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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DAYANE DE MOURA NASCIMENTO

IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 NO NÍVEL DE AGRESSIVIDADE


FISCAL DAS EMPRESAS BRASILEIRAS

Natal - RN
2022
DAYANE DE MOURA NASCIMENTO

IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 NO NÍVEL DE AGRESSIVIDADE


FISCAL DAS EMPRESAS BRASILEIRAS

Monografia apresentada à Coordenação do


Curso de Ciências Contábeis da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte como requisito
para a obtenção do título de Bacharel em
Ciências Contábeis.

Orientadora: Profª. Ma. Jislene Trindade


Medeiros

Natal/RN
2022
FICHA CATALOGRÁFICA

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN


Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Nascimento, Dayane de Moura.


Impacto da Pandemia do Covid-19 no nível de agressividade fiscal das
empresas brasileiras / Dayane de Moura Nascimento. - 2022.
31f.: il.

Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade Federal do


Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Departamento
de Ciências Contábeis, Curso de Ciências Contábeis. Natal, RN, 20212.
Orientadora: Profª. Me. Jislene Trindade Medeiros.

1. Planejamento tributário - Monografia. 2. Agressividade fiscal -


Monografia. 3. Pandemia Covid-19 - Monografia. I. Medeiros, Jislene
Trindade. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título.

RN/UF/Biblioteca CCSA CDU 34:336.2

Elaborado por Eliane Leal Duarte - CRB-15/355


DAYANE DE MOURA NASCIMENTO

IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 NO NÍVEL DE AGRESSIVIDADE


FISCAL DAS EMPRESAS BRASILEIRAS

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis da Universidade


Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Bacharel em
Ciências Contábeis.

APROVADA EM: 18/02/2022

BANCA EXAMINADORA

BANCA EXAMINADORA

Profª. Ma. Jislene Trindade Medeiros


Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Prof. Dr. Renato Henrique Gurgel Mota


Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Prof. Ma. John Pablo Cândido Dantas da Silva


Universidade Federal Rural do Semi-Árido – UFERSA

Natal/RN
2022
AGRADECIMENTOS

Venho por meio deste prestar os meus mais sinceros votos de agradecimento.
Agradeço à Deus em primeiro lugar, pela minha vida, por todas as vezes que me
levantou quando tudo parecia ruir, pela força para conseguir trilhar essa jornada.
Agradeço aos meus Pais, o Sr. Francisco, mais conhecido como nenê de Grandão e a
Dona Davinete, meu maior exemplo de vida. Sem estudos e com poucas condições financeiras,
criou a mim e os meus irmãos, dando tudo que podia. Devo tudo a eles, a pessoa em me tornei,
todas as conquistas que alcancei e a que ainda vou alcançar.
Agradeço ao meu esposo Wellington Silva, pela paciência, compreensão nos momentos
de ausência, por ter acreditado em mim quando até eu mesmo deixei de acreditar ao longo
desses 10 anos de casados.
Agradeço a família que me acolheu com filha, Dona Zeneide e o Sr. Assis, e Irmãos
Fernanda, Humberto, Charles, Dalton e Priscila, obrigada pela preocupação, pelo cuidado e por
me fazer sentir querida e amada diante da ausência dos meus pais e irmãos de sangue.
Agradeço a minha orientadora, Jislene Medeiros, pela dedicação hercúlea, pela sua
calmaria, por me tranquilizar diante de algumas, e por compartilhar seu conhecimento e por
toda contribuição ao longo da realização desta pesquisa.
Agradeço a todos que fazem a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em nome
do competente Corpo Docente e dos servidores do Departamento de Ciências Contábeis.
Agradeço ainda aos bons amigos feitos nesta trajetória, dos quais nomino: Fernanda,
Giovana, Izadora, Eloisa, Nelson, Matheus, sabedor de que tantos outros amigos e amigas me
marcaram pelo dom da amizade e tornaram este imenso desafio, que é a graduação, em algo
mais leve.
Em suma, agradeço a todos que, de alguma maneira, fizeram parte da minha formação.
RESUMO

A legislação tributária possibilita que as empresas adotem práticas de planejamento tributário


para reduzir ou evitar o pagamento de tributos o que reduz a saída de recursos financeiros do
patrimônio da empresa. Como recentemente o Brasil e o mundo vem enfrentando as
consequências da pandemia do covid-19 e muitas empresas tiveram suas atividades afetadas
devido as medidas de enfrentamento e contenção da disseminação do vírus, a adoção de
estratégias de redução da carga tributária é uma das formas disponíveis para a manutenção de
recursos financeiros nas empresas, por esse motivo esta pesquisa tem como objetivo investigar
a influência da pandemia do COVID-19 no nível de agressividade fiscal das empresas
brasileiras. A amostra do estudo é composta por 2.049 observações de 326 empresas não
financeiras listadas no mercado de capitais brasileiro no período de 2010 a 2021. As métricas
utilizadas para o cálculo do nível de agressividade fiscal das empresas da amostra foi a ETR e
a CashETR que indicam, respectivamente, a alíquota tributária corrente e o percentual de
tributos sobre o lucro pago no período em relação ao lucro antes dos impostos (LAIR). Por meio
dos testes de t de Student e Mann-Whitney foi constatado que o nível de agressividade fiscal do
período pré-pandemia (anos de 2010 a 2019) é diferente do período pandêmico (anos de 2020
e 2021). A partir dos resultados da análise de regressão linear múltipla verificou-se um
relacionamento negativo e significante entre as métricas de agressividade fiscal e a variável que
indica o período pós-pandemia do covid-19, indicando que no período pandêmico (anos de
2020 e 2021) o nível de agressividade fiscal das empresas da amostra foi maior do que dos anos
anteriores. Dessa forma, conclui-se que no período pandêmico as empresas adotaram de forma
mais intensa estratégias de planejamento tributário para reduzir ou postergar o pagamento de
tributos, resultando em um maior nível de agressividade fiscal no período.

Palavras-chave: Planejamento tributário, Agressividade fiscal, Pandemia. Covid-19.


ABSTRACT

The tax legislation allows companies to adopt tax planning practices to reduce or avoid the
payment of taxes, which reduces the outflow of financial resources from the company's assets.
As Brazil and the world have recently been facing the consequences of the covid-19 pandemic
and many companies have had their activities affected due to measures to combat and contain
the spread of the virus, the adoption of strategies to reduce the tax burden is one of the available
ways. for the maintenance of financial resources in companies, for this reason this research aims
to investigate the influence of the COVID-19 pandemic on the level of fiscal aggressiveness of
Brazilian companies. The study sample is composed of 2,049 observations from 326 non-
financial companies listed on the Brazilian capital market from 2010 to 2021. The metrics used
to calculate the level of tax aggressiveness of the companies in the sample were the ETR and
CashETR, which indicate, respectively, the current tax rate and the percentage of taxes on profit
paid in the period in relation to earnings before taxes (LAIR). Through Student's and Mann-
Whitney's t tests, it was found that the level of fiscal aggressiveness in the pre-pandemic period
(years 2010 to 2019) is different from the pandemic period (years 2020 and 2021). From the
results of the multiple linear regression analysis there was a negative and significant
relationship between the metrics of fiscal aggressiveness and the variable that indicates the post-
pandemic period of covid-19, indicating that in the period pandemic (years 2020 and 2021) the
level of fiscal aggressiveness of the companies in the sample was higher than in previous years.
In this way, it is concluded that in the pandemic period, companies more intentionally adopted
tax planning strategies to reduce or postpone tax payments, resulting in a higher level of fiscal
aggressiveness in the period.

