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NOÇÕES DE

ECONOMIA DO
SETOR PÚBLICO E
DA REGULAÇÃO
Macroeconomia - Parte IV

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da


Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado
para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil –
AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje,
Auditor Federal de Finanças e Controle) da Con-
troladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministé-
rio da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional –
AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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NOÇÕES DE ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO E DA REGULAÇÃO
Macroeconomia - Parte IV
Prof. Manuel Piñon

Apresentação..............................................................................................5
Macroeconomia – Parte IV............................................................................6
1. Modelo Clássico.......................................................................................6
2. Modelo Keynesiano Básico....................................................................... 10
2.1. Demanda Agregada (DA)..................................................................... 11
2.2. Oferta Agregada – OA – Curto Prazo...................................................... 12
2.3. Teoria da Determinação da Renda......................................................... 13
2.4. O Equilíbrio Macroeconômico................................................................ 18
2.5. Consumo Agregado............................................................................. 20
2.6. Poupança Agregada............................................................................. 22
2.7. Investimento Agregado........................................................................ 23
2.8. O Multiplicador Keynesiano dos Gastos................................................... 25
2.9. Economia com Desemprego de Recursos................................................ 28
2.10. Economia com Inflação...................................................................... 30
2.11. Determinação da Renda Nacional de Equilíbrio...................................... 31
3. Modelo IS-LM........................................................................................ 34
3.1. Introdução......................................................................................... 34
3.2. Lado Real – Mercado de Bens e Serviços (IS).......................................... 34
3.3. A Política Fiscal e o Lado Real da Economia............................................. 35
3.4. Lado Monetário – Mercado de Moeda (LM).............................................. 37
3.5. Interação e Equilíbrio entre os Lados Real (Is) e Monetário (LM)................ 40
4. Política Econômicas Anticíclicas e o Produto............................................... 42
Resumo.................................................................................................... 45

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Mapa Mental............................................................................................. 48
Questões de Concurso................................................................................ 49
Gabarito................................................................................................... 63
Gabarito Comentado.................................................................................. 64
Referências Bibliográficas........................................................................... 97

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Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!

O nosso objetivo hoje nessa aula é avançar no estudo da macroeconomia no

que diz respeito ao equilíbrio econômico e os principais modelos macroeco-

nômicos.

Como diria Miguel de Cervantes: “Nunca fique implorando por aquilo que você

tem o poder de obter”.

Boa aula!

Prof. Manuel Piñon

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Macroeconomia - Parte IV
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MACROECONOMIA – PARTE IV

1. Modelo Clássico

A ideia-chave da Teoria Clássica é considerar que a demanda é determinada

pela oferta. Repito: para os clássicos a oferta cria demanda!

Para os economistas Clássicos, a oferta ou nível de produto é determinado

em função fatores de produção existentes e o nível de conhecimento téc-

nico para a utilização desses fatores.

A demanda existe para atender ao nível de oferta, pois segundo a Lei de Say,

a oferta cria a sua própria procura. Assim, de acordo com o economista clássico

Adam Smith, existe uma “mão invisível” responsável pelo equilibro da eco-

nomia.

Importante ter em mente que a Teoria Clássica usa como premissa fun-

damental que os preços e os salários são flexíveis, a fim de compensar as

diferenças entre a oferta e a demanda, o que significa o pleno emprego dos

fatores de produção.

Guarde que os clássicos não atribuíam à política monetária a capacidade de pro-

vocar alteração nas variáveis reais, como o produto, o nível de emprego, o salário

real, os preços relativos etc.

No que diz respeito da Teoria Clássica, que abarca estudos econômicos de-

senvolvidos aproximadamente até o ano de 1930, tenha em mente que não existia

preocupação por parte dos economistas em estudar a economia como um todo,

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principalmente no que dizia respeito ao nível de emprego da economia, ou seja, em

relação ao nível de utilização dos fatores de produção existentes.

Basicamente, segundo os clássicos, existindo diferença entre a oferta e

a demanda de um produto ou serviço em determinado mercado, o respec-

tivo preço variaria até atingir o equilíbrio entre a oferta e a demanda.

Podemos citar como exemplo o mercado de trabalho: caso exista excesso de

oferta de trabalhadores em relação à demanda por sua mão de obra, o preço (sa-

lário) do trabalho cairia até o nível que gerasse o equilíbrio entre a oferta e a de-

manda por trabalhadores.

Nessa pegada, no caso do mercado de trabalho, ocorre uma queda no valor dos

salários nominais, permitindo aos empresários elevarem a demanda por trabalha-

dores (contratação de trabalhadores), e, resultando em maior produção.

Em suma, de acordo com o Modelo Clássico:

1. As forças de mercado tendem a equilibrar a economia a pleno empre-

go (usa-se 100% dos fatores de produção existentes na economia), sendo esse

equilíbrio representado pela igualdade entre oferta e demanda, tendo como re-

quisito chave completa flexibilidade de preços e salários.

2. Além disso, como o nível de atividade e de emprego está determinado

automaticamente pelas forças de mercado (“mão invisível”), então a quanti-

dade de moeda existente na economia afeta apenas o nível geral de pre-

ços. Assim, as variáveis reais, como o produto, o nível de emprego, o salá-

rio real, os preços relativos etc., não são afetadas pela política monetária,

ou seja, a política monetária no modelo clássico determina as variáveis

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nominais, como preços e salário nominal: é a chamada dicotomia clássica,

hipótese dos clássicos para explicar a neutralidade da moeda.

3.Finalmente, o modelo clássico supõe que a demanda agregada não é

um fator determinante do nível do produto, ou seja, é válida a Lei de Say,

aquela em que a oferta cria a sua própria demanda.

Saiba também que quando houve a quebra da Bolsa de Nova Iorque em

1929, os clássicos não conseguiam explicar as causas, bem como não apre-

sentaram uma política econômica que contivesse os instrumentos necessários para

recolocar a economia mundial nos trilhos outra vez. A recessão e o desemprego

tornaram-se persistentes nos países desenvolvidos no início dos anos 30 do século

XX, e a Teoria Clássica foi ineficaz para lidar com aqueles imprevistos.

Tenha em mente que para os adeptos da Teoria Clássica, a oferta agregada,

ou seja, as quantidades produzidas e o volume de serviços oferecidos são

determinados pela quantidade e qualidade dos fatores de produção exis-

tentes, nível tecnológico, capacitação do capital humano e pela capacidade

de administração dos empreendedores.

Assim, para os clássicos, não é a demanda agregada que determina o

nível de produtos e serviços da economia, mas sim as condições de oferta.

A demanda apenas determina o nível de preços.

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Importante destacar que, se para os Clássicos a demanda era passiva,

como veremos adiante, em contraste, para Keynes era a demanda que

determinava a oferta ou o nível de produto e as quantidades de fatores a

serem utilizadas.

Saiba também que Keynes redimensionou o estudo das Ciências Econômi-

cas, redefinindo o campo de estudo da Microeconomia e da Macroeconomia.

