Você está na página 1de 51

1

UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - UnC


CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LUCI MARI MARCON

ANÁLISE DOS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO NA ESFERA FEDERAL NA


REUNIDAS TRANSPORTADORA RODOVIÁRIA DE CARGAS S/A

CAÇADOR
2006
2

LUCI MARI MARCON

ANÁLISE DOS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO NA ESFERA FEDERAL NA


REUNIDAS TRANSPORTADORA RODOVIÁRIA DE CARGAS S/A

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como exigência para obtenção do título de
Bacharel, do curso de Ciências Contábeis,
ministrado pela Universidade do Contestado –
UnC – Caçador, sob a orientação do
Professor Claudemir Antonio Piola da Silva.

CAÇADOR
2006
3

ANÁLISE DOS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO NA ESFERA FEDERAL NA


REUNIDAS TRANSPORTADORA RODOVIÁRIA DE CARGAS S/A

LUCI MARI MARCON

Este trabalho de conclusão de curso foi submetido ao processo de avaliação pela


Banca Examinadora para a obtenção do título de:

Bacharel em Ciências Contábeis

E aprovado na sua versão final em 09 de Dezembro, atendendo às normas da


legislação vigente da Universidade do Contestado e Coordenação do Curso de
Ciências Contábeis.

________________________
Claudinei Bertotto
Coordenador do Curso

Banca Examinadora

_____________________
Cesar Antonio Figueroa

_________________________
Claudemir Piola da Silva

_________________________
Ademir Scapineli

_________________________
Carlos Vilmar Ribeiro
4

AGRADECIMENTOS

- Agradeço a Deus por me ajudar a concluir este trabalho.


- A minha filha Tuany por entender minha ausência
- Ao meu colega Jean Carlo Rotta, por ter me auxiliado no desenvolvimento
deste trabalho.
- A Empresa Reunidas por permitir a realização deste.
5

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo demonstrar, analisar e aplicar os regimes de


tributação na esfera federal, Lucro Real, Lucro Presumido e Simples, foi
desenvolvido com dados reais da Reunidas Transportadora Rodoviária de Cargas
S.A., porém, para a apresentação foram usados dados fictícios, e a análise será feita
em cima desses valores, com o intuito de diminuir a carga tributária incidente sobre a
empresa, foi desenvolvido um planejamento tributário que demonstra qual das três
tributações se enquadra melhor a sua atividade, a lei nos permite fazer esse
planejamento tributário.
Demonstramos através de pesquisa bibliográfica quais são os tipos de tributação,
quem pode optar por cada um, quais as vantagens e desvantagens de cada um
deles e o porque de se fazer um planejamento tributário, pois em meio ao mercado
competitivo há necessidade de se fazer um bom planejamento para reduzir ao
máximo o valor dos impostos e desta forma poder oferecer um preço mais justo na
prestação de serviço aos seus clientes.
No caso da Reunidas devido ao seu faturamento, ser uma sociedade por ações e
devido a sua atividade a mesma pode optar apenas pelo lucro real, porem
efetuamos um comparativo com os outros tipos de tributação para identificarmos o
que seria melhor se a empresa pudesse fazer sua escolha por outra tributação,
levantamos os dados e elaboramos então planilhas comparativas.

Palavras-chave: Lucro Real, Lucro Presumido, simples.


6

ABSTRACT

Key-words:
7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 9
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ................................................................................... 10
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA OU OPORTUNIDADE ........................................... 11
1.2.1 Caracterização da Organização e Seu Ambiente .......................................... 11
1.2.2 Situação Problemática ........................................................................................ 11
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................................. 11
1.3.1 Objetivo Geral....................................................................................................... 11
1.3.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 11
1.4 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 13
2.1 PLANEJAMENTO REDUZ CARGA TRIBUTÁRIA ................................................ 13
2.2 SIMPLES – (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições
Federais) ............................................................................................................................. 14
2.2.1 Quem Pode Optar ................................................................................................ 15
2.2.2 Receita Bruta Excedente – procedimentos ..................................................... 16
2.2.3 Pessoas Jurídicas Impedidas de Optar Pelo Simples ................................... 16
2.2.4 Tabela de Alíquotas............................................................................................. 17
2.2.5 Constituição da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte .................... 18
2.2.6 Empresa de Pequeno Porte – EPP .................................................................. 21
2.2.7 Data e Forma de Pagamento............................................................................. 22
2.2.8 Escrituração .......................................................................................................... 22
2.2.9 Exclusão do Simples ........................................................................................... 23
2.3 LUCRO REAL ANUAL ............................................................................................... 24
2.3.1 Pessoas Jurídicas Obrigadas a Apuração Pelo Lucro Real ......................... 24
2.3.2 Base de Cálculo do IRPJ .................................................................................... 25
2.3.3 Valores Não Integrantes na Base de Cálculo: ................................................ 25
2.3.4 Adicional do IRPJ em Base Estimada .............................................................. 26
2.3.5 Contribuição Social Sobre o Lucro – estimada ............................................... 26
2.3.6 Pagamento do IRPJ e CSLL .............................................................................. 26
2.3.7 PIS e COFINS ...................................................................................................... 27
2.3.8 Não Cumulatividade do PIS e da COFINS .................................................... 28
2.3.9 Deduções do Imposto Devido ............................................................................ 29
2.3.10 Incentivos Fiscais .............................................................................................. 29
2.3.11 DIPJ – Declaração de Informações Econômico Fiscal da Pessoa Jurídica
.......................................................................................................................................... 32
2.3.12 DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais .............. 33
2.3.13 DACON ............................................................................................................... 33
2.3.14 Período de Apuração ........................................................................................ 33
2.3.15 LALUR ................................................................................................................. 34
2.4 LUCRO PRESUMIDO ................................................................................................ 37
2.4.1 Incentivos Fiscais ................................................................................................. 38
2.4.2 Vantagens ............................................................................................................. 38
2.4.3 Desvantagens....................................................................................................... 38
2.4.4 Base de Cálculo ................................................................................................... 39
2.4.5 Adicional DO IRPJ ............................................................................................... 39
2.4.6 Deduções do IRPJ ............................................................................................... 40
2.4.7 Contribuição Social Sobre Lucro Líquido......................................................... 40
2.4.8 PIS .......................................................................................................................... 40
2.4.9 COFINS ................................................................................................................. 40
8

2.4.10 Forma de Apuração e Pagamento .................................................................. 41


2.4.11 Escrituração ........................................................................................................ 41
2.5 REGIMES CONTÁBEIS ............................................................................................. 42
2.5.1 Regime de Caixa ................................................................................................. 42
2.5.2 Regime de Competência .................................................................................... 42
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................... 43
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ....................................................................... 44
4.1 APLICAR A LEGISLAÇÃO FEDERAL..................................................................... 44
4.2 PLANILHA RESULTADO DO LUCRO PRESUMIDO ........................................... 45
4.3 PLANILHA RESULTADO DO LUCRO REAL ......................................................... 46
4.4 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS ATRAVÉS DAS PLANILHAS PARA
COMPROVAÇÃO DE QUAL TRIBUTAÇÃO MELHOR DE ADAPTA A EMPRESA
.............................................................................................................................................. 47
4.5 EXPOR QUAL O REGIME DE TRIBUTAÇÃO MENOS ONEROSO PARA A
EMPRESA........................................................................................................................... 48
CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 49
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 50
ANEXOS ................................................................................................................................. 51
9

INTRODUÇÃO

Na era da globalização, e os avanços incorridos, em razão desta, diversas


são as mudanças que assolam as Empresas, sejam elas de Pequeno, Médio ou
Grande Porte, surgindo aí à necessidade dos empresários, ficarem atentos as
mudanças tributárias incorridas, para a partir desta optar pelo Regime de Tributação
que melhor de adapta a sua necessidade.
Este trabalho contém informações sobre a legislação pertinente aos regimes
de tributação na esfera federal, onde é comentado teoricamente sobre todos
impostos e contribuições, e demonstrado através de cálculos o resultado de cada
uma dessas formas, isso chama-se planejamento tributário que é o assunto em
questão neste trabalho de conclusão de curso.
No tocante a tributação com Base no Lucro Real foi exposto sobre o conceito,
suas obrigações e incentivos fiscais, deduções e adicionais, alíquotas de Imposto de
Renda e Contribuição Social sobre o lucro líquido, incluindo também o Pis e a
Cofins, créditos, como calcular, o que compõe e não compõe a base de cálculo de
cada um desses Tributos e Período de Apuração.
Algumas informações importantes sobre a DCTF Declaração de Débitos e
créditos Tributários Federais , DIPJ Declaração de Informações Econômico Fiscal da
Pessoa Jurídica e DACON obrigatória para as empresas tributadas com base no
lucro real. Dispõe também da obrigatoriedade de determinadas pessoas jurídicas a
optar pela tributação no Lucro real seja de acordo com o faturamento ou sua
atividade, como deve proceder, para que a mesma esteja dentro da legalidade.
Sobre o Lucro Presumido o conceito, alíquotas, adicionais, cálculos, opção,
ou seja, o que é permitido pela legislação vigente, vantagens e desvantagens da
opção, forma de pagamento e período de apuração.
Sobre o Simples, Sistema simplificado de pagamentos de Imposto de
Contribuições Federais, falando de sua legislação específica desde o
enquadramento até a exclusão, suas vantagens e desvantagens, das
microempresas e empresa de pequeno porte comparando com as empresas normais
todos os seus benefícios, e suas obrigações, até o cálculo e o recolhimento dos
impostos federais.
10

Este trabalho foi desenvolvido com base em dados reais da empresa


Reunidas Transportadora Rodoviária de Cargas S/A, porém nas planilhas que
compõem os anexos, os dados apresentados são fictícios, onde foi feito um estudo,
com cálculo exposto em planilhas comparativas, entre os regimes de tributação.

