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➔ Coração
▪ Peso do coração: 250-320g feminino e 300-360g masculino
▪ Espessura da parede do ventrículo direito: 0,3 a 0,5 cm
▪ Espessura da parede do ventrículo esquerdo: 1,3 a 1,5 cm (maior pelo esforço do miocárdio)
➔ Miocárdio
Bombeamento: contração (sístole) + relaxamento (diástole) dos cardiomiócitos
▪ Miócitos do VE: modo circunferencial, em espiral que ajuda a gerar uma onda coordenada de
contração que se estende do ápice até a base do coração.
▪ Miócitos do VD: organização menos estruturada.
▪ Miócitos atriais: arranjos de um modo casual, gerando forças contráteis mais fracas.
Algumas células possuem peptídeo natriurético atrial (promove vasodilatação arterial e estimula
a eliminação renal de sal e água).
Batimento coordenado: mediado pelo discos intercalados que ligam as células individuais e
contêm junções intercelulares especializadas que permitem o acoplamento mecânico e elétrico.
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➔ Valvas
Tricúspide, pulmonar, mitral e aórtica - mantém o uxo UNIDIRECIONAL
➔ Sistema de condução
- Principais componentes:
1) Marcapasso sinoatrial (SA) - de ne ritmo
2) Nó AV - assegura a contração do átrio antes da sístole do V
3) Feixe de His
4) Ramos direito e esquerdo do feixe - rami cam nos ventrículos através das divisões ântero-
superior e posterior-inferior do feixe esquerdo e rede de Purkinje
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➔ Efeitos de envelhecimento
▫ Gordura epicárdica aumenta;
▫ Reduz tamanho da cavidade ventricular esquerda;
▫ Calci cação do anel mitral e valva aórtica (estenose aórtica);
▫ Válvulas com espessamento broso;
▫ Processos liformes (excrescências de Lambl)
▫ Reduz número de miócitos e aumento da brose intersticial - contração e complacência reduz
▫ Aorta mais rígida
▫ Aterosclerose acumulada - isquemia ou placas que rompem = trombose
➔ Fisiopatologia cardíaca
Falha na bomba: fraca função contrátil ou incapacidade de relaxar para permitir o enchimento
Fluxo regurgitante: parte do débito ui para trás através de uma valva incompetente.
Desvio do uxo: permite uxo anormal da direita para esquerda ou esquerda para direita.
Caracterizada por débito cardíaco diminuído, acúmulo de sangue no sistema venoso ou ambos.
Sobrecarga de volume: novos sarcômeros que são depositados em série com os sarcômeros
existentes, levando a dilatação ventrícular.
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➔ Insu ciência cardíaca esquerda
Causada por:
- Cardiopatia isquêmica;
- Hipertensão;
- Doenças das valvas aórtica e mitral;
- Doenças miocárdicas primárias;
Os efeitos clínicos e morfológicos são consequência da congestão passiva (acúmulo de sangue
na circulação pulmonar), estase do sangue nas câmaras esquerdas e perfusão inadequada dos
tecidos levando à disfunção do órgão.
▫ Perfusão renal reduzidas, retenção de sal e água, lesão renal aguda isquêmica (LRA)
▸ Quadro clínico
▫ Coração
▫ Pulmão
▸ Morfologia
▫ Coração
- Congestão venosa sistêmica pode levar ao acúmulo de líquido nos espaços pleural,
pericárdico e peritoneal (derrames peritoneais);
▫ Tecidos subcutâneos
- Fibrose intersticial;
Microscopicamente: aumento do diâmetro transverso dos miócitos.
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➔ Cardiopatia hipertensiva pulmonar (direita)
O VE tem uma parede mais na e complacente que o VD.
▪ Cor pulmonale:
- Hipertro a ventricular direita;
- Dilatação e insu ciência secundária;
- Hipertensão pulmonar.
▪ Causas:
- Distúrbios pulmonares;
- Doenças respiratórias crônicas (en sema ou hipertensão pulmonar primária);
▸ Cor pulmonale agudo
▫ Mutações em genes que codi cam vários componentes da via Notch, incluindo valva aórtica
bicúspide (NOTCH1) e tetralogia de Fallot (JAG1 e NOTCH2).
▫ Deleção do cromossomo 22q11.2, ocorre até 50% dos pacientes com síndrome de
DiGeorge. Associada à múltiplos dé cits (mnemônico CATCH22: anormalidade cardíaca, fáceis
anormal, aplasia típica, fenda palatina e hipocalcemia).
