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Quântica:
Espiritualidade e Sucesso
Esta obra foi digitalizada e corrigida por Emanuel Noimann dos Santos
em dezembro de 2007, para uso exclusivo de pessoas com deficiência
visual, nos termos da legislação vigente.
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www.editoraage.com.br
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Dedicatória
Lúcia Helena
Amor, paixão, admiração, solidariedade, amizade, brilho.
São qualidades que caracterizam, que são despertadas, mas não
definem,
porque o nível do teu ser e tua essência jamais serão esgotados no
mundo
das palavras.
Se teu é o autor, de quem poderá ser o livro?
Priscila e Andrei
Há, por certo, muitos filhos extraordinários neste mundo.
Mas vocês são insuperáveis e podem ter a certeza de que, seja qual
for
a aparência, a situação ou o momento, são também os mais amados.
Eurides, minha mãe, onde quer que estejas, o agradecimento pelo ser
que me deste e por teu inefável carinho.
Samuel, meu pai. Sei que ninguém poderia estar mais feliz do que tu
ao veres mais uma obra do teu filho.
A todos vocês, com muito amor, eu, que de certa forma sou obra de
vocês, dedico esta obra que é minha.
Sumário
Introdução 9
A Física Quântica 13
Uma breve panorâmica 19
O rumo do sonho de Einstein 22
Teoria das Cordas: a sinfonia cósmica 32
Teoria das Cordas: a busca da Teoria do Tudo 39
As constantes universais: a sinfonia cósmica - ainda as cordas 49
Do imaterial para o material 56
As interconexões 61
Espiritualidade e religião 70
Espiritualidade - Harmonia - Realização 76
Ação e reação 84
A Lei de Causa e Efeito: causalidade 90
O sucesso: Lei das Atrações 97
O bem e o sucesso 113
Epílogo 121
Introdução
Neste livro, veremos que a Física Quântica, a espiritualidade e o
sucesso se complementam no caminho da realização integral do
homem.
A ciência traz novidades importantes e, conforme veremos, parte de
concepções abstratas, abandonando o experimentalismo como único
caminho, e faz seu Universo de descobertas, pela imaterialidade da
matemática, sem dispensar a antes tão relegada intuição.
Poderemos verificar que a linguagem e até o método para buscar e
dizer a verdade aproximam físicos e místicos bem intencionados.
Há uma nova descrição do Universo, em que a matéria perde a
substancialidade e passa a ser conseqüência e não causa.
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A Física Quântica
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O rumo do sonho de Einstein
Nos últimos vinte anos de sua vida, em Princeton, New Jersey,
Einstein vive com seu caderno por perto, reestudando e escrevendo
equações que possibilitassem chegar à Teoria do Tudo.
Esse sonho, que, como veremos, mais tarde foi abandonado, quase
desprezado, é, na verdade, o que o físico Brian Greene, da nova
geração de físicos da Universidade de Colúmbia, considera o Santo
Graal da Física contemporânea.
Especula-se que podemos viver num universo onde a realidade se
comporta como ficção científica, um universo de 11 dimensões, com
universos paralelos na porta ao lado, feito de música, composto por
um só ingrediente. Esse assunto será tratado ao examinarmos a
Teoria das Cordas, mas é interessante pinçar, aqui e agora, que a
idéia de um único ingrediente formador de todo o universo físico está
em Kardec, ao mencionar o ”fluido universal”.
Independentemente da concepção antiga da palavra fluido, o que se
tem nas informações passadas a Kardec é exatamente a idéia de um
só ingrediente para compor todo o cosmos, em absoluta oposição à
Física da época e em perfeita harmonia com os mais avançados
conceitos da atualidade.
Mas, retomemos a unificação, a busca da equação-chave.
Para Michael Green, da Cambridge University, explicar fenômenos de
modo simples é progredir. É a busca de grandes teorias para muitos
fenômenos.
