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CIANORTE
2023
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CIANORTE
2023
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BANCA EXAMINADORA
___________________________ ___________________________
Profª Dra. Evelini Lauri Morri Garcia Profº Me. Renato Alves de Oliveira
___________________________________________
Professor Orientador
Filipe Silva Santos
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradecer a Deus por ter me dado todo discernimento, força e
sabedoria, para conquistar tudo que conquistei e ainda vou conquistar. Em seguida, agradecer
a minha família que não mediram esforços para me apoiar em todas as situações da minha
vida, e quero deixar também meu sentimento de gratidão a todos os meus amigos, que foram
anjos em minha caminhada.
Não posso deixar de agradecer imensamente meus colegas de turma que sempre me
ajudaram no que puderam, e por fim, a todos meus professores, em específico o Mestre Filipe
Santos que não desistiu de mim, mesmo sem saber o grande desafio que tinha pela frente, que
era me orientar.
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RESUMO
O objetivo geral desse estudo foi o de analisar qual é o regime tributário que traz a menor
carga tributária para uma empresa que presta serviços de transporte rodoviário de cargas,
especificamente grãos, que foi estudada. Para tanto, desenvolveu uma pesquisa descritiva,
qualitativa que utilizou de informações coletadas na empresa para desenvolver um quadro
comparativo entre os regimes tributários do Lucro Real, Lucro Presumido e Simples
Nacional. Com os dados tabulados, entendeu-se que o melhor regime seria o Simples
Nacional, por atender toda a norma tributária que a empresa se enquadra, e por ser a mais
rentável no ramo e pelo volume que a mesma opera. O principal achado desta pesquisa
consiste em encontrar melhores opções de tributação para a entidade, a fim de diminuir seus
gastos com impostos, e melhorar sua saúde financeira possuindo um resultado cada vez maior.
Os resultados da pesquisa contribuem na prática da aplicação da contabilidade e do
planejamento tributário.
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................1
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO...................................................................................................1
1.2 OBJETIVOS........................................................................................................................2
1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................................2
1.2.2 Objetivos específicos......................................................................................................2
1.3 ESTUDOS PRECEDENTES...............................................................................................2
1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO.........................................................................................3
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................5
2.1 CONTABILIDADE SOB O PRISMA TRIBUTÁRIO.......................................................5
2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO.....................................................................................5
2.2.1 Elisão Fiscal x Evasão fiscal............................................................................................7
2.3 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO E SEUS ENQUADRAMENTOS.....................................8
2.3.1. Lucro Real........................................................................................................................8
2.3.2 Lucro Presumido.............................................................................................................14
2.3.3 Simples Nacional.............................................................................................................16
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.....................................................................20
3.1 CLASSIFICAÇÕES DA PESQUISA................................................................................20
4 ANÁLISE DOS DADOS.....................................................................................................23
4.1 APRESENTAÇÃO E DEMONSTRATIVOS DE FATURAMENTO E DESPESAS DA
EMPRESA................................................................................................................................23
4.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS PESQUISADOS.........................................................23
4.3 CÁLCULO DO REGIME SIMPLES NACIONAL (ANUAL)..........................................25
4.4 IRPJ E CSLL SOBRE LUCRO PRESUMIDO..................................................................26
4.4.1 CÁLCULO DO REGIME DE LUCRO PRESUMIDO (ANUAL).................................28
4.4.2 CÁLCULO DE ICMS, PIS E COFINS DO LUCRO PRESUMIDO..............................28
4.5 CÁLCULO DO REGIME LUCRO REAL (ANUAL).......................................................30
4.5.1 IRPJ E CSLL SOBRE LUCRO REAL...........................................................................30
4.5.2 CÁLCULO DE ICMS, PIS E COFINS DO LUCRO REAL..........................................31
4.6 ANÁLISES DOS RESULTADOS.....................................................................................32
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................34
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................37
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1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Dado o contexto surge a questão que irá reger toda a pesquisa, que consiste em: Qual
é o regime tributário, que traz menor carga tributária para uma empresa que presta serviços de
transporte rodoviário?