Keywords: Tax planning, Tax aggressiveness, Pandemic, Covid-19.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Variáveis de controle 27


Tabela 2 - Estatística descritiva da amostra total 29
Tabela 3 - Estatística descritiva da amostra do período pré-pandemia e pós-pandemia 30
Tabela 4 - Teste t de Student e Teste de Mann-Whitney 31
Tabela 5 - Análise de Correlação de Pearson 31
Tabela 6 - Análise de Regressão 32
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 13

1.1 13
1.2 14
1.2.1 14
1.2.2 14
1.3 15

2. 16
2.1 16
2.2 18
2.3 19

3. 26
3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA 26
3.2 DADOS, POPULAÇÃO E AMOSTRA 26
3.3 MÉTRICAS DE AGRESSIVIDADE FISCAL E VARIÁVEIS DE CONTROLE 26
3.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE 27

4. 29
5. 34
REFERÊNCIAS 35
13

1. INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
A Pandemia da COVID-19, no atual cenário que estamos vivenciando trouxe
consigo incalculáveis perdas, um vírus de rápida propagação que atingiu o mundo de
forma inesperada. Cabe citar que o primeiro caso da pandemia pelo SARS-CoV2 (em
que no ser humano pode desenvolver a doença conhecida como Covid-19) foi detectado
na cidade de Wuhan, na China, em dezembro de 2019. Desde então, os casos começaram
a se espalhar rapidamente pelo mundo: primeiro pelo continente asiático, e depois em
novos países. Sendo decretada como pandemia em 11 de março de 2020, pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com o novo cenário global empresas precisaram se adequar ao novo normal,
analisar custos e despesas e tentar se alinhar para se adequar ao melhor regime tributário.
Essa pesquisa tem como objetivo investigar o efeito da pandemia da covid-19 na
agressividade fiscal das empresas, visto que o nível de planejamento tributário teve alta
considerável durante a pandemia porque para muitos a revisão de custos, despesas
aumento de caixa e adequação tributária foi utilizado como ferramenta importantíssima
pelas empresas para permanecerem de portas abertas em meio à crise mundial que tem
sido a pandemia da Covid -19.
Empresas de todos os setores da economia foram afetadas, seja ela primária,
secundária ou terciárias, sem exceção, algumas destas tiveram suas atividades reduzidas
e consequentemente do fluxo de caixa gerado, em que a redução (ou postergação) do
pagamento de tributos torna-se uma via para empresas reter caixa para cumprir suas
obrigações. O presente trabalho vem expor a correlação da pandemia do COVID-19 e as
estratégias utilizadas pelas empresas visando a redução da carga tributária e maior
flexibilização destes.
Para Da Silva et al. (2021). em sua análise afirma que impactos causados pela
pandemia são dinâmicos e maiores alterações podem ocorrer nas contas das empresas.
Consequentemente, a redução da capacidade de gerar caixa para honrar com os
compromissos de curto prazo, pode acarretar a necessidade de maior financiamento de
capital de terceiros nos próximos períodos, impactando ainda mais nos índices de liquidez
e rentabilidade das referidas empresas.
14

O Planejamento tributável é crucial para qualquer corporação na tentativa de


buscar redução de custos, tornando-se uma parte importante das decisões estratégicas
(KLASSEN; LISOWSKY; MESCALL, 2016).
Muitas são as ações de planejamento fiscal a fim de reduzir/minimizar a renda
tributável da empresa ao que chamamos de agressividade fiscal, que com a pandemia
trouxe à tona as diversas formas das empresas se reinventar, estudar, se atentar a
benefícios fiscais, rever seus enquadramentos e passar a contar com diversos mecanismos
para se sobressair da crise que nos assola.
O Planejamento Tributável almeja a priori reduzir as obrigações fiscais,
aproveitando as concessões legítimas e as isenções previstas na lei tributária; envolve o
processo de organização das operações empresariais de forma a que as obrigações fiscais
sejam otimizadas no seu mínimo montante. S dois métodos forem possíveis para alcançar
um objetivo, seleciona-se um que resultem menor obrigação tributária (MARTINEZ,
2017).
Diante desse contexto, buscou-se responder ao seguinte problema: Como a
pandemia do COVID-19 influenciou o nível de agressividade fiscal das empresas listadas
no mercado de capitais brasileiro?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

O objetivo geral desta pesquisa é investigar a influência da pandemia do COVID-


19 no nível de agressividade fiscal das empresas brasileiras.

1.2.2 Objetivos Específicos

Com o fim de alcançar o objetivo geral proposto, são traçados os seguintes


objetivos específicos:

⮚ Mensurar o nível de agressividade fiscal das empresas da amostra;


15

⮚ Comparar o nível de agressividade fiscal das empresas antes e após a pandemia


da COVID-19;
⮚ Investigar o efeito da pandemia da COVID-19 no nível de agressividade fiscal das
empresas listadas no mercado de capitais do Brasil.

1.3 JUSTIFICATIVA

É sabido que os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante


parcela de custos da empresa, se não a maior. A carga tributária pode ser um diferencial
no momento da elaboração do preço de venda, tornando algumas empresas menos
competitivas em função do seu alto gasto de produção. Assim sendo, o planejamento
tributário objetiva a diminuição legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo.
(CREPALDI, 2021). Por isso a importância de se investigar como a pandemia da Covid-
19 promoveu o aumento a adoção de estratégias de planejamento tributário para a
minimização desses gastos a renda tributável.
A pesquisa é relevante para dar aportes a todos aqueles interessados em identificar
as causas da agressividade tributária, desde órgãos reguladores, investidores, órgãos
reguladores, autoridades fiscais, afundo identificar empresas mais sucintas a realização
de planejamento tributário. Esta pesquisa contribui, ainda, para a literatura sobre
agressividade fiscal das empresas, no atual cenário pandêmico haja vista que são temas
ainda pouco explorados.
16

