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26 de novembro de 2017
Resumo
Figura 1: Imagem obtida por Róntgen da mão de sua esposa, A radiação emitida foi utilizada em nossas amostras e,
quando colocada entre uma fonte de raios x e uma chapa obaservando a difração ocorrida, podemos determinar
fotográfica.[8] características importantes sobre o material da amostra.
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R = n1 a1 + n2 a2 + n3 a3 (1)
Ortorrómbica
Para a ortorrómbica a6=b6=c e a = b = g = 90o . Possui
4 distribuições diferentes: simples, de face centrada; de
corpo centrado; e de base centrada onde temos átomos
Figura 4: Exemplo de estrutura cristalina.[10] em cada uma das arestas e no centro da base.
2
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h2 2 2
1 a2
sen2 a + bk2 sen2 b + cl 2 sen2 g + 2kl 2hl 2hk
bc cosa + ac cosb + ab cosg
=
d2 1 cos2 a cos2 b cos2 g + 2cosacosbcosg
(6)
Figura 7: Estruturas ortorrómbicas: simples, de base centrada, de
corpo centrado e de faces centradas respectivamente.[10]
Trigonal
Aqui a = b = c e a = b = g6=90o . Possui apenas uma
A distância entre dois planos d pode ser escrita de tal
forma simples de distribuição.
foma que
1 h2 k2 l2
= + + (4)
d2 a2 b2 c2
Monoclinica
Aqui temos a6=b6=c e a = g = 90o e b 6= 90o . Possui 2
Figura 10: Estrutura trigonal simples.[10]
distribuições diferentes: simples e de base centrada.
Triclinica
Neste caso temos a6=b6=c e a6= b6=g6=90o . Possui apenas Figura 11: Estrutura hexagonal simples. [10]
uma forma simples de distribuição.
A distância entre dois planos d pode ser escrita de tal
foma que
!
1 4 h2 + hk + h2 l2
= + (8)
d2 3 a2 c2
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nl = 2dsenq (9)
Figura 15: Raios x sendo produzidos.[1]
III. Detalhes Experimentais
Por conta dos diferentes parâmetros de impacto, uma
Utilizamos um difratômetro de raios x Rigaku mesma tensão de aceleração de elétrons produz dife-
MiniFlex, figura 13, que pode realizar análises de ma- rentes comprimentos de ondas. Porém, aguns deles
teriais policristalinos e apresenta em seu interior a es- são mais prováveis de existir por ocorrerem em maior
trutura representada na figura 14. intensidade como pode ser conferido na figura 16.
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e o tempo que a amostra fica parada entre um passo e A tabela 1 nos mostra valores confiáveis de referência
outro. A raidição Ka incidirá na amostra fazendo um medidos para os picos intensidades na difração dos
ângulo q com sua suferfície e sofre um desvio 2q em raios x no Alumínio bem como os ângulos em que eles
sua trajetória que é o valor computado pelo sistema ocorrem, os indices de Miler para cada ângulo e as
associado ao difratometro e chamado de ângulo de ditâncias entre os planos.
difração. A radiação espalhada nas amostras geram
diferentes padrões de interferência no detector, com
intensidades altas em valores diferentes de 2q. A lei Tabela 1: Valores de referência para os 4 primeros picos de in-
de Bragg nos fornece uma relação entre os valores de tensidade do alumínio. (Crystallographic Laboratory,
difração e a distância entre os planos de Miller de uma Cambridge, England, UK., ADAPTADO)
estrutura cristalina de Bravais. Com essas relações e
uma consulta na literatura dos valores conhecidos para No h k l s d (nm) 2q [deg] I [%]
os materiais é possível determinar de qual o elemento 1 1 1 1 3 0.2330 38.61 100
ou liga cada amostra é composta. 2 2 0 0 4 0.2020 44.83 90
3 2 2 0 8 0.1430 65.18 80
4 3 1 1 11 0.1220 78.30 100
IV. Resultados, Análise de Dados e
Discussões
Colhemos dados de intensidade por 2q das 5 amostras
estudadas e geramos os difratogramas de todas elas. Utilizando 9 na equação 2 obtemos uma relação para
A indentificação de uma estrutura cristalina através o parâmetro de rede do alumínio
desses dados torna-se complexa pois exige a resolução
de equações polinomiais de muitas variáveis por isso
vamos usar o software X 0 PertHighscore, que analisa um
difratograma e compara com um banco de dados, para, p
l s
assim, podermos identificar a amostra desconhecida a= (10)
2senq
e sabermos seu parâmetro de rede. Para demosstrar
como indentifica-se uma amostra vamos trabalhar com
o alumínio.
onde s = h2 + k2 + l 2 . Assim para cada s da tabela 2
calculamos o parâmetro de rede
Alumínio
Para o alumínio temos o seguite da figura 17. A região
irregular que aparece na figura indica que o material Tabela 2: Valores calculados do parâmetro de rede a do alumínio
poderia estar contaminado de alguma forma. Hipótese considerando os dados de referência da tabela 1
razoável, pois a amostra é bem antiga, ou que a amostra
não é feita alumínio puro. No s a [nm]
1 3 0.404
2 4 0.404
3 8 0.405
4 11 0.405
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ll
c= (12)
2senq
Para os 3 picos temos parâmetro médio (ccalc =
0.33 ± 0.02nm) que converge muito bem com o valor da
literatura clit ⇡ 0.33nm). Porém, como h e k são sempre
zero, não conseguimos calcular o valor do parâmetro de
rede a, porém temos indícios suficientes para afirmar
que a amosta 1 é grafite.
