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Estágio Docente II, 3º Ano, 1º Semestre

Texto de apoio
1. Introdução

O módulo Estágio Docente II enquadra-se no quadro curricular do 3º ano do curso de Licenciatura


em Ensino de Português com a finalidade de orientar o formando a participar da dinâmica da escola
e da sala de aula. Essa intenção só será possível quando o formando ou estudante: i. auxiliar o
professor-supervisor na produção de material didáctico; ii. organizar situações de aprendizagens
em simulações de micro-aulas; iii. implementar aprendizagens em simulações de micro-aulas: v.
estabelecer o processo de ensino e aprendizagem de forma criativa e criadora em atenção às
condições da escola.

Pimenta e Lima (2006) referem que, cabe ao estágio, “desenvolver atividades que possibilitem o
conhecimento, a análise, a reflexão do trabalho docente, das ações docentes, nas instituições, de
modo a compreendê-las em sua historicidade, identificar seus resultados, os impasses que
apresenta, a dificuldades.” Nesta perspectiva, o professor-estagiário preocupar-se-á pela
transferência de um acumulado de saberes teóricos para a actividade pratica, que se caracterizara
por uma planificação em grupo e individualmente, pelo processo de observação, pela leccionação
das aulas e pela análise e reflexão depois das aulas.

Neste módulo, iremos privilegiar o modelo pedagógico centrado ao aprendente ou formando sem
saltar de vista outros modelos como em momentos iniciais ou finais de aulas, onde sejam
necessárias exposições e/ou em momentos de trabalhos grupais, quando houver necessidade de
cultivar nos formandos e nos alunos a socialização e o respeito pelas opiniões de outrem.

A avaliação, nesta disciplina, terá duas instâncias: i. a avaliação formativa que decorre de todo o
processo dinâmico na escola e na sala de aula em que o estagiário estará envolvido na acção

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pedagógica; ii. a avaliação sumativa que consiste num controlo quantitativo de fóruns, testes e
trabalho de campo, bem como dos exames finais.

Portanto o Estágio Docente é um conjunto de actividades realizadas pelo formando-


estagiário relacionadas à prática psicopedagógica no curso de Licenciatura em Ensino de Português
como contributo parcial de formação profissional para o exercício da função docente no ensino
secundário.

Espírito Santo (2014) refere que o estágio pedagógico caracteriza-se como o momento decisivo de
integração no contexto profissional, representando a confrontação do futuro professor com a
realidade do ensino.

Depois da fase curricular, o formando participa de uma etapa decisiva onde se envolve na condução
profissional do processo de ensino e aprendizagem, transferindo os conhecimentos teóricos
adquiridos para a acção pedagógica na escola.

2. Planificação em grupo de micro-aulas

A planificação, sendo um processo que antecede a acção, é um fundamental colaborador da prática


docente, que contribui para o eficaz e eficiente processo de ensino e aprendizagem (PEA),
permitindo ao professor fazer uma previsão do que poderá ser a sua aula, definindo o conjunto de
objectivos, conteúdos, experiências de aprendizagem, assim como a avaliação dessas experiências.

Câmara Apud Barroso (2013) define que “A planificação é um importante auxiliar da prática
pedagógica, contribuindo para o sucesso do processo ensino-aprendizagem, uma vez que permite ao
docente fazer uma previsão do que poderá ser a sua aula, definindo o conjunto de objetivos,
conteúdos, experiências de aprendizagem, assim como a avaliação.”

A planificação do professor começa juntamente com os outros colegas, com a elaboração da


dosificação da disciplina, na qual o grupo de disciplina faz a distribuição das unidades do ensino.
A micro-planificação em grupo consiste na planificação de cada aula, onde se definem todos os
pormenores essenciais para a docência: apresentação do tema, definição dos objectivos, selecção de
novos conceitos, escolha de estratégias, organização de materiais necessários a aula, adequação da
linguagem específica a utilizar.

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A planificação de uma aula envolve a definição de objectivos geral e específicos, as metodologias e
estratégias, a selecção e/ou criação de tarefas e actividades, a construção de materiais, a medição
dos conteúdos, a consolidação do aprendido e a avaliação dos conhecimentos adquiridos. Antes da
execução da aula, aconselha-se que o docente encarregado pelos estágios ou o grupo de disciplina
verifique: (i) a documentação de suporte (planificação a médio prazo, sua
justificação/fundamentação, tarefas e actividades propostas, situação concreta do grupo-alvo – os
alunos/turma), (ii) a qualidade do plano escrito em atenção ao tempo distribuído em consonância
com as funções didácticas.