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral
O objetivo geral desse estudo é analisar qual é o regime tributário que traz a menor
carga tributária para uma empresa que presta serviços de transporte rodoviário de cargas,
especificamente, graneleiro.
Estudos precedentes apontaram que mesmo não havendo débitos de PIS e COFINS da
empresa em estudo, caso opte pelo Lucro Real, seja qual for a forma escolhida de pagamento,
terá créditos de PIS e COFINS que poderão ser utilizados em abatimentos de outros tributos
federais, tais como, IRPJ e CSLL (MIRON, 2012). Existem estudos dentro da área, que por
mais que sejam semelhantes, pode trazer resultados bem distintos, devido aos vieses que a
Legislação traz, para que seja realizado uma diminuição de tributos pagos pelas instituições,
dependendo de seu ramo, faturamento e principalmente, regime tributário.
Como por exemplo, o estudo realizado por NOGUEIRA (2012), onde é realizado uma
pesquisa para descobrir qual é o melhor regime tributário entre o Lucro Real e Presumido para
uma Transportadora referente à arrecadação do COFINS, e devido ao movimento do Governo
perante o assunto, fica mais viável alterar seu Regime para o Regime de Lucro Real. Ou
então, como citado pelo BARTH (2016), que também teve como objetivo descobrir uma
forma de deduzir os tributos pagos pela empresa de transporte de pessoas do Rio de Janeiro,
porém relacionado principalmente ao INSS Patronal, e o resultado foi até mesmo a
diminuição das passagens para os cidadãos que fazem o uso dos terminais.
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Outra evidência relacionada ao tema, foi a pesquisa realizada por LIMA (2019), que
teve como objetivo verificar quais tributos mais contribuem para o aumento da carga
tributária brasileira, considerando os impostos sobre bens e serviços, salários, renda, comércio
exterior e patrimônio. Constatou-se que apenas no período de 1995 a 1999, o comportamento
da carga tributária das categorias de bens e serviços atendeu aos pressupostos teóricos de
Laffer, sendo que a COFINS pertencentes ao grupo de bens e serviços foram as que mais
contribuíram para o aumento da carga tributária brasileira.
São vários exemplos encontrados na área que puderam auxiliar nos dados e
informações para a construção da pesquisa, como a pesquisa do JUNIOR (2021), que foi
importante pela relevância e simultaneidade do tema, sempre em foco; para ciência e
sociedade, é relevante porque aponta possibilidades reais de reforma no atual governo,
trazendo um panorama de 2021 e de 2007 ao presente. A conclusão do artigo é que não há
como tributar, se houver reforma nacional sem releitura do Acordo Federal, pois o foco e a
distribuição da receita tributária são maiores do que o poder de arrecadar impostos. A reforma
tributária precisa ser acompanhada de uma revisão dos gastos públicos, especialmente os da
previdência, em função do risco de prejudicar o equilíbrio fiscal.
Nesta pesquisa, realizou-se um planejamento tributário na empresa, levando em
consideração os regimes mais usuais no Brasil: Lucro Real, Lucro Presumido e o Simples
Nacional, a fim de encontrar a melhor opção de tributação para sua área, particularidades e
seu faturamento, respeitando os nuances da empresa estudada. Justifica-se a realização deste
estudo, que terá como objeto central de análise uma empresa do ramo de transporte
rodoviário, que atualmente é optante do Simples Nacional.
O principal achado desta pesquisa consiste em fazer um comparativo sobre o
faturamento de uma instituição do ramo de transporte rodoviário, para averiguar qual Regime
Tributário ela melhor se enquadra, levando em consideração toda e qualquer Legislação
vigente relacionada ao caso, e também todos os vieses que a Lei autoriza de acordo com seu
ramo de trabalho, onde será feito uma análise sobre o Lucro Real, Lucro Presumido e o
Simples Nacional, na qual a empresa se encontra atualmente.
