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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS


COLEGIADO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DAÍSE LIMA SANTOS

ORÇAMENTO BASE ZERO E GESTÃO MATRICIAL DE DESPESAS:


UM ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA DE MATERIAIS
ESPORTIVOS

ILHÉUS-BA
2010
iii

DAÍSE LIMA SANTOS

ORÇAMENTO BASE ZERO E GESTÃO MATRICIAL DE DESPESAS:


UM ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA DE MATERIAIS
ESPORTIVOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Colegiado de Ciências Contábeis da Universidade
Estadual de Santa Cruz - UESC, como exigência
parcial para obtenção do título de Bacharel em
Ciências Contábeis.
Orientador: Antônio Fernando Lima dos Santos
Co - orientador: Wilman Sanchez Moitinho

ILHÉUS-BA
16 de OUTUBRO de 2010
iv

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC


COLEGIADO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC

Este Trabalho Acadêmico Curricular de Conclusão de Curso, elaborado pelo

discente DAÍSE LIMA SANTOS, foi por mim acompanhado ANTÔNIO FERNANDO

LIMA DOS SANTOS como professor Orientador e levado a apreciação da banca

examinadora constituída, identificada abaixo, para o fim específico de avaliar o

referido trabalho, sendo-lhe atribuída, após julgamento do trabalho escrito e

apresentação oral de sua defesa, a nota ................., como último crédito da

Disciplina TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC II, estando o mesmo

aprovado para os devidos fins de direito.

BANCA EXAMINADORA

Antônio Fernando Lima dos Santos

Lino Arnulfo Vieira Cintra

Núbia Aparecida Pinto Coelho


v

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS
COLEGIADO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC
FOLHA DE IDENTIFICAÇÃO

Tipo de Trabalho: Acadêmico Curricular

Título do Trabalho: Orçamento Base Zero e Gestão Matricial de Despesas: Um


estudo de caso em uma indústria de materiais esportivos.

Palavras-chave: Orçamento Base Zero, Gestão Matricial de Despesas,Planejamento

e Controle.

Nome do Discente: Daíse Lima Santos

Nome do Orientador: Antônio Fernando Lima dos Santos

Dados importantes:

o Empresa: Galeria do Esporte S.A.


o Setor: Controladoria
o Endereço: Parque das Indústrias, S/N, Centro, BA.

Duração prevista: setembro 2009 à setembro 2010.

Local e data: Ilhéus/BA, 16 de Outubro de 2010.


vi

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela sabedoria e oportunidade para compor este trabalho,

aos professores da instituição e ao meu orientador, que me proporcionaram o

conhecimento, me apoiaram e me orientaram a seguir o melhor caminho.

Agradeço a paciência da minha mãe, que sempre esteve ao meu lado e

especialmente ao meu esposo e co-orientador. Como esposo, agradeço pela

compreensão e como meu co-orientador, por ter me dado apoio incondicional, além

dos subsídios necessários para que eu chegasse até o fim.


vii

RESUMO

A responsabilidade de reduzir custos nas organizações é reforçada pela


pressão constante que elas sofrem para atingir resultados satisfatórios, na busca de
lucros cada vez mais altos. Lançar produtos de baixos preços e de boa qualidade
são aspectos que têm provocado profundas transformações no modo de gestão e no
processo de tomada de decisão das empresas. Neste contexto, o orçamento é uma
importante ferramenta, pois auxilia os gestores no acompanhamento e
gerenciamento dos resultados. Como uma ferramenta que visa prever as tendências
futuras, o bom orçamento é o embasamento para a construção do cenário que a
empresa irá atuar. O presente trabalho tem o objetivo de verificar o comportamento
deste cenário, num período determinado, através da análise das implementações de
duas metodologias: Orçamento Base Zero e Gestão Matricial de Despesas, numa
indústria de materiais esportivos. O OBZ trata da construção de um novo cenário,
considerando novas circunstâncias e o GMD mostra-se como um dos métodos
adaptado a este novo ambiente, promovendo maior eficácia na execução
orçamentária. Para fundamentar estes conceitos, foi realizada uma revisão
bibliográfica seguida de um estudo de caso, enfatizando a importância dos dois
métodos, suas fases e aplicação na empresa. Os resultados auferidos pela
organização foram analisados, verificando os benefícios adquiridos com a adoção do
OBZ e GMD como ferramentas de planejamento, execução e controle dos gastos.
viii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Os seis objetivos principais do orçamento................................................ 17

Figura 2 - Do orçamento empresarial ao beyond budgeting..................................... 20

Figura 3 - Os dois lados do gerenciamento matricial................................................ 28

Figura 4 - Elaboração do orçamento......................................................................... 36

Figura 5 - Formação da torre de prioridades............................................................. 38

Figura 6 - A torre final de prioridades........................................................................ 38

Figura 7 - Nível de aprovação final............................................................................ 39

Figura 8 - GMD 2009 x GMD 2010............................................................................ 44

Figura 9 - Exemplo de gestão matricial..................................................................... 46

Figura 10 - Estrutura do GMD 2010.......................................................................... 47

Figura 11 - Responsabilidades por gestão................................................................ 49

Figura 12 - Foco das reuniões GMD......................................................................... 50


ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resultado OBZ na Galeria do Esporte S.A.............................................. 43

Tabela 2 - Resultado GMD na Galeria do Esporte S.A............................................. 51


x

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12

1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 14

1.1.1 Objetivo Geral............................................................................................... 14

1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................. 14

1.2 RELEVÂNCIA .................................................................................................... 15

1.3 JUSTIFICATIVAS .............................................................................................. 15

1.4 DELIMITAÇÃO................................................................................................... 16

2. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................... 17

2.1 OBZ (ORÇAMENTO BASE ZERO).................................................................. 20

2.2 GMD (GESTÃO MATRICIAL DE DESPESAS) ............................................... 25

3. METODOLOGIA ....................................................................................................... 29

4. IMPLEMENTAÇÃO DO OBZ NA GALERIA DO ESPORTE S.A........................ 31

4.1 FASES DO PROGRAMA .................................................................................. 31

4.1.1 Preparação e Capacitação ......................................................................... 31

4.1.2 Estruturação das UR`S (Unidade de Responsabilidade) ...................32

4.1.3 Revisão...................................................................................................36

4.1.4 Formação das Torres de Prioridades ..................................................37

4.1.5 Aprovação ..............................................................................................39

4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS - OBZ.............................................................. 40

5. METODOLOGIA GMD NA EMPRESA................................................................... 43

5.1 A ESTRUTURA DO GMD 2010............................................................................ 45

5.2 A GESTÃO DO GMD ......................................................................................47


xi

5.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS - GMD ..........................................................51

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 54

7. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57

8. ANEXOS .................................................................................................................... 59
1. INTRODUÇÃO

A necessidade de planejar é fundamental para o processo de tomada de

decisão nas empresas, no sentido de responder, rapidamente, às mudanças do

cenário competitivo. Manter-se, em destaque, no cenário atual é uma tarefa que

exige preparação. As organizações precisam oferecer produtos e serviços de alta

qualidade e a gestão inovadora é uma das alternativas que elas têm buscado para

trilhar esse caminho. Nesse contexto, a área de custos têm tido papel estratégico,

controlando e analisando os gastos à medida que cresce a competição.

Tão relevante quanto à qualidade dos produtos é a necessidade de se manter

competitivo em custos, fornecendo produtos de qualidade e que sejam,

economicamente, viáveis. É preciso otimizar os gastos e verificar as possíveis

deficiências que impactam no processo para tornar o produto mais rentável. Uma

das formas de otimização é a construção de um orçamento bem planejado.

O orçamento é um processo a ser desenvolvido de forma criteriosa, quando

se busca alcançar um grande nível de detalhe. O levantamento das informações

deve ser confiável para assegurar o bom desempenho da organização, assim como,

conhecer as diversas áreas da empresa é de fundamental importância para saber

quanto e onde se deve gastar.

A área orçamentária e o controle de custos contam com a metodologia do

OBZ (Orçamento Base Zero) para o planejamento orçamentário. Segundo Padoveze


13

e Taranto (2009, P. 43), “A filosofia do orçamento base zero reside na exclusão de

dados passados [...] Assim, no OBZ as previsões orçamentárias são elaboradas

como se as operações da empresa estivessem começando”. Como complemento à

metodologia OBZ, que cuida do planejamento orçamentário, existe a metodologia do

GMD (Gestão Matricial de Despesas) que trata da execução orçamentária.

A empresa a ser estudada é 100% nacional, atua no ramo de materiais

esportivos, está presente em todo o território nacional e também em outros países

da América do Sul e Europa, citando-se: Argentina, Chile, Uruguai, Espanha e

Portugal. Atravessa momento de crescimento, influenciado também pela

efervescência do mercado esportivo com a escolha do Brasil como sede da próxima

Copa e da próxima Olimpíada.

A empresa Galeria do Esporte não utilizava uma metodologia específica para

construir o seu Orçamento, baseando-se apenas em históricos obtidos pelos

gestores e por não ter metodologia clara de planejamento orçamentário, na

execução, embora já utilizasse a metodologia do GMD, acabava sendo um recurso

subutilizado.

Sendo assim, o que se deseja entender é de que maneira a utilização das

metodologias de planejamento e execução orçamentária, OBZ e GMD, contribuem

para a melhoria dos resultados da empresa Galeria do Esporte S.A.?


14

1.1 OBJETIVOS

A seguir são evidenciados os objetivos geral e específicos que caracterizam

este trabalho.

1.1.1 Objetivo Geral

Demonstrar como a utilização das metodologias OBZ e GMD no planejamento

e execução orçamentária contribui para o alcance dos resultados na empresa

Galeria do Esporte S.A.

1.1.2 Objetivos Específicos

1.1.2.1 Apresentar o OBZ (Orçamento Base Zero) e o GMD (Gestão Matricial de

Despesas) respectivamente como metodologia de planejamento e execução

orçamentária;

1.1.2.2 Descrever os passos para implementação das metodologias OBZ e GMD na

empresa Galeria do Esporte S.A.;

1.1.2.3 Efetuar análise qualitativa dos resultados obtidos com a implementação das

duas metodologias.
15

1.2 RELEVÂNCIA

O tamanho do mercado e o tamanho da participação da empresa neste

mercado são variáveis que não dependem, exclusivamente, da atuação da empresa.

As conquistas neste âmbito, que fazem crescer as receitas, têm um limitador externo

forte e os resultados muitas vezes não acontecem, conforme o esperado, em

resposta às ações de marketing implementadas. A variável do resultado que a

empresa tem maior controle são os custos e as despesas, que são função da

utilização dos recursos. Para que as empresas sejam competitivas, precisam

otimizar esta utilização de recursos, ou seja, gastar o menos possível para atingir o

máximo de resultado. A otimização da utilização dos recursos requer disciplina e

para atingir este objetivo é fundamental que se tenha uma clara metodologia.

1.3 JUSTIFICATIVAS

Profissionalmente, este trabalho trará mais embasamento teórico e

proporcionará maiores conhecimentos, possibilitando melhor performance no

desempenho de atividades na área de Custos, na empresa em estudo, bem como

agregará valor à experiência e trará diferencial competitivo, para atuação neste

campo profissional, em qualquer outra empresa que adote ou tenha intenção de

adotar estas metodologias.

Poucas empresas na região utilizam essa metodologia e quase não há

trabalhos acadêmicos que falem sobre o tema, portanto este tem relevância no

âmbito acadêmico e social.


16

1.4 DELIMITAÇÃO

O estudo abrange todas as áreas da empresa Galeria do Esporte no Brasil e

é realizado a partir de setembro de 2009, quando se iniciaram os trabalhos de

construção do orçamento, utilizando a Metodologia Base Zero e vai até o final do

terceiro trimestre de 2010 com a análise dos resultados obtidos na utilização da

metodologia GMD para execução orçamentária.