Esse poder de síntese, esse progresso teórico, encontramos, no
campo do aperfeiçoamento humano e da evolução espiritual, em
Jesus, ao resumir os dez mandamentos num só: ”Amai-vos uns aos
outros”, o que de fato, se praticado implicará seguir todos os demais, e
em Kardec, ao tratar de duas grandes leis espirituais: a sobrevivência
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E também não haveria por que nos aborrecermos, se em vez da
massa a frutos do mar nos fosse servido um filé à moscovita.
Nesse mundo, há apenas uma possibilidade de ser servido o pedido,
como também não seria estranho se o café expresso fosse corde-rosa
ou alaranjado.
Em algum Universo paralelo, nosso pedido estaria atendido. Existem
centenas de possibilidades, e todas acontecerão em algum lugar.
E Lewin complementa:
”Você dirá que isso tem que estar errado. Mas existem tantas coisas
na Física que foram descobertas e deveriam estar erradas, que hoje
temos que ter muito cuidado ao dizer que algo está definitivamente
errado.”
Coisas consideradas impossíveis têm alguma chance de acontecer em
nosso próprio universo. Ocorre que são pouco freqüentes.
Como não são de ocorrência diária, essas coisas nos parecem
impossíveis. Não integram a rotina de nossas observações, até porque
estas são limitadas.
Por isso, físicos do MIT, como Edward Fachri, confessam que
internamente, em seu instinto, não compreendem muitos desses
fenômenos.
Mas essa situação é fácil de entender. Algum de nós compreende
intimamente que se uma nave viajar pelo espaço com velocidades
próximas à da luz, o tempo será diferente para ela do que é para nós.
Que eles poderão retornar vinte ou trinta anos mais velhos, enquanto
nós teríamos envelhecido muito mais?
Quanto mais não será difícil sentir que há fenômenos em que o tempo
anda em sentido inverso, de tal modo que o efeito precede a causa.
Mas podemos buscar situações mais simples, para exemplificar a
dificuldade de sentir o que sabemos ser correto. Daria para convencer
um homem primitivo, sem qualquer noção de Física, de que a Terra é
esférica e de que há alguém com os pés voltados contra os dele?
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As interconexões
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ainda mais.
Retornando a Bettiol, falando das almas e suas tendências:
”A alma do selvagem, uma vez foi um sonho, um pesadelo, uma visão.
i.
”A alma do filósofo foi uma mônada invisível, de certo, ] mas
representando uma necessidade cósmica, por isso, que não poderia
haver efeito sem causa. Não era uma demonstração, era uma razão.
”O cientista, postado entre o filósofo e o selvagem, afirmou que a alma
era uma secreção: emoção, sentimento, virtudes, defeitos, gênio,
imbecilidade, loucura, dependem exclusivamente da constituição dos
neurônios e da química cerebral, podendo ser influenciados, até
mesmo pela digestão. E o mundo se conturbou. Religião, moral,
ordem, direito, ética e estética ficaram abalados nos seus
fundamentos, pela ousadia da afirmativa.
”O pensamento humano não se conformou, perquiriu, dissecou,
indagou, descobriu, sistematizou.
”Agora, essa incógnita de milhões de anos, está à vista no terreno
experimental. Pessoas são fotografadas fora do corpo. Verifica-se a
transmissão do pensamento. Já se mede e registra a função cerebral.
Precisamente porque a alma não é o corpo. Vejam que um luminar
percebia tudo isso no início dos anos 60 do século XX.
Podemos entender que, por certo, haverá diferenças entre o pensar e
o sentir de seres em diferentes estágios de evolução. A visão
amedrontada do homem primário será diferente do êxtase de uma
Thereza de Jesus ou de um Francisco de Assis; a visão de
Swedemborg não é a meditação de Buda; não pode haver confronto
entre o crente e o iluminado, mas, ainda assim, a alma é uma só, em
distintas etapas de aperfeiçoamento.
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Espiritualidade e religião
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sistematizações limitadas pelo alcance da alma humana em distintos
estágios, respeita e coopera com elas, dando exemplo de tolerância e
cordura.