Guarde a ideia de que, enquanto os Clássicos defendiam o Laissez-Faire

(deixai fazer, deixai acontecer), Keynes sugeriu a interferência do Gover-

no na Economia, mas de modo bastante específico: quando houvesse funciona-

mento inadequado das relações entre os agentes econômicos.

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Nessa pegada, Keynes apontava as políticas fiscais compensatórias como

instrumentos de correção do funcionamento da economia: aumento de tri-

butos e diminuição da assistência social e do salário desemprego, quando

o nível de emprego do fator trabalho estivesse elevado, e a ação inversa

quando o nível de emprego do trabalho estivesse baixo.

2. Modelo Keynesiano Básico

Vamos começar o estudo da Teoria da determinação da renda de equilíbrio

fazendo uma breve introdução da relação existente entre oferta e demanda

(procura) agregadas.

A primeira coisa que precisamos ter em mente é que vamos tratar de agrega-

dos macroeconômicos, ou seja, falaremos em oferta e demanda agregada.

Outro aspecto que chamo a atenção é para que não crie uma “resistência” ou

“antipatia” aos gráficos que apresentarei ao longo do curso.

Garanto que eles não serão difíceis de entender e lhes digo que eles estão pre-

sentes em muitas questões de provas.

Logo, tente fazer deles seus aliados para entender melhor a matéria e para

acertar as questões da prova.

Então vamos ver a representação gráfica da demanda e da oferta agre-

gada em função do nível geral de preços e das quantidades produzidas em

uma economia:

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Nesse gráfico, estão representados no eixo vertical os diversos níveis de preços

– P, e no eixo horizontal as diversas quantidades Q, que representam a produção

real (física)

2.1. Demanda Agregada (DA)

A curva da Demanda Agregada – DA mostra que quando há uma queda no nível

de preços, a demanda total real aumenta.

Isso é natural: se o preço cai, em geral, você passa a poder comprar mais!

Tecnicamente essas são as razões para a queda de preço aumentar a

procura/demanda total:

• Efeito sobre a riqueza real (se o preço cai  menos dinheiro é necessário

 aumento da demanda agregada).

• Efeito dos juros reais (se o preço cai  excesso de dinheiro  queda da

taxa de juros  aumenta o investimento  aumento da demanda agregada).

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• Efeito do comércio exterior (se o preço cai  os bens nacionais ficam +

baratos  aumenta a demanda externa, pois os exportadores passam a po-

der competir melhor no exterior  aumento da demanda agregada).

2.2. Oferta Agregada – OA – Curto Prazo

Agora vamos analisar no gráfico como a alteração dos preços altera a Oferta

Agregada – as quantidades produzidas (OA).

No curto prazo a curva de oferta agregada tem inclinação positiva, pois

alguns fatores são rígidos, como os salários, por exemplo.

Repare que da produção nula até o nível em que os fatores começarem

a atingir o pleno emprego (100% da capacidade de produzir), ou se tornarem

mais escassos e consequentemente, ficando mais dispendioso produzir mais uma

unidade, a curva de oferta é paralela ao eixo da produção. Ou seja, é possível au-

mentar a produção sem aumentar os preços.

Quando a economia atinge o pleno emprego, ou está muito próxima disto, então

a curva de oferta agregada é vertical.

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Bem, como eu disse, as mudanças e deslocamentos serão analisados de

uma forma agregada, mas o raciocínio também pode ser usado para um

bem isolado.

EXEMPLO

Se o preço do feijão tem uma tendência de subir, é normal que mais agricultores

plantem feijão aumentando a oferta. Por outro lado, se o preço do feijão sobre

muito, a tendência é que os consumidores reduzam o consumo.

Percebeu que existe uma relação inversa?

Aqui eu chamo a atenção para o preço de equilíbrio. No caso do feijão, o pre-

ço que iguala a quantidade produzida à quantidade consumida é o preço de

equilíbrio, representado pelo ponto exato onde as duas curvas se cruzam.

Voltando à teoria, vamos agora estudar mais detalhadamente o equilíbrio

macroeconômico. Da mesma forma que fizemos na aula demonstrativa, podemos

começar com um modelo bem simples e aos poucos, os complicadores irão se jun-

tar ao modelo, até que se possa entender o modelo completo.

Assim, inicialmente podemos considerar as famílias, sem investimento e sem a

presença do Governo, depois entram os investimentos, depois entram em campo

o governo com seu consumo e seu investimento etc. até completarmos o modelo.

Esse processo se chama: Teoria da Determinação da Renda.

Vamos a ele!

2.3. Teoria da Determinação da Renda

O modelo que vamos estudar referente a Determinação da Renda é o chamado

Modelo Keynesiano.

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Essa parte do estudo econômico é denominada Teoria de Determinação do

Equilíbrio da Renda Nacional, ou modelo keynesiano básico, que se divi-

de em:

1) lado real (mercado de bens e serviços e mercado de trabalho);

2) lado monetário (mercado monetário e de títulos).

O modelo básico analisa a Teoria de Determinação da Renda no curto prazo,

ou seja, analisa os aspectos conjunturais e o papel das políticas macroeconômi-

cas na estabilização do nível de atividade e emprego, e do nível de preços. Assim,

o foco aqui não são as questões estruturais de longo prazo, como o progresso tec-

nológico ou a distribuição de renda, mas os aspectos meramente conjunturais de

curto prazo.

DICA
Importante saber diferenciar o que é curto e o que
é longo prazo em economia. Em economia o curto
prazo é definido como o período em que pelo me-
nos um fator de produção permanece constante.

Desse modo, supõe-se que o estoque de fatores de produção (mão de

obra, capital, tecnologia etc.) não se altera no curto prazo: o que se altera

é apenas o grau de utilização desse estoque. Por exemplo, pode existir um

“estoque” de 2 milhões de trabalhadores disponíveis, mas 30% não esteja sendo

empregado.

Na aula inaugural vimos que a oferta agregada de bens e serviços (OA) é o valor

total da produção de bens e serviços finais colocados à disposição da coletividade

num dado período. É o próprio produto real, ou PIB.

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A oferta agregada varia em função da disponibilidade de fatores de pro-

dução: mão de obra (força de trabalho ou população economicamente ati-

va), estoque de capital e nível de tecnologia.

É interessante distinguir oferta agregada potencial e oferta agregada

efetiva ou real.

A oferta agregada potencial refere-se à produção máxima da economia,

quando os fatores de produção estão plenamente empregados (toda a população

economicamente ativa está empregada, não há capacidade ociosa, a tecnologia

disponível está sendo plenamente utilizada).

Já a oferta agregada efetiva, refere-se à produção que está sendo efetiva-

mente colocada no mercado, o que pode ocorrer sem que os fatores de produção

estejam sendo plenamente empregados. Ou seja, a produção pode atender à de-

manda desejada pelo mercado, mesmo apresentando capacidade ociosa, desem-

prego de mão de obra etc.

