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2º CADERNO
DIÁRIO Nº 2110/2023
DE 16 DE MARÇO 2023
III. Promover o processo educativo permanente e Art. 7º. A Inspeção Municipal, depois de instalada, pode
continuado para todos os atores da cadeia produtiva, ser executada de forma permanente ou periódica.
estabelecendo a democratização do serviço e
assegurando a máxima participação do governo, da §1º. A inspeção deve ser executada obrigatoriamente de
sociedade civil, de produtores, de agroindústrias, dos forma permanente nos estabelecimentos durante o abate
consumidores e das comunidades técnicas e científicas nos abatedouros frigoríficos municipais das diferentes
nos sistemas de inspeção. espécies animais.
Art. 4º. A implantação do Serviço de Inspeção Municipal – §2º. Nos demais estabelecimentos que constam nesse
SIM obedecerão às normas descritas neste regulamento, Regulamento a inspeção será executada de forma
periódica.
necessários.
I. Os estabelecimentos com inspeção periódica terão a
frequência de execução de inspeção estabelecida em Art. 12. Para o cumprimento da exigência do artigo 6º, os
normas complementares expedidos pelo Departamento de abatedouros frigoríficos municipais, produtores artesanais
Inspeção Municipal, considerando o risco dos diferentes e as indústrias fornecerão relatórios mensais de produção,
produtos e processos produtivos envolvidos. ao Serviço de Inspeção Municipal – SIM, na forma
determinada por este.
Art. 8º. O Serviço de Inspeção Municipal respeitará as
especificidades dos diferentes tipos de produtos e das CAPÍTULO III
diferentes escalas de produção, desde que atendidas às
normas de higiene e saúde, incluindo a produção artesanal DA APROVAÇÃO DO PROJETO E OBTENÇÃO DO
e a agroindústria rural de pequeno porte. REGISTRO OU RELACIONAMENTO
Art. 9º. Em consonância com a Instrução Normativa do Art. 13. Os estabelecimentos de produtos de origem
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento n° 05 animal que devem estar sob inspeção industrial e sanitária
de 14 de fevereiro de 2017, considera-se estabelecimento a nível municipal, de acordo com a Lei Federal nº
agroindustrial de pequeno porte de produtos de origem 7.889/1989 e da Lei Municipal nº 1690/2021, ficam
animal e aqueles que, cumulativamente: obrigados a obter registro junto ao Serviço de Inspeção
Municipal - SIM. Nenhum estabelecimento do município de
I. Pertence, de forma individual ou coletiva, a agricultores Camaçari poderá realizar comércio com produtos de
familiares, equivalentes ou produtores rurais; origem animal sem estar registrado ou relacionado no
Serviço de Inspeção Municipal.
II. É destinado exclusivamente ao processamento de
produtos de origem animal; §1º. O Título de Registro é o documento emitido pelo
chefe do SIM ao estabelecimento, depois de cumpridas as
III. Possui área útil construída não superior a 250 m² exigências previstas no presente Regulamento.
(duzentos e cinquenta metros quadrados).
§2º. O Título de Relacionamento é o documento emitido
§1º. Não serão considerados para fins do cálculo da área pelo chefe do SIM ao estabelecimento depois de
útil construída o vestiário, sanitários, escritórios, área de cumpridas as exigências previstas no presente
descanso, área de circulação externa, área de projeção de Regulamento.
cobertura da recepção e expedição, área de lavagem
externa de caminhões, refeitório, caldeira, sala de Art. 14. Para a solicitação, aprovação do projeto e
máquinas, estação de tratamento de água de obtenção do registro na forma descrita no artigo anterior,
abastecimento e esgoto, quando existentes. deverá ser encaminhado o requerimento ao Coordenador
do Serviço de Inspeção Municipal - SIM, acompanhado
§2º. O estabelecimento deve fornecer ao órgão de dos seguintes documentos:
fiscalização, documentação comprobatória do requisito
estabelecido no inciso I do caput deste artigo, emitida pelo I. Termo de compromisso, no qual o estabelecimento
órgão competente. concorde em acatar as exigências deste regulamento, sem
prejuízo de outras que venham a ser determinadas;
Art. 10. Para fins deste regulamento, entende-se por
produto, derivado ou subproduto a ser inspecionado, todo II. Requerimento simples dirigido ao responsável pelo
produto proveniente de matéria-prima de origem animal e Serviço de Inspeção Municipal;
produzidos para a alimentação humana.
III. Laudo de aprovação prévia do terreno, realizado de
CAPÍTULO II acordo com instruções fornecidas pelo Departamento de
Inspeção Municipal;
DA ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO SERVIÇO DE
INSPEÇÃO MUNICIPAL IV. Licença Ambiental Prévia emitida pelo Órgão
Ambiental competente ou estar de acordo com a
Art. 11. O Serviço de Inspeção Municipal – SIM deverá: Resolução do CONAMA nº 385/2006;
I. Dispor de pessoal técnico de nível superior e médio, em V. Documento da autoridade municipal e órgãos de saúde
número adequado à realização da inspeção sanitária "ante pública competentes que não se opõem à instalação do
e post-mortem" e tecnológica, obedecendo à legislação estabelecimento;
vigente;
VI. Apresentação da Inscrição Estadual, Contrato Social
II. Promover capacitação da equipe de nível superior - registrado na Junta Comercial, cópia do Cadastro Nacional
Fiscal Municipal Agropecuário e nível médio - Agente de de Pessoa Jurídica – CNPJ, CPF do produtor para
Inspeção, através de visitas e estágio dos profissionais em empreendimentos individuais ou Inscrição do Produtor
outros serviços de inspeção já em funcionamento, para Rural.
troca de experiências;
VII. Planta baixa ou croquis das instalações, com layout
III. Dispor de meios para registro e compilação dos dados dos equipamentos e memorial descritivo simples e sucinto
estatísticos referentes ao abate, industrialização de da obra, com destaque para a fonte e a forma de
carnes, produção de leite e derivados, aplicação de abastecimento de água, sistema de escoamento e de
penalidades e outros dados que porventura se tornem tratamento do esgoto e resíduos industriais e proteção
II. Planta baixa ou croqui com layout dos equipamentos na Art. 22. A renovação do registro junto ao SIM deverá ser
escala de 1:100 (um para cem). solicitada anualmente.
§1º. As convenções de cores das plantas ou croquis Parágrafo único. As taxas para adesão dos
devem seguir as normas Técnicas da Associação estabelecimentos ao Selo de Inspeção Municipal serão
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). criadas em legislação específica em consonância com os
Princípios e Leis Tributárias;
§2º. Nos casos em que as dimensões do estabelecimento
não permitam visualização nas escalas previstas em uma Art. 23. No caso dos projetos aprovados com ressalvas, o
única prancha, estas podem ser redefinidas nas escalas início de produção só deverá ocorrer após a aprovação
imediatamente subsequentes. das mesmas pelo Serviço de Inspeção Municipal - SIM.
§3º. Tratando-se de agroindústria rural de pequeno porte, Parágrafo único. Este artigo se aplica no que couber, aos
as plantas poderão ser substituídas por croquis a serem estabelecimentos em atividade a fim de que se adéquem
elaborados por engenheiro responsável ou técnico do as exigências da Lei Municipal nº 1690/2021.
Serviço de Extensão Rural do Estado ou Município.
TÍTULO II
Art. 16. O estabelecimento solicitante de aprovação dos
projetos não pode dar início às construções sem que as DAS OBRIGATORIEDADES DOS
mesmas tenham sido previamente aprovadas pelo Serviço ESTABELECIMENTOS
de Inspeção Municipal.
CAPÍTULO I
Art. 17. A construção do estabelecimento deve obedecer
a outras exigências que estejam previstas em legislação OBRIGAÇÕES DOS ESTABELECIMENTOS
municipal, desde que não colidam com as exigências de
ordem sanitária ou industrial previstas neste regulamento Art. 24. Constituem obrigações dos responsáveis pelos
ou atos complementares expedidos pelo Departamento de estabelecimentos:
Inspeção Municipal.
I. Observar e fazer cumprir todas as exigências contidas
Art. 18. Satisfeitas as exigências fixadas no presente neste Regulamento;
regulamento, o Departamento de Inspeção Municipal
autorizará a expedição do Título de Registro ou II. Fornecer o material adequado julgado indispensável
Relacionamento, devendo constar o número de registro ou aos trabalhos da inspeção, inclusive acondicionamento e
relacionamento, nome empresarial, a classificação do amostras autênticas para exame laboratorial;
II. Dar aviso antecipado de 12 (doze) horas, no mínimo, §6º. Comprovada a violação, o mau estado de
sobre a realização de quaisquer trabalhos nos conservação da amostra de contraprova ou a expiração do
estabelecimentos sob inspeção, mencionando sua prazo de validade, deve ser considerado o resultado da
natureza, hora de início e provável conclusão; análise de fiscalização.
Art. 25. Os produtos de origem animal pronto para o Art. 30. As amostras para análises devem ser coletadas,
consumo, bem como toda e qualquer substância que entre manuseadas, acondicionadas, identificadas, conservadas
em sua elaboração, estão sujeitos a exames tecnológicos, e transportadas de modo a garantir a sua integridade
físico-químicos, microbiológicos, toxicológicos e física.
bromatológicos oficiais e devem ser realizados em
laboratórios credenciados pelo município. Parágrafo único. A autenticidade das amostras deve ser
garantida pela autoridade competente que estiver
Art. 26. Estão sujeitos às análises os produtos de origem procedendo à coleta.
animal e seus derivados, seus ingredientes, o gelo e a
água de abastecimento. Art. 31. Nos casos de resultados de análises fiscais em
desacordo com a legislação, o Departamento de Inspeção
Art. 27. Para os casos onde existem dúvidas da Municipal deverá notificar o interessado dos resultados
inocuidade de produtos devido ao comprometimento das analíticos obtidos e adotar as ações fiscais e
condições industriais ou higiênico sanitárias das administrativas pertinentes.
instalações e do processo tecnológico de qualquer
produto, a partida ficará sequestrada, sob a guarda e Art. 32. Em caráter preventivo, visando atender a
conservação do responsável pelo estabelecimento como programas e demandas específicas, pode ser realizada
fiel depositário, até o laudo final dos exames laboratoriais. em estabelecimentos varejistas, atacadistas e afins a
coleta de amostras de produtos de origem animal e
Art. 28. Nos casos de análises fiscais de produto com registrados no Serviço de Inspeção Municipal.
padrões microbiológicos não previstos em Regulamento
Técnico de Identidade e Qualidade ou em legislação Art. 33. Confirmada à condenação do produto ou da
específica, permite-se seu enquadramento nos padrões partida, o SIM determinará a sua inutilização em
estabelecidos para um produto similar. subproduto não comestível.
Art. 29. A coleta de amostra para fins de análise fiscal CAPÍTULO III
será feita mediante lavratura do “Termo de Coleta de
Amostra”, em triplicata, asseguradas sua inviolabilidade e DOS REQUISITOS GERAIS DE ESTRUTURA FÍSICA E
conservação, de modo a garantir suas características DEPENDÊNCIAS
originais.
