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MINISTÉRIO DA ECONOMIA

Secretaria Especial de Previdência e Trabalho


Secretaria de Trabalho
Superintendência Regional do Trabalho em Goiás
Seção de Inspeção do Trabalho
Setor de Segurança e Saúde no Trabalho

TERMO DE NOTIFICAÇÃO DE CUMPRIMENTO IMEDIATO

I.1. NOTIFICAÇÃO FISCAL: REGRAS GERAIS PARA AMBIENTES DE


TRABALHO
I.2. MOTIVAÇÃO: PANDEMIA
I.3. INFORMAÇÃO FISCAL: COMPARTILHAMENTO COM SECRETARIA
ESTADUAL DE SAÚDE EM RAZÃO DA COVID 19

Considerando a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Import ância


Int ernacional pela Organização M undial da Saúde em 30 de janeiro de 2020 em
decorrência da Infecção Humana pelo novo coronavírus (COVID-19);
Considerando a Port aria 188/GM /M S, de 04/02/2020, que Declara a Emergência
em Saúde Pública de Import ância Nacional (ESPIN) pelo M inist ério da Saúde, em
decorrência da infecção humana pela COVID-19; que a pandemia é event o
complexo e demanda esforço conjunt o INTERSETORIAL para ident ificação da
et iologia dessas ocorrências e adoção de medidas proporcionais e rest rit as aos
riscos;
Considerando que as decisões referent es ao fechament o ou reabert ura de locais
de t rabalho, à suspensão ou redução de at ividades ou de redução de jornada de
t rabalho devem ser t omadas à luz da avaliação de riscos, da capacidade do
gest or de implement ar medidas prevent ivas segundo as recomendações das
aut oridades para ajust e das medidas de saúde pública no cont ext o da COVID-19
dent ro do ambient e de t rabalho;
Considerando que a Audit oria Fiscal do Trabalho aplica o Princípio da Prot eção
combinado com os Princípios da Norma M ais Favorável e da Condição de Trabalho
M ais Benéfica para a saúde e segurança dos t rabalhadores que podem est ar
present es na CLT, em normas municipais, est aduais, federais ou em normas e
recomendações int ernacionais;
Considerando que o risco de exposição ocupacional à COVID-19 depende da
probabilidade de cont at o próximo (inferior a 1 met ro) ou frequent e com pessoas
que possam est ar infect adas com COVID-19, e pelo cont at o com superfícies e
objet os cont aminados;
Considerando os riscos de cont aminação da COVID 19 e suas variant es nos
ambient es de t rabalho; que a pandemia foi declarada pela Organização M undial
de Saúde em 30 de janeiro de 2020 em decorrência da Infecção Humana pelo
novo coronavírus (COVID-19), e desde ent ão há necessidade permanent e de
análise e revisão dos prot ocolos de biossegurança nos ambient es de t rabalho;
Considerando que as evidências disponíveis at ualment e apont am que o vírus da
COVID-19 pode se espalhar por meio do cont at o diret o, indiret o (at ravés de
superfícies ou objet os cont aminados) ou próximo (na faixa de um met ro) com
pessoas infect adas at ravés de secreções como saliva e secreções respirat órias
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pessoas infect adas at ravés de secreções como saliva e secreções respirat órias
ou de suas got ículas respirat órias, que são expelidas quando uma pessoa t osse,
espirra, fala ou cant a;