Evidentemente, a oferta agregada efetiva será igual à potencial, quando

os recursos estiverem plenamente empregados (ou seja, no famoso Pleno

Emprego dos fatores de produção!).

Como a Teoria Keynesiana supõe curto prazo, e, portanto, fatores fixos de produ-

ção, a oferta agregada potencial permanece constante nesse curto prazo.

Fique ligado, pois o que permanece constante é a oferta agregada poten-

cial, de pleno emprego, que só se altera se houver alterações na quantidade física

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de fatores de produção. Mas a produção efetiva (oferta agregada efetiva)

pode estar abaixo do pleno emprego, e pode ser alterada em função de

mudanças na demanda do mercado.

IDEIA PRINCIPAL DO MODELO KEYNESIANO: as Flutuações da Demanda

Agregada são as responsáveis pelas Variações do Produto e da Renda Nacional no

Curto Prazo (Princípio da Demanda Efetiva). Amigo(a), o raciocínio aqui é que

a demanda “cria” a oferta.

Existiu uma discussão entre os economistas se demanda cria oferta ou se oferta

cria demanda.

Para os Clássicos a oferta criava demanda, mas com a crise de 1929,

a ideia de Keynes prevaleceu, ou seja, acreditou-se que a demanda cria a

oferta. E é isso que vale para o nosso modelo.

Beleza até aqui?

Já sabemos que a demanda ou procura agregada de bens e serviços (DA)

é a soma dos gastos dos quatro agentes macroeconômicos:

1) despesas das famílias com bens de consumo (C);

2) gastos das empresas com investimentos (I);

3) gastos do governo (G); e

4) despesas líquidas do setor externo (X – M), isto é,

DA = C + I + G + (X – M)

Lembre-se que X são as exportações e M as importações.

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Uma vez que a oferta agregada potencial não se altera no curto prazo, dados os

estoques de fatores de produção, as alterações do nível de equilíbrio da renda e do

produto nacional devem-se exclusivamente às variações da demanda agregada de

bens e serviços. Esse é o chamado Princípio da Demanda Efetiva.

Assim, numa situação de desemprego de recursos, a política econômica deve

procurar elevar a demanda agregada, o que permitiria às empresas recuperar sua

produção potencial e restabelecer os níveis de renda e emprego.

Embora a elevação da demanda agregada possa se dar através de políticas que

estimulem o consumo, o investimento privado e as exportações, o velho Keynes

enfatizava o papel dos gastos do governo para que a economia possa sair

mais rapidamente da crise de desemprego. Foi isso que os Estados Unidos fi-

zeram para sair da crise de 1929.

De fato, a demanda agregada (global) é realmente mais sensível, mais

fácil de ser alterada e produz resultados mais rápidos no curto prazo do

que a oferta (produção) agregada, que depende de recursos físicos, normal-

mente só disponíveis no médio ou longo, prazos.

Entretanto, o modelo keynesiano minimizou demais o papel da oferta

agregada, ao supor que ela se ajustaria rapidamente aos estímulos da

demanda.

O papel da oferta ficou relativamente negligenciado na Teoria Macroeconômica

pelo menos até a ocorrência da crise do petróleo em 1973. Essa crise que popu-

larizou a expressão choque de oferta, pois o aumento dos preços do petróleo,

ao elevar os custos de produção, provocou uma retração e consequente escassez

da oferta de bens e serviços em muitos países.

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2.4. O Equilíbrio Macroeconômico

Interessante notar que, na verdade, existe uma diferença entre o produto ou

renda de equilíbrio e o produto de pleno emprego.

Vimos que a renda de pleno emprego ocorre quando todos os recursos pro-

dutivos disponíveis estão empregados e a economia está produzindo com plena

capacidade, ou seja, com 100% dos fatores de produção ocupados.

Por outro lado, a renda de equilíbrio ou renda efetiva é determinada quan-

do a oferta agregada iguala a demanda agregada de bens e serviços.

Isso pode ocorrer abaixo do pleno emprego, significando que a produção

agregada, apesar de abaixo de sua capacidade potencial, atende às necessidades

da demanda.

É uma situação tipicamente keynesiana, com equilíbrio macroeconômico com de-

semprego de recursos produtivos, ou equilíbrio abaixo do pleno emprego.

O Princípio da Demanda Efetiva, que prioriza o papel da demanda agregada

na condução de políticas macroeconômicas, inverteu completamente a crença

que prevalecia até então, segundo a qual “a oferta cria sua própria procu-

ra”, a chamada Lei de Say.

Segundo o francês Jean B. Say, a produção das empresas SERIA transformada

em renda dos trabalhadores e capitalistas, que seria gasta na compra de bens e

serviços.

A suposição de Say era que as pessoas não especulavam com a moeda,

e só lhes restava gastar a renda que recebiam. De fato, quando foi criado esse

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conceito, praticamente não existia mercado de capitais, e tudo o que as pessoas

recebiam, elas gastavam. Mas isso mudou!

O objetivo de política econômica, no modelo keynesiano, é encontrar o equi-

líbrio a pleno emprego, ou seja, fazer o equilíbrio entre oferta e demanda agre-

gadas coincidirem com a renda ou produto de pleno emprego, ou seja, é equilibrar

oferta e demanda com a utilização de 100% dos fatores de produção.

Como a oferta agregada é fixada no curto prazo, a política econômica de-

ve-se concentrar em elevar a demanda agregada, por meio de instrumentos que

proporcionem aumento dos gastos em consumo, investimento, gastos do governo,

elevação das exportações acima das importações etc.

Amigo(a), para a gestão das políticas macroeconômicas, torna-se neces-

sário tentar estabelecer relações de causa e efeito, entre os grandes agrega-

dos, isto é, avaliando detalhadamente quais fatores afetam o seu comportamento.

Nessa pegada, em se conseguindo estabelecer essas relações, as autoridades

econômicas terão uma melhor visão de como atuar sobre as mesmas, através da

aplicação dos instrumentos de política econômica.

Em verdade, essas relações entre variáveis macroeconômicas devem ser rela-

tivamente estáveis e regulares, isto é, precisam ser válidas tanto no crescimento/

expansão como na estagnação/recessão econômica, para permitir às autoridades

econômicas uma maior margem de previsibilidade quanto ao seu comportamento.

Agora vamos estudar os agregados macroeconômicos no mercado de bens e

serviços, começando pelo consumo agregado.

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2.5. Consumo Agregado

O consumo global de um país é influenciado por uma série de fatores,

tais como:

1) renda nacional;

2) estoque de riqueza ou patrimônio;

3) taxa de juros de mercado;

4) disponibilidade de crédito;

5) expectativas sobre a renda futura;

6) rentabilidade das aplicações financeiras, dentre outros.

Os estudos mostram, entretanto, que as decisões de consumo da coletividade são

influenciadas fundamentalmente pela renda nacional disponível, que pode ser

definida como a renda nacional deduzidos os impostos. Guarde:

RENDA NACIONAL DISPONÍVEL = RENDA NACIONAL – IMPOSTOS

Dessa forma, para nossa matéria, a renda disponível é a parcela da renda que
fica disponível para os consumidores gastarem (ou pouparem).