Art. 34. Em consonância com a Instrução Normativa do
§1º. Duas amostras serão enviadas ao laboratório para Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nº 05,
análise fiscal, ficando a terceira em poder do proprietário de 14 de fevereiro de 2017, o estabelecimento de
ou responsável pelo produto, servindo para eventual produtos de origem animal deve dispor das seguintes
condições básicas e comuns, respeitadas as for suficiente para evitar condensações, desconforto
particularidades tecnológicas cabíveis: térmico ou contaminações;
I. A área do terreno onde se localiza o estabelecimento XVII. É proibida a instalação de ventiladores nas áreas de
deve ter tamanho suficiente para a construção de todas as processamento;
dependências necessárias para a atividade pretendida;
XVIII. Os produtos que necessitam de refrigeração devem
II. Localização em pontos distantes de fontes emissoras ser armazenados com afastamento que permita a
de mau cheiro e de potenciais contaminantes; circulação de frio;
III. Localização em terreno com área suficiente para fluxo XIX. Produtos comestíveis diferentes podem ser
de veículos de transporte; armazenados em uma mesma área desde que não haja
interferência de qualquer natureza que possa prejudicar a
IV. A área útil construída deve ser compatível com a identidade e a inocuidade dos produtos;
capacidade, processo de produção e tipos de
equipamentos, não excedendo o limite estipulado no XX. A armazenagem das embalagens, rótulos,
inciso III; ingredientes e mais insumos a serem utilizados deve ser
feita em local que não permita contaminações de
V. Quando o estabelecimento estiver instalado anexo à nenhuma natureza, separados uns dos outros de forma a
residência, deve possuir acesso independente; não permitir contaminação cruzada podendo ser realizada
em armários de material não absorvente e de fácil
VI. Devem ser instaladas barreiras sanitárias em todos os limpeza;
pontos de acesso à área de produção;
XXI. A armazenagem de materiais de limpeza e de
VII. A barreira sanitária deve possuir cobertura, lavador de produtos químicos deve ser realizada em local próprio e
botas, pias com torneiras com fechamento sem contato isolada das demais dependências;
manual, sabão líquido inodoro neutro, toalhas
descartáveis de papel não reciclado ou dispositivo XXII. A iluminação artificial, quando necessária, deve ser
automático de secagem de mãos, cestas coletoras de realizada com uso de luz fria;
papel com tampas acionadas sem contato manual e
substância sanitizante. XXIII. As lâmpadas localizadas sobre a área de
manipulação de matéria prima de produtos e de
VIII. As dependências devem ser construídas de maneira armazenamento de embalagens, rótulos e ingredientes
a oferecer um fluxograma operacional racionalizado em devem estar protegidas contra rompimentos;
relação à recepção da matéria, produção,
acondicionamento, armazenagem e expedição; XXIV. É proibida a utilização de luz colorida que mascare
ou produza falsa impressão quanto à coloração dos
IX. O pé direito deve ter altura suficiente para disposição produtos ou que dificulte a visualização de sujidades;
adequada dos equipamentos, permitindo boas condições
de temperatura, ventilação e iluminação; XXV. A água deve ser potável, encanada e em quantidade
compatível com a demanda do estabelecimento; XXVI. Em
X. Os pisos, paredes, forros, portas, janelas, caso de cloração para obtenção de água potável, o
equipamentos, utensílios devem ser impermeáveis, controle de teor de cloro deve ser realizado sempre que o
constituídos de material resistente, de fácil limpeza e estabelecimento estiver em atividade;
desinfecção;
XXVII. A cloração da água deve ser realizada por meio do
XI. As paredes da área de processamento devem ser dosador de cloro;
revestidas com material impermeável de cores claras na
altura adequada para realização das operações; XII. É XXVIII. O estabelecimento deve dispor de sanitários e
proibida a utilização de materiais do tipo elemento vazado vestiários em número estabelecido em regulamento
ou cobogós na construção total ou parcial de paredes, específico;
exceto na sala de máquinas de depósito de produtos
químicos, bem como a comunicação direta entre XXIX. Quando os sanitários e vestiários não forem
dependências industriais e residenciais; contínuos ao estabelecimento, o acesso deverá ser
pavimentado e não deve passar por áreas que ofereçam
XIII. Nos estabelecimentos que não tem forro, o teto deve risco de contaminação de qualquer natureza;
atender aos requisitos do inciso X deste artigo;
XXX. Os sanitários devem ser providos de vasos
XIV. As operações devem ser organizadas de tal forma a sanitários com tampa, papel higiênico, pias, toalhas
evitar contaminação; descartáveis de papel não reciclado ou dispositivo
automático de secagem de mãos, sabão líquido inodoro e
XV. Os equipamentos devem ser alocados obedecendo a neutro, cestas coletoras de papéis com tampa acionada se
um fluxograma operacional racionalizado que evite contato manual;
contaminação cruzada e facilite os trabalhos de
manutenção e higienização; XXXI. É proibida a instalação de vaso sanitário do tipo
turvo;
XVI. Devem ser instalados exaustores ou sistema para
climatização do ambiente quando a ventilação natural não XXXII. É proibido o acesso direto entre as instalações
XL. Dependências e instalações industriais de produtos Art. 38. Os estabelecimentos devem possuir programa
comestíveis separadas por paredes inteiras daquelas que eficaz e contínuo de controle integrado de pragas e
se destinem ao preparo de produtos não comestíveis e vetores.
daquelas não relacionadas com a produção; XLI.
Ordenamento das dependências para evitar §1º. Não é permitido o emprego de substâncias não
estrangulamento no fluxo operacional e prevenir aprovadas pelo órgão regulador da saúde para o controle
contaminação cruzada; de pragas nas dependências destinadas à manipulação e
nos depósitos de matérias primas, produtos e insumos.
XLII. Ralos de fácil higienização e sifonados;
§2º. Quando utilizado o controle químico deve ser
XLIII. Janelas, portas e demais aberturas construídas e executado por empresa especializada e por pessoal
protegidas de forma a prevenir a entrada de vetores e capacitado, conforme legislação específica, e com
pragas e evitar o acúmulo de sujidades; produtos aprovados pelo órgão regulador da saúde.
aprovados pelo Serviço de Inspeção Municipal. Art. 54. É vedado o emprego de vasilhames que por sua
forma e composição, possa causar prejuízo à
Art. 42. É proibido que os funcionários façam suas manipulação, estocagem e transporte de matérias-primas
refeições nos ambientes de produção, devendo existir nos e de produtos usados na alimentação humana.
estabelecimentos local específico para alimentação.
Art. 55. Os continentes quando destinados ao
Art. 43. É proibido fumar nas dependências destinadas à condicionamento de produtos utilizados na alimentação
manipulação ou ao depósito de produtos, roupas, objetos humana, devem ser inspecionados, previamente, sendo
e materiais estranhos às finalidades do setor onde se rejeitados os que forem julgados sem condições de uso.
realizem as atividades industriais.
Parágrafo único. De modo algum será permitido o
Art. 44. São proibidos o consumo, a guarda de alimentos acondicionamento de matérias-primas, ou produtos
e o depósito de produtos, roupas, objetos e materiais destinados à alimentação humana em carrinhos,
estranhos às finalidades do setor onde se realizem as recipientes ou demais continentes que tenham servido a
atividades industriais. produtos não comestíveis.
Art. 45. É proibido quaisquer outras atitudes pessoais não Art. 56. Não é permitida a guarda de material estranho
higiênicas em quaisquer dependências dos nos depósitos de produtos, nas salas de matança, seus
estabelecimentos. anexos e na expedição.
Art. 46. A substituição, raspagem, pintura, reparos em Art. 57. Não é permitida a utilização de qualquer
pisos, paredes, tetos e equipamentos, serão realizados dependência da indústria ou abatedouro frigorífico como
sempre que o SIM julgar necessário. residência.
Art. 47. As instalações de recepção, os alojamentos de Art. 58. Os instrumentos de trabalho deverão ser
animais vivos e os depósitos de resíduos industriais higienizados diariamente ou sempre que necessário.
devem ser higienizados regularmente e sempre que
necessário. Art. 59. É vedada a entrada de pessoas estranhas às
atividades do estabelecimento, salvo quando devidamente
Art. 48. As matérias primas, os insumos e os produtos uniformizadas e autorizadas pela chefia do
devem ser mantidos em condições que previnam estabelecimento, bem como pelo encarregado do SIM.
contaminações durante todas as etapas de elaboração,
desde a recepção até a expedição, incluindo o transporte. Art. 60. O Departamento de Inspeção Municipal poderá
exigir alterações nos processos produtivos e no
Art. 49. É proibido o uso de utensílios que, pela sua forma fluxograma de operações, com o objetivo de assegurar a
ou composição, possam comprometer a inocuidade da execução das atividades de inspeção e garantir a
matéria prima ou do produto durante todas as etapas de inocuidade do produto e a saúde do consumidor.
elaboração, desde a recepção até a expedição, incluindo
transporte. Art. 61. O estabelecimento de produtos de origem animal
não poderá ultrapassar a capacidade de suas instalações
Art. 50. O responsável pelo estabelecimento deve e equipamentos
implantar procedimentos para garantir que os funcionários
que trabalhem ou circulem em áreas de manipulação não TÍTULO III
sejam portadores de doenças que possam ser veiculadas
pelos alimentos. DA CLASSIFICAÇÃO GERAL
§1º. Deve ser apresentada comprovação médica Art. 62. Os estabelecimentos de produtos de origem
atualizada, sempre que solicitada, de que os funcionários animal que realizem comércio regional, sob inspeção
não apresentam doenças que os incompatibilizam com a municipal, são classificados em:
fabricação de alimentos.
I. De carnes e derivados;
§2º. No caso de constatação ou suspeita de que o
manipulador apresente alguma enfermidade ou problema II. De pescado e derivados;
de saúde que possam comprometer a inocuidade dos
produtos, ele deverá ser afastado de suas atividades. III. De ovos e derivados;
Art. 51. Os reservatórios de água devem ser protegidos de IV. De leite e derivados;
contaminação externa e higienizados regularmente e
sempre que for necessário. V. De produtos de abelhas e derivados;
Art. 63. Os estabelecimentos de carnes e derivados são operacionais. §2º. Podem ser utilizados processos
classificados em: diferentes dos propostos, desde que se atinja ao final as
mesmas garantias sobre a sanidade e inocuidade do
I. Abatedouros frigoríficos; produto, com embasamento técnico-científico e aprovação
do Serviço de Inspeção Municipal.
II. Unidade de beneficiamento de carne e produtos
cárneos. CAPÍTULO II
§1º. Entende-se por abatedouro frigorífico o Art. 66. Os estabelecimentos de pescado e derivados são
estabelecimento destinado ao abate dos animais classificados em:
produtores de carne, à recepção, à manipulação, ao
acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à I. Barco fábrica;
expedição dos produtos oriundos do abate, dotado de
instalações de frio industrial, podendo realizar o II. Abatedouro frigorífico de pescado;
recebimento, a manipulação, a industrialização, o
acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a III. Unidade de beneficiamento de pescado e produtos de
expedição de produtos comestíveis e não comestíveis. pescado;
§2º. Entende-se por unidade de beneficiamento de carne e IV. Estação depuradora de moluscos bivalves.
produtos cárneos o estabelecimento destinado à
recepção, à manipulação, ao acondicionamento, à §1º. Entende-se por barco fábrica a embarcação de pesca
rotulagem, à armazenagem e à expedição de carne e destinada à captura ou à recepção, à lavagem, à
produtos cárneos, podendo realizar industrialização de manipulação, ao acondicionamento, à rotulagem, à
produtos comestíveis e o recebimento, a manipulação, a armazenagem e à expedição de pescado e produtos de
industrialização, o acondicionamento, a rotulagem, a pescado, dotada de instalações de frio industrial, podendo
armazenagem e a expedição de produtos. realizar a industrialização de produtos comestíveis e o
recebimento, a manipulação, a industrialização, o
Art. 64. A fabricação de gelatina e produtos colagênicos acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a
será realizada nos estabelecimentos classificados como expedição de produtos não comestíveis.
unidade de beneficiamento de carne e produtos cárneos.
§2º. Entende-se por abatedouro frigorífico de pescado o
Parágrafo único. O processamento de peles para estabelecimento destinado ao abate de pescado,
obtenção de matérias primas na fabricação dos produtos recepção, lavagem, manipulação, acondicionamento,
não comestíveis será realizado na Unidade de rotulagem, armazenagem e expedição dos produtos
Beneficiamento de Produtos não Comestíveis. oriundos do abate, podendo realizar recebimento,
manipulação, industrialização, acondicionamento,
Art. 65. Os estabelecimentos de carnes e derivados, rotulagem, armazenagem e expedição de produtos
respeitadas as particularidades tecnológicas cabíveis, comestíveis e não comestíveis.
devem dispor de:
§3°. Entende-se por unidade de beneficiamento de
I. Instalações e equipamentos para recepção e pescado e produtos de pescado o estabelecimento
acomodação dos animais, com vistas ao atendimento dos destinado à recepção, à lavagem do pescado recebido da
preceitos de bem estar animal, localizados a uma distância produção primária, à manipulação, ao acondicionamento,
que não comprometa a inocuidade dos produtos; à rotulagem, à armazenagem e à expedição de pescado e
de produtos de pescado, podendo realizar também sua
II. Instalações específicas para exame e isolamento de industrialização e o recebimento, a manipulação, a
animais doentes ou com suspeita de doença; industrialização, o acondicionamento, a rotulagem, a
armazenagem e a expedição de produtos não
III. Instalações específicas para necrópsia com forno comestíveis.
crematório anexo, autoclave ou outro equipamento
equivalente, destinado à destruição dos animais mortos e §4º. Entende-se por estação depuradora de moluscos
de seus resíduos; bivalves o estabelecimento destinado à recepção, à
depuração, ao acondicionamento, à rotulagem, à
IV. Instalações e equipamentos para higienização e armazenagem e à expedição de moluscos bivalves.
desinfecção de veículos transportadores de animais;
Art. 67. O estabelecimento de pescado e derivados,
V. Instalações e equipamentos apropriados para respeitadas as particularidades tecnológicas cabíveis,
recebimento, processamento, armazenamento e também devem dispor de:
expedição de produtos não comestíveis, quando
necessário. I. Cobertura que permita a proteção do pescado durante
as operações de descarga nos estabelecimentos que
§1º. No caso de estabelecimentos que abatem mais de possuam cais ou trapiche; II. Câmara de espera e
uma espécie, as dependências devem ser construídas de equipamento de lavagem do pescado nos
modo a atender às exigências técnicas específicas para estabelecimentos que o recebam diretamente da produção
cada espécie, sem prejuízo dos diferentes fluxos primária;
III. Local para lavagem e depuração dos moluscos g) vísceras íntegras, perfeitamente diferenciadas, peritônio
bivalves, tratando-se de estação depuradora de moluscos aderente à parede da cavidade celomática;
bivalves;
h) ânus fechado;
IV. Instalações e equipamentos específicos para o
tratamento e o abastecimento de água do mar limpa, i) odor próprio, característico da espécie;
quando esta for utilizada em operações de processamento
de pescado, observando os parâmetros definidos pelo II. Crustáceos:
órgão competente.