Não somos todos iguais, e nivelar por baixo seria a maior afronta às
leis da evolução, configurada numa espécie de cântico maldito de
retardo, preguiça e má intenção de líderes manipuladores.
Toda a natureza é o Templo de Deus. O homem liberto entra em todos
e a todos respeita. Pode, até, orar em todos eles com a mesma fé.
Mas, se faltar um altar e um ídolo, ele saberá encontrar uma norma
interior, um pensamento puro, um raio de sol, um riso de criança, uma
mão miserável a apertar, uma pedra ou uma flor. E basta.
Creia ou não no espírito, o homem é um exemplar encarnado dessa
realidade espiritual. A alma do homem, independente do corpo, não é
mais uma questão de fé; passou para o domínio científico, como
postulara Allan Kardec e, mais recentemente, Rose Marie Muraro,
suficiente resposta a quem tem olhos de ver e capacidade de pensar.
A parapsicologia e a Noethic Science, ciência que busca o estudo da
essência do ser humano, que não é material por não se submeter às
propriedades comuns da matéria e às leis do espaço vulgar,
multiplicam suas cátedras nos mais avançados centros de estudos de
múltiplos países.
As faculdades do espírito vão se revelando experimentalmente, , e a
alma desdobra-se e consente ser fotografada. E o ectoplasma da
biologia, na palavra de Huxley.
Se não bastasse o Espiritismo, a fenomenologia anímica multiplicou os
processos, como informava a pesquisadora Ivone Castellan em sua
pesquisa.
E, mais uma vez, o derrotado é o sábio de sacristia e o titulado de
meia ciência.
O homem de Aristóteles deu a mão ao homem de Platão, e agora
ambos abraçam o homem de Garrei, o homem que trabalha, pensa e
reza. O ancestral se fez homem, o homem se fez prodígio e o
prodígio, admiração.
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conta mais tragédias do que eu. Para elas, tenho memória prodigiosa
e desafio qualquer um em extensão e profundidade.”
Não se pode afirmar que essas pessoas certamente serão atingidas
por desastres ou tragédias, mas que são candidatos preferenciais, não
há a menor dúvida.
Estão chamando, estão atraindo.
Também a preocupação com valores somente materiais a qualquer
custo é geradora de situações de angústia e inveja que nada
constróem para a grandeza do espírito.
Para a consciência em evolução, para harmonizá-la com o Universo,
com o bem, com o altruísmo, com a ética é que devemos voltar nosso
foco. E aí, para grande surpresa, os bens materiais virão de
acréscimo, porque estaremos atraindo por atitude e emoção e não
repetitividade de fórmulas, as coisas belas e ricas de um Universo rico
, e belo.
”Procurai o reino de Deus e sua justiça e tudo o mais vos será dado de
acréscimo”.
Esse ”tudo o mais” não nos diz nada?
Significa que harmonizado nosso espírito com as leis que determinam
sua evolução, estaremos sintonizados com os planos de felicidade e
no caminho da realização integral.
Cada um de nós tem seu projeto de vida e busca, sem dúvida, sua
realização. Tal realização, no entanto, exige que desenvolvamos todos
os aspectos de nosso ser. Não é só o corpo; é também o espírito, de
quem o corpo é precioso instrumental. Não é só a razão; é também o
sentimento, a emoção, que põe calor em nossas vidas e em nossas
relações.
Essa harmonia de relações nos leva a desenvolver o que o Dalai
Lama chama de compaixão, que, de certa forma, inclui o abrir-se ao
sentimento dos outros e a seus sofrimentos.
Por isso, quando questionado por que motivo, quando procuramos de
todas as maneiras evitar o sofrimento, deveríamos, através da
compaixão, nos abrir para o sofrimento dos outros, Dalai Lama
respondeu:
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E culmina:
”Amai-vos uns aos outros, eis toda a lei, divina lei, pela qual Deus
governa os mundos. O amor é a lei de atração para os seres vivos e
organizados e a atração é a lei do amor para a matéria inorgânica (no
sentido de inanimada).” Aqui verificamos como toda a lei universal se
resume numa lei de amor e poderíamos completar o astrônomo inglês
James Jeans, ao dizer que ”o Universo se parece mais com um
gigantesco pensamento do que com qualquer outra coisa”,
acrescentando: com um gigantesco pensamento de amor.