Podemos expressar essa relação assim:

C = f (RND)

Ou seja, o Consumo varia em função da Renda Nacional Disponível!

onde:

C = Consumo Agregado;

RND = Renda Nacional Disponível.

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Um conceito importante, criado por Keynes, é o de propensão marginal a consumir,


que é o acréscimo esperado no consumo decorrente de um acréscimo na renda dis-
ponível. Em outras palavras, a propensão marginal a consumir é a propensão que
a coletividade tem em consumir, dada uma variação na renda.

EXEMPLO
Digamos que uma determinada população tenha uma propensão marginal a consu-
mir igual a 0,85, ou seja, indica que, dado um aumento na renda nacional de R$ 100
bilhões, o consumo aumentará em 0,85 de R$ 100 bilhões, isto é, R$ 85 bilhões.

Aí eu sei o que você deve estar pensando: e os outros R$ 15 bilhões? Foram


para onde?
Calma!
Já veremos em seguida.
Mas antes, preciso alertá-lo de que existe também o conceito de propensão
média a consumir, que difere da propensão marginal a consumir.
A propensão média a consumir é o nível (não o acréscimo) de consumo
sobre o nível de renda disponível. Ou seja, pensando num indivíduo, que pode
ser você, a propensão média a consumir se dá sobre sua renda normal.

Fique ligado, pois a propensão marginal a consumir refere-se à variação (à “mar-


gem”) do consumo, ou seja, sobre uma adição na renda. Ou seja, pensando num
indivíduo, que pode ser você, a propensão marginal se dá sobre aquele dinheiro

adicional que você recebe e não sobre sua renda normal.

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Existe uma fórmula que representa a função do consumo que é a seguinte:

C = CO + Cyd

Traduzindo:

Cons total = Cons Autônomo + Cons. em função da renda disponível

Amigo(a), o Consumo Autônomo é aquele consumo mínimo, para subsis-

tência do ser humano.

2.6. Poupança Agregada

Agora posso dizer que aqueles R$ 15 bilhões que não foram consumidos são

poupança! Ou seja, a poupança agregada é a parte residual da renda nacio-

nal disponível, ou seja, a parcela da renda nacional que não é gasta em

bens de consumo.

Ela pode ser assim expressa:

S = f(RND)

onde:

S = poupança agregada;

RND = renda nacional disponível.

A poupança agregada também é uma função da Renda Nacional Disponível!

Amigo(a), seguindo a mesma lógica, define-se também a propensão marginal a pou-

par, que é a relação entre a variação da poupança e a variação da renda disponível.

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EXEMPLO

Seguindo o exemplo anterior, a propensão marginal a poupar é igual a 0,15, signi-

ficando que de cada acréscimo da renda as famílias no agregado destinam 15% à

poupança e 85% ao consumo.

A partir de séries estatísticas de consumo, poupança e renda nacional disponível,

é possível calcular-se essas relações, que são de grande utilidade para a política e

a programação econômica.

Os estudos revelam que os países mais desenvolvidos apresentam propensão

marginal a consumir menor que a dos países em desenvolvimento. Evidentemente,

as propensões a poupar dos países mais ricos são relativamente mais elevadas.

2.7. Investimento Agregado

Preciso relembrar que, como vimos na aula inicial, o Investimento é o acrés-

cimo ao estoque de capital que leva ao crescimento da capacidade produ-

tiva (construções, instalações, máquinas etc.).

DICA
O investimento deve ser interpretado sob dois ângulos:
de curto e de longo prazos!

O Investimento de LONGO prazo é aquele necessário para a ampliação da

capacidade produtiva. Como decorre um certo período de tempo até a maturação

do investimento, considera-se que ele afetará a produção ou oferta agregada

apenas no longo prazo.

Em função desse prazo de maturação, no curto prazo o Investimento afeta

apenas a demanda agregada, não “ampliando” a oferta.

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O investimento é a principal variável para explicar o crescimento da

renda nacional de um país.

Entretanto, apresenta uma grande instabilidade, pois seu comportamento é de

difícil previsão, por depender de fatores não apenas econômicos, mas das expecta-

tivas reinantes quanto ao futuro, incluindo os aspectos políticos de um país.

Em linhas gerais, pode-se dizer que o investimento agregado é determinado por

dois fatores básicos: a taxa de rentabilidade esperada e a taxa de juros de mercado.

A taxa de rentabilidade esperada ou taxa de retorno é calculada a partir

da estimativa do retorno líquido esperado pela aquisição do bem de capital. Esses

valores são calculados, através de matemática financeira, pelo valor presente ou

valor atual dos retornos futuros.

A taxa de rentabilidade esperada é também chamada, na literatura econômica,

de eficiência marginal do capital: Maior a rentabilidade esperada dos projetos,

maiores os investimentos das empresas na ampliação da capacidade produtiva.

Amigo(a), basicamente estamos falando do investimento em bens de ca-

pital (máquinas, equipamentos, instalações) das empresas.

Existem também os investimentos em moradias, que dependem das condições

de financiamento e das taxas de juros de mercado, e os investimentos em esto-

ques, que dependem também das taxas de juros e das oscilações de mercado.

O investimento tem uma relação inversamente proporcional com as taxas de juros

de mercado.

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Se a empresa já dispõe de capital próprio, a taxa de juros representará quanto

a empresa ganharia se, em vez de investir em suas instalações, aplicasse no mer-

cado financeiro.

Se a empresa precisa tomar emprestado, para comprar equipamentos ou am-

pliar suas instalações, a taxa de juros de mercado representa para ela o custo do

empréstimo.

Nas duas situações, quanto maior a taxa de juros de mercado, menores

os investimentos agregados.

A demanda de investimentos também pode ser afetada pela disponibilidade de

fundos de longo prazo.

2.8. O Multiplicador Keynesiano dos Gastos

Um dos principais conceitos criados por Keynes foi o do multiplicador de despe-

sas e gastos.

O velho Keynes mostra que, se uma economia estiver com recursos produtivos

desempregados, um aumento de um elemento na demanda agregada provocará

um aumento da renda nacional mais que proporcional ao aumento da demanda.

Isso ocorre porque, numa economia com desemprego de recursos, abaixo

de seu produto potencial, qualquer injeção de despesas, seja via gastos com con-

sumo, ou investimento, ou exportações, mas principalmente despesas do governo,

provocam um efeito multiplicador nos vários setores da economia, pois o aumento

de renda de um setor significará que os assalariados e empresários desse setor

gastarão sua renda com outros setores (com comida, bebida, roupas etc.), que por

sua vez gastarão com outros bens e serviços, e assim continuamente, formando

um ciclo virtuoso.

