermédia, com ar condicionado, emergência com portas de abrir para

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fora e mantidas permanentemente a) O peso dos materiais empilhados


livres de qualquer obstáculo. não deve exceder, mesmo
temporariamente, a sobrecarga
prevista para os pavimentos.
Artigo 33.º (Armazenagem) b) Não é permitido o empilhamento de
Os locais destinados a armazenamento materiais contra paredes ou
de substâncias perigosas, inflamáveis, divisórias que não estejam
susceptíveis de explosão, corrosivas, convenientemente dimensionadas
devem obedecer aos requisitos para resistir aos esforços laterais.
previstos na secção II do capítulo VII do 2. O empilhamento dos materiais ou
Regulamento Geral de Segurança Social produtos deve realizar-se de
e Higiene do Trabalho nos maneira que não prejudique a
Estabelecimento Industriais, quando conveniente distribuição da luz
adequados, e, na medida do possível, natural ou artificial, a circulação nas
mediante as necessárias adaptações, vias de passagem e o funcionamento
tendo em consideração a natureza do eficaz dos equipamentos ou do
estabelecimento a que possam ser material de luta contra incêndios.
aplicáveis.
CAPÍTULO IX Prevenção de
CAPÍTULO VIII Armazéns, incêndios e protecção contra o
arrecadações e adegas fogo
Artigo 34.º (Condições gerais) Artigo 36.º (Equipamento de extinção de
Os armazéns, arrecadações e adegas incêndios)
não devem comunicar directamente 1. Todos os locais de trabalho aos
com os locais de trabalho, devendo quais se aplica este Regulamento
obedecer aos seguintes requisitos: devem estar providos de
a) Devem ter iluminação artificial, equipamento adequado para a
quando interiores ou subterrâneos; extinção de incêndios, em perfeito
b) Devem ter ventilação adequada, estado de funcionamento, situado
quando interiores ou subterrâneos; em locais acessíveis e
c) Devem ter às entradas meios convenientemente assinalados.
portáteis de extinção de incêndios, 2. O estado de funcionamento dos
quando se justifique. equipamentos de extinção, de
incêndios deve ser verificado em
intervalos regulares, a acordo com as
Artigo 35.º (Empilhamento)
respectivas instruções de aplicação.
1. Quando os materiais se conservem 3. Em todos os locais de trabalho deve
em embalagens, o empilhamento existir pessoal em número suficiente
deve efectuar-se por forma a e devidamente instruído no uso do
oferecer estabilidade. equipamento de combate a
incêndios.
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de escoamento providos de sifões


hidráulicos;
Artigo 37.º (Instrução dos trabalhadores) f) Ter paredes de cor clara e revestidas
1. Todo o trabalhador deve estar de azulejo ou outro material
suficientemente instruído sobre os impermeável até, pelo menos, 1,5 m
planos de evacuação dos locais de de altura.
trabalho, para o que se deverão 2. As instalações sanitárias devem
fazer, com certa periodicidade, dispor do seguinte equipamento:
exercícios em que se ponham em a) Um lavatório fixo;
prova os ensinamentos ministrados b) Uma retrete com bacia à turca ou de
para evacuação em caso de eventual assento com tampo aberto na
concretização do risco de incêndio. extremidade anterior, por piso ou
2. Nos locais em que haja ingresso por cada 25 homens ou fracção
público deverá ser fixado, de forma trabalhando simultaneamente;
bem visível, o plano de evacuação c) Um urinol, na antecâmara da retrete
do edifício, com sinalização e na proporção da alínea anterior;
adequada, em especial das saídas. d) Uma bacia de assento com tampo
aberto na extremidade anterior, por
CAPÍTULO X Instalações e piso ou por cada 15 mulheres ou
equipamentos de higiene e fracção trabalhando
simultaneamente.
bem-estar
3. O equipamento das instalações
SECÇÃO I Instalações sanitárias sanitárias deve satisfazer as seguintes
condições:
Artigo 38.º (Requisitos e equipamentos)
a) As retretes, munidas de autoclismo,
1. As instalações sanitárias devem devem ser instaladas em
satisfazer os seguintes requisitos: compartimentos separados, com,
a) Sempre que possível, ser separadas pelo menos, 0,8 m de largura e 1,3 m
por sexos; de comprimento, ventilados por
b) Se situadas em edifício separado dos tiragem directa para o exterior e
locais de trabalho, ter comunicação com porta independente e provida
por passagens cobertas; de fecho;
c) Dispor de água canalizada e de b) Quando as retretes forem reunidas
esgotos ligados à rede geral ou a em grupo, as divisórias dos
fossa séptica, com interposição de compartimentos devem ter a altura
sifões hidráulicos; mínima de 1,8 m e o seu bordo
d) Ser iluminadas e ventiladas, de inferior não poderá situar-se a mais
preferência naturalmente; de 0,2 m acima do pavimento;
e) Ter pavimentos revestidos de c) Os urinóis, munidos de dispositivos
material resistente, liso e de descargas de água, devem ser de
impermeável, inclinados para ralos fácil escoamento e lavagem. Quando
em grupo, devem ser separados por