1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA

A empresa de ontem que era apenas o sonho de um motorista, passa a


ser uma empresa comprometida com o desbravamento de todas as fronteiras
intermunicipais, interestaduais e internacionais. Tendo um papel importantíssimo na
integração da maioria dos municípios e regiões do sul do país, se tornando
indispensável no desenvolvimento. Também foram transportadas cargas e
encomendas aos mais longínquas lugares deste grande país, em perfeita parceria
entre a economia e a prestação de serviço.
A empresa investe em treinamento para melhorar a qualidade de seus
serviços bem como visando uma adequação a ISO 9000. Possui também
planejamento de constante renovação de sua frota, oferecendo maior conforto e
segurança a seus clientes. Mantém uma equipe de profissionais que executam a
reestruturação e modernização da empresa em um processo de gestão participativa,
com intenso foco no futuro.
Neste novo ambiente de globalização fez-se parceria com 30 empresas no
país onde foi criada a Rede Brasil de Viagens, que proporciona ao cliente da
Reunidas comprar as passagens em seus pontos de atendimento para 5000
localidades do país facilitando a seus clientes adquirir passagens da Reunidas nas
agências das empresas interligadas nesta Rede.
A empresa nos últimos seis anos vem recebendo consecutivamente, no
segmento de transporte, o prêmio TOP OF MIND. Este prêmio tem por objetivo
revelar as marcas mais lembradas pelos consumidores brasileiros em diversos
segmentos. Anualmente, milhares de brasileiros respondem à pergunta: “Qual a
marca que lhe vem cabeça quando se fala em transportes?” No segmento de
transportes a Reunidas S.A. é vencedora.
11

1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA OU OPORTUNIDADE

1.2.1 Caracterização da Organização e Seu Ambiente

A matriz da Empresa Reunidas está localizada em Caçador e há 37 filiais


(várias delas dotadas de salas VIP), alem de 1.100 pontos de venda e atendimento.
Todas as agências estão interligadas on line; os serviços de venda de passagens e
de conhecimento de transportes são informatizados. Os veículos da transportadora
são rastreados e dispõem de 42 garagens e pontos de apoio.

1.2.2 Situação Problemática

No ramo do transporte de cargas e encomendas se faz necessário estudo


sobre as formas de tributação na esfera Federal, sejam elas Simples Lucro Real e
Lucro Presumido, como pessoa jurídica é obrigada ao pagamento de impostos para
permanecer dentro da legalidade, muitas vezes esses Impostos de tornam uma
carga muita pesada, onde requer um planejamento, para então, optar pelo Regime
de tributação mais adequada e menos onerosa para a Empresa, sempre de acordo
com sua atividade e utilizando-se daquilo que a legislação permite. Será que é
necessário mudar a forma de tributação?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar os Regimes de tributação na esfera federal, Simples, Lucro Real e


Lucro Presumido fazendo planilhas comparativas para identificar qual é a mais
adequada à empresa, ou seja, aquela que proporcione uma menor carga tributária.

1.3.2 Objetivos específicos


12

- Conhecer os regimes de tributação na esfera federal;


- Identificar o regime de tributação utilizado atualmente na empresa;
- Comparar resultados entre os regimes de tributação federal;
- Expor qual o regime de tributação menos oneroso.

1.4 JUSTIFICATIVA

Devido a enorme carga tributária que recai sobre as empresas faz-se


necessário um Planejamento tributário com o intuito de identificar a forma de
tributação mais econômica para a empresa dentro da legalidade. Para que isso
aconteça é preciso fazer um estudo detalhado de todos os regimes de tributação e
então optar pelo mais adequado para a empresa, ou seja, aquela que gera um
menor custo tributário e que a mesma possa optar de acordo com a sua atividade.
Para um planejamento tributário correto há necessidade de contratar um
profissional da área que atenda as perspectivas do empresário com relação a
demonstrar e estudar qual o regime de tributação, menos oneroso para a empresa,
este procedimento torna-se mais adequado antes do início da sua atividade.
13

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 PLANEJAMENTO REDUZ CARGA TRIBUTÁRIA

No Brasil a carga tributária é muito grande e isso dificulta o crescimento do


mercado, porque para algumas organizações a carga tributária do produto é maior
que o próprio custo de sua fabricação, por isso se faz necessário um planejamento
tributário, o correto é que esse planejamento seja feito antes do início da atividade.
Nesse caso é preciso contratar um profissional na área que lhe exponha
todas as situações, dessa forma a empresa pagará menos imposto, ou seja, haverá
uma redução no pagamento dos impostos, estando ainda assim dentro da
legalidade.
A Elisão fiscal é uma forma planejada de pagar menos imposto, seja através
de isenção, imunidade tributária ou também através de um planejamento tributário
que se utiliza das brechas da lei para reduzir, ou até mesmo evitar o pagamento do
tributo, dessa forma a empresa paga menos imposto e continua dentro da
legalidade.
Este trabalho é um exemplo de elisão fiscal, onde foram colhidas todas as
informações necessárias para se fazer um planejamento tributário, e com isso
identificar se a empresa em questão está optando pelo regime de tributação federal
mais viável e menos oneroso, ou se é necessário mudar a forma de tributação.
Em outros casos ocorrem à evasão fiscal que é a maneira de sonegar
imposto, que se dá de várias formas, seja através da economia informal, pequenos
empreendimentos não registrados junto ao fisco, temos como exemplo as sacoleiras
e camelôs.
A evasão ilícita, é aquela em que ocorre sonegação do imposto de Renda em
razão de atividades proibidas por lei ou atividades ilícitas, como jogo do bicho, tráfico
de drogas e crime organizado, etc.
Outra forma de evasão tributária e, a mais comum de todas é quando são
alterados documentos ou contabilizados somente parte da receita para reduzir o
cálculo, ou até mesmo suprimir o cálculo do imposto, no caso da fiscalização
comprovar que há sonegação, será aplicada multa ao contribuinte com valor bem
acima do imposto devido.
14

2.2 SIMPLES – (Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições


Federais)

Conforme o artigo 179 da Constituição Federal:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão as


microempresas e as empresa de pequeno porte, assim definidas em lei,
tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação
de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias,
ou pela eliminação ou redução destas por meio da lei (Art.179 da cf/88).

É uma forma de tributação que podemos considerar como progressiva, ou


seja, à medida do aumento do faturamento, muda-se a alíquota da tributação.Neste
regime não são computadas as despesas, sendo o SIMPLES calculado sobre o
faturamento mensal.
Conforme Instrução Normativa SRF nº. 608, 09 de janeiro de 2006 considera-
se Receita Bruta:

Art. 4º Considera-se receita bruta, para os fins de que trata esta Instrução
Normativa, o produto de venda de bens e serviços nas operações de conta
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em
conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais
concedidos (IN SRF nº. 608, 09/01/06). $ 2º Para fins de determinação da
receita bruta auferida, poderá ser considerado o regime de competência ou
de caixa, mantido o critério para todo o ano calendário (IN SRF nº. 608,
09/01/06).

Este tipo de tributação abrange o Imposto de Renda pessoa jurídica, a


Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido, PIS, COFINS e o INSS - parte da
empresa.
O pagamento unificado no SIMPLES não exclui a incidência dos seguintes
impostos ou contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em
relação aos quais será observada a legislação aplicável as demais pessoas
jurídicas:
 Imposto sobre Operações de Crédito e Câmbio e Seguros, ou relativas a
títulos de Valores Mobiliários (IOF);
 Imposto sobre Importação de Produtos Estrangeiros (II);
 Imposto Sobre Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou
Nacionalizados (IE);
 Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela
pessoa jurídica e aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de
15

renda fixa ou variável, bem assim relativo aos ganhos de capital obtidos na
alienação de ativos;
 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);
 Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF);
 Contribuição para Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
 Contribuição para a Seguridade Social, relativa ao empregado;
Com relação aos Incentivos fiscais, programa de alimentação do trabalhador
PAT, Programa de desenvolvimento tecnológico industrial e agropecuário PDTI/
PDTA, Programa nacional de apoio à cultura, incentivo as atividade audiovisuais,
Doações ao fundo de direito da criança e do adolescente, incentivo fiscal por
isenção Zona Franca de Manaus. As microempresas e empresas de pequeno porte,
não terão direito a dedução de nenhum dos incentivos fiscais acima mencionados,
pelo fato de ter o benefício do recolhimento de impostos simplificado.

2.2.1 Quem Pode Optar

Conforme art.16 da Instrução Normativa SRF 608 de 09 de janeiro de 2006

Art. 16. A opção pelo simples dar-se-à mediante a inscrição da pessoa


jurídica enquadrada na condição de microempresa ou de empresa de
pequeno porte no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), quando o
contribuinte prestará todas as informações necessárias, inclusive quanto.
(IN SRF nº 608, 09/01/06).