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EXEMPLO
Suponha que o governo resolva gastar, por exemplo, R$ 100 bilhões em estradas,
hospitais e escolas. Ele contratará construtoras, que aumentarão a produção da
construção civil nesse valor. Isso se transformará em renda dos trabalhadores e
capitalistas do setor de construção civil, que, por sua vez, gastarão com, digamos,
alimentos e vestuário.

Esses gastos dependerão das propensões marginais a consumir e a


poupar.
Supondo a propensão a consumir igual a 0,85 e a propensão a poupar igual a
0,15, os trabalhadores e capitalistas da construção civil gastarão R$ 85 bilhões com
alimentos e vestuário, poupando R$ 15 bilhões.
A produção de alimentos e vestuário elevar-se-á em R$ 85 bilhões, e será trans-
formada em renda (salários, lucros) dos trabalhadores e empresários dos setores
de alimentos e vestuário.
Com a propensão a consumir agregada de 0,85, estes, por sua vez, gastarão $
59,5 bilhões (70% de R$ 85 milhões) com, digamos, lazer. O setor de lazer recebe-
rá um incremento de renda de $ 59,5 bilhões, e o processo continuará.
Mas, evidentemente, tende a se encerrar, pois a propensão a poupar limi-
ta esse mecanismo: a cada etapa, já que “vazam” 15% da renda adicional.
O que importa é que, ao final desse processo, ocorrerá um acréscimo da ren-
da e produto nacionais muito superiores ao gasto inicial de R$ 100 bilhões.

Podemos ver que essa multiplicação dependerá das propensões marginais a con-
sumir e a poupar: quanto maior a propensão a consumir da coletividade, maiores
os gastos com bens e serviços, em cada etapa, e maior o efeito multiplicador; por

outro lado, quanto maior a propensão a poupar, menor o multiplicador.

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O multiplicador keynesiano (k) costuma ser expresso genericamente como:


∆RN Variação da renda nacional
k= = Variação da demanda agregada
∆DA

Os mais conhecidos são o multiplicador dos gastos de investimentos (k1) e o de

gastos de governo (kg), iguais a:


∆RN Variação da renda nacional
kI = =
∆I Variação dos gastos de investimentos

∆RN Variação da renda nacional


kg = =
∆G Variação dos gastos do governo

Perceba que, se, no exemplo anterior, o multiplicador fosse igual a 4, o aumen-

to inicial de gastos do governo de R$ 100 bilhões levaria a um aumento da renda

nacional de R$ 400 milhões (4 x 100 bilhões).

Amigo(a), preste atenção no seguinte:

a) O multiplicador também tem um efeito perverso: se os gastos caí-

rem em R$ 100 bilhões, a renda cairá num múltiplo de R$ 100 bilhões (no

exemplo anterior, R$ 400 milhões).

Os multiplicadores de tributos e de importações são negativos, já que

representam vazamentos do fluxo econômico.

b) Supõe-se que a economia esteja operando abaixo de seu potencial,

ou seja, com desemprego de recursos. Assim, considera-se que em todas as

etapas do processo, os setores sempre responderão ao estímulo de recursos com

aumentos de produção.

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Se os setores estivessem operando à plena capacidade, uma injeção adicional de

recursos só levaria ao aumento de preços, não do Produto, podendo detonar um

processo inflacionário.

O multiplicador keynesiano (m) também é expresso pela letra “m” e pode ser

representado por meio da seguinte fórmula:

m = 1/ (1-C)

C = Propensão marginal a consumir (aquela parte da renda que é destinada ao

consumo).

Esse multiplicador keynesiano (m) também é chamado nas provas de mul-

tiplicador dos gastos autônomos e é, na verdade, o número pelo qual se multi-

plicam os itens autônomos da Demanda Agregada para se obter a Renda Agregada.

2.9. Economia com Desemprego de Recursos

Como já estudamos, o modelo macroeconômico básico, ou keynesiano,

preocupa-se mais com a questão do desemprego de recursos, quando a eco-

nomia está operando abaixo de seu potencial, ou pleno emprego.

Essa situação também é denominada hiato deflacionário, que é a insuficiência

da demanda agregada em relação à produção de pleno emprego. A questão

básica, nesse caso, é como tirar a economia do desemprego.

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Já vimos que, como a produção agregada potencial, de pleno emprego, não se

altera no curto prazo, a política econômica deve recair sobre os elementos da

demanda agregada, que deverá ser elevada, de forma que todo o produto

potencial da economia possa ser comprado.

Amigo(a), isso pode ser feito através dos seguintes instrumentos de política

fiscal:

a) aumento dos gastos públicos;

b) diminuição da carga tributária, estimulando as despesas de consumo e de

investimento;

c) subsídios e estímulos às exportações, que elevam a demanda do setor exter-

no por nossa produção;

d) tarifas e barreiras às importações, que devem beneficiar a produção nacional.

Por outro lado, o governo pode também aumentar a demanda agregada, mas

manter o orçamento público equilibrado.

O famoso Teorema do Orçamento Equilibrado, nos diz que, numa situação

de desemprego, se os gastos públicos forem elevados no mesmo montante da ar-

recadação fiscal, a renda nacional aumentará nesse mesmo montante. Isso ocorre

devido à diferença exercida pelos gastos públicos e pelos impostos sobre a deman-

da agregada.

EXEMPLO

Imagine que um aumento nos gastos, digamos, de R$ 100 bilhões aumente ime-

diatamente a demanda agregada nesse montante.

Por outro lado, um aumento de impostos nesse mesmo valor não reduz a deman-

da agregada em R$ 100 bilhões, porque os consumidores não reduzirão seu consu-

mo nesse valor, já que parte do imposto será pago com sua poupança, e não

pela redução do consumo.

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Agora suponha uma propensão marginal a consumir igual a 0,8.

O que acontece?

O consumo agregado diminuirá em R$ 80 bilhões, e não em $ 100 bilhões!

E qual a razão?

O aumento nos gastos do governo no mesmo valor dos impostos (R$ 100 bilhões)

permitirá ainda um aumento da demanda agregada e da renda nacional em R$ 20

bilhões, num primeiro momento.

Se levarmos em consideração o efeito multiplicador nos momentos seguin-

tes, prova-se que o aumento da renda nacional chega aos R$ 100 bilhões, ou seja:

Aumentos dos gastos públicos = Aumento da tributação = Aumento da

renda nacional = R$ 100 bilhões

2.10. Economia com Inflação

Embora a Teoria de Keynes esteja baseada em uma situação de desemprego,

ela também pode ser aplicada para uma conjuntura inflacionária.

O hiato inflacionário ocorre quando a demanda agregada de bens e serviços supe-

ra a capacidade produtiva da economia. O hiato inflacionário ocorre, em verdade,

quando a procura agregada está muito aquecida, e a oferta de bens e serviços não

tem condições de acompanhá-la, o que leva à elevação dos preços.

