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PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema "A pandemia da COVID-19 e seus impactos na sociedade
contemporânea", apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Textos motivadores:
TEXTO I
Isto porque, além da própria situação do novo coronavírus estar em andamento, existem exemplos
na História, relacionados a outras pandemias, mostrando que nem sempre houve profundos
impactos históricos e sociais provocados por uma pandemia. A gripe espanhola, registrada entre
1918 e 1919 e que atingiu todos os continentes, deixou entre 50 milhões e 100 milhões de mortos,
segundo estimativas. Por estas características, ela tem aparecido como comparação com a
pandemia do novo coronavírus.
Para Daniel Medeiros, professor de História do Colégio Positivo, de Curitiba (PR), e doutor em
Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), poucos foram os reflexos deixados
historicamente por outras pandemias e epidemias. Ele cita que, o século XIV, a grande peste negra
foi vista como um castigo divino e não houve, de fato, um aprendizado com ela. "Mesmo a gripe
espanhola, que foi relativamente rápida - no Brasil, durou cerca de dois meses - não foram capazes
de criar uma consciência sanitária, médica e, principalmente, de saúde pública. Creio que a única
pandemia que mudou efetivamente hábitos e culturas foi a AIDS. Eu sou da geração que foi jovem
antes da AIDS. A diferença é grande, embora, com a medicação eficaz que foi desenvolvida,
muitos acreditam que há uma cura (e não há!) e os jovens de hoje começam, outra vez, a se
parecerem com os da minha época. O que prova que conhecimento tem de ser cultivado, senão
murcha e morre", opina.
Disponível: http://saudedebate.com.br/noticias/coronavirus-impactos-historicos-e-sociais-
provocados-pela-pandemia-da-covid-19. Acessado em: 07 Fev 2021 (adaptado).
TEXTO II
Mas as consequências da crise sanitária vão além do “onde”, diz Gray. A pandemia do
coronavírus vai acelerar uma mudança fundamental no que se entende por emprego.
Em Ghost Work – How to Stop Silicon Valley from Building a New Global Underclass (trabalho
fantasma – como impedir o Vale do Silício de criar uma nova subclasse global, numa tradução
livre), Gray e o co-autor Siddhart Suri expõem o trabalho sob demanda – repetitivo, mal
remunerado e não-reconhecido –, que está por trás da tecnologia da inteligência artificial.
“Ficou óbvio para muitas empresas que parte do que elas fazem hoje pode se transformar em
serviços sob demanda.”
Disponível: https://www.infomoney.com.br/especiais/ed01/trabalho-fantasma-e-outros-impactos-
da-pandemia-para-a-vida-profissional/. Acesso em 07 Fev 2021 (adaptado).
TEXTO III
O mundo da educação costuma olhar para os relatórios do Fórum Econômico Mundial para
destacar as habilidades importantes para o futuro. Em 2021, os dados de uma pesquisa sobre o
cenário pós-pandemia divulgados pela organização sediada na Suíça trazem um alerta importante
relacionado à ampliação da desigualdade que teria como principal consequência a desesperança
dos jovens.
No mais recente “Global Risks Report 2021” (“Relatório de riscos globais de 2021”), a situação
dos jovens é colocada na categoria de “perigos claros e atuais”, a mesma de doenças infecciosas,
eventos climáticos extremos e estagnação econômica prolongada. Por mais que mencione que a
pandemia de COVID-19 tenha acelerado a Quarta Revolução Industrial e trazido benefícios como
o desenvolvimento rápido de vacinas e o trabalho remoto, o documento também lembra que a
desigualdade digital é um risco já para o curto prazo.
Para uma juventude que na última década já havia sido atingida pela crise financeira de 2008, o
obstáculo agora parece ainda maior. A pandemia traz desafios não apenas educacionais (que
estudantes têm de enfrentar com um modelo educacional há muito tempo ultrapassado), mas
também em relação às perspectivas econômicas e à saúde mental. Antes mesmo da pandemia,
crianças e jovens eram dois terços da população pobre do mundo, segundo dados do Banco
Mundial. O Unicef (Nações Unidas para Infância) já identificou uma piora, com mais 150 milhões
de crianças nesta situação.
Durante a primeira onda da pandemia, ainda no primeiro semestre de 2020, 80% dos alunos
estavam fora da escola. Apesar da corrida mundial para promover ensino remoto via televisão,
rádio e internet, também houve notáveis diferenças regionais, com pelo menos 30% da população
estudantil global sem tecnologia necessária para continuar aprendendo.
Disponível: https://porvir.org/relatorio-alerta-para-a-desilusao-do-jovem-em-razao-da-pandemia/.
Acessado em 07 Fev 2021 (adaptado).
TEXTO IV