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Relatório

Elemento químico Tálio e seus isótopos e elemento químico hipotético

Maria Luiza Morais Pires Ferreira

2021
Introdução

Em medicina nuclear são utilizados alguns radioisótopos para fins de tratamento médico,
estes radioisótopos recebem o nome de radiofármacos, e eles possuem funções como: tratar
doenças, favorecer a obtenção de imagens dos órgãos internos com maior nitidez para fins de
diagnóstico (2)
e como material para a fabricação de detectores de radiação (3)
. Vamos
relacionar neste trabalho os isótopos do elemento químico tálio e abordar os tipos de
decaimento radioativo que ocorrem com este elemento químico. O tálio, foi isolado pela
primeira vez em 1862 por Willian Crookes e Lamy . O símbolo do tálio é Tl, possui número
(4)

atômico 81 e massa atômica 204,4 u, é classificado como um metal e pertence ao grupo 13 da


tabela periódica, é mole e maleável e à temperatura ambiente é um sólido. É altamente tóxico e
muito utilizado em detectores de radiação infravermelha e radiação gama. As fontes naturais
deste elemento são minérios de pirita e pode ser obtido como subproduto da mineração de
chumbo e zinco. Apresentamos na tabela abaixo as propriedades físico-químicas deste
elemento.

Tabela 1 – Propriedades físico-químicas do elemento tálio.


Propriedade Valor
Massa específica do sólido 11.850 Kg/m3
Ponto de fusão 303,5 ºC
Calor de fusão 4,2 KJ/mol
Ponto de ebulição 1.473 ºC
Calor de vaporização 165 KJ/mol
Eletronegatividade 1,62 Pauling
Estados de oxidação +1, +3
Resistividade elétrica 15x10-8 W m
Condutividade térmica 46,1 W/(m. ºC)
Calor específico 129 J/(kg. ºC)
Coeficiente de expansão térmica 2,99x10-5 (1 / ºC)
Coeficiente de Poisson 0,45
Fonte: Livro texto Princípios de Química (4).
Materiais e Métodos

Para analisar a estabilidade do núcleo atômico utilizamos como instrumento de


partida um simulador online da plataforma Phet.colorado.edu . Nesta plataforma foi possível
(5)

visualizar como a relação número de prótons e nêutrons no núcleo atômico está intimamente
ligada à sua estabilidade nuclear.

Utilizamos como material de apoio para a construção da discussão sobre a


estabilidade do núcleo atômico o livro Princípios de Química (4)
, que aborda no capitulo 17 os
padrões da estabilidade nuclear e o livro Introdução a Física Nuclear , o qual, aborda no
(6)

capítulo dois as propriedades macroscópicas dos núcleos.

Obtenção dos dados

Apresentamos a simulação do núcleo radioativos e seus isótopos hipotéticos criados


no site phet.colorado.ed (5):
Isótopo
Átomo Neutro radioativo

Figura 1 – Átomo neutro com Z=5, N=5 Figura 2 – Isótopo radioativo Z=5, N= 7
A= 10 N=12

Para construirmos o átomo neutro inserimos 5 prótons e 5 neutros no núcleo e 5


elétrons na eletrosfera e o simulador já nos apontou o nome para este elemento e sua condição
de estável. Procedemos da mesma forma para construção do isótopo radioativo do átomo neutro
construído, porém para que o mesmo se tornasse radioativo, sendo portando um núcleo instável
adicionamos dois neutros a mais no núcleo e o simulador já nos apontou que este núcleo agora
estava instável. As figuras 1 e 2 ilustra ambos os processos.
Atendendo a proposta feita para este estudo, buscamos analisar os tipos de
decaimentos radioativos para o elemento químico tálio. Como fonte de pesquisa utilizamos a
plataforma Live Chart of Nuclides(1), onde foi possível obter todos os isótopos deste elemento
com seus respectivos decaimentos nucleares, os quais foram organizados na tabela 2 para
melhor visualização.

A tabela 2 apresenta os isótopos e o tipo de decaimento radioativo que ocorrem com o


elemento químico tálio.