Podem optar somente as microempresas com receita máxima de 240.000.00


e as Empresas de Pequeno Porte cujo valor da receita não ultrapasse 2.400.000,00.
Para cálculo do imposto Simples a ser pago, será determinado mediante aplicação
dos percentuais encontrados nas tabelas disponibilizadas pela Receita Estadual e
Federal.
A pessoa jurídica que optar por se inscrever no SIMPLES terá os benefícios
de tributação com alíquotas progressivas e consequentemente mais favorecidas de
acordo com a receita bruta auferida, além do recolhimento unificado dos impostos
federais em Darf único.
16

Para fins fiscais dispensa a escrituração comercial desde que, mantenha em


boa ordem e guarda os documentos que servirão de base para escrituração ,
dispensa a pessoa jurídica do pagamento das contribuições instituídas pela união.
Com aspecto negativo a Lei 9.317/96, instituidora do regime SIMPLES, em
seu artigo 9º, conjugada com a IN SRF 355/03, alterada pela IN SRF 391/04,
enumera situações impeditivas de opção por este sistema de tributação. Portanto,
para muitas pessoas jurídicas, cuja atividade seja principalmente a prestação de
serviços, está excluída desta forma de tributação.
A pessoa jurídica oitante pelo simples deverá manter em seu
estabelecimento visível ao público a placa indicativa da sua opção. (ver art. 30
parágrafo único da IN 608 de 9/01/2006). Deverá apresentar até o último dia do mês
de maio do ano-calendário subseqüente ao de ocorrência dos fatos geradores do
SIMPLES a declaração anual simplificada.

2.2.2 Receita Bruta Excedente – procedimentos

Caso a EPP no decurso do ano-calendário, exceder o limite de receita bruta


acumulada de R$ 2.400.000,00, sujeitar-se-á, inclusive a partir do mês em que
verificado o excesso, aos percentuais previstos em lei acrescidos de 20%. No ano
seguinte a EPP estará automaticamente desenquadrada, passando a adotar, no ano
seguinte, os procedimentos de empresa normal.

2.2.3 Pessoas Jurídicas Impedidas de Optar Pelo Simples

Pessoas Jurídicas impedidas de optar pelo simples, são aquelas cuja receita
exceder o valor máximo do enquadramento da microempresa de 240.000,00 e da
Empresa de Pequeno Porte 2.400.000,00, além de outras restrições como em
alguns casos a própria atividade, por exemplo:
17

Pessoas jurídicas que na condição de ME ou EPP tenha auferido no ano-


calendário anterior receita bruta superior aos limites estabelecidos pela legislação
vigente;

 Cuja atividade seja compra e venda de loteamentos, as construtoras de


imóveis; locação de bens móveis, propaganda e publicidade, bancos em geral, que
exerça atividade de industrialização de bebidas, cigarros e demais produtos.
 Onde do capital participe outra pessoa jurídica, e também se o titular ou
sócio participar com mais de 10% do capital de outra empresa, tenha sócio que seja
estrangeiro ou residente no exterior; débitos inscritos em divida ativa da União ou do
INSS, pessoas jurídicas cuja constituição é de Sociedade por Ações, impedem a
opção pelo recolhimento simplificado.

2.2.4 Tabela de Alíquotas

No caso da pessoa jurídica ser contribuinte do IPI alíquota sofrerá um


acréscimo de 0,5 pontos percentual conforme tabela abaixo:
18

Tabela de Alíquotas

RECEITA BRUTA ACUMULADA


ANUAL (R$) ENQUADRAMENTO ALÍQUOTA ALÍQUOTA
não
contribuinte contribuinte
do IPI do IPI
até 60.000,00 micro-empresa 3,00% 3,50%
de 60.000,01 a 90.000,00 micro-empresa 4,00% 4,50%
de 90.000,01 a 120.000,00 micro-empresa 5,00% 5,50%
de 120.000,01 a 240.000,00 micro-empresa 5,40% 5,90%
de 240.000,01 a 360.000,00 empresa de pequeno porte 5,80% 6,30%
de 360.000,01 a 480.000,00 empresa de pequeno porte 6,20% 6,70%
de 480.000,01 a 600.000,00 empresa de pequeno porte 6,60% 7,10%
de 600.000,01 a 720.000,00 empresa de pequeno porte 7,00% 7,50%
de 720.000,01 a 840.000,00 empresa de pequeno porte 7,40% 7,90%
de840.000,01 a 960.000,00 empresa de pequeno porte 7,80% 8,30%
de 960.000,01 a 1.080.000,00 empresa de pequeno porte 8,20% 8,70%
de 1.080.000,01 a 1.200.000,00 empresa de pequeno porte 8,60% 9,10%
de 1.200.000,01 a 1.320.000,00 empresa de pequeno porte 9,00% 9,50%
de 1.320.000,01 a 1.440.000,00 empresa de pequeno porte 9,40% 9,90%
de 1.440.000,01 a 1.560.000,00 empresa de pequeno porte 9,80% 10,30%
de 1.440.000,01 a 1.560.000,00 empresa de pequeno porte 9,80% 10,30%
de 1.560.000,01 a 1.680.000,00 empresa de pequeno porte 10,20% 10,70%
de 1.680.000,01 a 1.800.000,00 empresa de pequeno porte 10,60% 11,10%
de 1.800.000,01 a 1.920.000,00 empresa de pequeno porte 11,00% 11,50%
de 1.920.000,01 a 2.040.000,00 empresa de pequeno porte 11,40% 11,90%
de 2.040.000,01 a 2.160.000,00 empresa de pequeno porte 11,80% 12,30%
de 2.160.000,01 a 2.280.000,00 empresa de pequeno porte 12,20% 12,70%
de 2.280.000,01 a 2.400.000,00 empresa de pequeno porte 12,60% 13,10%
Fonte: receita.fazenda.gov.br

2.2.5 Constituição da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte

A constituição da microempresa obedece à legislação vigente, mas, ela tem


uma lei específica 9.317/96 (estatuto da micro e pequena empresa) e 9.841/99
(simples), que estabelecem em nível federal normas relativas ao tratamento
diferenciado, favorecido e simples, com relação ao sistema tributário, previdenciário,
trabalhista e de desenvolvimento das microempresas e das empresas de pequeno
porte.
19

Para a microempresa e empresa de pequeno porte é dispensado apresentar a


certidão de inexistência de condenação criminal, nesse caso será substituída por
declaração do titular ou administrador, firmada sob penas da lei comprovando que
poderá exercer atividade mercantil. Não é necessário também o visto do advogado
no Contrato social, nem a prova de regularidade ou inexistência de débito referente
a tributo ou contribuição de qualquer natureza.
Todas as empresas estão sujeitas ao controle legal a respeito do seu
funcionamento, para algumas atividades o processo de constituição e
enquadramento pode exigir algumas licenças ou registro específico em órgãos
responsáveis; por exemplo, se produzir suco de laranja vai precisar de registro no
órgão de controle de consumo, e outros.
Alguns dos registros necessários, registrarem no cartório registro de títulos e
documentos, juntas comerciais dos estados, ministério da fazenda; secretaria da
fazenda dos estados e municípios. Também necessita de alvará da vigilância
sanitária, no caso de ter funcionários registro no programa de integração social e
delegacia regional do trabalho e da previdência social.
Após ter sido aprovado pelo órgão competente a comunicação referente ao
pedido de enquadramento à microempresa poderá adicionar ao nome empresarial
ME para microempresa e EPP para empresa de pequeno porte, essa adição não
pode ser efetuada no contrato social e na declaração do empresário.

2.2.5.1 Microempresa – ME

Considera-se microempresa (ME) a pessoa jurídica que tenha auferido no


ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a 240.000,00 (duzentos e quarenta mil
reais). No caso do início da atividade do próprio ano-calendário o limite acima citado
será, de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) multiplicados pelo número de meses de
funcionamento naquele período, desconsideradas as frações de meses. Para as
pessoas jurídicas que iniciarem suas atividades no mês de dezembro do ano-
calendário,será considerado como limite proporcional o valor equivalente a R$
20.000,00 (vinte mil reais).
20

2.2.5.2 Vantagens da microempresa

As vantagens de ser microempresa têm relação com as facilidades que os


governos (federal, estadual e municipal) proporcionam no tratamento tributário. Isso
estimula e favorece a competitividade e torna muito mais viável o empreendimento.
O pequeno empresário conta com benefício fiscal, além disso, com créditos
facilitados colocados a sua disposição, através de bancos, sem muita burocracia,
isso tudo para incentivar o pequeno empresário.
Algumas das principais vantagens de ser microempresa é que alguns órgãos
incentivam a criação e a continuidade das pequenas empresas, dispõe de Bancos
oficiais inclusive o banco do pequeno empreendedor (Bapem), que facilita o crédito
para o microempresário, a sua carga tributária é menor por conta disso a fiscalização
também é menos rigorosa, além disso, para se constituir uma pequena empresa a
burocracia é menor sendo muito mais rápido e fácil sua constituição e simplificação
no pagamento dos impostos.

2.2.5.3 Desvantagens da microempresa

As desvantagens de ser microempresa é que em alguns casos há


desinteresse por parte dos profissionais especializados em querer trabalhar na
empresa, a concorrência é muito grande em virtude da facilidade de uma outra
empresa entrar no mercado, tendência à acomodação no negócio, e algumas
restrições de crédito por parte de fornecedores, mesmo sem perspectiva de
crescimento a curto e médio prazo as micro e pequenas empresas são a maioria no
país.
A mão-de-obra especializada não tem interesse em trabalhar em
microempresas, porque as grandes empresas oferecem maiores benefícios a esses
profissionais desde treinamento, especialização, possibilidade de crescimento dentro
da própria organização, em alguns casos incluem participação nos lucros entre
outros.
21

O pequeno empresário pode se acomodar por conta da facilidade em


conseguir linhas de crédito para seu desenvolvimento, isso em alguns casos
estabelece limites de crescimento, pois é necessário ir buscar o desenvolvimento, ou
seja, correr atrás, o que nem sempre acontece com alguns dos pequenos
empresários.
Pelo fato da empresa ser optante pelo Simples, a legislação permite que a
mesma tenha uma escrituração contábil simplificada, podendo haver alguns
problemas com relação a controles, quando se dá a necessidade de uma análise da
situação da empresa, alguns valores podem não ser identificados, dificultando
analisar a situação real da empresa, ocasionando conseqüências, como administrar
sem saber qual a situação que a empresa se encontra?