Neste contexto, na planificação do PEA, devem observar-se os componentes seguintes: (i)


Objectivos que consistem na descrição clara do que se pretende alcançar, como resultados da
actividade docente; (ii) Conteúdos que constituem a base objectiva da instrução-conhecimento
sistematizado e habilidades; (iii) Procedimentos de ensino são acções, comportamentos planificados
pelo professor para colocar o aluno em contacto directo com a realidade, factos e fenómenos que
possibilitem modificar a sua conduta, em função dos objectivos previstos; (iv) Recursos de ensino
são materiais que são usados para facilitar a aprendizagem; (v) Avaliação é um componente
essencial do plano de ensino pelo facto de ajudar na determinação do grau e quantidade de
resultados alcançados em relação aos objectivos definidos.

3. Planificação individual de micro-aulas

Guilherme Basílio (2018) refere que a planificação didáctica é um processo que envolve operações
mentais e exige o uso racional dos verbos, como: analisar, reflectir, definir, seleccionar, estruturar,
distribuir ao longo do tempo, e prever formas de agir e organizar. Segundo o mesmo autor, o plano
de aula é um documento escrito autêntico que serve de guia de orientação para execução das acções
do professor. Os conteúdos planificados são colocados em sequências de tal forma que nenhum
conteúdo é esgotado numa aula. Cada conteúdo tem uma continuidade de forma articulada com
conteúdos subsequentes.

Neste contexto, individualmente, o professor elabora o seu plano de aula, prevendo o


desenvolvimento de conteúdos para uma aula ou um conjunto de aulas, escolhendo métodos e

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técnicas de ensino, definindo objectivos, meios, estratégias e instrumentos para a ministração da
aula, em cumprimento à planificação a médio prazo.

O professor deve planificar para: (i) disciplinar a sua actividade docente; (ii) executar a aula
seguindo a sequência lógica; (iii) garantir aprendizagem eficiente; (iv) assegurar a direcção do
ensino; (v) permitir o alcance dos objectivos previamente definidos; (vi) avaliar as competências
comunicativas na socialização de conteúdos.

Piletti (1997) refere que, para fazer a planificação do processo de ensino-aprendizagem, o professor
deve responder as perguntas fundamentais seguintes:
1) O que pretendo alcançar?
2) Em quanto tempo pretendo alcançar?
3) Como posso alcançar isso que pretendo?
4) O que fazer e como fazer?
5) Quais os recursos necessários?
6) O que e como analisar a situação a fim de verificar se o que pretendo foi alcançado?

Com as respostas acima respondidas, o professor (estagiário): (1) define os objectivos geral e
específicos de acordo com os conteúdos dosificados; (2) distribui o tempo previsto de uma aula
única ou dupla, 45 ou 90 minutos, respectivamente, no caso que estamos a abordar, em momentos
delimitados da aula que coincidem com as funções didácticas decorrentes da aula; (3) indica os
métodos de aprendizagem e as estratégias de ensino para garantir o alcance dos objectivos da aula;
(4) regista as tarefas e as actividades do próprio professor e dos alunos em cada momento da aula;
(5) selecciona os materiais, indispensáveis e/ou auxiliares, como textos orais ou escritos, bem como
audiovisuais; (6) consolida os conteúdos em aprendizagem por meio de repetições, perguntas
directas, questionamentos, debates, e, por fim, avalia as competências apreendidas por via de
trabalhos independentes como testes e provas para aferição de conhecimentos adquiridos.

4. Simulação de aulas de curta duração

“Diz-me e eu esqueço. Mostra-me e eu lembro-me. Envolve-me e eu compreendo.” (Provérbio chinês).

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Dwight Allen e os seus colegas do curso de formação de professores da Universidade de Stanford
desenvolveram, durante os anos 60, o Micro Ensino que criou oportunidade para a Micro-Aula, que,
no capítulo anterior, estivemos a abordar do ponto de vista de planificação. Este método consiste
basicamente numa sequência “Ensinar – Rever/Reflectir – Reensinar”. Trata-se de aulas
leccionadas por um professor-estagiário, sob assistência do professor-encarregado da(s) turma(s) e
de outros estagiários. Essas aulas são mini-lições, de pouca duração, como nos referiremos adiante,
e que se repetem com outro futuro professor leccionando outra turma de alunos.

