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GMAC
LTCAT
LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO
Normas Regulamentadoras 15 e 16, do Ministério do Trabalho e Emprego
REALIZAÇÃO
Dr. Renato Rubens Peréa Garcia - CRM PA 12689
Rua Otaviano Santos, 2087 – Sudam I
Altamira –PA – CEP 68371-288
INDICE
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
QUALIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL
RESPONSAVEL PELA EMPRESA
Sr. Gabriel Santos Chaves ..................................................................................................... Sócio Proprietário.
RESPONSÁVEL TÉCNICO
ACOMPANHANTES DA VISTÓRIA
Sr. Francisco Eduardo dos Santos Pessoa – Gerente de Produção.
HORÁRIO DE TRABALHO
I) OBJETIVO:
A presente perícia tem como objetivo apurar a eventual existência de insalubridade e periculosidade, quer quanto à atividade
exercida pelos que lá trabalham, quer quanto aos locais de trabalho, onde são exercidas suas atribuições.
II) METODOLOGIA
O presente laudo foi realizado com base em inspeções e avaliações nos setores de trabalho, tendo como referência a legislação de
Segurança e Medicina do Trabalho, Lei Nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, Normas Regulamentadoras da Portaria Nº 3.214 de 08 de
junho de 1978.
O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a percepção de adicional incidente sobre o
salário mínimo, podendo ser equivalente a:
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de
acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.
• Com a adoção de medida de ordem geral que conserve o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
• Com utilização de equipamentos de proteção individual EPI.
O exercício de trabalho em condições de periculosidade confere aos trabalhadores que se dedicam a essa atividade ou
operação, bem como àqueles que operam na área de risco, adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa (NR-16, item 16.2). O empregado poderá optar pelo adicional de
insalubridade que por ventura lhe seja devido.
As operações de transportes de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames e a granel, são
consideradas em condições de periculosidade, com exclusão para o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200 (duzentos)
litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos (NR-16 item 16.6)
a) Gerente de Produção: O cargo é basicamente responde pelas atividades de avaliando constantemente seu estoque, assegurando a
rentabilidade desejada, além de supervisão direta das atividades operacionais da Fábrica.
c) Serviços Gerais: Realiza atividades relacionadas a movimentação e empilhamento de material (tijolos e telhas), limpeza da fábrica e
de equipamentos.
d) Marombeiro: O cargo é basicamente analisar os funcionamentos das máquinas no setor de produção e controlá-las pelo painel
central de comando, conferir o abastecimento do secador.
f) Motorista: Dirigem o caminhão para transporte de tijolos da empresa até os clientes e demais fretes para a empresa.
g) Forneiro: O cargo é basicamente é alimentar os fornos e assim realizar queima de peças de cerâmica vermelha (tijolos, telhas).
Foi realizado um levantamento quanto aos serviços prestados na empresa GMAC Materiais Cerâmicos Ltda, tendo como atividade principal
Fabricação de produtos cerâmicos não-refratários para uso estrutural na construção, sendo dividido cada serviço por setores. Tais como:
escritório e Produção.
O escritório possui um amplo espaço, composto por duas mesas de trabalho. São realizadas atividades relacionadas a contabilidade e
administração do empreendimento. O local dispõe de água potável, banheiro para o uso dos funcionários.
Localização: Prédio.
Estrutura: Edificação de alvenaria.
Cobertura: Telha de cerâmica, forro de PVC.
Piso: Revestido de porcelanato.
Iluminação: Natural realizadas por duas janelas e artificial por lâmpadas florescentes de 25w.
Ventilação: Feito por central de ar e duas janelas.
O galpão de produção da Fábrica de Tijolos foi construído com estruturas metálica e madeira, coberta com telhas de zinco, não é forrada,
possui total abertura na parte da frente e laterais, o que proporciona uma boa iluminação natural, com pé direito de cerca de 4m, possui
uma boa ventilação, o piso é de chão batido, nessa fábrica existem as seguintes máquinas: na área comum estão montadas 1 (uma) Caixa
Dosadora – MS Souza– Modelo CAS - 1004 – Série: 4 Nº. 243; 1 (um) Moedor (Desintegrador) – MS Souza– Modelo DES-400 – Série: 2 Nº.
