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Relação entre o COVID-19 e a Odontologia no cenário atual e no

futuro da profissão.

Como uma sinfonia regida pelo Caos, a COVID-19 mudou


drasticamente o funcionamento de todo o mundo, evidenciando
todas as falhas e precariedades em todos os sistemas de saúde
ao redor do planeta. Desde então, mudanças drásticas nos
protocolos vigentes dentro de todos os setores da sociedade
foram alteradas para suportar o cenário que se instaurou.
Estabelecimentos comerciais em geral aderiram à lei LEI Nº 14.019,
DE 2 DE JULHO DE 2020 sob a obrigatoriedade do uso de máscaras
no em todo o território nacional a fim de combater a
proliferação do vírus no Brasil, além do uso de álcool em gel
como medida de prevenção. Porém, mesmo com todos os
aparatos legais e orientações da OMS, foi notório o crescimento
de casos no Brasil e no mundo.
Sob esse contexto, o setor mais vulnerável a transmissões e
infecções são dos profissionais da odontologia que estão em
contato direto com altas concentrações de aerossóis que contém
o vírus. Testes comprovaram a existência do vírus em amostras
salivares, que acabam sendo expelidos quando o dentista utiliza
equipamentos rotatórios, fazendo com que o profissional fique
submetido a uma situação de vulnerabilidade total. Com isso,
além dos equipamentos odontológicos se infectarem mais
facilmente, ainda agravam as chances do profissional ser
infectado, por uso de aparelhos rotatórios.
Sabendo que aerossóis podem ser emitidos durante o
tratamento clínico odontológico teremos um potencial
Fator de contaminação,uma vez que as partículas virais são
aerossolizadas e serão experlidas através dos procedimentos que
serão realizados. As secreções do paciente também é uma
ameaça ao ambiente (tosses e espirros), podendo ser
transmitidos em todo o consultório, colocando em risco tanto o
profissional dentista, quanto as pessoas que aguardam na
recepção.
Sabendo que Enquanto o surto estiver ocorrendo é essencial que
sejam cessados todo exercício presencial da odontologia que não
sejam de cunho emergencial. contudo,em casos de urgência e
emergência, como dores permanentes,cirurgias ou acidentes, o
atendimento deverá ser realizado seguindo protocolos
diferentes dos habituais
Tendo isso em vista, foi necessário que medidas de
biossegurança recebessem um reforço e novos protocolos de
emergência e urgência fossem implantados no regimento dos
profissionais dentistas. As medidas de biossegurança trataram a
incrementar os EPIs dos profissionais, tais como uso de máscaras
mais especializadas como é o caso da R95 e também o uso de
face Shields para evitar respingos de saliva em tratamentos mais
incisivos.
Um protocolo muito conveniente nesse contexto pandêmico, foi
a realização de consultas online. A teleodontologia,telesaúde e
telemedicina no Brasil já mostravam resultados satisfatórios no
SUS dentro do contexto pré-pandemia, utilizando-se de
profissionais das mais variadas áreas de atuação com um intuito
multidimensional a fim de destacar as qualidades de cada campo
da saúde. Em 2020, ano que iniciou a pandemia, esses conceitos
de utilização dos recursos web já traziam consigo a base
necessária para aplicação mais densa em um cenário de
emergência e mostrou-se eficiente no combate ao COVID-19.
Quanto as classificações de Emergência e urgência, também
foram adaptadas ao cenário atual:
A adaptação de equipamentos rotatórios com sistema anti-
refluxo também são necessários para manter a preservação do
ambiente, assim como métodos esterilizantes com substancias
efervescentes como o H2O2,uma vez que o vírus é vulnerável a
esses tipos de substâncias.
Nesse sentido, a importância do conhecimento das
vulnerabilidades do vírus deve ser ressaltada no ramo da
odontologia, pois como já foi dito anteriormente, existe grande
carga viral na saliva dos infectados, e os dentistas sendo peritos
nessa área, podem e devem atuar com autoridade nesse sentido,
buscando possibilidades de novas fraquezas que o vírus pode
apresentar, como ainda mitigar os efeitos de transmissão da
COVID-19.
Com os fatos apresentados, podemos concluir que o setor da
odontologia está diretamente relacionados com os impactos
causados pela pandemia. Como por exemplo; a economia.
No campo odontológico, o mercado de trabalho vem sofrendo
grandes movimentações com um viés mais empresarial e
econômico, deixando de lado o modelo tradicional, e sim
expandindo as possibilidades com as novidades presentes no
mercado, aumentando o leque de recursos que podem ser
usados para cenários de emergência, como é o caso. Tendo mais
recursos, um financeiro mais estável e diversas opções de
tecnologias novas que podem ser aplicados a fim de melhorar a
qualidade de vida de todos os pacientes no presente ou no
futuro.
Portanto, tendo em vista todos os acontecimentos que
evidenciaram as precariedades dos serviços na área da saúde,
inovação de métodos, novos protocolos e novas tecnologias e
ideologias do trabalho, possivelmente podem ter influenciado
em uma melhora considerável para situações de calamidade ou
que podem ocorrer no futuro da profissão e da sociedade como
um todo.
Referências:

https://www.abo.org.br/uploads/files/2020/04/jornal-abo-
edicao-171.pdf

https://engemausp.submissao.com.br/22/arquivos/333.pdf

https://brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/1257
1/10551

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/livredocencia/23/td
e-13052013-143506/publico//AnaEstelaHaddad.pdf

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-
2022/2020/lei/L14019.htm

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