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Pandemia do Covid-19


Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada
sobre vários casos de pneumonia na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República
Popular da China. Tratava-se de uma nova cepa (tipo) de coronavírus que não havia sido
identificada antes em seres humanos. Onde mais tarde, as amostras respiratórias dos
doentes mostraram a presença do coronavírus (SARS-CoV-2), identificado como o
agente causador da doença COVID-19. (ESTEVÃO, 2020).
Segundo o Ministério da Saúde, no dia 26 de fevereiro, foi confirmado o primeiro
caso de coronavírus no estado de São Paulo, e devido a sua rápida propagação a nível
mundial levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar a 11 de março de 2020,
a infeção COVID-19, uma pandemia mundial.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Alertam sobre medidas de
prevenção e controle que devem ser adotadas durante o estado pandêmico, a que se refere
ao uso de máscaras, utilização e disponibilidade de álcool em todos os estabelecimentos.
Diante desse cenário deu-se início a diversos decretos de lockdown, um dos protocolos
adotados como ferramenta de isolamento social e pessoas são impedidas de circular vias
públicas a fim de evitar a proliferação do vírus, e suspensão de funcionamento de
atividades consideradas como não essenciais, a exemplo de um dos decretos municipais
do Natal DECRETO N.º 12.171 DE 22 DE FEVEREIRO DE 2021. Com isso ocasional
grande impacto a economia não só na nossa cidade Natal/RN, mas como no Estado do
Rio Grande do Norte, no Brasil e mundo. Empresários tiveram que se reinventar em seus
negócios, para se adaptar a nova realidade e tentar passar por esse momento de crise, é o
que diz Besanko et al. (2006) que define estratégia como sendo resposta a adaptações as
mudanças no ambiente onde operam e, sim, como os princípios das empresas em relação
ao ambiente que as cerca.
Pesquisa do Sebrae 2020 mostra que 31% das empresas mudaram o
funcionamento e precisaram se adaptar para manter a saúde financeira. As consequências
geradas para a atividade empresarial, foram diversas. À medida que foram sendo adotados
os decretos de lockdown, fez com que aumentasse a procura de itens a venda no mercador
online de diversos nichos. Com isso a ferramenta e e-commerce um comércio virtual
17

voltado para agilidade e flexibilidade para venda e compra de diversos produtos, fazendo
empresas e comerciantes informais usarem as redes sociais e plataformas de vendas
online para divulgar seus trabalhos, vendas e entrega de produtos.
O Governo Federal por meio da Medida provisória Nº 1.045 de 27 de abril de
2021, primeira MP publicada em âmbito nacional teve como objetivo: preservar o
emprego e a renda; garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais; e
reduzir o impacto social decorrente das consequências da emergência de saúde pública
de importância internacional decorrente do coronavírus. O tempo máximo de redução
proporcional de jornada e de salário e de suspensão temporária do contrato de trabalho,
ainda que sucessivos, não poderia ser superior a cento e vinte dias, com reduções que
variava de 25%;50% ou 70%.
Outra maneira encontrada pelos pequenos empresários para não interromper o
funcionamento foi implementar um rodízio de funcionários. Essa opção foi adotada por
15,3% das empresas. Já a implementação de um sistema de drive thru foi a alternativa
para 5,9% delas. (SEBRAE, 2020).
Para Vasconcelos & Vasconcelos (2020) tem sido desafiador traçar estratégias
antes, durante e pós-covid-19 sobre pequenas, medias e pequenas empresas no Brasil. Em
pesquisa apresentada a Revista Interdisciplinar de Direito os autores informam que
se preparar e planejar em períodos considerados normais é fator fundamental para
sobrevivências das mesmas em períodos de crise, momento esse a qual está sendo
vivenciado pelo mundo.
Diante desse novo cenário nos estudos De Lima e Fretas (2020), ele evidencia que
a crise econômica do Covid-19 pode ser vista também como oportunidade para que o país
consiga melhorar o ambiente de negócios, bem como tornar a máquina pública mais
eficiente, reduzindo os gastos públicos em áreas não essenciais. É notório que a pandemia
mudou hábitos das pessoas, das firmas os modelos de negócio, visando a atrair
consumidores para o ambiente físico e tendo que competir com o mercado digital, e do
governo que deverá agir diante dessa nova realidade.
Vieira e Pio Borel (2021), em seu estudo buscou analisar os resultados
econômicos – financeiros da Magazine Luiza S.A no período de 2018 a 2020,
identificando impactos sofridos pela companhia, porém devido a um processo que a
companhia já vem se tornando digital há alguns anos o terceiro trimestre apresentou-se
como um dos melhores durante o período analisado, evidenciando que impactos sofridos
18

pela companhia foram durante o primeiro semestre do ano, graças ao uso de tecnologias
em seu processo a companhia conseguiu reverter os resultados em suas demonstrações
contábeis.

2.2 Planejamento Tributário


Planejamento tributário é uma expressão utilizada para fazer referência a uma
atividade ou uma técnica de prospecção de alternativas de redução de carga tributária
suportada pelas pessoas e pelas empresas, sempre em consonância com o ordenamento
jurídico em vigor (ANDRADE FILHO, 2015)
Fabretti (2005) afirma que o mau planejamento tributário, redunda em evasão
fiscal, que é a redução da carga tributária descumprindo determinações legais e são
classificadas como crime de sonegação fiscal. O artigo 71 da lei 4.502, de 30 de novembro
de 1964, define sonegação como toda ação ou omissão culposa, que tenta impedir ou
retardar, total ou parcial, o conhecimento por parte da autoridade fazendária, relativa à
ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou
circunstâncias materiais e as condições pessoais do contribuinte, capazes de afetar a
obrigação tributária principal ou o crédito tributário correspondente.
O Brasil possui diversas características peculiares, mormente com relação ao seu
contexto tributário. Para Rezende (2015), há três motivos principais que diferenciam o
ambiente tributário brasileiro dos demais: a) carga tributária alta em relação aos demais
países do mundo; b) alta complexidade na legislação e com frequentes alterações; e c)
guerra fiscal entre os estados. De acordo com a Receita Federal do Brasil, em 2017, a
Carga Tributária Bruta (CTB) atingiu 32,43%, contra 32,29% em 2016, havendo,
portanto, uma variação positiva de 0,24 pontos percentuais. Essas características
impulsionam o desenvolvimento de práticas de planejamento tributário pelas empresas
brasileiras.
O cumprimento do imposto individual é determinado pelas taxas de imposto, pela
probabilidade de detecção, de punição, de penalidades e pela aversão ao risco, bem como
por motivações intrínsecas, como o dever cívico ao mesmo tempo os gestores estruturam
a empresa de forma complexa, para facilitar as transações que reduzem os impostos
corporativos e desviam recursos corporativos para uso privado. Sendo as atitudes dos
indivíduos em relação à obediência tributária são determinadas por fatores
comportamentais pecuniários e não pecuniários (DOS SANTOS; REZENDE, 2020).
19