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baias laterais distantes entre si, pelo Artigo 42.º (Medidas e características)
menos, 0,6 m; Os armários individuais devem ter as
d) Os lavatórios devem estar providos medidas e características fixadas nas
de sabão não irritante e, normas portuguesas.
preferencialmente, de dispositivos
automáticos de secagem de mãos
ou toalhas individuais de papel. Artigo 43.º (Trabalhadores expostos a
substâncias tóxicas, irritantes ou
SECÇÃO II Chuveiros infectantes)
Nos casos em que os trabalhadores
Artigo 39.º (Chuveiros)
estejam expostas a substâncias tóxicas,
Quando a natureza do trabalho o exija, irritantes ou infectantes, os armários
particular e nomeadamente quando o devem ser formados por dois
trabalhador manipule substâncias compartimentos independentes para
tóxicas, perigosas ou infectantes, deverá permitir guardar a roupa de uso pessoal
existir um chuveiro por cada grupo de em local diferente do destinado ao fato
dez trabalhadores ou fracção que de trabalho.
cessem simultaneamente o trabalho.
SECÇÃO IV Refeitórios
SECÇÃO III Vestiários
Artigo 44.º (Refeitórios)
Artigo 40.º (Vestiários)
1. Quando sejam fornecidas refeições
Devem ser postos à disposição dos aos trabalhadores, devem dispor de
trabalhadores vestiários que lhes uma ou mais salas destinadas
permitam mudar e guardar o vestuário exclusivamente a refeitório, com
que não seja usado durante o trabalho. meios próprios para aquecer a
comida, não comunicando
directamente com os locais de
Artigo 41.º (Armários individuais)
trabalho, instalações sanitárias ou
1. Os vestiários devem dispor de locais insalubres.
armários individuais sempre que os 2. A superfície dos refeitórios deve ser
trabalhadores exerçam tarefas em calculada em função do número
que haja necessidade de mudança máximo de pessoas que os possam
de roupa e na medida da área utilizar simultaneamente e tendo em
disponível dos estabelecimentos conta os requisitos seguintes:
existentes. Até 25 pessoas, 18,5 m2;
2. Deve haver tantos armários De 26 a 74 pessoas, 18,5 m2 mais
individuais quanto os trabalhadores 0,65 m2 por pessoa acima de 25;
do mesmo sexo e separados para De 75 a 149 pessoas, 50 m2 mais
homens e mulheres. 0,55 m2 por pessoa acima de 74;

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De 150 a 499 pessoas, 92 m2 mais instalados bebedouros de jacto


0,50 m2 por pessoa acima de ascendente.
149;
De 300 pessoas ou mais, 255 m2
mais 0,40 m2 por pessoa acima Artigo 46.º (Recipientes de água)
de 499. 1. Quando não houver rede de água
3. Os refeitórios devem ser providos de potável, pode ser utilizada água
bancos ou cadeiras e de mesas em potável de outra origem, desde que
número suficiente, devendo estas ter contida em recipientes fechados e
tampo liso sem fendas e de material higienizados.
impermeável. 2. Os recipientes de água não potável e
4. À entrada do refeitório deve haver, suas canalizações devem ter um
pelo menos, um lavatório fixo para dístico-aviso, «Água imprópria para
os trabalhadores que nele tomem as consumo».
refeições, com dispositivos
automáticos de secagem de mãos CAPÍTULO XI Dispositivos de
ou toalhas individuais de papel. protecção individual
5. As paredes e pavimentos devem ser
lisos e laváveis e aquelas, de Artigo 47.º (Medidas de protecção)
preferência, pintadas de cor clara.
1. Deve existir à disposição dos
6. Os refeitórios devem dispor, de
trabalhadores vestuário de trabalho
preferência, de iluminação e
e ou dispositivo de protecção
ventilação naturais.
individual contra os riscos
7. É proibido tomar refeições nos
resultantes das tarefas e operações
postos de trabalho.
efectuadas sempre que sejam
8. Todos os trabalhadores que
insuficientes as medidas técnicas de
manipulem produtos irritantes,
higiene e segurança de carácter
tóxicos ou infectantes não podem
geral.
entrar nos refeitórios com os fatos
2. O equipamento de protecção
de trabalho.
individual e o fato de trabalho não
devem ser utilizados como meio de
SECÇÃO V Água potável
substituir qualquer protecção ou
Artigo 45.º (Água potável) medida técnica eficaz, mas antes
como recursos de segurança
1. Deve ser posta à disposição dos complementar.
trabalhadores, em locais facilmente
acessíveis, água potável em
CAPÍTULO XII Primeiros
quantidade suficiente e, se possível,
corrente. socorros
2. Devem ser distribuídos copos
Artigo 48.º (Requisitos mínimos)
individuais aos trabalhadores ou
1. Todo o local de trabalho deve
possuir um posto de primeiros
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socorros ou armários, caixas ou possam vir a utilizar ou manipular no


