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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

Faculdade de Direito

Curso Direito-diurno

Cadeira: sociologia do direito

Tema: Poder e burocracia

Discentes:

Artur Minez tábua

Essita Djeck Efremo Macoto

Manuel Afonso José Barros

Marinela Sidónio

Nádia Alfai Franque

Rute tomas tomé

Docente:

Dr. António
Ticaque

Beira, março de 2023

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Discentes
Artur Minez tábua
Essita Djeck Macoto

Manuel Afonso José Barros

Marinela Sidónio

Nádia Alfai Franque

Rute tomas tome

Docente:

Dr., António Ticaque

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Índice
Introdução ................................................................................................................................................... 4
Metodologia ................................................................................................................................................. 5
Poder e burocracia ...................................................................................................................................... 6
Poder ............................................................................................................................................................ 6
Elementos do poder..................................................................................................................................... 6
Características do poder............................................................................................................................. 6
Formas de poder ......................................................................................................................................... 7
Burocracia origem ...................................................................................................................................... 7
Princípios da burocracia ............................................................................................................................ 8
Burocracia definição ................................................................................................................................... 8
Características da burocracia .................................................................................................................... 8
Função da burocracia ................................................................................................................................. 9
Função do poder e burocracia ................................................................................................................... 9
Conclusão ................................................................................................................................................... 10
Referencia Bibliográfica ........................................................................................................................... 11

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Introdução

O presente trabalho abordaremos o tema burocracia e poder onde veremos a relação do poder e a
burocracia na tarefa de controlar a sociedade. Também definiremos o poder como uma
possibilidade de influenciar outa pessoa. Veremos os elementos do poder que seriam esses inferior
e superior, o superior com a tarefa de submeter as suas vontades ao inferior e o inferior com a
tarefa de se submeter as vontades do superior. Veremos também que o poder é caracterizado em
plurifacetarioi e pluridimensional, sendo o plurifacetario aquela que apresenta diversas formas de
manifestação e pluridimensional quando tem vários campos de atuação, em seguida veremos as 3
formas de poderes que são: tradicional, carismático e legal.
Veremos em seguida a origens da burocracia, princípios da burocracia, definição da burocracia
características da burocracia, função da burocracia e função da burocracia e poder. Os objectivos
desta pesquisa são: saber os conteúdos relacionados com o tema burocracia e poder e explicar de
forma coerente qualquer que seja o conteúdo que esteja relacionado com o tema em questão

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Metodologia
Para a concretização dos objetivos do presente trabalho de pesquisa, foram usadas como
metodologias a pesquisa bibliográfica, onde fizeram-se revisão bibliográfica de algumas obras de
didática e pedagogia.
De acordo com Michel (2000, p. 32) a pesquisa bibliográfica consiste:
Na definição de objectivos e levantar informações sobre o assunto em estudo. Entretanto, o
estudo exploratório ou pesquisa bibliográfica pode ser considerado uma forma de pesquisa, na
medida em que se caracteriza pela busca, recorrendo a documentos, de uma resposta a uma
dúvida, uma lacuna de conhecimento.

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Poder e burocracia

Poder
O poder consiste na possibilidade de uma pessoa ou instituição influenciar o comportamento de
outra pessoa, segundo a definição clássica de Weber “Poder significa toda probabilidade de impor
a própria vontade numa relação social, Mesmo contra resistência” (Weber, 1991, p. 33 e p. 175).

Elementos do poder

Nesta definição interessam dois elementos: que são inferior e superior.


O poder cria uma relação de desigualdade entre aquele que impõe sua vontade e (superior) e aquele
que se submete a mesma (inferior). As relações do poder são assimétricas. As vantagens obtidas
pelo superior são maiores que as vantagens obtidas pelo inferior. Por esta razão o poder foi definido
como “qualquer relação social seguida por uma troca desigual” (Santos, 2000, p. 266).
A relação de poder indica que há uma chance de obediência, já que o inferior pode opor resistência
e, se esta for eficaz, o superior não alcançará suas finalidades, por isto, o exercício do poder não
pode ser mais do que uma probabilidade de imposição de mandamentos. As opiniões e os interesses
dentro de uma sociedade são sempre conflitivos e criam sempre tendência a desobediência, mesmo
que se trate de um poder extremamente forte, eficiente e legítimo. Assim sendo, quem exerce o
poder muitas vezes necessita fazer concessões e mudar seu plano diante da resistência de
indivíduos ou grupos.
A história indica que nunca existiu um poder verdadeiramente absoluto, que tenha conseguido, de
modo efectivo e pleno, incorporar a sua vontade e fazer cumprir as suas ordens. Mesmo o poder
do estado, que é de mais eficiência e legitimada nas sociedades modernas, não pode impedir casos
de insubmissão, Ex: ocorrem milhões de inflações de transito a cada ano, que são, nesta
perspectiva, casos de não cumprimento do poder estatal.( SABADEL, 2002 )

Características do poder

O poder apresenta duas características: ele é plurifacetário e pluridimensional.