17

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O orçamento é uma ferramenta de fundamental importância para o sucesso

das empresas e serve de apoio ao planejamento, execução e controle das

operações. Toda empresa, seja ela grande, média ou pequena, ao elaborar o

orçamento irá direcionar os objetivos a serem alcançados, partindo da análise dos

pontos fortes até às suas limitações, na busca de melhor eficiência e aproveitamento

das oportunidades identificadas nesse processo. Frezatti (2000) expõe que os

objetivos devem ser perseguidos na elaboração do orçamento, caso contrário, este

instrumento gerencial deve ser revisado e ajustado.

Brookson apud Lunkes (2003) salienta os seis principais objetivos do

orçamento, conforme o quadro abaixo:

Objetivos Descrição
Auxiliar a programar atividades de um modo lógico e sistemático
PLANEJAMENTO que corresponda à estratégia de longo prazo da empresa;
Ajudar a coordenar as atividades das diversas partes da
COORDENAÇÃO organização e garantir a consistência dessas ações;
Informar mais facilmente os objetivos, oportunidades e planos da
COMUNICAÇÃO empresa aos diversos gerentes de equipes;
Fornecer estímulo aos diversos gerentes para que atinjam metas
MOTIVAÇÃO pessoais e da empresa;
Controlar as atividades da empresa por comparação com os
CONTROLE planos originais, fazendo ajustes onde necessário;
Fornecer bases para a avaliação de cada gerente, tendo em vista
AVALIAÇÃO suas metas pessoais e as de seu departamento.

Figura 1: Os seis objetivos principais do orçamento

Fonte: Brookson, apud Lunkes, 2003, p.50


18

Em qualquer organização, estabelecer objetivos deve ser uma tarefa

imprescindível, assim como o planejamento. SANVICENTE e SANTOS (2000, p. 16)

destaca que

Planejar é estabelecer com antecedência as ações a serem


executadas, estimar os recursos a serem empregados e definir as
correspondentes atribuições de responsabilidades em relação a um
período futuro determinado, para que sejam alcançados
satisfatoriamente os objetivos.

O orçamento está ligado ao controle das previsões do futuro. Orçar quer

dizer, processar os dados do sistema de informação contábil de hoje, inserindo

dados previstos e alterações definidas para o próximo exercício, afirma

(PADOVEZE, 2004).

Para Lunkes (2007), o orçamento é como um plano de ação a ser seguido, no

período seguinte, abrangendo aspectos financeiros e não financeiros.

O orçamento, além de ser uma forma de prever os resultados, é também uma

forma de estabelecer os limites das ações dos administradores. Gomes (2000, p.13)

observa que

Para a empresa atingir os resultados planejados no Orçamento, é


preciso que durante a execução do plano, haja uma confirmação de
que o mesmo vem sendo cumprido, comparando-se os dados obtidos
com os valores orçados, apurando-se desvios, que poderão estar fora
de certas faixas de tolerância, caso em que suas causas serão
pesquisadas.

Esta afirmativa reforça a real necessidade de se obter um bom controle

orçamentário para o monitoramento dos resultados. Em conseqüência, ações

corretivas e oportunas poderão ser tomadas de forma a afetar, diretamente, as

causas dos possíveis descumprimentos das regras estabelecidas.


19

As etapas orçamentárias devem ser conduzidas de forma mais detalhada

possível e entre as fases, uma das mais importantes é o orçamento das despesas.

Neste sentido, Welsch (1992, p. 177) menciona que

De acordo com o princípio da participação, o planejamento de


despesas deverá envolver todos os níveis administrativos para que
um orçamento de despesas realistas (detalhado por item de despesa)
possa ser elaborado para cada departamento, divisão ou qualquer
outra unidade administrativa superior.

Padoveze (2005) afirma que os principais aspectos para a elaboração dessa

etapa do orçamento consistem em:

1. Orçar seguindo a hierarquia;

2. Departamentalização;

3. Orçar por área de responsabilidade;

4. Levantar as informações-base;

5. Observar o comportamento dos gastos;

6. Orçar cada despesa segundo sua natureza e comportamento etc.

Ao adotar um tipo de orçamento deverá ser levado em consideração o modelo

de gestão e a cultura orçamentária utilizada. Segundo Lunkes (2007), o orçamento

ao decorrer do tempo foi se adaptando as teorias modernas.


20

Evolução dos processos orçamentários


1919 1970 1980 2000

Beyond Budgeting
Orçamento por Atividades Projeção
dos
Orçamento Flexível Projeção
recursos de
dos
Orçamento de Base Zero Projeção forma
recursos
dos descentrali
Orçamento Contínuo Projeção dos nas
recursos zada e
recursos baseada atividades
Orçamento Empresarial Renovação do por vários flexível,
em pacotes de por meio
período concluído níveis de guiado por
Projeção dos recursos decisão da estaca de
e acréscimo do atividade. um
baseada na estrutura zero e com direcionad
mesmo período conjunto
organizacional e justificativa para ores de
no futuro. de
acompanhamento pelos todos os novos custos.
departamentos gastos. princípios.

Figura 2: Do orçamento empresarial ao beyond budgeting

Fonte: Lunkes, 2007, p.39

2.1 OBZ (ORÇAMENTO BASE ZERO)

O OBZ teve sua origem nos Estados Unidos, por volta de 1960, e, sua

primeira utilização deu-se em 1970, pela Texas Instruments. No fim desta década,

outras empresas já adotavam essa metodologia, como Xerox, Magnavox, United

California Bank etc. No Brasil, as empresas Ambev, Perdigão e Grupo Pão de

Açúcar utilizam essa metodologia. (PADOVEZE e TARANTO, 2009).

De acordo com Padoveze (2005, p.42) o OBZ:

Consiste essencialmente em dizer que o orçamento nunca deve partir da


observação dos dados anteriores, pois eles podem conter ineficiências que o
orçamento de tendências acaba por perpetuar.
21

Portanto, ao implantar o OBZ deve ser esquecido o histórico e considerar

apenas a real necessidade, partindo do princípio de que a empresa está em

processo de formação.

Zacharias (2006, p. 25) aduz que

O processo de Orçamento Base Zero consiste na identificação de


pacotes de decisão e em sua priorização por ordem de importância
por meio de uma análise de custo/benefício. O principal conceito
introduzido pelo Orçamento Base Zero é a mudança substancial nos
ajustamentos do orçamento à capacidade de recursos da empresa.

O ponto de partida do OBZ é a definição dos conceitos de duas idéias

principais: o Limiar e o Incremento, caracterizados por pacotes de decisão e

posterior priorização desses pacotes.

Fantinell (2006), diz que os pacotes de decisão envolvem a análise e a

descrição de cada atividade, atuais e novas.

O pacote de decisão é um documento que identifica e descreve uma


atividade específica de modo que a administração possa: avaliá-la e
priorizá-la em relação a outras atividades que concorram para a
obtenção de recursos imediatos; e decidir à, aprová-la ou rejeitá-la.
(FANTINELL 2006, p. 32)

Neste contexto, Sá (2010) define o pacote do limiar como sendo o pacote

representado pelo custo mínimo do departamento para produzir no pior cenário e

atender as exigências legais. Desta forma, qualquer organização disposta a aderir a

metodologia do OBZ, submeterá os seus processos e atividades ao julgamento do

que é meramente essencial para compor o pacote do limiar.

Para Fantinell (2006), os pacotes incrementais refletem níveis diferentes de

atividades. Estes pacotes devem ser aprovados quando enfatizados os benefícios

que o aumento nos gastos trará para a empresa, sendo descritos os objetivos e os

recursos necessários à realização deste incremento. Em função disso, entende-se


22

que os incrementos são classificados como atividades que aumentam os dispêndios

da organização, por sua vez estes dispêndios são recompensados pela função das

atividades incrementais: agregar valor, adicionando qualidade e agilidade nos

processos.

Do ponto de vista atribuído por Sá (2010, p. 56):

Os diversos departamentos devem classificar seus próprios pacotes


de decisão (que não tenham sido incluídos no limiar) de acordo com a
importância a eles atribuída. Feito isto, tem-se que escolher quais,
dentre os diversos pacotes de decisão, dos diversos departamentos,
serão atendidos e quais ficarão na dependência da ocorrência dos
melhores cenários.

Segundo Sá (2010, p. 57), cada pacote deve ser avaliado por cinco ou mais

critérios, sendo eles:

1. Necessidade: o pacote é essencial para que a empresa sobreviva no

curto prazo ou para que atenda algum tipo de exigência legal?

2. Importância Operacional: outras atividades dependem desse pacote?

3. Retorno Financeiro: qual a rentabilidade deste pacote, ou seja, qual a

relação entre o custo e o retorno deste pacote?

4. Importância Estratégica: este pacote contribui para que a empresa

atinja seus objetivos estratégicos?

5. Relação Custo/Benefício: este pacote adiciona muito valor e pouco

custo ou muito custo e pouco valor?

Este último critério corresponde também a uma das principais características

do OBZ. Segundo Padoveze e Taranto (2009, p.44) as principais características são:

 Análise do custo benefício de todos os projetos, processos e atividades

partindo do zero.
23

 Foco nos objetivos e nas metas das unidades de negócios cujos recursos são

conseqüência do caminho ou da direção planejada.

 Correta alocação de recursos com base no foco e nos fatores-chave do

negócio.

 Aprovação do nível de gastos com base em critérios previamente definidos

 Desenvolvimento da participação, com intensa comunicação entre as áreas.

 Fornecimento de subsídios para a tomada de decisão.

A participação dos indivíduos, no processo de elaboração dos orçamentos, é

um pré-requisito importante para o êxito na sua utilização. (SANVICENTE e

SANTOS, 2000). O bom desempenho do orçamento depende das pessoas

envolvidas. Neste sentido, Pyhrr apud Lunkes (2007) destaca que, no processo de

planejamento e controle, as solicitações de aporte devem ser justificadas pelos

gestores para posterior análise, avaliação e classificação de acordo com a

importância das etapas. Assim, ao utilizar um projeto orçamentário com as

dimensões do OBZ, deve-se considerar a importância dos controles,

acompanhamentos e principalmente, a importância do comprometimento das

pessoas.

Conforme cita Arantes (2006), o OBZ fornece elementos importantíssimos

para a continuidade da organização, entre eles:

 Informações relativas ao dinheiro necessário para se realizar os fins

desejados;

 Concentra-se nas quantias necessárias para os programas, e não no

aumento ou diminuição em relação ao ano anterior;


24

 Especifica prioridades dentro dos departamentos

 Maior senso de responsabilidade aos gestores por seus orçamentos e

pelas tarefas pelas quais se comprometeram para conseguir a

aprovação.

A metodologia do OBZ tem por objetivo analisar e identificar as alterações a

serem implementadas, ou seja, reavaliar os programas e despesas do ano (GOMES,

2000). Ao adotar o OBZ, como parte dos processos, as empresas são conduzidas a

novas abordagens e a novos métodos de trabalho, o que pode levar a obtenção de

melhor retorno dos resultados e melhora da qualidade nos gastos da empresa.

Lunkes (2007) cita como vantagens do Orçamento Base Zero:

 A possibilidade de implementação em organizações industriais,

comerciais e de serviços;

 Informações detalhadas;

 Chama a atenção para os excessos;

 Força os gestores a refletir e procurar melhorias.

Segundo SÁ (2009), o OBZ é um processo que se desenvolve com a

participação dos níveis inferiores da empresa de forma vantajosa, pois sendo

aprovado o orçamento, os responsáveis se sentem comprometidos por terem sido

eles os elaboradores.

