Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2022
Introdução
RT = ∫ RT ( ν) d ν
0
νmáx α T
onde νmáx é a frequência em que a radiância tem seu valor máximo para uma dada
temperatura.
Estes resultados estão em acordo com os dados experimentais, como por exemplo,
quando colocamos um atiçador de ferro no fogo, e é possível observar que o atiçador no início
quando está em temperatura relativamente baixa, ele irradia calor, e esta irradiação não é visível, e a
medida que a temperatura aumenta a quantidade de radiação térmica que o atiçador emite cresce
rapidamente e torna-se possível observar efeitos visíveis como o surgimento de uma cor vermelha
apagada, passando para uma cor vermelho brilhante, e a temperaturas mais elevadas uma cor
branco-azulada intensa e, à medida que a temperatura aumenta, o atiçador emitirá radiação térmica
crescente até atingir um valor máximo de radiação térmica que terá a frequência máxima para uma
data temperatura correspondente.
As propriedades da radiação térmica e dos corpos negros são estudadas
experimentalmente, por meio de cavidades que contém um orifício como ilustrado na figura 2:
A radiação térmica provinda do meio exterior incide sobre o orifício penetra pela
cavidade e sofre repetidas reflexões entre as paredes da cavidade, onde é absorvida pelas paredes da
cavidade neste processo se consideramos que a área do orifício (abertura) é muito pequena
comparada com a área da superfície interna da cavidade, e por isto, somente uma quantidade
desprezível da radiação incidente será refletida para o exterior, através do orifício, para fora da
cavidade, e assim, teremos que praticamente toda a radiação incidente é absorvida pelas paredes da
cavidade, e desta forma, o orifício apresentará as propriedades da superfície de um corpo negro.
A teoria clássica da radiação de cavidade chegou a resultados teóricos incompatíveis
com os resultados obtidos experimentalmente, a figura 3 sintetiza o resultado teoria clássico.
Materiais e Métodos
Figura 5: Resultado da
simulação obtida no
simulador Phet.colorado.edu,
quando o planeta Terra é visto
como um corpo negro. Fonte:
Simulador online
Phet.colorado.edu
Figura 6: Resultado da
simulação obtida no simulador
Phet.colorado.edu, quando uma
lâmpada é vista como um
corpo negro. Fonte: Simulador
online Phet.colorado.edu
Da simulação obtemos os dados: λ = 9,660x102nm, RT(ν)= 3,13MW/m2/µm, Intensidade
luminosa = 4,59x106 W/m2, T = 3000K (corpo negro = Lâmpada), pico da radiância espectral está
na região do infravermelho, e o que enxergamos é uma faixa estreita na região do visível.
A próxima simulação foi obtida colocando-se a temperatura na posição do Sol no
simulador. A figura 7 ilustra a simulação obtida.
Figura 7: Resultado da
simulação obtida no simulador
Phet.colorado.edu, quando o
Sol é visto como um corpo
negro. Fonte: Simulador online
Phet.colorado.edu
Figura 8: Resultado da
simulação obtida no simulador
Phet.colorado.edu, quando a
estrela Sirius A é visto como
um corpo negro. Fonte:
Simulador online
Phet.colorado.edu
Da simulação obtemos os dados: λ = 2,90x102nm, RT(ν).= 1.286,78MW/m2/µm,
Intensidade luminosa = 5,67x108 W/m2, T = 10.000K (corpo negro = Sirius A), pico máximo da
radiância espectral está região do ultravioleta e na região do visível abrangem mais intensamente a
região de comprimento de onda 380 à 340 (cor violeta) diminuindo significativamente para as
outras regiões da luz visível sendo que a menor parcela do visível incluída é entre 620 a 780nm (cor
vermelha) e decaindo ao longo do infravermelho.
O site apresenta alguns questionamentos sobre o efeito da variação da temperatura no
espectro do corpo negro. Vamos então apresentar nossa discussão para cada questionamento:
Primeiro questionamento: Descrever o que acontece com o espectro de corpo negro à
medida que aumenta ou diminui a temperatura. O que acontece com a forma da curva e o pico desta
curva?
Com o aumento da temperatura ocorre um deslocamento do pico de potência irradiada
máxima, da região do infravermelho para a região do ultravioleta. Através das simulações feitas
observamos este deslocamento do pico de potência irradiada máxima, o que resumimos na tabela 1.
Tabela 1 – Resumos como os dados obtidos nas quatro simulações realizadas no simulador
Phet.colorado.edu.
Temperatura Região do pico Curva de Gauss
Simulação dada pelo máximo do espectro Área sob a curva = Potência
simulador do corpo negro irradiada
Baixíssima potência irradiada
Primeira - Terra 300K Infravermelho
RT(ν) = 3x10-5MW/m2/µm
Baixa potência irradiada
Segunda - Lâmpada 3000K Infravermelho
RT(ν) = 3,13MW/m2/µm
Média potência irradiada
Terceira - Sol 5.800K Visível
RT(ν) = 84,46MW/m2/µm
Alta potência irradiada
Quarta - Sirius A 10.000K Ultravioleta
RT(ν) = 1.286,78MW/m2/µm
Terceiro questionamento: Imagine que você veja dois objetos quentes e brilhantes - um
está brilhando em laranja e o outro está brilhando em azul. Qual deles é mais quente? O azul,
apresenta maior comprimento de onda, consequentemente menor frequência comparado ao
comprimento e frequência da cor laranja. Assim a cor azul é o mais quente.
Tabela 2 – Resumos como os dados obtidos nas quatro simulações realizadas no simulador
Phet.colorado.edu.
Temperatura Comprimento de onda do Frequência para cada
Simulação dada pelo pico máximo do espectro do comprimento de onda.
simulador corpo negro
Primeira - Terra 300K λ = 9,66x103nm f = 3,11x1013Hz
Segunda - Lâmpada 3000K λ = 9,660x102nm f = 3,11x1014Hz
Terceira - Sol 5.800K λ = 5,00x102nm f = 6,0x1014 Hz
Quarta - Sirius A 10.000K λ = 2,90x102nm f = 1,03x1015Hz
Conclusão
Concluímos que a utilização de um simulador nos auxilia a compreender e explicar o
fenômeno do espectro do corpo negro de uma forma clara e conclusiva. Que este fenômeno foi
amplamente estudado pelos renomados físicos e matemáticos do passado e, contribuiu amplamente
para o avanço da física, pois a partir dele a física quântica deu seus primeiros passos seguindo
reformulando o conhecimento das leis naturais, vindo a contribuir significativamente para o avanço
tecnológico que hoje experimentamos.
Referências Bibliográficas
2 - Site https://phet.colorado.edu/sims/html/blackbody-spectrum/latest/blackbody-spectrum_en.html