Não podemos, entretanto, a bem de nosso crescimento como
sociedade organizada, confundir a lei do amor e da caridade com
políticas assistencialistas, geradoras de votos alicerçados na preguiça
! e na esmola fácil. A dignidade do ser humano não pode ser objeto de
; compra dos saprófitas, que lucram com a miséria, se alimentam de
uma situação comparável a um excremento social e fomentam a
ignorância por interesse, afinidade e semelhança, apoiados na má-fé.
O homem íntegro, uma vez no poder, procurará dar aos necessitados
condições para proverem o próprio sustento e não viciá-los em uma
conduta que irá cada vez mais diminuí-los diante de seus próprios
olhos. Tornar perene por interesses pessoais ou políticos a situação
de
pedinte, para que este sempre necessite e agradeça o socorro
imediato
do pão, que ainda não lhe deram chance de conquistar, não é ser
caridoso. E ser malfeitor.
Concluindo, sobre o verdadeiro praticar da caridade, temos ao final da
pergunta 888-a do Livro dos Espíritos, por Saint Vincente de Paul: l
”Não vos esqueçais jamais de que o Espírito, qualquer que seja o seu
grau de adiantamento, sua situação como reencarnado ou na
erraticidade, está sempre colocado entre um superior que o guia e
aperfeiçoa e um inferior, perante o qual tem deveres recíprocos a
cumprir. Sede, portanto, caridosos, não somente dessa caridade que
vos leva a tirar do bolso o óbolo que friamente
te atirais ao que ousa pedir-vos, mas ide ao encontro das misérias
ocultas. Sede indulgentes para com os erros de vossos semelhantes;
em lugar de desprezar a ignorância e o vício, instruí-os e moralizai-os;
sede afáveis e benevolentes para com todos os que vos são inferiores;
sede-o mesmo para com os mais ínfimos seres da criação e tereis
obedecido à lei de Deus.” Reencarnacionistas ou não, cristãos,
budistas, hinduístas ou estudiosos da Física, nossos iluminados nos
levam a uma mesma conclusão: a harmonia e o progresso e a
conseqüente realização dependem de um estado de paz, em que o
amor e a caridade sejam nossas normas de conduta.
Assim cresceremos, se pensarmos dessa forma, assim atrairemos
bons espíritos, ou, se preferirmos dizer, nos conectaremos com boas
energias, ou estaremos em sintonia com as riquezas do cosmos. Seja
qual for a linguagem, a atitude recomendada é a mesma. Não vamos
discutir a mais apropriada linguagem, porque seja ela qual for, está
nos apontando o mesmo caminho.
Haverá quem, no entanto, no calor da discussão pela melhor forma de
dizer, possa olvidar o dito e, discutindo o porquê do amor, termine
exercitando o ódio. São paradoxos humanos.
Vamos, no caminho da realização e da espiritualidade, discutir agora
três grandes leis, todas quase tão velhas como o mundo,
redescobertas e reescritas em novas linguagens de tempos em
tempos e fundamentais para podermos viver em sintonia com esse
novo Universo que a Física nos descreve, sacando dos conceitos
dessa nova ciência lições para otimizar nosso viver no rumo da
felicidade e do sucesso.
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Ação e reação
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que for pronunciada por ele, e somente por ele, fará o sensitivo
retornar ao estado de transe em que se encontrava.
No caso, a experiência foi um pouco diferente. O hipnólogo, durante o
transe do sensitivo, sugeriu que cada vez que, após fazer-lhe um certo
sinal, para evitar um só pensamento emitido sem controle que
pudesse colocar o sensitivo em transe, e, como dissemos, após o sinal
emitisse determinado pensamento, o sensitivo entraria em sono
hipnótico profundo.