Porém, há também desvantagens no OBZ, Padoveze (2009) destaca:

 Necessidade de mais tempo e esforço para o preparo;

 Análise de muitas informações em curto período;


25

 Resistência do pessoal de nível hierárquico mais baixo, que tende a

rejeitar as mudanças e defender a posição em que se encontram.

Para Lunkes (2003), a principal das desvantagens do OBZ é o tempo de

elaboração. Ele afirma que o OBZ é burocrático, utiliza de muitos papéis e inúmeros

controles em virtude de todos os gastos terem que ser justificados e aprovados.

Como cada quantia a ser gasta precisa ser justificada, o OBZ leva
mais tempo para ser elaborado, mas provavelmente conduz a um
melhor resultado. Ele leva a empreender revisões nas estimativas
básicas para todos os departamentos a cada ano evitando assim a
perpetuação das ineficiências. (LUNKES, 2003, p.75)

Contudo, um dos maiores desafios em se tratando de mudança de métodos

consiste em fazer com que as pessoas saiam da chamada “zona de conforto”.

Geralmente, as empresas sofrem resistência por parte dos empregados, pois mudar

a cultura de trabalho não é simples e às vezes se faz necessário mudar as pessoas

para que o método aconteça.

2.2 GMD (GESTÃO MATRICIAL DE DESPESAS)

Gestão Matricial de Despesas é uma metodologia de execução orçamentária

baseado no conceito de Controle Matricial.

Para Wanzuit (2009), o GMD é aplicado no meio empresarial e em Instituições

Governamentais e foi aplicado pela primeira vez na Ambev, no orçamento de 1999.

Após o sucesso, com uma economia de R$ 152 milhões, o método foi formalizado

pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial - INDG.


26

Wanzuit (2009, p. 36) conceitua o GMD como: “Um método de gerenciamento

orçamentário cruzado, baseado na análise parametrizada dos gastos operacionais

(despesas e custos fixos)”.

Para entendimento da metodologia é necessário esclarecer algumas

definições, tais como: variável de análise, pacotes e entidades.

Conforme conceitos atribuídos por Padoveze e Taranto (2009), variável de

análise é uma conta contábil ou grupo de contas homogêneas; pacotes são

agrupamentos de variáveis relacionadas ao mesmo tema e entidade é a unidade

organizacional ou centro de custos que possui um dono e um gestor.

Para Padoveze e Taranto (2009) O controle matricial é um dos conceitos mais

recentes de controle orçamentário. O interesse do GMD é oferecer desafios

compatíveis com o potencial de ganho de cada área, trazendo uma sistemática

eficaz de acompanhamento e controle de gastos.

O GMD não trata do corte de despesas, mas sim de melhor aproveitamento

dos recursos através das análises e reconhecimento das oportunidades. De acordo

com Padoveze e Taranto (2009), o GMD gera benefícios qualitativos para a

organização, entre eles:

 Conhecimento detalhado dos gastos;

 Avaliação de desempenho de cada área;

 Metas justas e desafiadoras;

 Melhoria da qualidade dos dados para a tomada de decisões;

 Mudanças/melhorias no processo de gestão dos recursos; e

 Elaboração de um orçamento que assegure o alcance da diretriz.


27

O Gerenciamento Matricial de Despesas, segundo SÁ (2009), é um método

de elaboração e de controle orçamentário baseado em três princípios:

1. Controle cruzado: despesas orçadas e controladas por duas pessoas, o

gerente da entidade e o gerente do pacote;

2. O desdobramento dos gastos: todos os gastos devem ser decompostos

desde a hierarquia orçamentária até os centros de custos;

3. O acompanhamento: gastos acompanhados e comparados com as metas.

Qualquer desvio deve ser objeto de ação corretiva.

Para Sá, o planejamento orçamentário e o controle consistem,

respectivamente, em definir metas orçamentárias, com base nas análises feitas

pelos gestores de pacotes e acompanhar os gastos para auditoria dos desvios. Ele

afirma que o planejamento orçamentário associado ao GMD é composto em cinco

fases:

 Estruturação da matriz: pacotes, entidades e gestores definidos;

 Coleta de dados: gastos analisados pelos gestores dos pacotes

 Definição de metas: identificados os principais fornecedores, analisados os

contratos de fornecimento para estabelecer metas de preço;

 Negociação: metas negociadas e validadas para definição dos padrões de

redução de custos;

 Consolidação: metas divulgadas e plano de ação elaborados.

O gerenciamento possui aspectos positivos e negativos, conforme o quadro a

seguir:
28

Vantagens e desvantagens do modelo, segundo os executivos


Vantagens Desvantagens
Como mais pessoas participam das decisões,
Como mais pessoas participam das decisões,
as aprovações são mais lentas e os projetos
o risco de erros pode ser menor
atrasam

Os executivos da subsidiária têm a


É necessário lidar com chefes que têm
oportunidade de conhecer a cultura de outro
culturas, idéias e personalidades diferentes
país

Existe a possibilidade de aprender com mais Mais poder na matriz significa menos poder
de um chefe para o presidente local

É possível ter acesso aos recursos e às A subsidiária tende a ficar à margem das
práticas da matriz decisões importantes

Figura 3: Os dois lados do gerenciamento matricial

Fonte: Padoveze e Taranto, 2009, p.66


29

3. METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada numa indústria de materiais esportivos, denominada

de “Galeria do Esporte S.A.”.

A pesquisa teve caráter descritivo e documental. Neste sentido, Vergara

(1998, p.45) diz que

A pesquisa descritiva expõe características de determinada


população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer
correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem
compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva
de base para tal explicação.

Sobre o caráter documental, Vergara (1998, p.46) diz ainda que

Investigação documental é a realizada em documentos conservados


no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou
com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios,
memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes,
microfilmes, fotografias, vídeo - tape, informações em disquete,
diários, cartas pessoais e outros.

A pesquisa bibliográfica, com fontes secundárias, foi utilizada para realizar o

estudo de caso que foi fundamentado. Gil (1991, p.48) afirma que “A pesquisa

bibliográfica é desenvolvida de material já elaborado, constituído principalmente de

livros e artigos científicos.” Quanto ao estudo de caso, Gil (1991, p.58) diz que “O

estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de

poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento.”

A técnica utilizada para coletar os dados foi a observação participante.

Vergara (1998, p.52) cita que: “A observação pode ser simples ou participante. [...]
30

Na observação participante, você já está engajado ou se engaja na vida do grupo ou

na situação; é um ator ou um espectador interativo...”.

Para Roesch (1999), a observação participante ocorre quando o pesquisador

tem permissão para realizar sua pesquisa na empresa e todos têm conhecimento

disso.

A abordagem dos dados é classificada como qualitativa, pois foram coletados

os materiais da empresa para posterior análise. De acordo com Vergara (1998, p.57)

“Os dados podem ser tratados de forma qualitativa como, por exemplo, codificando-

o, apresentando-os de forma mais estruturada e analisando-os.”.

Segundo Roesch (1999, p. 168), na pesquisa de caráter qualitativo

O pesquisador, ao encerrar sua coleta de dados, se depara com uma


quantidade imensa de notas de pesquisa ou de depoimentos, que se
materializam na forma de textos, os quais terá de organizar para
depois interpretar.

A partir dessa análise, foi feita uma avaliação dos resultados auferidos a

respeito do OBZ e do GMD a fim de alcançar o aprofundamento do conhecimento

em relação a essas metodologias.


31

4. IMPLEMENTAÇÃO DO OBZ NA GALERIA DO ESPORTE S.A.

A empresa Galeria do Esporte S.A é composta por 4 diretorias: Diretoria


Administrativa/Financeira, Diretoria Comercial/Marketing, Diretoria Industrial,
Diretoria Internacional/PeD e por 160 centros de custos.
As fases do processo de formação do OBZ são descritas a seguir.

4.1 FASES DO PROGRAMA

As fases da implementação do OBZ na Galeria do Esporte S.A. são

demonstradas passo a passo, a seguir.

Este programa teve como primeira etapa, a preparação e capacitação dos

envolvidos, uma medida conveniente por se tratar da adoção de uma nova

metodologia.

4.1.1 Preparação e Capacitação

Foi formada uma equipe multidisciplinar para a definição e validação das

diretrizes do orçamento. Esta equipe ficou denominada como “equipe OBZ” e foi

composta por colaboradores de todas as áreas envolvidas, tais como: Controladoria,

Planejamento, RH, Industrial, Comercial/Marketing, TI, Supply, Logística,

Internacional dentre outras.


32

Mudar a cultura de uma empresa, em relação a sua gestão, não é simples. As

pessoas precisam se sentir capacitadas para executar a mudança, com o menor

transtorno possível, principalmente, quando se fala de uma empresa com um

expressivo número de empregados. Neste tipo de situação, a tendência é de que

alguns projetem uma resistência ao novo processo. A fim de diminuir este impacto,

para capacitar os participantes, algumas medidas foram tomadas, tais como:

 Apresentação de um workshop que enfatizou a importância da

participação e do comprometimento do gestor no processo

orçamentário;

 Exposição dos conceitos da metodologia do OBZ;

 Apresentação da ferramenta e suas funcionalidades;

 Aplicação de exercícios práticos para assimilar os conceitos de Limiar e

Incremento com perguntas e respostas que sustentam o orçamento;

 Simulação da montagem da torre e aprovação.

Todas as medidas foram executadas com base no plano de contas da

empresa e no plano de centros de custos.

4.1.2 Estruturação das UR`S (Unidade de Responsabilidade)

As Unidades de Responsabilidades são definidas pelas seguintes

características:

 Serem determinadas com base no Organograma do Corporativo;

 Representarem um único centro de custo ou uma consolidação de centros de

custos;
33

 Demonstrarem valores significativos de recursos financeiros ou humanos;

 Ter um gestor (responsável).

Nesta etapa de estruturação das UR`s, foram analisadas as demandas vindas

das Unidades de Negócio para definição do “Limiar”, estrutura mínima absoluta para

atender às demandas. Houve uma avaliação do custo/benefício dos processos

incrementais, uma análise das atividades recorrentes e os recursos necessários para

o desempenho delas. A partir das informações colhidas, os gestores alocaram todos

os recursos (físicos e financeiros) necessários ao atendimento dessas demandas.

O OBZ enfatiza as atividades e processos, como início dos trabalhos para

compor o orçamento. Em função disso, todos da empresa tiveram que fazer um

mapeamento das atividades que exerciam, projetando a estimativa de tempo para

realizar cada uma, para quem a atividade era exercida, como e qual era a

periodicidade. Este levantamento teve duas finalidades importantes: a primeira foi a

de proporcionar aos gestores o profundo conhecimento dos processos que estavam

sendo executados no contexto atual de forma a avaliar e propor as mudanças

necessárias para o melhor desempenho e, como segunda finalidade, o levantamento

trouxe subsídio para valoração das atividades de acordo com o salário de cada

colaborador e a hora/homem disposta por tarefa. Com isso, tornou-se possível

perceber quais eram os processos mais dispendiosos e a partir daí efetuar uma

análise de custo/benefício.

A identificação de todos os macroprocessos foi o primeiro trabalho que

envolveu todos da companhia, assim como a identificação das atividades como

sendo limiares ou incrementais, principalmente nesta empresa composta de vários

processos de produção. A análise foi feita detalhadamente, por isso exigiu muito

esforço e dedicação. Neste sentido, para facilitar o entendimento foi aplicado um


34

questionário para cada UR onde os gestores tinham que responder a quatro

questões, sendo elas:

1. Qual a missão da Unidade de Responsabilidade?

2. Quais as atividades e recursos da UR atualmente?

3. Qual o nível mínimo de atividades (Limiar)?

4. Por que as atividades do nível limiar são essenciais? Quais conceitos

de racionalização são utilizados?