No final de cada aula, os estagiários que assistiram à aula, obviamente, reúnem-se para analisar o
que observaram e discutir as possíveis melhorias para que as futuras aulas sejam mais profícuas.

Sousa (2010) defende que a imitação é uma das técnicas da simulação, referindo que «A imitação é
a reprodução simples e espontânea de um modelo ou de um fenómeno qualquer (pessoas, coisas,
animais, gestos, atos, atitudes, etc.)». Mas a imitação nunca consegue reproduzir totalmente a aula
observada anteriormente, admitindo desta forma a criatividade do estagiário.

Piaget (1964) refere que a imitação é, sobretudo, manifestação da inteligência, contribuindo de


modo significativo para o desenvolvimento cognitivo. “A imitação é o ato pelo qual um modelo é
reproduzido (o que em nada implica a representação desse modelo, porquanto pode ser
simplesmente “percebido”).” O estagiário não só imita o que observou como também imita a sua
imaginação.

A metodologia de simulação integra-se no modelo behaviorista de modificação de comportamentos,


dado que o estagiário, através da acção simulada adquire comportamentos que anteriormente não
possuía.

Passos de construção da simulação de uma aula

1) Antes da simulação:

 Elaboração de planos de 10 a 15 minutos de mini-aulas, sobre tópicos que mais tarde


abordarão numa turma inteira durante os normais 45 ou 90 minutos.

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 Discussão sobre os objectivos a alcançar, as melhores metodologias a empregar, as
competências que se esperam que os alunos adquiram, a consolidação e o modo de avaliação
adoptados.
 Organização de materiais que os estagiários-assistentes irão utilizar para registar as suas
observações.

2) Durante a simulação da aula:

 O estagiário desempenha o papel de professor, ministra a aula aos alunos, procurando


cumprir com o programa e com o plano da aula.

3) Após a simulação da aula:

 Auto-análise da simulação de aula pelo estagiário e hetero-análise da referida aula por


outros estagiários assistentes e o professor encarregado da turma, expondo as observações
de cada um, discutindo-as, definindo o que se pode melhorar e preparando a próxima mini-
aula.

Os três passos que se recomendam acima destinam-se à preparação, realização e análise da


simulação de aula de curta duração. Esse processo deve ser repetido ciclicamente desde o período
do estágio até à fase do exercício profissional como professor.

5. Observação do PEA nas Escolas

A observação do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) além de assumir o papel sensorial


visual, permite a formação de uma técnica que gera pensamento crítico e construtivo no estagiário,
motivando para a formulação de hipóteses que serão aprovadas e/ou reprovadas nas suas
conclusões, contribuindo, desta forma, para a assimilação de conhecimentos práticos associados à
teoria.

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Pozo (2002) sugere que a aprendizagem: (i) produz mudanças duradouras; (ii) deve ser transferível
para outras situações; (iii) é consequência directa da prática realizada. As três características
descritas pelo autor mostram que o homem nasce preparado para aprender, carecendo apenas de
estímulos externos e internos para a aprendizagem.

Silva (2013) defende que a observação de aulas deve ser um processo colaborativo entre o docente
e o supervisor. Assim, estes devem, segundo Reis (2011) “ desempenhar papéis importantes, antes,
durante e após a observação, de modo a assegurar benefícios mútuos no desenvolvimento pessoal e
profissional”. Ainda Reis (2011) refere que o sucesso da observação de aulas depende de uma
preparação cuidadosa, designadamente, no que diz respeito à definição da frequência das mesmas, à
duração, aos focos específicos a observar, à escolha das metodologias a utilizar e à concepção de
instrumentos de registo adaptados. O mesmo autor sublinha que é necessário serem observadas
aulas em diferentes turmas e em vários dias da semana. A observação e a gestão da sala de aula, a
interacção na sala de aula entre professor /aluno, o discurso do professor e dos alunos, o clima de
sala de aula e as actividades pedagógicas, que passam pela diferenciação educativa, são exemplos
muito importantes de focos de observação.