A experiência foi feita de modo que o hipnólogo tinha nas mãos um
cronômetro sincronizado com outro, em poder do sensitivo, sendo que
este segundo funcionaria enquanto estivesse pressionado e ao ser
solto pararia imediatamente.
No momento em que, após o sinal, o hipnólogo pensou na seqüência
e acionou o cronômetro, o sensitivo na outra sala adormeceu soltando
o relógio que estava em sua mão. Coincidência perfeita na hora da
parada.
Por onde passou a chamada onda telepática? Certamente não foi pelo
espaço vulgar. Não foi pelas três dimensões que nos informam os
sentidos e sim pelo que os matemáticos chamam de hiperespaço: um
espaço com mais de três dimensões físicas.
Se nossa mente pode operar nesses espaços, o que sensorialmente
vemos fechado é aberto para uma dimensão que nossos sentidos não
detectam, mas em que nossa consciência pode operar.
Os fenômenos de apports, aqueles em que objetos parecem
atravessar paredes, célebres nas sessões de materialização do
passado, têm sua explicação pela possibilidade de as inteligências
espirituais poderem agir no hiperespaço.
Experiência muito interessante, provando a interconectividade do
Universo, foi feita na Rússia já em nosso século.
Uma coelha era separada de seus filhotinhos, que ficavam numa base
naval, enquanto ela era transportada para um submarino, de : onde
nenhuma radiação poderia chegar à base, pois ficava mergulhado a
grande profundidade.
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Segundo ele, uma jóia pode ser extremamente cara a ponto de poder
ter o valor correspondente a várias casas. Mas uma morada é muito
mais necessária e, segundo Rebe Yossef, confirmando sua regra, é
muito mais barata.
As roupas, ainda mais necessárias do que a morada, têm preço
menor. A comida, ainda mais essencial, é mais barata do que as
roupas. A água, ainda mais básica, custa, diria eu, pelo menos por
enquanto, enquanto por nossos desmandos não a tornarmos uma
raridade no planeta, ainda menos do que a comida.
E o mais essencial de tudo é totalmente gratuito: o ar que respiramos.
Segundo Laibl Wolf, essa simples orientação nos mostra que entre as
muitas pessoas que passam anos vagando pelo mundo em busca de
felicidade e realização, muitas talvez estejam procurando no lugar
errado.
A gratificante recompensa do viver não se mede em cifras e, por isso
mesmo, pode estar no simples e no barato.
Alguém a quem amar, com quem compartilhar a vida, alguém a quem
cuidar, alguém em quem podemos confiar.
Tratamos daquilo que é ou nos parece ser urgente, e raramente
conseguimos alcançar o que é realmente importante.
Segundo o rabino Laibl Wolf, a Cabala nos diz para deixar que a
mistura correta flua para dentro do mundo ”real”, quer dizer, para
nosso dia-a-dia.
Impressionante a identidade entre a milenar Cabala e a Física do
século XXI.
Em outra linguagem, foi dito nas últimas linhas o que os físicos
quânticos dizem sobre as energias cósmicas, os campos
organizadores e nossa possibilidade de, sintonizados com eles,
fazermos com que sua energia de realizações flua para nosso interior.
Há outro fenômeno interessante, descrito na Cabala que coincide com
a descrição do insight místico de Fritjof Kapra, no livro O Tão da
Física, e os dizeres de Joseph Dispenza, sobre integrar-se no cosmos
ao estar focado numa experiência.
Tudo consiste numa integração cósmica.
Cada vez mais, a literatura tem descrito fenômenos de integração
corpo-mente.
E muito comum no atletismo, e essa conjugação corpo-intençÕes tem
sido tratada pelo nome ”jogar na área”.
As atletas da ginástica de solo, num exercício de completo domínio do
corpo, não têm tempo de pensar detalhadamente cada movimento
enquanto o executam. O planejamento foi anterior, foi treinado e
repetido, de tal modo que, no momento da execução de sua
verdadeira obra de arte, o corpo está integrado à mente e evolui em
movimentos de graça e perfeição via comando mental. Daí porque a
menor perda de concentração é fatal.
