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REGULAMENTO DE CIRCULAÇÃO
DE COMBOIOS
III
SEGURANÇA DE CIRCULAÇÃO
DE COMBOIOS
Editado por:
Fernave, SA
Revisto em:
Agosto de 2012
ÍNDICE
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
GENERALIDADES
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
35.PEDIDO DE AVANÇO PARA UM COMBOIO, FEITO ANTES DA CHEGADA DO COMBOIO COM QUE CRUZA
................................................................................................................................................. 29
CAPITULO V
CRUZAMENTO DE COMBOIOS
CAPÍTULO VI
58.INTERVERSÃO DE TRENS.............................................................................................................. 50
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
63.COMBOIOS SUPLEMENTARES...................................................................................................... 57
64.DESDOBRAMENTO DE COMBOIOS............................................................................................... 58
67.AVISOS AOS GRUPOS DE VIA DE ANÚNCIO DAS CIRCULAÇÕES ESPECIAIS, FEITO À ÚLTIMA HORA 61
CAPÍTULO IX
78.INDICAÇÕES A FAZER NAS ORDENS DE AVANÇO DOS COMBOIOS QUE CIRCULEM NA MESMA SECÇÃO
ONDE TRABALHA UM COMBOIO DE SERVIÇO ................................................................................... 66
80.PROIBIÇÃO DE RECUPERAÇÃO DE ATRASOS PELOS COMBOIOS QUE CIRCULAM NUMA SECÇÃO ONDE
TRABALHEM COMBOIOS DE SERVIÇO............................................................................................... 68
83.REGISTO DAS HORAS DE ENTRADA E SAÍDA NA SECÇÃO, DOS COMBOIOS DE SERVIÇO DE VIA .... 70
CAPÍTULO X
87.DISPOSIÇÕES COMUNS................................................................................................................ 71
CAPÍTULO XI
DUPLA TRAÇÃO
102.EXPEDIÇÃO DE COMBOIOS EM DUPLA PELA CAUDA ATÉ DETERMINADO PONTO DA LINHA, DENTRO
DA SECÇÃO....................................................................................................................................... 78
CAPÍTULO XII
104.COMUNICAÇÕES AVARIADAS........................................................................................................ 81
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
ACIDENTES
110.DEFINIÇÕES DE ACIDENTES........................................................................................................ 86
CAPÍTULO XV
DETENÇÃO DE COMBOIOS
CAPÍTULO XVI
QUEBRA DE ENGATES
125.ATUAÇÃO DOS CHEFES DAS ESTAÇÕES OU OUTROS AGENTES NO CASO DE FUGA DE MATERIAL...
................................................................................................................................................. 99
CAPÍTULO XVII
ACIDENTES DIVERSOS
CAPÍTULO XVIII
SOCORRO A COMBOIOS
CAPÍTULO XIX
145.OS COMBOIOS DE TRANSBORDO DEVEM SEGUIR DE RECUO PARA O LOCAL DO ACIDENTE ..... 113
CAPÍTULO XX
VIA DUPLA
CAPÍTULO XXI
161.MEDIDAS A ADOTAR PELA ESTAÇÃO QUE VAI ENTRAR EM SERVIÇO ........................................ 121
CAPÍTULO I
Os comboios com marcha prescrita no livro-horário mas que para circular necessitem, de ser
anunciados, denominam-se “comboios suplementares”.
Os comboios que não tenham marcha prescrita no livro-horário, e cuja circulação tenha que ser
previamente anunciada denominam-se “comboios especiais” e podem ser: de desdobramento,
de serviço de via e de socorro.
CAPÍTULO II
GENERALIDADES
Assume, no entanto, toda a responsabilidade do seu acto, que será apreciada em face das
circunstâncias do caso.
A fim de prevenir possíveis enganos, não devem ser usados no texto dos telegramas de serviço,
os termos “esta” ou “essa”, referindo-se à estação expedidora ou à de destino, mas sim, os
nomes das estações.
Quando um comboio tenha determinado serviço a fazer entre estações (tomar e deixar material
em apeadeiro ou desvios ou qualquer outro serviço a executar em plena via onde não haja
paragem indicada no horário), tanto o condutor como o maquinista receberão nesse sentido
uma ordem escrita, passada pela estação de origem ou pela estação anterior ao local, na qual
será designado o serviço que o comboio tem de efetuar.
Se a ordem acima referida for dada na estação de origem, o chefe avisará, pela via mais rápida
as duas estações interessadas.
Se a dita ordem tiver de ser dada pela estação anterior ao local da paragem extraordinária,
cumpre a esta estação avisar a seguinte, nas mesmas condições.
Os maquinistas devem regular a marcha dos seus comboios em conformidade com o horário,
evitar atrasos e velocidades excessivas.
Para o efeito, o condutor, sempre que possível, deverá prevenir o maquinista no local anterior
de paragem e transmitir-lhe a passagem pela tabuleta “C”, o sinal de “autorização de passar sem
parar”, nas condições do artigo 19 do Regulamento II Sinais.
(n.° 80).
Os atrasos de cada comboio iguais ou superiores a trinta minutos serão anunciados à chefia do
Movimento, ao Depósito de Reserva de Locomotivas e às estações seguintes no sentido da sua
marcha.
Deve também verificar se as carruagens estão no estado de asseio conveniente e munidas dos
artigos indispensáveis ao uso dos passageiros, devendo fazer remediar imediatamente qualquer
falta encontrada.
O chefe ou o seu delegado deverá também assegurar-se antes da partida, se os comboios estão
guarnecidos e os condutores munidos de todos os sinais regulamentares.
Nenhuma locomotiva pode sair ou entrar nas linhas exclusivamente afectas à tração, quer seja
destinada a um comboio quer a manobras sem ser pilotada por um agente do movimento.
Os pilotos nas estações são escolhidos pelos chefes, entre os agentes de manobras que bem
conheçam a posição e designação das agulhas, das linhas e dos sinais.
É também permitida a circulação dos comboios, sem furgão e sem condutor, devendo neste
caso a locomotiva ser tripulada por maquinista e fogueiro ou ajudante de tração.
Estas velocidades poderão ser alteradas nas diversas redes pela Direção Geral mediante
proposta das respectivas Direcções Executivas devidamente justificada.
As vias pelas quais são recebidos os comboios nas estações, deverão estar completamente
desimpedidas pelo menos dez minutos antes da hora regulamentar da chegada dos comboios
ou, no caso de atraso, quinze minutos antes da hora provável da chegada, tanto do lado de onde
são esperados, como do lado contrário, prevendo-se assim a ultrapassagem da estação.
Em circunstâncias normais a entrada dos comboios nas estações é regulada pela forma seguinte:
No cruzamento dum comboio de passageiros com um de outra classe, o primeiro seguirá pela via
contígua à plataforma.
No caso de ultrapassagem, o comboio que tem de passar, à frente será recebido pela via mais
conveniente.
Estas normas podem ser alteradas pelo chefe da estação, quando nisso houver conveniência.
Devem parar sempre de modo a deixarem livres os limites, quer do lado da entrada quer do lado
da saída.
No caso de cruzamento oficial (previsto) em estações, o condutor não pode transmitir o sinal de
partida ao maquinista, nem este se põe em marcha, sem que da ordem de avanço conste que o
outro comboio já chegou ou, em caso contrário que o cruzamento foi alterado, o que tem
obrigatoriamente de constar da mesma ordem de avanço.
Quando a entrada se fizer para a linha direta, desde que a agulha reuna as seguintes condições:
Se encontre aferrolhada;
Importante: O desguarnecimento das agulhas não dispensa o pessoal respetivo de verificar sob
sua responsabilidade, se as lanças das agulhas estão bem encostadas aos carris, assegurando
nitidamente a sua posição.
3. Comboios de passageiros;
4. Automotoras;
5. Comboios mistos:
6. Dresinas;
8. Comboios de mercadorias;
Quando um comboio tiver que cruzar com dois ou mais comboios no mesmo apeadeiro, deverá
dar entrada na linha a que tiver direito em relação ao primeiro comboio em sentido oposto,
permanecendo nessa linha até que tenha efetuado todos os cruzamentos.
Nos casos em que é feita pelo fogueiro é sempre coordenada pelo maquinista e por ele
diretamente fiscalizada.
Tratando-se de automotoras, a manobra das agulhas compete ao condutor ou, na falta deste ao
revisor de bilhetes, sob orientação e fiscalização do maquinista.
O condutor e o maquinista de cada comboio devem ser possuidores de uma chave das agulhas
dos apeadeiros e desvios e outra de telefones.
Embora a manobra das agulhas seja feita pelo fogueiro, o maquinista responde pessoalmente
pela conservação da chave das agulhas que lhe é distribuída.
No cruzamento dos comboios em apeadeiros onde não haja pessoal de serviço, observar-se-ão
rigorosamente as regras de prioridade à linha direta e as seguintes disposições:
comboio a entrar:
O fogueiro munido dos sinais regulamentares, vai manobrar a agulha de entrada para o
comboio esperado, fazendo o conveniente itinerário,
Depois da entrada do segundo comboio, logo que a agulha fique livre, o fogueiro
manobra a agulha para o seu comboio sair, aferrolhando-a vai ocupar o seu lugar na locomotiva;
Comboio a entrar;
O comboio que entrou em segundo lugar para a linha desviada puxa até ao limite;
Se não houver mais cruzamentos ou outros serviços, fogueiro vai fazer a agulha para a
saída do seu comboio, fecha-a nessa posição a cadeado e retoma o seu posto na locomotiva;
Chamando a atenção do condutor, o maquinista puxa comboio a frente até que o furgão
ultrapasse a agulha, que é entretanto feita pelo condutor para a linha direta, posição em que é
aferrolhada com o cadeado, após o que este transmite o sinal de partida ao maquinista.
1º Comboio a entrar;
O comboio pára antes da agulha para que o fogueiro a coloque na posição desejada,
aferrolhada a cadeado
O fogueiro munido dos sinais regulamentares, vai para junto da agulha dar entrada ao
outro comboio. Depois da entrada do segundo comboio se não houver mais cruzamento, o
fogueiro faz o itinerário para o seu comboio sair, aferrolha a agulha a cadeado na posição
conveniente posição, e retoma o seu lugar na locomotiva;
O maquinista depois do aviso convencional feito ao condutor, puxa a composição até que
o último veículo ultrapasse a agulha de saída;
O condutor depois da paragem, manobra a agulha para a posição da via direta, fecha-a a
cadeado e transmite o sinal de partida.
2º Comboio a entrar:
O comboio que entrou em segundo lugar para a linha direta, puxa a frente até ao limite
anterior à agulha da saída;
Não havendo mais cruzamentos ou outros serviços, o fogueiro vai manobrar a agulha
para a saída do comboio e fecha-a a cadeado na posição conveniente;
Em qualquer dos casos, se o segundo comboio a entrar não tiver paragem prescrita, pode deixar
de parar no apeadeiro onde cruza, desde que:
A agulha de saída se encontre aferrolhada na posição para a saída do comboio, e lhe seja
apresentado sinal de via livre.
Neste caso, compete ao condutor manobrar a agulha e apresentar o sinal de via livre.
CAPÍTULO IV
Os movimentos dos comboios obedecerão rigorosamente às instruções contidas nas ordens, por
cujo cumprimento são solidariamente responsáveis o condutor, o maquinista e o fogueiro
A autorização de avanço transmitida por meio destas ordens tem a forma de telegrama ou
mensagem expedida pela estação seguinte, mas nenhuma ordem poderá ser válida antes de ser
completada e assinada pelo funcionário encarregado da estação que a emitir.
É lhes também vedado emitir qualquer ordem de avanço que não tenha sido obtida, através das
telecomunicações, do funcionário encarregado no outro extremo da secção em causa, exceto
nos casos de avaria de todas as comunicações (N°105).
A permuta dos avanços só pode ser feita por meio de telecomunicações que permitam a
comunicação direta entre duas estações testas de secção, sem interferência de terceiros.
Sempre que exista algum sistema de telecomunicações que permita a impressão ou gravação
das comunicações, é obrigatória a sua utilização na permuta dos avanços.
Neste caso, se por avaria do aparelho ou outras causas, a permuta dos avanços tiver de ser feita
pelo telefone ou rádio, sem gravação ou impressão, os documentos são preenchidos
manualmente.
Nas ordens de avanço e na linha que antecede à “última partida”, deve ser indicado:
Os pedidos e ordens de avanço transmitidos nestas condições deverão ser acusados, repetindo-
os o agente que os receber àquele que os tiver transmitido da outra estação.
São utilizados igualmente três modelos de ordens de avanço, de côr diferente, cujos prefixos,
correspondem a uma resposta dos pedidos, e são os seguintes:
CR — Ordem de avanço para comboio de serviço Cor amarela — Modelo CFM 952.
Não possui modelo próprio, devendo ser utilizado o modelo de telegramas MTT 56.
Os pedidos de avanço simples “A” CFM 943 e as ordens de avanço simples “AR” CFM 950, são
emitidos para os comboios que circulem até à estação seguinte, com telecomunicações, sem
que tenham de efetuar qualquer cruzamento com outro comboio num ponto intermédio.
Os pedidos de avanço com cruzamento “B” CFM 944 e as ordens de avanço com cruzamento
“BR” CFM 951, são emitidas para os comboios que circulam até à estação seguinte, com teleco-
municações, efetuando um ou mais cruzamentos em pontos intermédios com comboios que
circulam em sentido oposto.
O número de cruzamentos a efetuar nos pontos intermédios será mencionado nesta ordem, por
extenso, no espaço a isso destinado, para que as tripulações tenham possibilidade de detectar
qualquer omissão.
Os pedidos de avanço para comboios de serviço de via “C,” CFM 945, e as ordens de avanço para
comboios de serviço de via CR, CFM 952, só são emitidas para os comboios que tenham de
proceder a balastragem de via ou quaisquer outros trabalhos dentro da secção.
Os avanços por ordens manuscritas, só são utilizados para fazer seguir os comboios detidos,
dentro da secção, sem ordem de avanço ou com a ordem de avanço cada.
Antes de ser pedida autorização para o avanço de comboios, a estação deve averiguar a posição
exata dos comboios.
Uma estação que tenha um comboio a expedir solicitará à estação no outro extremo da secção,
por meio de um pedido de avanço A, B ou C, conforme o caso, autorização, para dar avanço ao
comboio.
Todos os pedidos de avanço incluirão as seguintes indicações que, estando correctas, serão
confirmadas nas repostas:
O último comboio chegado da estação seguinte (ou o número do comboio que deve chegar
antes da partida, do comboio a que o pedido se refere);
A posição de qualquer comboio que tenha entrado na secção, mas que não circule até à estação
seguinte;
Se as informações recebidas estiverem certas e lhe não restarem dúvidas de que o pedido,
permite ao comboio a que se refere circular em segurança, não causando atrasos
desnecessários a outros comboios, transmitirá a ordem de avanço correspondente,
concordando em absoluto com o pedido de avanço.
Rigorosamente de acordo com o que for combinado com a estação seguinte, por meio dos
pedidos de avanço;
Não são permitidas quaisquer alterações ou rasuras nas ordens de avanço, competindo aos
condutores e maquinistas não aceitar quaisquer ordens que tenham sido emendadas.
Nas estações onde a circulação esteja a cargo de um funcionário encarregado, compete ao chefe
da estação certificar-se que são cumpridas todas as disposições regulamentares, devendo,
sempre que possível, assinar as ordens de avanço.
NO PEDIDO DE AVANÇO:
NA ORDEM DE AVANÇO:
35.1. PROIBIÇÃO DA ENTREGA DA ORDEM ANTES DA CHEGADA DO COMBOIO COM QUE CRUZA
O carimbo na parte superior das ordens de avanço (marca do dia), deverá indicar a data em que
foi recebida a autorização para o avanço, ou no caso de avaria de todas as comunicações, a data
em que a ordem de avanço foi preenchida.
A data da emissão na parte inferior da ordem de avanço corresponderá à data em que a ordem
de avanço é, efetivamente entregue à tripulação do comboio.
Sempre que as indicações sobre a última partida e última chegada de comboios, a inserir nas
ordens de avanço pela estação emissora correspondam à data anterior a da emissão da ordem
de avanço, as horas da última partida e da última chegada devem ser sempre seguidos da data
efectiva da partida ou chegada dos comboios respetivos.
a) O código das estações, publicado no livro-horário pode ser usado apenas no lugar
destinado à indicação da estação expedidora e receptora, não sendo necessário acrescentar
(C.E.) ao nome de cada estação.
Por exemplo, em vez de escrever-se e transmitir-se (de C.E. Dondo para Tica) pode escrever-se e
transmitir-se apenas de DN para TA).
Em todos os outros casos, os nomes das estações, dos apeadeiros e desvios serão escritos e
transmitidos por extenso.
b) Os comboios podem ser descritos da seguinte forma: (451), significando comboio n.° 451;
c) A abreviatura (C.S.D.) para comboio de serviço direto pode ser usada unicamente em
relação a (última partida), (O último comboio circulando no mesmo sentido n° ...) e (O último
comboio circulando em sentido oposto n° ...).
Não é necessário passar recibo destas ordens, mas aos condutores e maquinistas compete
certificar-se de que têm em seu poder uma ordem correcta antes de partirem de uma estação.
39.1. Para facilitar e abreviar a conferência das ordens de avanço, antes da chegada dos comboios,
tanto o condutor como o maquinista devem inteirar-se, pelo livro-horário e anúncio de
comboios em seu poder, dos cruzamentos previstos nessa estação e na secção seguinte, por
forma a poderem prever as indicações que devem constar nas ordens de avanço.
39.3. Devem recusar-se a aceitar qualquer ordem de avanço que os autorize a avançar para além de
um lugar de cruzamento oficial sem efetuarem esse cruzamento, a menos que a ordem de
avanço, no espaço assinalado (cruzamento alterado devido a) seja indicada uma razão que
justifique a alteração de cruzamento, em conformidade com o n.° 47 deste Regulamento.
39.4. No caso de a razão da alteração ser um atraso, deverá ser feita indicação idêntica em todas as
ordens de avanço emitidas, até a efectivação do cruzamento.
39.5. Os condutores e maquinistas dos comboios devem recusar-se a seguir com ordem de avanço
para efetuarem um cruzamento com um comboio que não seja regular, sem que tenham
recebido um exemplar do anúncio de comboios que anuncie a sua circulação.
39.6. Devem, também, recusar-se a seguir com uma ordem de avanço que indique um comboio em
sentido oposto como estando cancelado, a menos que, tenham em seu poder um anúncio de
comboios cancelando tal comboio.
39.7. É obrigação dos condutores e maquinistas, antes de partir, verificar se o comboio indicado como
última chegada, chegou efetivamente.
39.8.1. Qualquer irregularidade encontrada numa ordem de avanço ou de cuja existência a tripulação
apenas suspeite, deve imediatamente ser levada ao conhecimento do funcionário
encarregado, pelo condutor e pelo maquinista, para que seja devidamente retificada antes da
partida do comboio.
Quando por qualquer motivo, se torne necessário alterar os preparativos já transmitidos para o
avanço de um comboio, tenham os mesmos sido ou não completados, a alteração deverá
efetuar-se mediante troca de mensagens CFM 948, cancelando os preparativos já transmitidos,
fazendo-se depois novos preparativos.
Antes de ser transmitido um novo pedido de avanço, todas as cópias dos pedidos de avanço e
das ordens de avanço referentes aos preparativos anteriores serão reunidos, inutilizados com
dois traços em diagonal, seguidos da palavra (cancelado), anotação esta que será rubricada pelo
funcionário encarregado, a fim de evitar o uso indevido.
40.1. O cancelamento destes documentos será confirmado nos pedidos de avanço feitos
subsequentemente, pela forma seguinte:
No pedido de avanço:
Na ordem de avanço:
As ordens de avanço dos comboios, emitidas, deverão ser juntas aos correspondentes pedidos
de avanço e colocadas em lugar acessível até que os comboios a que disserem respeito tenham
saído da secção, depois do que serão arquivadas separadamente dos telegramas ou mensagens
ordinárias.
Aos chefes das estações compete certificarem-se de que o arquivo destes documentos é feito
sistemática e corretamente.
Aviso da Situação dos Comboios, modelo CFM 949, conterá as seguintes indicações:
d) Informação por parte das estações sobre a acusação da receção dos anúncios da
circulação de comboios especiais e suplementares.
Nestas estações, a tripulação dos comboios (condutor e maquinista) não podem aceitar a ordem
de avanço, sem que lhes tenha sido entregue o aviso CFM 949.
Tais documentos manter-se-ão acessíveis até que os comboios a que se referem tenham
percorrido a secção;
e) A circulação dos comboios não pode ser registada antecipadamente, mas sim à medida
que forem ocorrendo os incidentes da circulação.
g) Nas estações que são encerradas durante determinadas horas, compete aos condutores,
durante o período de encerramento, fazer o registo da passagem dos comboios, em
conformidade com o n. ° 160.
Para que esta disposição possa ser cumprida, o livro de Registo do Movimento dos Comboios
será, nessas estações, deixado em lugar previamente indicado para esse fim e que seja acessível
às tripulações dos comboios.;
Acidentes;
Este livro servirá também de livro de ponto para os funcionários encarregados do serviço,
indicando, em cada caso, a hora exata.
Neste livro não serão resgistadas quaisquer informações respeitantes a ordens de avanço de
comboios, tais informações serão extraídas diretamente dos documentos originais.
CAPITULO V
CRUZAMENTO DE COMBOIOS
Pelas estações, nos extremos de cada secção, deverão ser fixados cruzamentos, nos lugares mais
convenientes, para todos os comboios em sentido oposto, que venham a estar na secção ao
Devem ser feitos pedidos de avanço separados para cada comboio a entrar na secção.
Uma vez fixado um cruzamento na ordem de avanço autorizando um dos comboios a entrar em
secção, o comboio em sentido oposto deverá ser portador duma ordem para cruzar com o
primeiro no mesmo lugar de cruzamento.
Para aplicação desta disposição nos casos que os comboios trocam de ordens, deverá observar-
se o estipulado no n.° 57.6
Atraso do comboio;
Cancelamento do comboio;
Não circular nesse dia, tal comboio será considerado como circulando
“extraordinariamente”.
Um comboio que, nestas condições, avança para além do ponto de cruzamento oficial,
continuará a circular “extraordinariamente” até se efetuar o cruzamento.
O motivo deverá ser indicado nos pedidos de avanço e justificado nas ordens de avanço, no
espaço destinado a esse fim, em relação a todos os comboios que circulam
“extraordinariamente”.
Quando não seja mencionado qualquer cruzamento oficial mesmo com comboios
suplementares deverão recusar a ordem de avanço a não ser que indique que o comboio que
devia circular em sentido oposto foi cancelado ou não circula naquele dia.
As indicações nos pedidos de avanço e as justificações nas ordens de avanço, serão feitas nas
linhas em branco, por debaixo das palavras: “Cruzamentos alterados devido a”: utilizando as
seguintes fórmulas:
Comboio de socorro;
Comboios de passageiros;
Comboios mistos;
Comboios de mercadorias.
As disposições constantes do número antecedente podem ser alteradas por ordem superior ou
por circunstâncias anormais de serviço, que os chefes de estações em devido tempo justificarão
se for julgado conveniente.
Quando um comboio chegar a um apeadeiro incompleto, por ter deixado na linha parte da sua
composição, não entrará no apeadeiro sem que primeiramente sejam prevenidos do ocorrido as
tripulações de todos os comboios que ali se encontrarem aguardando cruzamento, mandando-
se aguardar o desimpedimento da via.
Se o comboio atrasado ainda não tiver entrado em secção, a alteração de cruzamento só poderá
fazer-se mediante acordo mútuo entre os funcionários responsáveis das estações em ambos os
extremos da secção, confirmado pela troca de telegramas ou mensagens de alteração de
cruzamento (modelo CFM 946).
Se já tiver sido feita a ordem de avanço para o comboio atrasado, deverá ser cancelada e
substituída por outra com a indicação do novo local de cruzamento.
A ordem de alteração de cruzamento (CFM 947) poderá então ser transmitida pelo telefone ou
rádio ao comboio que aguarda cruzamento, em conformidade com as disposições do n.° 109
depois do que deverá ser executada pela tripulação do comboio.
Se não for possível a transmissão da ordem à tripulação, deverá ser-lhe enviada por um próprio,
nas condições do n.° 53.
O próprio poderá seguir a pé ou utilizar qualquer meio de transporte rodoviário que disponha.
Se a linha estiver livre de comboios, em sentido oposto, até ao apeadeiro, havendo um veículo a
motor ou locomotiva, poderá ser enviado ao local do cruzamento, para entrega dos
documentos.
O veículo enviado ao local de cruzamento será expedido com uma autorização escrita entregue
ao maquinista ou motorista do veículo, concebida nos seguintes termos:
Estação de __________
A estação que expedir a locomotiva ou veículo a motor para o local de cruzamento, logo que
entrem em ação, deverão proteger a entrada da secção por um agente munido do sinal de
paragem, com ordem para não permitir a entrada de qualquer veículo na secção antes do
regresso do que foi enviado ao cruzamento.
CAPÍTULO VI
Previstas ou normais;
Imprevistas.
As ultrapassagens não previstas nos horários têm lugar quando um comboio em marcha mais
acelerada ou destinado a serviços urgentes e inadiáveis alcança numa estação ou apeadeiro
outro comboio que circula na mesma direção devido a atraso ou outros motivos, e dali parte à
sua frente.
As ultrapassagens devem ser claramente mencionadas nos pedidos de avanço e nas ordens de
avanço permutadas em relação a cada um dos comboios, sempre que o horário o determine ou
o funcionário encarregado pretenda fixar uma ultrapassagem num apeadeiro ou desvio.
Sempre que, por motivo de atraso de um dos comboios a ultrapassagem seja fixada em lugar
diferente do previsto na marcha dos comboios, na ordem de avanço de cada um dos comboios
deverá ser indicada, na linha de informações, o motivo da alteração.
Podem efetuar-se por troca das ordens de avanço entre os dois comboios, nas estações e nos
apeadeiros, nas condições previstas no n.° 57.
Todavia, pelos atrasos que originam e perturbações que causam na circulação dos comboios,
esta solução só poderá ser utilizada como recurso (falta de comunicações ou conveniência de
serviço).
Fazer circular o comboio que ultrapassa, com ordem de avanço com indicação da
ultrapassagem normal;
Fazer reunir os dois comboios num só, se isso for autorizado superiormente, ou fazer
circular o comboio cancelado com ordem manuscrita, nas condições previstas no n. ° 117, deste
Regulamento.
Quando a ultrapassagem de um comboio por outro for efetuada numa estação, nas condições
expressas neste artigo, o funcionário encarregado dessa estação comunicará imediatamente a
ocorrência ao funcionário encarregado no outro extremo da secção, por meio de telegrama ou
mensagem de serviço.
No caso de um comboio que circula à frente ir a perder tempo em secção e o comboio que o
seguir o alcançar num apeadeiro intermédio, anterior ao local da ultrapassagem indicado nas
ordens de avanço, a ultrapassagem poderá ter lugar nesse apeadeiro sem necessidade de troca
de ordens de avanço entre as tripulações, desde que nenhum cruzamento tenha de ser
efetuado por qualquer dos comboios, entre aquele apeadeiro e o local de utrapassagem
inicialmente indicado nas ordens de avanço
Neste caso, o condutor e o maquinista de cada um dos comboios farão a seguinte anotação no
verso da ordem de avanço em poder do condutor e maquinista, respetivamente, do outro
comboio:
Por exemplo, um comboio de passageiros que tenha ultrapassado e trocado as suas ordens de
avanço com um comboio de mercadorias deve, ao efetuar um cruzamento num desvio
intermédio e enquanto circular com as ordens de avanço do comboio de mercadorias, dar
entrada no lugar de cruzamento para a linha que competir a esse comboio de mercadorias.
O comboio de mercadorias dará entrada, nos lugares de cruzamento, para a linha atribuida aos
comboios de passageiros, enquanto circular com as ordens do comboio de passageiros que o
ultrapassou.
Os comboios que trocarem de ordens entre si, manterão os seus números de origem.
Sempre que se efetue troca de ordens de avanço entre um comboio rebocado por duas
locomotivas e um comboio rebocado por uma locomotiva, o maquinista deste último comboio
recolhe e conserva em seu poder as ordens de avanço pertencentes aos maquinistas do outro
comboio.
Por sua vez o maquinista titular do comboio em dupla tração conserva em seu poder a ordem de
avanço recebida do outro comboio, depois de mostrar ao maquinista da segunda locomotiva,
que assinará a ordem de avanço no verso.
a) O comboio N.° 112 foi expedido da estação A para a estação B, tendo em seu poder uma
ordem de avanço que estabelece cruzamento com o comboio N.° 55 no apeadeiro 3;
d) O comboio N.° 55, por sua vez, é despachado com as ordens do comboio N.° 57, cruzando
com o comboio N.° 114 no apeadeiro 2 e como comboio N.° 116 no apeadeiro 1; a ordem de
avanço para o comboio N.°114 fixará cruzamentos com o comboio N.° 55 no apeadeiro 1 e com
o comboio N.° 57 no apeadeiro 2;
e) No pedido de avanço e na ordem de avanço para o comboio N.° 116, a despachar pela
estação A, é indicado o comboio com N.° 57 como "última chegada e fixado o cruzamento com o
comboio N.° 55 no apeadeiro fazendo-se a seguinte observação:
h) Nas estações A e B, os comboios que tenham trocado ordens de avanço entre si, são
indicados no registo de movimento de comboios com os respetivos números de origem e
segundo a ordem por que essas partidas ou chegadas, efetivamente, tiverem lugar, fazendo-se
observação, ao lado, sobre as ordens de avanço em poder de cada um dos referidos comboios;
j) No caso de ordens de avanço trocadas em secção pelas tripulações dos comboios, sem
intervenção das estações testas o procedimento é idêntico.
As interversões de trens realizadas nas estações, são regularizadas por anotações nas ordens de
avanço.
Siga em conformidade”.
A transmissão desta mensagem deve fazer-se nas condições do n.° 109 (condutor recebe e o
maquinista confirma).
58.3. No caso de o comboio da retaguarda ainda não tiver entrado em secção, na ordem de avanço,
na linha destinada a informações, deverá ser feita a seguinte anotação:
Se o comboio já se encontrar em secção, logo que chegue ao apeadeiro onde estava prevista a
ultrapassagem e não encontrar aí o outro comboio, o condutor entrará em contacto com a
estação da frente, que lhe transmitirá a informação.
CAPÍTULO VII
Nos pedidos e nas ordens de avanço do comboio da frente e do que vai circular à retaguarda,
será feita a indicação que circula em sucessão.
Na ordem de avanço do comboio da frente, será indicado os apeadeiros onde o condutor dará a
posição.
Na ordem de avanço do comboio que segue em sucessão será indicado os apeadeiros onde o
condutor recebe a posição do comboio da frente.
Os comboios com ordem de avanço com indicação de que vão circular em sucessão dos outros,
não poderão entrar em secção, nem partir dos apeadeiros intermédios, sem conhecerem a
posição do comboio que segue à frente.
Os comboios que circulam com a ordem de avanço com indicação que seguem à frente de outro
comboio em sucessão, efetuam paragem nos apeadeiros, indicados na sua marcha ou nas
ordens de avanço para dar posição, e informam à estação da frente da sua hora de chegada a
hora prevista de partida.
Os comboios que circulam em sucessão de outros, não poderão entrar em secção sem que o
funcionário encarregado da estação informe o condutor e maquinista da hora de chegada do
outro comboio ao apeadeiro seguinte.
O condutor que, ao receber a ordem de avanço, verificar que em sucessão do seu comboio
segue outro, deverá imediatamente mudar a placa de cauda para sucessão.
O maquinista de um comboio que siga em sucessão por intervalo de distância, que já tenha
recebido informação da posição do comboio da frente, de que o troço se encontra livre, poderá
circular à velocidade normal.
Ao aproximar-se dos apeadeiros, deve ter sempre presente que a posição que recebeu se referia
apenas à chegada do comboio, e preparar-se parar parar à entrada do apeadeiro, se a linha
estiver ocupada.
Quando por qualquer circunstância, o comboio que segue à frente, tenha alguma paragem em
plena via ou perda de tempo em trajeto que não possa comunicar às estações testas, deverá
considerar que o outro comboio vai circular em sucessão por intervalo de tempo e proceder
como se determina no n.° 61.3 deste Regulamento.
Seja qual for a causa da expedição excecional dos comboios em sucessão por intervalo de
tempo, nas ordens de avanço dos dois comboios, na linha destinada às informações, devem ser
a) No comboio da frente:
O maquinista de um comboio que circule com ordem de avanço, com indicação de que não tem
posição do comboio da frente, deverá percorrer todo o troço em “marcha com precaução”, não
podendo em caso algum exceder a velocidade máxima de 30 Kms/h.
Deverá ir sempre vigilante e prestar a máxima atenção, de forma a poder parar dentro do
espaço que avista distintamente. Quanto menor for a visibilidade maiores precauções deverá
tomar.
O maquinista que seguir no comboio da frente, diligenciará não perder tempo nos trajetos e nas
paragens.
Quando por qualquer circunstância, o comboio que siga à frente tenha alguma paragem em
plena via, o condutor deverá imediatamente protegê-lo pela retaguarda, nos termos do n.° 28.1
”Sinais”.
Quando o comboio que segue à frente venha a atrasar-se devido a perda de velocidade,
paragens ou a outras causas, o seu condutor na primeira paragem, deverá colocar um petardo
sobre um dos carris, a fim de alertar o maquinista do comboio que for em sucessão. Quando o
comboio, incluindo um comboio de serviço, for seguido de perto por outro, e lhe for impossível,
por deficiência da locomotiva ou qualquer outro motivo manter velocidade suficiente de forma
a evitar que o comboio seguinte o alcance, o condutor deve apear-se do seu comboio e avisar o
comboio da retaguarda por meio de um petardo colocado na linha.
Se lhe for, depois, impossível tornar a alcançar o seu comboio, seguirá na locomotiva do
segundo comboio até que o seu seja alcançado.
Estas ocorrências serão relatadas pelos condutores e maquinistas nas suas folhas de trânsito.
Quando o maquinista de um comboio que segue em sucessão por intervalo de tempo, encontrar
nevoeiros densos ou chuvas torrenciais que impeçam a visibilidade a distância de 200 m, deverá
redobrar de atenção e reduzir a velocidade de modo a poder parar antes do primeiro obstáculo
que avistar.
Ao chegar ao primeiro ponto provido de telefone ou rádio, efetua paragem para saber da
estação imediata a posição exata do comboio da frente.
CAPÍTULO VIII
COMBOIOS ESPECIAIS
Entre o comboio titular e o de desdobramento não deve ser anunciada circulação alguma.
Nota: Pelas perturbações que podem causar no controlo das circulações, deve-se evitar dar aos
comboios de desdobramento marcha igual à dos comboios titulares. Deve optar-se por marchas
especiais.
Havendo desdobramento de comboios, a carga será distribuída de modo a que o comboio titular
fique de preferência com a carga direta ao destino e mais reduzida, em relação ao de
desdobramento, a fim daquele poder manter a sua marcha regular.
Excetuam-se destas regras os comboios especiais que sejam postos em circulação sob condições
especiais de sigilo, por motivo de segurança de Estado ou outras conveniências, de serviço.
Quando os anúncios de comboios forem expedidos por comboio, terão de ser distribuídos pelo
condutor, a quem compete colher recibo dos agentes a quem distribuir, no impresso a isso
destinado fazendo entrega do impresso contendo as assinaturas ao funcionário encarregado da
estação término do seu comboio.
Secção Beira-Nhamatanda
x170
x110
x147
x174
X6
X202
Antes do início da viagem, ao condutor e maquinista de cada comboio são fornecidos pelo
funcionário encarregado da estação de origem, exemplares de todos os anúncios de comboios
No caso de um comboio especial ou suplementar sair de uma estação sem que tenha sido
acusada a receção do anúncio desse comboio, o funcionário encarregado da estação de origem,
logo que tenha conhecinmenio do facto, notificará a primeira estação que não tiver ainda sido
ultrapassada, por meio de telegrama ou mensagem de serviço.
À medida que as estações vão tomando conhecimento deste anúncio, vão fazendo cientes desse
facto, às estações antecedentes por meio de um próprio, ou o condutor de um comboio que
circule em sentido oposto.
Quando o comboio chegar a uma estação onde as comunicações estejam restabelecidas, o chefe
transmitirá o anúncio em conformidade com a marcha normal.
Não havendo comboio pelo qual possa ser mandado o anúncio, o chefe da estação onde tenha
tido lugar a interrupção mandará um próprio utilizando qualquer meio de transporte ao seu
alcance à estação seguinte com o anúncio respetivo, retendo os comboios até ser recebido o
ciente e o avanço daquela estação pelas telecomunicações ou por próprio.
CAPÍTULO IX
Nos artigos que têm apenas aplicação aos comboios de serviço de via ou a maquinaria de via,
será claramente definido.
Quais os dias em que deve circular o comboio, os pontos extremos da sua circulação e
outros pormenores que interesse conhecer, designadamente os que possam interferir com a
marcha dos comboios da exploração.
Neste caso, de acordo com o serviço de Via e Obras, adotará as disposições relativas aos
comboios de socorro.
O chefe da estação onde pernoita ou controla o comboio de serviço de via logo que receba o
programa de trabalho, indicando o itinerário do comboio para os trabalhos do dia seguinte,
como refere o artigo antecedente, dará conhecimento por telegrama ou mensagem do referido
programa aos agentes interessados e aos chefes das estações a quem interessar a circulação do
comboio de serviço.
Em caso de absoluta necessidade podem as zonas de trabalho e/ou o horário diário ser
dilatados, por meio de anúncio de comboios transmitidos às estações e outros agentes
interessados.
Sempre que dois comboios forem autorizados a trabalhar na mesma secção, devem-lhes, no
respetivo anúncio ser dados números diferentes, pelos quais serão designados em todos os
pedidos de avanço e ordens de avanço.
Quando estacionados para além da tabuleta “C," são protegidos pelos sinais regulamentares.
Pelo cumprimento rigoroso de todas as prescrições, é responsável o condutor, o qual, para fazer
a proteção regulamentar do comboio, requisitará o pessoal necessário ao agente de via e obras
encarregado dos trabalhos.
Nas secções aonde vão trabalhar, os comboios de serviço de via circulam com ordens de avanço
CFM 952.
As tripulações terão o cuidado de verificar qual a secção a que se referem as ordens de avanço
do comboio de serviço. As ordens de avanço para os comboios de serviço de via têm de indicar
claramente, nos lugares a isso destinados, os cruzamentos a efetuar em apeadeiros e desvios e a
estação a que têm de recolher para desimpedir a secção.
Os motivos de qualquer cruzamento extraordinário devem também ser mencionados nas ordens
de avanço.
Nas secções onde vai apenas circular um comboio de serviço diretamente de estação, sem que o
Nestes casos o comboio de serviço é considerado um comboio de serviço direto e como tal é
descrito e tratado nos pedidos de avanço, referentes ao mesmo e aos comboios com que
porventura tiver de cruzar em apeadeiros ou em desvios.
A sua circulação será, contudo, sujeita aos limites e horas de serviço mencionados no respetivo
anúncio, mas em tudo o mais será considerado exatamente como um comboio de mercadorias
direto e deverá, por isso, a sua velocidade ser igual à dos comboios de mercadorias.
Nos casos a) e b), se o comboio circular no mesmo sentido do comboio de serviço, e circularem
em sucessão, além da indicação correspondente, deverá indicar também:
No caso de ser autorizado a circular em sucessão por tempo, deverá ainda indicar o percurso em
que vai circular nessas condições, com a seguinte observação:
Se o comboio de serviço tiver recolhido à estação que vai expedir outro comboio, pode, circular
em sucessão por intervalo de tempo com esse comboio.
Nas ordens de avanço dos dois comboios, deve ser feita a indicação de que vão circular em
sucessão por tempo.
Os maquinistas e condutores aos quais são entregues ordens de avanço com qualquer das
referências constantes do número anterior, não seguirão viagem sem que tenham em seu poder
um exemplar do anúncio da circulação do comboio de serviço.
a) Dez minutos antes da hora prevista da partida do comboio com o qual vão cruzar, no caso
de este circular em sentido oposto.
Exemplo: um comboio que entra com vinte minutos de atraso, numa secção em que esteja a
trabalhar um comboio de serviço, continuará a circular com, pelo menos, o mesmo atraso até
cruzar com o comboio de serviço.
Se o comboio vier a perder mais tempo depois da entrada em secção, terá de continuar a
circular com o atraso total, isto é, o atraso inicial, à partida, acrescido do tempo perdido
posteriormente, até cruzar com o comboio de serviço.
Os comboios que circularem numa secção em que esteja a trabalhar um comboio de serviço,
têm que permanecer, nos lugares de paragem, durante o tempo indicado no livro-horário ou
anúncio de comboios.
O prolongamento do tempo de trabalho não pode incluir cruzamentos que não estejam
previstos na ordem de avanço do comboio de serviço.
Quando um comboio de serviço de via tiver recebido ordem para recolher a um apeadeiro ou
desvio ou para desimpedir a secção numa estação, a fim de cruzar com um comboio detido na
linha ou que se tenha atrasado demasiadamente, o funcionário encarregado da estação, antes
da expedição do comboio atrasado ou depois da entrada do comboio em secção, se o atraso se
O condutor e o maquinista deverão estar ambos junto do telefone ao ser-lhes passada esta
mensagem.
Para os fins atrás mencionados, exerce autoridade sobre o pessoal das locomotivas e das
máquinas de via e dos agentes da via que acompanham o comboio.
Nas estações, todo o pessoal dos comboios de serviço está subordinado ao chefe da estação.
O anúncio da sua circulação deve estipular um espaço livre de, pelo menos, 1500m entre os
limites de circulação de ambos os comboios, a não ser que entre eles exista qualquer obstrução
ou corte de linha.
Nestes casos, poderão circular, de ambos os lados, até à obstrução ao local em que a linha
estiver cortada.
CAPÍTULO X
O motorista e o agente mais graduado que transitem nas dresinas e nas zorras são diretamente
responsáveis pelo cumprimento de todas as disposições regulamentares que lhe respeitem.
Devem ter perfeito conhecimento deste Regulamento, principalmente das disposições relativas
à marcha e segurança das circulações e dos sinais.
No caso das dresinas, devem sor possuidores de carta de condução, referida no Regulamenta de
Condução das Unidades Motoras.
As dresinas ou qualquer outro veículo da via só podem ser conduzidos por pessoas estranhas, ou
por agentes que não sejam os indicados no Regulamento, quando isso seja autorizado pela
Direção Ferroviária.
Nestes casos, só podem transitar dentro ou fora das agulhas das estações acompanhadas de um
agente do Movimento, para este fim nomeado, com as funções de piloto ou condutor de
comboios.
Todas as dresinas e zorras terão a indicação do serviço a que pertencem e o número de ordem
correspondente, por cujas indicações serão identificadas e designadas.
Nos casos urgentes, devidamente justificados, os pedidos podem ser entregues com a
antecedência mínima necessária para a realização e transmissão do anúncio.
O anúncio deve ser enviado ou transmitido a todas as estações do seu percurso e aos seus
agentes interessados, e entregue cópia a todos os comboios com que tenha interferência, como
se de um comboio especial se tratasse.
A circulação de dresinas com marcha anunciada, é feita por ordens de avanço AR ou BR quando
circulem diretamente na secção, ou CR quando não atinjam a estação seguinte ou tenham
trabalho a efetuar na secção.
A sua circulação obedece às condições de segurança aplicáveis aos comboios de serviço de via.
Ao motorista da dresina compete o cumprimento exato da marcha anunciada, não lhe podendo
introduzir alterações sem autorização das estações testas.
Só podem entrar em secção com ordem de avanço AR ou CR (sem cruzamentos fixados) desde
que:
b) Possa desimpedir a secção, pelo menos 15 minutos antes da partida de qualquer comboio
com que tenha de cruzar nessa estação;
Na ordem de avanço, deve ser indicado o número da dresina em vez do número do comboio, e
na linha de informações a indicação:
No caso de circular em sucessão com outros comboios, nas ordens de avanço desses comboios
deve ser indicada, além da sucessão:
Devem circular com conhecimento prévio dos funcionários encarregados das estações testa, que
devem tomar nota no diário de circulação de comboios, do ponto quilométrico onde vão
O seu trânsito será limitado, quanto possível, ao indispensável e só permitido quando não
possam ser aproveitadas as dresinas e os comboios de mercadorias que circulem na direção
desejada.
O agente responsável pela circulação das zorras, devo providenciar para que sejam
obrigatoriamente retiradas da linha 20 minutos antes da hora prevista para a passagem do
comboio.
Antes de colocadas na via ou fazer qualquer deslocação, o agente responsável pela circulação da
zorra, deve informar-se pessoalmente, ou pelo telefone ou rádio, da estação testa, da posição
de todos os comboios em circulação e informar o ponto quilométrico onde vai trabalhar.
Deve providenciar para que sejam tomadas todas as precauções necessárias para a segurança
dos agentes e das circulações.
Se o pedido for feito por telecomunicações, a informação será prestada por essa via.
Diariamente e à hora conveniente, os chefes de secção de via, chefe do grupo de via, capatazes
de via, guarda-fios, agentes da sinalização elétrica e enfermeiros, informar-se-ão na estação
mais próxima, dos comboios anunciados para o dia imediato.
Tratando-se de zorras manuais carregadas com materiais, deverão ser precedidas e seguidas de
um agente munido de bandeira vermelha desfraldada a distância de 1500 m para efeitos de
determinar a paragem de qualquer circulação que possa aproximar-se.
Qualquer zorra, excecionalmente transitando de noite, deve levar dois farois, um de luz branca
no sentido da marcha e outro com luz vermelha virado para a retaguarda.
Em caso de infração deve tomar as medidas que julgar convenientes e comunicar a ocorrência
ao serviço respetivo, para procedimento disciplinar contra o infrator.
Guarda-fios;
Qualquer outro agente necessita estar munido de uma autorização superior para esse fim,
dentro do recinto das estações, o respetivo chefe, poderá também utilizar zorras.
Tanto as zorras como os vagoneteiros, só podem viajar no furgão, quando no comboio não
houver lugar apropriado em qualquer outro veículo.
CAPÍTULO XI
DUPLA TRAÇÃO
Quando porém, não seja possível seguirem em dupla, podem as locomotivas circular isoladas,
em marcha determinada, adotando-se em tal caso as medidas prescritas no presente
Se for diferente e muito desigual a potência das locomotivas que se pretende fazer em dupla
tração, o Departamento do Movimento, resolverá de acordo com o Departamento de Tração, a
forma mais conveniente de levar a efeito a sua circulação
A locomotiva em dupla pela cauda, ser-lhe-á sempre ligado o freio de vácuo à composição do
comboio.
A segunda locomotiva só poderá ser colocada à cauda quando a composição do comboio seja
constituída somente por vagões de quatro eixos.
A locomotiva que seguir à frente dum comboio em dupla será sempre titular, quer faça o
percurso total do comboio, quer mesmo só como auxiliar em trajeto limitado.
Quando a dupla tração for mista de vapor e diesel deverá, ser a locomotiva a vapor a que circula
como auxiliar, sempre que possível.
As ordens de avanço e outros documentos que interessem à marcha e segurança dos comboios,
Neste caso, ser-lhe-á engatada uma locomotiva à cauda, para ajudar a titular a vencer a rampa.
Quando uma locomotiva de auxílio dando dupla pela cauda não siga com o comboio até uma
secção com telecomunicações, devem ser incluídas as seguintes indicações no pedido de avanço
e nas ordens de avanço referentes ao comboio auxiliado:
Pedido de avanço:
A ordem a entregar ao maquinista de uma locomotiva que vá dar dupla nestas condições deve
ser redigida nos seguintes termos:
____________________________
Após a partida do comboio em dupla, o funcionário encarregado não poderá emitir ordens de
avanço para qualquer locomotiva ou comboio até ao regresso da locomotiva de auxílio e
devolução da ordem escrita em seu poder.
Manda proteger a entrada da secção por um agente munido de sinal de paragem, a fim de
impedir a entrada de qualquer veículo na secção, até à chegada da locomotiva.
Qualquer comboio para entrar em secção para cruzar com o comboio que circulou em dupla até
determinado ponto da linha só pode ser expedido se o local do cruzamento for anterior ao
ponto da linha até onde a locomotiva deu dupla.
O condutor não poderá transmitir o sinal de partida e o maquinista não poderá pôr-se em
marcha, enquanto não receberem indicação da recolha da locomotiva da dupla à estação.
Se a dupla for prestada até determinado ponto da linha, em plena via, quando o maquinista
titular já tiver ultrapassado o ponto crítico da rampa e, por conseguinte, já puder rebocar o
comboio sozinho, dará disso indicação ao maquinista da cauda por intermédio do rádio ou do
silvo da locomotiva e efetuam paragem.
Retira a cópia da ordem que tem afixada no placar anexa-a à do maquinista e arquiva-a junto a
ordem de avanço.
CAPÍTULO XII
Os pedidos de avanço e as ordens de avanço não poderão ser transmitidos por intermédio de
outras estações.
De cada avaria verificada deverá ser feita comunicação urgente dirigida à Inspecção do
Movimento (Comando de Circulação) ao guarda-fios da área respectiva e à entidade superior
que superintende no serviço de comunicações.
Os comboios regulares poderão ser expedidos quando circulem rigorosamente de acordo com
os cruzamentos e condições previstas no livro-horário e anúncios de comboios.
Nenhum comboio circulando “extraordinariamente” por não ter efetuado os cruzamentos com
todos os comboios nos lugares de cruzamento oficial, poderá ser autorizado a avançar com
ordem de avanço em que se indiquem estarem:
Os comboios especiais, e comboios suplementares serão equiparados aos regulares para efeitos
das disposições constantes deste artigo, desde que a estação que os despachar tenha
conhecimento oficial que a estação seguinte recebeu e acusou a receção do anúncio da
circulação desses comboios.
Excetuando os casos previstos neste número, os comboios especiais, poderão ser despachados
com autorização e coordenação do inspetor do movimento que superintenda na respectiva
área.
A autorização expressa neste artigo para o despacho de certos comboios durante a interrupção
das comunicações, devido a avaria, está sujeita à via se encontrar livre ou a condições de todos
O maquinista portador de uma ordem de avanço nas condições deste artigo regulará a
velocidade do seu comboio, em marcha com precaução não podendo exceder 30/h, de modo a
poder parar antes do sinal de paragem ou de algum obstáculo que avistar.
Estas ordens de avanço são pelo condutor e maquinista juntas às folhas de trânsito.
Aos funcionários encarregados das estações compete transmitir estas ordens pessoalmente.
As ordens deverão ser redigidas clara e concisamente e nelas deverá constar o motivo da sua
emissão.
Ao transmitir e repetir ordens pelo telefone ou rádio, os nomes dos lugares que fizerem parte
do texto das ordens devem ser soletrados.
i) O outro agente (chamado confirmador), repetirá então a ordem, por inteiro, ao Chefe da
estação ou ao funcionário encarregado que a tiver transmitido, indicando o seu nome,
categoria, número do comboio e nome do local de onde estiver a falar;
m) A ordem será então considerada completa e, depois de assinada pelo recebedor e pelo
confirmador, e de nela ser indicada a data e a hora, deverá ser cumprida.
ACIDENTES
c) Nos acidentes próprios da via, tais como obstrução, cortes da linha, desaterros,
inundações, desmoronamentos ou simples deformações, etc.;
Os agentes designados no número anterior devem proteger a zona impedida ou perigosa para a
circulação, em ambas as direcções nas condições regulamentares.
CAPÍTULO XV
DETENÇÃO DE COMBOIOS
a) Causa da paragem;
c) Se necessita de socorro;
d) Em caso de necessitar de socorro, se este deve ser prestado pela frente ou pela cauda.
Se trinta minutos depois da hora a que um comboio deveria ter chegado a uma estação,
contando com algum atraso que tenha havido na sua expedição, não houver notícias desse
comboio, nem seja pressentida a sua aproximação, os Chefes das estações contíguas pôr-se-ão
de acordo quanto à forma de poder detectar a posição do comboio.
Caráter definitivo;
Caráter temporário.
Considera-se que a detenção tem caráter definitivo, quando a locomotiva não puder rebocar o
comboio e necessite de socorro.
Neste caso, se a detenção se der num apeadeiro e a locomotiva ficar em condições de circular
isolada, se houver vantagem pode continuar a marcha até à estação seguinte, para libertar a
secção.
Considera-se que a detenção tem caráter temporário, quando a locomotiva não necessita de
socorro, para poder continuar a rebocar o comboio, e pode determinar:
A estação que receber a informação, avisa imediatamente a outra estação testa da secção e o
Comando de circulações ou o Inspetor do Movimento que superintende na área.
c) Sempre que possível, este telegrama deve ser recebido simultaneamente pelas duas
estações testas de secção.
Se não for possível, a estação da frente transmite-o à outra estação testa da secção.
Devem mantê-las afixadas no quadro das ordens de avanço, até à saída do comboio da secção.
f) Quando o comboio for autorizado a sair com ordem manuscrita, deverá ser feito novo
registo e indicar na coluna de avanço e hora de receção; “ordem manuscrita”, e na coluna,
número do comboio, o número da locomotiva.
Só depois das estações terem em seu poder o cancelamento da ordem de avanço e transmitido
o anúncio do cancelamento ao comboio detido, podem considerar o comboio cancelado:
116.3. INDICAÇÕES A FAZER NAS ORDENS DE AVANÇO DOS COMBOIOS A ENTRAR NESSA SECÇÃO
Na ordem de avanço dos comboios que vão entrar na secção onde se encontra o comboio
cancelado, deve ser anotado o local onde o comboio se encontra cancelado e que tem as ordens
de avanço canceladas.
Esta anotação deve ser feita nas ordens de avanço de todos os comboios que entrem na secção,
desde que se trate de comboios no mesmo sentido ou de sentido oposto.
Combinar com o seu colega da estação testa da secção a hora da saída do comboio;
a) As mensagens a trocar entre as estações testa de secção, serão nos seguintes termos:
b) A outra estação testa de secção, depois de se certificar de que não existe qualquer
circulação entre o comboio cancelado e a estação da frente, responde:
Depois da troca das mensagens, a estação da frente certifica-se se de facto o troço está livre e
caso afirmativo, transmite a seguinte ordem à tripulação:
Na sua circulação até libertar a secção o maquinista deve cumprir a velocidade estabelecida
para o comboio cancelado.
Em seguida dá ordem ao maquinista, no verso da ordem de avanço, para seguir até à estação ou
apeadeiro seguinte, onde será resguardada a primeira parte do material regressando em
seguida para rebocar a segunda parte do comboio.
Nas ordens de avanço dos comboios a entrar em secção, deverá ser feita na linha de
informações, a seguinte anotação:
Se houver algum comboio em secção, na direção do comboio detido, a estação que o contactar
transmite-lhe uma mensagem nos termos da anotação anterior.
c) O condutor, logo que partir a primeira parte do comboio, fará a proteção pela frente e
fica vigiando a parte do comboio, detida em plena via;
e) O maquinista pode efetuar paragem junto dos grupos de via e requisitar um agente para
esse efeito;
f) No regresso para reboque da segunda parte da composição, o maquinista deve ter bem
presente o local onde ela se encontra detida, pela indicação na ordem de avanço;
d) Se o comboio for portador de uma ordem de avanço onde conste que circula à frente de
outro com sucessão por intervalo de distância, a autorização de recuo só pode ser transmitida
depois da estação reter o outro comboio no apeadeiro;
f) Neste caso o condutor deve imediatamente proteger o comboio pela cauda, sem esperar
decisão do maquinista.
Nos comboios circulando de recuo, qualquer que seja a causa, é indispensável que o condutor,
ou outro agente siga no primeiro veículo da frente, a fim de mandar parar quando note algum
sinal de paragem ou obstáculo na linha.
A saída do apeadeiro só pode fazer-se, por meio de ordem manuscrita, e depois de corrigida a
formação do comboio se necessário.
Se o comboio for portador de uma ordem de avanço, onde conste que circula à frente de outro
em sucessão por intervalo de distância, a autorização do recuo só pode ser feita depois da
estação reter o outro comboio num apeadeiro.
Data e assinatura.
________________________
A estação que recebe o pedido empregará todos os meios para recolher o comboio o mais
rapidamente possível.
b) Só depois de recebida pelo condutor a devida autorização, por escrito ou por meio de
sinais indubitáveis ou serem abertos os sinais avançados da estação, o comboio poderá retomar
a marcha de recuo com as devidas precauções.
d) A marcha de recuo para a estação de partida não se poderá efetuar se o condutor tiver
recebido aviso de que outro comboio segue em sucessão do seu. Neste último caso, o comboio
será imediatamente protegido, e o condutor procede em tudo o mais como se estabelece nos
28.3 de Sinais e 133.1 deste Regulamento.
É expressamente proibido recuar, quando atrás desse comboio siga outro em sucessão.
Durante esta manobra o comboio deverá ser protegido pelo condutor nos termos expressos no
n.° 119.2.
CAPÍTULO XVI
QUEBRA DE ENGATES
O maquinista tentará remediar a avaria, por meio de engate de emergêndia com que as
locomotivas devem sempre andar apetrechadas, a fim de, pelo menos, poder chegar à primeira
estação, apeadeiro ou desvio.
Em tudo o mais serão observados os preceitos regulamentares aplicáveis em cada caso, segundo
as circunstâncias locais e ocasionais.
As instruções acima designadas constituem obrigação igual para os agentes da via, sempre que
estes encontrem, em plena via, material abandonado, detido ou ainda em movimento.
Sempre que por qualquer meio, uma estação tome conhecimento da fuga de material e que
este possa ou não atingir a estação oposta, aquela que primeiro se aperceba da ocorrência,
imediatamente, pelo meio mais rápido, lançará o alarme à estação vizinha e seguintes ao lado
para onde se dirige o material fugido.
Se algumas das estações puderem entrar em contacto com os comboios que se encontrem na
secção e que possam vir a ser afectados pelo material em fuga, deverão avisar a tripulação,
detendo o comboio e dar-lhe as devidas instruções, por telegrama:
Se houver passagens de nível com guarda, ou grupos de via a trabalhar no troço afectado, com
que possam entrar em contacto, devem prevení-los da fuga.
Estes agentes deverão empregar todos os esforços para deter o material, ou prevenir qualquer
comboio, fazendo-o parar se necessário.
A estação ou tripulação dos comboios que tome conhecimento da fuga de vagões de uma
estação, apeadeiro ou desvio que se dirijam para o seu lado, imediatamente providenciará para
receber o material desligado numa linha onde melhor possa fazer parar ou, pelo menos, onde
menores prejuizos possa causar.
Deve inclusivamente empregar todos os meios para o fazer descarrilar, colocando a agulha
escolhida em bi via, caso o seu seguimento para além dessa estação possa causar acidentes de
Quando o material fugido acabe por estacionar em plena via, as estações contíguas ao local da
paragem, depois de terem exato conhecimento da sua posição, combinam entre, si, e se
possível com conhecimento superior, a ação a tomar para que o material seja rebocado para a
estação ou apeadeiro mais conveniente.
Para o efeito, pode ser utilizada locomotiva isolada ou com o próprio comboio.
O desimpedimento da linha será anunciado pela estação onde recolhem os vagões, por meio de
telegrama ou mensagem assim concebida:
Se houver comboios retidos, também será transmitida a mensagem, dando via livre.
ACIDENTES DIVERSOS
Os agentes da via ou outros devem prestar sempre e prontamente todo o auxílio que for
solicitado pelo pessoal dos comboios e das estações, e pelos próprios enviados por estas em
serviço de exploração da linha, em tudo o que for necessário, a bem do serviço.
Nos cruzamentos, nos apeadeiros, a tripulação do comboio que verificou o incêndio, avisará do
facto, à tripulação do outro comboio.
Na ordem de avanço dos comboios que vão entrar em secção deverá ser indicado o ponto
quilométrico onde se verificou o incêndio.
Se as estações forem informadas da existência na linha de animais de grande porte, que não se
consigam retirar da linha ou das suas proximidades, deverão avisar a tripulação dos comboios
em secção, que circulam nessa zona, e para os que vão entrar na secção, indicar na ordem de
avanço, “Animais ao Km __________ “.
Sempre que o maquinista avistar quaisquer animais sobre ou próximo da linha férrea, deve
apitar, tocar o sino ou abrir as purgas no caso de locomotivas a vapor, abrandar a velocidade e
estar preparado para parar, se necessário, para evitar o seu atropelamento.
Quando não seja possível evitar o atropelamento, o comboio deverá parar, procedendo a
respectiva tripulação à desobstrução da linha.
Quer os animais fiquem mortos ou apenas feridos, deverá do facto ser dado conhecimento ao
Chefe da estação e ao capataz de via mais próximos, e notificando o proprietário dos animais se
for conhecido, competindo ao Chefe da estação providênciar para que seja feita esta
notificação.
Todos os acidentes, ocorridos com animais na linha férrea serão comunicados pelos condutores
(pelo maquinista no caso de um comboio sem condutor) na folha de trânsito.
CAPÍTULO XVIII
SOCORRO A COMBOIOS
O pedido de comboio de socorro será feito pelo respetivo Chefe, de acordo com o maquinista e
Dentro de uma secção, o pedido é feito pelo condutor, na qualidade de chefe do comboio, de
acordo com o maquinista, mas sob a responsabilidade deste. Dado o impedimento do condutor,
compete ao maquinista tomar a iniciativa das providências a adotar.
A espécie de acidente;
Indicará claramente;
Se o socorro deve ser dado pela frente ou pela retaguarda e nunca simultaneamente nas duas
direcções.
Nos casos em que a locomotiva ficar no local da detenção impossibilitada ou não de circular, o
condutor recolherá a ordem de avanço em poder do maquinista, a qual, com a sua, será can-
celada.
Deste facto fará menção na mensagem em que pede socorro. Só depois de recebida a
comunicação deste cancelamento poderão as estações contíguas expedir comboios na direção
do local onde o comboio se encontre detido.
c) Neste caso, compete ao condutor, depois de proteger comboio pela cauda, apertar o
freio dos veículos com a colaboração do pessoal da locomotiva.
g) Seguirão então até ao local mais próximo donde possa comunicar a ocorrência ou até à
estação seguinte e pedir socorro, regulando a marcha e respeitando todos os cruzamentos
indicados na ordem de avanço. À medida que for cruzando, vai dando conhecimento do
sucedido aos maquinistas e condutores, desses comboios.
h) Se não houver comunicação com as estações, indicará no verso das ordens de avanço
desses comboios o local e condições de estacionamento do material do seu comboio.
j) Se estiver retida em plena via, permanecerão nos mesmos apeadeiros até nova ordem.
Se o pedido for recebido pelo telefone ou outro meio de comunicação, será registado no livro
diário da circulação dos comboios com indicação da hora a que for recebido.
Na falta de outro meio de comunicação, o pedido de socorro, recebido numa estação, será
enviado a uma estação imediata, por um próprio ou pela locomotiva que até ali o tenha
conduzido (sendo regulada a sua circulação nas condições estabelecidas neste Regulamento),
devendo o Chefe que o receber proceder analogamente até que o pedido chegue a uma estação
onde haja comunicações.
Se o atraso de qualquer comboio fizer supor que tenha havido acidente durante a sua marcha, a
medida a adoptar é ter uma locomotiva preparada para lhe prestar socorro.
O tempo para a expedição da locomotiva ou comboio de socorro deve fazer-se o mais tardar,
trinta minutos decorridos após ter sido recebido o pedido.
Os departamentos envolvidos no socorro, cada um na parte que lhe respeita, respondem pelo
cabal cumprimento desta disposição.
No anúncio, além da sua marcha, deve constar, claramente o local onde se encontra o comboio
detido.
Ordem de avanço, “CR” para comboios de serviço, na secção aonde vai prestar socorro.
Ordem de avanço “AR” ou “BR” neste caso, ser-lhe-á entregue, pela estação de origem, o
aviso da situação de comboios CFM 949.
Só depois de combinado o assunto com o condutor do comboio detido, por meio de telegrama
ou mensagem, poderá enviar o socorro pela direção posteriormente indicada.
O chefe da estação que decidir alterar o envio do pedido de socorro, transmite o seguinte
telegrama ou mensagem à tripulação:
Resposta:
Quando um comboio detido em plena via tenha pedido socorro pela frente e venha depois a
prescindir dele, não poderá pôr-se em marcha antes da chegada do comboio de socorro pedido,
nem aceitar o socorro de qualquer comboio ou locomotiva que sobrevenha pela retaguarda, a
não ser que o condutor tenha obtido do Chefe da estação da frente: — Uma declaração de que
reterá na sua estação a locomotiva ou comboio de socorro pedido, nos seguintes termos:
Se o comboio for rebocado pela própria locomotiva, além da declaração, será transmitida ordem
manuscrita.
Se o socorro tiver sido pedido pela retaguarda e o comboio detido vier a prescindir dele, o
condutor, pelo telefone ou rádio dará disso conhecimento à primeira das estações contíguas
que o atenda e procederá a seguir conforme as instruções que dessa estação venha a receber.
Como a ordem de avanço está cancelada, só poderá sair do local com ordem manuscrita (n.°
117.2).
Se a estação não puder transmitir a ordem manuscrita por a via não estar livre, autoriza o
comboio a circular até ao próximo apeadeiro, com a seguinte ordem:
No caso do socorro ter sido pedido pela retaguarda, e se a locomotiva de socorro não puder ser
retida antes de transmitida a autorização, se tiver algum cruzamento nesse apeadeiro, deve
Se a locomotiva ou comboio de socorro que partiu em auxílio dum comboio não encontrar no
lugar designado, o condutor comunicará o facto às estações contíguas, pelo telefone portátil ou
rádio, a fim de receber instruções.
A estação que venha a receber o aviso de que foi dispensado o socorro, transmite o referido
aviso à estação no outro extremo da secção e aos agentes interessados.
CAPÍTULO XIX
Se os meios de comunicação pelos quais podem ser esperadas instruções superiores, estiverem
interrompidas, os Chefes das estações respectivas, pondo-se de acordo, tomarão sob sua res-
ponsabilidade a direção do serviço, tendo em vista o que se fixa e preceitua no presente
Regulamento.
Este agente pode dirigir os trabalhos de uma das estações dessa secção ou no próprio local de
acidente, de onde coordenará o movimento dos comboios nessa zona até ao restabelecimento
normal da circulação.
Para o efeito, pode reunir nos pontos mais convenientes o pessoal e o material indispensável.
Nos comboios que tenham de sofrer transbordo somente devem seguir, para o local do
acidente, as carruagens de passageiros e o furgão ou vagões para bagagens e os géneros frescos
que devem ser transbordados, segundo as indicações do Departamento do movimento.
Os Chefes das estações do percurso afectado e os condutores dos comboios retidos nos
apeadeiros, terão em vista o determinado no n.° 107 da I.T. N.° 1 (Serviço Geral das Estações) e
prestarão a tempo as necessárias informações sobre o tráfego cuja natureza e demora possa vir
a causar danos.
As folhas de trânsito devem ser estabelecidas para o percurso total do comboio e trocadas no
local de transbordo.
No acto de transbordo o pessoal facilitará e ajudará, com solicitude, a mudança dos passageiros,
de um para o outro comboio, e bem assim o transbordo dos volumes de mão, de que eles se
façam acompanhar.
O Chefe da estação onde é recebido o telegrama ou mensagem a que se refere a alínea anterior
deste artigo e depois de verificar que também recolheu à sua estação o último comboio
expedido, responde àquela estação nos seguintes termos:
Ciente.
Neste caso, só esse agente pode fazer anunciar a normalização do serviço, enviando pelo
condutor do último comboio um despacho dirigido aos Chefes das duas estações testas de
transbordo, formulado nos seguintes termos:
_____________________
VIA DUPLA
Dando-se a interrupção de alguma das vias, nas secções em que estejam em exploração a via
dupla, qualquer que seja a causa o Departamento do Movimento organizará imediatamente o
serviço de circulação em via única, o que será comunicado aos “Agentes interessados”.
Durante o tempo em que estiver interrompida uma das vias em via dupla, serão respeitados em
tudo os preceitos regulamentares estabelecidos para a circulação em via única.
As agulhas de acesso à via interrompida, tanto dum lado como do outro, serão guarnecidas por
um agente da estação ou de manobras, mesmo que estas sejam manobradas dum posto central.
Em qualquer dos casos de obstrução de uma das duas vias, enquanto o serviço dos comboios
permanecer no regime anormal, será o facto registado na folha de trânsito dos comboios que
tenham de circular pela via contrária ao sentido da marcha regulamentar.
Se do acidente resultar o impedimento das duas vias, tomadas que sejam sem demora as
precauções previstas no Regulamento para a proteção dos comboios detidos em plema via, as
duas estações interessadas decidem se o “pedido de socorro” deverá ser dado pela frente ou
pela retaguarda, tendo em atenção as condições favoráveis para o prestar e os recursos de que
disponham.
Se entre dois troços de uma das vias interrompidas, for feita ligação, no local da interrupção,
para o trânsito dos comboios, cumpridas que sejam as formalidades regulamentares, o Depar-
tamento do Movimento fará cessar desde logo o serviço de transbordo, estabelecendo a
circulação em via única.
Logo que conclui dos os trabalhos de desobstrução das linhas o agente do Serviço de Via e Obras
mais graduado, que estiver presente, anunciará a via livre aos agentes interessados.
CAPÍTULO XXI
a) Certificar-se de que: não há nenhum comboio em secção com ordem de avanço para a
sua estação;
e) Cada uma das estações colaterais, transmite o ciente nos seguintes termos:
Se estiver ainda por chegar qualquer comboio com ordem de avanço válida somente até à
estação que vai ser encerrada, o funcionário encarregado continuará de serviço até à sua
chegada e tomará as providências necessárias para o seu avanço.
Neste caso, deverá pôr-se imediatamente em contacto com as estações contíguas, fornecendo
aos funcionários encarregados dessas estações todas as informações que possuir, habilitando-os
a decidir sobre as medidas mais adequadas a adotar.
Não poderá fazer qualquer alteração aos preparativos já feitos sobre a circulação ou cruzamento
de comboios, a menos que tenha para tal sido, autorizado pelos funcionários de ambas as
estações contíguas, e mesmo assim só depois de serem cumpridas as disposições em vigor
relativas ao cruzamento de comboios.
Durante o período em que uma estação estiver encerrada, será considerada como apeadeiro, no
Todos os comboios que passarem por tais estações, durante o período em que estiverem
encerradas, levando ordens de avanço válidas até à estação seguinte, deverão parar,
competindo aos condutores dos mesmos registar a hora de chegada e de partida no Registo de
Movimento de Comboios.
Estas horas de chegada e de partida serão mencionadas nos pedidos de avanço e ordens de
avanço, emitidas por essa estação, para efeitos de cumprimento do disposto no n.° 31.1 e 36.
As estações a que forem pedidas estas informações deverão, ao fornecê-las, acrescentar, para
conhecimento do funcionário encarregado da estação que tiver estado encerrada, quaisquer
outras informações que julgar necessário levar ao seu conhecimento para que ele possa
reassumir eficientemente o controle da circulação de comboios.
Estas dosposições terão de ser observadas antes de fazer quaisquer preparativos relacionados
com a circulação dos comboios.
Cada uma das estações testas de secção em serviço transmitirá a seguinte resposta:
Quando por motivo de atraso ou qualquer outro, um comboio chegar a uma estação com
telecomunicações, cujo funcionário encarregado esteja de serviço, levando esse comboio ordem
de avanço válida até uma estação mais além, o funcionário encarregado da primeira estação
assinará a ordem de avanço em poder da tripulação do comboio, em sinal de que a confirma e
de que está ao facto dos preparativos feitos para a circulação do comboio.
1. DISPOSIÇÕES GERAIS
1.2. Os modelos de circulação devem ser preenchidos na parte correspondente, de forma bem
visível.
1.3. Todo o agente que receba um modelo de circulação, deve conferi-lo pormenorizadamente
certificar-se das indicações nele assinaladas, tornando-se responsável pelo cumprimento das
mesmas.
1.4. Os modelos de circulação, são estabelecidos pessoalmente pelos Chefes das estações ou
funcionários encarregados, responsáveis pelo serviço da circulação de comboios.