Morgado (2003) considera que a diferenciação educativa requer a existência de um modelo que
permita analisar as práticas a desenvolver nas salas de aula, modelo esse que se estrutura em torno
de seis dimensões fundamentais: “planeamento, actividades /tarefas de aprendizagem, organização
do trabalho dos alunos; clima social de sala de aula; materiais e recursos e avaliação”. Neste
contexto, a planificação estruturada e organizada é a actividade crucial para o sucesso da execução
de actividades, definindo as necessidades educativas do aprendente e os critérios de avaliação; as
tarefas serão de acordo com os materiais e recursos que o professor-estagiário mobiliza para a sua
aula; o controlo de assiduidade e pontualidade dos alunos e a organização da actuação dos alunos na
sala de aula; as condições concretas da sala de aula devem propiciar um ambiente favorável para a
realização da aula; os procedimentos e mecanismos envolvidos concorrem para o alcance de
competências que devem ser avaliadas pelo orientador do PEA na sala de aula.

Vieira e Moreira (201) salientam as vantagens da “análise colaborativa das práticas de ensino e
aprendizagem com o objetivo de as melhorar (...) através de ciclos de observação compostos por
três fases principais”, ou seja, resume as tarefas que o ciclo de avaliação deve ter: pré-observação,

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observação e pós-observação. Assim, na pré-observação, promove-se a facilitação de construção
de saberes, a discussão das estratégias do professor a observar, a compreensão dos factores
contextuais, a definição dos objectivos e das tarefas e a indicação de instrumentos de observação;
na observação, adopta-se um comportamento discreto, recolhem-se informações em cumprimento
aos objectivos definidos na fase anterior, recorre-se a fases diversificadas de registo de informações,
conciliam-se os registos descritivos dos interpretativos; na pós-observação, promove-se um clima
relacional de construção de conhecimentos, permite uma auto-análise do professor-estagiário,
constrói-se uma atitude indagadora quanto à prática e faz-se uma avaliação do ciclo da observação.

Aceitando que a ficha de registo de observação de aulas é o referencial que contem uma relação
pormenorizada de comportamentos organizados e sistematizados por dimensões, coube ao
observador, segundo Reis (2011) “registar a presença de um comportamento ou acontecimento
durante a aula”. Neste sentido, as informações favoráveis na observação são as que devem ser
capitalizadas para a melhoria do PEA.

Silva (2013) diz que a grelha refere a componente da sala de aula, os conteúdos, a relação
pedagógica com os alunos, tendo sempre como objectivo a melhoria da qualidade do ensino. Pois, o
fim último é que a escola de hoje elimine os aspectos negativos a construção de uma boa aula para
garantir que a escola do futuro seja caracterizada por procedimentos e mecanismos úteis à qualidade
de ensino e aprendizagem necessária.

Silva apud Reis (2011) apresenta a lista de verificação, como instrumento de observação objectiva,
cujos aspectos são os seguintes: -A planificação da aula foi seguida? -Os recursos utilizados eram
adequados às actividades propostas? -Os recursos utilizados eram adequados à idade e às
competências dos alunos? -Houve diferenciação de tarefas de acordo com as necessidades
individuais dos alunos? -O ambiente de sala de aula era promotor de aprendizagens? -As
tecnologias de informação e comunicação foram utilizadas nas actividades realizadas? -As formas
de comunicação eram apropriadas aos objectivos propostos e às características dos alunos? -O
professor demonstrou domínio do conteúdo abordado? -Houve evidências de que os alunos tenham
aprendido?-Os alunos foram avaliados?-Os alunos participaram na sua própria avaliação?-Foram
identificadas algumas necessidades de formação?

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Reis (2011) afirma que “Um observador eficaz deve reconhecer que as suas observações
representam apenas uma versão do que se passou na sala de aula, não constituindo um retrato da
realidade”. Ou seja, as observações apresentadas pelo professor-supervisores podem influenciar
muito no professor-estagiário, devido a sua experiencia, sua formação, suas crenças e convicções,
mas não devem ser encaradas como tábua de procedimentos didácticos totalmente válidos para
serem seguidos rigorosa e detalhadamente. O mesmo autor recomenda que antes da aula, o
observador deve ter esclarecidas às questões seguintes:
1. Quais são os objectivos que o estagiário definiu, para a aula que irei observar? O que
pretende que os alunos aprendam? Como conseguirá saber se os alunos aprenderam?
2. Que estratégia irá implementar para alcançar os objectivos propostos? Que abordagens e
actividades o estagiário irá propor? Porque escolheu essas actividades? Como se articulam
essas actividades? Que recursos irá utilizar?