298; 1 (um) Misturador – MS Souza– Modelo MMB - 2000P – Série: 1 Nº. 1390; 1 (um) Cilindro (Laminador) – MS Souza– Modelo LMB-
400/432 – Série: 3 Nº. 1372; 1 (uma) Maromba – MS Souza– Modelo MSB-3 – Série: 5 Nº. 1817; 1 (uma) Cortadeira – Sandrana– Nº Série:
2668. A iluminação é feita por lâmpadas fluorescentes de 40W instaladas no teto em conjunto com a iluminação natural feita por aberturas
laterais, proporcionando bom nível de iluminamento.
6.1.4. Banheiros
Possui um banheiro:
6.1.4.1. Masculino
Contém 01 (um) vaso sanitário, 01 (uma) pia de lavatório e 01 (um) chuveiro.
6.1.5. Bebedouro
I. AVALIAÇÃO DO RUÍDO
A avaliação do ruído foi utilizada a técnica de medição de dosimetria de forma a caracterizar a real exposição do trabalhador em
suas atividades laborais, considerando o critério de avaliação do trabalhador ao agente Ruído por Grupo Homogêneo de Exposição – GHE.
Analise qualitativa dos tempos de exposições para cada atividade foram calculadas com base nas entrevistas com os supervisores e
empregados, considerando:
1. Exposição de NATUREZA EVENTUAL, o tempo estimado de 30 a 50 minutos, durante a jornada de trabalho.
2. Exposição de NATUREZA INTERMITENTE, o tempo estimado de 60 a 300 minutos, durante a jornada de trabalho.
3. Exposição de NATUREZA CONTINUA exposição durante quase ou todo o dia de trabalho, com pausas somente para ir ao
banheiro.
É fornecido aos funcionários protetores auditivos do tipo Plug do fabricante Protetor Auricular tipo concha do fabricante 3M
DO BRASIL LTDA com o C.A 14.235, atenua 21 dB.
III. METODOLOGIA
Fundamentação legal para elaboração do parecer técnico por ruído foi fundamentado na Norma regulamentadora NR 15 de MTE,
portaria 3.214/78, na norma de higiene ocupacional da Fundacentro NHO – 01 “Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído”.
A técnica foi utilizada foi a dosimetria, considerando o critério de avaliação do trabalhador ao agente Ruído por Grupo Homogêneo
de Exposição – GHE.
OBJETIVO DA NORMA TÉCNICA
Esta Norma Técnica tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição ocupacional ao ruído,
que implique risco potencial de surdez ocupacional.
APLICAÇÃO DA NORMA TÉCNICA
A Norma aplica-se à exposição ocupacional a ruído contínuo ou intermitente e a ruído de impacto, em quaisquer situações de
trabalho, contudo não está voltada para a caracterização das condições de conforto acústico.
• Dosímetro Instrutherm com Datalogger - Modelo DOS 600 – Número Série: 160800059, calibrador Acústico modelo CAL-
4000.
CONFIGURAÇÕES
A configuração do equipamento foi feita conforme recomendação do Anexo I, NR 15, Portaria 3.214/78:
o Parâmetros: Curva de Compensação A
o Tempo de Resposta (Time Constant): SLOW
o Fator duplicativo de dose (Exchange Rate): 5dB
o Nível Base de critério (Criterion): 85dB
o Nível Teto (upper Limit): 115dB
PROCEDIMENTOS
Os procedimentos de campo para execução da avaliação quantitativa do ruído seguiram os seguintes passos:
• Foram feitos os ajustes preliminares necessários quando da calibração [94dB (A)];
• O Dosímetro foi formatado para os parâmetros indicados como configuração do equipamento;
• O Dosímetro foi zerado para início das medições;
• O Dosímetro foi colocado no bolso do funcionário e o microfone foi fixado junto à zona auditiva do funcionário avaliado,
indo este continuar seu trabalho;
• Foi feita a calibração antes e depois da medição. No caso de valores superiores a 1dB (A), a medição não será
considerada;
• O Dosímetro deverá ficar monitorado o trabalhador em 100% da jornada.