Para os responsáveis responderem a primeira pergunta, outras questões

ajudaram a entendê-la, como: por que a UR existe? A quem ela serve? Qual a

contribuição da UR para a lucratividade da empresa? A UR foca em resultados

globais desejados ou em processos e atividades?

Exemplo de resposta da UR (Controladoria Legal/Fiscal) quanto a sua

missão:

Garantir a qualidade das informações e atos administrativos que


estejam de acordo com os padrões de contabilidade regulados pelos
órgãos competentes, afastando riscos tributários e/ou contábeis que
envolvem as atividades da empresa, bem como fornecer dados
confiáveis para a tomada de decisão. (GALERIA DO ESPORTE S.A.,
2010).

Em resposta a segunda pergunta, ou seja, qual a atividade e recurso da UR

atualmente, foi feita uma análise profunda das atividades da atual estrutura em

ordem lógica do atual fluxo de trabalho.

Para eleger o nível mínimo, os gestores identificaram o nível mínimo absoluto,

demonstrando os impactos em termos legais e/ou operacionais no curto/médio

prazo, sempre com a idéia de “construir” a Unidade e não de “consertar” a atual. Nos

momentos em que surgiu a dificuldade em identificar o nível mínimo absoluto, foi

conveniente questionar se a empresa sobrevive sem esta atividade.


35

A última pergunta foi respondida com base na verificação da conformidade

das atividades com os regulamentos governamentais, verificação dos programas

vitais para a empresa, do nível de sobrevivência e manutenção da UR, explicando o

porquê da sua essencialidade, demonstrando os conceitos utilizados para formatar o

limiar e descrevendo os principais problemas em operar apenas com o limiar.

Os incrementos são tratados como atividades que agregam valor aos serviços

e/ou atividades, mas não são menos importantes do que as atividades limiares. Uma

empresa que não incrementa o seu processo, não consegue melhorar a qualidade

de suas informações. Exemplo: o próprio controle orçamentário foi um

macroprocesso classificado como um incremento, pois não é exigido por Lei a

execução desta tarefa. Ela é feita para gerenciar e acompanhar o andamento dos

gastos da empresa.

Em função do questionamento dos incrementos, os gestores verificaram o

custo/beneficio de cada um, descrito de forma detalhada e os objetivos que fizeram

parte desse nível incremental com todos os recursos humanos e físicos que seriam

necessários. Mas a pergunta reside em saber por que este incremento deve ser

aprovado? Como resposta, foram enfatizados os benefícios (qualitativos e

quantitativos) que a empresa terá com este incremento e os recursos alocados ao

mesmo, bem como os riscos e oportunidades associados pela não aprovação.

Foram demonstrados o alinhamento desse incremento com a estratégia e os

objetivos da empresa.

O incremento necessita ser bem fundamentado para o processo de votação

da Torre de Prioridade, ou seja, ele deve ser “bem vendido” pelo gestor.

Ver questionários do limiar e incremento, com respostas completas nos

anexos A,B,C,D,E e F.
36

Para consolidar o orçamento de resultados das UR`s deve-se somar o limiar

mais o incremento. Cada UR agrupou seu orçamento, segregando esses dois

conceitos, formando uma torre de prioridades, conforme modelo abaixo:

Torre de
Incremento N
Incrementos

Incremento N Incremento 3

Limiar
+ Incremento
Incremento3
= Incremento
Orçamento2 Orçamento
Consolidado

Incremento 2 Incremento 1

Incremento 1 Limiar

Despesas = X

Figura 4: Elaboração do orçamento

Fonte: Galeria do Esporte S.A., 2010

O próximo passo foi o alinhamento dessa torre com os diretores.

4.1.3 Revisão

A terceira fase foi caracterizada pela revisão onde cada gestor da UR

submeteu sua torre de prioridades e seu orçamento ao seu diretor.

Os seguintes aspectos foram analisados:

 Revisão das questões do Limiar e a consistência que foi dada no

tratamento;

 Checagem do alinhamento do trabalho com a estratégia de negócios;


37

 Revisão dos dados financeiros;

 Checagem de compatibilidade com unidades de responsabilidade

correlatas;

 Confirmação da prioridade dos Incrementos;

 Discussão e avaliação do custo / benefício de cada Incremento.

Nesta fase do processo de formação do OBZ, tem-se a primeira oportunidade

de mudança, sugerindo novas atividades ou eliminando aquelas que não agregam

valor nenhum.

4.1.4 Formação das Torres de Prioridades

O ranking para a formação das torres foi bastante participativo e aconteceu

em dois momentos: o primeiro com a própria diretoria responsável pela UR e o

segundo com todas as diretorias. Cada diretoria teve sua torre de incrementos

construída a partir da priorização dos incrementos orçados de suas UR´s.

Participaram da reunião todos os gestores de UR e o diretor administrativo

financeiro, responsável pelo OBZ. Primeiramente, foram aprovados os Limiares de

cada UR e os incrementos foram priorizados por meio de votação entre os próprios

gestores de URs que tinham que chegar a um consenso entre eles. Nos casos de

empate entre dois incrementos o voto de minerva foi do diretor.

Para a formação da torre da empresa, houve primeiramente uma

consolidação do Limiar e depois seguidas rodadas de negociação de incremento,

como na figura a seguir:


38

DC3 4ª rodada de negociação Incremento aprovado


Feiras /Eventos de Incremento Plan. Tributário
Plan. Tributário ISO 9000

3ª rodada de negociação Incremento aprovado

Plan. Tributário ISO 9000 de Incremento Publicidade


Publicidade

2ª rodada de negociação Incremento aprovado


Plan. Tributário de Incremento Conv. Vendas
Conv. Vendas ISO 9000

1ª rodada de negociação Incremento aprovado

Plan. Tributário Conv. Vendas Programa 5S de Incremento Programa 5S

Limiar
Limiar Limiar Limiar
Consolidado

UR UR UR
Diretoria Diretoria Diretoria
Financeira Comercial Industrial

Figura 5: Formação da torre de prioridades

Fonte: Galeria do Esporte S.A., 2010

O produto final desta fase foi chegar na torre consolidada da empresa:

Incremento
N
Baixa
Incremento Prioridade
DF2
Incremento
DI3
DI3 Incremento Zona
DC1 Cinzenta
DF2 DC2 DI2 Incremento
DF1
DF1 DC1 DI1 Incremento
DI2
Limiar Limiar Limiar Incremento Alta
DI1 Prioridade
UR UR UR
Diretoria Financeira Diretoria Comercial Diretoria Industrial Limiar

Figura 6: A torre final de prioridades

Fonte: Galeria do Esporte S.A., 2010


39

4.1.5 Aprovação

Nesta última fase, aconteceu a aprovação final da diretoria junto à presidência

e a superintendência. Neste momento, comparou-se o orçamento consolidado com a

meta proposta, efetuou os ajustes necessários para alinhar as metas e a

identificação dos níveis de prioridade numa eventual necessidade de futuros ajustes,

conforme a figura:

Incremento AJUSTE
N Meta Proposta
Incremento Incremento
3 3
Incremento Incremento
2 2
META
Incremento Incremento
1 1
Limiar Limiar

Despesas = X = Despesas = X

Figura 7: Nível de aprovação final

Fonte: Galeria do Esporte S.A., 2010

Foi a primeira vez que se analisou o orçamento pelos processos ao invés de

analisar por contas e com isso a empresa Galeria do Esporte S.A. conseguiu com

maior clareza alocar os recursos nos processos que são importantes para os

objetivos estratégicos da empresa.


40

Vale ressaltar que a utilização da metodologia faz com que se houver

necessidade de corte, este não aconteça de forma generalizada.

4.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS - OBZ

A principal característica da metodologia de OBZ é a avaliação aprofundada

da necessidade de recursos por parte das várias áreas da empresa para atingir um

resultado econômico esperado. O que se espera é uma avaliação que evite

desperdícios, identifique oportunidades de redução que no final se transformam em

um nível de gastos menor do que o que seria orçado se não estivesse utilizando

uma metodologia específica. Mas o principal produto desta nova metodologia é a

associação destes gastos aos diversos macroprocessos da empresa e a discussão

do seu alinhamento com a estratégia de negócios da organização atribuindo níveis

de prioridade através da formação da Torre de Incrementos.

Em uma construção de orçamento tradicional, com base em histórico, é

comum que, se em uma primeira previsão de resultado com base no Budget, o

resultado final de lucro não seja alcançado, haja uma determinação de cima para

baixo de corte nas despesas orçadas com um valor ou percentual pré-determinado

que permita a empresa alcançar o resultado final de lucro orçado esperado.

Normalmente a distribuição desta meta de redução por áreas ou tipo de despesas

também não segue um critério embasado, utiliza-se muitas vezes participação no

total das despesas ou a proporcionalidade do ano anterior, entre outros critérios.

A adoção destes critérios pode provocar dois tipos de situações. Se a

empresa for do tipo que tem uma grande disciplina no controle dos gastos orçados x

realizados, o total de gastos realizados pode atingir a meta estabelecida em


41

orçamento, mas podem ser cortados gastos essenciais ao negócio e este corte pode

resultar em problemas na operação e não atendimento de outros indicadores ou

mesmo resultados econômicos. Exemplo: se existe na empresa uma necessidade de

investimento em pesquisa como um fator crítico de sucesso para o seu negócio, o

corte de parte dos gastos que deveriam ser investidos em pesquisa pode provocar o

enfraquecimento do portfólio de produtos com conseqüências em suas vendas

presentes e futuras. O outro tipo de situação é quando a empresa não tem uma

disciplina de controle de gastos orçados x realizados e no momento do orçamento

alguns gastos importantes são cortados para atender o que foi pré-determinado pela

alta direção como meta geral de corte para todas as áreas, mas no decorrer do ano

estes gastos são na prática realizados comprometendo o valor total de despesas

previstas para a empresa atingir um determinado nível de atividades, por não ter

avaliado antes, no momento do orçamento, outras oportunidade de redução em

outras áreas e tipos de gastos, que entregaram sua meta de redução mas poderiam

ter entregue mais. Ou poderia ter havido um consenso naquele momento que não

havia mesmo como atingir toda a meta de redução proposta pela alta direção da

empresa e não haveria uma criação de falsas expectativas tanto para a direção

quanto para os sócios ou acionistas.

A Galeria do Esporte utilizou a metodologia de OBZ pela primeira vez em

2009 para o orçamento de 2010. Na formação do Budget de Receitas foi projetado

um crescimento de faturamento com base em várias mudanças estruturais em

marketing e produto. Esta projeção de crescimento gerou na alta direção da

empresa uma expectativa de resultado final orçado muito maior que os anos

anteriores. Foi estabelecida uma meta de 10% de resultado operacional e no

momento que se consolidou o orçamento de Receitas, Custos Variáveis e Despesas,


42

verificou-se que este resultado não seria atingido. Para ser atingido deveria haver

corte nos gastos orçados.

O primeiro passo foi a adoção de uma abordagem tradicional de redução de

despesas, ou seja, foi solicitado aos gestores que analisassem se não havia nada

que pudesse ser cortado de gastos nos diversos recursos associados aos seus

macroprocessos. Somente com esta abordagem não foi possível conseguir chegar

nem perto do nível de gastos que seria necessário para atingir o resultado.

O segundo passo foi então a adoção da análise crítica dos macroprocessos

da empresa e para isto a empresa contou pela primeira vez com uma ferramenta

apropriada: a Torre de Incrementos gerado pelo OBZ. Com a formação da torre de

prioridades já definida por consenso na Diretoria, foi muito mais simples para a

empresa saber por onde começaria a cortar gastos: cortando os macroprocessos

definidos como menos prioritários nas torres, todos os gastos associados a eles

foram conseqüentemente cortados.

