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Disciplina: Sociologia
Rivaldo Medina H3
Introdução
Neste momento em que a sociedade é afetada por uma pandemia, o cenário é de grandes
incertezas com relação a recuperação do mercado de trabalho, e este trabalho sugerido
pela professora tem como objetivo mostrar e tentar passar algum conhecimento sobre o
mercado de trabalho face à pandemia que vivemos, seguindo as orientações e tópicos
passadas pela professora.
ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Esta entrevistada, natural da ilha de Santiago, foi aventurar-se na ilha do Sal logo que
terminou de completar o 12º ano de escolaridade em 2016. Segundo conta ao Expresso
das Ilhas, o seu primeiro emprego foi num Bar/Restaurante, onde aprendeu a servir
mesas, fazer coquetéis e falar “um pouco” o inglês.
“Num espaço de dois meses já sabia fazer tudo, o mais difícil foi o inglês, mas estava
melhor do que quando saí do liceu. Passado algum tempo, com a experiência logo
arranjei um trabalho em que passei a ganhar melhor e, assim sucessivamente, até que fui
trabalhar no restaurante do Hilton Cabo Verde Sal Resort”, narra. Com o aumento do
número dos casos de infectados pelo novo coronavírus, muitos dos colegas de Eunice
foram demitidos, outros tiveram os contratos de trabalho suspensos. Eunice Monteiro
ficou no grupo dos contratos suspensos e regressou à sua ilha de origem, em Junho.
Depois de tudo, pensa regressar ao Sal pelo continua a pagar a renda do quarto onde
habitava. “Vivo numa casa que tem três quartos, três cozinhas e duas casas de banho. O
quarto que ocupo custa 10 mil escudos mensais. A última vez que eu recebi o salário foi
no mês do Maio e tenho pago a renda com a pouca reserva que tinha. Já está a acabar e
já começo a ficar aflita”, admite. A vontade de começar a trabalhar fez com que Eunice
planeasse o regresso à ilha do Sal em finais de Setembro já que num grupo de
WhatsApp os colegas que ali ficaram informaram-na de que o hotel vai abrir as portas
no próximo dia 1 de Outubro.“ Os meus patrões não me disseram nada sobre as coisas
voltarem a funcionar, ainda assim vou regressar logo de modo a entrar em contacto com
eles e ver o que vai acontecer. Regressar ao Sal agora é um risco que vou ter de correr
porque posso ir e as coisas não funcionarem logo e vou ter gastado o meu pouco
dinheiro”, reflecte.Ficar na Praia não é uma opção para esta jovem mãe que há alguns
anos tentou trabalhar na capital, depois de ter vivido no Sal.Fiz algumas entrevistas,
mas os salários eram 13 mil escudos. Sinceramente, eu já não consigo trabalhar para
ganhar esse valor sabendo que tenho uma filha para sustentar e a mim mesma. Este
vencimento não é suficiente nem para a minha filha, imagina para nós duas. Mesmo que
na Praia não tenha de pagar renda por viver com a minha mãe, já não consigo trabalhar
aqui porque o que eu ganho no Sal, mesmo que o custo de vida seja mais caro,
compensa e dá para viver tranquilamente”, considera. Para ficar na Praia, enfatiza,
somente se conseguir um emprego que pague pelo menos 20 mil escudos.
Assim como a ilha de Santiago, a ilha de São Nicolau recebeu muitos jovens nativos
oriundos das ilhas do Sal e Boa Vista após perderem o emprego. Em Junho deste ano,
no quadro da iniciativa Acolher, Integrar e Recomeçar (AGIR) da Antena Jov@
Emprego-São Nicolau, em parceria com a Câmara Municipal da Ribeira Brava, recebeu
os jovens regressados dessas ilhas.
O encontro serviu para auscultar as necessidades e planos futuros desses jovens, para
além de se dar a conhecer as ofertas formativas disponíveis, as oportunidades de
investimento nas áreas de turismo, agricultura e pescas. Por outro lado, o encontro
visava falar das ofertas das linhas de crédito, de modo a elaborar um plano de acção
conjunto para apoiar aqueles que pretenderem fixar-se no concelho.
Carla (nome fictício) é uma dos muitos jovens que estão de volta à São Nicolau.
“Eu trabalhava na Boa Vista, trabalho aí desde 2012 num hotel que agora está parado
por causa da COVID-19, sou pasteleira. Voltei para São Nicolau agora em Junho. Sem
trabalho não dava para ficar”, revela.
Para esta jovem da terra do Chiquinho fixar-se na ilha está “fora de cogitação”. Por isso
garante que logo que os estabelecimentos retomarem as suas actividades volta.
Em São Nicolau, Carla fica em casa da família e não lida com as despesas. Mas, na Boa
Vista vive com a filha num quarto alugado. Mensalmente pagava 11 mil escudos pelo
quarto. A casa de banho e a cozinha eram divididas com outras pessoas que habitavam
os outros quartos.
“Para mim viver em São Nicolau custa tanto quanto viver na Boa Vista. Mesmo que não
custasse, não pretendo deixar o meu trabalho na Boa Vista, sou de quadro. Eu sei que
muitas pessoas voltaram para as suas ilhas de origem com a intenção de regressar à Boa
Vista quando tudo voltar ao normal, sublinha.
Conclusão
Ao realizar este trabalho pude adquirir conhecimentos sobre o tema pois era um assunto
que até ainda não tinha pesquisado sobre e espero ter conseguido através do meu
trabalho passar algo conteúdo produtivo sobre o tema levando e conta principalmente
algumas áreas do mercado e setores emergentes por causa da pandemia.
Bibliografia
https://www.dw.com/pt-br/coronav%C3%ADrus-atinge-em-cheio-a-
ind%C3%BAstria-da-avia%C3%A7%C3%A3o/a-52614982
https://www.mapfre.com/pt-br/actualidade/economia-pt-br/hospitalidade-
restauracao-adaptar-covid-19/
https://expressodasilhas.cv/economia/2020/09/27/mercado-do-trabalho-efeitos-
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https://www.ilo.org/lisbon/publica%C3%A7%C3%B5es/WCMS_749016/lang--
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https://www.unicef.org/brazil/dicas-de-limpeza-e-higiene-para-ajudar-manter-o-
virus-da-covid-19-fora-de-sua-casa