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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

Av. Francisco Mota, 572 – C. Postal 137 – Bairro Pres. Costa e Silva
Mossoró – RN – CEP: 59.625-900
DISCIPLINA: Noções de Contabilidade Atuarial
PROFESSORA: Me. Mariana Câmara Gomes e Silva

TRABALHO AVALIATIVO – UNIDADE III

Aluno: Alexandre Rui da Silva

1) Qual é o modelo brasileiro de previdência? Discorra sobre


apresentando as principais características.

O modelo brasileiro de previdência é formado por um sistema misto, ou


seja, composto tanto pela Previdência Social quanto pela Previdência
Privada. A Previdência Social no Brasil é gerida pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS), enquanto a Previdência Privada é oferecida por
instituições financeiras e seguradoras.
A Previdência Social brasileira é formada por três regimes: O Regime Geral
da Previdência Social (RGPS), que comtempla os trabalhadores do setor
privado e outros; O Regime Próprio da Previdência Social (RPPS), que
cobre os servidores públicos; e o Regime Privado Completar, cuja adesão é
facultativa, ao contrários dos demais

Fontes de pesquisa:
https://www.udesc.br/arquivos/cct/id_cpmenu/6357/B2A1_
Caracter_sticas_dos_principais_Pr
evid_ncia_Social_15940467316864_6357.pdf

2) Com base no que foi discutido em sala, explique qual o papel do


contador para as entidades patrocinadoras dos planos de previdência
complementar fornecido aos seus empregados, bem como, o papel
deste profissional para as entidades responsáveis por gerenciar a
formação do fundo de pensão.

O profissional contábil desempenha um papel bastante abrangente nas


entidades patrocinadoras de planos de previdência, bem como nas entidades
que gerenciam a formação de fundos de pensão. Este profissional, através de
seu conhecimento, deve garantir a conformidade, transparência financeira e
a eficácia operacional dos planos de previdência e/ou dos fundos de pensão
em questão, garantindo sempre uma gestão integrada e eficaz, bem como
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assegurando que os registros contábeis sejam sempre precisos, que os


requisitos regulatórios sejam atendidos e que os participantes recebam as
informações corretas e claras.

3) A normatização básica para contabilização da previdência privada


complementar está intimamente ligada aos Planos de Benefícios
definido e está contida no Pronunciamento técnico CPC 33 (R1) –
Benefícios a Empregados. Com base nisso, elabore Resenha Crítica do
CPC 33 (R1) contendo no mínimo 4 laudas, apresentando os
principais pontos discutidos, em seguida apresente o seu pensamento
crítico a respeito do pronunciamento. (atenção: evite o CtrlC e CrtlV).
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Análise Crítica do CPC 50: Contratos de Seguro

Introdução

O CPC 50, aprovado em dezembro de 2018 e convergindo com o IFRS 17,


representa uma mudança significativa na forma como os contratos de seguro são
contabilizados no Brasil. A norma visa aumentar a transparência, a
comparabilidade e a confiabilidade das informações financeiras das entidades do
setor de seguros. Seu objetivo é assegurar que uma entidade apresente
informações relevantes e que representem fielmente a essência de seus contratos
de seguros. Essas informações devem ser apresentadas em um modelo de
contabilidade consistente, atendendo às exigências da norma contábil.

Através dos dados fornecidos, os usuários das demonstrações financeiras


conseguem avaliar o efeito que os contratos de seguros têm na posição
financeira, no desempenho financeiro e nos fluxos de caixa da empresa em
questão.
esse pronunciamento contábil determina algumas melhorias na contabilização de
contratos de seguros pelas seguradoras (ainda que um pouco limitadas);
divulgações que resultam de contratos de seguros, identificando e explicando
seus resultados nas demonstrações contábeis da seguradora, ajudando os usuários
dessas demonstrações a compreenderem melhor o valor e incerteza de fluxos de
caixa futuros originados de contratos de seguro.
Sendo assim a empresa deve aplicar o pronunciamento para: contratos de seguro
e resseguro emitidos e mantidos por ela; instrumentos financeiros emitidos com
característica de participação discricionária. Também é importante ter em mente
que todas as referências deste pronunciamento a contratos de seguro emitidos
também devem ser aplicadas aos contratos de seguro na transferência de
contratos de seguro ou na combinação de negócios que não sejam contratos de
resseguro mantidos.

Objetivo

Esta análise crítica tem como objetivo avaliar os principais aspectos do CPC 50,
destacando seus pontos principais e impactos.

1. Pontos Positivos
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Maior Transparência e Comparabilidade: O CPC 50 exige que as entidades


divulguem mais informações sobre seus contratos de seguro, como os riscos
assumidos, as provisões técnicas e a margem de lucro. Isso facilita a análise por
parte dos usuários das demonstrações financeiras, como investidores, analistas e
órgãos reguladores.