Esse estudo está dividido em 5 capítulos. Inicia-se pela introdução como capítulo um
na qual apresenta o contexto da pesquisa, os objetivos (geral e específicos), os estudos
precedentes e a organização do estudo.
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Após isso, evidencia-se a Plataforma teórica que abordou sobre a contabilidade sob o
prisma tributário, o que é o planejamento tributário, diferenciando os conceitos de elisão e
evasão fiscal e foi apresentado as leis que regram os aspectos tributários envolvidos nessa
pesquisa.
O capítulo 03 traz os caminhos que o pesquisador percorreu para alcançar os
objetivos do trabalho, bem como as classificações da pesquisa. O capítulo 04 evidencia os
dados e suas análises, precedidos pelas considerações finais da pesquisa que constitui o
capítulo 05. Por fim, é destacado as referências bibliográficas utilizadas na construção deste
estudo.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
tributários de maneira que o contribuinte tem o direito de estruturar o seu negócio da forma
que melhor lhe pareça, visando à diminuição de custos de seu empreendimento, inclusive os
tributos, se a forma utilizada for jurídica e lícita, a fazenda pública deve respeitá-la
(GOMES, 2011; CHAVES, 2017).
Conforme Silva (2017) o planejamento tributário pode ser divido, quanto ao seu
tipo, em operacional (Planejamento tributário operacional) e estratégico (Planejamento
tributário estratégico). De acordo com Silva (2017) o planejamento tributário operacional
refere-se aos procedimentos formais contidos nas normas, na forma específica de
contabilizar determinadas operações e transações, sem alterar suas características básicas; o
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A palavra “real” é utilizada pelo Código Tributário Nacional para divergir seu
significado perante os termos “presumido” e “arbitrado”, os quais se referem a outros
regimes, como o principal objetivo de exprimir o que existe de fato, ou seja, verdadeiro no
sentido de que é aceito para todos os fins e efeitos de direito (SILVA, 2017). A opção pelo
Lucro Real é frequentemente feita por médios e grandes contribuintes, dada sua relativa
onerosidade, os controles contábeis internos exigidos são mais amplos e complexos que dos
demais sistemas de tributação (Lucro Presumido, Arbitrado ou Simples Nacional)
(CREPALDI, 2019).
Conforme Silva (2017) a contabilidade é base para a apuração do resultado contábil
do exercício, resultado esse que pode ser lucro ou prejuízo do período, caso o contribuinte
obtenha um resultado positivo, nasce quase sempre nas entidades optantes pelo Lucro Real, a
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A princípio todas as empresas e ramos de atividades podem optar pelo Lucro Real,
entretanto algumas estão obrigadas a opção pelo Lucro Real, conforme art. 14° da Lei n.º
9718 de 1998:
Conforme Silva (2017) pode-se observar que ao mesmo tempo em que se empresta
da legislação comercial e da contabilidade o conceito de lucro líquido, a legislação fiscal
impõe certas diretrizes para impedir que desvios de procedimentos contábeis, voluntários ou
involuntários, diminuam ou comprometam o tributo a ser recolhido.
No ajuste do resultado contábil para resultado fiscal, temos as adições e exclusões.
Para Pêgas (2017) nas adições temos despesas contabilizadas e não aceitas pelo fisco, ela
é uma adição porque se uma despesa for retirada do resultado contábil, este aumenta,
também são adições, receitas exigidas pelo fisco, mas que não foram contabilizadas como
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receita, como essa receita não está compondo o resultado da empresa, se nele fosse incluído,
representaria uma adição.
Conforme Pêgas (2017) nas exclusões estão as receitas contabilizadas que não são
exigidas pelo fisco, se a receita for retirada do resultado apurado na contabilidade, este será
diminuído, por isso, faz-se exclusão ao lucro líquido, também são exclusões, as despesas
aceitas pelo fisco e não contabilizadas em despesas, ocorre que em algumas situações o fisco
permite que sejam feitas deduções na base fiscal que não estão registradas como despesa na
contabilidade.