DECIDIMOS nos t ermos do Art . 21, inciso XXIV da Const it uição, da Convenção
81 da Organização Int ernacional do Trabalho, art igos 1º, 9º do Decret o 4.552/02,
art igos 626 da Consolidação das Leis do Trabalho, da Port aria nº 3.214/78,
conforme as orient ações globais da Organização Pan-Americana da Saúde
e da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), NOTIFICAR gest ores
públicos e privados, empresários, t rabalhadores para conheciment o e
cumpriment o das regras de condut a, comport ament o, prot eção abaixo descrit as
que são aplicáveis ao meio ambient e de t rabalho em razão da pandemia:
1. at ualizar o Programa de Prevenção de Riscos Ambient ais (PPRA) e o Programa
de Cont role M édico e Saúde Ocupacional (PCM SO) de 2021 para a prevenção da
cont aminação da COVID 19 nos ambient es de t rabalho;
2. ident ificar os riscos ambient ais que favorecem a cont aminação nos ambient es
de t rabalho, implant ar as medidas de biossegurança necessárias conforme as
regras sanit árias, t rabalhist as e ambient ais previst as;
3. incluir nos programas de segurança e saúde do t rabalhador capacit ações
permanent es para esclareciment o dos t rabalhadores dos riscos da COVID 19;
esclarecer a exigência do cumpriment o das medidas de prevenção da
cont aminação do novo coronavírus e suas variant es no ambient e de t rabalho;
4. fornecer aos t rabalhadores grat uit ament e e em quant idades necessárias
máscaras descart áveis, devendo ser const it uída em mat erial Tecido-Não-Tecido
(TNT) para uso odont o-médico-hospit alar, possuir no mínimo uma camada int erna
e uma camada ext erna e obrigat oriament e um element o filt rant e. A camada
ext erna e o element o filt rant e devem ser resist ent es à penet ração de fluidos
t ransport ados pelo ar (repelência a fluidos). O seu format o deve cobrir
adequadament e a área do nariz e da boca do usuário, possuir um clipe nasal
const it uído de mat erial maleável que permit a o ajust e adequado do cont orno do
nariz e das bochechas. E o element o filt rant e deve possuir eficiência de filt ragem
de part ículas (EFP) > 98% e eficiência de filt ragem bact eriológica (BFE) > 95%
(ANVISA, 2021);
5. fornecer aos t rabalhadores grat uit ament e e sempre que necessário máscaras
de prot eção respirat ória (respirador part iculado – máscara N95/PFF2 ou
equivalent e), sem válvula expirat ória, conforme análise dos riscos ocupacionais
exist ent es no ambient e de t rabalho;
6. fornecer aos t rabalhadores grat uit ament e e sempre que necessário máscaras
de prot eção respirat ória (respirador part iculado – máscara N95/PFF2 ou
equivalent e), sem válvula expirat ória, conforme análise dos riscos ocupacionais
exist ent es no ambient e de t rabalho para os profissionais de saúde conforme a
Not a Técnica/ Agência Nacional de Vigilância Sanit ária (ANVISA) nº. 04/2020,
at ualizada em 2021, sendo que a indicação para o seu uso é : 1) profissionais de
saúde que realizam procediment os geradores de aerossóis como por exemplo:
int ubação ou aspiração t raqueal, vent ilação mecânica não invasiva, ressuscit ação
cardiopulmonar, vent ilação manual ant es da int ubação, colet as de amost ras
nasot raqueais, broncoscopias, et c. 2) profissionais de saúde e de apoio que
desenvolvam suas at ividades em uma área em que há a realização de
procediment os geradores de aerossóis e que possam est ar expost os à
cont aminação, de acordo com a avaliação da Comissão de Cont role de Infecção
Hospit alar (CCIH), devendo essa sit uação ser minimizada ao máximo;

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7. cumprir as exigências t rabalhist as, sanit árias e ambient ais relat ivas às medidas
de higiene ocupacional relat ivas ao uso e descart e das máscaras;
8. disponibilizar aos t rabalhadores, garant ir acesso fácil e permanent e de água,
sabonet e líquido, álcool 70%, preparação alcoólica para as mãos, em quant idade
suficient e para a higienização corret a das mãos; capacit ar os t rabalhadores para
a import ância da higienização corret a das mãos com a frequência necessária;
capacit ar com mensagens claras e consist ent es;
9. supervisionar, periodicament e, os dispensadores de sabonet e líquido e
preparação alcoólica, para garant ir o acesso, abast eciment o, limpeza do
recipient e e t roca em caso de mal funcionament o;
10. criar e mant er barreiras físicas; capacit ar, exigir, monit orar o cumpriment o
das regras de dist anciament o; exemplos de barreiras físicas de dist anciament o:
faixas, set as, bloqueio de cadeiras/bancadas/mesas para o dist anciament o,
inst alação das barreiras físicas com placas de prot eção mesas/balcão;
11. capacit ar o t rabalhador para evit ar levar a mão ao rost o, evit ar o cont at o
com got ículas, secreções, a mant er-se a pelo menos 1 met ro de dist ância das
out ras pessoas, a lavar as mãos com frequência e cobrir a boca com um lenço de
papel ou cot ovelo dobrado ao espirrar ou t ossir (higiene respirat ória);
12. capacit ar o t rabalhador para a import ância das regras de biossegurança:
t est agem; dist anciament o com out ra pessoa que apresent a sinais gripais;
vacinação; higienização adequada das mãos, et c. O t rabalhador com cont at o
próximo com pessoa infect ada pode pegar a COVID-19 se as got ículas infecciosas
ent rarem na sua boca, nariz ou olhos;
13. criar e cumprir prot ocolo de limpeza e desinfecção de superfícies com
produt os eficazes aut orizados pela ANVISA;
14. aument ar a frequência de limpeza, desinfecção de superfícies do ambient e de
t rabalho, mas sem o uso de produt os que favoreçam o aument o da resist ência
bact eriana;
15. criar e execut ar meios seguros para melhorar a circulação e a qualidade do ar
no ambient e de t rabalho;
16. criar fluxos, capacit ar o manejo de t rabalhadores com COVID-19 ou seus
cont at os. Cit o como exemplo, os t rabalhadores que não est iverem se sent indo
bem ou que apresent arem sint omas condizent es com a COVID-19 devem ser
inst ados a ficar em casa, a se aut o isolar, a ent rar em cont at o com o médico do
t rabalho ou médico que t em cost ume ou com a linha local de informações sobre a
COVID-19 para obt er orient ação sobre exames e encaminhament os;
17. acompanhar as t axas de t ransmissão, ocupações de leit os para em caso de
necessidade permit ir a t ele consult a médica, quando disponível, ou dispensação
da exigência de at est ado médico para os t rabalhadores que est iverem doent es,
para que possam ficar em casa;
18. incluir nas ações do PCM SO a decisão de que as pessoas que est iveram em
cont at o próximo no local de t rabalho com pessoas com COVID-19, confirmado em
laborat ório, devem ficar em quarent ena por 14 dias a part ir da últ ima vez em que
houve cont at o;
19. a ação do PCM SO deve considerar que um cont at o é uma pessoa em qualquer
uma das seguint es sit uações, desde 2 dias ant es e at é 14 dias depois do início
dos sint omas do caso confirmado COVID-19: cont at o presencial com um caso
confirmado de COVID-19 a menos de 1 met ro de dist ância e por mais de 15