• A empresa dispõe de equipamentos individuais para proteção auricular do trabalhador.
Sendo que, somente será considerada como efetiva a tecnologia de proteção que conseguir atenuar os níveis de ruído a valores
abaixo do limite de tolerância de 85 dB (A).
O critério para considerar a efetiva proteção obtida pelo uso de protetor auditivo;
A) NRRsf:
NPSouvido = NPSambiente dB(A) – NRRsf do protetor
Interpretação:
Ministério do Trabalho e emprego; Anexo I, da Portaria 3.214/78 [(para 8horas – 85dB (A)];
Ministério da Previdência Social: IN 98 [ruído acima de 85dB (A), a partir de dezembro de 2003].
Sendo que para fins de tecnologia de proteção que atenuam os níveis de ruídos a valores abaixo do limite de tolerância, não
bastaram apenas mostrar que o equipamento de proteção individual atenua o ruído a valores abaixo do limite de tolerância, é preciso
mostrar que o equipamento de proteção individual é eficaz, conforme rege a súmula 289 do TST. A comprovação da eficácia de fará através
do monitoramento audiológico do trabalhador, que é feito da seguinte forma: uma primeira audiometria na admissão, a segunda após 6
(seis) meses de trabalho e a terceira feita após decorridos um ano da segunda, não ficando caracterizada a perda auditiva em nenhuma das
audiometrias, ou que não houve nenhum agrave de situação preexistente, considerará que o controle do risco está em nível aceitável.
Contudo caso haja indícios de agravamento da saúde do trabalhador detectado em alguma das audiometrias, então deverão
serem aplicadas as medidas de controles previstas nas Normas Regulamentadoras, normas técnicas nacionais e na ausência ou omissão
destas, nas normas internacionais.
Porém, rege o bom senso que identificado algum problema nos exames periódicos, este trabalhador deverá ser remanejado de
setor e com isso eliminar a exposição àquele risco que lhe acometeu algum agrave à saúde.
BASEADO NESTA NORMA OS EXAMES AUDIOMÉTRICOS SEQUENCIAIS (PERIÓDICO) NÃO APRESENTARAM ALTERAÇÃO
SIGNIFICATIVA EM RELAÇÃO AOS EXAMES AUDIOMÉTRICOS DE REFERÊNCIAS, CONFORME DESCRITO NOS ITENS 4.2.1, 4.2.2 E
4.2.3 DESTA NORMA TÉCNICA. ASSIM, SENDO, OS TRABALHADORES NÃO APRESENTARAM AUDIOGRAMA SUGESTIVO DE PERDA
AUDITIVA PRODUZIDA POR NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA. ASSIM, NÃO FICANDO CARACTERIZADA A PERDA AUDITIVA
EM NENHUMA DAS AUDIOMETRIAS, OU QUE NÃO HOUVE NENHUM AGRAVE DE SITUAÇÃO PREEXISTENTE.
RECOMENDAÇÃO
MANTER E TORNAR OBRIGATÓRIO O USO DE PROTETORES AURICULARES, TIPO CONCHA QUE ATENUE NO MÍNIMO 21 DB.
MANTER O MONITORIAMENTO DE EXAMES DE AUDIOMETRIAS EM TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
Departamento MAROMBA
Empresa GMAC
Observação
Nome DEUVAN DE LIMA ARAÚJO
Departamento MAROMBA
Empresa GMAC
Observação
LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO
GMAC
BASEADO NESTA NORMA OS EXAMES AUDIOMÉTRICOS SEQUENCIAIS (PERIÓDICO) NÃO APRESENTARAM ALTERAÇÃO
SIGNIFICATIVA EM RELAÇÃO AOS EXAMES AUDIOMÉTRICOS DE REFERÊNCIAS, CONFORME DESCRITO NOS ITENS 4.2.1, 4.2.2 E
4.2.3 DESTA NORMA TÉCNICA. ASSIM, SENDO, OS TRABALHADORES NÃO APRESENTARAM AUDIOGRAMA SUGESTIVO DE PERDA
AUDITIVA PRODUZIDA POR NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA. ASSIM, NÃO FICANDO CARACTERIZADA A PERDA AUDITIVA
EM NENHUMA DAS AUDIOMETRIAS, OU QUE NÃO HOUVE NENHUM AGRAVE DE SITUAÇÃO PREEXISTENTE.