Um outro aspecto importante na adoção desta ferramenta foi que a empresa

chegou a conclusão que era impossível cortar todos os macroprocessos definidos na

torre de incrementos em ordem de menos prioritário para o mais prioritário até

chegar no nível de gastos pré-determinado pela alta direção, sem que a operação

ficasse altamente prejudicada. Assim chegou-se a conclusão que a meta de

resultado de 10% era fora da realidade e do contexto que a empresa estava inserida

e também desalinhada com a sua estratégia. Isso só foi possível por existir uma

metodologia clara que fundamentou esta argumentação.

Se comparados os níveis de gastos orçados via OBZ, que são todas as

despesas menos as despesas de folha de pagamento e Depreciação para 2010 com

as mesmas despesas realizadas em 2009 teremos o seguinte quadro:


43

DESPESAS REALIZADAS – 2009 29.940.471,86


DESPESAS ORÇADAS – 2010 36.510.117,26
VARIAÇÃO 6.569.645,40
VAR % 21,9%
Tabela 1: Resultado OBZ na Galeria do Esporte S.A.

Fonte: Elaborado pela autora, 2010

Quando comparados estes números sem uma análise crítica de como ele foi

construído, há uma impressão que a empresa obteve resultados ruins com a adoção

do OBZ, uma vez que o nível de gastos subiu mais de 20% em relação ao ano

anterior. Porém, mesmo para este nível de gastos houve uma redução em relação

ao primeiro número orçado e com a adoção da Torre foram preservados os

aumentos de gastos tidos como estratégicos para empresa, principalmente os

gastos em Marketing e P&D.

5. METODOLOGIA GMD NA EMPRESA

O GMD, Gestão Matricial de Despesas foi implementado na Galeria do

Esporte S.A. desde o ano de 2007, com auxilio de uma Consultoria Externa com

larga experiência na implementação desta metodologia. Ao adotar este tipo de

gerenciamento, a organização propôs impactos na cultura orçamentária de forma a

alcançar os resultados esperados já estabelecidos no orçamento. Com o passar dos

anos, o GMD perdeu a sua força e em 2010 ele foi reimplementado, na Galeria do

Esporte. As principais alterações em relação a 2009 estão no quadro a seguir:


44

2009 2010
• Gestão centralizada com os • Gestão matricial com Gestores de
gestores de pacote corporativo; Pacotes e gestores de contas
Corporativos e de Unidades;

• Gestão dos gastos sem distinção de • Gestão dos gastos divididos em três
despesas, custos e outros; grupos: Dedução de receitas,
Despesas Operacionais e Despesas
Financeiras;

• Meta: 2% de redução com base no • Meta: cumprimento do orçamento.


orçado.

Figura 8: GMD 2009 x GMD 2010

Fonte: Elaborado pela autora, 2010.

Em 2010, a gestão matricial abrangeu não somente os gestores de pacotes

corporativos e a meta passou a ser o cumprimento do orçamento, um desafio para a

empresa já que os valores orçados foram formados com critérios baseados no OBZ.

Outra inovação que a Galeria do Esporte implementou foi a gestão cruzada,

consistindo em escolher gestores de áreas que não têm relação com o tipo de

gastos dos pacotes para o qual foram escolhidos como gestores. Exemplo: O gestor

escolhido para acompanhar o pacote jurídico, composto pelas contas contábeis

relacionadas a processos judiciais foi o Gerente de Recursos Humanos. Por sua vez,

o Gerente Jurídico foi nomeado para cuidar do pacote de gastos com pessoal.

Há dois objetivos nesta gestão cruzada, o primeiro é desenvolver nos

gestores da empresa uma visão sistêmica, abrangente e interdisciplinar, uma vez

que é necessário entender da outra área a realizar esta gestão. O segundo objetivo

é evitar a análise viciada que um gestor pode ter quando trata-se da sua própria

área de atuação, ou seja, com isso se busca que haja maiores questionamentos na

análises das variações das despesas realizadas em relação as orçadas.


45

O GMD é formado pelos gestores que analisam as despesas do ponto de

vista horizontal e gestores que analisam as despesas do ponto de vista vertical. Os

primeiros acompanham os gastos da empresa sem focar nos departamentos, é a

visão por pacote. O pacote tem o seu gestor e dentro do pacote existem várias

contas e cada conta tem o seu gestor. Na parte vertical da matriz, encontram-se os

gestores por centros de custos, estes fazem o acompanhamento com o enfoque nos

gastos do seu departamento. Há uma relação entre gestores de pacotes e centros

de custos. A esta relação denomina-se de Gestão Matricial.

5.1 A ESTRUTURA DO GMD 2010

A Galeria do Esporte tem quatro unidades em cidades diferentes, com vários

centros de custos em cada unidade. Para haver mais pessoas envolvidas no

processo de GMD, foi criado em 2010 uma nova subdivisão: a unidade. Com isso,

surgiram duas novas figuras: o gestor de pacote na unidade e o gestor de conta na

unidade passando a ter quatro responsáveis pela prestação de contas. O quadro a

seguir representa essa nova divisão da Estrutura do GMD na Galeria do Esporte

S.A. em 2010:
46

Gestores Corporativos Gestores de Pacotes nas Unidades

Unid.
Pacote/ Contas Total Unid. 1 Unid. 2 Unid. 3 Unid. 4
Corp.

03 – Administrativo R$ 750,00 R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 150,00

41203001 BENS PEQUENO VALOR R$ 50,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00
Gestor de Pacotes

41209001 DESPESAS C/COPA R$ 100,00 R$ 20,00 R$ 20,00 R$ 20,00 R$ 20,00 R$ 20,00


Gestor de Contas

41215001 JORNAIS, REVISTAS E LIVROS R$ 175,00 R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 35,00

41219001 MANUT. EQUIP.ESCRITORIO R$ 50,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00

41223001 MATERIAL DE EXPEDIENTE R$ 75,00 R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 15,00

41228001 SERVICOS DE SEGURANCA R$ 125,00 R$ 25,00 R$ 25,00 R$ 25,00 R$ 25,00 R$ 25,00

41229001 SERVICOS TERCEIROS R$ 175,00 R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 35,00 R$ 35,00

41230002 SERVIÇOS TERC- OUTROS R$ 50,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 10,00

Observação: Os valores apresentados são fictícios


Gestores de Contas
nas Unidades

Figura 9: Exemplo de gestão matricial

Fonte: Galeria do Esporte S.A., 2010

No exemplo acima, na Unidade 1, há um gestor responsável pela conta de

bens de pequeno valor que está contido no pacote Administrativo. (Ver todos os

pacotes com as correspondentes contas no anexo G). Este gestor é responsável

pelo orçamento de R$ 10,00 que esta conta dispõe nesta Unidade. Há também na

Unidade 1, um gestor responsável por todas as contas deste pacote. A

responsabilidade deste gestor é de controlar o orçamento de R$ 150,00 que é a

soma dos orçamentos de todas as contas que compõem o orçamento total do pacote

Administrativo na Unidade 1. No plano corporativo, o gestor da conta de bens de

pequeno valor, por exemplo, é responsável pelo orçamento de R$ 50,00

correspondente a soma do orçamento desta conta em todas as Unidades da

empresa. E por fim, há o gestor de pacote corporativo, responsável pelo orçamento


47

de R$ 750,00 que é a soma dos totais dos pacotes de cada Unidade ou a soma do

total orçado para cada conta que compõe o pacote dentro da empresa.

A estrutura do GMD está demonstrada conforme cronograma abaixo:

Controladoria
Gerencial

Gerentes /
Gerentes Gestor de Pacote Gestor de Pacote Coordenadores
Corporativo Unidades / Supervisores

Coordenadores Gestor de contas Gestor de contas Analistas/


/ Analistas Corporativo Unidades
Assistentes

Todos os centros de Todos os centros de


custos da Galeria custos - Unidades
do Esporte S.A.

Figura 10: Estrutura do GMD 2010

Fonte: Galeria do Esporte S.A., 2010

5.2 A GESTÃO DO GMD

A palavra gestão remete à responsabilidade. A metodologia GMD ou qualquer

outra se torna eficiente, quando as pessoas comprometem-se com a proposta

designada.

Na Galeria do Esporte S.A., as responsabilidades estão definidas por

gestores. Os gestores de pacotes são responsáveis pelo acompanhamento,

direcionamento dos PDCA`s (Plan, Do, Check, Action), remoção dos obstáculos e
48

reunião de trabalho com os gestores de contas. Em se tratando dos gestores de

contas, estes são responsáveis pelo acompanhamento semanal dos gastos e

análises por centros de custos.

O ciclo PDCA é uma metodologia utilizada para identificação e solução de

problema, uma peça também implementada pela mesma Consultoria que implantou

o GMD. Quando em meio aos problemas, o método PDCA – Planeja, Executa,

Verifica e Age – com a necessidade de evoluir e promover as melhorias nos pontos

fracos detectados. O PDCA é importante não só para os gestores de pacotes, mas

para todos que fazem parte do sistema.

Os gestores corporativos têm a importante responsabilidade de fazerem a

análise de Benchmarking, ou seja, aplicar nas demais unidades as práticas que vêm

dando resultados em outras unidades. Também têm a responsabilidade de pensar

em ganhos de escala e sinergia nas contas que estão sob o seu controle. Além

disso, eles validam as atas de reunião e planos de ação das Unidades, além de

aprovarem as solicitações de estouro de orçamento dos gestores de centros de

custos.

O fluxo de informações para gestão do GMD está contido no quadro a seguir:


49

Semanal
• Análises orçado x
realizado
Correção das Apropriações
Envio das Gestores • Análises das alterações corretas e
Control. apropriações apropriações Control das
realizadas Pacotes Gerencial gestão
Gerencial e Contas • Solicitações e apropriações
atualizadas acompanhamento preventiva de
das correções solicitadas
gastos
necessárias

Mensal

Análise e consolidação Fechamento de


Atualização e dos PDCAs resultados
envio dos Consolidação das Reuniões
Gestores PDCAs
Consolidação das
Gestão de evidências de gestão Control informações e de
Pacotes Processos Gerencial análises
e Contas Envio das Apuração e envio dos resultado
evidências de itens de controle e do Elaboração da
Gestão Ranking a pauta e da
Controladoria apres.da reunião

Figura 11: Responsabilidades por gestão

Fonte: Galeria do Esporte S.A., 2010

Para o ano de 2010, o GMD remodelou também toda sua dinâmica de

reuniões. As reuniões passaram a ter o foco voltado para a solução de problemas e

tendência dos resultados para realização de ações preventivas e tomada de

decisões. Em 2009, a reunião do GMD era com todos os gestores de pacote

corporativos, Diretores, Superintendentes e Presidente. Os resultados de todos os

pacotes eram apresentados em detalhes, consumindo muitas horas de reunião e

sobrava pouco tempo para discussão de ações de impacto para redução de

despesas.