Por enquanto, basta saber que, nesse caso, os  instrumentos de política fiscal

seriam:

a) diminuição dos gastos públicos;

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b) elevação da carga tributária sobre bens de consumo, desestimulando os gas-

tos em consumo;

c) elevação das importações, pela redução das tarifas e barreiras, o que aumen-

taria o grau de abertura da economia para produtos estrangeiros, aumentando a

competitividade, o que inibiria elevações de preços internos.

O aumento da carga tributária deve sempre preservar, na medida do possível,

os  investimentos e as exportações, mesmo numa conjuntura inflacionária, sob o

risco de comprometer a produção futura e de perder mercados já conquistados.

Ressalte-se que essas medidas anti-inflacionárias devem ser aplicadas dentro de um

diagnóstico de inflação de demanda. Se tivermos inflação de custos, isso significa

que a produção está abaixo do pleno emprego, já a inflação de custos ou de oferta

deve-se ao aumento dos custos de produção, que retrai a produção agregada.

Nesse caso, políticas de contenção da demanda agregada apenas rebaixarão

ainda mais o nível de produção, aprofundando a crise de desemprego.

2.11. Determinação da Renda Nacional de Equilíbrio

Guarde que o modelo macroeconômico básico, ou modelo keynesiano básico,

costuma ser formalizado matematicamente como se segue.

A renda nacional de equilíbrio (RN) é determinada pelo encontro da oferta agre-

gada (OA) com a demanda agregada de bens e serviços (DA):

OA = DA

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A oferta agregada é o próprio produto ou renda nacional:

OA = RN

E a demanda agregada é dada por:

DA = C + I + G + (X – M)

Onde:

C é a despesa com bens de consumo

I – os gastos das empresas com investimentos

G os gastos do governo

X – as exportações

M as importações agregadas

A condição de equilíbrio fica então:

RN = C + I + G + (X– M)

EXEMPLO

Vamos ver um exemplo numérico para mostrar como a RN é determinada.

Vamos imaginar uma economia a dois setores (sem governo e setor externo) em que

a estimativa da relação entre consumo e renda seja dada pela seguinte equação:

C = 10 + 0,8 RN

Perceba que, no exemplo em tela, temos uma função/relação crescente, com inter-

cepto igual a 10 e inclinação igual a 0,8.

Suponhamos ainda que o investimento seja igual a 5 e, apenas para simplificar, não

dependa de variações da renda nacional.

Vimos que a condição de equilíbrio é igual a:

OA = DA

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ou

RN = C + I + G + (X – M)

Substituindo, temos:

C= 10 + 0,8 RN

I – = 5

Na condição de equilíbrio, e lembrando que, por simplificação, G = 0,

T = 0, X = 0 e M = 0,

Temos:

RN = 10 + 0,8 RN + 5

RN = 15 + 0,8 RN

Isolando RN no primeiro termo, temos:

RN – 0,8 RN = 15

0,2 RN = 15

Logo:

RN = 75

Essa seria então a renda nacional de equilíbrio.

Não se esqueça que a renda nacional de equilíbrio, ou seja, a renda efetiva

da economia, que equilibra a oferta e a demanda agregadas de bens e serviços,

não corresponde necessariamente à renda ou produção de pleno emprego.

Guarde uma das características principais do modelo básico: supor a economia

operando abaixo do pleno emprego! É isso o que diferencia a renda de equilíbrio

(entre a oferta e a demanda agregadas) da renda de pleno emprego.

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3. Modelo IS-LM
3.1. Introdução

Inicialmente é importante registar que o Modelo IS-LM, também é chamado

de modelo da síntese neoclássica.

Na verdade, sem percebermos, já fincamos os alicerces, e um pouco mais que isso,

do modelo IS-LM quando estudamos a Teoria da determinação da renda de equilíbrio.

Com base na Teoria do velho Keynes, uma figura econômica chamada John

Hicks apresentou uma interpretação dessa teoria por meio de um modelo que, na

verdade, é a versão original do modelo IS-LM.

O modelo IS-LM é um aperfeiçoamento da Teoria de Keynes que estudamos até

agora, pois passa a considerar os efeitos causados pela variação na taxa de juros

na economia.

O modelo IS-LM trata do equilíbrio do produto, incorporando os movimentos do

mercado monetário. Assim, são considerados os impactos causados pela variação

da taxa de juros na economia.

O pressuposto básico do modelo IS-LM é existência de dois mercados distintos,

um mercado de bens e serviços (lado real da economia) e o mercado monetário,

que interagem.

3.2. Lado Real – Mercado de Bens e Serviços (IS)

O mercado de bens e serviços (lado real da economia) no qual o equi-

líbrio entre oferta e demanda agregada ocorre a partir da igualdade entre o in-

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vestimento planejado (I) pelas empresas e a poupança planejada pelas famílias

(s), ou seja:

Ip = Sp

 Obs.: Ip = investimento planejado pelas empresas.

Sp = Poupança planejada pelas famílias

O “S” para poupança vem do inglês “Saving”.

3.3. A Política Fiscal e o Lado Real da Economia

Guarde que a Política Fiscal, onde o Governo atua por meio da Tributação ou

do Gasto Público, trabalha o lado real da economia, ou seja, atua no mercado

de bens e serviços (IS).

Se, por um lado, o objetivo da política econômica for reduzir a taxa de

inflação, as medidas fiscais normalmente utilizadas, são a diminuição de gastos

públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que inibe o consumo). Ou

seja, visam diminuir os gastos da coletividade. É a chamada política fiscal reducio-

nista ou contracionista.

Assim, a  política fiscal constitui, também, um instrumento útil para o

combate ao processo inflacionário.

Em situação de excesso de demanda frente a determinado quadro de oferta de

bens e serviços, a procura excessiva pode ser contraída através de redução

dos gastos públicos, bem como por meio da elevação dos tributos.

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Neste aspecto, a adoção de medidas de contração de gastos públicos afeta ne-

gativamente o consumo, enquanto o aumento da carga tributária também indireta-

mente reduz os níveis de consumo.

De outro lado, se o objetivo for um maior crescimento e emprego, os ins-

trumentos fiscais são os mesmos, mas em sentido inverso, para elevar a deman-

da agregada. É a chamada política fiscal Expansionista.

Considerando ser o objetivo da política fiscal impulsionar a produção e o empre-

go, os gastos públicos provocam efeito multiplicador na economia.

Neste sentido, ao ampliar seus gastos, o governo está aumentando a

demanda, por consequência estimulando a estrutura produtiva a elevar

sua oferta.

Dessa forma, quando, por exemplo, o governo contrata uma empresa emprei-

teira para a construção de uma estrada, conduz esta empresa a gastos com aqui-

sição de insumos e equipamentos, pagamento de salários e outras prestações de

serviços etc.

Por sua vez, os fornecedores e os trabalhadores contratados efetuam outros

gastos a partir das remunerações recebidas com outros agentes econômicos, e as-

sim por diante.