Cientistas contam terem estado tão profundamente envolvidos com
suas experiências ou seus cálculos matemáticos, que, alheios a
barulhos e interrupções, chegam a perder seu sentido do tempo e a
esquecer o horário das refeições.
É o conhecido caso de Einstein, que após conversar muito tempo com
um aluno, numa dependência da Universidade, ao se despedir,
perguntou ao aluno de que extremidade do corredor vinha ao se
encontrarem.
O aluno indicou uma das extremidades, e Einstein agradeceu.
Curioso, o aluno quis saber o motivo da pergunta.
Einstein explicou que o motivo era simples: uma vez que vinha da
extremidade indicada, lugar correspondente ao refeitório, significava
que já havia almoçado, fato de que não se lembrava.
Diz Laibl Wolf que esse fenômeno, uma vez experimentado, jamais é
esquecido. Conclui afirmando que algumas pessoas podem
experimentar isso, interpretando-o como um sentimento místico de
unicidade e união, quando tudo e todos parecem parte de um todo
orgânico.
Esse tipo de experiência foi magistralmente descrito na Nona Profecia;
foi experimentado à beira-mar por Fritjof Kapra; quando sentiu o ritmo
das ondas do mar, lembrou das equações que descrevem
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computadores do que nós, que tomamos contato com essas máquinas
quando poucas pessoas no mundo o faziam?
O número a partir do qual os demais membros da espécie passam a
aprender com mais facilidade está ligado ao conceito de massa crítica.
Depois que um certo número de membros de uma espécie aprendeu
determinada habilidade, os demais não têm necessidade de aprender
concretamente a capacidade em questão. Eles apreendem a sua
gravação no campo. Sintonizam com o campo. Esses campos
proporcionam uma qualidade que pode ser apreendida pelo receptor.
Devemos dizer, naturalmente, pelo receptor ligado.
Por isso, é claro, que há campos de felicidade, sucesso, fortuna e
inteligência, dessa ou outra dimensão, conectados a nós.
Então, sintonizando, isto é, colocando emoção e pensamento na
busca da sintonia desses campos, passaremos a atraí-los. Isso é Lei
da Atração.
Requer sensibilidade, arriscaria dizer, certa dose de boa-intenção e
idealismo para atrairmos as coisas positivas que desejamos.
Aqui, temos uma base científica e não um engodo, partindo do
pressuposto de que a realização do homem está no ter e não no ser,
quando na verdade o segundo é que leva ao primeiro. O engano da
fácil realização faz promessas fantásticas e enganosas, destituídas de
embasamento científico e lógico, do tipo: vá dormir feio e pobre e
amanheça com a cara do Brad Pitt e a fortuna do Bill Gates. E só
pensar para atrair.
Podem escrever que em breve, assim como tantas estultices têm sido
trombeteadas em nome da Física Quântica, por pessoas
absolutamente desprovidas de base científica, que amanhã, numa
repetição do que já ocorreu em outros tempos e com outras
roupagens, haverá pessoas e organizações dando cursos baseados
possivelmente no tal segredo, que não é segredo nenhum, ensinando
a ficar rico sem fazer força.
Por certo terão seus freqüentadores entusiasmados, pois é incontável
o número de integrantes do bloco do me engana, que eu gosto.
Mas, retomemos os campos, sua influência e criação, de modo sério,
para que, cada vez com maior embasamento, nos conscientizemos de
que somos os criadores de nosso destino.
E muito interessante uma afirmação de Margaret J. Wheatley, ao nos
alertar que já vivemos e trabalhamos com uma nova percepção do
espaço.
Apoiamo-nos, diz ela, na informação de que nos alimentamos com as
redes eletrônicas, para ter acesso ao invisível. Pois, quem já viu o
ciberespaço?
E alerta que é hora de pensar no ciberespaço. Diríamos nós, nos
componentes invisíveis que atraímos e reforçamos.