+ comum
São aberturas anormais, xas no septo atrial, causadas pela formação tecidual incompleta, que
permite a comunicação de sangue entre átrios esquerdo e direito.
▫ Quadro clínico
▫ Tratamento
▫ Quadro clínico
DSVs causam di culdades desde o nascimento, lesões menores, em geral, são bem toleradas
durante anos e podem não ser reconhecidas até bem tarde.
- Com o passar do tempo, todos os DSVs, sem fechamento, levam a doença pulmonar
irreversível, resultando, por m, em reversão do shunt, cianose e morte.
▫ Tratamento
- Durante a vida intrauterina, ele permite o uxo sanguíneo da artéria pulmonar para a aorta,
desviando assim dos pulmões não oxigenados. Logo após o nascimento, em lactentes
saudáveis a termo, o canal arterial se contrai e é fechado após 1 à 2 dias
A obliteração estrutural completa ocorre dentro dos primeiros meses de vida extra-uterina.
- O fechamento do canal é retardado (ou mesmo não ocorre) em lactentes com hipóxia (devido a
distúrbio respiratório ou cardiopatia) ou quando a PCA ocorre em associação a outros defeitos
congênitos, particularmente DSVs.
▫ Quadro clínico
Produz um sopro característico que é áspero, contínuo e “semelhante ao som produzido por
uma máquina”.
▹Tetralogia de Fallot
▫ Quadro clínico
- Consequências clínicas dependem da gravidade da estenose subpulmonar, uma vez que isso
determina a direção do uxo.
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Leve: anormalidade assemelha-se à um DSV isolado, e o shunt pode ser da esquerda para a
direita, sem cianose (tetralogia cor-de-rosa).
- A maioria dos lactentes é cianótico desde o nascimento ou torna-se cianótico pouco depois.
▫ Tratamento
- A hipertro a ventricular direita torna-se proeminente porque esta câmara funciona como o
ventrículo sistêmico. Concomitantemente o VE torna-se pouco atró co, uma vez que ele só
tem que suportar a circulação pulmonar.
- Maioria dos pacientes não corrigidos ainda morre nos primeiros meses de vida.
▸ Coarctação da aorta
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A coarctação (estreitamento ou constrição) da aorta é uma anomalia estrutural relativamente
comum e é a forma mais importante de cardiopatia congênita obstrutiva.
▫ Quadro clínico
➔ Cardiopatia isquêmica
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- A isquemia limita a oxigenação do tecido (e logo, geração de ATP), como também
reduz a disponibilidade de nutrientes e a remoção de resíduos metabólicos.
▫ Patogenia
Evento inicial: interrupção de uma placa devido à ruptura, ssuração ou ulceração que
exponham constituintes da placa ⤑ hemorragia no núcleo de placas com expansão do
volume e piora da oclusão.
▸ Angina pectoris
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Ataques paroxísticos e recorrentes de desconforto torácico subesternal ou precordial,
causados por isquemia miocárdica transitória.
+ comum
▫ Angina instável
▫ Angina de Prinzmetal
Forma incomum
▸ Infarto do miocárdio
Morte do músculo cardíaco devido à isquemia grave prolongada.
▫ Patogenia
▫ Padrões de infarto
- Infarto transmural
- Infarto subendocárdico
Pode ocorrer decorrência da ruptura de uma placa seguida por um trombo coronariano
que se torna lisado.
- Microinfarto multifocal
O resultado pode ser morte súbita cardíaca (arritmia fatal) ou cardiomiopatia isquêmica
dilatada chamada cardiomiopatia de takotsubo (síndrome do coração partido)
▫ Morfologia
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Aspectos macroscópicos
- > 2 meses: A cicatriz está completa, mas pode ser remodelada com o tempo.
Aspectos microscópicos
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- <1 h: Edema intercelular e miócitos ondulados na margem do infarto
▸ Quadro clínico
Típico: dor torácica prolongada (+ 30 minutos) descrita como sensação constritiva, de facada ou
de aperto, associada ao pulso fraco e rápido, transpiração profusa (diaforese), náusea e vômitos.
Geralmente anunciado por dor torácica subesternal severa e esmagado ou desconforto que pode
irradiar para o pescoço, mandíbula, epigástrio ou braço esquerdo.
▸ Consequências e complicações
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- Fatores associados: idade avançada, sexo feminino, DM.