a) aspecto geral brilhante, úmido;
Parágrafo único. Os barcos fábrica devem atender as
mesmas condições exigidas para os estabelecimentos em b) corpo em curvatura natural, rígida, artículos firmes e
terra, no qual for aplicável. resistentes;
Art. 68. Entende-se por pescado os peixes, os crustáceos, c) carapaça bem aderente ao corpo;
os moluscos, os anfíbios, os répteis, os equinodermos e
outros animais aquáticos usados na alimentação humana. d) coloração própria da espécie, sem qualquer
pigmentação estranha;
Parágrafo único. O pescado proveniente da fonte
produtora não pode ser destinado à venda direta ao e) olhos vivos, proeminentes;
consumidor sem que haja prévia fiscalização, sob ponto
de vista industrial e sanitário. f) odor próprio e suave;
Art. 69. É obrigatória a lavagem prévia do pescado g) lagostas, siris e caranguejos, estarem vivos e vigorosos;
utilizado como matéria prima para consumo humano direto
ou para a industrialização de forma a promover a limpeza, III. Moluscos:
a remoção de sujidades e microbiota superficial.
a) Bivalves:
Art. 70. Os controles oficiais do pescado e dos seus
produtos, no que for aplicável abrangem o que se segue: 1. Estarem vivos, com valvas fechadas e com retenção de
água incolor e límpida nas conchas;
I. Análises sensoriais;
2. Odor próprio e suave;
II. Indicadores de frescor;
3. Carne úmida, bem aderente à concha, de aspecto
III. Controle de histamina, nas espécies formadoras; esponjoso, da cor característica de cada espécie;
4. Textura firme, elástica e tenra; §2º. As características físico-químicas a que se refere este
artigo são aplicáveis ao pescado fresco, resfriado ou
V. Répteis: congelado, no que couber.
§2º. As características sensoriais a que se refere o caput Art. 76. Nos casos do aproveitamento condicional, o
deste artigo são aplicáveis ao pescado fresco, resfriado ou pescado deve ser submetido, a critério do SIM, a um dos
congelado, recebido como matéria-prima, no que couber. seguintes tratamentos:
II. Unidade de beneficiamento de ovos e derivados. exclusiva, dotada de ponto de água corrente e local
coberto para secagem.
§1º. Entende-se por granja avícola o estabelecimento
destinado à produção, à ovoscopia, à classificação, ao Art. 85. A dependência de processamento deve possuir
acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à dimensão compatível com o volume de produção e ser
expedição de ovos oriundos, exclusivamente, de produção separada das demais dependências por paredes inteiras.
própria destinada à comercialização direta.
§1º. Para fabricação de produtos líquidos de ovos, o
§2º. É permitida à granja avícola a comercialização de estabelecimento deve possuir dependência exclusiva para
ovos para a unidade de beneficiamento de ovos e quebra de ovos, com temperatura ambiente não superior a
derivados. 16°C (dezesseis graus centígrados).
§3º. Entende-se por unidade de beneficiamento de ovos e §2º. A higienização de utensílios e das embalagens
derivados o estabelecimento destinado à produção, à primárias para o acondicionamento dos ovos de galinha e
recepção, à ovoscopia, à classificação, à industrialização, ovos de codorna imersos em salmoura ou outros líquidos
ao acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à de cobertura pode ser realizada na área de
expedição de ovos ou de seus derivados. processamento, desde que esta seja dotada de ponto de
água corrente e local para secagem, exclusivos para esta
§4º. É facultada a classificação de ovos quando a unidade finalidade, e deve ocorrer em momento distinto da
de beneficiamento de ovos e derivados receber ovos já produção.
classificados. §5º. Se a unidade de beneficiamento de
ovos e derivados destinar-se, exclusivamente, à expedição §3º. A higienização das embalagens primárias deve ser
de ovos, poderá ser dispensada a exigência de realizada no dia de sua utilização.
instalações para a industrialização de ovos.
Art. 86. O estabelecimento deve possuir sistema de
Art. 80. Os estabelecimentos de ovos e derivados, provimento de água quente ou vapor para higienizar as
respeitadas as particularidades tecnológicas cabíveis de dependências, equipamentos e utensílios.
cada estabelecimento, também devem dispor de
instalações e equipamentos para a ovoscopia e para §1º. O sistema estabelecido no caput deste artigo pode
classificação dos ovos. ser dispensado para aqueles estabelecimentos que
utilizam produtos de higienização cujas especificações
Art. 81. O estabelecimento agroindustrial de pequeno técnicas não exijam utilização de água quente e vapor.
porte de ovos de galinha e ovos de codorna e derivados
deve receber, no máximo, 3.600 (três mil e seiscentos) §2º. Quando houver uso de caldeira, a sua instalação e
ovos de galinha ou 18.000 (dezoito mil) ovos de codorna utilização não poderão comprometer as condições
por dia, podendo ser processados os dois tipos de ovos, higiênico-sanitárias e de operação do estabelecimento.
desde que respeitadas as quantidades máximas previstas
para cada tipo. Art. 87. O estabelecimento deve utilizar matéria prima
proveniente de estabelecimento de postura comercial sob
Art. 82. O estabelecimento deve possuir área de recepção controle sanitário oficial dos órgãos competentes,
de tamanho suficiente para realizar a seleção e conforme legislação específica.
internalização da matéria prima para processamento,
instalada em sala ou área coberta e isolada das áreas de Art. 88. A lavagem e secagem dos ovos de galinha,
processamento por paredes inteiras. quando realizadas, devem ser executadas em máquina
lavadora e secadoras específicas para este fim.
§1º. A seleção quando realizada de forma mecanizada,
pode ocorrer na área de processamento. §1º. Os ovos destinados à industrialização devem ser
selecionados e submetidos à lavagem e secagem.
§2º. A área de recepção deve possuir projeção de
cobertura com prolongamentos suficientes para proteção §2º. É Proibida a lavagem por imersão dos ovos.
das operações nela realizadas.
§3º. Os ovos de galinha e de codorna destinados à
§3º. Deve ser previsto recipiente com acionamento não fabricação de produtos imersos em salmoura ou outros
manual da tampa para coleta e armazenamento de tipos de líquidos de cobertura podem ser lavados por
resíduos provenientes da operação. imersão, desde que submetidos imediatamente ao
cozimento.
Art. 83. A higienização das caixas de transporte de
matéria prima, quando realizada no estabelecimento, deve §4º. É proibida a utilização de substâncias de
ocorrer em área exclusiva, próxima a área de recepção, contaminantes na água utilizada para lavagem de ovos,
dotada de ponto de água corrente e local coberto para com exceção do cloro que poderá ser utilizado em níveis
secagem. superiores a 50 ppm (cinquenta partes por milhão).
Parágrafo único. A higienização das caixas de transporte Art. 89. Para produção de ovos de galinha, são
de matéria prima pode ser realizada na área de recepção, necessários os seguintes equipamentos:
desde que em momento distinto do recebimento dos ovos.
I. Câmara escura dotada de foco de luz incidente sobre os
Art. 84. A higienização de embalagem secundária, quando ovos, para operação de ovoscopia;
realizada no estabelecimento, deve ocorrer em área
II. Classificador por peso; I. Ser resfriados e mantidos a temperatura de 2°C à 4°C
(dois graus centígrados à quatro graus centígrados) e
III. Recipiente com acionamento não manual da tampa submetidos à pasteurização no período máximo de 72
para coleta e armazenamento de resíduos provenientes (setenta duas) horas após a quebra;
da operação.
II. Ser congelados e atingir a temperatura de -12°C
Parágrafo único. Para produção de ovos de codorna são (menos doze graus centígrados) em até 60 (sessenta)
dispensadas as etapas de ovoscopia e classificação por horas após a quebra e submetidos à pasteurização.
peso.
§5º. Os produtos líquidos de ovos devem ser envasados
Art. 90. As operações de ovoscopia, classificação por em embalagem adequada para as condições previstas de
peso, lavagem e secagem podem ser realizadas por armazenamento, que garanta a inviolabilidade e proteção
processos equivalentes aos dispostos nos artigos 74º e apropriada contra contaminação.
75º, acima citados.
§6º. Os produtos líquidos de ovos devem ser refrigerados
Art. 91. As embalagens primárias e secundárias para ovos ou congelados imediatamente após a pasteurização e
de galinha e ovos de codorna e derivados devem ser de assim mantidos durante todo o período de estocagem.
primeiro uso.
Art. 93. Para produção de ovos de galinha e ovos de
Parágrafo único. A embalagem secundária pode ser codorna imersos em salmoura ou outros líquidos de
reutilizada, desde que fabricada com material cobertura são necessários os seguintes equipamentos:
impermeável, resistente e que permita limpeza e
desinfecção. I. Recipiente para lavagem;
Art. 92. Para produção de produtos líquidos de ovos é II. Recipiente para cozimento;
necessário:
III. Fonte de calor;
I. Equipamento ou utensílio para quebra;
IV. Cesto perfurado;
II. Peneira ou filtro;
V. Recipiente para resfriamento;
III. Recipiente coletor provido de embalagem primária;
VI. Máquina trincadeira;
IV. Recipiente com acionamento não manual da tampa
para coleta e armazenamento de resíduos provenientes VII. Máquina descascadora;
da operação;
VIII. Recipiente para salmoura ou outros líquidos;
V. Tanque de recepção;
IX. Balança;
VI. Filtro de linha sob pressão;
X. Medidor de PH.
VII. Pasteurizador a placas ou pasteurizador tubular;
§1º. Para o processamento de produtos submetidos a
VIII. Resfriador a placas ou resfriador tubular; tratamento térmico os estabelecimentos devem possuir
ainda:
IX. Tanque pulmão;
I. Recipiente para tratamento térmico do produto
X. Envasadora; envasado;
§2º. O pasteurizador deve dispor de controle automático §3º. Os produtos não submetidos a tratamento térmico
de temperatura, termo registradores e termômetros. devem ser mantidos sob refrigeração.
§3º. Os estabelecimentos que transportam produtos para §4º. Os produtos devem ser envasados em embalagem
outro estabelecimento sob inspeção oficial para serem hermeticamente fechada e apresentar PH máximo de 4,5
pasteurizados ficam dispensados de possuir (quatro vírgula cinco) até o final do prazo de validade.
pasteurizador, resfriador, tanque pulmão e envasadora.
CAPÍTULO IV
§4º. Os produtos, quando não pasteurizados
imediatamente após quebra, devem: DOS ESTABELECIMENTOS DE LEITE E DERIVADOS
Art. 94. Os estabelecimentos de leites e derivados são fisicamente das dependências industriais, no caso de
classificados em: granja leiteira;
Art. 95. Os estabelecimentos de leite e derivados, Art. 101. A dependência de processamento deve possuir
respeitadas as particularidades tecnológicas cabíveis de dimensão compatível com o volume de produção e ser
cada estabelecimento, também devem dispor de: separada das demais dependências por paredes inteiras.
I. Instalações e equipamentos para a ordenha, separada §1º. As etapas de salga por salmoura, secagem e
§4º. Quando a tecnologia de fabricação estabelecer Art. 105. A pasteurização do leite deve ser realizada por
maturação e estocagem em temperatura ambiente, não é meio da pasteurização rápida ou pasteurização lenta.
obrigatória a instalação de equipamento de refrigeração.
§1º. Entende-se por pasteurização rápida o aquecimento
§5º. O fatiamento e a rolagem de queijos devem ocorrer do leite de 72ºC (setenta e dois graus centígrados) à 75ºC
em dependência exclusiva sob temperatura controlada, de (setenta e cinco graus centígrados) por 20 (vinte) à 15
acordo com a tecnologia do produto. (quinze) segundos, em aparelhagem própria, provida de
dispositivos de controle automático de temperatura, termo
Art. 102. Quando se tratar de fabricação de produto registradores, termômetros e válvula para o desvio de
defumado, o defumador deve ser contíguo à área de fluxo de leite.
processamento.