De acordo com Dos Santos e Rezende (2020) o objetivo principal do planejamento


tributário é maximizar o valor da empresa e as empresas podem praticar elisão fiscal por
diversos motivos, tais como: evitar, retardar ou reduzir os encargos tributários. Nesse
caso, os bancos, setor de extrema importância para a economia nacional e global, sendo
vital para o funcionamento da economia doméstica de um país, têm desempenhado um
papel importante na facilitação do planejamento tributário de suas empresas clientes.
Já Souza, Damascendo, Monte-Mor e Hartwing (2020) o planejamento fiscal
também pode ser realizado de forma agressiva visando a diminuição do lucro fiscal
através de ações legais ou ilegais, entretanto, o objetivo é sempre o de pagar menos
tributos. À exemplo disso, nos países emergentes a fiscalização e a carga tributária
influenciam no aparelhamento e adequação tributária das organizações, com isto há
tendência à evasão fiscal. A natureza confidencial do planejamento tributário torna
imperativas as medidas existentes de evasão fiscal. A faceta mais visível do planejamento
tributário agressivo é a localização de subsidiárias em países que são paraísos fiscais,
firmas que adotem uma política de diminuição de tributos, seja por planejamento
tributário ou por evasão fiscal, alcançam dois tipos de resultados. Por um lado, essas
empresas podem minimizar a carga tributária, aumentar a liquidez e os fluxos de caixa
disponíveis para os investidores de dívida e de ações, ou, por outro lado, como as
atividades agressivas de tributos são de natureza opaca, é incerto que os benefícios
associados superem os riscos.

2.3 Estudos Anteriores


Com a eclosão da pandemia do coronavírus o ambiente sanitário, social e
financeiro sofreu severas transformações, exigindo adaptação por parte dos diversos
tomadores de decisões. A coisa não foi diferente dos decisores de investimento no
mercado financeiro, que se defrontaram com grandes mudanças no ambiente dos negócios
e do potencial de retorno dos ativos financeiros, com uma crescente de notícias negativas
ao longo do processo de expansão do contágio, desde o primeiro caso na China (BRAGA,
2021).
Crises como a causada pela pandemia do coronavírus são capazes de promover
um ambiente vulnerável e instável quanto aos aspectos não somente biológicos, como
também econômicos e sociais, pois eventos marcados por elevados níveis de incerteza e
riscos podem causar danos às organizações (SOBREIRA; DA SILVA; GARCIA;
20

TEODÓSIO, 2021). Por exemplo, a consequente redução da capacidade de gerar caixa


para honrar com os compromissos de curto prazo, pode acarretar a necessidade de maior
financiamento de capital de terceiros nos próximos períodos, impactando ainda mais nos
índices de liquidez e rentabilidade das referidas empresas (DA SILVA et al., 2021).
Essa volatilidade se sustenta principalmente no fato de ainda não haver uma clara
percepção da extensão e impactos dessa crise sobre os negócios e o desempenho
financeiro das empresas. Sendo assim, nas pesquisas realizadas por Braga (2021)
mostram que há uma predominância da percepção “neutra” e otimista no que diz respeito
ao impacto econômico, sendo esse sentimento mais evidente entre pessoas do sexo
masculino. Mulheres conservadoras perceberam o mercado com mais pessimismo.
Em estudo sobre as percepções de Pandemia da Covid-19 no âmbito da
contabilidade, Junior, Alves e De Souza (2020) em suas pesquisas sobre o assunto
demostra como tem sido as primeiras medidas de enfrentamento dos contadores e
contabilistas diante do atual cenário pandêmico, foi evidenciado que não houve grandes
demissões no setor de contabilidade e que boa parte das empresas estudadas não estão
organizados, confortáveis e motivados pelo trabalho em home office.
Da mesma forma, por outro âmbito também ainda sobre o comportamento de
contadores em situações desastrosas como o Covid-19 pesquisas como a de Carugu, Di
Pietra e Molinari (2021) constataram através de entrevistas em escritórios que houve
grandes mudanças na rotina dos profissionais de contabilidade com efeitos no curto e
longo prazo, por meio de ações de contingente a fim de minimizar os efeitos da pandemia.
Os períodos de crise social, como em desastres naturais e pandemias, as
informações ganham ainda mais importância, partindo desse pressuposto Resende de
Lima (2021) discuti o papel da contabilidade e seus impactos em épocas de pandemia, a
partir dos dados preliminares do coronavírus, impactos esses das informações contábeis
no ambiente patrimonial, econômico e social. Ele defende a ideia de que para
“contabilizar” de maneira adequada todos os impactos da Covid-19 em nossa sociedade
é preciso que a Contabilidade vá além da lógica patrimonial-financeira e que possibilite
a inserção de outras vozes que não de (possíveis) credores e (possíveis) investidores.
Em decorrência do caos instalado em diversos setores da economia mundial, foi
tido como base para estudo os relatórios da International Energy Agency (IEA) onde Da
Sila Pereira et al. (2021) ao investigar os impactos contábeis da COVID-19 nas
divulgações contidas nas demonstrações contábeis de empresas do setor de óleo e gás das
21

10 maiores empresas em termos de valor de mercado do setor óleo e gás, com ações
negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), verificou-se que os tópicos mais
recorrentes e que foram objeto de mais divulgações entre as empresas da amostra são
relacionados ao teste ao valor recuperável de ativos, às avaliações sobre a continuidade
operacional e às incertezas trazidas pela pandemia, já por outro lado, observa-se também
pouca quantidade de divulgações relacionadas aos impactos da pandemia nos termos de
contratos de arrendamentos e nas taxas de depreciação de ativos imobilizados.
Por sua vez, outra análise evidenciada agora no setor Aéreo nacional, setor este
considerado um dos mais estratégicos da economia brasileira através de Bernardes da
Silva et al. (2021) vem mostrar impactos da pandêmica do novo coronavírus nos
resultados das empresas do setor. A pesquisa pretende identificar como alguns
indicadores financeiros e operacionais se comportaram devido à redução de demanda
decorrente do período de quarentena global instaurado pela pandemia do novo
coronavírus, iniciada no primeiro trimestre de 2020. Foi obtido resultados como
dificuldades de cunho econômico-financeiro das empresas em análise, além da
necessidade de estímulos financeiros para evitar possível quebra sistêmica no setor em
questão. Estas apresentaram significativa variação nos indicadores de liquidez corrente,
no grau de endividamento, no índice de retorno sobre o ativo total e no indicador de
retorno sobre o patrimônio líquido. O resultado é explicado pela concomitante queda nas
receitas e aumentos significativos nas contas de empréstimos e financiamentos, assim
como despesas de variação cambial.
Para empresas de porte pequeno como as MPEs que tiveram suas atividades
paradas, e muitas destas empresas não conseguiram retomar e tiveram que fechar.
Segundo Caldas et al. (2021) analisam em sua pesquisa os efeitos da Covid-19 nas
constituições e extinções das micro e pequenas empresas no Brasil, partindo de uma
análise temporal de ano de 2015 a 2020. Ao comparar período de 2015 a 2020, notou-se
que a pandemia da Covid-19 não impactou tanto quanto os anos de 2015, 2018, 2019
onde houveram mais extinções de empresas naqueles anos do que em 2020 e que as
medidas do governo também auxiliaram as MPEs, permitindo o acesso ao crédito e a
redução das demissões, com subsídios para manutenção dos empregos, visto que são as
MPEs que geram mais postos de trabalho no país, foi notório que as micro e pequenas
empresas não tiveram medo de se reinventar e se readaptar ao novo normal e que o
comércio virtual veio para estabelecer novos parâmetros de consumo e um novo tipo de
22