Tabela 2 – Tálio, Z=81 e processos de decaimento para cada um de seus isótopos


Elemento Químico Tálio Decaimentos
176 T  
81 95
100% p
l
177 27,0% α
81Tl 96
73,0% p
177m1 T  
81 96
51% p
l 49% α
17
8 Tl97
  ≈ 53% α
81 ≈ 47% ec, β+
17 T  
9 9
< 100% α
81 l 7 -p
- ec, β+
179   α
m Tl98
81 - ec, β+
p
IT
18  
0 Tl99
94,4% ec, β+
81 64,4% α
3.2 x 10-3 %ec, 2% SF
18  
1 Tl100
< 10% α
81
181m  
81 Tl100
99,60% IT
0,40% α
182
97,5% ec, β+
81Tl 101
< 5% α
183 T  
81 102
< 0% ec, β+
l -α
183m1 T  
81 102
1,5% α
l - IT
- ec, β+
183m2 T  100% IT
81 102
l
184   97,9% ec, β+
Tl
81 104 2,1% α
185   ec, β+
Tl
81 104
185m1 T   IT
81 l 105 α
Continuação da tabela 2
186m1 T   100% ec, β+
81 l 105 0,0006% α
186m2 T   100% IT
81 l 105
187   100% ec, β+
Tl
81 106 0,03% α
187m   < 99,9% ec, β+
Tl
81 106 < 99,9% IT
0,15% α
187   -
Tl
81 106
18   -
7 Tl106
81
188   100% ec, β+
Tl
81 107
188m   100% ec, β+
Tl
81 107
188m1 T   100% IT
81 l 107
189 T  
81 108
l 100% ec, β+
189m
81
T  
108
98,2% ec, β+
l < 4% IT
190 T  
81 109
100% ec, β+
l
190m1
81
T  
109
100% ec, β+
l
190m3 T  
81 109
-
l
190m3 T  
81 109
100% IT
l
19 T  
1 11
-
81 l 0
191m T  
81 11
-
l 0
192 T  
81 11
100% ec, β+
l 1
192m1 T  
81 1
100% ec, β+
l 1
192m2 T  
81 11
100% IT
l 1
193 T  
81 11
100% ec, β+
l 2
193m T  
81 11
≤ 75% IT
l 2 ≥ 25% ec, β+
194 T  
81 11
100% ec, β+
l 3 1x10-7% α
194m T  
81 11
100% ec, β+
l 3
195 T  
81 11
100% ec, β+
l 4
195m T  
81 11
100% IT
l 4
196 T  
81 11
100% ec, β+
l 5
196m T  
81 11
96,2% ec, β+
l 5 3,8% IT
197 T  
81 11
100% ec, β+
l 6
Continuação da tabela 2
197m1 T  
81 11
100% IT
l 6
198 T  
81 11
100% ec, β+
l 7
198m1 T  
81 11
59,9% ec, β+
l 7 49,1% IT
198 T  
81 11
-
l 7
198m2 T  
81 11
100% IT
l 7
199 T  
81 11
100% ec, β+
l 8
199m T  
81 11
l 8 100% IT
200 T  
81 11
100% ec, β+
l 9
200m T  
81 11
100% IT
l 9
200 T  
81 11
-
l 9
201 T  
81 120
100% ec
l
201m
81
T  
120
100% IT
l
202 T  
81 12
100% ec, β+
l 1
202 T  
81 12
0% IT
l 1
203 T  
81 122
-
l
203m T  
81 122
-
l
204 T  
81 123
97,08% β-
l 2,97% ec, β+
204m T  
81 123
100% IT
l
204 T  
81 123
-
l
204 T  
81 123
-
l
205 T  
81 124
-
l
205m1 T  
81 124
-
l
205m2 T   -
81 124
l
206
81
T  
125
100% β-
l
206m T  
81 125
100% IT
l
207 T  
81 126
100% β-
l
207m T  
81 1
100% IT
l 2
208 T  
81 127
100% β-
l
209 T  
81 128
100% β-
l
210 T  
81 129
100% β-
l 0,007% β- n
21 T  
1 130
100% β-
81 l - β- n
212 T  
81 13
100% β-
l 1 1,8% β- n
21 T  
3 13
100% β-
81 l 2 - β- n

Continuação tabela 2
214 T  
81 13
100% β-
l 3 34,12% β- n
215 T  
81 134
β- n
l β-
216 T  
81 13
β- n
l 5 β-
217 T  
81 136
100% β-
l - β-n
Fonte: site https://www-nds.iaea.org/relnsd/vcharthtml/VChartHTML.html