RECOMENDAÇÃO
MANTER O MONITORIAMENTO DE EXAMES DE AUDIOMETRIAS EM TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
Departamento PÁ CARREEGADEIRA
Empresa GMAC
Observação
Nome FRANCISCO EDUARDO DOS SANTOS PESSOA
Departamento PÁ CARREEGADEIRA
Empresa GMAC
Observação
LAUDO TÉCNICO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO TRABALHO
GMAC
Baseado nas medições realizadas e já descritas anteriormente constatou-se que foram diagnosticados níveis de pressão
sonora, ruído, apresentaram níveis superiores do limite de tolerância permitidos pela legislação em vigor. Portaria 3.214/78 NR 15, anexo 1
(Limite de tolerância para ruído contínuo ou intermitente).
O resultado obtido com maior dosimetria foi com Lavg= 86,9 dB (A) e atenuado com o Protetores Auriculares do tipo Concha
– concha do fabricante 3M DO BRASIL LTDA com o C.A 14.235, que atenua NRRsf 21 dB, passa ter o Lavg= 65.9 dB, que é menor do que o
limite de tolerância do anexo I da NR 15 para jornada de trabalho de 8 horas.
Sendo que para fins do PCA – Programa de Controle Auditivo, não basta apenas mostrar que o equipamento de proteção
individual atenua o ruído a valores abaixo do limite de tolerância, é preciso mostrar que o equipamento de proteção individual é eficaz,
conforme rege a súmula 289 do TST – Tribunal Superior do Trabalho. A comprovação da eficácia se fará através do monitoramento
audiológico do trabalhador, que é feito da seguinte forma, conforme o PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional: uma
primeira audiometria (referencial) na admissão, a segunda audiometria (sequencial) após 6 (seis) meses de trabalho e a terceira audiometria
(sequencial) feita após decorridos um ano da segunda audiometria, não ficando caracterizada a perda auditiva em nenhuma das
audiometrias ou que não houve nenhum agrave de situação preexistente, não haverá então índice de agravamento de saúde do
trabalhador. Desta forma, será considerada uma exposição aceitável.
Baseando no descrita anteriormente constatou-se que as medidas já existentes mantiveram o nível de pressão sonora,
ruído, a nível inferior do limite de tolerância permitido pela legislação em vigor, Portaria 3.214/78 NR 15, anexo 1 (Limite de tolerância para
ruído contínuo ou intermitente). Desta forma, baseado na Portaria 3.214/78 NR 07, anexo II (CONTROLE MÉDICO OCUPACIONAL DA
EXPOSIÇÃO A NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA ELEVADOS), conforme descrito nos itens 5.4 e 5.5 desta Norma, como não houve nenhum caso
de alteração que agrave a situação preexistente nos exames audiométricos (sequenciais) dos funcionários. Desta forma, não configura o
adicional de insalubridade por o agente ruído.
1 - OBJETIVOS DA PERÍCIA:
O objetivo do presente parecer técnico é determinar se as atividades exercidas durante as manutenções das máquinas
apresentam níveis que ultrapassam os limites de tolerâncias permitidos pela legislação em vigor. Portaria 3.214/78 - NR 15, presentes nos
anexos nº 11 (valores fixados no Quadro no 1) e do Anexo no 13, em razão das atividades ora descritas.
Os locais a serem periciados tratam-se em especial do galpão de produção da empresa GMAC MATERIAIS CERAMICOS LTDA,
localizada no município de Placas do estado do Pará.