bolsas com conteúdo mínimo decurso do seu trabalho, mesmo no
destinado a primeiros socorros, caso de produtos cujo uso não seja
adequadamente distribuídos pelos habitual no estabelecimento;
vários sectores de trabalho. b) Da necessidade de utilizarem
2. O conteúdo dos postos, armários, convenientemente equipamento e
caixas e bolsas de primeiros socorros dispositivos de protecção individual
deve ser mantido em condições de ou colectiva.
assepsia, convenientemente 3. Constitui dever dos empregadores
conservado, etiquetado e assegurar eficazmente a informação
imediatamente substituído após a referida nos números anteriores.
sua utilização. 4. Os trabalhadores, para além de
3. As condições indicadas no número cooperarem no cumprimento das
anterior devem ser controladas por obrigações que incumbem aos
um responsável, indicado pela empregadores, devem:
empresa, com o curso de socorrista. a) Cumprir as prescrições de segurança
4. Junto dos armários, caixas ou bolsas e higiene estabelecidas na legislação
de primeiros socorros devem existir aplicável ou concretamente
instruções claras e simples para os determinadas pela entidade patronal
primeiros cuidados a pôr em prática ou seus representantes;
em cada caso de urgência. b) Utilizar, correctamente e segundo as
instruções do fabricante e do
CAPÍTULO XIII Deveres gerais empregador, os dispositivos técnicos
gerais ou individuais de higiene e
Artigo 49.º (Deveres de colaboração) segurança que por este lhes são
As entidades competentes, os postos à disposição.
trabalhadores e os empregadores
devem colaborar entre si de modo a CAPÍTULO XIV Entidade
observarem-se as condições que fiscalizadora e sanções
assegurem a realização do objectivo
previsto no artigo 1.º Artigo 51.º (Entidade fiscalizadora)
A fiscalização do cumprimento das
disposições deste Regulamento
Artigo 50.º (Dever das partes)
compete, consoante os casos, à
1. Os trabalhadores devem ser Inspecção-Geral do Trabalho, à
informados das questões de higiene Direcção-Geral dos Cuidados de Saúde
e segurança relativas à sua Primários e às demais entidades com
actividade profissional. competência na matéria, de harmonia
2. Os trabalhadores devem estar com a legislação aplicável.
especialmente informados:
a) Dos riscos para a saúde inerentes às
substâncias nocivas que utilizam ou

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Artigo 52.º (Sanções e medidas manifestamente inconveniente ou


cautelares) inviável essa aplicação.
1. Às infracções ao presente 2. Podem, ainda ser excluídos, em
Regulamento é aplicável o regime concreto, do campo de aplicação
legal estabelecido no Decreto-Lei deste Regulamento, pelas razões e
491/85, de 26 de Novembro. forma previstas no número anterior,
2. Quando a situação constitua perigo um determinado estabelecimento,
eminente para a vida, saúde ou instituição ou organismo.
segurança dos trabalhadores, serão
tomados providências imediatas
para eliminar ou prevenir possíveis
consequências da falta de
cumprimento das normas do
presente Regulamento, podendo
determinar-se a suspensão do
trabalho e encerramento dos
respectivos locais ou a selagem de
qualquer equipamento.
3. Destas decisões e seus fundamentos
deverá de imediato ser dado
conhecimento à entidade
licenciadora com competência na
matéria.

CAPÍTULO XV Disposições
transitórias
Artigo 53.º (Regime de excepção)
1. O Ministro do Trabalho e Segurança
Social e o ministro da tutela, ouvidas
as organizações representativas dos
empregadores e dos trabalhadores
directamente interessados, podem,
por despacho conjunto, excluir
determinadas categorias de
estabelecimentos, instituições e
organismos referidos nos artigos 2.º
e 3.º da aplicação do conjunto ou
parte das disposições do presente
Regulamento quando as
circunstâncias tornem

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