As adições e exclusões são feitas no Livro de Apuração do Lucro Real. De acordo
com Da Silva Marcos (2018), o LALUR é composto por duas partes: a parte A, onde são
feitos os lançamentos de ajuste do lucro líquido do período (adições, exclusões e/ ou
compensações); e a parte B, destinada ao controle de valores que não constem na
escrituração comercial, mas deva influenciar a determinação do Lucro Real dos futuros
períodos.
Sobre o resultado fiscal da empresa, ou seja, seu lucro ajustado, incidem os tributos
diretos, IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica e CSLL Contribuição Social Sobre o Lucro
Líquido. As alíquotas dos tributos diretos, serão 15% de IRPJ Imposto de Renda Pessoa
Jurídica, conforme o Art. 541°, do RIR/1999:
Art. 541: A pessoa jurídica, seja comercial ou civil o seu objeto, pagará o imposto
à alíquota de quinze por cento sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, apurado
de conformidade com este Decreto (Lei n º 9.249, de 1995, art. 3 º).
Também será pago um adicional de dez por cento, se o Lucro Real apurado exceder
em vinte mil reais multiplicados pelo número de meses do período de apuração, conforme
Art. 542°, da RIR/1999:
Art. 542. A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor
resultante da multiplicação de vinte mil reais pelo número de meses do respectivo
período de apuração se sujeita à incidência de adicional de imposto à alíquota de
dez por cento (Lei n.º 9.249, de 1995, art. 3º, § 1º, e Lei n.º 9.430, de 1996, art.
4º).
Referente à CSLL será pago 9% sobre o lucro líquido ajustado, conforme Lei n.º
7.689/1988, Art. 3º, inciso II:
Conforme cita Lei no 10.147, (21/12/2000), quanto aos tributos indiretos PIS e
COFINS:
I - Dispõe sobre a incidência da contribuição para os Programas de Integração
Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público – PIS/Pasep, e da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins, nas operações
de venda dos produtos que especifica.
Segundo Pêgas (2017), as empresas optantes pelo regime de tributação Lucro Real,
utilizam o método não cumulativo, com um cálculo bem mais complexo em relação às
empresas tributadas pelo Lucro Presumido ou que tenham seu lucro arbitrado. O contribuinte
pagará as contribuições com alíquota de 1,65% para PIS, e 7,6% para o COFINS, sobre sua
receita operacional bruta, mas poderão deduzir créditos admitidos expressamente em lei. As
características e peculiaridades dos tributos PIS e COFINS, serão abordados mais
profundamente, em tópicos específicos posteriormente.
No que tange aos impostos sobre a folha de pagamento, o Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço – FGTS, foi criado pela Lei n° 5.107/66 e atualmente tem suas disposições presentes
na Lei n° 8.036/90. De acordo com a CEF o FGTS 46 foi criado com o objetivo de proteger o
trabalhador caso ele venha a ser demitido sem justa causa, essa proteção vem mediante a abertura
de conta vinculada ao contrato do trabalhador, no início de cada mês o empregador deposita nessa
conta o valor correspondente a 8% da remuneração paga ao trabalhador no mês anterior. O FGTS
é constituído por todos esses depósitos mais a correção por juros, e o trabalhador poderá
movimentar a sua conta, ou seja, sacar o FGTS em algumas situações específicas.
A obrigação do depósito do FGTS está fundamentada no art. 15° da Lei n° 8.036/90:
Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam
obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária
vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração
paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na
remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a
gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962,
com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.
Conforme Art. 2° da respectiva Lei n° 8.036/90, constitui o FGTS “Pelos saldos das
contas vinculadas a que se refere esta lei e outros recursos a ele incorporados, devendo ser
aplicados com atualização monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de suas
obrigações”. Este mesmo artigo em seu parágrafo primeiro, traz que os recursos incorporados ao
FGTS compreendem “a) eventuais saldos apurados nos termos do art. 12, § 4º; b) dotações
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orçamentárias específicas; c) resultados das aplicações dos recursos do FGTS; d) multas, correção
monetária e juros moratórios devidos; e) demais receitas patrimoniais e financeiras”.