Em relação às organizações, que passam pelos ambientes
governamentais e chegam às empresas, família, escola, comunidades,
etc., é hora de pensar que seu espaço, das organizações, assim como
nosso espaço comum esteja cheio de influências inter-relacionadas e
campos invisíveis de conexão. O espaço não é vazio e influências que
não vemos afetam nosso comportamento.
É impossível ver um campo, mas é fácil perceber sua influência
examinando o comportamento e a sensação resultante dele. Para
saber o que está no campo, basta verificar o que as pessoas estão
fazendo. Elas captam a mensagem, discernem o que é
verdadeiramente valorizado e moldam seu comportamento de acordo
com essa mensagem sutil.
Assim, se encontrarmos numa escola professores e funcionários
preocupados apenas em preencher seus caderninhos de chamada,
com registro de conteúdos e olhando o relógio para não sair da aula
um pouco antes, podemos identificar que o campo dominante é o do
domínio do acessório. Se for só essa a preocupação, significará que
conteúdo e integração estarão interessando muito pouco, até porque a
capacidade de avaliá-los foge ao alcance mental dos fiscais do
perfunctório. E a escola da formalidade superando o conteúdo e do
medo de perder o emprego, cultivado por docentes sob ameaça
permanente.
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O bem e o sucesso
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impor aos outros suas idéias, que dão a todos ampla liberdade de
pensar desde que pensem como eles e de agir desde que ajam como
eles mandam, seria naturalmente quebrada pelo vendaval.
Pessoas e empresas newtonianas quebram nas tempestades e
acompanham os crackings e até mesmo morrem, por fortes que sejam
naquele seu universo primitivo, ao surgir a mudança, coisa em que
nunca pensaram, mas é uma constante em nosso Universo.
Ter projetos e sintonias alternativas, todos visando à realização, e ter
sensibilidade para sintonizar na estação da hora, entre as várias
portadoras de mensagens satisfatórias, será fundamental.
Um tiranossaurus rex é muito mais forte do que uma barata. Mas não
tem alternativa, não tem capacidade de adaptação. Em conseqüência,
na mudança climática que se seguiu à queda do gigantesco asteróide
que modificou totalmente o clima do planeta Terra, os aparentemente
indestrutíveis tiranossaurus morreram e as frágeis mas extremamente
adaptáveis baratinhas continuam nos incomodando até hoje.
Na metáfora da pluma e da estaca, para realizar a Lei das Atrações,
deveremos buscar o meio-termo.
A pluma será simplesmente conduzida pelos fatos; o sarrafo, embora
com idéias bem definidas, será quebrado se houver acontecimentos
desfavoráveis, em desacordo com seu planejamento, e não
acompanhará a evolução e as mudanças de paradigma.
Então, entre pluma e sarrafo, sejamos gaivotas. Quem sabe um
Fernão Capelo, fugindo da rotina, buscando alternativas e
aprimorando sua arte de voar. Como devemos ser. O parâmetro é
cada um de nós e é a nossos limites que devemos superar.
Uma gaivota aproveita o campo de forças do vento a seu favor. Nem
simplesmente se deixa levar como a pluma, mas por não ser sarrafo,
por poder mudar de atitude, posiciona suas asas de modo diferente,
na calmaria ou na tempestade, conseguindo, em qualquer das duas,
traçar seu plano de vôo e chegar ao objetivo principal, ou a
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que, mais dia menos dia, apareça quem queira fazer da Física
Quântica uma nova religião.
Aí teremos batizado quântico, casamentos quânticos - aliás o
casamento é quântico por natureza, pelas infinitas variáveis que
movimenta e pelas diversas possibilidades que apresenta, inclusive a
não muito provável nos dias de hoje - do ”até que a morte os separe
teremos também ordenações quânticas e assim por diante, o que será
absolutamente despropositado.
Mas, começamos pela ciência e passamos à espiritualidade.