§2º. Entende-se por pasteurização lenta o aquecimento
§1º. O defumador deve ser abastecido por alimentação indireto do leite de 62ºC (sessenta e dois graus
externa de forma a não trazer prejuízos à identidade e centígrados) à 65ºC (sessenta e cinco graus centígrados)
inocuidade dos produtos nas demais áreas de por 30(trinta) minutos, mantendo-se o leite sob agitação
processamento. mecânica, lenta, em aparelhagem própria.
§2º. O defumador pode estar localizado em dependência Art. 106. Para realizar o beneficiamento do leite para
separada do prédio industrial desde que o trajeto entre os consumo direto, são necessários os seguintes
dois seja pavimentado, as operações de carga e descarga equipamentos:
dos produtos no ambiente de defumação ocorram em
dependência fechada e os produtos no ambiente de I. Filtro de linha sob pressão ou clarificadora;
defumação ocorram em dependência fechada e os
produtos sejam transportados em recipientes fechados. II. Pasteurizador à placa, no caso de pasteurização rápida;
Art. 103. O estabelecimento deve possuir sistema de III. Tanque de dupla camisa e resfriador à placa, no caso
provimento de água quente ou vapor para higienizar as de pasteurização lenta;
dependências, equipamentos e utensílios.
IV. Envasadora.
§1º. O sistema estabelecido no caput deste artigo pode
ser dispensado para aqueles estabelecimentos que §1º. O leite destinado à pasteurização para consumo
utilizam produtos de higienização cujas especificações direto deve passar previamente por clarificadora ou
técnicas não exijam utilização de água quente e vapor. sistema de filtros de linha que apresente efeito equivalente
ao da clarificadora.
§2º. Quando houver uso de caldeira, a sua instalação e
utilização não poderão comprometer as condições §2º. Tanque de dupla camisa deve dispor de sistema
higiênico-sanitárias e de operações do estabelecimento. uniforme de aquecimento e resfriamento, controle
automático de temperatura, termo registradores e
Art. 104. Para realizar o pré-beneficiamento do leite cru termômetros.
refrigerado são necessários os seguintes equipamentos:
§3º. O leite pasteurizado destinado ao consumo direto
I. Filtro de linha sob pressão ou clarificadora; deve ser refrigerado imediatamente após a pasteurização
e mantido entre 2ºC (dois graus centígrados) à 4ºC (quatro
II. Resfriador de placas; graus centígrados) durante todo período de estocagem.
Art. 107. A higienização das caixas de transporte §2º O estabelecimento que produz creme e massa para
reutilizáveis de leite e produtos lácteos deve ocorrer em elaborar requeijão deve possuir ainda os equipamentos
área exclusiva e coberta. listados neste Regulamento para produção de queijo e
creme de leite.
Art. 108. Para fabricação de leite fermentado e bebida
láctea fermentada, são necessários os seguintes Art. 111. Para fabricação de creme de leite, são
equipamentos: necessários os seguintes equipamentos:
II. Envasadora ou bico dosador acoplado ao registro da II. Tanque de fabricação de camisa dupla;
fermenteira;
III. Envasadora e lacradora que assegure inviolabilidade
III. Equipamento para lacrar a embalagem, assegurando a do produto
inviolabilidade do produto.
Parágrafo único. Quando o estabelecimento produzir
§1º. A alimentação da envasadora deverá ocorrer por apenas creme de leite cru de uso industrial não é
meio de bomba sanitária, não se permitindo o transvase obrigatório o tanque de fabricação de camisa dupla.
manual.
Art. 112. Para fabricação de manteiga são necessários os
§2º. A fermentação de produtos pré-envasados deverá ser seguintes equipamentos:
realizada em ambiente com temperatura compatível com o
processo de fabricação. I. Tanque de fabricação de camisa dupla;
II. Tanque de camisa simples associado a equipamento de §1º. O estabelecimento que produz creme para fabricação
pasteurização ou tratamento térmico equivalente. de manteiga deve possuir ainda os equipamentos listados
neste Regulamento para produção de creme de leite,
§1º. O tratamento térmico utilizado deverá assegurar o exceto a envasadora.
resultado negativo para a prova de fosfatase alcalina.
§2º. A água gelada utilizada no processo de fabricação de
§2º. Quando utilizada a injeção direta de vapor, deve ser manteiga pode ser obtida pelo uso de tanque de
utilizado filtro de vapor culinário. refrigeração por expansão, o qual deverá ser instalado de
forma a impossibilitar o risco de contaminação cruzada.
§3º. Quando a legislação permite a fabricação de queijo a
partir de leite cru devido a sua tecnologia de fabricação, Art. 113. Para fabricação de doce de leite, são
fica dispensado o uso de equipamentos de pasteurização. necessários os seguintes equipamentos:
§4º. A pasteurização lenta para a produção de queijos não I. Tacho de dupla camisa e coifa voltada para o exterior;
necessita ser realizada sob agitação mecânica.
II. Equipamento para lacrar a embalagem que assegure a
§5º. A maturação de queijos pode ser realizada em inviolabilidade do produto.
prateleiras de madeira, desde que, em boas condições de
conservação e não impliquem em risco de contaminação Art. 114. Para fabricação de ricota, são necessários os
do produto. seguintes equipamentos:
Art. 110. Para fabricação de requeijão, são necessários os I. Tanque de aço inoxidável de dupla camisa; II. Tanque
seguintes equipamentos: de camisa simples com injetor de vapor direto.
I. Tacho de dupla camisa e coifa voltada para o exterior; Parágrafo único. Quando utilizada a injeção direta de
vapor, deverá ser utilizado filtro de vapor culinário.
II. Equipamento para lacrar a embalagem, assegurando a
inviolabilidade do produto; Art. 115. Podem ser utilizados processos diferentes dos
propostos, desde que se atinja ao final as mesmas
§1º. O estabelecimento que produz creme e massa para garantias sobre a sanidade e inocuidade do produto, com
elaborar requeijão deve possuir ainda os equipamentos: embasamento técnico-científico e aprovação do Serviço
de Inspeção Municipal.
I. Padronizadora ou desnatadeira;
CAPÍTULO V
II. Tanque de fabricação de camisa dupla;
DOS ESTABELECIMENTOS DOS PRODUTOS DE
III. Envasadora e lacradora que assegure inviolabilidade ABELHAS E DERIVADOS
do produto.
Art. 116. Os estabelecimentos de produtos de abelhas e
derivados são classificados em: §2º. O estabelecimento que recebe pólen apícola,
própolis, geleia real e apitoxina deve possuir
I. Unidade de extração e beneficiamento de produtos de equipamentos de frio providos de termômetro com leitura
abelhas; externa.
II. entreposto de beneficiamento de produtos de abelhas e §3º. As melgueiras podem ser armazenadas juntamente
derivados. com as demais matérias primas.
§1º. Para fins deste Regulamento, entende-se por unidade Art. 121. O laboratório deve estar convenientemente
de extração e beneficiamento de produtos de abelhas o equipado para realização das análises necessárias para o
estabelecimento destinado ao recebimento de matérias controle de matéria prima e produto.
primas de produtores rurais, à extração, ao
acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem, e á §1º. Não é obrigatória a instalação de laboratório, desde
expedição dos produtos de abelhas, facultando-se o que as análises sejam realizadas em laboratórios
beneficiamento e o fracionamento. externos;
§2º. Para fins deste Regulamento entende-se por §2º. A dispensa de laboratório previsto no parágrafo
entreposto de beneficiamento de produtos de abelhas e anterior não desobriga a realização no estabelecimento de
derivados o estabelecimento destinado à recepção, à análise de umidade do mel.
classificação, ao beneficiamento, à industrialização, ao
acondicionamento, à rotulagem, à armazenagem e à Art. 122. A dependência de processamento deve possuir
expedição de produtos e matérias primas pré- dimensão compatível com o volume de produção e ser
beneficiadas, provenientes de outros estabelecimentos de separada das demais dependências por paredes inteiras.
produtos de abelhas e derivados, facultando-se a extração
de matérias primas recebidas de produtores rurais. §1º. A descristalização do mel, quando for utilizado
equipamento de banho maria, deve ser realizada em área
§3º. É permitida a recepção de matéria prima previamente própria separada das demais dependências por paredes
extraída pelo produtor rural, desde que atendido o inteiras ou, quando na mesma dependência, em
disposto neste Regulamento e em normas momentos distintos do beneficiamento.
complementares.
§2º. A higienização dos sachês deve ser realizada em
Art. 117. Os estabelecimentos de produtos de abelhas e área própria separada das demais dependências por
derivados classificados como unidade de extração de paredes inteiras ou, quando na mesma dependência, em
produtos de abelhas e derivados poderão ser instalados momentos distintos do beneficiamento.
em veículos providos de equipamentos e instalações que
atendam às condições higiênico-sanitárias e tecnológicas, §3º. O beneficiamento de própolis e a fabricação de
constituindo-se em uma unidade móvel. extrato de própolis devem ser realizadas em área própria
separada das demais dependências por paredes inteiras
Art. 118. O estabelecimento agroindustrial de pequeno ou, quando na mesma dependência em momentos
porte e produtos das abelhas e derivados devem receber distintos do beneficiamento.
no máximo 40 toneladas de mel por ano para
processamento. §4º. O beneficiamento de cera de abelhas deve ser
realizado em área própria separada da demais
Art. 119. O estabelecimento deve possuir área de dependência por paredes inteiras.
recepção de tamanho suficiente para realizar a seleção e
internalização da matéria prima para processamento Art. 123. O estabelecimento que recebe mel a granel deve
separada por paredes inteiras das demais dependências. possuir área destinada à lavagem de vasilhame.
§1º. A área de recepção deve possuir projeção de Art. 124. Para realizar a extração de mel são necessários
cobertura com prolongamento suficiente para proteção das os seguintes equipamentos:
operações nela realizadas.
I. Mesa desoperculadora;
§2º. O estabelecimento que recebe matéria prima a granel
deve possuir área para limpeza externa dos recipientes. II. Centrífuga;
IV. Torneira. Art. 130. O pólen apícola, própolis, geleia real e apitoxina
devem ser armazenados em equipamentos de frio
§1º. Quando o estabelecimento realizar mistura de méis providos de termômetro com leitura externa.
de diferentes características deve possuir equipamentos e
utensílios para homogeneização. Art. 131. Para o processamento de produtos de abelhas
silvestres nativas podem ser utilizadas as mesmas
§2º. Para envasamento em sachês, o estabelecimento dependências industriais e equipamentos utilizados para
deve ainda possuir dosadora de sachê, calha, tanque produtos de abelhas Apis melífera, no que couber a
pressurizado, tanque para lavagem e mesa para secagem. tecnologia de fabricação.
§3º. Quando utilizada a tubulação, esta deve ser de aço Art. 132. Podem ser utilizados processos diferentes dos
inoxidável, à exceção das tubulações flexíveis de bomba propostos, desde que se atinja ao final as mesmas
de sucção as quais poderão ser de material plástico garantias sobre a sanidade e inocuidade do produto, com
atóxico. embasamento técnico-científico e aprovação do Serviço
de Inspeção Municipal.
§4º. Quando for necessária a descristalização do mel, o
estabelecimento deve possuir ainda estufa, banho-maria CAPÍTULO VI
ou equipamento de dupla camisa.
DOS ESTABELECIMENTOS DE ARMAZENAGEM
§5º. Quando o estabelecimento realizar mistura de
produtos para fabricação de compostos de produtos das Art. 133. Os estabelecimentos de armazenagem são
abelhas, deve possuir homogeneizador. classificados em:
Art. 126. Para produção de pólen apícola, são I. Entreposto de produtos de origem animal;
necessários os seguintes equipamentos:
II. Casa atacadista.
I. Bandejas e pinças;
§1º. Entende-se por entreposto de produtos de origem
II. Soprador; animal o estabelecimento destinado exclusivamente à
recepção, à armazenagem e à expedição de produtos de
III. Mesa ou bancada origem animal, comestíveis ou não comestíveis, que
necessitem ou não de conservação pelo emprego de frio
Parágrafo único. Para produção de pólen apícola industrial, dotado de instalações específicas para
desidratado é necessário a estufa de secagem. realização de reinspeção.
Art. 127. Para beneficiamento da cera de abelha, são §2º. Entende-se por casa atacadista o estabelecimento
necessários os seguintes equipamentos: I. Derretedor de registrado no órgão regulador da saúde que receba e
cera; armazene produtos de origem animal procedentes do
comércio intermunicipal, interestadual ou internacional
II. Filtro; prontos para comercialização, acondicionados e rotulados,
para efeito de reinspeção.
III. Forma; e
§3º. Nos estabelecimentos citados nos §1º e §2º, não
IV. Mesa ou bancada serão permitidos quaisquer trabalhos de manipulação, de
fracionamento ou de reembalagem.
