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res que pela natureza das suas funções façam o atendi- Artigo 29

(Regularização fiscal)
mento ao público merecem um tratamento especial.
1. O pagamento de impostos sobre a importação de bens

Artigo 25 alimentares, medicamentos e outros bens essenciais fica


(Mercados) sujeito ao regime de regularização à posterior.
1. Os mercados mantêm-se em funcionamento, no perío- 2. Compete ao Ministério que superintende a área das
do compreendido entre às 6 horas e às 17 horas. finanças garantir os mecanismos de aplicação do disposto
2. Excepcionalmente, mediante recomendação das auto- no número anterior do presente artigo.
ridades sanitárias competentes, os mercados podem ser
encerrados. Artigo 30
(Créditos bancários)
3. Deve ser dada atenção especial e particular à protec-
Durante a vigência do Estado de Emergência, ficam sem
ção dos profissionais e agentes de saúde.
efeito as interpelações, constituições em mora e execu-
ções decorrentes do atraso do cumprimento de obriga-
Artigo 26
ções que não possam ser realizadas por decorrência da
(Inspecção das actividades económicas)
aplicação das medidas previstas no presente Decreto.
1. Os órgãos competentes de inspecção das actividades
económicas mantêm-se em funções.
Artigo 31
2. Devem ser reforçadas as acções de inspecção com vis-
(Transportes colectivos de passageiros)
ta a identificar e sancionar a especulação de preços e
1. É definido o limite máximo de passageiros a bordo em
alteração de prazos pelos agentes económicos, nos esta-
transportes colectivos, públicos ou privados, nos moldes
belecimentos comerciais.
rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial e aéreo, de
acordo com a lotação do meio.
Artigo 27
2. Para o efeito do disposto no número anterior, para
(Actividades industrial, agrícola e pesqueira)
todos os ocupantes, é obrigatório o uso de máscara de
1. As entidades industriais, agrícolas e pesqueiras devem
protecção e/ou viseiras com a finalidade de proteger o
garantir a utilização de medidas de prevenção da COVID-
nariz e a boca, conforme recomendado pelo Ministério da
19, necessárias à protecção do pessoal de serviço.
Saúde.
2. Compete aos Ministros que superintendem as áreas da
3. É permitida a prestação de serviços de moto-táxi e
indústria, da agricultura e da pesca reorientar o sector
bicicleta-táxi, mediante o uso de máscara e no limite
industrial, agrícola e pesqueiro para a produção e comer-
máximo da lotação.
cialização de insumos necessários ao combate à pande-
4. Os proprietários das empresas ou dos veículos devem
mia.
garantir as condições de higiene e segurança sanitária.