2.2.6 Empresa de Pequeno Porte – EPP

Considera-se EPP a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano-calendário,


receita bruta superior a 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior
a 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).
No caso do início da atividade do próprio ano-calendário o limite acima citado
será, de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) multiplicados pelo número de meses de
funcionamento naquele período, desconsideradas as frações de meses. Para as
pessoas jurídicas que iniciarem suas atividades no mês de dezembro do ano-
calendário, será considerado como limite proporcional o valor equivalente a R$
200.000,00 (duzentos mil reais).

2.2.6.1 Vantagens da EPP

A Empresa de Pequeno Porte tem algumas vantagens, por exemplo, apoio


dos órgãos que incentivam a criação e continuidade de pequenas empresas, um
faturamento significativo em relação as microempresas, podendo aumentar a
lucratividade, contam com uma legislação específica para garantir benefícios;
22

Credibilidade junto a fornecedores e outros credores, confiança das


instituições de crédito para conceder empréstimos, facilidade em contratar mão-de-
obra especializada, menos competitividade no mercado. Sempre em relação ás
microempresas, o pagamento de impostos, é simplificado, perspectiva de
crescimento o que quer dizer uma possibilidade maior de ser, empresa de médio
porte em curto prazo, porque são menos vulneráveis que as microempresas.

2.2.6.2 Desvantagens da EPP

Algumas desvantagens das EPP com relação as ME, uma fiscalização


freqüente por conta do faturamento mais elevado, o que ocasiona uma carga
tributária um pouco maior por conta das alíquotas progressivas. Necessita de um
controle maior por conta dos investimentos e de seu crescimento, pois, sem esse
controle fica muito mais difícil administrar. Pelo fato da empresa ser optante pelo
Simples, a legislação permite que a mesma tenha uma escrituração contábil
simplificada, podendo haver alguns problemas com relação a controles, quando se
dá a necessidade de uma análise da situação da empresa, alguns valores podem
não ser identificados, dificultando analisar a situação real da empresa, ocasionando
conseqüências, como administrar sem saber qual a situação que a empresa se
encontra?

2.2.7 Data e Forma de Pagamento

O pagamento unificado de imposto e contribuições em um único DARF,


devidos pelas microempresas e pelas empresas de pequeno porte inscritas no
SIMPLES, recolhe-se em um único DARF e o prazo para pagamento do mesmo é
até o 20º dia útil do mês seguinte ao fato gerador ou no primeiro dia útil
subseqüente.

2.2.8 Escrituração

A Microempresa e a Empresa de Pequeno Porte ficam dispensadas de


escrituração comercial desde que mantenha em boa ordem a guarda enquanto não
23

decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam
pertinentes.
 Livro caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua
movimentação financeira, inclusive bancária;
 Livro registro do inventário, no qual deverão constar registrados os
estoques existentes no término de cada ano-calendário;
 Todos os documentos e demais papéis que servirão de base para
escrituração dos livros acima referidos.

2.2.9 Exclusão do Simples

A exclusão do Simples será feita mediante somente a comunicação da pessoa


jurídica ou de ofício:
 A exclusão por Comunicação da pessoa jurídica mediante comunicação
dar-se-á primeiramente por opção, ou quando Ultrapassar, no ano-calendário de
início da atividade, o limite da receita bruta correspondente a R$ 200.000,00
(duzentos mil reais), multiplicados pelo número de meses de funcionamento nesse
período.
 A exclusão será formalizada pela pessoa jurídica, através da alteração
cadastral firmada por seu representante legal e deverá ser apresentada a uma
unidade da SRF de sua jurisdição.
 Exclusão de Ofício conforme artigo 23 dar-se-á quando causar
Embaraço a fiscalização, caracterizado por não fornecer a exibição de livros e
documentos a que estiver obrigada, bem assim pelo não fornecimento de
informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade, próprios ou
de terceiros, quando intimado, de demais hipóteses que autorizam a requisição de
auxílio da força pública.
 Quando da resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de
acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde se
desenvolvam as atividades da pessoa jurídica ou se encontrem bens de sua posse
ou propriedade, ou seja, dificultando ou impedindo a trabalho da fiscalização.
24

2.3 LUCRO REAL ANUAL

Lucro real é o lucro líquido apurado na escrituração comercial, denominado


lucro contábil, ajustado pelas adições e exclusões e compensações autorizadas pela
legislação do imposto de renda. Os ajustes do lucro líquido do período de apuração
e a demonstração da apuração do lucro real devem ser transcritos no Livro de
Apuração do Lucro Real (LALUR).
Nesta forma de tributação, o imposto de renda e a contribuição social sobre o
lucro são calculados mensalmente, com base no faturamento. São aplicados
percentuais (definidos em lei, de conformidade com a atividade) sobre a base de
calculo. Esta deverá ser acrescida das demais receitas não-operacionais para que
sobre este montante seja aplicada à alíquota do imposto de renda.
A opção pelo pagamento por estimativa será irretratável para todo o ano-
calendário e será manifestada com o pagamento do imposto correspondente ao mês
de janeiro ou de início da atividade. Deverá ser feito um balanço de ajuste em
dezembro, para uma confrontação entre o que foi pago mensalmente durante o ano-
calendário e resultado efetivo da empresa.

2.3.1 Pessoas Jurídicas Obrigadas a Apuração Pelo Lucro Real

O artigo 14 da Lei 9.718/98 dispõe sobre as hipóteses em que a pessoa


jurídica é obrigada a apuração pelo lucro real. Cuja receita total, no ano-calendário
anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de
reais) ou proporcional ao numero de meses do período, quando inferior a 12(doze)
meses.
Com relação à atividade bancos em geral, empresas de seguros e
capitalização. Entidades de previdência privada aberta, que tiverem lucros,
rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior; que autorizadas pela
legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução
do imposto;
As pessoas jurídicas que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado
pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art.221 – RIR; incluindo
25

as que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de


assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, administração de contas a
pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços.

2.3.2 Base de Cálculo do IRPJ

A base de cálculo do imposto em cada mês será determinada mediante a


aplicação do percentual de 12% sobre a receita bruta, aplicando-se a esta base o
percentual de 15% para IRPJ a pagar.
Porém em alguns casos este percentual poderá mudar como exemplo:
 1,6 % na revenda de combustíveis;
 8 % serviços de transporte de cargas;
 8% venda de mercadorias ou produtos;
 16 % nos serviços de transporte, bancos e outras; e mais alguns
diferentes;
 32% prestação de serviços em geral, para o qual não esteja previsto
percentual específico.
Serão acrescidos na base de calculo, no mês em que forem auferidos, os
ganhos de capital, e os resultados positivos decorrentes de receitas não
compreendidas na atividade, receitas de aluguéis, receita de prestação de serviços,
receita de venda de mercadorias, receitas de aplicações financeiras, variações
cambiais ativas e outras.

2.3.3 Valores Não Integrantes na Base de Cálculo:

São valores que não integram a base de cálculo são receitas provenientes
de atividade incentivada, de recuperação de créditos, eversão do saldo das
provisões anteriormente constituídas, os lucros e dividendos decorrentes de
participações societárias avaliadas pelo custo de aquisição; entre outras.
26

2.3.4 Adicional do IRPJ em Base Estimada

No regime de estimativa, será devido o adicional do IRPJ, à alíquota de 10%


sobre o que exceder a R$ 20.000,00 da base de calculo mensal, 60.000,00 com
base no lucro trimestral e 240.000,00 no lucro real anual.

2.3.5 Contribuição Social Sobre o Lucro – estimada

Adotada o regime de estimativa mensal para IRPJ E CSLL, seguira a mesma


sistemática quanto ao período de apuração e pagamento. A base de cálculo mensal
da CSLL a ser paga em base estimada será o valor correspondente a 12% da
receita bruta mensal, acrescido das demais receitas operacionais e ganho de capital
auferido no mês. Sobre o valor assim apurado será aplicada a alíquota de 9%.
Mas para pessoas jurídicas cujo objeto social seja, prestação de serviços em
geral exceto hospitalar, Intermediação de negócios, administração, locação ou
cessão de bens imóveis, moveis e direito de qualquer natureza; e factoring, deverão
aplicar o percentual de 32% na determinação da base de calculo da CSLL, para fato
gerador acorrido a partir de setembro de 2003.
Serão acrescidos na base de cálculo, no mês em que forem auferidos, os
ganhos de capital, e os resultados positivos decorrentes de receitas não
compreendidas na atividade, receitas de aluguéis, receita de prestação de serviços,
receita de venda de mercadorias, receitas de aplicações financeiras, variações
cambiais ativas.