O galpão de produção da Fábrica de Tijolos foi construído numa estrutura de madeira e alvenaria, coberta com telhas de zinco, não
é forrada, possui total abertura na parte da frente e laterais, o que proporciona uma boa iluminação natural, com pé direito de cerca de 4m,
possui uma boa ventilação, o piso é de chão batido, nessa fábrica existem as seguintes máquinas: na área comum estão montadas 1 (uma)
Caixa Dosadora – MS Souza– Modelo CAS - 1004 – Série: 4 Nº. 243; 1 (um) Moedor (Desintegrador) – MS Souza– Modelo DES-400 – Série: 2
Nº. 298; 1 (um) Misturador – MS Souza– Modelo MMB - 2000P – Série: 1 Nº. 1390; 1 (um) Cilindro (Laminador) – MS Souza– Modelo LMB-
400/432 – Série: 3 Nº. 1372; 1 (uma) Maromba – MS Souza– Modelo MSB-3 – Série: 5 Nº. 1817; 1 (uma) Cortadeira – Sandrana– Nº Série:
2668. A iluminação é feita por lâmpadas fluorescentes de 40W instaladas no teto em conjunto com a iluminação natural feita por aberturas
laterais, proporcionando bom nível de iluminamento.
3 - ANÁLISE QUALITATIVA
Os profissionais iniciam suas atividades verificando as ordens de serviço que ainda estão pendentes, em seguida verificam
quais os materiais e ferramentas que serão necessárias para execução dos serviços.
Os profissionais trabalham utilizando os EPI´s adequados aos riscos a que estão expostos, conforme relatado no item 4.
Foi observado que existem medidas de controle no ambiente de trabalho para neutralizar os riscos ambientais existentes.
Quando são necessários serviços envolvendo soldagem de peças estes são realizados pelo Soldador de uma empresa
particular, que realiza utilizando-se de EPI´s específicos e adequados aos riscos. Sendo que estas atividades NÃO ocorrem no dia a dia e
sim de forma eventual e quando há alguma máquina danificada.
Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a caracterização de insalubridade
ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes no Quadro n o 1 do Anexo no 11 (Agentes Químicos cuja
Insalubridade é Caracterizada por Limite de Tolerância e Inspeção no Local de Trabalho) da Norma Regulamentadora no 15 (Atividades e
Operações Insalubres) da Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho.
Todos os valores fixados no Quadro no 1 (Tabela de Limites de Tolerância) são validos para absorção apenas por via respiratória.
Existe uma coluna chamada "Absorção Também pela Pele" onde estão assinalados os agentes químicos que podem ser absorvidos por via
cutânea e, portanto, exigindo manipulação, o uso de luvas adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo.
O item 9.5.2 da Norma Regulamentadora no 9 (AVALIAÇÃO E CONTROLE DAS EXPOSIÇÕES OCUPACIONAIS A AGENTES FÍSICOS,
QUÍMICOS E BIOLÓGICOS), estabelece que “deverão ser adotadas as medidas necessárias e suficientes para a eliminação ou o controle das
exposições ocupacionais relacionados aos agentes físicos, químicos e biológicos, de acordo com os critérios estabelecidos nos Anexos desta
NR, em conformidade com o PGR. E o item 9.5.3 (DAS MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE das exposições ocupacionais integram os
controles dos riscos do PGR e devem ser incorporados ao Plano de Ação).
Além da caracterização de insalubridade pelo Quadro no 1 do Anexo no 11 (Agentes Químicos cuja Insalubridade é Caracterizada
por Limite de Tolerância e Inspeção no Local de Trabalho) da Norma Regulamentadora no 15 (Atividades e Operações Insalubres) da Portaria
3.214 do Ministério do Trabalho, existe um outro anexo na mesma NR-15 que tem de ser consultado.
Os Anexos no 13 da NR-15 relacionam as atividades e operações envolvendo agentes químicos que têm a avaliação sob o enfoque
da insalubridade procedida por inspeção realizada no local de trabalho, não sendo, portanto, necessária a monitorização quantitativa da
exposição aos mesmos.