Parágrafo único. Para produção de Geléia real liofilizada,
é necessário ainda o liofilizador. §4º. Não se enquadram na classificação de entrepostos de
produtos de origem animal os portos, os aeroportos, os
Art. 128. Para produção de extrato de própolis, são postos de fronteira, as aduanas especiais, os recintos
necessários os seguintes equipamentos: especiais para despacho aduaneiro de exportação e os
terminais de contêineres.
I. Recipiente de marcação;
CAPÍTULO VII
II. Filtro;
DOS ESTABELECIMENTOS DE PRODUTOS DE
III. Vasilhame para transferência do produto; e ORIGEM VEGETAL E SEUS DERIVADOS
Parágrafo único. Para produção de geleia real liofilizada, § 1º Entende-se por propriedade rural o estabelecimento
é necessário ainda o liofilizador. situado geralmente em zona rural destinado à produção
§ 3º Entende-se por fábrica de produtos de origem vegetal IX - dispor de recipientes adequados para o
o estabelecimento equipado com instalações adequadas acondicionamento de matéria prima e/ou produtos de
ao beneficiamento, processamento e industrialização de origem vegetal;
vegetais e seus derivados.
X - dispor de recipientes ou locais adequados para
Art. 135. As matérias primas a serem utilizadas por estes colocação de produtos descartados ou rejeitados na
estabelecimentos deverão ser oriundas de produção ou comercialização.
estabelecimentos que possuam controle fitossanitário da
lavoura. XI - dispor de rede de abastecimento de água para
atender suficientemente às necessidades do trabalho
§ 1º O controle fitossanitário neste artigo abrangerá todas industrial e às dependências sanitárias e, quando for o
as ações tecnicamente recomendáveis para que se caso, de instalações para tratamento de água;
mantenham as lavouras livres de pragas e de
contaminantes químicos ou biológicos, que comprometam XII - manter sistema de cloração de água de
a qualidade de matéria prima. abastecimento, quando a mesma não tiver passado por
sistema de tratamento, quando for o caso. XIII - dispor de
§ 2º A água utilizada para a irrigação da lavoura e/ou para água fria suficiente para manter a higienização do
lavagem dos vegetais deverá ser de boa procedência e estabelecimento;
livre de qualquer contaminante nocivo à saúde humana
desde a sua captação, depósito e utilização final. XIV - dispor de rede de esgoto em todas as dependências,
bem como de sistema de tratamento de águas servidas,
Art. 136. Só poderão ser adicionados aditivos, conforme normas estabelecidas pelo órgão competente;
coadjuvantes ou outras substâncias permitidas na
legislação vigente. XV - dispor de vestiários, banheiros completos, demais
dependências em número proporcional ao pessoal,
Parágrafo único. Os aditivos coadjuvantes na tecnologia separados por sexo, com acesso independente da área
de produção deverão possuir registro no órgão industrial;
competente e formulados até as proporções máximas
permitidas pela legislação vigente. XVI - possuir portas e janelas de fácil abertura, dotadas de
tela à prova de insetos;
Art. 137. No caso de uso de agrotóxicos, o vegetal tratado
com os mesmos só poderá ser utilizado como matéria XVII - possuir instalações de frio, quando necessário, de
prima para alimentação depois de decorrido o período de tamanho e capacidade adequada;
carência recomendado pelo fabricante.
XVIII - dispor de equipamentos adequados e necessários
Art. 138. Os estabelecimentos de produtos de origem a execução da atividade do estabelecimento e, quando for
vegetal devem satisfazer às seguintes condições básicas o caso, inclusive para aproveitamento de subprodutos;
comuns:
XIX - dispor de local e equipamento para higienização dos
I - estar localizado em ponto distante de fontes produtoras veículos utilizados no transporte de produtos, com água
de odores desagradáveis ou de poluição de qualquer em abundância;
natureza;
XX - os estabelecimentos devem ser mantidos livres de
II - dispor de área suficiente para a construção de todas as moscas, mosquitos, baratas, ratos, camundongos, e
instalações necessárias do estabelecimento; quaisquer insetos ou animais; é proibida a permanência
de cães, gatos e outros animais no recinto do
III - dispor de luz natural e/ou artificial abundantes, bem estabelecimento;
como de ventilação suficiente em todas as dependências
do estabelecimento; XXI - as alturas, distâncias e outras medidas serão
estipuladas em normas próprias a cada estabelecimento e/
IV - possuir piso convenientemente impermeabilizado, com ou produto de origem vegetal, aprovadas pelo SIM;
material adequado;
XXII - os estabelecimentos de produtos de origem vegetal,
V - ter paredes e/ou separações revestidas ou quando localizados em propriedades rurais, devem ser
impermeabilizadas, como regra geral, até no mínimo 2 afastados de instalações de criação (estábulos, apriscos,
(dois) metros de altura; capris, pocilgas, coelheiras e aviárias), em casos de
existências de barreira natural (mata nativa ou
VI - possuir forro de material adequado nas dependências reflorestamento) entre as instalações de criação e o
CAPÍTULO VIII Art. 143. Em suínos, sempre que for entregue para
consumo com pele, é obrigatório a depilação completa de
DOS ESTABELECIMENTOS DE PRODUTOS NÃO toda carcaça de suídeos pela prévia escaldamento em
COMESTÍVEIS água quente ou processo similar.
Art. 140. Os estabelecimentos de produtos não §1º. É proibido o chamuscamento de suídeos sem
comestíveis são classificados como unidades de escaldagem e depilação prévia.
beneficiamento de produtos não comestíveis.
§2º. Quando usados outros métodos de abate, os
Parágrafo único. Entende-se por unidade de procedimentos higiênicos-sanitários deverão ser atendidos
beneficiamento de produtos não comestíveis o rigorosamente.
estabelecimento destinado à recepção, à manipulação e
ao processamento de matérias-primas e resíduos de Art. 144. As aves podem ser depenadas:
animais destinados ao preparo exclusivo de produtos não
utilizados na alimentação humana previstos neste I. A seco;
regulamento ou em normas complementares.
II. Após escaldagem em água previamente aquecida e com
TÍTULO IV renovação contínua;
PROCEDIMENTOS DAS CARNES III. Por outro processo autorizado pelo Serviço de Inspeção
Municipal.
CAPÍTULO I
Art. 145. A evisceração realizada em estabelecimento com
Art. 141. O abate de animais para o consumo público ou registro municipal ocorrerá sob as vistas de funcionário do
para matéria-prima na fabricação de derivados, bem como Serviço de Inspeção Municipal- SIM, em local que permita
o beneficiamento de leite no Município, estarão sujeitos às o pronto exame das vísceras, de forma que não ocorram
seguintes condições: contaminações.
§1º. O abate, a industrialização de carnes e a Parágrafo único. Sob pretexto algum pode ser retardada
comercialização do leite só poderão ser realizados neste a evisceração e, para tanto, os animais não devem ficar
Município se tais animais e seus produtos forem oriundos dependurados nos trilhos, nos intervalos de trabalho.
de estabelecimentos registrados na União, Estado ou
município, tendo assim livre trânsito. Art. 146. Os trabalhos de evisceração serão executados
com todo o cuidado, a fim de evitar que haja contaminação
§2º. Os animais e seus produtos deverão ser das carcaças, provocada por operações imperfeitas.
acompanhados de documentos sanitários e fiscais
pertinentes, para identificação da procedência. Parágrafo único. Em casos de contaminação por fezes e/
ou conteúdo ruminal, deve o Serviço de Inspeção
§3º. Os animais deverão ser obrigatoriamente submetidos Municipal - SIM aplicar as medidas higiênicas
DA INSPEÇÃO "ANTE MORTEM" E "POST MORTEM", Parágrafo único. As situações de que trata o caput deste
DO ABATE DE EMERGÊNCIA artigo compreendem animais doentes, com sinais de
doenças infectocontagiosas de notificação imediata,
Art. 148. No que se refere à inspeção “ante-mortem” e agonizantes, contundidos, com fraturas, hemorragia,
“post-mortem”, do abate de emergência, deve-se observar hipotermia ou hipertermia, impossibilitados de locomoção,
o disposto no Regulamento de Inspeção Industrial e com sinais clínicos neurológicos e outras condições
Sanitária dos Produtos de Origem Animal (RIISPOA), previstas em normas complementares.
aprovado pelo Decreto nº 9013 de 29 de março 2017, e
alterado pelo decreto 9069 de 31 maio de 2017. Art. 156. A inspeção post mortem consiste no exame da
carcaça, das partes da carcaça, das cavidades, dos
Art. 149. O recebimento de animais para abate em órgãos, dos tecidos e dos linfonodos, realizado por
qualquer dependência do estabelecimento deve ser feita visualização, palpação, olfação e incisão, quando
com prévio conhecimento do SIM. necessário, e demais procedimentos definidos em normas
complementares específicas para cada espécie animal.
Art. 150. Os animais, respeitadas as particularidades de
cada espécie, devem ser desembarcados e alojados em Art. 157. Todos os órgãos e as partes das carcaças devem
instalações apropriadas e exclusivas, onde aguardarão ser examinados na dependência de abate, imediatamente
avaliação do SIM. depois de removidos das carcaças, asseguradas sempre a
correspondência entre eles.
Art. 151. O estabelecimento é obrigado a adotar medidas
para evitar maus tratos aos animais e aplicar ações que TÍTULO V
visem a proteção e o bem-estar animal, desde o embarque
na origem até o momento do abate. CAPÍTULO I
Art. 153. É obrigatória a realização do exame ante mortem Art. 159. Para efeito de registro de rótulos, o
dos animais destinados ao abate por servidor competente estabelecimento deve obter a aprovação do processo de
do SIM. fabricação, da composição do produto, das marcas e dos
rótulos, assim como de outras determinações dos órgãos
§1º. O exame que trata o caput deste artigo compreende a que atuam ou legislam na área de produção de alimentos
avaliação documental, do comportamento e do aspecto do de produtos de origem animal e/ou vegetal.
animal, e dos sintomas de doenças de interesse para
áreas de saúde animal e de saúde pública, atendido o §1º. Deve ser encaminhada ao Departamento de Inspeção
disposto neste regulamento e em normas complementares. Municipal para abertura do processo administrativo interno
a seguinte documentação:
§2º. Qualquer caso suspeito implica a identificação e o
isolamento dos animais envolvidos. Quando necessário, se I. Requerimento de registro de rótulo;
procederá ao isolamento de todo o lote.
II. Cópia da comprovação de pagamento do Documento de
§3º. O exame ante mortem deve ser realizado no menor Arrecadação Municipal (DAM) no valor referente ao
intervalo de tempo possível após a chegada dos animais registro do rótulo;
no estabelecimento de abate.
III. Croquis dos rótulos que representem fielmente a
§4º. Dentre as espécies de abate de pescado, somente os utilização final, inclusive nas suas cores e tamanhos.
anfíbios e os répteis devem ser submetidos à inspeção
ante mortem. §2º. Para o estabelecimento já edificado, além dos
documentos listados nos incisos do caput deste artigo, o
Art. 154. Na inspeção ante mortem, quando forem Serviço de Inspeção Municipal deverá realizar inspeção
identificados animais suspeitos de zoonoses, enfermidades para avaliação das dependências de produção artesanal
infectocontagiosas, ou animais que apresentem reação ou industriais e sociais, dos equipamentos, do fluxograma,
inconclusiva ou positiva em testes diagnósticos para essas da água de abastecimento e de escoamento de águas
Art. 160. Todos os ingredientes, aditivos e outros produtos Art. 167. Além de outras exigências previstas neste
que venham a compor qualquer tipo de massa, deverão ter regulamento, em normas complementares e em legislação
aprovação nos órgãos competentes da Secretaria de específica, os rótulos devem conter, de forma clara e
Saúde e da Secretaria responsável pelas ações de legível:
Agricultura e Pecuária no município.
I. Nome do produto;
Art. 161. Qualquer produto derivado de carnes ou de leite
deverá ter sua formulação e rotulagem aprovadas II. Nome empresarial e endereço do estabelecimento
previamente pelo SIM. produtor;
Art. 162. Os produtos de origem animal devem ser III. Nome empresarial e endereço do importador, no caso
acondicionados ou embalados em recipientes ou de produto de origem animal importado;
continentes que confiram a necessária proteção, atendidas
as características específicas do produto e as condições IV. Carimbo oficial do SIM;
de armazenamento e transporte.
V. CNPJ ou CPF, nos casos em que couber;
§1º. O material utilizado para confecção das embalagens
que entram em contato direto com o produto deve ser VI. Marca comercial do produto, quando houver;
previamente autorizado pelo órgão regulador de saúde.