- Ruptura ventricular;
- Arritmias;
- Ruptura miocárdica;
- Pericardite;
- Aneurisma ventricular;
▸ Tratamento
- Mor na (dor);
- Reperfusão imediata;
- Agentes antiplaquetários (aspirina, receptor de P2Y12);
- Terapia anticoagulante (HNP, HBPM, inibidores do fator Xa);
- Nitratos (vasodilatação e reverter vasoespasmo);
- Betabloqueadores;
- IECA (limitar a dilatação do ventrículo);
- Suplementação de oxigênio (melhorar satO2);
▸ Morfologia
▪ Achados microscópicos
- Hipertro a miocárdica;
- Vacuolização difusa de miócitos subendocárdicos;
- Fibrose de infartos prévios;
▹Arritmias
▹Morte súbita
Morte inesperada por causa cardíacas, sem sintomas ou entre 1 à 24 horas após iniciar sintomas.
- Mecanismo nal da MSC é mais frequente uma arritmia letal, como brilação ventricular;
- A maioria dos casos de arritmias fatais é desencadeada por irritabilidade elétrica do miocárdio.
- Melhorado por des briladores cardioversores automáticos, que detectam e terminam
eletricamente os episódios de brilação ventricular.
➔ Cardiomiopatias
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Disfunção cardíaca resultante de anormalidade miocárdica.
▸ Cardiomiopatia dilatada
Dilatação cardíaca progressiva e disfunção contrátil (sistólica), com hipertro a concomitante.
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Ocorre em qualquer idade, inclusive na infância (+comum entre 20-50 anos).
▫ Etiologia
- Mutações TTN;
- Lesões do miocárdio adquiridas (miocardite, álcool, sobrecarga de ferro);
▫ Morfologia
Coração: geralmente está aumentado, pesado (2 ou 3 vezes maior), ácido devido à dilatação de
todas as câmaras.
- Marcando a necrose miocárdica prévia causada pela redução da perfusão (devido à má função
contrátil) e aumento da demanda (devido à hipertro a dos miócitos).
▫ Quadro clínico
▫ Tratamento
Transplante cardíaco
➔ Cardiomiopatia arritmogênica do VD
- A maioria dos casos é esporádica, mas as formas familiares ocorrem com defeito
genéticos localizados no cromossomo 14 (herança autossômica dominante com
penetrância variável).
brose e gordura
➔ Cardiomiopatia hipertró ca
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Caracterizado por hipertro a do miocárdio, complacência de ciente do miocárdio do VE
que leva ao enchimento diastólico anormal, e obstrução intermitente da via de saída do
ventrículo ( uxo ventricular).
▸ Patogenia
▸ Morfologia
▸ Quadro clínico
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- Redução do volume sistólico devido ao enchimento diastólico de ciente
- Dispneia aos esforços;
▸ Tratamento
- Maioria dos pacientes melhora com a terapia que promove o relaxamento ventricular;
- Excisão cirúrgica parcial do músculo septal é necessária para aliviar a obstrução da via
de saída;
➔ Cardiomiopatia restritiva
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Caracterizada por uma diminuição primária da complacência ventricular, que resulta em
enchimento ventricular de ciente durante a diástole.
▸ Morfologia
▸ Condições restritivas
▫ Fibrose endomiocárdica
▫ Endomiocardite de Loe er
➔ Miocardite
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▸ Causas.
▸ Infecciosas
Em hospedeiros imunocomprometidos.
- Triquinose;
Doença sistêmica
Doença de Chagas
▸ Não infecciosas
▪ Morfologia
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O coração pode parecer normal ou dilatado, com in ltrado in amatório intersticial,
associado à necrose focal dos miócitos.
▫ Na doença de Chagas
▪ Microscopicamente
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- Miocardite in amatória
+ comum
- Miocardite chagásica
▪ Quadro clínico
Entre esses extremos estão muitos níveis de envolvimento associado à sintomas como:
- Fadiga;
- Dispneia;
- Palpitações;
- Desconforto precordial;
- Febre;
➔ Doença pericárdica
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Causam acúmulo de líquido, in amação, constrição brosa, ou alguma combinação
desses processos, e associado a outra patologia cardíaca ou uma doença sistêmica.
▸ Pericardite
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▪ Morfologia
Aspecto da pericardite crônica: o coração está tão completamente envolto por uma
brose densa que não pode expandir-se durante a diástole (pericardite constritiva).
▪ Quadro clínico
- Dor torácica atípica, não relacionada ao esforço e, muitas vezes, pior na reclinação.
- Quando associada à acúmulo de líquido, a pericardite aguda pode causar
tamponamento cardíaco, com declínio do débito cardíaco e choque.