Resultados e Discussões

No intuito de compreender a natureza que vivemos, os cientistas buscaram entender


as propriedades da matéria mapeando seus elementos constitutivos, e assim ao longo deste
trabalho depararam com elementos que apresentam uma estabilidade, ou seja, permanecem na
natureza por um período longo e outros que permanecem por períodos curtos a extremamente
curtos, e isto é claro, motivou a busca por explicações deste fenômeno também com objetivo de
não só conhecermos o meio que vivemos, mas também extrair recursos tecnológicos oriundos
destas características dos elementos para alcançar soluções para diversos problemas da vida
humana, sendo um dele, talvez o mais importante a melhora na qualidade e tempo da vida
orgânica.
Uma das perguntas chaves neste sentido foi: será que existem padrões de
estabilidade e instabilidade dos núcleos? e se estes padrões existem eles podem nos permitir
predizer os caminhos de decaimento nuclear? Ao que tudo indica os padrões existem e foram,
são e ainda serão muito estudados (4). Observando a ocorrência dos elementos estáveis na
natureza temos já um ponto interessante que é o fato de que os elementos químicos de número
atômico par são mais abundantes que os elementos químicos de número atômico ímpar, e
podemos constatar este fato pelo gráfico da variação da abundância nuclear cósmica com o
número atômico:

Figura 3 – Variação da
abundância nuclear cósmica com
o número atômico. Observe que
os elementos de número atômico
par (curva marrom) são mais
abundantes do que os elementos
com número atômico ímpar
(curva azul). Fonte: Princípios de
Química (4).

A variação da abundância nuclear cósmica com o número atômico mostrado na


figura 3 também ocorrem na Terra , ainda que a composição química da Terra seja um pouco
diferente, pois na Terra os elementos mais abundantes, que apresentam 1% ou mais da massa
da Terra [oxigênio(z=8) – 30,1%, silício(z=14) – 15,1%, alumínio(z=13) - 1,4%, ferro(z=26) –
32,1%, cálcio(z=20) - 1,5%, enxofre(z=16) - 2,9%, níquel(z=28) - 1,8% e magnésio(z=12) –
13,9%] somente o alumínio tem número atômico ímpar(4), e isto já no direciona a raciocinar
sobre a importância da paridade do número atômico para a estabilidade do núcleo.
Todo núcleo com número de massa maior que quatro é chamado de núcleo
complexo e todos os núcleos complexos com número atômico menor ou igual a 92 são
encontrados na natureza, contudo os que apresentam número atômico superior a 92 são
chamados transurânicos e só existem se produzidos artificialmente (6).
Os núcleos de número par de prótons e nêutrons são mais estáveis do que os
núcleos que apresentam outras combinações entre os números de nucleons, e de forma inversa
podemos dizer que os núcleos de número ímpar de prótons e nêutrons são os menos estáveis,
podemos verificar observando a figura 4 abaixo:

Figura 4 – Número de nuclídeos


estáveis com número de prótons e
nêutrons pares ou ímpares. Com
exceção do hidrogênio, o maior
número de nuclídeos estáveis (157)
tem número de prótons e nêutrons
pares. Somente quatro nuclídeos
estáveis têm número impares de
prótons e nêutrons. Fonte: Livro
Princípios de Química (PQ).

Os núcleos apresentam maior probabilidade de serem estáveis quando a composição no


número de núcleons obedece a sequência dada pelos número 2,8, 20, 50, 82, 114, 126 e 184, estes
números receberam o nome de números mágicos (4), assim temos, por exemplo o elemento estanho –
Sn – apresenta número atômico igual a 50 e ele apresenta dez isótopos estáveis, é o máximo
observado que um elemento pode atingir de isótopos estáveis, e já o elemento logo na sequência, o
antimônio com número atômico igual a 51 tem apenas dois isótopos estáveis. Observando a sequencia
dos números mágicos vemos que a partícula α é um núcleo “duplamente mágico” pois apresenta dois
prótons e dois nêutrons, também temos muitos actinídeos que decaem por uma série de etapas até
atingirem o 20882Pb, que também é um nuclídeo duplamente mágico, pois ele apresenta 126 nêutrons e
82 prótons. E ainda podemos comparar este padrão, que é um padrão de estabilidade, com o padrão
de estabilidade dos elétrons nos átomos, se observarmos os gases nobres eles possuem 2, 10,18, 36,
54 e 86 elétrons (4).