Durante à aula, devem ser evitadas interrupções e ser registados apenas os momentos da sessão,
destacando o cumprimento do tempo previsto para cada tarefa, bem como os objectivos e o plano
de aula em geral. No fim da aula, o observador deve conversar com o estagiário não para lhe
ameaçar ou desmotivar mas para que descreve os seus sentimentos em relação ao decurso da sua
aula.
Reis (2011) remata que “o sucesso de uma observação de aula baseia-se na selecção e na adaptação
rigorosas dos instrumentos, de acordo com o contexto, as fases do ciclo de supervisão, o foco da
observação e as necessidades específicas de cada professor”. Nesta linha, o professor-estagiário
deve servir-se do seu aprendizado para encontrar a melhor escolha dos procedimentos e
instrumentos a adoptar, ter a capacidade de adaptar e produzir materiais e recursos necessários para
o ambiente concreto de facilitação relacional de saberes.

6. Conclusão

A planificação das aulas de um professor deve começar na companhia com os outros professores-
colegas, partindo da consulta da planificação a médio prazo – a dosificação da disciplina - , na qual
o grupo de disciplina, dirigido por um delegado de disciplina, faz a distribuição das unidades do
ensino. Esta micro-planificação em grupo consiste na planificação de cada aula, onde se definem os

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aspectos seguintes: apresentação do tema, definição dos objectivos, selecção de novos conceitos,
escolha de estratégias, organização de materiais e adequação da linguagem específica a utilizar.
Flores e Pacheco (1999) referem que “o professor é um adulto que se encontra num processo
contínuo de aprendizagem, a sua avaliação não significará mais do que a problematização constante
do seu múltiplo processo de desenvolvimento, através de instrumentos de análise do conhecimento
profissional que adquire e utiliza. Deste modo, o desenvolvimento profissional entende-se como um
processo contínuo de aprendizagem que inclui, por um lado, a aquisição de novas competências,
resultantes de práticas de inovação escolar e, por outro, a consolidação de competências adquiridas
e mantidas ao longo da carreira”.

Neste contexto, depois das planificações grupais, individualmente, o professor planifica a suas
lições, doseando os conteúdos para os momentos da acção didáctica, seleccionando métodos e
técnicas de ensino, definindo objectivos, meios, estratégias e instrumentos para o PEA, em
cumprimento à planificação a médio prazo.

A Simulação de Aula de Curta Duração passa pelas etapas seguintes: 1) elaboração do plano de
aula; 2) apresentação e discussão do plano; 3) reformulação do plano; 4) aplicação da aula numa
turma; 5) avaliação da intervenção e autoavaliação do estagiário.

A observação do Processo de Ensino e Aprendizagem (PEA) deve, por um lado, assumir o papel
sensorial visual, por outro permitir a formação de uma técnica que gera pensamento crítico e
construtivo no estagiário, no dialogo colaborativo entre o professor-supervisor/avaliador e o futuro
professor/estagiário, com a finalidade de ligar a teoria com a pratica didáctica.

7. Referenciais bibliográficas

BARBOZA, A. C. C. (2012). Aula simulada: (re)elaboração de estratégias para o ensino do


português. Anais do SIELP. Volume 2, Número 1. Uberlândia: EDUFU.

BARBOZA, A. C. C. (2012). Formação de professores para o ensino de Língua Portuguesa na


UFOP: análise de programas disciplinares. Anais do III Simpósio Nacional Discurso, Identidade e
Sociedade e I Simpósio Internacional Discurso, Identidade e Sociedade, 14 a 16 de Fevereiro,
UNICAMP (SP).

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ESPÍRITO SANTO, Raquel Nicolau (2014). Relatório final de Estágio Pedagógico, FMH-
Universidade de Lisboa.

FLORES, M. & PACHECO, J. (1999). Formação e Avaliação de Professores. Porto: Porto Editora.

LIBÂNEO, José Carlos (2001). Didáctica, São Paulo: Cortez.

PILETTI, Claudino (1997). Didática geral. 21ª ed. São Paulo: Ática.

PIMENTA, S. G. (2006). Estágio e docência: diferentes concepções. Revista Poíesis. Vol. 3, n. 3 e


4, p. 5-24.

PIMENTA, S. G. e LIMA, M. S. L. (2011). Estágio e docência. 6. ed. São Paulo: Cortez.

POZO, Juan (2002). Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem 1 ed. Porto Alegre:
Artmed.

Sebenta de Didáctica Geral Maputo/2016

httpssites.google.com/site/albertobarrossousa/metodologias-de-educacao/metodologia-de simulação

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