VII. Data de fabricação, prazo de validade e identificação
§2º. Quando houver interesse sanitário ou tecnológico, de do lote;
acordo com a natureza do produto, pode ser exigido
embalagem ou acondicionamento específico. VIII. Lista de ingredientes e aditivos;
Art. 163. É permitida a reutilização de recipientes para o IX. Indicação do número de registro do produto no Serviço
envase ou acondicionamento de produtos e de matérias de Inspeção Municipal;
primas utilizadas na alimentação humana quando íntegros
e higienizados, a critério do SIM. X. Identificação do país de origem;
Parágrafo único. É proibida a reutilização de recipientes XI. Instruções sobre a conservação do produto;
que tenham sido empregados no acondicionamento de
produtos ou de matérias-primas de uso não comestível, XII. Indicação quantitativa, conforme legislação do órgão
para o envase ou o acondicionamento de produtos competente;
comestíveis.
XIII. Instruções sobre o preparo e o uso do produto,
Art. 164. Entende-se por rótulo ou rotulagem toda quando necessário.
inscrição, legenda, imagem e toda matéria descritiva ou
gráfica que esteja escrita, impressa, estampada, gravada, §1º. A data de fabricação e o prazo de validade, expressos
gravada em relevo, litografada ou colada sobre a em dia, mês e ano, e a identificação do lote, devem ser
embalagem ou contentores do produto de origem animal impressos, gravados ou declarados por meio de carimbo,
destinado ao comércio, com vistas à identificação. conforme a natureza do continente ou do envoltório,
observadas as normas complementares.
Art. 165. Os estabelecimentos municipais só podem
expedir ou comercializar matérias primas e produtos de §2º. No caso de terceirização da produção deve constar a
origem animal registrados pelo Serviço de Inspeção expressão “Fabricado por” ou expressão equivalente,
Municipal e identificados por meio de rótulos, disposto em seguida da identificação do fabricante, e a expressão
local visível, quando destinados diretamente ao consumo “Para”, ou expressão equivalente, seguida da identificação
ou quando enviados a outros estabelecimentos que os do estabelecimento contratante.
processarão.
§3º. Quando ocorrer apenas o processo de fracionamento
§1º. O rótulo deve ser resistente às condições de ou de embalagem do produto, deve constar a expressão
armazenamento e de transporte dos produtos e, quando “Fracionado por” ou “Embalado por”, respectivamente, em
em contato direto com o produto, o material utilizado em substituição a expressão “fabricado por”.
sua confecção deve ser previamente autorizado pelo órgão
regulador da saúde e do Serviço de Inspeção Municipal. §4º. Nos casos de que trata o parágrafo 3º, deve constar a
data de fracionamento ou de embalagem e a data de
§2º. As informações constantes nos rótulos devem ser validade, com prazo menor ou igual ao estabelecido pelo
visíveis, com caracteres legíveis. Em cor contrastante com fabricante do produto, exceto em casos particulares,
o fundo e indeléveis, conforme legislação específica. conforme critérios definidos pelo Serviço de Inspeção
Municipal – SIM.
§3º. Os rótulos devem possuir identificação que permita a
rastreabilidade dos produtos. Art. 168. Nós rótulos dos produtos de origem animal é
vedada a presença de expressões, marcas, vocábulos,
Art. 166. Os rótulos somente podem ser utilizados nos sinais, denominações, símbolos, emblemas, ilustrações ou
produtos registrados aos quais correspondam, devendo outras representações gráficas que possam transmitir
constar destes a declaração do número de registro do informações falsas, incorretas e insuficientes ou que
Art. 171. A rotulagem dos produtos de origem animal deve II - Dimensões: 0,02m (dois centímetros) de diâmetro nas
atender às determinações estabelecidas neste embalagens de produtos com peso até 1kg (um
regulamento, em normas complementares e em legislação quilograma); 0,04m (quatro centímetros) de diâmetro nas
específica. embalagens de produtos com peso superior a 1kg (um
quilograma) e até 10kg (de quilogramas) e 0,05m (cinco
Art. 172. A carcaça inteira parte de carcaças e cortes centímetros) de diâmetro nas embalagens de produtos
armazenados, em trânsito, ou entregues ao comércio, que com peso superior a 10kg (de quilogramas).
tenham fiscalização de responsabilidade municipal, devem
estar identificados por meio de carimbos cujos modelos III - Dizeres: o carimbo deve conter o nome do município
serão fornecidos pelo Serviço de Inspeção Municipal - SIM. “CAMAÇARI – BA” na parte superior externa,
§1º. Estes carimbos conterão, obrigatoriamente, a palavra acompanhando a curva da circunferência, e na parte
“Inspecionado”, o número de registro do estabelecimento e inferior externa, o nome da Secretaria “SECRETARIA DE
a palavra SIM, a qual representará o “Serviço de Inspeção DESENVOLVIMENTO DE AGRICULTURA E PESCA”. Na
Municipal”. parte interna da circunferência, deverá constar as iniciais
“SIM”, a palavra "INSPECIONADO" colocada
§2º. As carcaças de aves e outros pequenos animais de horizontalmente e, logo abaixo, o número de registro do
consumo serão isentas de carimbo direto no produto, estabelecimento no centro e isolado.
desde que acondicionadas por peças, em embalagens
individuais e invioláveis, onde conste o referido carimbo § 1º - Para carimbos do modelo de 2 cm de diâmetro
juntamente com os demais dizeres exigidos para os utilizar:
rótulos.
a) fonte Arial, tamanho 12 (doze), para as inscrições
Art. 173. O carimbo de inspeção representa a marca oficial "CAMAÇARI”, “SECRETARIA” e “S.I.M”;
do SIM e constitui a garantia de que o produto é
procedente de estabelecimento inspecionado e fiscalizado b) fonte Arial, tamanho 6,5 (seis e meio) para as inscrições
pelo Serviço de Inspeção Municipal. “INSPECIONADO” (em negrito) e número de registro;
Art. 174. O número de registro do estabelecimento, bem c) espessura de 0,6mm para a borda da circunferência.
como o número de série do selo deve ser identificado no
carimbo oficial cujos formatos, dimensões e empregos são § 2º - Para carimbos do modelo de 4 cm de diâmetro
fixados neste regulamento. utilizar:
Art. 175 - Os diferentes modelos de carimbos do Serviço a) fonte Arial, tamanho 21 (vinte e um), para as inscrições
de Inspeção Municipal a serem usados nos “CAMAÇARI ", “SECRETARIA” e “S.I.M.”;
estabelecimentos inspecionados e fiscalizados devem
b) fonte Arial, tamanho 14 (quatorze) para as inscrições a) dimensões: 0,05m (cinco centímetros) de diâmetro;
“INSPECIONADO” (em negrito) e número de registro;
b) forma: circular;
c) espessura de 1,2mm para a borda da circunferência.
c) dizeres: deve constar o número de registro do
§ 3º - Permite-se a impressão do carimbo em alto relevo estabelecimento, isolado e abaixo da palavra
ou pelo processo de impressão automático à tinta "INSPECIONADO", colocada horizontalmente e "NOME
indelével, na tampa ou fundo dos recipientes, quando as DO MUNICÍPIO", que acompanha a curva superior; logo
dimensões destes não possibilitarem a impressão do abaixo do número de registro do estabelecimento devem
carimbo no rótulo, conforme previsto neste Regulamento. constar as iniciais "S.I.M.", acompanhando a curva inferior;
c) uso: para carcaças de suínos, ovinos e caprinos em c) espessura de 0,6mm para a borda da circunferência.
condições de consumo em natureza, aplicado
externamente sobre as massas musculares de cada § 4º - Para carimbo modelo 3 de 4 cm de diâmetro utilizar:
quarto;
a) fonte Arial, tamanho 21 (vinte e um), para as inscrições
III - Modelo 3: "NOME DO MUNICÍPIO" e "S.I.M.";
a) dimensões: 0,02m (dois centímetros) de diâmetro, nas b) fonte Arial, tamanho 14 (quatorze) para as inscrições
embalagens de produtos com peso até 1kg (um "INSPECIONADO" (em negrito) e número de registro;
quilograma); 0,04m (quatro centímetros) de diâmetro
quando aplicado nas embalagens de produtos com peso c) espessura de 1,2mm para a borda da circunferência.
superior a 1kg (um quilograma) até 10kg (dez quilogramas)
e 0,05m (cinco centímetros) de diâmetro para embalagens § 5º - Quanto ao uso do modelo 3, permite-se a impressão
de peso superior a 10kg (dez quilogramas); do carimbo em alto relevo ou pelo processo de impressão
automático à tinta indelével, na tampa ou fundo dos
b) forma: circular; recipientes, quando as dimensões destes não
possibilitarem a impressão do carimbo no rótulo, conforme
c) dizeres: deve constar o número de registro do previsto neste Regulamento.
estabelecimento, isolado e abaixo da palavra
"INSPECIONADO" (em negrito), colocada horizontalmente Art. 177. O carimbo do SIM deve obedecer exatamente à
e "NOME DO MUNICÍPIO", que acompanha a curva descrição e aos modelos determinados neste regulamento
superior; logo abaixo do número de registro do e em normas complementares, respeitadas as dimensões,
estabelecimento devem constar as iniciais "S.I.M.", a forma, os dizeres, o idioma, o tipo e o corpo de letra e
acompanhando a curva inferior; devem ser colocados em destaque nas testeiras das
caixas e de outras embalagens, nos rótulos ou nos
d) uso: para rótulos ou etiquetas de produtos de origem produtos, numa cor única, quando impressos, gravados ou
animal utilizados na alimentação humana; litografados.
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO, DAS INFRAÇÕES E VII. Expedir produtos sem rótulos ou cujos rótulos não
PENALIDADES tenham sido registrados no Serviço de Inspeção Municipal;
Art. 181. Se houver evidência ou suspeita de que um XI. Receber, utilizar, transportar, armazenar ou expedir
produto de origem animal e vegetal represente risco à matéria-prima, ingrediente ou produto desprovido da
saúde pública ou tenha sido alterado, adulterado ou comprovação de sua procedência;
falsificado, o Serviço de Inspeção Municipal deverá adotar,
isolada ou cumulativamente, as seguintes medidas XII. Utilizar processo, substância, ingredientes ou aditivos
cautelares: que não atendem ao disposto na legislação específica;
III. Coleta de amostras dos produtos para realização de XIV. Adquirir, manipular, expedir ou distribuir produtos de
análises laboratoriais. origem animal e vegetal, oriundos de estabelecimento não
registrado ou relacionado no Serviço de Inspeção
§1º. Sempre que necessário, será determinada a revisão Municipal.
dos programas de autocontrole
XV. Expedir ou distribuir produtos falsamente oriundos de
§2º. A retomada do processo de fabricação ou liberação do um estabelecimento;
produto sob suspeita será autorizada caso o SIM constate
a inexistência ou a cessação da causa que motivou a XVI. Elaborar produtos que não atendem ao disposto na
adoção de medida cautelar. legislação específica ou em desacordo com os processos
de fabricação, de formulação e de composição registrados
CAPÍTULO II pelo Serviço de Inspeção Municipal;
DAS INFRAÇÕES XVII. Utilizar produtos com prazo de validade vencida, apor
aos produtos novas datas depois de expirado o prazo ou
Art. 182. Constituem infrações ao disposto neste apor data posterior à data de fabricação do produto;
regulamento, além de outras previstas:
XVIII. Prestar ou apresentar informações, declarações ou
I. Construir, ampliar ou reformar instalações sem prévia documentos falsos ou inexatos perante o órgão
aprovação do Serviço de Inspeção Municipal fiscalizador, referentes à quantidade, à qualidade e à
procedência das matérias primas, dos ingredientes e dos
II. Não realizar as transferências de responsabilidades ou produtos ou sonegar qualquer informação que, direta ou
deixar de notificar o comprador, o locatário ou arrendatário indiretamente, interesse ao Serviço de Inspeção Municipal
sobre esta exigência legal, por ocasião da venda, da e ao consumidor;
locação ou do arrendamento;
XIX. Fraudar registros sujeitos à verificação pelo SIM;
III. Utilizar rótulo que não atende ao disposto na legislação
XX. Ceder ou utilizar de forma irregular lacres, carimbos normas complementares e em legislação específica;
oficiais, rótulos e embalagens;
VIII. Revelem-se inadequadas aos fins a que se destinem;
XXI. Alterar ou fraudar qualquer matéria prima, ingrediente
ou produto de origem animal e vegetal; IX. Contenham contaminantes, resíduos de agrotóxicos e
de produtos de uso veterinário acima dos limites
XXII. Simular a legalidade de matérias-primas, de estabelecidos em legislação específica do Ministério da
ingredientes ou de produtos de origem desconhecida; Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou do órgão
regulador de saúde;
XXIII. Embaraçar a ação do servidor do Serviço de
Inspeção Municipal na inspeção dos produtos de origem X. Sejam obtidos de animais que estejam sendo
animal e/ou vegetal, no exercício de suas funções com submetidos a tratamentos com produtos de uso veterinário
vistas a dificultar, a retardar, a impedir, a restringir ou a durante o período de carência recomendado pelo
burlar os trabalhos de fiscalização; fabricante;
XXIV. Desacatar, intimidar, ameaçar, agredir ou tentar XI. Sejam obtidos de animais que receberam alimentos ou
subornar servidor do Serviço de Inspeção Municipal; produtos de uso veterinário que possam prejudicar a
qualidade do produto;
XXV. Produzir ou expedir produtos que representem risco
à saúde pública; XII. Apresentem embalagens estufadas;
XXVI. Produzir ou expedir, para fins comestíveis, produtos XIII. Apresentem embalagens defeituosas, com seu
que sejam impróprios ao consumo humano; conteúdo exposto à contaminação e à deterioração;
XXVII. Utilizar matérias-primas e produtos condenados ou XIV. Estejam com o prazo de validade expirado;
não inspecionados no preparo de produtos usados na
alimentação humana; XV. Não possuam procedência conhecida;
XXVIII. Utilizar, substituir, subtrair ou remover, total ou XVI. Não estejam claramente identificados como oriundos
parcialmente, matéria-prima, produto, rótulo ou embalagem de estabelecimento sob inspeção sanitária;
apreendido pelo SIM e mantidos sob a guarda do
estabelecimento; Parágrafo único. Outras situações não previstas nos
incisos citados acima podem tornar as matérias primas e
XXIX. Fraudar os documentos oficiais; os produtos impróprios para consumo humano, conforme
critérios definidos pelo Serviço de Inspeção Municipal.