2.3.6 Pagamento do IRPJ e CSLL

A provisão do pagamento do Imposto de Renda é obrigatória pelo RIR e


também pela Lei das Sociedades pos ações. Imposto de Renda é o valor que deve
ser deduzido do resultado do período de apuração e registrado no Passivo
Circulante como uma obrigação na conta de provisão para Imposto de Renda.
27

A pessoa jurídica que houver optado pelo pagamento do imposto mensal e


por estimativa deverá levantar o balanço e apurar o lucro real relativo ao ano-
calendário em curso, até a data da sua extinção, calculando o imposto devido sobre
o lucro real apurado, mediante aplicação das alíquotas de 15% sobre a totalidade do
lucro real apurado e adicional de 10% sobre a parcela do lucro real que exceder ao
limite correspondente ao resultado da multiplicação de R$ 20.000,00 pelo numero de
meses do período de apuração.
Deduzir o imposto devido sobre o lucro real apurado (após dedução de
incentivos fiscais porventura cabíveis), o imposto pago mensalmente devido nos
meses anteriores do ano-calendário em curso, calculado por estimativa ou com base
em balanços ou balancetes de suspensão ou redução, o imposto retido na fonte ou
pago separadamente, pela própria empresa, sobre receitas computadas no lucro real
do período como também o saldo de imposto pago a maior ou indevidamente em
períodos anteriores, que não tenha sido compensado com o imposto mensal pago, o
IR pago no exterior sobre lucros, rendimentos e ganhos de capital computados no
lucro real, observadas as normas conforme RIR 1999 e IN 213/2002.

2.3.7 PIS e COFINS

As pessoas jurídicas submetidas ao Lucro Real terão como base de cálculo


para a contribuição do PIS e da COFINS o total das receitas auferidas pela pessoa
jurídica independente de sua denominação ou classificação contábil. Podendo
deduzir algumas despesas, a partir do ano de 2003 o PIS e a COFINS passaram a
ser não cumulativos para empresas do Lucro Real, porém em algumas atividades,
ela pode se creditar pelas entradas dos valores pagos a titulo desses impostos.
Deve ser efetuado o balanço de ajuste em dezembro, para confrontação entre
o que foi pago durante o ano-calendário como lucro estimado e o resultado efetivo
da empresa. Deste confronto, se resultar que o valor pago pelo lucro estimado
excede o apurado no balanço de ajuste, a empresa deverá solicitar restituição do
valor pago a mais ou compensar este valor com tributos da mesma natureza distinta.
Apontando saldo a pagar, este deverá ser recolhido. Nesta forma de
tributação é permitido a qualquer momento, utilizar-se de balanços ou balancetes
acumulados para fins de suspensão dos impostos ou redução.
28

Também neste tipo de tributação é possível serem compensados prejuízos de


exercícios anteriores, porém com um limite máximo de 30% do valor da base para
cálculo dos impostos, no caso do imposto de renda também podem ser abatidos do
valor os incentivos fiscais existentes na legislação.
Como aspecto negativo aponta-se que seja o fato da obrigatoriedade de
manutenção de uma contabilidade mais controlada, escrituração em dia, o que a
torna mais onerosa e trabalhosa, para chegar ao resultado. O lucro real é apurado
pela escrituração do LALUR (livro de apuração do lucro Real).

2.3.8 Não Cumulatividade do PIS e da COFINS

O Pis tornou-se não cumulativo pela Lei 10.637/02 e a Cofins através da Lei
10.833/03 conforme veremos ambos tornaram-se parcialmente não cumulativos,
pois permitem as inúmeras pessoas jurídicas permanecerem no sistema anterior, ou
seja, cumulativo. Portanto passou a vigorar os dois sistemas, cumulativo e não
cumulativo tanto no Pis como na Cofins.
Para quem esperava benefícios isso não aconteceu, pois a alíquota de 0,65%
passou para 1,65 %(Pis) e de 3% passou para 7,60%(Cofins). As freqüentes
alterações na legislação tributária, a tornam cada vez mais complexa e instável, pois
ressaltam a necessidade de um planejamento tributário.
Não estão sujeitas a modalidade de recolhimento não cumulativa os bancos
comerciais, de investimento, de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedade de
crédito, operadoras de planos de assistência à saúde e empresas particulares que
prestam serviços de vigilância e transporte de valores, pessoas jurídicas tributadas
com base no Lucro Presumido ou Arbitrado, Pessoas jurídicas optantes pelo regime
Simples, Órgãos públicos, fundações cuja criação foi autorizada por lei; e outros.
Estão sujeitas as modalidades de recolhimento cumulativas, a venda de
álcool carburante, Venda de veículos usados adquiridos para revenda, Serviços de
telecomunicação, Prestação de serviços de empresas jornalísticas e radiodifusão,
Mercadorias sujeitas a substituição tributária, Educação infantil e superior assim
como ensino médio e fundamental, Serviços de agência de viagens, Serviços de
informática, a atividade de desenvolvimento de software, e outros.
29

2.3.9 Deduções do Imposto Devido

O valor dos incentivos fiscais de dedução do imposto relativos ao PAT (4%),


Doações aos Fundos da Criança e do Adolescente (1%); Atividades Culturais ou
Artísticas (4%) e Atividades Audiovisuais (3%) o Imposto de Renda calculado com
base estimada, O imposto de renda pago indevidamente em períodos anteriores.
Observados os limites e os prazos previstos na legislação.

2.3.10 Incentivos Fiscais

A Instrução Normativa SRF nº. 267/2002 dispõe sobre as normas gerais do


tratamento tributário aplicável aos incentivos fiscais do imposto sobre a renda das
pessoas jurídicas. Os impostos são instituídos para serem arrecadados, por causa
dos incentivos fiscais para algumas pessoas jurídicas, outras são obrigadas a pagar
mais para compensar a diminuição da arrecadação.
Os incentivos fiscais podem ser considerados uma renúncia fiscal, ou seja,
uma forma legal de diminuir o valor do imposto a pagar, portanto a base sempre será
o imposto de devido.Conforme a legislação vigente somente as empresas com
tributação pelo Lucro Real podem utilizar-se desses incentivos.

Executivo pode, mediante lei, abrir mão de parte da arrecadação de


determinado imposto para incentivar certas atividades ou regiões. Em
contrapartida a renúncia fiscal do Executivo constitui um benefício fiscal
para o contribuinte, desde que este observe com rigor os requisitos que a lei
exige para o direito de utilizá-lo. (Fabretti, Láudio Camargo 9ª ed.p.275 e
276).

2.3.10.1 PAT – Programa de alimentação do trabalhador

A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto devido o valor de dedução do


PAT é 4% sobre o valor do IRPJ já calculado, considerando a soma das despesas
do custeio direto e exclusivo do serviço de alimentação, podendo ser considerados a
matéria-prima, mão de obra, encargos, gasto de energia relacionado diretamente
com o preparo e a distribuição das refeições.
30

A pessoa jurídica usa como base oitenta por cento do valor do custo direto
citado anteriormente, o restante, ou seja, vinte por cento é parte do empregado, no
limite individual só poderá usar R$ 1,99 multiplicado pelo número de refeições
fornecidas no período.
O limite de dedução é 4% do imposto devido de cada período, podendo ser
deduzida em períodos subseqüentes o valor da parcela excedente ao limite no que
se refere o art3º da IN SRF 267/2002. O valor excedente poderá ser deduzido até o
segundo ano-calendário subseqüente, desde que dentro do limite admitido pela
legislação vigente.

Vejamos um exemplo:

Custo do PAT no mês 80% = 5000,00 x 15% = 750,00


Valor IRPJ = 15.000,00 x 4% = 600,00
IRPJ a recolher = 14.400,00

O valor do incentivo fiscal nesse caso é 600, 00, portanto o valor do IRPJ a
recolher é de 14.400,00 já deduzidos o PAT.

2.3.10.2 Incentivo à cultura (PRONAC)

Lei que instituiu o programa 8.313/91, Lei Rouanet.


As despesas com doação ou patrocínio de projetos culturais aprovados pelo
ministério da Cultura, obedecem à mesma regra é o valor da doação ou patrocínio
utilizando-se de um percentual de 15% para achar a base de cálculo do incentivo, e
após calcula-se 4% em cima da base. Exemplo

Doação/patrocínio = 10.000,00 x 15% = 1.500,00


Base de cálculo = 1.500,00 x 4% = 60,00
Valor IRPJ a recolher = 15.000,00 – 75,00 = 14.940,00
31

2.3.10.3 Incentivo às atividades audiovisuais

Pode ser deduzido o limite de 3% do valor do imposto devido referente à


compra de certificados de investimentos em projetos, aprovados pelo Ministério da
Cultura. Incentivo criado pela Lei 8.685/93.

2.3.10.4 Incentivo às doações aos fundos de direito da criança e do adolescente

A lei do estatuto da criança e do adolescente é 8.069/90.


A união fixou em 1% a dedução do IRPJ devido sobre as doações ao fundo
do direito da criança e do adolescente, esse incentivo não é cumulado para o efeito
de limite de dedução global e também não são deduzidas do lucro real como
despesa operacional. Essa doação pode ocorrer na esfera federal, estadual e
municipal, quem define a alíquota é o executivo de cada federado.

2.3.10.5 Incentivos fiscais por isenção

 Isenção da Zona Franca de Manaus

Isenção Zona Franca de Manaus (ZFM) é uma área de livre comércio de


importação e exportação e de incentivos fiscais especiais. A finalidade é
criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário
dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em
face dos valores locais e da grande distância a que se encontra dos centros
consumidores de seus produtos. (art. 1º do decreto-lei nº. 288, de 28-2-67).

 Isenção do imposto sobre o lucro de exploração


Nas regiões Norte, Centro-Oeste Nordeste e na Amazônia foi concedida pela
Lei 9440/97 a redução gradativa veja;
- alíquota de 3,75% de 1998 a 2003;
- alíquota de 7,5% de 2004 a 2008 períodos correntes;
- alíquota de 11,25% a partir de 2009 até 2013;

 Isenções mais importantes: Isenção do Imposto de importação e do


Imposto sobre produtos industrializados (IPI), isenção do Imposto de Exportação
32

para mercadorias independente de sua origem, isenção do IPI para mercadorias


produzidas na Zona Franca de Manaus para consumo interno, em todo o território
nacional.