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confirmado de COVID-19 a menos de 1 met ro de dist ância e por mais de 15
minut os; cont at o físico diret o com confirmado de COVID-19; prest ação de
cuidados diret os a um caso confirmado de COVID-19 sem usar os equipament os
de prot eção individual adequados; ou out ras sit uações, conforme indicado nas
avaliações de risco locais;
19.1. incluir nas ações do PCM SO que o t rabalhador que ent rar em cont at o
com caso provável de COVID 19 deve informar o empregador, o gest or, ser
monit orado quant o ao surgiment o de sinais e sint omas compat íveis com
COVID 19 e fazer a t est agem;
20. cabe ao empregador, ao cont rat ant e de mão de obra criar programas,
polít icas de gest ão, ações com mensagens claras, realizar capacit ação e
educação cont inuada de modo a levar a melhor informação e aument ar a
conscient ização sobre a COVID-19;
21. providenciar lixeira com acionament o por pedal e saco plást ico para o
descart e dos lenços de papel, máscaras usadas; providenciar condições para
higiene simples das mãos: lavat ório/pia com dispensador de sabonet e líquido,
suport e para papel t oalha, papel t oalha, lixeira com t ampa e abert ura sem
cont at o manual;
22. PROM OVER A VACINAÇÃO E A APLICAÇÃO DAS M EDIDAS DE PRECAUÇÃO
NOS AM BIENTES DE TRABALHO:
Em razão da pandemia do novo coronavírus, do surgiment o de suas novas
variant es com maior t ransmissibilidade, das alt as e oscilant es t axas móveis de
ocupação de leit os hospit alares no Est ado de Goiás, da necessidade de reduzir o
adoeciment o e mort es de t rabalhadores pela covid 19, necessit amos unir esforços
para reduzir a cont aminação nos ambient es de t rabalho.
A responsabilidade dos gest ores, empresários, t rabalhadores para a prevenção de
doenças nos ambient es de t rabalho é solidária. A adesão dos t rabalhadores, dos
gest ores públicos e privados, dos empresários à vacinação e ao cumpriment o das
medidas de precaução nos ambient es de t rabalho é import ant e para o fim da
pandemia, a segurança dos t rabalhadores, a manut enção dos post os de t rabalho,
a recuperação econômica.
No at ual cenário, as vacinas são reconhecidas mundialment e como soluções em
pot encial para o cont role da pandemia, aliadas à manut enção das medidas de
precaução já est abelecidas.
Import ant e frisar que a vacina não é a única medida para o fim da pandemia. As
medidas para impedir a t ransmissão da COVID-19 que se aplicam a t odos os
locais de t rabalho e aos t rabalhadores incluem vacinação quando disponível a
dose, lavagem das mãos com água e sabão ou desinfet ant e para as mãos à base
de álcool 70%, higiene respirat ória (como cobrir a t osse), dist anciament o físico de
pelo menos 1 met ro ou mais (de acordo com as recomendações de segurança),
uso de máscaras como equipament o de prot eção, limpeza e desinfecção do
ambient e conforme a frequência exigida e limit ação de viagens desnecessárias.
22. em caso de necessidade de esclareciment os ent rar em cont at o com Audit ores
Fiscais do Trabalho e Fiscais da Vigilância Sanit ária at ravés dos e-mails
abaixo: comcissgoiânia@gmail.com; fiscalização.go@economia.gov.br;
seg.pacient e.go@gmail.com

Goiânia, 09 de agost o de 2021.

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JACQUELINE RAM OS SILVA CARRIJO
Audit ora-Fiscal do Trabalho
Coordenadora das Audit orias Fiscais do Trabalho
nos Est abeleciment os de Saúde – SEGUR/GO

Documento assinado eletronicamente por Jacqueline Ramos Silva Carrijo,


Auditor(a) Fiscal do T rabalho, em 09/08/2021, às 16:34, conforme
horário oficial de Brasília, com fundamento no § 3º do art. 4º do Decreto nº
10.543, de 13 de novembro de 2020.

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Referência: Processo nº 10162.103873/2021-15. SEI nº 17824306

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