Amostra 2
Nota-se que na figura 21 que apresenta o espectro de
Figura 18: Espectro de raios x para a amostra 1. raios x para a amostra 2 temos um pico para baixo, isso
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ocorreu pois em um dado momento pausamos a aquisi- Tabela 6: Valores de referência para os 4 primeros picos de intensi-
ção de dados e na retomada surgiu este pico, ou seja, dade do carbeto de cromo. (Crystallographic Laboratory,
podemos desconsidera-lo. Note que o difratograma da Cambridge, England, UK., ADAPTADO.
amostra 2 é muito semelhante ao da amostra de alumí-
No h k l s d (nm) 2q [deg] I [%]
nio, logo, a priori pensamos que esta também era uma
1 1 1 1 3 0.2330 38.61 100.0
de alumínio.
2 0 0 2 4 0.2017 44.90 100.0
3 0 2 2 8 0.1427 65.34 100.0
4 1 1 3 11 0.1218 78.46 5.0
Amostra 3
A partir de nossos dados no X 0 PertHighscore vimos que
o zinco parecia ser o material mais se assemelhava com
Figura 21: Espectro de raios x para a amostra 2. nossa amostra. A figura 22 mostra nosso difratograma
para a amostra 3 e a tabela 7 possui os valores de
refrência para o zinco.
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Amostra 4 a = 2d (18)
Substituindo em 9 ficamos com
Aqui o X 0 PertHighscore nos apresenta duas possibili-
dades razoáveis: tântalo e titânio. A figura 23 mostra l
o difratograma da amostra 4 e as tabelas 8 e 9 mos- a= (19)
senq
tram os valores de referência apara o titânio e o tântalo Isso nos fornece um parâmetro de rede a( tan
respectivamente. calc) = 0.329nm muito próximo do teórico.
Para o titânio podemos usar 8 e, com os indices [200]
ficamos com
4d
a =p (20)
3
Substituindo em 9 temos
2l
a =p (21)
3senq
Esta relação nos fornece um parâmetro de rede
ati calc = 0.380nm um pouco mais distânte do valor
Figura 23: Espectro de raios x para a amostra 4. da literatura, mas ainda sim razoável.
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Nossos dados convergem mais para o tântalo, porém, [10] http://www.seas.upenn.edu/ chem101/
os valores são muito próximos e não temos como esti-
mar erros de forma razoável não fica conclusiva nossa
análise.
V. Conclusões
Embora não tenhamos obtido 100% de sucesso na
análise de todas amostras, foi possível restringir as
possibilidades de materiais utilizando o programa
X 0 PertHighscore.
A amostra de alumínio, já conhecida, foi usada ape-
nas para aplicar e conhecer o método de análise.
A amostra 1 apresentou o parâmetro de rede (ccalc =
0.33 ± 0.02nm) convergindo com o valor do grafite e,
apesar de não conseguirmos calacular o parâmetro de
rede, a pode-se afirmar que se trata de uma amostra de
grafite.
No caso da amostra 2, conseguimos, com a ajuda
do software, restringir a 4 possibilidades: alumínio,
fluoreto de lítio, platina e carbeto de cromo. Já a amos-
tra 3 se trata de uma amostra de zinco e conseguimos
calcular seus parâmetros de rede ccalc = 0.490nm e
alit ⇡ 0, 266nm.
Na amostra 4 conseguimos, com a ajuda do software,
restringir a 2 possibilidades: titânio ou tântalo. Ao
cacular os parâmetros de rede ati calc = 0.380nm e
a( tan calc) = 0.329nm. O tântalo apresentou maior
convergencia com o valor da literatura, porém, pela
dificuldade de calcular os erros associados assumimos
que a análise foi inconclusiva.
Referências
[1] Rodrigues. A. J., Raios x: difração e espectroscopia,
Série Apontamentos, Edtora Ufscar, 2005
[4] www.hqgraphene.com/HOPG.php
[5] www.princeton.edu/iac/equip/RigakuXRD
[6] www.shimadzu.com.br/analitica/produtos/difratometros
[7] https://publish.illinois.edu/x-
raycrystallography/2014/12/18/introduction/
[8] https://en.wikipedia.org/wiki/X-ray
[9] http://cdn.iopscience.com/images/books/978-1-
6817-4473-5/