As situações onde a conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada
estão presentes no art. 20° da Lei n° 8.036/90, algumas dessas situações são:
Art.1º - A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos
seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de
incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço,
encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam
economicamente.
contribuição para o PIS e Cofins tem implicações gerais e de forma alguma excluiu sua
aplicabilidade ou qualquer ICMS não o eliminou em caso pode contribuir para a base de
cálculo da Contribuição PIS e Cofins. (MPV 1.159/23)
qual é a pessoa efetivamente que sofre o imposto e o contribuinte de fato que é a pessoa que
de fato suporta o ônus fiscal. Exemplo de impostos indiretos são: Imposto Sobre Produtos
Industrializados - IPI, Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS.
(SILVA, 2019).
O imposto adicional tem como fato gerador o pagamento de outro imposto, como
por exemplo o imposto de renda que possui um adicional de 10%, sob pessoa jurídica. O
imposto fixo, é quando é determinado em quantia certa independente de cálculos, como por
exemplo o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS dos profissionais liberais. O
imposto proporcional é quando existe uma porcentagem única que incide sobre o valor da
matéria tributável, o qual aumenta quando o valor básico para o cálculo sofre crescimento
(ICMS, IPI e o ISS, quando incidente sobre a receita) Lei no 10.147, (21/12/2000).
Os impostos cobrados sobre o faturamento são os mesmos das empresas optantes pelo
Lucro Presumido (Imposto de Renda - Pessoa Jurídica, Contribuição Social Sobre o Lucro
Liquido, Programa Integração Social, Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social e Imposto Sobre Serviços), porém há alteração das alíquotas.
Vale ressaltar que no Lucro Presumido, a Medida Provisória 1.159/23 também vigora
quando alega adequar a forma como os contribuintes utilizam os créditos de ICMS e ampliar
o cenário de segurança jurídica no país alinha a questão com decisões já proferidas pelo
Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, representa o cumprimento de jurisprudência do
STF que estabelece o fim do litígio, remetendo ao que consideramos como regime de não
cumulatividade.
E é de suma importância informar que a partir de 1º de maio de 2023, o ICMS será
excluído da base de cálculo dos créditos de contribuição do PIS/Cofins. A data de vigência
da alteração leva em consideração a segurança jurídica e os noventa dias antes que o critério
previsto na Constituição Federal produza efeito de lei que estabeleça ou aumente as
contribuições previdenciárias. (MPV 1.159/23)
Simples Nacional, foi instituído pela Lei Complementar n.º 123 de dezembro de
2006, que entrou em vigor a partir de 01 de julho de 2007, mas foi alterada através da LCP
nº155, criada em 27 de outubro de 2016. Esse sistema de tributação tem como objetivo
conceder um tratamento diferenciado e mais simplificado às micro e pequenas empresas.
Segundo Pêgas (2022) a maioria dos países tem tratamento tributário diferenciado
para as empresas pequenas. Esse tratamento se justifica pelo elevado custo fixo dessas
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empresas, fazendo com que elas precisem de um tratamento diferenciado para competir no
mercado. Conforme Da Silva Marcos (2018) o Sistema Integrado de Recolhimento de
Impostos e Contribuições das Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP).
Conforme a Lei Complementar n.º 155, art. 1°, visa dar:
1ª) Aumento do teto da receita-bruta para que a empresa possa ser considerada como
de pequeno porte
Como vimos acima, o Simples é destinado para as microempresas e empresas de
pequeno porte. Qual é o critério para isso?
Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte:
– a sociedade empresária
– a sociedade simples
– a empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) e
– e o empresário do art. 966 do CC,
– devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis (Junta Comercial) ou
– no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso,
– desde que tenham a seguinte receita bruta:
EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP)
Dessa forma, com a nova Lei, uma empresa poderá ser considerada como de pequeno
porte e aderir ao Simples (cumpridas as demais exigências), desde que aufira, em cada
ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais)
e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
Em 2017, e nos anos seguintes, a empresa que tiver até R$ 4.800.000,00 será
considerada como de pequeno porte e poderá continuar no Simples.