XXX. Não realizar o recolhimento de produtos que possam
incorrer em risco à saúde ou aos interesses do Art. 184. Para efeito das infrações previstas neste
consumidor. regulamento as matérias primas e os produtos podem ser
considerados alterados ou fraudados.
Art. 183. Consideram-se impróprios para o consumo
humano, na forma em que se apresentam, no todo ou em Parágrafo único. São considerados fraudados as matérias
parte, as matérias primas ou os produtos de origem animal -primas ou os produtos que apresentem adulterações ou
que: falsificações, conforme disposto a seguir:
e) os produtos que sofram alterações na data de d) Para infrações gravíssimas, multa de oitenta à cem por
fabricação, na data ou no prazo de validade; cento (80% à 100%) do valor máximo;
II. Nos casos de condenação, pode ser permitido o §2º. A interdição ou a suspensão podem ser levantadas
aproveitamento das matérias primas e dos produtos para após o atendimento das exigências que as motivaram,
fins não comestíveis, a critério do Serviço de Inspeção desde que aprovado pelo Serviço de Inspeção Municipal –
Municipal. SIM.
CAPÍTULO III §3º. Se a interdição total ou parcial não for levantada, nos
termos do §2º, após doze (12) meses, será cancelado o
DAS PENALIDADES registro ou o relacionamento do estabelecimento.
Art. 186. As penalidades a serem aplicadas por autoridade Art.188. Para fins de aplicação da sanção de multa de que
competente terão natureza pecuniária ou consistirão em trata o inciso II do art. 185º, são consideradas:
obrigação de fazer, assegurados os direitos à ampla
defesa e ao contraditório. I. Infrações leves as compreendidas nos incisos I a VII do
caput do art. 186º;
Parágrafo único. O Serviço de Inspeção Municipal,
inicialmente, terá ação instrutiva e fiscalizadora e, as II. Infrações moderadas as compreendidas nos incisos VIII
penalidades referentes a multa serão aplicadas nos casos ao XVI do caput do art. 180º;
em que houver situação agravante.
III. Infrações graves as compreendidas nos incisos XVII a
Art. 187. Sem prejuízo das responsabilidades civis e XXIII do caput do art. 180º;
penais cabíveis, a infração ao disposto neste regulamento
ou em normas complementares referentes aos produtos de IV. Infrações gravíssimas as compreendidas nos incisos
origem animal e vegetal, considerado a sua natureza e a XXIV a XXXI do caput do art. 180º.
sua gravidade, acarretará, isolada ou cumulativamente, as
seguintes sanções: Art. 189. Para efeito da fixação dos valores da multa de
que trata o inciso II do caput do art. 185º, serão
I. Advertência, quando o infrator for primário e não tiver considerados, além da gravidade do fato, em vista de suas
agido com dolo ou má fé; consequências para a saúde pública e para os interesses
do consumidor, os antecedentes do infrator e as
II. Multa, nos casos não compreendidos no inciso I, tendo circunstâncias atenuantes e agravantes.
como valor máximo o correspondente ao valor fixado em
legislação específica, observado as seguintes gradações: §1º. São consideradas circunstâncias atenuantes:
a) Para infrações leves, multa de dez à vinte por cento I. O infrator ser primário;
(10% à 20%) do valor máximo;
II. A ação do infrator não ter sido fundamental para
b) Para infrações moderadas, multas de vinte à quarenta consecução do fato;
por cento (20% à 40%) do valor máximo;
III. O infrator espontaneamente, procurar minorar ou
c) Para infrações graves, multa de quarenta à oitenta por reparar as consequências do ato lesivo que lhe for
cento (40% à 80%) do valor máximo; imputado;
IV. A infração cometida configurar-se como sem dolo ou §1º. A cassação do relacionamento será aplicada pelo
sem má fé; chefe do Serviço de Inspeção Municipal.
V. A infração ter sido cometida acidentalmente; §2º. A cassação do registro do estabelecimento cabe ao
Diretor do Departamento de Inspeção Municipal.
VI. A infração não acarretar vantagem econômica para o
infrator; Art. 191. Apurando-se no mesmo processo administrativo
a prática de duas ou mais infrações, as penalidades serão
VII. A infração não afetar a qualidade do produto. aplicadas cumulativamente para cada disposição
infringida.
§2º. São consideradas circunstâncias agravantes:
Art. 192. Para fins de aplicação das sanções de que trata
I. O infrator ser reincidente; o inciso III do caput do art. 185º, será considerado que as
matérias primas e os produtos de origem animal e vegetal
II. O infrator ter cometido a infração com vistas à obtenção não apresentam condições higiênico-sanitárias adequadas
de qualquer tipo de vantagem; para o fim a que se destinam ou que se encontram
adulterados, sem prejuízo de outras previsões deste
III. O infrator deixar de tomar providências para evitar o Regulamento, quando o infrator:
ato, mesmo tendo conhecimento de sua lesividade para a
saúde pública; I. Alterar ou fraudar qualquer matéria-prima, ingrediente ou
produto de origem animal e vegetal;
IV. O infrator ter coagido outrem para execução material da
infração; II. Expedir matérias-primas, ingredientes, produtos ou
embalagens armazenados em condições inadequadas;
V. A infração ter consequência danosa para a saúde
pública ou para o consumidor; III. Utilizar produtos com prazo de validade vencido, apor
aos produtos novas datas de expirado o prazo ou apor a
VI. O infrator ter colocado obstáculo ou embaraço à ação data posterior à data de fabricação do produto;
da fiscalização ou à inspeção;
IV. Produzir ou expedir produtos que representem risco à
VII. O infrator ter agido com dolo ou com má fé; saúde pública;
VIII. O infrator ter descumprido as obrigações de V. Produzir ou expedir, para fins comestíveis, produtos que
depositário relativas à guarda do produto. sejam impróprios ao consumo humano;
§3º. Na hipótese de haver concurso de circunstâncias VI. Utilizar matérias-primas e produtos condenados ou não
atenuantes e agravantes, a aplicação da pena deve ser inspecionados no preparo de produtos utilizados na
considerada em razão das que sejam preponderantes. alimentação humana;
§4º. Verifica-se reincidência quando o infrator cometer VII. Elaborar produtos que não atendem ao disposto na
nova infração depois do trânsito em julgado da decisão legislação específica ou aos processos de fabricação,
administrativa que o tenha condenado pela infração formulação e composição registrados no Serviço de
anterior, podendo ser genérica ou específica. Inspeção Municipal;
§5º. A reincidência genérica é caracterizada pelo VIII. Utilizar, substituir, subtrair ou remover, total ou
cometimento de nova infração e a reincidência específica é parcialmente, matéria prima, produto, rótulo ou
caracterizada pela repetição de infração já anteriormente embalagem, apreendidos pelo SIM e mantidos sob a
cometida. guarda do estabelecimento.
§6º. Para efeito de reincidência, não prevalece a Art. 193. Para fins de aplicação da sanção de que trata o
condenação anterior se entre a data do cumprimento ou da inciso IV do caput do art. 185º, caracterizam atividades de
extinção da penalidade administrativa e a data da infração risco ou situações de ameaça de natureza higiênica-
posterior tiver decorrido mais de cinco anos, podendo sanitária, sem prejuízo de outras previsões neste
norma específica reduzir esse tempo. regulamento.
§7º. Quando a mesma infração for objeto de I. Desobediência ou inobservância às exigências sanitárias
enquadramento em mais de um dispositivo deste relativas ao funcionamento e à higiene das instalações,
regulamento, prevalece para efeito de punição o dos equipamentos, dos utensílios e dos trabalhos de
enquadramento mais específico em relação ao mais manipulação e de preparo de matérias primas e produtos;
genérico.
II. Omissão de elementos informativos sobre a composição
Art. 190. As multas a que se refere este capítulo não centesimal e tecnológica do processo de fabricação;
isentam o infrator da apreensão ou da inutilização do
produto, da interdição total ou parcial de instalações, da IV. Alteração ou fraude de qualquer matéria-prima,
suspensão de atividades, da cassação do registro ou do ingrediente ou produto de origem animal e vegetal;
relacionamento do estabelecimento ou da ação criminal,
quando tais medidas couberem. V. Expedição de matérias primas, ingredientes, produtos
ou embalagens armazenados em condições inadequadas;
VI. Recepção, utilização, transporte, armazenagem ou I. Embaraçar a ação do servidor do Serviço de Inspeção
expedição de matéria prima, ingrediente ou produto Municipal no exercício de suas funções, visando dificultar,
desprovido de comprovação de sua procedência; retardar, impedir, restringir ou burlar os trabalhos de
fiscalização;
VII. Simulação da legalidade de matérias-primas,
ingredientes ou produtos de origem desconhecida; II. Desacatar, intimidar, ameaçar, agredir, tentar subornar
servidor do Serviço de Inspeção Municipal;
VIII. Utilização de produtos com prazo de validade vencido,
aposição nos produtos de novas datas depois de expirado III. Omitir elementos informativos sobre composição
o prazo ou aposição de data posterior à data de fabricação centesimal e tecnológica do processo de fabricação;
do produto;
IV. Simular a legalidade de matérias primas, de
IX. Produção ou expedição de produtos que representem ingredientes ou de produtos de origem desconhecida;
risco à saúde pública;
V. Construir, ampliar ou reformar instalações sem a prévia
X. Produção ou expedição, para fins comestíveis, de aprovação do Serviço de Inspeção Municipal;
produtos que sejam impróprios ao consumo humano;
VI. Utilizar, substituir, subtrair ou remover, total ou
XI. Utilização de matérias-primas e de produtos parcialmente, matéria-prima, produto, rótulo ou
condenados ou não inspecionados no preparo de produtos embalagem, apreendidos pelo SIM e mantidos sob a
utilizados na alimentação humana; guarda do estabelecimento;
XII. Utilização de processo, substância, ingredientes ou VII. Prestar ou apresentar informações, declarações ou
aditivos que não atendam ao disposto na legislação documentos falsos ou inexatos perante o órgão
específica; fiscalizador, referente à quantidade, à qualidade e à
procedência das matérias-primas, dos ingredientes e dos
XIII. Utilização, substituição, subtração ou remoção total ou produtos, ou cometer qualquer sonegação de informação
parcial, de matéria-prima, produto, rótulo ou embalagem, que direta ou indiretamente, interesse ao Departamento de
apreendidos pelo SIM e mantidos sob a guarda do Inspeção Municipal;
estabelecimento;
VIII. Fraudar documentos oficiais;
XIV. Prestação ou apresentação de informações,
declarações ou documentos falsos ou inexatos perante o IX. Fraudar registros sujeitos à verificação pelo SIM,
órgão fiscalizador, referente a quantidade, a qualidade e a
procedência das matérias-primas, dos ingredientes e dos X. Não realizar o recolhimento de produtos que possam
produtos ou qualquer sonegação de informação que incorrer em risco à saúde ou aos interesses do
interesse direta ou indiretamente do Serviço de Inspeção consumidor.