2.3.10.6 Dedução cumulativa

A Lei nº. 9.532/97, em seu art.6º, inciso II, limita o uso dos incentivos fiscais a
4% portanto se a empresa quiser utilizar-se de mais de um incentivo fiscal e a soma
das alíquotas ultrapassarem 4% que é o limite de dedução global, terá que utilizar-se
parcialmente de um deles. Com exceção do incentivo ao fundo do direito da criança
e do adolescente que considerado isolado não cumula para a dedução global, quer
dizer que a empresa pode utilizar-se de 4% de outros incentivos e também de 1%
deste.

2.3.11 DIPJ – Declaração de Informações Econômico Fiscal da Pessoa Jurídica

A DIPJ contém informações sobre os seguintes impostos;


- IRPJ – imposto de renda pessoa jurídica;
- IPI – imposto sobre produtos industrializados;
- CSLL - contribuição social sobre o lucro líquido;
- PIS - programa de integração social;
- COFINS Contribuição para financiamento da Seguridade Social;

Estão obrigadas a entregar a DIPJ todas as pessoas jurídicas, inclusive as


equiparadas, as entidades submetidas ao regime de liquidação extrajudicial e
falimentar, anualmente e de forma centralizada pela matriz.
As empresas optantes pelo Simples estão desobrigadas de entregas a DIRPJ,
pois esta tem a obrigação de entregar a declaração simplificada, os consórcio e
condomínios também estão desobrigados.
A DIRPJ Será transmitida via Internet, até o último dia útil do primeiro
semestre do ano subseqüente. Caso a pessoa jurídica obrigada não apresente no
prazo definido em Lei, incidirá multa sobre o valor devido.
33

2.3.12 DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais

Informação a receita federal relativa a débitos de impostos e contribuições


apuradas por pessoas jurídicas. Estão obrigadas todas as pessoas jurídicas, desde
que o valor mensal de impostos e contribuições a declarar seja superior a R$
10.000,00 (dez mil reais).
A pessoa jurídica com receita anual superior a 36.000.000,00, deverá entregar
mensalmente, até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao da ocorrência.
As empresas optantes pelo simples estão isentas da entrega da DCTF. Caso a
pessoa jurídica obrigada não apresente no prazo definido em Lei incidirá multa sobre
o valor devido.

2.3.13 DACON

Apuração do PIS/PASEP e da Cofins cumulativa e não cumulativa, sendo a


apresentação obrigatória para as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda
com base no Lucro Real, considerar as exceções previstas no art.8º da Lei 10637.
Estão obrigadas todas as pessoas jurídicas, desde que o valor mensal de
impostos e contribuições a declarar seja superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). A
pessoa jurídica com receita anual superior a 36.000.000,00, deverá entregar
mensalmente, até o quinto dia útil do segundo mês subseqüente ao da ocorrência.
As empresas optantes pelo simples estão isentas da entrega da DACON. Caso a
pessoa jurídica obrigada não apresente no prazo definido em Lei incidirá multa sobre
o valor devido..

2.3.14 Período de Apuração

Lucro real trimestral, pagamento definitivo com base no lucro real trimestral
(apurado em cada trimestre, 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de
dezembro)
34

Lucro real anual, pagamento com base na receita bruta mensal (estimativa) e
ajuste pelo lucro real acumulado mensalmente e ajuste na DIRPJ anual (apurado
anualmente).

2.3.15 LALUR

O livro de apuração do Lucro Real (LALUR) é um livro de natureza fiscal,


criado pelo Decreto Lei nº. 1.598/77, em atendimento à previsão contida no
parágrafo 2º do artigo 177 da Lei nº. 6.404/76(sociedades anônimas). É destinado à
apuração extra-contábil do lucro real sujeito a tributação do imposto de renda em
cada período de apuração, contendo ainda, elementos que, poderão afetar o
resultado de períodos futuros.
Apurado o lucro líquido segundo a legislação do IR (resultado antes do
imposto de renda) ele é transportado para o LALUR e ajustado mediante as adições,
exclusões e compensações determinadas por lei, apurando-se o lucro real, ou seja,
(lucro líquido (IR) + adições – exclusões – compensações = lucro real).
Conforme Instrução Normativa nº. 28/78 o LALUR é composto de duas partes:
Parte A: Onde são feitos os lançamentos de ajustes (adições e exclusões) do
resultado líquido do exercício, ou seja, a demonstração do lucro real.
Parte B : destina-se ao controle de valores que não constam na escrituração
comercial mas influenciam a determinação do lucro real de exercícios futuros.
É obrigatória a escrituração do LALUR para todas as pessoas jurídicas
contribuintes de Imposto de Renda com base no Lucro Real. A parte A do LALUR
pode ser escriturada de uma só vez, ou à medida que ocorrem os lançamentos.
A parte B do LALUR poderá ser escriturada junto com a parte A ou ao final de
cada período de apuração do imposto. Cada página é destinada a uma conta
específica que receberá o valor original, e a baixa total ou parcial da importância
registrada.

2.3.15.1 Adições

São as referidas despesas contabilizadas pela pessoa jurídica, mas que são
limitadas ou não admitidas pela lei. Portanto devem ser adicionadas ao resultado:
35

- O valor das despesas não dedutíveis computados no resultado


- multas fiscais e despesas não dedutíveis;
- lucros decorrentes de contratos com entidades governamentais;
- despesas com alimentação dos sócios;
- despesas com brindes;
- participações nos lucros aos dirigentes e administradores;
- tributos e contribuições suspensa em função de medida judicial;
- quaisquer provisões com exceção de férias e 13º salário;
- realização de reserva de reavaliação por depreciação;
- os custos, despesas, encargos, perdas, provisões participações e quaisquer
outros valores deduzidos na apuração do lucro líquido, que não sejam dedutíveis de
acordo com a legislação.
- demais resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não
incluídos na apuração do resultado e que, de acordo com a legislação vigente,
devam ser computados na determinação do Lucro Real.

2.3.15.2 Exclusões

São valores que a lei permite subtrair do lucro líquido (imposto renda) para
efeito fiscal.
- Lucro e dividendos recebidos de participações societárias;
- encargos financeiros contabilizados como receitas, incidentes sobre créditos
não recebidos;
- ganhos de capital;
- encargos financeiros sobre débitos vencidos que foram quitados e tenham
sido adicionados em períodos base anteriores;
- valor adicionado ao lucro líquido registrado na parte B do LALUR em período
base anterior;
- depreciação acelerada;
- tributos e contribuições convertidos em renda a União após julgamentos de
ações judiciais.
36

2.3.15.3 Compensações de prejuízos fiscais

Conforme art. 42 da Lei 8.981/95 podem ser compensados os prejuízos


fiscais dos períodos - base anterior, limitada a compensação do prejuízo fiscal em 30
% (trinta por cento) do lucro líquido, ajustado pelas adições e exclusões.
Portanto se o meu prejuízo do período base anterior for R$ 60.000,00, e o
meu lucro do ano-calendário é R$100.000,00 só posso compensar 30% ou seja,
R$30.000,00 do meu prejuízo acumulado.
Lucro do exercício = 100.000,00 x 30% = 30.000,00
Prejuízo base anterior = 60.000,00 – 30.000,00;
Valor a compensar = 30.000,00.

2.3.16 Balanço de Redução ou Suspensão do IRPJ

A pessoa jurídica poderá reduzir ou suspender o recolhimento do imposto


mensal por estimativa, caso verifique que os valores já pagos correspondentes há
meses anteriores, excedem o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com
base no lucro real do ano-calendário, através de balanços e balancetes levantados
para esse fim.

Exemplo de suspensão:

mês Mês do imposto por estimativa


base recolhimento imposto mensal valor acumulado valor a recolher
Abril/06 maio/06 6.500,00 6.500,00 6.500,00
maio/06 junho/06 3.500,00 10.000,00 3.500,00
junho/06 julho/06 4.000,00 14.000,00 suspensão

Se a pessoa jurídica levantar balanço ou balancete em 30/06/2006 e apurar e


imposto devido com base no lucro real do período no valor de 10.000,00, ela não
precisará efetuar em julho o pagamento relativo ao mês de junho, pois ela já pagou
37

R$10.500.00, um valor superior ao devido, neste mês houve um balanço de


suspensão.

Exemplo de redução:
mês mês do imposto por estimativa
base recolhimento imposto mensal valor acumulado valor a recolher
abril/06 maio/06 6.500,00 6.500,00 6.500,00
maio/06 junho/06 2.500,00 9.000,00 3.500,00
junho/06 julho/06 4.000,00 13.000,00 redução

Se a pessoa jurídica levantar um balanço ou balancete em 30/06/2006 e


apurar o imposto devido com base no Lucro Real do período no valor de 10.000,00,
ela só pagará a diferença de R$ 1.000,00, como ela já recolheu R$ 9.000,00 neste 4
mês houve balanço de redução.

