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Universidade Wutivi Unitiva

Faculdade de Engenharia,Arquitectura e Planeamento Físico


Curso: Engenharia de Minas
4˚ano
Disciplina: Inspecção Mineira

Discente:
Chelton Banze

Docente: Engº. Cornélio Givane

Maputo, Abril de 2023


Índice
1. Introdução............................................................................................................................3

2. Objectivos............................................................................................................................3

2.1. Objectivo Geral............................................................................................................3

2.2. Objectivos específicos..................................................................................................3

3. Metodologia.........................................................................................................................3

4. Inspecção Mineira................................................................................................................4

4.1. Descrição das actividades de inspecção mineiras........................................................4

4.2. Classificação e o exercício da função inspectiva.........................................................4

4.3. Tipos de inspecção.......................................................................................................4

4.4. Atribuições da Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia..............................4

5. Conclusão............................................................................................................................6

6. Referências bibliográficas...................................................................................................7
1. Introdução

A inspecção do trabalho foi criada oficialmente na Inglaterra em 1833, depois que a revolução
industrial modificou profundamente os processos de produção. Antes disso houve uma
tentativa frustrada chamada inspecção de fábricas, facultativa, e na qual os inspectores
tinham participação nas multas. Nesse novo modelo, os inspectores possuíam mais autonomia
e podiam solucionar conflitos trabalhistas. A primeira consequência dessa nova inspecção do
trabalho foi a jornada de trabalho de crianças, adolescentes e mulheres, que eram submetidos
à jornadas de trabalho de ate 15horas em locais insalubres.

O interesse internacional pela inspecção do trabalho consolidou se em 1890, quando


representantes de países como Alemanha, frança e Itália, decidiram construir quadros
especializados para a área. Em 1897 foi adoptada uma revolução indicando a conveniência de
instituir uma ampla aplicação das leis trabalhistas com inspectores pagos pelo governo.
(Artigo 1 e 2 do decreto 31/2015 e artigo 14 da lei de minas 20/2014).

Sendo a mineração uma actividade de alto risco em termos é necessário também uma
inspecção constante e rigorosa de modo a melhorar a qualidade, segurança e a rentabilidade
das operações mineiras.

2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral
 Compreender o exercício da inspecção mineira
2.2. Objectivos específicos
 Definir inspecção mineira;
 Classificar e o exercício da função inspectiva;
 Identificar os tipos de inspecção.
3. Metodologia

Para a realização do presente trabalho o grupo recorreu a decretos e leis publicados no boletim
da república sobre o tema em causa.

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4. Inspecção Mineira

A Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia é uma instituição pública, dotada de


personalidade jurídica, com autonomia administrativa e técnica, que assegura o cumprimento
das Leis, Regulamentos e demais normas aplicáveis às actividades mineiras, petrolíferas e
energéticas. (Decreto n.º 31/2019 artigo 2)

4.1. Descrição das actividades de inspecção mineiras

A actividade mineira compreende:

 Inspecção de áreas sujeita a títulos a títulos mineiros ou autorizações, incluindo as


instalações bem como os trabalhos e operações levadas a cabo ao abrigo desses títulos
e autorizações.
 Inspecção e teste de máquinas e equipamentos.
 Observação dos regulamentos e normas técnicas.
 Exigências de dados e informações, por escrito, que se mostrem necessários aos
exercícios dos poderes de inspecção. (Decreto 31/2015, artigo 11)
4.2. Classificação e o exercício da função inspectiva

De acordo com o Artigo 12 do decreto 31/2015:

 Os inspectores e técnicos em missão inspectiva gozam da prerrogativa de livre transito


e ingresso em todas as gares, estações, cais de embarque, docas, aeródromos,
aeroportos, qualquer outro lugar publico, e instalações da entidade a ser
inspeccionada.
 Quando em missão inspectiva, os inspectores e técnicos devem ser devidamente
identificados.
4.3. Tipos de inspecção

De acordo com o decreto 31/2015 artigo 13 a inspecção mineira classifica-se em

 A inspecção mineira no artigo 11 classifica se em integral ou parcial e ordinária ou


extraordinária.
 A inspecção integral tem como objectivo proceder a verificação e controlo de todos os
aspectos concernentes ao cumprimento da legislação mineira.
 A inspecção parcial visa a verificação do cumprimento das prescrições ou
recomendações emanadas pelas brigadas de inspecção
 As inspecções integrantes e parciais são extraordinárias quando realizadas:

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a. Em circunstâncias excepcionais imprevistas ou de força maior;
b. Para fazer face a uma solicitação pontual;
c. Em virtude de queixa ou denúncia;
d. Por determinação superior.
4.4. Atribuições da Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia

São atribuições da Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia:


a) Inspecção e fiscalização do cumprimento das Leis, Regulamentos e outras directrizes
aprovadas pelo Governo no âmbito de exploração racional e sustentável dos recursos
minerais, petrolíferos e energéticos;

b) Realização das acções de inspecção, inquéritos, sindicância e auditorias


administrativas às unidades orgânicas, instituições subordinadas e tuteladas do
Ministério dos Recursos Minerais e Energia;
c) Inspecção e fiscalização do cumprimento das normas de segurança técnica, higiene e
saúde e de protecção do meio ambiente nos termos estabelecidos por lei, Convenções
e boas práticas internacionais respeitantes ao sector dos recursos minerais e energia;
d) Inspecção das instalações de produção, transporte, armazenamento, manuseamento,
distribuição e comer-cialização de recursos minerais, energia eléctrica,
hidrocarbonetos e combustível;
e) Coordenação com outras instituições, com vista à protecção, combate ao contrabando,
comercialização ilegal, falsificação, adulteração dos recursos minerais, petrolíferos e
energéticos e vandalização das respectivas infra-estruturas;
f) Fiscalização do cumprimento das normas relativas ao derrame de hidrocarbonetos e
combustíveis em coordenação com outras instituições;
g) Levantamento de autos de notícia por contravenção à legislação mineira, petrolífera e
energética;
h) Suspensão temporária e proposta ao órgão de tutela de embargo de qualquer
actividade nas áreas dos recursos minerais, petrolífero e energéticos exercidos em
violação da legislação aplicável;
i) Coordenação do funcionamento do Sistema de Salvamento e Resgate na Indústria
mineira, petrolífera e energética através dos corpos de salvamento e brigadas de
socorro;
j) Definição de instruções, verificação de conformidade dos equipamentos, organização,
formação, controlo e adopção de procedimentos padronizados de corpos de
salvamento e brigadas de socorro bem como, garantia de acções de salvamento e
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resgate de pessoas e bens em casos de risco e acidentes em operações mineiras e
petrolíferas;
k) Prestação de assistência técnica e apoio às intervenções das brigadas de salvamento,
socorro e resgate, em conformidade com os termos, condições e conteúdo dos
acordos estabelecidos entre a IGREME e os operadores, bem com garantia de
articulação dos corpos de salvamento com outras entidades que realizam funções de
protecção pública e resgate em caso de acidentes;
l) Coordenação das acções inspectivas realizadas por delegações da Inspecção Provincial
e Distrital;
m) Realização de outras actividades que lhe sejam determinadas nos termos do
presente Decreto e demais dispositivos legais aplicáveis. (Regulamento
39/2020:artigo 5)

4.5. Estrutura da inspecção mineira

A Inspecção-Geral dos Recursos Minerais e Energia tem


a seguinte estrutura:
a) Serviços de Inspecção e Fiscalização;

b) Serviços de Segurança Técnica, Salvamento e Resgate;

c) Serviços do Controlo Interno;


d) Gabinete Jurídico;
e) Departamento de Administração e Recursos humanos;
f) Repartição de Tecnologias de Informação e Comunicação;
g) Repartição de Aquisições.

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5. Conclusão

De um modo geral a actividade mineira é muita abrangente pois ela é feita de forma
minuciosa nas áreas propensas a títulos mineiros ou autorizações e realizam se também testes
nas máquinas e equipamentos, fazem-se amostragens de rochas para devidas analises ou
verificações que servem para diagnosticar eventuais violações da lei que rege sobre actividade
de exploração.

A actividade mineira esta sujeita a monitoria e avaliação visando proceder a verificação do


progresso das actividades, garantir a qualidade e fidelidade da informação e dos dados
gerados nas operações mineiras. A inspecção mineira no artigo 11 classifica se em integral ou
parcial e ordinária ou extraordinária.

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6. Referências bibliográficas
 BOLETIM DA REPÚBLICA. Regulamento Interno da Inspecção-Geral dos Recursos
Mineiras e Energia:Diploma Ministerial n.º 39/2020;
 BOLETIM DA REPÚBLICA. Regulamento Interno da Inspecção-Geral dos Recursos
Mineiras e Energia: Decreto n.º 31/2019;
 BOLETIM DA REPÚBLICA. Regulamento Interno da Inspecção-Geral dos Recursos
Mineiras e Energia: Regulamento da Lei de Minas 31/15.

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