consumidor, o cliente-seguidor, pois foi através das redes sociais que os empreendedores
conseguiram um canal de comunicação mais efetivo, tornando esse campo uma
verdadeira plataforma de vendas.
Já Chegosk e De Andrade (2021) objetiva identificar os principais reflexos
tributários e econômicos da pandemia às Microempresas, Pequenas e Médias Empresas
(MPEs), sob a perspectiva de arrecadação do Simples Nacional. Em suas análises os
autores cita a pesquisa realizada pela OCDE em 2020, que acerca das medidas tributárias
utilizadas para o enfrentamento da pandemia pelos países, apurou-se 866 ações fiscais
neste levantamento, onde cita também as medidas com maior incidência: prorrogação de
prazos para pagamentos de impostos/entrega de declarações, isenções fiscais,
parcelamentos mais flexíveis, ampliação das restituições de tributos, ampliação das
compensações de prejuízos no que resultou em uma extrema relevância na economia,
trazendo mais flexibilidade maior a classe empresária.
Em pesquisa realizada por Nascimento e Cavalcanti (2020) onde se propor
medidas práticas para incentivar as empresas a aumentarem doações em prol do combate
ao Covid-19. Neste trabalho os autores sugerem a criação, por parte do Estado, de uma
compensação fiscal às empresas não só pelas doações, mas também levando-se em
consideração a contribuição para com os serviços públicos. Com isso conclui-se que a
disponibilização de incentivo fiscal para doações durante a pandemia estimularia um
maior número de doações das empresas, em conjunto com um trabalho de divulgação
mais assertivo do programa e dos demais já existentes.
Os impactos causados pela pandemia são dinâmicos e maiores alterações podem
ocorrer nas contas das empresas. Consequentemente, a redução da capacidade de gerar
caixa para honrar com os compromissos de curto prazo, pode acarretar a necessidade de
maior financiamento de capital de terceiros nos próximos períodos, impactando ainda
mais nos índices de liquidez e rentabilidade das referidas empresas, segundo Da Silva et
al. (2021). Já no estudo de Pessoa (2022) ao analisar o papel da contabilidade gerencial
como suporte para as empresas nas suas tomadas de decisão durante a Pandemia da
Covid-19, evidenciou que além das variadas formas de trabalho para amenizar os
impactos de demissões e um aumento de busca por relatórios gerencias.
As implicações econômicas são amplas e incertas, com diferentes efeitos
principalmente nas empresas financeiras, que apresentam maior agressividade na prática
de evasão fiscal, mas também nos mercados de trabalho e na economia mundial. Os
23

efeitos econômicos negativos podem variar de acordo com a sequência das medidas de
distanciamento social (por exemplo, lockdown e políticas relacionadas), sua duração de
implementação e o grau de conformidade. É necessário um planejamento de médio e
longo prazo para que a economia seja reequilibrada após esta crise (GOMES; LELES;
KRUGER; VERAS; 2021). Na pesquisa de Periger e Lupion (2020) ele visa analisar o
impacto das incertezas geradas pela pandemia do covid-19 nos contratos empresariais,
propondo-se a examinar os contratos empresariais e o ambiente empresarial sob enfoque
da existência (ou não) de um dever de cooperação entre os contratantes, pois em situações
atípicas como a pandemia da Covid -19 não havendo assim uma fórmula mágica mais
deverá ser levado em consideração deveres de colaboração recíprocos e estruturada sob
uma lógica de tempo e disponibilidade de espaço. Podendo ser avaliada e considerada
qualquer possiblidade de reabertura das renegociações com custos de transação inferiores
aos da judicialização
Periger e Lupion (2020) visa analisar o impacto das incertezas geradas pela
pandemia do covid-19 nos contratos empresariais, propondo-se a examinar os contratos
empresariais e o ambiente empresarial sob enfoque da existência (ou não) de um dever
de cooperação entre os contratantes.
Martinez e Dalfior (2016) ao investigar a relação existente entre o nível de
agressividade fiscal das empresas Controladoras e de suas Controladas nas companhias
abertas listadas na BM&F Bovespa no período de 2009 a 2013, verificaram que o
Controlador tem uma agressividade tributária mais elevada, enquanto as Controladas são
menos agressivas tributariamente, concluindo que as empresas de capital aberto
brasileiras possuem fortes incentivos econômicos para implementação de estratégias
tributárias de income shifting.
Hanlon e Heitzman (2010), a agressividade fiscal é definida como uma redução
explícita na carga tributária sobre o lucro, para Martinez e Martins (2016) em sua pesquisa
evidencia a conformidade entre a agressividade fiscal corporativa e a alavancagem
financeira nas empresas com ações na bolsa de valores de São Paulo – BM&FBOVESPA
no período entre 2010 a 2014 com o intuito de identificar um potencial nível de
endividamento de uma empresa a qual apontou-se que as empresas mais agressivas têm
presença relevante em sua estrutura de capital a utilização de recursos de terceiros.
Em estudo parecido Martinez e Silva (2017) trouxe um parecer a influência da
agressividade fiscal no custo da dívida nas companhias abertas na BM&FBOVESPA no
24

