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Índice
Introdução.........................................................................................................................................3
2.1. Fraseologia.............................................................................................................................4
Conclusão.......................................................................................................................................11
Referências bibliográficas..............................................................................................................12
3
Introdução
4
Segundo Osório (2017:248), as expressões idiomáticas fazem parte das unidades fraseológicas
junto aos provérbios. Sendo expressões cristalizadas e indecomponíveis, cujo sentido e cujo
emprego são determinados culturalmente e convencionalmente.
Desse modo, torna-se pertinente que se parta do conceito de Fraseologia, que ocupa uma
categoria mais geral, para desaguar nas expressões idiomáticas.
2.1. Fraseologia
Segundo Alverez (2000:96) leva a compreender a fraseologia como um ramo da linguística que
tem por objecto de estudo a análise de combinações de palavras que formam novas unidades
lexicais ou que tem o carácter de expressão fixa.
Segundo Vilela (2002:170-172) fraseologia é uma disciplina que tem como objecto as
combinações fixas ou congeladas de uma dada língua, combinações que, no sistema e na frase,
podem assumir a função e o significado de palavras individuais.
Fraseologia é o estudo de frases ou expressões fixadas pelo uso e com um sentido específico
(frase feita), próprias de uma determinada língua. O seu limite superior é a frase.
Vilela (2002) apresenta como critérios comuns para identificar as fraseologias os seguintes:
Tipicidade sintáctica e semântica, pois além opacidade e semântica, as unidades como tais não
entram na composição de outras unidades.
Uma vez trazido o conceito de fraseologia, importa agora reflectir em torno das expressões
idiomáticas.
As expressões idiomáticas estão no grupo das lexias complexas mais empregadas na linguagem
quotidiana. Elas são fruto de um processo metafórico de criação e são expressões fixas.
Osório citando Reis (2008) afirma que expressões idiomáticas são expressões fixas, isso quer
dizer, são unidades lexicais que não admitem inserção nem substituição por outros itens lexicais e
que uma vez cristalizada, a expressão idiomática não admite a substituição de qualquer de suas
palavras componentes.
Tagnin (1989:13) afirma que uma expressão é idiomática apenas quando seu significado não é
transparente, isto é, quando o significado da expressão toda não corresponde a somatória do
significado de cada um de seus elementos.
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Exemplo:
Para Biderman (2001:169-78), expressões idiomáticas são combinatórias de lexemas que o uso
consagrou em uma determinada sequencia, ou seja, desconsiderando suas partes como unidades
semânticas e cujo significado não se da na simples somatória dessas partes.
Xarata (1994:129) advoga que, embora existam diversas expressões idiomáticas relacionadas ao
conceito universal de morte, como por exemplo, bater as botas, dormir o sono eterno, passar
dessa para uma melhor, para essas não há possibilidade de outro emprego que não aqueles com o
sentido de morrer, mesmo que as imagens que cada uma possui sobre a morte sejam particulares.
Constata-se, como Xarata (1998:171), que as expressões idiomáticas se agrupam por subtipos,
seja por semelhanças estruturais, seja, por identidade de relações semânticas.
Segundo Barros e Negri (2010:207) no que concerne à natureza morfossintáctica, que ratifica o
princípio da complexidade lexical, identificam-se expressões idiomáticas verbais, nominais,
adjectivais, adverbiais e frasais.
Deve-se atentar para um bom número de expressões de forma análoga, mas de sentido
completamente diferente, ou seja, possuem formas similares.
Exemplos:
Filhinho de papai.
Segundo Tamba-Mecz (1981) são expressões centradas na figura da comparação tendo em sua
estrutura propriedades adjectivas ou verbais e elementos comparastes. Essas expressões servem
para marcar grau de intensidade.
Exemplo:
O exagero, na expressão, que tem sua razão de ser nas tendências naturais e sócias da língua
falada comum, representa um valor expressivo e afectivo, geralmente absurdo embora não se
perceba. (Bally, 1951).
A ironia, assim como a intenção da antífrase, procedimento de expressão ´pelo contrario, ou seja,
produzem o efeito de dizer o contrário.
São expressões usadas apenas na forma negativa, sendo impossível passar para a afirmativa.
Quanto a lexia com números pode-se tentar caracterizar as correspondências aproximativas entre
diferentes línguas, assim como o grande ou pequeno uso feito por certas línguas de determinados
números.
São aquelas empregadas em uma situação social precisa ou desencadeadas por uma situação
específica. (Heinz, 1993)
Exemplo:
Para situações concretas de comunicação é ou julga-se importante ter em conta a clareza e rigor
na selecção das expressões idiomáticas. As expressões idiomáticas, como já vimos anteriormente,
apresentam características especificas e devem ser utilizadas em função de um contexto também
específico. Elas desempenham um papel importante no processo de comunicação, a saber:
a) São elementos que geram uma riqueza imensurável à linguagem, elas tornam a
comunicação mais rica e interessante, permitindo aos interlocutores maior expressividade;
b) São elementos que permitem economia de palavras, geralmente elas transmitem uma ideia
complexa de forma concisa, economizando tempo e esforço na explicação de conceitos
elaborados.
c) São elementos ou expressões que expressam emoções, as expressões idiomáticas podem
transmitir emoções e sentimentos de forma mais precisa do que palavras simples,
adicionando profundidade à comunicação.
d) São elementos de conexão cultural, o uso destas expressões pode ajudar a estabelecer
conexões culturais e emocionais entre pessoas, pois muitas delas são especificas de uma
determinada região ou cultura;
e) São elementos de identificação cultural, o uso adequado de expressões idiomáticas pode
indicar a familiaridade com a língua e cultura, o que pode ser apreciado em contextos
sociais e profissionais.
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Conclusão
Finda a realização do presente trabalho concluímos que as expressões idiomáticas podem ser
categorizadas como fraseologias de valor referencial que representam imagens de algo concreto e
cujo sentido literal difere do significado. As expressões idiomáticas, não funcionam como
enunciado completo, ou seja, tem valor semântico autónomo na comunicação entre
interlocutores, contudo, sim, ser adaptável a contextos e sujeitos particulares e sofrer alterações
quanto à pessoa, ao verbo e a outros elementos gramaticais. O uso destas expressões no processo
de comunicação enriquece a comunicação, economiza palavras, conecta diferentes culturas, etc.
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Referências bibliográficas
Barros, L.A & Negri, A, (2010), O Léxico em Foco: Múltiplos Olhares, SP.
Xarata, C.M & Succi, T.M, (2008), Revisitando o Conceito de Provérbio, SP.