O poder é plurifacetário quando apresenta diversas formas de manifestação: forças, coação,
influencia, autoridade, manipulação.
O poder é pluridimensional quando tem vários campos de atuação. Geralmente identifica-se o
poder com a capacidade de tomar decisões sobre questões públicas e de comandar a forca pública.
Este é o poder politico. Existe também um poder económico, actualmente exercido por aqueles
que tem meio de produção e conhecimento tecnológico. Isso lhes possibilita comprar a força de
trabalho dos demais e influenciar as decisões sobre a politica económica de um País. Uma outra
forma de poder fundamenta-se em qualidades pessoais trata-se do poder carismático que é exercido
por meio da religião, de sindicatos, de partidos políticos e de comunidade local. Há também um
poder exercido em âmbito totalmente privado, como uma família, por parte dos homens em relação
as crianças e as mulheres. Este poder é chamado de dominação masculina ou “patriarcado” e se
manifesta através da desigualdade das relações entre os géneros masculino e feminino.
(SABADEL, 2002)

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Formas de poder

Weber distingue três formas de poder legítimo:


- Poder tradicional – fundamentado em costumes antigos, que são consagrados através do tempo e
impõem o poder de obediência aos chefes da comunidade (família, clã ou, feudo);
- Poder carismático – fundamentado nas vidas pessoais e quase sobrenaturais de um individuo
admirado por todos (Rei-guerreiro, Chefe incontestado de um partido político);
- Poder legal – fundamentado na validade de regras preestabelecidas e racionais, que organiza a
forma de poder de forma estável, respeitando determinadas formas; aqui não se obedece a pessoa
mas sim a regra que determina um sistema de poder. (SABADEL, 2002)
Todas estas formas de poder convergem a um mesmo ponto: educar o individuo a comportar-se de
acordo com o modelo social

Burocracia origem

A burocracia tem sua origem a partir do fim do feudalismo, quando da constituição dos estados
nacionais na europa. Sua função foi de nivelar as diferenças económicas e criar oportunidades para
as diferentes classes sociais para assumir cargos de administração nas organizações. (Weber,
1974).
O termo burocracia significa “poder de escritório” Bureau: escritório (em francês) e cratein: deter
um poder, dominar (em grego). (SABADEL, 2002)
O termo inicialmente foi empregado apenas para designar a estrutura administrativa estatal,
formada pelos funcionários públicos. Eles eram responsáveis por várias áreas relacionadas aos
interesses coletivos da sociedade, como as forças armadas, a polícia e a justiça, entre muitas outras.
No século 20, após a criação da União Soviética, o termo burocracia apareceu como uma crítica à
rigidez do aparelho do Estado e aos partidos políticos que sufocavam a democracia. Segundo a
perspectiva desses filósofos e pensadores, o avanço da burocratização, tanto nas estruturas estatais
como nas partidárias, traria consequências terríveis para uma futura sociedade socialista, pois,
dentro do projeto revolucionário de esquerda, ela era concebida como um obstáculo à participação
democrática popular.
É um modelo que se distingue pela clara hierarquia de autoridade, a rígida divisão de trabalho,
bem como regras, regulamentos e procedimentos inflexíveis. Entre as principais características da
hierarquia está a impessoalidade.
Na sociologia, a burocracia é estuda como um sistema de organização de grandes grupos sociais e
de actividades colectiva (exemplo: estado, grandes empresa), que objectiva a racionalização e a
eficácia. Para a gestão de uma microempresa com três empregados evidentemente não é necessário
criar um departamento de “recursos humanos” o mesmo não se pode dizer de uma empresa com
três mil (3000) empregados. (SABADEL, 2002)

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Princípios da burocracia

As análises de autores como Weber, Merton, Chinoy e Blau que examinaram aspectos da
burocracia, que caracterizaram o seu funcionamento (soariano, 1997, pp327-328):
a) Princípio da generalidade e da imparcialidade. Há regras e procedimentos
preestabelecidos, que vinculam s todos. A aplicação desta regra independe da vontade da
pessoa que as executa e os destinatários.
Ex: um funcionário que falta ao trabalho sem justificativa logica, é submetido a desconto
salarial, mesmo se solicitar ao departamento de “recursos humanos” que o perdoe pela sua
falta. A empregada doméstica que faltar um dia, porque se sentia mito cansada, ao
conversar com a sua patroa e explicar o seu caso, pode obter uma resposta diferente, visto
que a decisão depende da boa vontade da sua patroa e não de um sistema de regras rígidas.
b) Princípio da racionalidade, manifesta-se na adequação da associação aos fins que persegue
c) Princípio da eficiência consiste na observação de melhores resultados através da aplicação
de técnicas mais idóneas, por pessoas com preparo profissional
d) Princípio de impersonalidade, as pessoas concretas “não contam”, o que vale são os cargos
por eles ocupados. Os cargos sobrevivem às pessoas e não podem ser cedidos pelos
titulares. (SABADEL, 2002)

Burocracia definição

Com base em tais princípios podemos dar uma definição: a burocracia é a organização racional,
formalizada e centralizada de uma serie de recursos humanos e materiais, para obter a máxima
eficácia por meio de regras e procedimentos gerais de aplicação uniforme. O fim principal da
burocracia é a eficiência. A racionalidade é intrínseca á burocracia e resulta da adequação á
consecução dos fins estabelecidos. (Chiavenato, 1995)

Características da burocracia

O Modelo Burocrático baseia-se na organização, na racionalidade, na legalidade e na


impessoalidade. A organização burocrática caracteriza-se pela divisão do trabalho, esta é realizada
de forma racional e adequada aos objetivos estabelecidos, de forma a atingir a sua eficiência. Cada
um sabe exatamente qual o seu papel e as suas funções dentro da organização bem como os seus
limites, e esta proporciona as condições necessárias para que o trabalhador possa cumprir os seus
objetivos, não interferindo com os restantes trabalhadores. Tudo deve ser feito de forma imparcial,
trata-se de organização, cargos e funções e não de pessoas e emoções (Chiavenato, 1995).

Também para Rocha (2005) o modelo burocrático é caracterizado pela divisão do trabalho,
conforme a sua especialização, e estruturado segundo o grau de complexidade de cada tarefa.
Max Weber dá o seu contributo à burocracia, no domínio de regras e de normas, que constituem
uma condição necessária para a racionalidade legal, económica e técnica da civilização moderna,
sendo o interesse público definido politicamente e traduzido na lei. Para ele, as organizações
burocráticas são tecnicamente superiores, e devem assentar em seis princípios:

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1. Áreas de jurisdição (a autoridade é mantida através de uma organização hierárquica e deriva
unicamente da lei ou dos regulamentos feitos com base naquela);
2. Níveis ou hierarquias (existe uma supervisão dos níveis mais altos sobre os mais baixos);
3. A gestão baseia-se em documentos escritos (a organização é impessoal, está separada das
pessoas e dos empregados);
4. Para que exista repartição do trabalho é necessário que os funcionários sejam especialistas em
diversas áreas;
5.A atividade dos funcionários implica trabalho a tempo inteiro;
6. A gestão obedece a regras gerais, que podem ser aprendidas. (Gerth citado por Rocha, 2001):

Já segundo Chavenato a burocracia tem dez características essenciais, mais quatro do que a teoria
weberiana:
1. Organização por normas e regulamentos;
2. Comunicação escrita;
3. Racionalidade e divisão do trabalho;
4. Carácter impessoal;
5. Hierarquização;
6. Estandardização de normas e procedimentos;
7. Meritocracia;
8. Especialização dos trabalhadores;
9. Profissionalização dos trabalhadores;
10. Previsibilidade. (Chiavenato, 1995)

Função da burocracia
A burocracia foi a proposta de equilíbrio de oportunidades entre as classes sociais, com o fim de
eliminar o protecionismo das elites feudais, que detinham ate então os benefícios do poder (Weber,
1974).

Função do poder e burocracia


Junto ao direito situam-se outros dois meios de controlo social: o poder e a burocracia. Direito,
poder e burocracia relacionam-se entre si e estão envolvidos na comum tarefa de controlar a
sociedade. O poder e o sujeito-agente do controle. A burocracia e sistema jurídico são os principais
meios utilizados pelo poder para exercer o controlo nas sociedades modernas. (SABADEL, 2002)

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Conclusão

Apos a conclusão do presente trabalho com o tema burocracia e poder, concluímos que o poder e
a burocracia relacionam-se entre si, e que o poder consiste numa pessoa ou instituição influenciar
o comportamento da outra. Também concluímos que o poder apresenta-nos dois elementos que
são inferior e superior, sendo o superior aquele que submete as suas vontades ao inferior e inferior
aquele que se submete as vontades do superior. Ee importante afirmar que o poder é caracterizado
por ser plurifacetario e pluridimensional, sendo o plurifacetario aquela que apresenta diversas
formas de manifestação e pluridimensional quando tem vários campos de atuação.
Falamos também da burocracia onde vimos que a burocracia surgio a partir do fim feudalismo com
a função de nivelar os diferentes níveis sociais existentes na época, e que o termo burocracia
originou da língua Francesa “Bureao”, que significa poder de escritório, e do grego “cratein”, que
significa deter o poder. Em seguida vimos os princípios da burocracia que eram estes: Princípio
da generalidade, princípio da racionalidade, princípio da eficiência, e princípio da impessoalidade,
com base nesses princípios definimos a burocracia como sendo a organização racional e
centralizada de uma serie de recursos humanos e material para obter a máxima eficiência por meio
de regras e procedimentos gerais de aplicação uniforme. Por fim vimos a função do pode e da
burocracia e poder.

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Referencia Bibliográfica
CHIAVENNATO, Idalberto. Teoria geral da administração, 2 vols. São Paulo: McGraw-Hill,
1979.
SABADEL, Ana Lúcia, Introducao a uma leitura externa do direito, 2. Edicao, local São Paulo,
editora revista dos tribunais, 2002.
CHIAVENATO, Idalberto (1995), Introdução à Teoria Geral da Administração, Rio de Janeiro,
Markon Ed., 4.ª Edição
WEBER, max, ensaio de sociologia. Rio de janeiro: Zahar editores, 1974.

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