Reconhecimento Mais Preciso da Margem de Lucro:


A norma abandona o modelo tradicional de contabilidade de seguros, que
reconhecia a margem de lucro apenas no momento da emissão do contrato. O
novo modelo reconhece a margem de lucro ao longo da vigência do contrato,
proporcionando uma visão mais precisa da rentabilidade do negócio de seguros.

Redução da Volatilidade das Demonstrações Financeiras:


O CPC 50 suaviza o impacto de eventos específicos no resultado das
seguradoras, como sinistros de grande monta. Isso contribui para uma maior
estabilidade das demonstrações financeiras e aumenta a confiança dos
investidores.

Melhoria da Gestão de Riscos:


Incentivo à gestão eficiente dos riscos através da estimativa e provisionamento de
riscos. Contribuição para a solvência e sustentabilidade do setor de seguros.

Aumento da Confiança dos Investidores:


Maior transparência e melhor qualidade das informações financeiras podem
aumentar a confiança dos investidores no setor de seguros. Aumento do capital
disponível para o setor, impulsionando seu crescimento.

Crescimento do Mercado de Seguros:


Maior confiança dos investidores e melhor gestão de riscos podem contribuir
para o crescimento do mercado de seguros. Aumento da demanda por produtos
de seguros, beneficiando toda a sociedade.

2. Pontos a Considerar

Complexidade e Custo de Implementação:


A norma é complexa e exige um elevado grau de expertise para sua correta
aplicação. Os custos de implementação podem ser significativos, especialmente
para pequenas e médias seguradoras.
Dificuldade na Estimação de Parâmetros: A estimativa de alguns parâmetros,
como a taxa de desconto e o risco de crédito, exige expertise e pode ser subjetiva.
Isso pode levar a diferenças na mensuração dos resultados entre diferentes
entidades.
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Impacto nos Resultados das Seguradoras:


A aplicação do CPC 50 pode afetar negativamente o resultado das seguradoras no
curto prazo, especialmente para aquelas com carteiras de negócios mais antigas.

Necessidade de Aperfeiçoamento da Norma:


A norma ainda apresenta algumas lacunas e pontos que podem ser aperfeiçoados.
É necessário que o CPC e o IASB continuem a trabalhar no aprimoramento da
norma, buscando soluções para os desafios existentes.

3. Desafios e Oportunidades

3.1 Desafios:
Implementação da norma em tempo hábil;
Estimação precisa dos parâmetros;
Gestão dos impactos nos resultados das seguradoras;
Treinamento da equipe.

Dificuldade na Estimação de Parâmetros:


Estimativa de parâmetros como taxa de desconto e risco de crédito exige
expertise e pode ser subjetiva. Diferenças na mensuração dos resultados entre
diferentes entidades, dificultando a comparabilidade das demonstrações
financeiras.

Impacto nos Resultados das Seguradoras:


Aplicação do CPC 50 pode afetar negativamente o resultado das seguradoras no
curto prazo, especialmente para carteiras de negócios mais antigas.
Necessidade de ajustar o valor das provisões técnicas e reconhecer perdas
latentes.

3.2 Oportunidades:
Maior transparência e comparabilidade;
Melhor gestão dos riscos;
Aumento da confiança dos investidores;
Crescimento do mercado de seguros.

Qual o impacto da implementação dessas normas para as seguradoras, em


seus balanços?
Essa nova norma contábil altera de forma significativa a maneira com que as
seguradoras elaboram suas demonstrações financeiras.
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Isso porque o IFRS 17 (CPC 50) leva em consideração as estimativas de


entradas, saídas, ajuste de risco e margem de lucro a ser obtida ao longo do
período estabelecido pelo contrato ou portfólio da seguradora.

Portanto, a seguradora diferirá a margem de lucro esperada ao longo da vigência


dos contratos. Mas, se esses contratos ou portfólios se demonstrarem onerosos, a
perda esperada deve ser reconhecida imediatamente no resultado.

Todas as seguradoras são obrigadas a adotar?


Não! Só é exigida a apresentação do IFRS 17 (CPC 50) de seguradoras e
resseguradoras que são requeridas a elaborar suas demonstrações financeiras de
acordo com as normas internacionais de contabilidade (“IFRS”). Ou seja, esse
pronunciamento contábil só é obrigatório para as entidades de capital aberto ou
que reportam suas informações financeiras para o exterior, seja para informar os
sócios ou para realizar a consolidação com os dados contábeis da matriz.

4. Conclusão

O CPC 50 representa um avanço significativo na contabilidade de contratos de


seguro, mas ainda há espaço para melhorias. As empresas do setor devem se
preparar para a implementação da norma, buscando especialistas para garantir a
correta aplicação dos seus princípios.

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