Em 2010 utilizou-se a matriz de impactos e desvio orçado para definição do

foco das reuniões. Essa matriz está contida na figura a seguir:


50

Impacto Reunião Mensal (Corporativo):


 Diretores
Gestor de  Controller
Diretoria  Gestores Pacotes Corporativos (críticos)
Pacote *
 Convidados
Reunião Mensal (Corporativo):
 Controller
 Todos os Gestores Pacotes Corp.
 Convidados
Gestor de Gestor de Reunião de Trabalho (Corp. x Unid.):
Contas Pacote *  Gestores de Pacotes
 Gestores de Contas

Desvio Orçado

* As reuniões com os Gestores de Pacotes Corporativos abordam todos os pacotes,


porém com enfoque nos mais críticos

Figura 12: Foco das reuniões GMD

Fonte: Galeria do Esporte S.A., 2010

Os desvios percentuais baixos e de pouco impacto no resultado da empresa

passaram a ser tratados em reuniões de trabalho, envolvendo apenas os gestores

de pacotes e de contas. Os desvios percentuais baixos, porém, com impacto

relevante no resultado da empresa e os desvios percentuais altos com pouco

impacto no resultado passaram a ser tratados na reunião mensal de prestação de

contas para a Controladoria. Nesta reunião, os gestores de pacotes corporativos

podem convidar os gestores que julguem necessário para justificativas e

apresentação de plano de ação dos desvios de sua responsabilidade. Por último, os

desvios percentuais altos e de alto impacto para os resultados da empresa

passaram a ser discutidos na reunião mensal de prestação de contas para a

Diretoria.
51

5.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS - GMD

Com o orçamento de 2010 construído, a partir de uma metodologia específica

que foi o OBZ, ao invés de se basear apenas em um histórico, o controle matricial de

gastos pela metodologia do GMD passou a dispor de mais detalhamento de como os

gastos foram construídos e com isso houve um ganho na relação matricial entre os

gestores de área e gestores de Pacote no sentido de haver total transparência na

origem e detalhamento dos números orçados.

Uma das primeiras medidas tomadas na reimplantação da metodologia do

GMD foi a mudança na principal meta. Se antes havia um % de redução de

despesas pré-determinada para os gestores de Pacote, para 2010 a meta foi

alterada. Partindo da premissa de que o orçamento foi construído com bastante

embasamento e detalhamento possibilitado pela adoção da metodologia OBZ, não

fazia sentido que se já se buscasse uma meta % de redução. Se isto fosse

determinado, era como se não se acreditasse que o orçamento foi de fato embasado

e com todos os desperdícios eliminados. A meta passou a ser então atingir o total de

gastos orçados, não deixando ultrapassá-los.

Analisando o período objeto do trabalho, janeiro à setembro do ano corrente,

temos os seguintes resultados:

ORÇADO 28.898.761,30
REALIZADO 28.425.539,78
VARIAÇÃO - 473.221,51
VAR % -1,6%
Tabela 2: Resultado GMD na Galeria do Esporte S.A.

Fonte: Elaborado pela autora, 2010


52

Nos anos anteriores, a redução entre o orçado e o realizado foi muito maior.

Em 2009, por exemplo, foi de 5%. Em 2010 até o momento, foi de 1,6%. Esta

redução gradual obtida contra o orçamento é normal em outras empresas que

adotam a metodologia do GMD pelo fato de que com o passar do tempo e adoção

de várias ações no sentido de reduzir despesas, as oportunidades de redução e

focos de oportunidade vão sendo reduzidas naturalmente, pois as ações mais

efetivas já ocorreram e já registraram o seu resultado.

Em uma empresa que adotou a metodologia de OBZ para construção do seu

orçamento de Despesas, estas oportunidades de redução com o GMD são ainda

menores, pois boa parte delas já foi explorada na construção do orçamento pelas

próprias áreas.

Porém estas oportunidades ainda existem, principalmente por causa da

relação matricial de gastos que permite contribuição do gestor do Pacote de contas.

Esta contribuição pode ocorrer tanto em enxergar algo que o próprio gestor da área

não enxergou na construção do orçamento ou em sugerir a adoção das melhores

práticas adotadas em outras áreas da empresa, em contas dentro do próprio Pacote,

para as demais áreas.

Na Galeria do Esporte, a reimplantação da metodologia GMD juntamente com

a adoção da metodologia do OBZ para a construção do orçamento de despesas

reforçou a cultura de disciplina de controle dos gastos realizados com relação aos

gastos orçados e a busca constante de oportunidades de redução que são

realizadas com o auxílio de metodologias de gestão como o PDCA, tanto pelos

gestores de Pacote Corporativo e Pacote na Unidade quanto pelos gestores de

Contas em nível corporativo e contas no nível de unidade.


53

O resultado alcançado de redução, mesmo que percentualmente não seja

grande, é muito relevante para a empresa principalmente por ter sido o primeiro ano

de implantação do OBZ e por isso existia a possibilidade de erros que dificultariam o

alcance da meta de realizar os gastos no nível orçado. A metodologia GMD cumpriu

a sua função na gestão orçamentária da Galeria do Esporte que é cuidar da

execução do orçamento para atingir o resultado esperado e ainda reduzir o nível de

gastos.
54

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É delegando responsabilidades e exigindo maior comprometimento de todos

que o OBZ atua nas organizações. Nesta metodologia, a capacidade intelectual e

analítica dos colaboradores são colocadas a prova, a todo instante. Afinal, justificar

cada despesa, conhecer as origens delas, entender os processos e atividades,

estabelecer metas são tarefas marcadas caracteristicamente pela complexidade.

A implantação do OBZ na Galeria do Esporte S.A. provocou mudanças

importantes na gestão, resultando em um verdadeiro choque de culturas. Pessoas

diferentes, cada uma com idéias e pensamentos próprios tiveram que se alinhar e

trabalhar em conjunto, cooperando e associando seus conhecimentos. Vale ressaltar

que não existe um modelo de OBZ definido para cada empresa. O processo de

adaptação ocorre de maneira customizada, onde as empresas dão as características

próprias do seu ambiente.

No OBZ, a companhia estudada foi submetida a cumprir todos os importantes

processos definidos para o ano. Os gestores fizeram um pacto de responsabilidade

quanto ao cumprimento dos valores que foram orçados por eles mesmos, em

consonância com os objetivos traçados. Em um orçamento de base histórica,

cumprir com essa responsabilidade, nem sempre é possível, devido um ano não ser
55

igual ao outro, implicando na possibilidade de ocorrerem situações novas que não

foram consideradas no orçamento, como por exemplo, o lançamento de novos

produtos. Isso não significa que no OBZ, não possa ocorrer novas situações, mas

como não foi um orçamento construído com base no ano anterior, a tendência de

isso acontecer é mais remota, já que no momento da construção do orçamento,

todos os valores foram traçados considerando os objetivos estratégicos.

O corte de despesas é uma medida temida por todos quando se trata em

reduzir custos para otimização de lucros. Neste ponto, a implantação do OBZ na

Galeria do Esporte forneceu subsídios suficientes para a companhia efetuar o corte

da forma mais justa possível, ou seja, cortar de setores que não atingiram as metas.

Assim, outros setores não são prejudicados como costuma acontecer nos

orçamentos históricos. Outro fator importante para a organização, propiciado pelo

OBZ foi a valoração das atividades da empresa que resultou no conhecimento dos

processos mais dispendiosos, e ainda, foi possível avaliar o custo/benefício,

analisando as atividades que agregam ou não valor, além da melhor alocação entre

os colaboradores, resultando no desempenho mais eficaz.

A cultura de controle orçamentário já existia na empresa, mas era

subaproveitada, pois não havia uma metodologia específica que tratasse do

planejamento orçamentário. Desta forma, o GMD contribuiu para melhorar os

resultados comprovados neste ano, mesmo com um percentual baixo, o que é

normal, devido as características do OBZ de construir orçamentos considerando

apenas o necessário. Também em benefício da empresa, o GMD proporcionou o

benchmarking interno, uma atividade diferenciada em relação aos anos anteriores.

Este trabalho foi enfatizado pela importância de trazer luz a um tema que é

moderno, na Contabilidade Gerencial, através do estudo de caso que possibilitou o


56

aprofundamento nos detalhes de natureza prática. A apresentação deste, fica

disponível para a sociedade, na região, esperando-se que ele venha contribuir para

a realização de novos estudos sobre o OBZ e GMD, bem como estimular outras

empresas a adotar essas metodologias.


57

7. REFERÊNCIAS

ARANTES, Maria de Lourdes Andrade. “Orçamento Base Zero (OBZ) como


Ferramenta da Administração Financeira”, 2006. Disponível em:
<http://karaja.fimes.edu.br:8080/Monografia2/monografia/detalhes?offset=80&max=1
0> acesso em: 16.10.2010, 00:52.

FANTINELL, Eliete. “Orçamento Empresarial: Imprescindível na Atualidade”,


2006. Disponível em:
<http://karaja.fimes.edu.br:8080/Monografia2/monografia/detalhes?offset=80&max=1
0> acesso em: 16.10.2010, 23:00.

FREZATTI, Fábio. Orçamento Empresarial: Planejamento e Controle Gerencial.


São Paulo. 2ª edição. Editora Atlas, 2000.

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo. 3ª edição.
Editora Atlas, 1991.

GOMES, Regina Celi Vidal. “O Orçamento Base-Zero como Técnica de


Planejamento Financeiro”, 2000. Disponível em:
<http://www.ppga.com.br/mba/2000/gomes_regina_celi_vidal.pdf> acesso em:
10.04.2010, 23:27.

LUNKES, Rogério João. “Contribuição à melhoria do processo orçamentário


empresarial”, 2003. Disponível em:
<http://dvl.ccn.ufsc.br/ccn/arquivos_uploads/dtr_rogerio.pdf> acesso em: 14.10.2010,
21:18.

___________. Manual do Orçamento. 2ª edição. São Paulo. Editora Atlas, 2007.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria Básica. São Paulo. Editora Pioneira


Thonson Learning, 2004.
58

___________. Planejamento Orçamentário. São Paulo. Editora Pioneira Thonson


Learning, 2005.

PADOVEZE, Clóvis Luís e TARANTO, Fernando César. Orçamento Empresarial:


novos conceitos e técnicas. São Paulo. Editora Pearson Education do Brasil,
2009.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de Estágio e de Pesquisa em


Administração. 2ª edição. São Paulo. Editora Atlas, 1999.

SÁ, Carlos Alexandre. O Gerenciamento Matricial de Despesas. Disponível em: <


http://carlosalexandresa.com.br/artigos/O-Gerenciamento-Matricial-de-
Despesas.pdf> acesso em: 10.04.2010, 22:52.

___________. O Orçamento Base-Zero. Disponível em <


http://carlosalexandresa.com.br/artigos/Orcamento-Base-Zero.pdf> acesso em:
10.04.2010, 23:01.

___________. Orçamento Empresarial: Trabalho sobre Custos Fixos. Curso em


São Paulo, 2010. (Apostila).

SANVICENTE, Antônio Zoratto e SANTOS, Celso da Costa. Orçamento na


Administração de Empresas. 2ª edição. São Paulo. Editora Atlas, 2000.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em


Administração. São Paulo. Editora Atlas, 1998.

WELSCH, Glenn A. Orçamento Empresarial. 4ª edição. São Paulo. Editora Atlas,


1992

WANZUIT, Diane Regina Ditz. “Proposta de uma Sistemática de Apoio à


Implementação do Orçamento Matricial – O Caso de uma Indústria de
Alimentos”, 2009. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/19053>
acesso em: 14.10.2010, 22:38.

ZACHARIAS, Múcio Ferreira. “Orçamento Empresarial”, 2006. Disponível em: <


http://www.economies.com.br/_upload/repository/artigos/ARTIGO%20SOBRE%20O
RCAMENTO%20EMPRESARIAL.pdf> acesso em: 16.10.2010, 18:30.
59

8. ANEXOS

Anexo A – Questionário Limiar: Controladoria Legal/Fiscal

Questionário Limiar
CONTROLADORIA LEGAL/FISCAL
Obs: Este template tem por objetivo facilitar o preenchimento do questionário do sistema OBZ

ANÁLISE DO MACROFLUXO
Garantir a qualidade das informações e atos administrativos e que estejam
de acordo com os padrões de contabilidade regulados pelos órgãos
competentes, afastando riscos tributários e/ou contábeis que envolvem as
Missao da UR atividades da empresa, bem como fornecendo dados confiáveis para a
tomada de decisão.