Municipal;
Art. 195. Para fins de aplicação da sanção de que trata o
XV. Alteração, fraude, adulteração ou falsificação de inciso V do caput do art.185 caracterizam a inexistência de
registro sujeitos à verificação pelo SIM; condições higiênico-sanitárias adequadas, sem prejuízo de
outras previsões deste Regulamento, nas seguintes
XVI. Não cumprimento dos prazos estabelecidos em seus condições.
programas de autocontrole, bem como nos documentos
expedidos ao SIM, em atendimento a planos de ação, I. Desobediência ou inobservância às exigências sanitárias
fiscalizações, autuações, intimações ou notificações; relativas ao funcionamento e à higiene das instalações,
dos equipamentos e dos utensílios, bem como dos
XVII. Ultrapassagem da capacidade máxima de abate, de trabalhos de manipulação e de preparo de matérias-primas
industrialização, de beneficiamento ou da armazenagem; e produtos;
XVIII. Não apresentação de documentos que sirvam como II. Não cumprimento dos prazos estabelecidos em seus
embasamento para comprovação da higidez ao programas de autocontrole, bem como nos documentos
Departamento de Inspeção Municipal. expedidos pelo SIM, em atendimentos à planos de ação,
fiscalizações, autuações, intimações ou notificações
XIX. Aquisição, manipulação, expedição ou distribuição de relativas à manutenção ou higiene das instalações.
produtos de origem animal oriundos de estabelecimento
não registrado ou relacionado no Serviço de Inspeção Art. 196. As sanções de interdição total ou parcial do
Municipal; estabelecimento em decorrência de adulteração ou
falsificação habitual do produto, ou de suspensão de
XX. Não realização de recolhimento de produtos que atividades oriundas de embaraço à ação fiscalizadora,
possam incorrer em risco à saúde ou aos interesses do serão aplicadas pelo período mínimo de sete dias, o qual
consumidor. poderá ser acrescido de quinze, trinta ou sessenta dias,
tendo em vista o histórico de infrações, as sucessivas
Art. 194. Para fins de aplicação da sanção de que trata o reincidências e as demais circunstâncias agravantes no
inciso IV do art. 185º, caracterizam embaraço a ação §2º do art. 187º.
fiscalizadora, sem prejuízo de outras previsões deste
regulamento, quando o infrator: Art. 197. As sanções de cassação de registro ou de
relacionamento do estabelecimento devem ser aplicadas
Art. 198. A pena de multa será aplicada às pessoas físicas §5º. Auto de Interdição é o documento hábil para
ou jurídicas, quando verificada a ocorrência de interromper, parcial ou totalmente, as atividades de um
circunstância agravante, nos seguintes casos e intervalos: equipamento, seção ou estabelecimento quando foi
constatada a inexistência de condições higiênico-sanitárias
I. Multa de R$1.000,00 à R$2.000,00 para infrações adequadas e nos casos de adulterações ou falsificações
consideradas leves; habituais do produto.
II. Multa de R$2.001,00 à R$3.000,00 para infrações §6º. Auto de Infração é o documento hábil para a
consideradas moderadas; autoridade fiscalizadora autuar pessoa física ou jurídica
quando constatada a violação de normas constantes neste
III. Multa de R$3.001,00 à R$4.000,00 para infrações Regulamento ou em legislação específica, referente à
consideradas graves. inspeção de produtos de origem animal e vegetal, que dará
início ao processo administrativo de apuração de infrações,
IV. Multa de R$4.001,00 à R$5.000,00 para infrações que conterá os seguintes elementos:
muito graves.
I. Nome e qualificação do autuado;
V. Multa a partir de R$5.001,00 para infrações
gravíssimas. II. Local, data e hora da sua lavratura;
Art. 200. Para fins deste Regulamento, são considerados VII. Assinatura do autuado ou, em caso de recusa ou
documentos decorrentes do processo de fiscalização, além impossibilidade, de testemunha da autuação.
de outros que vierem a ser instituídos:
§7º. Termo de Notificação é o documento hábil a ser
I. Auto de Apreensão; lavrado para cientificar o infrator, quando houver a
aplicação da pena de advertência.
II. Termo de Inutilização;
§8º. Termo de Desinterdição é o documento hábil a ser
III. Termo de Colheita de Amostra; lavrado para tornar sem efeito o Auto de Interdição.
IV. Auto de Fiel Depositário; §9º. Termo de Revelia é o documento que comprova a
ausência de defesa, dentro do prazo legal.
V. Auto de Interdição;
Art. 201. O descumprimento das disposições deste
VI. Auto de Infração; Regulamento e da legislação específica será apurado em
processo administrativo devidamente instruído, iniciado
VII. Termo de Notificação; com a lavratura de qualquer um dos documentos listados
no art. 192º deste Regulamento, observados os ritos e
VIII. Termo de Desinterdição; prazos aqui fixados.
§2º. Quando não conseguido localizar o infrator pelos §7º. No caso de envio por via postal, com Aviso de
meios descritos no §1º deste artigo, será utilizado o edital. Recebimento - AR ou outro procedimento equivalente, o
prazo será contado a partir da data de recebimento pelo
§3º. O edital deverá ser publicado no Diário Oficial do infrator.
Município.
§8º. Quando não conseguido localizar o infrator, a
Art. 204. A defesa deverá ser apresentada, por escrito, no comunicação resumida da decisão proferida será realizada
prazo de 15 (quinze) dias, contados da data do via edital.
recebimento do Auto de Infração, e julgado pelo Diretor de
Inspeção do Serviço de Inspeção Municipal – SIM/ Art. 206. Os prazos começam a correr a partir da
Departamento de Inspeção Municipal, devendo ser notificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do
anexada ao processo administrativo. começo e incluindo-se o do vencimento.
§1º. No caso de comunicação por edital, o prazo será de Parágrafo único. Considera-se prorrogado o prazo até o
15 (quinze) dias contados a partir da sua publicação. primeiro dia útil seguinte, se o vencimento cair em dia em
§2º. Decorrido o prazo sem que seja apresentada a que não houve expediente ou este for encerrado antes da
defesa, o autuado será considerado revel, devendo ser hora normal.
juntado ao processo administrativo o termo de revelia.
Art. 207. São responsáveis pela infração às disposições
§3º. Decorrido o prazo, o diretor do SIM terá o prazo de 60 do presente Regulamento, para efeito de aplicação das
(sessenta) dias para proferir a decisão. penalidades nele previstas, as pessoas físicas ou jurídicas:
§4º. Após o julgamento da defesa e proferida a decisão, I. Produtores de matéria-prima de qualquer natureza,
notificar-se-á o autuado que poderá interpor recurso no aplicável à indústria animal e vegetal desde a fonte de
prazo de 15 (quinze) dias. origem até o recebimento nos estabelecimentos
registrados no SIM;
§5º. No caso de envio por via postal, com Aviso de
Recebimento - AR ou outro procedimento equivalente, o II. Proprietários ou arrendatários de estabelecimentos
prazo será contado a partir da data de recebimento pelo registrados onde forem recebidos, manipulados,
infrator. transformados, fracionados, elaborados, preparados,
conservados, acondicionados, distribuídos ou expedido
§6º. Quando não conseguido localizar o infrator, a produtos de origem animal e vegetal;
comunicação resumida da decisão proferida será realizada
via edital. III. Que expedirem ou transportarem produtos de origem
animal e vegetal.
Art. 205. Após o recebimento do Termo de Julgamento,
cabe à autuada apresentação de recurso, em face de Parágrafo único. A responsabilidade a que se refere o
razões de legalidade e de mérito. presente artigo abrange as infrações cometidas por
quaisquer empregados ou prepostos das pessoas físicas
§1º. O prazo para interposição de recurso administrativo é ou jurídicas que exerçam atividades industriais e
de 15 (quinze) dias, contados a partir da ciência ou comerciais de produtos de origem animal.
divulgação oficial da decisão recorrida.
Art. 208. A aplicação da multa não isenta o infrator do
§2º. O recurso deverá ser encaminhado ao Conselho cumprimento das exigências que tenham motivado as
Regulador do Serviço de Inspeção Municipal (CSIM), que sanções cabíveis, determinando-se, quando for o caso,
atuará como segunda instância, com prazo de 60 novo prazo para o cumprimento, findo o qual poderá, de
(sessenta) dias para emissão de parecer. acordo com a gravidade da falta e a juízo do SIM, ser
novamente autuado e sujeito às penalidades previstas no
§3º. Após o julgamento do recurso e proferida a decisão, presente Regulamento.
notificar-se-á o autuado fixando, no caso de multa, um
prazo de 30 (trinta) dias para recolhimento, a contar da TÍTULO VII
data do recebimento da notificação.
CAPÍTULO I
§4º. O não recolhimento da multa no prazo estipulado
implicará na inscrição do débito na Dívida Ativa do DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Município, sujeitando o infrator à cobrança judicial, nos
termos da legislação pertinente. Art. 209. As empresas que já exercem atividades
abrangidas por este decreto terão prazo de 6 (seis) meses, Código Tributário do Município, com a finalidade de
a partir da publicação deste, para se ajustar às suas ressarcimento aos cofres públicos pela contraprestação do
exigências. Serviço de Inspeção Artesanal, Industrial e Sanitária dos
Produtos de Origem Animal e/ou vegetal.
Art. 210. É reservado a secretaria responsável pelas
ações de Agricultura e Pecuária o direito de delegar para Art. 220. Sempre que necessário, o presente regulamento
outros órgãos da administração direta e indireta do poderá ser revisto, modificado ou atualizado.
município de Camaçari, bem como às empresas privadas
com registro no território deste município, a competência Art. 221. Os casos omissos, ou de dúvidas que se
que lhe é atribuída neste Regulamento. suscitarem na execução do presente Regulamento, serão
resolvidos por decisão do Conselho Regulador do Serviço
Art. 211. Para o efeito deste Regulamento, ficam as de Inspeção Municipal (CSIM), do SIM ou pela legislação
cooperativas equiparadas às empresas comerciais. federal superveniente, aplicando-se o princípio da analogia
quando for o caso.
Art. 212. É de competência da Diretoria de Inspeção
Sanitária a expedição de instruções, visando ordenar os Art. 222. Este Decreto entra em vigor na data de sua
procedimentos administrativos ou, ainda, facilitar o publicação.
cumprimento deste Regulamento.
GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE
Art. 213. Serão solicitadas às autoridades de Saúde CAMAÇARI, ESTADO DA BAHIA, EM 15 DE MARÇO DE
Pública e ao órgão Municipal do Meio Ambiente as 2023.
necessárias medidas, visando a uniformidade nos
trabalhos de fiscalização sanitária e industrial, ANTÔNIO ELINALDO ARAÚJO DA SILVA
estabelecidas neste Regulamento. PREFEITO
Art. 1º - Fica declarado de utilidade pública para fins de Camaçari-BA, 03 de Agosto de 2022
desapropriação, uma área de terra medindo 7.842,51 m²,
devidamente caracterizada no memorial descritivo (anexo JOÃO SANTOS MUTIM
I) para fins de implantação do Campo de futebol de Barra ENG CIVIL
do Jacuípe, próximo a Estrada Velha de Monte Gordo. CREA-BA 22.936/D
conselho do CACS-FUNDEB, alterada pela Lei Nº 818 Titular – Sandra Cristina Rodrigues de Souza;
de 26/09/2007, substituídas pela Lei Municipal nº Suplente – Yuri Nascimento Watanabe de Santana.
1658/2021 e na Lei Nacional Nº 14.113 de 25/12/2020,
que regulamenta o Fundo de Manutenção e XI – 2 (dois) representantes de Organizações da
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização Sociedade Civil:
dos Profissionais da Educação - FUNDEB:
Titular – Iraquilene Gomes da Silva;
I – Representantes do Poder Executivo Municipal: Suplente – Jackson dos Santos Josué;
Titular – Núbia Silva dos Santos;
Titular – Evaldo Pereira de Souza; Suplente – Niel Silva dos Santos.
Suplente - André Luiz Nascimento Cavalcanti.
XII - Representante das Escolas do Campo:
II – Representantes da Secretaria Municipal de
Educação: Titular – Miriam dos Santos Silva Lima;
Suplente – Nilcélia Miranda dos Santos.
Titular – Verônica Santos Souza;
Suplente – Naiara Cardoso dos Santos. XIII - Representante das Escolas Quilombolas:
Titular – Renilse Jesus dos Santos; Art. 2° - Este Decreto entrará em vigor na data de sua
Suplente – Luciana Teixeira de Menezes; publicação, revogadas as disposições em contrário.
Titular – Maria da Penha Araújo dos Santos;
Suplente – Patrícia de Souza Carvalho. GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE
CAMAÇARI, ESTADO DA BAHIA, EM 16 DE MARÇO
IV – Representantes dos Estudantes da Educação DE 2023.
Básica Pública:
ANTONIO ELINALDO ARAÚJO DA SILVA
Titular – Jane de Sá Nunes; PREFEITO
Suplente – Fávio de Jesus Cerqueira.
NEURILENE MARTINS RIBEIRO
V – Representantes dos Estudantes da Educação SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO
Básica Pública indicado pela Entidade de
Estudantes Secundaristas: