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Superior Tribunal de Justiça

AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.468.884 - SP (2014/0164552-1)

RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO


AGRAVANTE : SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO
FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
ADVOGADOS : CÉSAR RODOLFO SASSO LIGNELLI E OUTRO(S) -
SP207804
RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(S) - DF022256
AGRAVADO : UNIÃO
EMENTA
ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
CONCURSO PÚBLICO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PRETENSÃO DE
NOMEAÇÃO NA CLASSE INICIAL PREVISTA NO EDITAL. ACÓRDÃO
RECORRIDO DE ACORDO COM A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE DE
QUE O INGRESSO DO CANDIDATO SE DÁ NA CLASSE E PADRÃO INICIAIS
DA CARREIRA PREVISTO NA LEGISLAÇÃO VIGENTE NA DATA DA
NOMEAÇÃO. AGRAVO INTERNO DO SINDICATO A QUE SE NEGA
PROVIMENTO.

1. A decisão da Corte de origem está em sintonia com a firme


jurisprudência deste Tribunal de que a nomeação de candidato aprovado em
concurso público não está vinculada ao padrão ou vencimento indicado no edital,
prevalecendo a legislação vigente na data da nomeação, que deve ocorrer na
classe e padrão iniciais da carreira. Precedentes: AgRg no RMS 25.826/DF, Rel.
Min. NEFI CORDEIRO, DJe 20.6.2014; AgRg no REsp. 1124938/RJ, Rel. Min.
MARCO AURÉLIO BELLIZZE, DJe 19.6.2013; AgRg no REsp. 639.959/ES, Rel.
Min. ASSUSETE MAGALHÃES, SEXTA TURMA, DJe 25.4.2013; e AgRg no RMS
25.863/DF, Rel. Min. OG FERNANDES, DJe 9.5.2012.

2. Agravo Interno do SINDICATO DOS TRABALHADORES


DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO desprovido.

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ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das
notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao Agravo
Interno, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Benedito
Gonçalves, Sérgio Kukina, Regina Helena Costa (Presidente) e Gurgel de Faria
votaram com o Sr. Ministro Relator.

Brasília/DF, 04 de dezembro de 2018 (Data do Julgamento).

NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO


MINISTRO RELATOR

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AgInt no RECURSO ESPECIAL Nº 1.468.884 - SP (2014/0164552-1)
RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
AGRAVANTE : SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO
FEDERAL NO ESTADO DE SÃO PAULO
ADVOGADOS : CÉSAR RODOLFO SASSO LIGNELLI E OUTRO(S) -
SP207804
RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(S) - DF022256
AGRAVADO : UNIÃO

RELATÓRIO
1. Trata-se de Agravo Interno interposto contra a decisão de
minha lavra que negou seguimento ao Recurso Especial interposto pelo
SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO ESTADO
DE SÃO PAULO, assim ementada:

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO


ESPECIAL. CONCURSO PÚBLICO REALIZADO ANTES DA EDIÇÃO
DA LEI 9.421/1996. NOMEAÇÃO E POSSE APÓS A VIGÊNCIA DO
ALUDIDO DIPLOMA NORMATIVO. INGRESSO NA CLASSE E
PADRÃO INICIAIS DA NOVA CARREIRA. LEGALIDADE. RECURSO
ESPECIAL DO SINDICATO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO (fls. 490).

2. O agravante repisa os argumentos declinados nas razões


do Recurso Especial de que houve tratamento discriminatório entre ela e os quatro
primeiros candidatos classificados no concurso, uma vez que no momento de sua
nomeação encontrava-se na mesma situação jurídica daqueles candidatos.

3. Requer a reconsideração da decisão agravada ou a


submissão do feito ao órgão colegiado competente.

4. É o relatório.

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AGRAVADO : UNIÃO

VOTO
ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO
ESPECIAL. CONCURSO PÚBLICO. SERVIDOR PÚBLICO
ESTADUAL. PRETENSÃO DE NOMEAÇÃO NA CLASSE INICIAL
PREVISTA NO EDITAL. ACÓRDÃO RECORRIDO DE ACORDO COM
A JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE DE QUE O INGRESSO DO
CANDIDATO SE DÁ NA CLASSE E PADRÃO INICIAIS DA CARREIRA
PREVISTO NA LEGISLAÇÃO VIGENTE NA DATA DA NOMEAÇÃO.
AGRAVO INTERNO DO SINDICATO A QUE SE NEGA PROVIMENTO.

1. A decisão da Corte de origem está em sintonia com a


firme jurisprudência deste Tribunal de que a nomeação de candidato
aprovado em concurso público não está vinculada ao padrão ou
vencimento indicado no edital, prevalecendo a legislação vigente na
data da nomeação, que deve ocorrer na classe e padrão iniciais da
carreira. Precedentes: AgRg no RMS 25.826/DF, Rel. Min. NEFI
CORDEIRO, DJe 20.6.2014; AgRg no REsp. 1124938/RJ, Rel. Min.
MARCO AURÉLIO BELLIZZE, DJe 19.6.2013; AgRg no REsp.
639.959/ES, Rel. Min. ASSUSETE MAGALHÃES, SEXTA TURMA, DJe
25.4.2013; e AgRg no RMS 25.863/DF, Rel. Min. OG FERNANDES,
DJe 9.5.2012.

2. Agravo Interno do Sindicato desprovido.

1. A despeito das razões lançadas pelo agravante, não


merece êxito a insurgência, devendo a decisão agravada ser mantida por seus
próprios fundamentos.

2. Trata-se, na origem, de ação ordinária em que os


servidores associados ao sindicato autor lograram êxito em concurso público do
Tribunal Regional Eleitoral para o cargo de Auxiliar Judiciário e Atendente

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Judiciário, pleiteiam a anulação do ato de sua nomeação na Classe A, para vigorar
a sua nomeação de acordo com a classe inicial prevista no edital do referido
concurso público e em igualdade de condições com as nomeações dos quatro
primeiros convocados do certame.

3. A ação foi julgada improcedente em primeiro grau, tendo o


Tribunal de origem, ao manter a sentença, se manifestado nos seguintes termos:

Na época do edital mencionado, a Lei 9.42 1/96 ainda não


estava em vigor, de modo que no momento da investidura no cargo
público os servidores concursados mantiveram a classe B e o Padrão
1 e, com a vigência da mencionada lei, os servidores já investidos nos
respectivos cargos obtiveram a reclassificação para aquela classe e
padrão que guarde correlação com as respectivas atribuições e
requisitos de formação profissional (art. 40 da mesma lei). Assim,
esses servidores foram reenquadrados na CLASSE B, PADRÃO 17 (fi.
8 1).

Entretanto, alguns servidores - os representados nesta ação -


que foram nomeados na vigência da Lei 9.42 1/96, muito embora
oriundos do mesmo concurso, foram enquadrados em CLASSE A,
PADRÃO 11, isto é, em padrão e classe inferiores.

Ora, é certo que conforme o artigo 10, p. único, da Lei


8.112/90, os requisitos de ingresso na carreira decorrem da Lei e é
com a nomeação que o cargo é provido (art. 80, 1, da Lei 8.112/90),
de modo que a partir desse momento (nomeação) é que o servidor
aufere direitos inerentes ao cargo, muito embora somente possa
exercê-los com a posse e exercício. Logo, antes da nomeação, não
detinha direito adquirido à fixação de padrão de vencimento estipulado
em edital, mas adquiriu direito ao padrão de vencimento fixado nos
termos da legislação e regulamentação então vigentes.

Desta forma, não há que se falar em ferimento à isonomia, ao


direito adquirido ou violação à irredutibilidade de vencimentos, eis que
a Administração apenas aplicou a classe e o padrão de vencimento
vigentes no momento de sua nomeação. A situação não é igual
àqueles que já se encontravam nomeados antes da lei, pois
justamente a nomeação deles foi anterior. Situações desiguais não
merecem o tratamento idêntico, sob pena, ai sim, de afronta à
isonomia.

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Aqueles aprovados em concurso, antes da nomeação, não
possuem direito a determinado padrão ou classe de vencimento, mas
apenas expectativa de direito de ser nomeado. A aplicação da lei
vigente no momento da nomeação não causa, portanto, afronta ao
princípio da direito adquirido ou do ato jurídico perfeito.

Além do quê, perspicaz a observação do douto julgador


recorrido:

"Eventual irregularidade no enquadramento inicial dos


servidores do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São
Paulo que ingressaram antes da edição da Resolução TSE
n'> 19.942/9 7 ou de servidores de outros Tribunais
Regionais Federais não tem o condão de legitimar a
pretensão do autor de ter seus representados enquadrados
na Classe B, Padrão 17. Caso contrário, seria negada
vigência à Lei n 0 9.421/96." * (l. 18 3).
Outrossim, não há que se falar em ferimento à "lealdade"
administrativa, porquanto observado o princípio da legalidade (art. 37
da CF), eis que houve a observância da Lei 9.42 1/96, cujo artigo 50
expressamente determina a inclusão no primeiro padrão da classe "A "
do respectivo cargo. Vénia concedida, é a exegese do recorrente que
não se encontra correta (fls. 341/342).

4. A decisão da Corte de origem está em sintonia com a firme


a jurisprudência deste Tribunal de que a nomeação de candidato aprovado em
concurso público não está vinculada ao padrão ou vencimento indicado no edital,
prevalecendo a legislação vigente na data da nomeação, que deve ocorrer na
classe e padrão iniciais da carreira. A propósito:

AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM MANDADO DE


SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. DELEGADO DA POLÍCIA
CIVIL DO DISTRITO FEDERAL. CLASSE INICIAL. ALTERAÇÃO. LEI
11.134/2005. NOMEAÇÃO POSTERIOR. DIREITO ADQUIRIDO.
INEXISTÊNCIA. PRECEDENTES. STJ E STF.

1. É firme a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça no


sentido de que o provimento inicial na carreira se dá na classe e
padrão da lei vigente na data da nomeação, ainda que o edital do
certame estabeleça de forma diversa.

2. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE n.

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318.106/RN, entendeu que enquanto não concluído e homologado o
concurso público, pode a Administração alterar as condições do
certame constantes no respectivo edital. Antes do provimento do
cargo, o candidato tem mera expectativa de direito à nomeação.

3. Agravo Regimental improvido (AgRg no RMS 25.826/DF,


Rel. Min. NEFI CORDEIRO, DJe 20.6.2014).

² ² ²

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL.


ADMINISTRATIVO. CARREIRA JUDICIÁRIA. CONCURSO PÚBLICO
REALIZADO ANTES DA EDIÇÃO DA LEI Nº 9.421/96. NOMEAÇÃO E
POSSE APÓS A VIGÊNCIA DO ALUDIDO DIPLOMA NORMATIVO.
INGRESSO NA CLASSE E PADRÃO INICIAIS DA NOVA CARREIRA.
LEGALIDADE. REENQUADRAMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
SUPERVENIÊNCIA DO ART. 22 DA LEI Nº 11.416/2006.
CONFIRMAÇÃO DO ENTENDIMENTO. DISSÍDIO
JURISPRUDENCIAL. INEXISTÊNCIA. SÚMULA 83/STJ.

1. A jurisprudência deste Tribunal Superior é no sentido de


que o provimento originário de cargos públicos deve se dar na classe
e padrão iniciais da carreira vigente à época da nomeação do servidor
- e não de acordo com aqueles em vigor ao tempo de sua aprovação
no concurso público.

2. "O art. 22 da Lei nº 11.416/2006, ao estender o


enquadramento previsto no art. 4º da Lei nº 9.421/1996 aos servidores
que prestaram concurso antes de 26/12/96 e foram nomeados após
essa data, [apenas] consolidou o mencionado entendimento" (AgRg
no REsp nº 1.119.503/PR, relatora a Ministra Laurita Vaz, DJe
23/11/2009).

3. "Não se conhece do recurso especial pela divergência,


quando a orientação do tribunal se firmou no mesmo sentido da
decisão recorrida" (Súmula nº 83 do STJ).

4. Agravo regimental a que se nega provimento (AgRg no


REsp. 1124938/RJ, Rel. Min. MARCO AURÉLIO BELLIZZE, DJe
19.6.2013).

² ² ²

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO

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REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. ALEGADA VIOLAÇÃO AO
ART. 535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. CONCURSO PÚBLICO
REALIZADO ANTERIORMENTE À LEI 9.421/96. NOMEAÇÃO
OCORRIDA APÓS O ADVENTO DO ALUDIDO DIPLOMA LEGAL.
PROVIMENTO ORIGINÁRIO DO CARGO NA CLASSE E PADRÃO
INICIAIS DA CARREIRA. PREVALÊNCIA DA LEGISLAÇÃO VIGENTE
NA ÉPOCA DA NOMEAÇÃO DO SERVIDOR. PRECEDENTES DO
STJ. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO.

I. Não ocorrência da alegada violação ao art. 535 do Código


de Processo Civil, de vez que, como ressaltado na decisão recorrida, o
acórdão impugnado apreciou, fundamentadamente, de modo coerente
e completo, todas as questões necessárias à solução da controvérsia,
dando-lhes, contudo, solução jurídica diversa da pretendida pelo ora
agravante.

II. Consoante a jurisprudência do STJ, "a Lei 9.421/96 - Plano


de Carreira dos Servidores do Poder Judiciário Federal, no art. 5º,
prevê expressamente que o 'ingresso nas carreiras judiciárias,
conforme a área de atividade ou a especialidade, dar-se-á por
concurso público, de provas ou de provas e títulos, no primeiro padrão
de classe 'A' do respectivo cargo'. Em que pese terem os impetrantes
se submetido ao concurso público em data anterior à edição da Lei nº
9.421/96, certo é que as suas nomeações somente ocorreram após a
vigência da referida Lei. A indicação de um determinado padrão ou
vencimento no edital do concurso não vincula a nomeação do servidor,
devendo prevalecer a legislação vigente no ato da nomeação.
Precedentes desta Corte" (STJ, MS 11123/DF, Rel.Ministro GILSON
DIPP, CORTE ESPECIAL, DJU de 05/02/2007).

III. Agravo Regimental improvido (AgRg no REsp. 639.959/ES,


Rel. Min. ASSUSETE MAGALHÃES, SEXTA TURMA, DJe 25.4.2013).

² ² ²

AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL.


ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. TÉCNICO JUDICIÁRIO.
LEI 9.421/96. INGRESSO NA CLASSE E PADRÃO INICIAL DA
CARREIRA. REENQUADRAMENTO. IMPOSSIBILIDADE.

1. O enquadramento do servidor público é determinado pela


legislação vigente à data da nomeação, ainda que o edital do
concurso disponha de forma diversa quanto a padrões da carreira e

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vencimentos.

2. Precedentes : AgRg no REsp 1166543/DF, Rel. Ministro


SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 14/08/2012,
DJe 22/08/2012; AgRg no REsp 1.119.503/PR, Rel. MIN. LAURITA
VAZ, Quinta Turma, DJ de 23/11/2009; MS 11123/DF, Rel. Min.
GILSON DIPP, CORTE ESPECIAL, DJ 05/02/2007.

3. Agravo regimental a que se nega provimento (AgRg no


REsp. 1.002.213/DF, Rel. Min. Convocada ALDERITA RAMOS DE
OLIVEIRA SEXTA TURMA, DJe 5.12.2012).

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ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO


EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO.
DELEGADO DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL. LEI Nº
11.134/2005. INGRESSO NA CLASSE INICIAL DA CARREIRA. LEI
VIGENTE À ÉPOCA DA NOMEAÇÃO. APLICAÇÃO.

1. Conquanto os agravantes tenham sido aprovados no


concurso público para o cargo de Delegado de Polícia Civil do Distrito
Federal, regido pelo Edital nº 3/2004, publicado sob a égide da Lei nº
9.264/1996, a qual previa que o ingresso na carreira dar-se-ia na
segunda classe, suas nomeações ocorreram já na vigência da Lei nº
11.134/2005, que estabeleceu a terceira classe como patamar inicial
da carreira.

2. O Superior Tribunal de Justiça firmou orientação no sentido


de que o provimento originário de cargos públicos deve ocorrer na
classe e padrão iniciais da carreira, em consonância com a lei vigente
na data da nomeação.

3. "A indicação de um determinado padrão ou vencimento no


edital do concurso não vincula a nomeação do servidor, devendo
prevalecer a legislação vigente no ato da nomeação." (MS 11.123/DF,
Rel. Min. GILSON DIPP, CORTE ESPECIAL, j. 6/12/2006, DJ
5/2/2007).

4. Na mesma direção: RMS 23.556/MT, Rel. Min. JORGE


MUSSI, QUINTA TURMA, j. 13/9/2011, DJe 26/9/2011; AgRg no REsp
824.593/RS, de minha relatoria, SEXTA TURMA, j. 17/2/2011, DJe
9/3/2011.

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5. Agravo regimental a que se nega provimento (AgRg no
RMS 25.863/DF, Rel. Min. OG FERNANDES, DJe 9.5.2012).

5. Ante o exposto, nego provimento ao Agravo Interno do


Sindicato.

6. É o voto.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA

AgInt no
Número Registro: 2014/0164552-1 REsp 1.468.884 / SP

Números Origem: 00143648820004036100 1151962 143648820004036100 200061000143640 2009252337

PAUTA: 04/12/2018 JULGADO: 04/12/2018

Relator
Exmo. Sr. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Presidente da Sessão
Exma. Sra. Ministra REGINA HELENA COSTA
Subprocurador-Geral da República
Exmo. Sr. Dr. AURÉLIO VIRGÍLIO VEIGA RIOS
Secretária
Bela. BÁRBARA AMORIM SOUSA CAMUÑA

AUTUAÇÃO
RECORRENTE : SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO
ESTADO DE SÃO PAULO
ADVOGADOS : CÉSAR RODOLFO SASSO LIGNELLI E OUTRO(S) - SP207804
RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(S) - DF022256
RECORRIDO : UNIÃO

ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Servidor


Público Civil - Regime Estatutário - Enquadramento

AGRAVO INTERNO
AGRAVANTE : SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL NO
ESTADO DE SÃO PAULO
ADVOGADOS : CÉSAR RODOLFO SASSO LIGNELLI E OUTRO(S) - SP207804
RUDI MEIRA CASSEL E OUTRO(S) - DF022256
AGRAVADO : UNIÃO

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo interno, nos termos do voto do
Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Benedito Gonçalves, Sérgio Kukina, Regina Helena Costa (Presidente)
e Gurgel de Faria votaram com o Sr. Ministro Relator.

Documento: 1779238 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 13/12/2018 Página 11 de 5

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