Esse mercado de bens e serviços, que é entendido como o lado real da econo-

mia, em nosso estudo é chamado de IS. Veja como funciona a curva IS no gráfico

abaixo, em oposição à curva de demanda agregada, para uma mesma variação na

taxa de juros:

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3.4. Lado Monetário – Mercado de Moeda (LM)

O mercado de moeda (lado monetário da economia), onde o equilíbrio se dá

pela igualdade entre a demanda (M) e a oferta (L) de moeda, ou seja:

M = L

Guarde que a Política Monetária atua na Oferta de Moeda, ou seja, tra-

balha no mercado monetário (LM). Seus mecanismos atuam na Oferta de

Moeda (M) e podem ser no sentido de expansão ou de contração, reduzindo ou

aumentando a oferta de moeda.

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Chamo sua atenção para o modelo Keynesiano que acabamos de rever,

onde o Investimento era “autônomo” (I = Ia).

Será que no modelo IS-LM ele será autônomo?

NÃO!!!!!!

No modelo IS-LM o Investimento é sensível à taxa de juros! No modelo IS-LM te-

mos então que:

I – = Ia – h.i

Calma, que eu explico!

A nossa função investimento será a diferença entre o Investimento autônomo e

o produto da taxa de juros (i) multiplicado pela taxa de sensibilidade/elasticidade

dos investimentos em relação à taxa de juros (h).

Calma que nós vamos destrinchar isso!

A ideia aqui é que se a taxa de juros aumenta, o volume dos investimen-

tos diminuiu, e, por outro lado, se a taxa de juros diminui, o volume dos

investimentos aumenta.

O raciocínio do investidor é que com taxas de juros mais altas fica mais caro

investir, já que o custo dinheiro aumenta. Podemos extrair dessa informação uma

conclusão importante: se a taxa de juros sobe, caem o investimento e a ren-

da! Em contraste, se a taxa de juros cai, sobem o investimento e a renda!

Assim, relação entre taxa de juros e investimentos, demonstrada acima,

é chamada de uma relação inversa!

Vamos ver como isso funciona no chamado mercado de bens e serviços, beleza?

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Esse mercado de bens e serviços, que é entendido como o lado real da

economia, em nosso estudo é chamado de IS!

Veja como funciona a curva IS no gráfico abaixo, em oposição à curva de de-

manda agregada, para uma mesma variação na taxa de juros:

Vamos agora ver o outro lado da moeda! Vamos ver como o mercado monetário

se comporta!

Nesse mercado, lembre-se que o equilíbrio se dá quando ocorre igualdade entre

a demanda e a oferta de moeda, ou seja: M = L.

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Vejamos a representação gráfica:

Repare o equilíbrio no ponto D em que oferta e demanda de moeda se

igualam. Você reparou que o sentido da curva LM é o inverso da IS?

3.5. Interação e Equilíbrio entre os Lados Real (Is) e


Monetário (LM)

Vamos ver então como interagem graficamente os mercados de bens e serviços

(IS) e o mercado monetário (LM):

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Note que o equilíbrio geral da economia, ou seja, nos 2 mercados, se

dá no ponto E para uma determinada taxa de juros (r) e para determinado

nível de demanda agregada (y).

Agora chamo sua atenção para uma situação que pode ser cobrada em sua pro-

va. É a chamada “Armadilha da Liquidez”!

A Armadilha da Liquidez é um processo identificado por Keynes, quando a econo-

mia está em situação depressiva, na qual o aumento da oferta de moeda não tem

por consequência a queda da taxa de juros de mercado, mas sim provoca o incre-

mento na retenção de saldos monetários ociosos e/ou reservas bancárias. Trata-se

de uma situação bem atípica.

Em condições normais, aumento da oferta de moeda resulta em aumento dos

preços dos títulos financeiros, na medida em que os agentes econômicos procuram

adquirir ativos e não permanecer com moeda. Isto provoca tendência de queda na

taxa de juros.

Mas em um quadro de depressão econômica, os agentes econômicos acreditam

que os preços dos títulos financeiros estão muito elevados e, certamente, diminui-

rão. Em contrapartida, a taxa de juros se encontra em nível muito baixo e, certa-

mente, aumentará no futuro imediato.

A dedução dos agentes econômicos é que a aquisição de títulos financeiros acar-

retará perda e, por isso, mantêm a riqueza de forma mais líquida, isto é, sob forma

de moeda.

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Em consequência, a expansão da oferta de moeda apenas provoca o incremento

dos saldos monetários ociosos, inclusive dos bancos, já que não há demanda por

crédito.

Também pode ser cobrado em sua prova o chamado efeito expulsão, também cha-

mado de “crowding out”!

O chamado efeito expulsão ocorre quando as políticas fiscais podem não in-

fluenciar tão fortemente como esperado. Veja que nesta situação, um aumento nos

gastos do governo causa um aumento da taxa de juros e um aumento na taxa de

juros causa uma redução no investimento (reduzindo a demanda agregada).

Essa redução na demanda causada por um aumento da taxa de juros é chama-

da de Efeito expulsão.

Esse efeito tende a diminuir os efeitos positivos de um aumento dos gastos go-

vernamentais.

4. Política Econômicas Anticíclicas e o Produto

De modo bem objetivo, podemos dizer que políticas econômicas anticícli-

cas são um conjunto de ações do governo para impedir ou minimizar os choques

econômicos externos, crises econômicas, financeiras, choque do petróleo, bolsa de

valores etc., problemas que afetam a economia provocando recessão econômica.

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Na Política anticíclica o governo, por meio de sua autoridade monetária ou de

sua autoridade fiscal, procura tomar medidas de política econômica de maneira a

operar a demanda agregada.

O gasto público e a política monetária são os principais instrumentos que o go-

verno pode usar para se contrapor à crise.

Quando a economia está entrando em recessão, a ordem é gastar mais. Quando

a economia está se expandindo muito, a tendência é reduzir os gastos.

A política anticíclica funciona como uma espécie de amortecedor do ciclo econô-

mico. Na crise econômica vivida em 2008, os países recorreram a políticas anticícli-

cas na tentativa de evitar o pior. Gasto público, redução dos juros, incentivos fiscais,

com isso os governos esperam reduzir o estrago da crise sobre suas economias.

Após aprendermos conceitos relacionados, vamos agora conhecer os conceitos

de produto efetivo e potencial, que podem aparecer em alguma questão de prova.

Produto Potencial é o mesmo que capacidade produtiva, ou seja, é o que pode

ser produzido pela economia, dados os fatores produtivos disponíveis. O produto

potencial deve ser calculado no longo prazo e pode ser representado pela função

de produção:

Em outras palavras, o Produto Potencial é o valor do produto que resultaria da uti-

lização de todos os recursos de que uma economia dispõe. Esses recursos são a sua

população economicamente ativa, o estoque de todo seu capital, os recursos naturais

Já o Produto Efetivo, calculado no curto prazo, é o volume de bens e serviços

efetivamente produzidos em um dado período, sendo determinado pela demanda

efetiva.

Em outras palavras, o Produto Efetivo é o valor do produto que resulta da efeti-

va utilização de recursos da economia, que pode ser realizada no todo ou em parte.