2.4 LUCRO PRESUMIDO

O lucro presumido é uma forma simplificada de tributação do imposto de


renda das pessoas jurídicas quando estas não estejam obrigadas ao lucro real. A
opção pelo regime será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota
do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração.
Sobre o faturamento trimestral são aplicados os percentuais fixados pela
legislação de conformidade com a atividade desenvolvida, para determinação da
base de cálculo. Sobre a base de cálculo, acrescida das demais receitas não-
operacionais, é aplicada a alíquota dos impostos.
A Lei 9.784/00 estabelece que para as pessoas jurídicas optantes pelo
Programação de Recuperação Fiscal – Refis, instituído pela Lei 9.964/00, não há
limite de receita bruta para a opção pelo lucro presumido.
Algumas Pessoas jurídicas excluídas do Regime de Tributação pelo Lucro
Presumido são elas:
I - Cuja receita tenha excedido o limite;
II – Cujas atividades sejam de bancos em geral, sociedades de créditos,
corretoras, valores mobiliários, e outras;
III – Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundo do exterior;
38

IV – Que autorizadas pela legislação tributária queiram usufruir de benefícios


fiscais relativos à isenção ou redução do Imposto de renda;
V – Que no decorrer do ano-calendário tenham efetuado pagamento mensal
pelo regime estimativa, mensal.
VI – Que explorem as atividades de prestação cumulativa e continua de
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, administração
de contas a pagar e receber compras de direitos creditórios resultantes de vendas
mercantis a prazo ou prestação de serviços e outros.

2.4.1 Incentivos Fiscais

A empresa optante pelo Lucro Presumido não terá direito a dedução de


nenhum dos incentivos fiscais, sejam eles:
- PAT programa de alimentação do trabalhador;
- Programa de desenvolvimento tecnológico industrial e agropecuário PDTI/
PDTA;
- Programa nacional de apoio a cultura;
- incentivo as atividades audiovisuais;
- Doações ao fundo de direito da criança e do adolescente;
- incentivo fiscal por isenção Zona Franca de Manaus.

2.4.2 Vantagens

A pessoa jurídica optantes pelo regime de tributação federal pelo Lucro


presumido tem a vantagem de uma escrituração simplificada (livro caixa e registro
de inventário); Menos onerosidade na maioria dos casos pelo fato de ser mais
prático o cálculo do impostos, para as empresas que não possuam muitas despesas,
tal tributação pode representar uma menor carga tributaria;

2.4.3 Desvantagens

As principais desvantagens são que o imposto é calculado sobre uma base


estimada, não representando o resultado real da empresa, são desprezados os
39

prejuízos e as despesas/custos, devido à escrituração simplificada, pode haver


problemas de ordem comercial, judicial ou previdenciária, ou seja, um menor
controle, o que pode prejudicar a administração, com relação à tomada de decisões.
A falta de escrituração contábil completa pode ser prejudicial no momento de
se apurar o lucro isento a ser distribuído, não é permitida a compensação de
prejuízos fiscais, e a dedução dos incentivos fiscais como PAT e outros, nem todas
as empresas podem optar por este tipo de tributação, deve ser observada a
atividade da empresa que em alguns casos impede a pessoa por essa tributação.

2.4.4 Base de Cálculo

Base de cálculo é o valor sobre o qual é aplicada a alíquota (percentual) para


apurar o valor do imposto a pagar. Essa base de cálculo deve ser definida em Lei
Complementar. A alíquota do IRPJ é de 15% sobre a base de cálculo apurada.
Base de cálculo do lucro presumido é o resultado do somatório de um
percentual aplicado sobre a receita bruta trimestral com acréscimo de ganhos de
capital, receita de aluguéis, receitas financeiras e outras receitas.
O percentual para determinação da base de cálculo do lucro presumido são
os seguintes:

a) 1,6% sobre a receita bruta auferida na revenda,para consumo de


combustível derivado de petróleo, gás natural, álcool carburante etílico;
b) 8% sobre a receita bruta auferida no comércio, indústria na prestação de
serviços de transportes de cargas e hospitalares, loteamento de terrenos;
c) 16% sobre a receita bruta na prestação de outros serviços de transportes;
d) 32% sobre a receita bruta auferida com as atividades de prestação de
serviços pelas sociedades simples, relacionada ao exercício da profissão
regulamentada; representação comercial, corretor de seguros, locação
administração ou cessão de bens móveis, móveis e direitos de qualquer
natureza. (YOUNG, 2006).

2.4.5 Adicional DO IRPJ

Quando o lucro do período ultrapassar a 20.000,00 multiplicado pelo número


de meses, no valor que exceder joga-se a alíquota de 10% que será o cálculo do
adicional do Imposto de Renda pessoa jurídica, devendo ser acrescido ao IRPJ
40

normal. Neste caso o valor a ser recolhido será o calculado sobre o faturamento
acrescido do adicional de 10% do Lucro presumido.

2.4.6 Deduções do IRPJ

Para efeito de pagamento, é permitido à pessoa jurídica deduzir do imposto


apurado, o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas, que integraram
a base de cálculo do imposto devido, inclusive de aplicações financeiras. Poderá
também ser deduzido o imposto de renda pago indevidamente em períodos
anteriores.

2.4.7 Contribuição Social Sobre Lucro Líquido

A contribuição social sobre o lucro, apurada trimestralmente, à alíquota de


9%, terá como base de cálculo a soma das seguintes parcelas;
a) 12% da receita bruta auferida no período, conforme definida na legislação
vigente;
b) 32% quando é prestação de serviços em geral exceto hospitalar, deve ser
aplicado esse percentual na determinação da base de cálculo;

2.4.8 PIS

A contribuição para o PIS programa de integração social, será apurada á


alíquota de 0,65% mensal sobre o faturamento que corresponde à receita bruta da
pessoa jurídica, independente do tipo de atividade exercida e da classificação
contábil adotada para as receitas.

2.4.9 COFINS

O faturamento corresponde à receita bruta da pessoa jurídica entendida esta


como a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independente da
atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para as receitas.
41

A contribuição sobre o faturamento-Cofins, regulamentada pela lei 9.718/98,


e alterada pela MP 2.033/01 (atual 2.158-33/01), tem igualmente como base
de cálculo o faturamento mensal. Que será calculada sobre o faturamento
mensal à alíquota de 3%. (lei 9.718/98, e alterada pela MP 2.033/01).

2.4.10 Forma de Apuração e Pagamento

A forma de tributação é trimestral, apuração encerrada em 31 de março, 30


de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano. Os impostos devem ser
recolhidos até o ultimo dia útil do mês subseqüente ao do período de apuração. A
opção do contribuinte poderá ser parcelado em até três quotas, mensais, iguais e
sucessivas, e deverão ser pagas até o último dia dos meses subseqüentes ao de
encerramento do período competente. Nenhuma quota poderá ser inferior a R$
1.000,00, isto é, o imposto inferior a 2.000,00 deverá ser pago em quota única
Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto
apurado, o imposto de renda pago, ou retido na fonte sobre receitas que integraram
a base de cálculo do imposto devido, inclusive aplicações financeiras. Poderá
também ser deduzido o imposto de renda pago indevidamente em períodos
anteriores.

2.4.11 Escrituração

As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido devem manter:


 Escrituração contábil nos termos da legislação comercial, salvo se mantiver
livro caixa, no qual deverá ser escriturada toda movimentação financeira, inclusive
bancária;
 Livro registro de inventário, no qual deverá constar e estoque existente no
término do ano-calendário;
 Todos os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica
(IPI, ICMS, ISS, etc.), bem como todos os documentos que serviram de base para a
escrituração comercial e fiscal, conservando-os em boa ordem e guarda, enquanto
não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam
pertinentes.
42

2.5 REGIMES CONTÁBEIS

2.5.1 Regime de Caixa

No regime de caixa, serão computados como receita, os recebimentos


independentes da ocorrência do serviço,seja ele anterior ou posterior, caso não
sejam tributadas no momento do recebimento sujeitará a pessoa jurídica ao
pagamento de multa, de acordo com a legislação vigente.

2.5.2 Regime de Competência

A receita bruta do produto da venda de bens ou serviços será tributada no


momento em que ocorrer a operação independente do recebimento, que incidirá na
base de cálculo dos impostos. A pessoa jurídica tributada pelo Lucro Real está
obrigada ao regime de competência.
43

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa foi bibliográfica e documental. Na pesquisa bibliográfica foram


realizados estudos sobre os regimes de tributação na esfera Federal. A documental
foi elaborada através de documentos fiscais fornecidas pelo departamento de
contabilidade da empresa responsável pela escrituração contábil da empresa.
A área de estudo foi à empresa Reunida Transportadora Rodoviária de
Cargas S/A, tendo como base os meses de abril, maio e junho do ano de 2006.
Pesquisa bibliográfica em Livros, Internet, Legislação e demais documentos
necessários.
 Pesquisa documental em documentos como balanço patrimonial da
empresa.
Os dados foram colhidos, calculados, analisados e foram relatados
posteriormente em planilhas, juntamente com o resultado desta análise.
44

4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

- Analisado o Balanço Anterior e as Informações Contábeis e Concluído que a


Empresa é Tributada Pelo Lucro Real Anual com Estimativa Mensal
- Verificado a forma tributária permitida pela legislação aplicável a empresa, que é
obrigada a tributação pelo lucro real por conta de sua atividade de transporte de
cargas e encomendas.