Ainda podemos relacionar o número de massa com o número atômico e verificamos que
os núcleos estáveis são encontrados em uma banda de estabilidade cercada por um mar de
instabilidade que delimita uma região de nuclídeos instáveis que decaem com emissão de radiação,
assim temos que núcleos com número atômico até 20 o número de massa esta próximo de 2Z e para
os núcleos com número atômico maior que 20, estáveis e instáveis, ele possuem mais nêutrons do que
prótons e o número de massa fica aproximadamente maior que 2Z. Podemos dizer que o aumento no
número de nêutrons está de alguma forma compensando o pouco alcance da força nuclear forte, visto
que é esta força que mantém os prótons e o nêutrons juntos no núcleo atômico sendo forte o
suficiente para superar a força de repulsão entre os prótons, contudo de baixo alcance (a uma curta
distância) e por isto a necessidade de aumentar os nêutrons que compensam o curto alcance da força
forte e provocam um efeito de blindagem das repulsões eletrostáticas entre as cargas positivas dos
prótons (4). A figura 5 ilustra a relação entre o número de massa e o número atômico dos elementos:

Figura 5 – Relação entre o número de


massa e o número atômico correlacionada
com a estabilidade e a instabilidade dos
elementos. Os nuclúdeos ao longo da
faixa preta são, em geral, estáveis. Os
nuclídeos situados na região azul
provavelmente emitirão uma partícula β e
os situados na região vermelha
provavelmente emitirão uma partícula α
(desde que Z ≥ 84), os nuclídeos situados
na região rosa provavelmente emitirão
pósitron ou capturarão um elétron. A linha
reta indica a posição que os nuclídeos
ocupariam se o número de nêutrons fosse
igual ao número de prótons (A=2Z). O
destaque amplia a região do diagrama
próximo de Z=60. Fonte: Princípios de
Química (4).

Ainda podemos extrair algumas informações importantes da figura 5, pois a curva


obtida também é chamada de carta de nuclídeos, e observamos que a maioria dos nuclídeos são
instáveis, quando se aponta que em mais tempo ou menos tempo se transformam em outros
nuclídeos diferentes, por emissão ou absorção de partículas, onde chamamos estas
transformações de decaimentos ou desintegrações nucleares (6). Para analisarmos um pouco
mais sobre a estabilidade dos elementos químicos vamos considerar o processo de
desintegração beta, a qual pode ocorrem a partir de três processos distintos:

1) O decaimento beta menos β- representado pela equação nuclear:

(Z, A) → (Z + 1, A) + e- + √e

Este decaimento consiste na transformação do núcleo (Z, A) no isóbaro (Z +1, A)


com a emissão simultânea de um elétron e- e um antineutrino √e.

2) O decaimento beta mais β+ representado pela equação nuclear:

(Z, A) → (Z - 1, A) + e+ + √e

Este decaimento consiste na transformação do núcleo (Z, A) no isóbaro (Z - 1, A)


com a emissão simultânea de um pósitron e+ e um neutrino √e.

3) O decaimento por captura eletrônica, representado pela equação nuclear:

(Z, A) + e- → (Z - 1, A) + √e

Este decaimento consiste na transformação do núcleo (Z, A) no isóbaro (Z – 1, A)


pela captura de um elétron orbital emitindo um neutrino

Os três tipos de decaimentos obedecem a lei de conservação do número bariônico,


número leptônico eletrônico e número de carga, sendo que o neutrino e o antineutrino
satisfazem a lei de conservação do momentum angular e da energia (6). O que se observa que
que os núcleos estáveis que observamos são estáveis em relação a estes três processos de
decaimento, e são chamados de núcleos beta-estáveis (6). Mas é necessário ainda falarmos
sobre o vale de estabilidade beta, onde os resultados experimentais mostram que, para um dado
número de massa A (para uma dada família isobárica) a massa dos nuclídeos se encontram em
cima de parábolas, quando plotadas contra z, onde temos duas situações:

1 - Número de massa A ser igual a número ímpar, em que os valores das massas
nucleares se situam em cima de uma única parábola, conforme ilustrado na figura 6:

Massa
Z
Figura 6 – Parábola de massa para A = 125.
Fonte: Introdução à física nuclear (FN)

Da figura podemos observar um núcleo tende a decair para um vizinho isóbaro de


menor massa, por β+, β- ou por captura eletrônica, temos que os núcleos que têm massa a menor
massa dentro de cada família isobárica permanecem no fundo das parábolas e são, portanto,
beta-estáveis. Este comportamento explica por que existe somente um núcleo estável quando o
número de massa é ímpar.