Exatamente porque nela reside a essência do homem e é por essa
essência que atuamos no oceano da força mental.
com uma base lógica que é pressuposto da fé raciocinada, nosso
espírito em evolução, cultivando os valores positivos, será capaz de
atrair as benesses que desejamos do Universo. O amor é condição
para que apliquemos praticamente a Lei das Atrações. E a grande Lei
Universal, sem dúvida a maior e mais importante de todas.
Entendendo de maneira harmônica nossa posição e função no
Universo, seremos integrantes de todo o processo de crescimento que
integra as conquistas da humanidade.
Deixaremos de lado aquela impressão, que às vezes nos assalta, de
que somos meros espectadores do progresso humano e até de que
esse progresso não nos diz respeito.
Mas, a única certeza que podemos ter, com base científica e filosófica,
é que para viver bem neste mundo, viver uma existência gratificante,
cumulada de felicidade e êxito, precisamos pensar, atitude e agir
corretos, coerentes com o oceano de luz em que flutuamos e onde
múltiplas possibilidades nos são oferecidas.
Limitações, devemos enfrentar com ousadia para provar que são
apenas aparentes. Não há barreiras para o espírito humano que
carrega consigo o inquebrantável desejo de evoluir.
E nesse estágio de evolução, vivenciado pela própria ciência,
devemos sentir as mudanças que ocorrem à nossa volta, ter a
coragem
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é amar mais ou menos, é sonhar mais ou menos, é namorar mais ou
menos, é ter fé mais ou menos, é acreditar mais ou menos.
Se não a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou
menos.”
Chico Xavier
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Epílogo
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Segundo a opinião mais comum, havia sete Céus, sendo os
caracterizados por números mais altos ocupados pelas almas mais
evoluídas.
Uma distribuição topológica, material, de Céus cotados, de modo que
às mais altas cotas correspondiam as moradas mais privilegiadas.
O sétimo Céu era a cobertura. Daí a expressão ”estar no sétimo céu”,
para exprimir a perfeita felicidade.
Os muçulmanos admitem nove Céus, com a mesma idéia básica:
quanto mais alto o Céu, maior a felicidade que nele se desfruta.
Ptolomeu, o famoso astrônomo de Alexandria, defensor da idéia do
geocentrismo, que colocava a Terra como centro imóvel do Universo,
admitia onze Céus e denominava ao último Empíreo, por causa da luz
nele reinante.
A teologia cristã, então, falava de três Céus:
O primeiro, físico, formado pela região do ar e das nuvens, atrás das
quais, por algum tempo, entendiam estar localizado o trono de São
Pedro, porteiro atento aos pretendentes a ingressar no Paraíso,
situado logo adiante.
No segundo Céu da teologia cristã, giravam os astros e no terceiro,
logo além, estaria a morada do Todo-Poderoso.
Kardec estabelece que o Céu, no sentido de lugar dos bem-
aventurados, não é topológico. É o resultado do estado de felicidade
do espírito e pode ser vivenciado em qualquer lugar, pois não se trata
de um sítio espacial e fisicamente localizável.
Ao falar sobre essa felicidade, na obra O Céu e o Inferno, Kardec
estabelece que a felicidade do espírito está na razão direta do
progresso realizado e, por isso, dois espíritos podem estar,
respectivamente, um muito feliz e outro muito infeliz, sem que para
isso necessitem estar situados em lugares diferentes. Não
encontramos aqui mesmo, num mesmo lugar, pessoas felizes e
infelizes?
Quebrando os tabus de um mundo espiritual supostamente
fantasmagórico, Kardec mostra que, assim como os encarnados, os
desencarnados poderão estar felizes ou não, independentemente do
lugar
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”Não vos viemos dizer que devamos ficar confinados no círculo, por
mais vasto que seja, do Espiritismo Kardekiano. Não; o próprio mestre
nos convida a avançar nas vias novas, a alargar sua obra.
”Estendemos as mãos a todos os inovadores, a todos os de boa-
vontade, a todos os que têm no coração o amor da Humanidade.”
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