4.1 APLICAR A LEGISLAÇÃO FEDERAL

Na esfera federal foi feito o levantamento de tributação nos seguintes


regimes:
.
- Simples Federal*
- Lucro Real
- Lucro Presumido**
* Por se tratar de uma empresa com faturamento superior ao permitido pela
legislação descarta-se a opção pelo Simples Federal.
** A empresa não pode optar pelo Lucro Presumido por conta de sua
atividade e receita acima do valor permitido pela legislação, porém, será feito
comparativo entre os regimes de tributação pelo Lucro Real e pelo Lucro Presumido
para uma análise.
45

4.2 PLANILHA RESULTADO DO LUCRO PRESUMIDO


RESULTADOS OBTIDOS NO LUCRO PRESUMIDO

ACUMULADO DO CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE O LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO RECEITA BASE DE ALÍQUOTA BASE ALÍQUOTA VALOR


CÁLCULO S/BASE DO IR DO IR DO IR
RECEITA DE
ACUMULADO FRETES
ABRIL 5.335.400,00 8% 426.832,00 15% 64.024,80
MAIO 5.319.400,00 8% 425.552,00 15% 63.832,80
JUNHO 5.652.900,00 8% 452.232,00 15% 67.834,80

TOTAL =========> 16.307.700,00 195.692,40

RESULTADOS OBTIDOS NO LUCRO PRESUMIDO

ACUMULADO DO CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO RECEITA BASE DE ALÍQUOTA BASE ALÍQUOTA VALOR


CÁLCULO S/BASE DA CSLL DA CSLL DA CSLL
RECEITA DE
ACUMULADO FRETES
ABRIL 5.335.400,00 12% 426.832,00 9% 38.414,88
MAIO 5.319.400,00 12% 425.552,00 9% 38.299,68
JUNHO 5.652.900,00 12% 452.232,00 9% 40.700,88

TOTAL =========> 16.307.700,00 117.415,44

RESULTADOS OBTIDOS NO LUCRO PRESUMIDO

ACUMULADO DO CÁLCULO DO PIS SOBRE O LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO RECEITA BASE DE ALÍQUOTA BASE ALÍQUOTA VALOR


CÁLCULO S/BASE DO PIS DO PIS DO PIS
RECEITA DE
ACUMULADO FRETES
ABRIL 5.335.400,00 0,65% 34.680,10
MAIO 5.319.400,00 0,65% 34.576,10
JUNHO 5.652.900,00 0,65% 36.743,85

TOTAL =========> 16.307.700,00 106.000,05

RESULTADOS OBTIDOS NO LUCRO PRESUMIDO

ACUMULADO DO CÁLCULO DO COFINS SOBRE O LUCRO PRESUMIDO

PERÍODO RECEITA BASE DE ALÍQUOTA BASE DO ALÍQUOTA VALOR


CÁLCULO S/BASE COFINS COFINS COFINS
RECEITA DE
ACUMULADO FRETES
ABRIL 5.335.400,00 3% 160.062,00
MAIO 5.319.400,00 3% 159.582,00
JUNHO 5.652.900,00 3% 169.587,00

TOTAL =========> 16.307.700,00 489.231,00


46

4.3 PLANILHA RESULTADO DO LUCRO REAL


RESULTADOS OBTIDOS NO LUCRO REAL
ACUMULADO DO CÁLCULO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE O LUCRO REAL

PERÍODO RECEITA LUCRO ALÍQUOTA BASE ALÍQUOTA VALOR


REAL S/BASE DO IR DO IR DO IR
ACUMULADO RECEITA FRETES
ABRIL 5.335.400,00 878.998,72 878.998,72 15% 131.849,81
MAIO 5.319.400,00 1.128.280,41 1.128.280,41 15% 169.242,06
JUNHO 5.652.900,00 853.276,77 853.276,77 15% 127.991,52

TOTAL
=========> 2.860.555,90 429.083,39

RESULTADOS OBTIDOS NO LUCRO REAL


ACUMULADO DO CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO REAL

PERÍODO RECEITA LUCRO ALÍQUOTA BASE ALÍQUOTA VALOR


REAL S/BASE DA CSLL DA CSLL DA CSLL
ACUMULADO RECEITA FRETES
ABRIL 5.335.400,00 878.998,72 878.998,72 9% 79.109,88
MAIO 5.319.400,00 1.128.280,41 1.128.280,41 9% 101.545,24
JUNHO 5.652.900,00 853.276,77 853.276,77 9% 76.794,91

TOTAL
=========> 2.860.555,90 257.450,03

RESULTADOS OBTIDOS NO LUCRO REAL


ACUMULADO DO CÁLCULO DO PIS SOBRE O LUCRO REAL

PERÍODO RECEITA BASE DE ALÍQUOTA VALOR CRÉDITO PIS


CÁLCULO DO PIS DO PIS DO PIS RECOLHER
ACUMULADO RECEITA FRETES
ABRIL 5.335.400,00 5.335.400,00 1,65% 88.034,10 44.308,77 43.725,33
MAIO 5.319.400,00 5.319.400,00 1,65% 87.770,10 43.641,31 44.128,79
JUNHO 5.652.900,00 5.652.900,00 1,65% 93.272,85 44.493,85 48.779,00

TOTAL
=========> 16.307.700,00 269.077,05 132.443,93 136.633,12

RESULTADOS OBTIDOS NO LUCRO REAL


ACUMULADO DO CÁLCULO DO COFINS SOBRE O LUCRO REAL

PERÍODO RECEITA BASE DE ALÍQUOTA VALOR CRÉDITO COFINS


DO
CÁLCULO COFINS DO COFINS COFINS RECOLHER
ACUMULADO RECEITA FRETES
ABRIL 5.335.400,00 5.335.400,00 7,60% 405.490,40 204.088,88 201.401,52
MAIO 5.319.400,00 5.319.400,00 7,60% 404.274,40 201.014,53 203.259,87
JUNHO 5.652.900,00 5.652.900,00 7,60% 429.620,40 204.941,37 224.679,03

TOTAL
=========> 16.307.700,00 1.239.385,20 610.044,78 629.340,42
47

4.4 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS ATRAVÉS DAS PLANILHAS PARA


COMPROVAÇÃO DE QUAL TRIBUTAÇÃO MELHOR DE ADAPTA A EMPRESA

IMPOSTO PRESUMIDO REAL DIFERENÇA


RENDA
ABRIL 64.024,80 131.849,81 -67.825,01
MAIO 63.832,80 169.242,06 -105.409,26
JUNHO 67.834,80 127.991,52 -60.156,72

195.692,40 429.083,39 -233.390,99

CSLL PRESUMIDO REAL DIFERENÇA

ABRIL 38.414,88 79.109,88 -40.695,00


MAIO 38.299,68 101.545,24 -63.245,56
JUNHO 40.700,88 76.794,91 -36.094,03

117.415,44 257.450,03 -140.034,59

PIS PRESUMIDO REAL DIFERENÇA

ABRIL 34.680,10 43.725,33 -9.045,23


MAIO 34.576,10 44.128,79 -9.552,69
JUNHO 36.743,85 48.779,00 -12.035,15

106.000,05 136.633,12 -30.633,07

COFINS PRESUMIDO REAL DIFERENÇA

ABRIL 160.062,00 201.401,52 -41.339,52


MAIO 159.582,00 203.259,87 -43.677,87
JUNHO 169.587,00 224.679,03 -55.092,03

489.231,00 629.340,42 -140.109,42


48

4.5 EXPOR QUAL O REGIME DE TRIBUTAÇÃO MENOS ONEROSO PARA A


EMPRESA

No caso em questão a mais vantajosa é a tributação com base no Lucro


Presumido, pelo qual no momento a empresa não pode optar, por conta de sua
atividade e de exceder a receita ao limite permitido pela legislação do Lucro
Presumido.
49

CONCLUSÃO

Diante do exposto em nossas planilhas demonstrativas, bem como as


Receitas e Despesas apresentadas pela Empresa Reunidas Transportadora
Rodoviária de Cargas S/A, elaboramos um minucioso processo comparativo,
utilizando-se dos Regimes de Tributação aos quais a empresa em questão adapta-
se, sendo estes o Lucro real e o Lucro Presumido dentro do Sistema Federal.
Neste caso a opção pelo presumido é a mais vantajosa, pois conforme foi
apresentado com relação aos valores dos Impostos e Contribuições, PIS e COFINS
uma margem de 15% a maior no Lucro Real, com relação ao Lucro Presumido e a
Contribuição Social e o Imposto de Renda em média 119% a mais no real,
constatado especificamente neste caso uma diferença gritante entre um regime de
tributação e outro, principalmente no que diz respeito à Contribuição Social e o
Imposto de Renda. Devemos sempre observar que o Regime de Tributação deve ser
usado em conjunto para PIS, COFINS, Contribuição Social e Imposto de renda.
A empresa em questão por conta de sua receita que excede ao limite de
48.000.000,00, não poderá mudar sua forma de tributação, pois, está obrigada pela
legislação vigente a tributação pelo Lucro Real
50

REFERÊNCIAS

FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 9. ed. São Paulo: Editora


Atlas, 2005.

PERES, Adriana Manni. Como utilizar créditos fiscais de IPI, PIS, COFINS e
ICMS/SP. IOB Thomson, 2005.

GRANEMANN, Ericson Rodrigo. Análise do sistema tributário Federal no Posto


de Abastecimento Adami & Granemann Ltda. UnC-Caçador, 2004.

YOUNG, Lúcia Helena Briski. Regimes de Tributação Federal. 6. ed. Editora


Juruá, 2006.

OLIVEIRA, Edson. Manual de Imposto de Contribuições para Microempresa e


Empresa de Pequeno Porte. 3. ed. Editora Atlas.

GUIA IOB DE CONTABILIDADE, atualizados em 2006.

RECEITA FEDERAL servidor disponível http//Www.receita.fazenda.gov.br.

SEBRAE - servidor disponível em http// Www.sebrae.sc.com.br.


51

ANEXOS

Você também pode gostar