Também, consultou-se a relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos e associação de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física, considerados para fins de aposentadoria especial, consta do Anexo IV do Decreto no 3.048 de 06 de Maio de 1999 (Novo
Regulamento da Previdência Social).
5.3 – Conclusão:
O trabalhar mais exposto fica em contato de forma eventual com as substâncias químicas relacionadas. De acordo com a
avaliação qualitativa os resultados encontrados, as exposições destas substâncias estão abaixo do limite de exposição estabelecido pela NR-
15 e pela ACGIH. Como, também, as exposições encontradas estão abaixo dos níveis de ação, podemos concluir que os outros empregados
estão expostos, no máximo, às mesmas concentrações do empregado mais exposto. Desta forma, não configura o adicional de insalubridade
por agente químico em consonância com a Norma Regulamentadora N.º 15, anexos 11 e 13 da NR-15 da Portaria 3.214/78 e também não se
enquadra como atividade exercida em condições especiais para efeito de aposentadoria especial segundo decreto nº. 3.048/99, do INSS.
6- ACOMPANHANTES DA PERÍCIA:
1. IDENTIFICAÇÃO
Nome do produto: DULUB GRAXLUB CA-2
2. IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
2.1. Classificação de Produto não classificado como perigoso segundo a
perigo do produto: Norma ABNT NBR 14725-2:2009 – versão corrigida
2:2010.
Outros perigos que não
resultam em uma Este produto não possui outros perigos.
classificação:
Pessoal que faz parte Utilizar EPI completo com óculos de segurança,
dos serviços de luvas de proteção adequadas, sapatos fechados e
emergência: vestimenta de proteção adequada. Máscara de
proteção com filtro contravapores e névoas, se
necessário. Isolar o vazamento de fontes de
ignição.
7. MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
7.1. Precauções para Manuseie em uma área ventilada ou com sistema
manuseio seguro: geral de ventilação/exaustão local. Evite contato
com materiais incompatíveis. Caso necessário,
utilize equipamento de proteção individual conforme
descrito na seção 8. Lave as mãos e o rosto
cuidadosamente após o manuseio e antes de
comer, beber, fumar ou ir ao banheiro.
Perigo por aspiração: Não é esperado que o produto apresente perigo por
aspiração.
Legendas e abreviaturas:
ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists
CAS – Chemical Abstracts Service
ONU – Organização das Nações Unidas
SCBA – Self Contained Breathing Apparatus
TLV – Threshold Limit Value
TWA – Time Weighted Average
Foram efetuadas as avaliações quantitativas dos índices de exposição ao calor nos postos de trabalho onde possa haver
efeitos nocivos sobre o trabalhador causados por esse agente, a fim de verificar se as condições térmicas em que as atividades se
desenvolvem são capazes de causar danos à saúde dos trabalhadores em função do tempo de exposição, do tipo da atividade e do nível de
temperatura.
A metodologia reconhecida pelo Ministério do Trabalho é procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª
edição - 2017) da FUNDACENTRO para verificar as condições de conforto térmico referentes ao calor consiste na monitorização da exposição
ao calor, que deve ser feita por meio de medição do Índice de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo (IBUTG).
A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo" (IBUTG) definido
pelas equações que seguem:
Onde:
Tbn = temperatura de bulbo úmido natural
Tg = temperatura de globo
Tbs = temperatura de bulbo seco.
Para realizar essa avaliação foi utilizado um aparelho que compõe-se de uma sonda de globo de 75" de diâmetro, uma
sonda de bulbo seco, com 4 mm de diâmetro e 150 mm de comprimento e uma sonda de bulbo úmido, com 4 mm de diâmetro e 150 mm de
comprimento, com temperatura de operação de (0 a 100ºC), taxa de amostragem de 3 leituras por segundo, resolução 0,1ºC, precisão
0,1ºC e faixa de (-0ºC) a (+50ºC), marca INSTRUTEMP, modelo ITWTG 2000.
Tomou-se por base para fins comparativos, em conformidade com a Portaria no 3.214 de 08/06/78, os limites de
tolerância para exposição ao calor constantes no Anexo no 3 da NR-15, Quadros no 1 e no 2.