Para as empresas optantes pelo Simples Nacional que possuem mais de um ramo de
atividade, as receitas deverão ser segregadas por atividade (comércio, indústria, serviço), e o
imposto calculado separadamente.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Segundo Gil (2019) entende-se método como caminho de pesquisa para se chegar a
determinado fim e metodologia como o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos
adotados para se atingir o conhecimento. Com isso, essa seção se destina para trazer o
caminho de pesquisa feito para obtenção de respostas ao questionamento do estudo bem como
as classificações metodológicas em que a pesquisa se enquadra.
AN DESPESAS
MÊS COMBUSTÍVEL SALÁRIO DESPESAS (R$)
O DIVERSAS
Rubrica contábil Valor (em R$) Valor (em R$) Valor (em R$) Valor (em R$)
Esse estudo utilizará do Regime Simples Nacional como base para realizarmos a
projeção do seu faturamento para os regimes normais (Lucro Real e Lucro Presumido), visto
que a empresa é optante pelo Simples Nacional. O Quadro 6, traz a Demonstração de
Resultado da empresa, no Exercício 2021:
Com base nas informações fornecidas, através da análise realizada, extraímos o valor
de CSLL com a fórmula de 159.280,00 * 12% de sua presunção, o valor é 19.113,60 que
deste, calculamos mais 9% que é o valor a ser pago de CSLL, de R$1.720,22. Embora a
empresa tenha obtido um resultado negativo, vale ressaltar que nesse regime tributário, o
valor a ser pago de CSLL é calculado sobre a receita bruta da instituição, portanto sobre o
valor de resultado –R$23.694,45 (menos vinte e três mil seiscentos e noventa e quatro reais e
quarenta e cinco centavos), a quantia extraída de CSLL representa um valor de 7,26% (sete
vírgula vinte e seis por cento).
E para o valor de IRPJ, realizamos a cálculo a partir da sua receita bruta 159.280,00 *
8% de sua presunção, o valor é 12.742,40 que deste, calculamos mais 15% que é o valor a ser
pago de IRPJ, de R$1.911,36. Seguindo a mesma regra do CSLL, o IRPJ também é calculado
pela receita bruta, então, com o resultado sendo de –R$23.694,45, a quantia de IRPJ recolhida
que é R$1.911,36, representa 8,07% (oito, vírgula zero sete por cento) da receita obtida no
exercício.
Podemos constatar que, mesmo a instituição não alcançando resultado positivo (-
R$23.694,45), terá a incisão do CSLL e do IRPJ, pois no lucro presumido, a regra informa
que devemos auferir tais tributos sobre o valor de sua receita bruta e não sobre seu resultado
líquido.
o ICMS não deve integrar a base de cálculo do PIS e da COFINS. Dessa forma, os cálculos
apresentados não consideram o ICMS como parte da base de cálculo dessas contribuições.
Ou seja, a base de cálculo pra o PIS e COFINS será de 88% do valor de receita bruta
realizada pela empresa (159.280 * 88% (100-12) = 140.166,40), e sobre 140.166,40 o valor de
0,65% para o PIS e 3% para o COFINS, que respectivamente geram os valores de R$911,08
e R$4.204,99. Abaixo os cálculos que comprovam tais números são apresentados abaixo no
quadro 9.
Vale ressaltar, que dado a base de cálculo para a apuração do IRPJ (R$ 159.280,00), a
empresa objeto de análise não terá a apuração do adicionar de 10% de IPRJ, haja vista que
não excedeu o limite de faturamento estabelecido pela legislação vigente. Importante destacar
que mesmo a empresa apresentando um prejuízo contábil no período, esse tipo de regime
tributário obriga a entidade fazer o recolhimento de IRPJ e CSLL aumentando ainda mais o
prejuízo da empresa neste cenário simulado.