MacroFluxo FECHAMENTO ITR


1) PORQUE O MACRO-FLUXO é LIMIAR

Obrigação legal conforme Lei 6.404/76 e alterações ocorridas na Lei 11.638/07 - Acionistas e CVM

2) QUAIS SÃO AS ATIVIDADES DO MACROFLUXO


Valorizado
Atividades Horas (mês) Limiar/Incremento
(mês)

Análisar e validar ITRs (Informações Trimestrais) 2,7 187,25 Limiar


Auxilio no fechamento do ITRs (Informações Trimestrais) 43,3 1142,98 Limiar
Controle do Ativo Fixo 10,0 58,05 Limiar
Controle e análise da conta de imobilizado em andamento 10,0 58,05 Limiar
Elaboração dos mapas para fechamento do ITR 13,3 338,20 Limiar
Fechamento ITRs (Informações Trimestrais) 30,0 1218,83 Limiar
Preenchimentos dos arquivos para Auditoria 13,3 338,20 Limiar

Equipe
Cargo Horas Valor Nr. Pessoas

Analista Contábil SR 70,0 1819,37 2


Contador 30,0 1218,83 1
Estagiário 20,0 116,09 1
Gerente de Controladoria 2,7 187,25 1

Despesas c/ pessoal (annual) Despesas Anuais Total Anual


40.098,53 5.310,00 45.408,53
3) QUAL O NÍVEL MÍNIMO DE MACROFLUXO/ ATIVIDADES E QUE
RECURSOS SÃO UTILIZADOS NO LIMIAR?
Valorizado
Atividades Horas (mês)
(mês)

Análisar e validar ITRs (Informações Trimestrais) 2,7 187,25 Limiar


Auxilio no fechamento do ITRs (Informações Trimestrais) 43,3 1142,98 Limiar
Controle do Ativo Fixo 10,0 58,05 Limiar
Controle e análise da conta de imobilizado em andamento 10,0 58,05 Limiar
Elaboração dos mapas para fechamento do ITR 13,3 338,20 Limiar
Fechamento ITRs (Informações Trimestrais) 30,0 1218,83 Limiar
Preenchimentos dos arquivos para Auditoria 13,3 338,20 Limiar

Equipe
Cargo Horas Valor Nr. Pessoas
Analista Contábil SR 70,0 1819,37 2
Contador 30,0 1218,83 1
Estagiário 20,0 116,09 1
Gerente de Controladoria 2,7 187,25 1

Despesas c/ pessoal Despesas Anuais Total Anual


40.098,53 5.310,00 45.408,53
60

Anexo B – Projeção orçamento 2010: Fechamento ITR

Macrofluxo: Fechamento ITR

Centro de custo: 13010

PROJEÇÃO ORÇAMENTO 2010


DESCRIÇÃO CONTA CONTA PACOTE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
CONDUCAO 41205001 04 VIAGENS - - - - 180,00 - - 180,00 - - 180,00 -
REFEICOES AVULSAS 41224001 04 VIAGENS - - - - 400,00 - - 400,00 - - 400,00 -
VIAGENS 41233001 04 VIAGENS - - - - 1.100,00 - - 1.100,00 - - 1.100,00 -
CORREIOS E TELEGRAFOS41207001 10 LOGÍSTICA - - - - 10,00 - - 10,00 - - 10,00 -
TELEFONE E TELEX 41231001 12 TEC. DA INFORM. - - - - 30,00 - - 30,00 - - 30,00 -
MAT. DE EXPEDIENTE 41223001 03 ADMINISTRATIVO - - - - 50,00 - - 50,00 - - 50,00 -
- - - - 1.770,00 - - 1.770,00 - - 1.770,00 -

Total acumulado do ano: R$ 5.310,00


61

Anexo C – Questionário Incremento: Gestão de Processos

Questionário Incremento
Obs: Este template tem por objetivo facilitar o preenchimento do questionário do sistema OBZ GESTÃO DE PROCESSOS

ANÁLISE DO MACROFLUXO
Prover metodologias e processos de gestão que promovam o
desenvolvimento humano e organizacional de maneira
Missao da UR sustentável à Companhia transformando à visão de futuro em
execução

MacroFluxo Gestão da Estratégia


1) DESCREVA DETALHADAMENTE O OBJETIVO DESTE INCREMENTO

Este incremento tem como finalidade manter a Formulação da Estratégia atualizada e traduzí-la em termos operacionais por meio
de metodologias em objetivos para garantir a execução da visão de futuro.
2) POR QUE ESTE INCREMENTO DEVE SER APROVADO ?
Nenhum vento será favorável se não sabemos para onde queremos ir. Além disso, a maioria da empresas falham na
implementação/ execução de suas estratégias. A Revisão da Formulação e a Tradução da Estratégia no dia a dia das áreas e dos
colaboradores são imprescindíveis para dar foco e alinhar a Companhia na transformação da visão de futuro em execução e
resultado.
3) DEMONSTRE A AVALIAÇÃO DE CUSTO / BENEFÍCIO?
BENEFÍCIO EM R$
Beneficio Qualitativo: Toda a empresa na mesma direção, buscando os mesmos objetivos e a visão de futuro da Companhia
4) QUAIS SÃO AS ATIVIDADES DO MACROFLUXO
Atividades Horas (mês) Valorizado (mês)
Revisão da Formulação da Estratégia - Workshop para aplicação do Diagnóstico Estratégico 1,33 R$ 53,71
Revisão da Formulação da Estratégia - Tabulação das entrevistas dos fundamentos estratégicos 0,67 R$ 26,86
Revisão da Formulação da Estratégia - Revisão, elaboração e validação da versão final dos fundamentos estratégicos 1,33 R$ 53,71
Revisão da Formulação da Estratégia - Levantamento das informações/ projeções macroeconômicas e mercado 8,00 R$ 322,27
Revisão da Formulação da Estratégia - Leitura/ Análise do Book - Dextron 2,00 R$ 80,57
Revisão da Formulação da Estratégia - Identificação das informações necessárias para atualização do book 1,33 R$ 53,71
Revisão da Formulação da Estratégia - Entrevistas com Executivos e Conselho 1,50 R$ 60,43
Revisão da Formulação da Estratégia - Consolidação do Diagnóstico 1,33 R$ 53,71
Revisão da Formulação da Estratégia - Consolidação das informações e montagem do material atualizado para Workshop 2,00 R$ 80,57
Revisão da Formulação da Estratégia - Consolidação da análise SWOT 1,33 R$ 53,71
Revisão da Formulação da Estratégia - Atualização do book/apresentação com todas as informações 2,67 R$ 107,42
Revisão da Formulação da Estratégia - Apresentação do resultado final das entrevistas para validação 0,17 R$ 6,71
Revisão da Formulação da Estratégia - Apresentação a partes interessadas 0,33 R$ 13,43
BSC - Revisão dos indicadores estratégicos Pós-RAE 4,67 R$ 142,57
BSC - Revisão do Painel BSC Pós-RAE 3,33 R$ 38,15
BSC - Revisão da matriz de aderência Projetos x Estratégia 0,67 R$ 26,86
BSC - Reunião de resultados trimestrais - CAD 8,67 R$ 336,15
BSC - Reunião de resultados mensais - Unidades 24,00 R$ 850,02
BSC - Reunião de resultados mensais - Corporativo 26,00 R$ 1.008,45
BSC - RAE - Reunião de Análise da Estratégia 7,83 R$ 277,44
BSC - Preparação do material (template) da RAE por Diretoria 0,83 R$ 25,46
BSC - Impressão e construção dos books para Diretoria 8,00 R$ 91,57
BSC - Follow-up da entrega dos resultados realizados, avaliação e planos de ação dos indicadores 10,50 R$ 120,18
BSC - Follow-up da entrega das metas dos indicadores Jan-Dez 2010 0,88 R$ 10,02
BSC - Execução do Plano de Comunicação do Mapa Estratégico as Unidades 6,67 R$ 236,12
BSC - Emissão de relatório de fechamento 2,00 R$ 22,89
BSC - Elaboração do Plano de Comunicação do Mapa Estratégico 3,33 R$ 134,28
BSC - Definição dos indicadores por objetivo estratégico 0,58 R$ 23,50
BSC - Convocação das reuniões de resultado - Trimestrais 0,08 R$ 0,95
BSC - Convocação das reuniões de resultado - mensais 0,25 R$ 2,86
BSC - Convocação das RAEs - Anuais 0,10 R$ 1,19
BSC - Construção dos DNAs dos indicadores estratégicos 2,33 R$ 36,05
BSC - Construção do Painel BSC 22,67 R$ 259,44
BSC - Construção do mapa estratégico 5,58 R$ 224,92
BSC - Comunicação de resultados mensais ao colaboradores 9,00 R$ 362,55
BSC - Atualização e conferência dos Painéis BSC 20,00 R$ 228,92
BSC - Apresentação das planilhas de inputs aos gest./ facilt. 2,00 R$ 30,90
BSC - Apresentação da metodologia/ conceito do BSC aos Gestores 3,33 R$ 134,28
BSC - Apresentação da metodologia/ conceito do BSC ao CAD e Diretoria 0,33 R$ 13,43
BSC - Alinhamento dos processos x mapa estratégico 6,67 R$ 268,56

Equipe
Cargo Horas Valor Nr. Pessoas
Analista da Qualidade Jr. 4,33 R$ 66,96 1
Analista da Qualidade Sr. 30,08 R$ 919,09 1
Assistente Adm Jr. 67,81 R$ 776,19 1
Coordenador de processos 102,08 R$ 4.112,28 1

Despesas c/ pessoal (annual) Despesas Anuais Total Anual


R$ 70.494,21 R$ 49.618,70 R$ 120.112,91
62

Anexo D – Projeção orçamento 2010: Gestão da Estratégia

Macrofluxo: Gestão da Estratégia

Centro de custo: 13050

PROJEÇÃO ORÇAMENTO 2010


DESCRIÇÃO CONTA CONTA PACOTE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
VIAGENS 41233001 04 VIAGENS - - - - 4.534,00 - - - - - 2.267,00 -
CONDUCAO 41205001 04 VIAGENS - - - 340,60 1.532,60 340,60 340,60 340,60 340,60 340,60 1.532,60 340,60
REFEICOES AVULSAS 41224001 04 VIAGENS - - - 40,00 160,00 40,00 40,00 40,00 40,00 40,00 100,00 40,00
IMPRESSÕES E CÓPIAS 41259001 12 TEC. DA INFORM. 15,00 55,00 15,00 15,50 26,00 26,00 26,00 26,00 26,00 26,00 26,00 26,00
TELEFONE E TELEX 41231001 12 TEC. DA INFORM. 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00
JORNAIS, VER, E LIVROS 41215001 03 ADMINISTRATIVO 80,00 - - - - - - - - - - -
MAT. DE EXPEDIENTE 41223001 03 ADMINISTRATIVO 222,10 - - - - - - - - - -
EVENTOS-OUTROS 41712001 06 PESSOAL - 10.654,10 - 24.963,60 - - - - - - - -
145,00 10.981,20 65,00 25.409,70 6.302,60 456,60 456,60 456,60 456,60 456,60 3.975,60 456,60

Total acumulado do ano: R$ 49.618,70


63

Anexo E – Questionário Incremento: Controladoria Gerencial

Questionário Incremento
Obs: Este template tem por objetivo facilitar o preenchimento do questionário do sistema OBZ CONTROLADORIA GERENCIAL

ANÁLISE DO MACROFLUXO
Garantir os resultados da Companhia por meio das ferramentas
Missao da UR de Gestão Orçamentária promovendo em todas as áreas
responsabilidade e foco na execução e resultado.