Através da análise das atividades realizadas, verificou-se que o descanso dos funcionários acontece fora local de
trabalho. Assim, para determinar a máxima temperatura a que estes profissionais podem estar expostos, foi consultado o Quadro no 1 do
Anexo no 3 da NR-15, que se encontra a seguir.
• Onde “M” é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora determinada pela seguinte fórmula:
Mt x Tt + Md x Td
M = --------------------
60
• E “IBUTG” é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora determinado pela seguinte fórmula:
IBUTGt x Tt + IBUTGd x Td
IBUTG = --------------------------------------
60
Sendo: IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
Tt e Td = como anteriormente definidos.
Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo T t + Td = 60 minutos corridos.
As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro no 2 do Anexo no 3 da NR-15, que se encontra a seguir.
Taxa metabólica
Atividade
(W)
Sentado
Em repouso 100
Trabalho leve com as mãos 126
Trabalho moderado com as mãos 153
Trabalho pesado com as mãos 171
Trabalho leve com um braço 162
Trabalho moderado com um braço 198
Trabalho pesado com um braço 234
Trabalho leve com dois braços 216
Trabalho moderado com dois braços 252
Trabalho pesado com dois braços 288
Trabalho leve com braços e pernas 324
Trabalho moderado com braços e pernas 441
Trabalho pesado com braços e pernas 603
Em pé, em movimento
Andando no plano
1. Sem carga
• 2 km/h 198
• 3 km/h 252
• 4 km/h 297
• 5 km/h 360
2. Com carga
• 10 kg, 4 km/h 333
• 30 kg, 4 km/h 450
Correndo no plano
• 9 km/h 787
• 12 km/h 873
• 15 km/h 990
Subindo rampa
1. Sem carga
• com 5° de inclinação, 4 km/h 324
• com 15° de inclinação, 3 km/h 378
• com 25° de inclinação, 3 km/h 540
2. Com carga de 20 kg
• com 15° de inclinação, 4 km/h 486
• com 25° de inclinação, 4 km/h 738
O objetivo da presente perícia é determinar se a atividade exercida pela função de Forneiro está dentro dos parâmetros
estabelecidos pelo Anexo 3, limites de tolerância para exposição ao calor, da Norma Regulamentadora 15 da Portaria 3.214/78 do MTE, em
razão das atividades ora descritas.
O local a ser periciado trata-se em especial o forno abóboda da empresa Industria de GMAC MATERIAIS CERAMICOS LTDA.
As fornalhas, as zonas de queima estão localizadas em ambos os lados, em área aberta coberta por telhas de zinco, onde há uma
boa ventilação que facilita a expansão do calor.
B) DA FUNÇÃO DO TRABALHADOR:
Os profissionais trabalham utilizando os EPI´s adequados aos riscos a que está exposto, conforme relatados no item D.
Foram observados que existem medidas de controles no ambiente de trabalho para neutralizar o risco, tais como: uso de
ventiladores e períodos de descansos do trabalhador em outro local.
Tendo em vista que as profissionais desenvolvem suas atividades durante 06 horas em toda a jornada de trabalho de segunda-feira
a sábado, ou seja, sendo que esta atividade ocorre de forma intermitente.
I. Utilizamos para base de cálculo de 01 hora (60 minutos) e divididas em ciclos de trabalho ao longo do dia, temos:
a. Tempo de trabalho com exposição ao calor (alimentando as fornalhas do forno com pedaços de madeira):
15 minutos X 1 (as vezes que o ciclo se repete no período de 01 hora).
Que caracteriza que utilizando a base de cálculo de 01 hora (60 minutos), o Forneiro trabalha 15 minutos/hora alimentando as
fornalhas do forno com pedaços de madeira e 45 minutos/hora descanso em ambiente termicamente mais ameno.
Tendo em vista que o profissional desenvolve sua atividade com escala de 12 horas com intervalo de almoço de 02 horas, sendo
assim desenvolve sua atividade laborativa no período de 10 horas em toda jornada de trabalho.