Sobre os cálculos extraídos do regime de Lucro Real, como a empresa não possuiu
resultado positivo, não será realizado a dedução do IRPJ e CSLL, visto que estes, usam como
base de cálculo o Resultado líquido da empresa, cujo mesmo, não fora positivo, tornando
assim o valor de IRPJ e CSLL zerados nessas condições. Abaixo o quadro 11 apresentando o
Demonstrativo de Resultado (DRE) do exercício de 2021 na projeção do regime de Lucro
Real.
Quadro 11 – Demonstrativo de resultado Lucro Real 2021
Rúbrica contábil Valor (em R$)
Receita bruta 159.280,00
(-) ICMS sobre vendas - 19.113,60
(-) PIS sobre vendas - 2.312,75
(-) COFINS sobre vendas - 10.652,65
(=) Receita líquida 127.201,00
(=) Lucro operacional bruto 127.201,00
(-) Despesas diversas - 45.549,00
(-) Despesas com Folha de Pagamento - 50.400,00
(-) INSS Patronal - 14.011,20
(-) FGTS - 4.032,00
(-) Combustível - 41.121,00
(=) Lucro operacional líquido - 27.912,20
(+/-) Resultado financeiro -
(+/-) Resultado não operacional -
(=) Resultado antes do IR e CSLL - 27.912,20
Fonte: Dados da pesquisa (2023).
não cumulativos sobre os serviços prestados, nesse caso as alíquotas utilizadas para apurar
ambos, será de 1,65% e 7,6% respectivamente.
Assim, para calcular o valor devido do PIS e da COFINS, primeiro é preciso calcular o
valor da contribuição antes da aplicação dos créditos. Para isso foi utilizado o valor da base de
cálculo multiplicado pela alíquota de cada contribuição, conforme quadro abaixo. Importante
mencionar que os valores do ICMS sobre vendas não compõem a base de cálculo de PIS e
COFINS, dessa forma o mesmo será excluído da base de cálculo de ambos.
Perante aos dados coletados presentes no quadro 11, chegamos ao resultado das
alíquotas do ICMS, PIS e COFINS, sendo demonstradas no quadro 12, onde o ICMS
representa o valor de R$19.113,60 (dezenove mil cento e treze reais e sessenta centavos), que
é 12% do valor de resultado da instituição; R$159.280,00 (cento e cinquenta e nove mil e
duzentos e oitenta reais) * 12% = R$19.113,60. O PIS, de acordo com sua alíquota de 1,65%,
temos a seguinte fórmula para obter o resultado; R$159.280,00 * 88% (percentual decrescido
dos 12% do ICMS) = R$140.166,40 (cento e quarenta mil cento e sessenta e seis reais e
quarenta centavos), então R$140.166,40 * 1,65% = R$2.312,75 (dois mil trezentos e doze
reais, e setenta e cinco centavos).
E por fim, o COFINS, que também tem o % do ICMS decrescido de seu cálculo,
portanto; R$140.166,40 * 7,6% = R$12.105,28 (doze mil cento e cinco reais e vinte e oito
centavos). O quadro 13 mostra o Cálculo do IRPJ e CSLL do Exercício de 2021, na projeção
do Regime de Lucro Real.
(-) Compensações -
Resultado fiscal - 27.912,20
IRPJ (15%) -
Adicional (10%) -
Total IR a recolher -
CSLL a recolher (9%) -
Fonte: Dados da pesquisa (2023).
Nota-se que, como o resultado foi negativo, não teve recolhimento do IRPJ e CSLL,
pois diferente do Lucro Presumido, o Lucro Real tem como base de cálculo dos mesmos, o
valor de Resultado Líquido, e nesse cenário, o resultado da Transportadora foi negativo,
portanto, não se é possível realizar o cálculo.