período entre 2009 e 2014 fundamentando a percepção de riscos dos credores em face das
práticas de planejamento tributário, concluindo que quanto menor o nível de
planejamento tributário maior o custo da dívida.
Por sua vez, Da Silva e Martinez (2017) ao relacionar restrições financeiras e
agressividade fiscal nas empresas brasileiras de capital aberto, trouxe evidência em sua
pesquisa que essas empresas se encontram em estado de restrição financeira são as que
tem mais probabilidade de adotar o planejamento tributário tanto em tributos sobre o lucro
quanto nos tributos sobre o faturamento, realizando isso, essas empresas geram caixa
adicional e assim solucionam seus problemas de dificuldades financeiras. Esses
resultados estão em paralelo como o de Shevlin, Edwards e Schwab (2013), onde foram
encontradas evidências arquivísticas sobre o valor do caixa, previsto que, a medida as
restrições financeiras aumentam, as empresas tomam medidas para aumentar os fundos
gerados internamente por meio de planejamento tributário com o fim de se evitar o estado
de insolvência.
Primóla, Nascimento e Campos (2021) quando em debate para a Revista
Catarinense da Ciência Contábil investigou a potencial relação entre a liquidez acionária
e a agressividade fiscal no mercado de capitais brasileiro no período de 2010 a 2019.Para
os autores não foi pertinente a inclusão do ano de 2020, por ter sido um ano atípico devido
à crise da covid-19, em contrapartida esse estudo mesmo não sendo analisado do período
pandêmico traz resultados que apontaram uma relação estatisticamente significante e
economicamente positiva entre a proxy de agressividade fiscal e a liquidez acionária.
Observados indícios de que a liquidez de ações influencia práticas de agressividade fiscal
e que as empresas que possuem ações mais líquidas adotam práticas mais agressivas de
planejamento tributário. Esse comportamento é contrário aos encontrados por Cao e Wan
(2014) e Chen et al. (2019). Sua contribuição foi de extrema valia para demonstrar a
importância das divulgações sobre planejamentos tributários, a fim de que os agentes de
mercado possam adequadamente apreçar os ativos financeiros.
Segundo Chen et al. (2010), a agressividade fiscal é a diminuição do lucro fiscal
por meio de planejamento tributário, este planejamento tanto pode ser realizado por meio
de ações legais, quanto ilegais, entretanto, o objetivo é sempre o de pagar menos tributos.
SOUSA et al. (2020) fez uma associação a agressividade fiscal e a maturidade da dívida
corporativa na América Latina. Ao analisar as informações financeiras das empresas
latino-americanas, dos exercícios financeiros de 2010 a 2017. Identificando que houve
25

associação positiva da agressividade fiscal com as dívidas concentradas a curto prazo nas
empresas analisadas. Sendo assim a pesquisa corrobora com os estudos de Platikanova
(2015) e Kubick e Lockhart (2016), que apontam que a agressividade fiscal influencia a
maturidade da dívida.
Seguindo na mesma linha de estudo sobre a agressividade fiscal, Marques, Vagner
Antônio et al. Fez uma análise do efeito da agressividade tributária sobre o nível de
investimentos, a eficiência produtiva e a rentabilidade das empresas brasileiras listadas
na B3. No período de 2008-2017. Observou-se que a ETR – Effective Tax Rate tem um
efeito negativo e significativo sobre o Nível de Investimentos e a Eficiência Produtiva,
entretanto, não se verificou efeitos estatisticamente significativos sobre o ROE – Return
on Equity e o ROA – Return on Assets. Os resultados da pesquisa reforçam a importância
do Planejamento Tributário como forma de se otimizar os recursos da firma apresentando
evidências de que as principais proxies de agressividade tributária utilizadas na literatura
estrangeira são consistentes no contexto nacional.
Todos esses estudos apresentam, de certa forma, questões que evidenciam a
importância do planejamento tributário atribuída a empresas de diversos setores da
economia, trazendo novas visões a este assunto.
26

3. METODOLOGIA

Nesta seção são apresentados os procedimentos metodológicos adotados na


condução da pesquisa.

3.1 Tipologia da pesquisa


Quanto aos objetivos, esta pesquisa classifica-se como uma pesquisa descritiva,
uma vez que tem como principal objetivo descrever características das empresas listadas
no mercado de capitais brasileiro e o relacionamento entre o nível de agressividade fiscal
e a pandemia do covid-19. Em relação aos procedimentos, o trabalho classifica-se como
uma pesquisa bibliográfica e documental, pois para sua realização utilizou-se de dados
financeiros extraídos das demonstrações contábeis publicadas pelas empresas. Como são
adotadas técnicas matemáticas e estatísticas para a coleta, tratamento e análise dos dados,
quanto à abordagem do problema a pesquisa classifica-se como quantitativa.

3.2 Dados, população e amostra


A população da pesquisa compreende todas as empresas não financeiras listadas
no mercado de capitais brasileiro no período de 2010 a 2021. As empresas financeiras
foram excluídas da amostra, pois seguem regulamentação contábil específica e adotam
alíquotas tributárias diferentes em comparação as empresas dos demais setores. Também
foram excluídas as companhias com lucros antes dos tributos (LAIR) negativos, pois tais
informações causariam distorções no cálculo das variáveis que medem a agressividade
fiscal das empresas.
Assim, a amostra do estudo é composta por todas as empresas não financeiras e
com LAIR positivos e com dados e informações disponíveis para o cálculo das variáveis
utilizadas nos modelos, totalizando 2.049 observações de 326 empresas listadas no
mercado de capitais do Brasil no período de 2010 a 2021, com dados disponíveis no banco
de dados da Economatica.

3.3 Métricas de agressividade fiscal e variáveis de controle


A primeira métrica utilizada para mensurar o nível de agressividade fiscal das
empresas da amostra é a taxa de tributação efetiva (Effective Tax Rate – ETR) que é
calculada por meio da divisão da soma do imposto de renda pessoa jurídica (IRPJ), e da
27

contribuição social sobre o lucro (CSLL), pelo lucro antes dos impostos (LAIR). Portanto,
a ETR é a taxa de imposto efetiva, que é medida usada para se avaliar a efetiva carga
tributária das empresas (MARTINEZ; DALFIOR, 2016).
Para empregar maior robustez aos resultados, foi utilizada uma segunda métrica
para medir o nível de agressividade das empresas listadas no mercado de capitais do
Brasil que é a CashETR, que é calculada por meio da divisão do imposto de renda pessoa
jurídica (IRPJ), e da contribuição social sobre o lucro (CSLL) pago no período, pelo lucro
antes dos impostos (LAIR).
Além das métricas de agressividade fiscal, para estimar o efeito da pandemia do
covid-19 no nível de agressividade fiscal na análise de regressão, no estudo também
foram utilizadas as seguintes variáveis de controle apresentadas no Tabela 1.

Tabela 1- Variáveis de controle

Variável Operacionalização Fonte de coleta Referência


Atwood et al.
Tamanho
Logaritmo natural do valor total do ativo Economatica® (2012)
(TAM)
Rego (2003)
Atwood et al.
Alavancagem Razão entre o montante das dívidas totais
Economatica® (2012);
(ALAV) dividido pelo ativo total
Braga (2017).
Rentabilidad Atwood et al.
Razão entre o lucro operacional e o ativo
e Economatica® (2012)
total
(ROA) Rego (2003)
Variável dummy que assume 1 para as
empresas auditadas por uma das 4 Atwood et al.
BIG4 Economatica®
maiores empresas de auditoria do mundo (2012)
e 0 nos demais casos.
Fonte: Elaborado pela autora.