2 – Número de massa A ser igual a número par, onde os valores de massas ficam
distribuídos em duas parábolas, com os núcleos ímpar-ímpar permanecendo na parábola de
superior e os núcleos par-par na parábola inferior e isto gera um efeito conhecido como efeito
par-ímpar. Neste caso tem-se até três núcleos estáveis 6). A figura 7 ilustra este efeito:
Massa

Z
Figura 7 – Parábola de massa para A = 124. A curva em
preto representa os núcleos ímpar-ímpar, e a curva em
verde representa os núcleos par-par.
Fonte: Introdução à física nuclear (FN)

Desta forma ao obtermos as parábolas de massa para cada número de massa A estas
parábolas juntas formam um vale analogamente ao potencial gravitacional, e este vale é
denominado de vale de estabilidade beta, cuja na região onde se encontra elementos químicos
com Z menores, estão localizados os nuclídeos β- instáveis, os quais são ricos em nêutrons e na
região onde o número atômico é maior tem-se os nuclídeos β+ instáveis e os instáveis por
captura eletrônica, os quais são ricos em prótons e no fundo do vale encontramos os nuclídeos
beta-estáveis. A figura 8 é uma representação esquemática do vale de estabilidade beta.
Próton
s
Estável
β+, CE
β-
α
Próton
Fissão

Nêutron
s

Fígura 8 – Vale de estabilidade beta, N=Z, curva de núcleos estáveis, e decaimentos.

Conclusão

Podemos concluir que tanto o simulador de núcleos quanto o site que fornecem a
relação de isótopos dos elementos químicos facilitam o entendimento dos processos de
decaimento atômico, possibilitando uma melhor compreensão dos mesmos. E observamos que
o elemento químico tálio decai preferencialmente por decaimento β+ para números de massa
menores e a medida que o número de massa aumenta ele passa a decai não mais pelo
decaimento β+ e sim exclusivamente por β- o que está totalmente embasado pelos dados
experimentais e os fundamentos teóricos.
Fica claro estabelecer quais os padrões são determinantes para a estabilidades dos
elementos químicos, padrões estes como o número de nucleons no núcleo atômico, as forças
nucleares atuantes, a variação no número de nêutrons no núcleo compensando o curto alcance
da força forte nuclear, a forma como os processos de decaimento ocorrem em conformidade se
tem excesso de nêutrons ou prótons no núcleo atômico, a conservação bariônica, leptônica e do
número de carga, bem como a conservação do momento angular e de energia nos processos de
transformação dados pelos decaimentos radioativos.

Referências Bibliográficas
1. Site Live Chart of Nuclides: https://www-nds.iaea.org/relnsd/vcharthtml/VChartHTML.html

2. Culver C.M., Dworkin H.J. Comparison of personnel radiation dosimetry from


myocardial perfusion scintigraphy: technetium-99m-sestamibi versus thallium-201. J Nucl
Med. 1993 Jul;34(7):1210-3. PMID: 8315504.
3. Santos, R. A. Otimização da metodologia de preparação do cristal de brometo de tálio
para sua aplicação como detector de radiação. Dissertação apresentada como parte dos
requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências na Area de Tecnologia Nuclear -
Aplicações. Instituto de pesquisas energéticas e nucleares – autarquia associada à universidades
de São Paulo, 2012

4. Jones, L., Atkins, P. Princípios de química, questionando a vida e o meio ambiente.


Editora Artmed, 3ª ed. pag. 740-741, São Paulo, 2007.

5. Site phet.colorado.edu: https://phet.colorado.edu/sims/html/build-an-atom/latest/build-


an-atom_en.html

6. Chung, K.C. Introdução à física nuclear. Editora UEJ, 1ª ed. pág: 19-26, Rio de Janeiro,
2001

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