Utilizamos para base de cálculo de 10 horas (600 minutos) e divididas em ciclos de trabalho ao longo do dia, temos:
a. Tempo de trabalho com exposição ao calor (durante a alimentações das fornalhas do forno com pedaços de madeiras):
15 minutos X 10 (as vezes que o ciclo se repete).
15 x 10 = 150 minutos/hora (total de minutos em toda jornada de trabalho).
Que caracteriza em uma jornada de 10 horas de trabalhos a exposição ao risco calor, o Forneiro trabalha 150 minutos/dia,
alimentando as fornalhas do forno com pedaços de madeira e 450 minutos/dia em repouso, em ambiente de trabalho com temperatura
mais ameno, tempo este que o profissional descansa livres da exposição ao agente calor, pode-se caracterizar a exposição ao risco como de
natureza intermitente, segundo o disposto na Portaria MTE nº 3.311, de 29 de novembro de 1989.
Forneiro:
• Bota de segurança de couro com biqueira de PVC com CA 32.807;
• Protetor facial verde com CA 14.197;
• Óculos de proteção verde com CA 17.847;
• Luva em malha com CA 4.712;
• Luva de vaqueta com CA 20,601;
• Camisa manga longa.
No desenvolvimento de sua atividade, o profissional está exposto a riscos físico e acidentes, sendo que este último não
gera direito à percepção do adicional de insalubridade.
✓ Risco Físico: pela exposição de calor.
F) ANÁLISE QUANTITATIVA:
Tempo de
Avaliação Local Exposição (minutos) Tg (oC) Tbs (oC) Tbn (oC) IBUTG (oC)
468 x 15 + 100 x 45
M = --------------------------- M = 192 Kcal/h.
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G) CONCLUSÃO:
Para interpretar o resultado a partir dos valores obtidos acima, devemos proceder da seguinte forma:
Utilizar a taxa de metabolismo média ponderada (alínea “F” subitem “b”) que é de M = 192 Kcal/h e determinar o máximo IBUTG
permitido pelo Quadro 1 (Anexo 3). Mais, como o Quadro 1 (Anexo 3) não existe o valor de M = 192 Kcal/h, arredondamos para o valor
imediatamente acima, que é M = 193 Kcal/h. Assim sendo para M = 193 Kcal/h apresentado no Quadro 1 (Anexo 3), o máximo IBUTG
aceito é de 30,4ºC.
Comparado com o IBUTG, média ponderada calculada na alínea “F” subitem “a”, que foi de 28,18oC, com o máximo IBUTG,
permitido no Quadro 1, para o metabolismo média ponderada calculada.
Analisando, de acordo com a Norma para Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor (Norma de Higiene Ocupacional - NHO 06)
da Fundacentro e os parâmetros estabelecidos pelo Anexo 3, quadro nº 1 da NR 15, limites de tolerância para exposição ao calor, em
atividade com descanso em outro local, da Norma Regulamentadora 15 do MTE, para M = 193 Kcal/h, teríamos um IBUTG máximo de
30,4oC. Como o IBUTG médio foi de 28,18oC, que é menor que o IBUTG máximo do limite de tolerância. Neste caso, conclui-se que o ciclo
de trabalho apresentado é compatível com as condições térmicas do ambiente analisado e, portanto, o limite de tolerância não foi
ultrapassado. Isto faz com que estas exposições sejam consideradas aceitáveis. Desta forma, não configura o adicional de insalubridade por
exposição ocupacional ao calor em consonância com a Norma Regulamentadora N.º 15, anexos 3 da Portaria 3.214/78 e não se enquadra
como atividade exercida em condições especiais para efeito de aposentadoria especial segundo decreto nº. 3.048/99, do INSS.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Ressaltamos que o dirigente da empresa deverá estar atento às questões relativas à responsabilidade civil e penal da empresa e seu
preposto (se houver), ora em vigor.
Tais informações serão benéficas, com vistas a resguardar a empresa de eventuais litígios de natureza judiciais neste sentido.
(Lei nº 8.213/91 e artigo 7º dos direitos sociais – inciso 22 da Consolidação Federal vigente)
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