3.4 Técnicas de análise


Para a análise dos dados foram adotadas técnicas de estatística descritiva; teste de
hipóteses paramétricos (t de Student) e não paramétrico (Mann-whitney); a análise de
correlação de Pearson e a análise de regressão linear múltipla.
A estatística descritiva foi empregada para calcular as medidas de tendência
central (média e mediana) e de dispersão (desvio-padrão e valores mínimos e máximos)
com a finalidade de apresentar a disposição e as características dos dados das variáveis
utilizadas na pesquisa. Já os testes t de Student e Mann-whitney foram empregados para
28

analisar se o nível de agressividade das empresas da amostra é estatisticamente diferente


no período pandêmico em relação ao período pré-pandêmico.
Após, foi realizada a análise de correlação de Pearson com o objetivo de verificar
a associação entre as variáveis e, por fim, foi realizada a análise de regressão linear
múltipla com o objetivo de examinar o efeito da pandemia do covid-19 no nível de
agressividade fiscal das empresas listadas no mercado de capitais brasileiro. Para tanto,
foi utilizada uma variável dummy que assumiu 1 para as observações referentes aos anos
de 2020 e 2021, período pandêmico e 0 para os anos de 2010 a 2019, período pré-
pandêmico.
29

4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

A análise dos resultados inicia-se com a apresentação dos resultados da estatística


descritiva da amostra total do estudo, realizada com o objetivo de demonstrar a disposição
das variáveis da amostra. Os resultados são apresentados na Tabela 2.

Tabela 2 – Estatística descritiva da amostra total

Tabela 2 - Estatística descritiva da amostra total

N MÉDIA DESVIO MEDIANA MÍNIMO MÁXIMO


ETR 2.049 0,2772 0,3543 0,2236 0 4,4372
CashETR 2.049 0,2807 0,4093 0,2148 -0,8594 4,9231
TAM 2.049 3,4475 0,7970 3,4725 0,6985 5,9945
ALAN 2.049 0,2858 0,2136 0,2843 0 2,3492
ROA 2.049 0,1304 0,0989 0,1183 -1,376 1,3374
BIG4 2.049 0,7599 - 1 0 1
PANDEMIA 2.049 0,1928 - 0 0 1

Conforme pode ser observado na Tabela 2, as empresas da amostra no período de


2010 a 2020 apresentam uma ETR média de 0,2772 indicando que em médias as empresas
listadas no mercado de capitais brasileiro incorrem em despesas com os tributos sobre o
lucro de 27,72% (0,2772x100). Quanto a CashETR, que mede o total pago de tributos
sobre o lucro no período em relação ao lucro antes do imposto de renda (LAIR), constata-
se que em média as empresas da amostra pagaram 28,07% (0,2807x100).
Quanto a rentabilidade, observa-se que em médias as empresas da amostra
apresentam rentabilidade sobre o ativo (ROA) de 13,04% (0,1304x100) e nível de
alavancagem de 28,58% (0,2858x100). Além disso, do total das empresas da amostra,
75,99% (0,7599x100) são auditadas por uma das quatro maiores empresas de auditoria
do mundo (BIG4). Das 2.049 observações da amostra, 19,28% (0,1928x100) corresponde
a observações de empresas do período pós-pandemia, ou seja, dos anos de 2020 e 2021,
e 80,72% (100-19,28) de observações dos anos de 2010 a 2019, ou seja, do período pré-
pandemia.
Com finalidade de demonstrar e comparar a disposição e o comportamento dos
dados no período pré e pós-pandêmico foi calculada a estatística descritiva das variáveis
da amostra segregadas. Na Tabela 3 é apresentada a estatística descritiva das variáveis da
amostra dos anos de 2010 a 2019 (pré-pandemia) e dos anos 2020 e 2021 (pós-pandemia).
30

Tabela 3 - Estatística descritiva da amostra do período pré-pandemia e pós-pandemia

Painel A – Pré-pandemia (anos de 2010 a 2019)


N MÉDIA DESVIO MEDIANA MÍNIMO MÁXIMO
ERT 1.654 0,2835 0,3630 0,2288 0 4,4372
CashETR 1.654 0,2942 0,4262 0,2245 -0,8593 4,9230
TAM 1.654 3,4058 0,7867 3,4345 0,6985 5,9347
ALAN 1.654 0,2741 0,2050 0,2739 0 2,3491
ROA 1.654 0,1308 0,1043 0,1188 -1,3764 1,3374
BIG4 1.654 0,7696 - 1 0 1
Painel B – Pós-pandemia (anos de 2020 e 2021)
N MÉDIA DESVIO MEDIANA MÍNIMO MÁXIMO
ERT 395 0,2773 0,3543 0,2236 0 4,4372
CashETR 395 0,2807 0,4093 0,2148 -0,8593 4,9231
TAM 395 3,4475 0,7971 3,4725 0,6985 5,9945
ALAN 395 0,2858 0,2136 0,2843 0 2,3491
ROA 395 0,1304 0,0989 0,1184 -1,3764 1,3374
BIG4 395 0,7190 - 1 0 1

A partir dos dados apresentados na Tabela 3, verifica-se que no período


pandêmico (anos de 2020 e 2021) as empresas listadas no mercado de capitais brasileiro
apresentaram em média maior agressividade fiscal do que no período pré-pandemia (anos
de 2010 a 2019), uma vez que a ETR média das empresas da amostra no período de 2010
a 2019 foi de 28,35% (0,2835x100) e no período de 2020 a 2021 foi de 27,73%
(0,2773x100) e, a média da variável CashETR foi de 29,42% (0,2942x100) no período de
2010 a 2019 foi de 28,07% (0,2807x100).
Portanto, constata-se que empresas da amostra adotaram estratégias de redução ou
postergação dos tributos sobre o lucro de modo mais agressivo no período pandêmico, ou
seja, nos anos de 2020 e 2021, do que no período anterior a pandemia do covid-19, anos
de 2010 a 2019.
Ainda, de acordo com os dados demonstrados na Tabela 3, observa-se a média do
retorno sobre o ativo no período pré-pandemia é de 13,08% (0,1308x100) e no período
pandêmico é de 13,04% (0,1304x100), indicando que o retorno sobre os ativos das
empresas da amostra não apresentou grande variação nos dois períodos. Ademais, pode-
se verificar que no período pandêmico houve uma elevação no nível de alavancagem no
período pandêmico de 0,0117, ou seja, de 1,17% (0,0117x100), sinalizando que as
empresas aumentaram o nível de dívidas em relação ao ativo no período.
Para avaliar se há diferenças estatisticamente significantes no nível de
agressividade das empresas brasileiras com títulos negociados na bolsa de valores do
31

Brasil no período pandêmico em relação ao período pré-pandemia, foram realizados os


testes t de Student e Mann-Whitney. Os resultados não apresentados na Tabela 4.