Nesta seção, foi realizada uma comparação entre as opções tributárias do Simples
Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, utilizando os dados coletados e simulados sobre o
resultado do ano de 2021 para avaliar qual a melhor opção para a empresa em questão. A
tabela 15, antes apresentada evidencia qual é o sistema tributário mais adequado para a
referida empresa, no comparativo entre Lucro Presumido, Lucro Real e o Simples Nacional.
O Quadro 14 evidencia o seu resultado perante aos % de impostos a serem pagos,
considerando cada regime tributário estudado:
15, fica evidente que o melhor regime a ser atribuído pela empresa, seria o Simples Nacional,
na qual, a mesma já se enquadra.
Se a empresa optasse pelo Lucro Presumido, além de possuir um valor negativo de
resultado líquido, ainda teria que pagar IRPJ e CSLL, visto que perante a sua Legislação, o
valor é calculado sobre a receita bruta, e não pelo resultado líquido, podendo danificar em
grande escala a saúde financeira da transportadora. Pois como apresentado, o valor de
resultado antes do IRPJ e CSLL foi de –R$23.694,45 (menos vinte e três mil seiscentos e
noventa e quatro reais e quarenta e cinco centavos).
Se a instituição optar pelo Lucro Real, também terá valores maiores de tributos a
serem pagos, e não teria resultado líquido positivo. Pois como apresentado, o resultado
líquido antes do IRPJ e CSLL foram de –R$27.912,20(menos vinte e sete mil novecentos e
doze reais e vinte centavos).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo geral desse estudo foi o de analisar qual é o regime tributário que traz a
menor carga tributária para uma empresa que presta serviços de transporte rodoviário. Após
feita as análises, constatou que o regime tributário Simples Nacional foi o que trouxe menor
carga tributária para empresa.
Isso se deu porque, para esse tipo de empresa, a tributação é muito mais simplificada e
intuitiva, o que pode ajudar a gerir melhor os custos e ampliar a lucratividade. Nas operações
logísticas o transporte de cargas rodoviário possui grande impacto com sua atuação,
principalmente na economia do país. O estudo aqui analisa critérios de encargos tributários e
também relatam de forma direta qual melhor regime se enquadra na empresa aqui analisada.
Nos dias atuais falar em organização dos impostos e transparência nos pagamentos
sem a sonegação de impostos, muitas vezes é falar em problemas a serem resolvidos. Muitos
gestores se preocupam com os desafios encontrados relacionados à prestação de contas
referente aos tributos e regimes fiscais.
A ausência de ferramentas e de conhecimento contábil são fatores que os gestores
relatam para a dificuldade da prestação de contas. Para isso criou-se normas específicas de
acordo com os padrões solicitados, que se resumem em um regime tributário que se enquadre
no ramo e no faturamento da empresa, sendo estes, Lucro Real, Lucro Presumido e Simples
Nacional, que são os mais utilizados, além de sistemas seguindo as regras de forma mais
rígida e fiscalizada com relação ao transporte rodoviário e o controle necessário para a
efetivação do mesmo. Buscar atender as necessidades de transparência e principalmente
possibilitar o conhecimento das taxas e regime mais viável para auxílio a este ramo que
enfrenta diariamente os desafios impostos pelo governo com relação às taxas e juros
cobrados.
Conforme apresentado no primeiro capítulo desse trabalho, pesquisas apontam que
seguimento rodoviário é um dos mais utilizado no Brasil para o transporte de grande parte de
nossa produção agrícola e outros importantes insumos que contribuem para o
desenvolvimento de nosso país. Mesmo com os altos índices de juros e carga tributária que
são praticadas em nosso país, ainda é possível através do desenvolvimento econômico,
mesmo sabendo que no país a tributação cobrada é uma das mais elevadas comparada a nível
mundial e por isso é de suma importância que as empresas tenham a prática de realizar um
bom planejamento tributário podendo assim ter critérios para escolher o melhor regime
tributário.
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ANEXOS
AN DESPESAS
MÊS COMBUSTÍVEL SALÁRIO DESPESAS (R$)
O DIVERSAS
Rubrica contábil Valor (em R$) Valor (em R$) Valor (em R$) Valor (em R$)