MacroFluxo Gestão Orçamentária


1) DESCREVA DETALHADAMENTE O OBJETIVO DESTE INCREMENTO

Implementar ferramentas de análise e controle gerencial do Orçamento


2) POR QUE ESTE INCREMENTO DEVE SER APROVADO ?
Com a implementação dessas ferramentas será possível identificar as causas dos problemas com segurança e agilidade, promovendo em
todas as áreas foco na execução e resultado.
3) DEMONSTRE A AVALIAÇÃO DE CUSTO / BENEFÍCIO?
BENEFÍCIO EM R$: Captura de 1% em ROL, 1% em Custos em MP e 3% em Custos Fixos e Despesas.
Beneficio Qualitativo: Melhor diagnótico para tomada de decisão
4) QUAIS SÃO AS ATIVIDADES DO MACROFLUXO
Atividades Horas (mês) Valorizado (mês)
Gestão de despesas - GMD 12,00 R$ 290,81
DRE Gerencial Varejo 8,00 R$ 193,87
Gestão de despesas - GMD - Enviar planilha de Bonificações e Vendas para o Comercial 6,00 R$ 145,40
Gestão de Despesas - GMD - Preparação apresentação mensal 16,00 R$ 387,74
Gestão de Despesas - GMD - Organização e preparação da reunião de resultados mensais 2,00 R$ 48,47
Gestão de Despesas - GMD - Remanejamento de Orçamento / Aporte / Aumento de Verba 22,00 R$ 533,15
Gestão de Despesas - GMD - Emissão de relatórios para base de dados dos gestores 4,00 R$ 96,94
Gestão de Despesas - GMD - Análise e acompanhamento despesas Setor 8,00 R$ 193,87
Gestão Comercial 16,00 R$ 387,74
Gestão Custos Variáveis 16,00 R$ 387,74
Implementação de ferramentas de gestão 80,00 R$ 1.994,97
Gestão de Preços 140,00 R$ 3.589,65
DRE Gerencial (Consolidar Informações na Planilha Budget) 6,00 R$ 428,70
DRE Gerencial (Analisar planilha e envio para o CAD) 20,00 R$ 1.429,01
Elaborar Orçamento 2010 - DRE Gerencial 1,67 R$ 119,08
Gestão de investimentos 2010 1,67 R$ 119,08
Gestão de Pessoas 16,00 R$ 1.143,21
Gestão de Investimentos 8,00 R$ 571,60
Gestão de Estoques 16,00 R$ 1.143,21
Gestão Custos - Reunião Diretoria 4,00 R$ 285,80
DRE por Produto/Segmento - Reunião Diretoria 2,00 R$ 142,90
Desenvolvimento e implementação de ferramentas de gestão 80,00 R$ 3.959,07
DRE Gerencial - Elaborar planilha para o CAD 6,00 R$ 165,16
DRE Gerencial (Análise e validação do LB) 16,00 R$ 440,42
Elaborar Orçamento OBZ planilha despesas Orçamento e Plano de Investimentos 1,67 R$ 45,88
DRE por Produto/Segmento (Gerar Planilha de Expurgo de vendas das Lojas marca X para o LB) 6,00 R$ 165,16
DRE por Produto/Segmento (Gerar Planilha de Exportações da Sports para o LB) 6,00 R$ 165,16
DRE por Produto/Segmento (Gerar Planilha de Vendas da Galeria do Esporte S.A. para Sports para o LB) 6,00 R$ 165,16
DRE por Produtos/Segmento (Elaboração LBs Clube e CINs) 8,00 R$ 220,21
DRE por Produto/Segmento (Apuração dos Resultados Gerencial) 10,00 R$ 275,26
Gestão de Despesas - GMD - Reunião com gestores de pacote 20,00 R$ 550,53
Gestão Custos 40,00 R$ 1.101,06
Gestão Custos Variáveis - Reunião Industrial e Compras 8,00 R$ 220,21

Equipe
Cargo Horas Valor Nr. Pessoas
Analista Pleno 150,00 R$ 3.635,08 1
Analista Senior 180,00 R$ 4.615,26 1
Controller 115,33 R$ 8.240,61 1
Coodenador de Custos e Orçamento 167,67 R$ 4.615,26 1
Despesas c/ pessoal (annual) Despesas Anuais Total Anual
253.274,48 34.137,60 287.412,08
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Anexo F – Projeção orçamento 2010: Gestão Orçamentária

Macrofluxo: Gestão Orçamentária

Centro de custo: 13010

PROJEÇÃO ORÇAMENTO 2010


DESCRIÇÃO CONTA CONTA PACOTE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
VIAGENS 41233001 04 VIAGENS 1.044,00 959,00 1.944,00 959,00 1.044,00 959,00 1.044,00 959,00 2.634,00 959,00 1.044,00 959,00
CONDUCAO 41205001 04 VIAGENS 866,80 1.094,80 1.206,80 1.094,80 866,80 1.094,80 866,80 1.094,80 1.206,80 1.094,80 866,80 1.094,80
REFEICOES AVULSAS 41224001 04 VIAGENS 120,00 100,00 200,00 100,00 120,00 100,00 120,00 100,00 200,00 100,00 120,00 100,00
TELEFONE E TELEX 41231001 12 TEC. DA INFORM. 440,00 440,00 440,00 440,00 440,00 440,00 440,00 440,00 440,00 440,00 440,00 440,00
IMPRESSÕES E CÓPIAS 41259001 12 TEC. DA INFORM. 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00 15,00
MAT. DE EXPEDIENTE 41223001 03 ADMINISTRATIVO 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00 20,00
2.505,80 2.628,80 3.825,80 2.628,80 2.505,80 2.628,80 2.505,80 2.628,80 4.515,80 2.628,80 2.505,80 2.628,80

Total acumulado do ano: R$ 34.137,60


65

Anexo G – Pacotes GMD: Galeria do Esporte S.A.

01 INSTITUCIONAL 06 PESSOAL
41211001-DOACOES 41108001-INDENIZACOES FOLHA PAGAMENTO
41234001-XEROX E AUTENTICACOES 41109001-GRATIFICACOES
41239001-BRINDES 41110001-ASSISTENCIA MEDICA
41602001-ASSOCIACOES 41111001-PAT
41605001-ANUIDADE CVM 41112001-CESTA BASICA
41605002-ANUIDADE BOVESPA 41113001-SEGURO DE VIDA EM GRUPO
41605003-ANUNCIOS E PUBLICACOES 41114001-VALE TRANSPORTE
41605004-ADMINISTRACAO ACIONARIA 41115001-TREINAMENTO DE PESSOAL
41605005-AUDITORIA 41116001-HORAS EXTRAS
41605006-JUNTA COMERCIAL 41217001-LIMPEZA E CONSERVACAO
02 FINANCEIRO 41228001-SERVICOS DE SEGURANCA
41501001-PDD 41229001-SERVICOS TERCEIROS
42101001-JUROS PASSIVOS - FORNECEDORES 41244001-VESTIMENTAS
42101002-DESPESAS COM COBRANCAS 41245001-MATERIAL DE SEGURANCA/PROTECAO
42101003-DESCONTOS CONCEDIDOS 41258001-RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
42101004-JUROS CAPITAL DE GIRO 41603001-CONTRIBUICAO PATRONAL
42101005-IOF 41712001-EVENTOS
42101006-COMISSOES E DESPESAS BANCARIAS 07 COMERCIAL
42101008-TAXA ADM.CARTAO CREDITO 33101001-DEVOLUCOES
42101012-JUROS CTO CONTAS GARANTIDAS 41401001-COMISSOES
42101015-JUROS CTO LEASING 41724001-BONIFICACAO S/VENDAS
42101016-JUROS PRECATORIOS 41725001-DESCONTOS CONCEDIDOS
42101017-DESP.CARTORIO-FORNECEDORES 08 MARKETING E P&D
42101021-JUROS S/ FINANCIAMENTO DE IMPORTAÇÃO 41202001-AMOSTRAS
42101022-JUROS S/FINANCIAMENTO EXPORTAÇÃO 41243001-TESTES E DESENVOLVIMENTO
42101023-JUROS PGTO EM ATRASO 41402001-ROYALTIES
42101025-JUROS S/DUPLICATAS DESCONTADAS 41703001-PROMOÇÃO DE MERCADORIAS
42102001-VARIACAO CAMBIAL 41707001-PROMOCAO DINHEIRO
42104001-MULTAS - IMPOSTOS 41708001-PESQUISAS
42104002-JUROS - IMPOSTOS 41712002-EVENTOS-MARKETING
42104005-JUROS S/ CONTINGENCIAS FISCAIS 41713001-MIDIA - VEICULAÇÃO
42104006-MULTA S/CONTINGENCIAS FISCAIS 41715001-MIDIA - INTERNET
42201001-JUROS ATIVOS 41716001-MIDIA - PRODUÇÃO
42201002-DESCONTOS OBTIDOS 41718001-MPDV-MATERIAIS
42201003-JUROS APLICACOES FINANCEIRAS 41719001-MPDV-SERVICOS
42201004-MULTAS RECEBIDAS 41722001-ASSESSORIA DE IMPRENSA
42202001-VARIACAO CAMBIAL 41723001-APOIO-LANCAM./CATALOGOS/FOLHET
03 ADMINISTRATIVO 09 LOGÍSTICA
41203001-BENS PEQUENO VALOR 41207001-CORREIOS
41209001-DESPESAS C/COPA 41214001-FRETES E CARRETOS
41215001-JORNAIS, REVISTAS E LIVROS 41221001-MANUTENCAO VEICULOS
41219001-MANUTENCAO EQUIP.ESCRITORIO 41226001-SEGUROS C/VEICULOS
41223001-MATERIAL DE EXPEDIENTE 41403001-FRETES s/ VENDA
41230002-SERVIÇOS TERCEIROS 41405001-FRETES S/DEVOLUCOES CLIENTES
41237001-ALUGUEL E CONDOMINIO 10 INDUSTRIAL
41601001-IMPOSTOS E TAXAS 41206001-CONSUMO DE AGUA
41604001-IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL 41212001-ENERGIA ELETRICA
04 VIAGENS 41218001-LOCACAO DE BENS
41205001-CONDUCAO 41220001-MANUTENCAO MAQUINAS EQUIPAMENT
41224001-REFEICOES AVULSAS 41222001-MANUTENCAO REPARO INSTALACOES
41233001-VIAGENS 41225001-SEGUROS
05 JURÍDICO 41241001-MATERIAL DE CONSUMO
41120001-INDENIZACOES JUDICIAIS 41301001-CALDEIRA
41210001-DESPESAS LEGAIS 41302001-ESTAÇÃO DE TRATAMENTO-ETA/ETE
41246001-SERVICOS CONSULTORIA JURIDICA INTERNA 41302002-GAS GLP
41246002-SERVICOS CONSULTORIA JURIDICA- FISCAL 11 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
41246003-SERV. CONSULTORIA JURIDICA- TRABALHISTA 41203002-BENS DE PEQUENO VALOR - INFORMÁTICA.
41246004-SERVICOS CONSULTORIA JURIDICA- CIVIL 41204001-COMUNICACAO DE DADOS
41252001-INDENIZACOES A REPRESENTANTES 41227001-SERVICOS DE INFORMATICA
41231001-TELEFONE
41236001-DESPESAS COM SOFTWARE
41259001-IMPRESSÕES E CÓPIAS
12 DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO
41250001-DEPRECIACOES
41251001-AMORTIZACOES

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