Tabela 4 - Teste t de Student e Teste de Mann-Whitney

Teste de
N Teste t de
Período Média Mediana Mann-
(2.049) Student
Whitney
Pré-pandemia 1.654 0,2835 0,2288
ERT 1,6299* 2,380**
Pós-pandemia 395 0,2511 0,1913
Pré-pandemia 1.654 0,2942 0,2246
CashETR 3,0582*** 3,987***
Pós-pandemia 395 0,2243 0,1688
*, ** e *** indicam significância a 10%, 5% e 1%, respectivamente.

Os resultados do teste t de Student e do teste de Mann-Whitney para a variável


ERT, que indica o percentual das despesas com os tributos sobre o lucro correntes,
demonstram que o nível de agressividade fiscal das empresas da amostra é
estatisticamente diferente, uma vez que os coeficientes dos testes são significantes a 10%
e 5%, respectivamente.
Em relação a variável CashETR, segunda métrica de agressividade fiscal, que
mede o percentual de tributos sobre o lucro pagos pela empresa no período, semelhante
aos resultados encontrados para a ETR, verifica-se que o total de tributos sobre o lucro
pagos no período pré-pandemia são diferentes dos pagos no período pós-pandemia (anos
de 2020 e 2021), já que os coeficientes dos testes t de Student e Mann-Whitney
apresentaram significância estatística a 1%.
Dessa forma, com base nos resultados do Teste t de Student e do Teste de Mann-
Whitney, apresentados na Tabela 3, verifica-se que as empresas listadas no mercado de
capitais do Brasil apresentam níveis de agressividade fiscal no período pré-pandemia
diferentes do que no período pós-pandemia.
Com a finalidade de analisar a associação entre as variáveis ETR e CashETR e as
variáveis operacionais do modelo foi realizada a análise de correlação de Pearson. Os
resultados são apresentados na Tabela 5.

Tabela 5 - Análise de Correlação de Pearson

Pandemi
ETR CashETR TAM ALAN ROA BIG4
a
ERT 1
0.7177
CashETR 1
***
32

0.0555
TAM 0.0108 1
***
0.0951 0.0736 0.1789
ALAN 1
*** *** ***
-0.0478 -0.0446
ROA -0.0285 0.0053 1
** **
0.3829 0.0941 0.0763
BIG4 -0.0029 -0.0119 1
*** *** ***
Pandemi -0.0360 -0.0674 0.1070 -0.0468
0.1122 -0.0081 1
a * *** *** **
*, ** e *** indicam significância a 10%, 5% e 1%, respectivamente.

De acordo com os resultados, existe um relacionamento negativo e


estatisticamente significante a 10% entre a ETR e a variável pandemia. Além disso, a
partir da Tabela 4 é possível observar que o coeficiente da variável CashETR, segunda
métrica de agressividade fiscal, apresentou uma associação com a variável Pandemia
negativa e significante a 1%. Portanto, infere-se que nos anos de 2020 e 2021, ou seja, no
período pandêmico as empresas brasileiras listadas no mercado de capitais apresentaram
maior agressividade fiscal quando comparadas com o período pré-pandêmico.
Na Tabela 6 são apresentados os resultados da análise de regressão pelo método
dos mínimos quadrados ordinários, estimada com o objetivo de investigar o efeito da
pandemia do covid-19 no nível de agressividade fiscal das empresas da amostra.

Tabela 6 - Análise de Regressão

ETR CashETR
Coeficient p-valor Coeficiente p-valor
e
TAM 0,0273 0,005 0,0076 0,532
ALAN 0,1607 0,002 0,1610 0,007
ROA -0,1011 0,146 -0,2035 0,029
BIG4 -0,0328 0,083 -0,0276 0,201
Pandemia -0,0668 0,032 -0,1172 0,000
Intercepto 0.1959 0,000 0,2768 0,000
Descrição
Número de 2.049 2.049
Observações
F (p-valor) 3,04 (0,000) 2,80 (0,000)
R2 0,0231 0,0200

Os resultados apresentados na Tabela 6 evidenciam que há um relacionamento


negativo e estatisticamente significante a 5% entre as variáveis ETR e Pandemia, e um
relacionamento negativo e estatisticamente significante a 1% entre as variáveis CashETR
e Pandemia, indicando que nos anos de 2020 e 2021 a ETR e a CashETR das empresas
33

foi menor do que nos anos de 2010 a 2019, ou seja, que a ETR e a CashETR dos anos
pós-pandemia foram menores do que as do período pré-pandemia. Logo, conclui-se que
no período pandêmico houve um maior nível de agressividade fiscal das empresas não
financeiras do mercado de capitais brasileiro do que o do período anterior.
Além do mais, em relação ao modelo que tem como variável dependente a ETR,
os coeficientes das variáveis tamanho (TAM) e alavancagem (ALAN) foram positivos e
significantes a 1%. Dessa forma, infere-se que quanto maior e mais alavancada menor e
nível de agressividade das empresas da amostra. Contudo, como a variável BIG4, que
sinaliza as empresas auditadas por uma das 4 maiores empresas de auditoria do mundo,
apresentou coeficiente negativo e significante a 10%, evidencia-se que o fato da empresa
ser auditada por uma big four não inibe a adoção de estratégias mais agressivas de redução
da carga tributária.
Analisando os resultados para o modelo que tem como variável dependente a
CashETR, ou seja, que considera a relação entre os tributos sobre o lucro pagos e o lucro
antes do imposto de renda do período, constata-se um relacionamento positivo e
significante a 1% entre as variáveis CashETR e a ALAN e negativo e significante entre
CashETR e ROA. Portanto, quanto maior o nível de dívida menor é o nível de
agressividade fiscal das empresas da amostra e quanto maior é a rentabilidade sobre o
ativo maior a agressividade fiscal das empresas.
34

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa tem como objetivo investigar a influência da pandemia do covid-19


no nível de agressividade fiscal das empresas brasileiras. Para tanto, utilizou-se uma
amostra formada por 326 empresas não financeiras listadas no mercado de capitais
brasileiro no período de 2010 a 2021.
Por meio dos resultados da estatística descritiva verificou-se que a média do nível
de agressividade fiscal das empresas brasileiras listadas na B3 foi maior no período
pandêmico do que nos anos de 2010 a 2019 (pré-pandemia) e, com base nos resultados
do teste t de Student e Mann-Whitney o nível de agressividade fiscal nos dois períodos
são estatisticamente diferentes, por meio da análise de correlação de Pearson e da análise
de regressão múltipla constatou-se que no período pandêmico as empresas adotaram de
forma mais agressiva estratégias de planejamento tributário para evitar ou postergar o
pagamento de tributos sobre o lucro do que nos anos anteriores.
Esses resultados apresentam evidências de que no período pandêmico o nível de
agressividade fiscal das empresas da amostra foi maior do que em períodos anteriores.
Por fim, sugere-se o desenvolvimento de novas pesquisa que examinem outros aspectos
que influenciaram o aumento no nível de agressividade fiscal das empresas no período
pandêmico.
35

REFERÊNCIAS

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