Artigo 28 5. A violação do disposto no presente artigo por parte


(Licenciamento para importação e produção de bens) de prestadores de serviço de transporte implica a apre-
1. A produção e importação de bens alimentares, medi- ensão do veículo.
camentos, material de biossegurança, testes de diagnós- 6. O Ministério que superintende a área dos transportes
tico e outros produtos essenciais fica sujeita a um regime deve praticar os actos necessários e adequados para ga-
excepcional de licenciamento. rantir os serviços de transporte de pessoas e bens essen-
2. Compete aos Ministros que superintendem as áreas das ciais, por via dos transportes terrestres, marítimos e aé-
finanças, transportes, agricultura, saúde, indústria e co- reos, assim como a manutenção e funcionamento das
mércio, pesca, obras públicas, gestão de calamidades e o infra-estruturas essenciais.
Banco de Moçambique definirem o regime referido no
número anterior, o qual deve privilegiar a facilitação e a Artigo 32
(Transporte transfronteiriço)
desburocratização.
As autoridades fronteiriças e sanitárias devem reforçar as
medidas de controle dos transportadores e motoristas
que entrem no país no âmbito do comércio transfronteiri- fundamento na ausência dos trabalhadores do local de
ço, impondo que os mesmos usem máscaras e/ou viseiras, trabalho, em decorrência das medidas de prevenção e
e sejam sujeitos a acções de despiste, incluindo medição combate à pandemia da COVID-19.
da temperatura e testagem, quando aplicável. 2. O disposto no número anterior não impede a adopção
de medidas disciplinares, nomeadamente para os funcio-
Artigo 33 nários e agentes do Estado, bem como os trabalhadores
(Acesso à justiça)
com dever de prestar serviço durante a vigência do Estado
1. Durante o Estado de Emergência, aos actos processuais
de Emergência.
e procedimentos judiciais aplica-se o regime das férias
judiciais, sem prejuízo dos actos urgentes, designadamen- Artigo 36
te, as providências cautelares, os que devam ser pratica- (Protecção de inquilinos)
dos em processos em que estejam em causa direitos fun- 1. É proibido, durante o Estado de Emergência, o despejo
damentais como os relativos a arguidos presos, bem como de inquilino nos contratos de arrendamento para fins habi-
os relativos a menores em risco. tacionais.
2. Ficam suspensos todos os prazos processuais e adminis- 2. O disposto no número anterior não desonera o inquilino
trativos, incluindo do procedimento disciplinar, pelo tem- do dever de pagamento da renda devida.
po que durar o Estado de Emergência.
3. Ficam suspensos todos os prazos de prescrição e de ca- Artigo 37
(Visita à estabelecimento penitenciário)
ducidade relativos a todos os processos e procedimentos,
1. São interditas visitas aos estabelecimentos penitenciá-
pelo tempo que durar o Estado de Emergência.
rios, podendo continuar a entrega de refeições, àqueles
4. O Presidente do Tribunal Supremo, o Presidente do Tri-
que estejam em regime de dieta especial, observando as
bunal Administrativo e o Procurador-Geral da República
medidas de prevenção e combate à pandemia da COVID-
podem tomar medidas adicionais consideradas adequadas,
19.
no âmbito da prevenção e combate à pandemia da COVID-
2. É garantida a continuação da assistência médica aos
19, podendo ser ouvida a Ordem dos Advogados de Moçam-
cidadãos presos ou detidos que se encontrem doentes.
bique.
3. Os órgãos competentes devem garantir a disponibiliza-

Artigo 34 ção de informação aos familiares sobre a situação dos ci-


(Órgãos de comunicação social) dadãos internados, presos e detidos.
1. Os órgãos de comunicação social, públicos e privados,
mantêm-se em funcionamento devendo, no interesse pú- Artigo 38
blico, colaborar com as autoridades competentes. (Intervenção das Forças de Defesa e Segurança, munici-
pais e locais)
2. Os órgãos competentes de gestão devem adoptar medi-
Durante a vigência do Estado de Emergência, as Forças de
das para diminuição do efectivo laboral presencial durante
Defesa e Segurança, municipais e locais podem ser chama-
a vigência do Estado de Emergência, salvaguardando sem-
das para garantir o cumprimento das medidas de preven-
pre a prestação dos serviços essenciais.
ção e combate à pandemia da COVID-19.
3. Os órgãos competentes devem, com a regularidade re-
comendável, assegurar informação pública sobre a evolu-
Artigo 39
ção da pandemia em Moçambique. (Dever de cooperação)
4. Os órgãos de comunicação social públicos e privados Os cidadãos e as entidades públicas e privadas têm o de-
devem reservar espaço na sua grelha de programação para ver de colaboração, nomeadamente no cumprimento de
informar sobre a pandemia do COVID-19, nos termos a de- ordens ou instruções dos órgãos e agentes responsáveis
finir pelo Gabinete de Informação – GABINFO. pela segurança, protecção civil e saúde pública, na pronta
satisfação de solicitações, que justificadamente lhes se-
Artigo 35 jam feitas pelas entidades competentes para a concretiza-
(Salvaguarda das relações jurídico-laborais)
ção das medidas previstas no presente Decreto.
1. É proibida a cessação das relações jurídico-laborais com

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