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Segundo a visão keynesiana, quando há insuficiência de demanda, o produto efeti-

vo é inferior ao produto potencial. A diferença entre o produto potencial e o produto

efetivo denomina-se HIATO DE PRODUTO. Esse hiato corresponde a existência de

recursos ociosos na economia.

Hiato de produto = produto potencial – produto efetivo

Para reduzir este hiato, considerando que existe insuficiência de demanda para
absorver o volume total de bens e serviços que podem ser produzidos (produto po-

tencial), o governo pode lançar mão de uma expansão dos gastos governamentais

(realizando obras públicas, por exemplo), expandindo a demanda global.

Uma redução de impostos tem, em princípio, efeito análogo, pois faz sobrar um

volume maior de dinheiro nas mãos dos consumidores, o que os leva a aumentar

seus gastos em consumo.

Enquanto a evolução do produto potencial está ligada a fatores estrutu-


rais da economia, e, portanto, sujeito a modificações que ocorrem a longo

prazo, o produto efetivo é determinado por fatores conjunturais que ocor-

rem no curto prazo.

Nessa pegada, quando a produção efetiva é menor do que a potencial, diz-se que

existe capacidade ociosa, ou seja, ociosidade dos fatores produtivos da economia.

A tendência normal de um país é de crescer de acordo com a sua capacidade

produtiva, isto é, conforme crescem a sua população, o estoque de capital e a tec-

nologia. O produto efetivo, no entanto, está sujeito a instabilidades.

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RESUMO
Existe uma relação inversa entre demanda por moeda para especulação e taxa

de juros.

Existe uma fórmula que representa a função do consumo que é a seguinte:

C = CO + Cyd

Traduzindo:

Cons total = Cons Autônomo + Cons. Em função da renda disponível

O multiplicador keynesiano (k) costuma ser expresso genericamente como:


∆RN Variação da renda nacional
k= = Variação da demanda agregada
∆DA

Os mais conhecidos são o multiplicador dos gastos de investimentos (k1) e o de

gastos de governo (kg), iguais a:


∆RN Variação da renda nacional
kI = =
∆I Variação dos gastos de investimentos

∆RN Variação da renda nacional


kg = =
∆G Variação dos gastos do governo

Mas atenção! O multiplicador keynesiano (m) também é expresso pela letra “m”

e pode ser representado por meio da seguinte fórmula:

m = 1/ (1-C)

C = Propensão marginal a consumir (aquela parte da renda que é destinada ao

consumo).

O modelo IS-LM trata do equilíbrio do produto, incorporando os movimentos do

mercado monetário. Assim, são considerados os impactos causados pela variação

da taxa de juros na economia.

O pressuposto básico do modelo IS-LM é existência de dois mercados distintos:

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1) O mercado de bens e serviços (lado real da economia) no qual o equilíbrio

entre oferta e demanda agregada ocorre a partir da igualdade entre o investimento

planejado (I) pelas empresas e a poupança planejada pelas famílias (s), ou seja:

Ip = Sp

 Obs.: Ip = Investimento planejado pelas empresas.

Sp = Poupança planejada pelas famílias

O “S” para poupança vem do inglês “Saving”.

2) O mercado de moeda, também chamado de mercado monetário, onde o equi-

líbrio se dá pela igualdade entre a demanda (M) e a oferta (L) de moeda, ou seja:

M = L

No modelo IS-LM o Investimento é sensível à taxa de juros.

No modelo IS-LM temos então que:

I – = Ia – h.i

A Armadilha da Liquidez é um processo identificado por Keynes, quando a eco-

nomia está em situação depressiva, na qual o aumento da oferta de moeda não

tem por consequência a queda da taxa de juros de mercado, mas sim provoca o

incremento na retenção de saldos monetários ociosos e/ou reservas bancárias. Tra-

ta-se de uma situação bem atípica.

Também pode ser cobrado em sua prova o chamado efeito expulsão, também

chamado de “crowding out”!

O chamado efeito expulsão ocorre quando as políticas fiscais podem não in-

fluenciar tão fortemente como esperado. Vejam que nesta situação, um aumento

nos gastos do governo causa um aumento da taxa de juros e um aumento na taxa

de juros causa uma redução no investimento (reduzindo a demanda agregada).

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Essa redução na demanda causada por um aumento da taxa de juros é cha-

mada de Efeito expulsão. Esse efeito tende a diminuir os efeitos positivos de um

aumento dos gastos governamentais.

Espero que tenha gostado da aula.

Como diria Abraham Lincoln, “a melhor maneira de prever o futuro é cria-lo”!

Então vamos fazer nossa parte e criar o nosso futuro!

Espero você na próxima aula!

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MAPA MENTAL

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) As transações correntes apresentaram

deficit de US$ 4,3 bilhões em dezembro, acumulando deficit de US$ 9,8 bilhões em

2017, equivalentes a 0,48% do PIB. Na conta financeira, o ingresso líquido de in-

vestimentos diretos no país somou US$ 5,4 bilhões em dezembro, totalizando US$

70,3 bilhões no ano, ou 3,42% do PIB.

Notas para imprensa. Banco Central do Brasil. Internet: <www.bcb.gov.br>.

Tendo como referência esse fragmento de texto, julgue os itens que se seguem,

a respeito dos conceitos de produto e balanço de pagamentos.

As movimentações de capital são registradas no balanço de pagamentos para per-

mitir o acompanhamento, por exemplo, das entradas autônomas de capital por

meio de aquisições de ações e títulos governamentais feitas por não residentes.

Questão 2    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) As transações correntes apresentaram

deficit de US$ 4,3 bilhões em dezembro, acumulando deficit de US$ 9,8 bilhões em

2017, equivalentes a 0,48% do PIB. Na conta financeira, o ingresso líquido de in-

vestimentos diretos no país somou US$ 5,4 bilhões em dezembro, totalizando US$

70,3 bilhões no ano, ou 3,42% do PIB.

Notas para imprensa. Banco Central do Brasil. Internet: <www.bcb.gov.br>.

Tendo como referência esse fragmento de texto, julgue os itens que se seguem,

a respeito dos conceitos de produto e balanço de pagamentos.

Discrepâncias estatísticas aparecem quando são registradas transações econômi-

cas entre residentes e não residentes no balanço de pagamentos. Ao traçar uma

linha imaginária sobre esses erros e emissões, é possível perceber que, acima da

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linha, estão as transações autônomas ou independentemente motivadas pelos ban-

cos centrais para a condução da política monetária.

Questão 3    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos órgãos governamen-

tais responsáveis pela formulação, coordenação e implementação das políticas de

comércio exterior do país, julgue o item subsequente.

A internacionalização das empresas brasileiras por meio do investimento direto

no exterior, que se expandiu na última década, a partir de mudanças na forma de

atuação do BNDES, pode levar ao crescimento do emprego no país, em função do

acesso a novas fontes de financiamentos e de outros mercados, bem como da con-

sequente redução da vulnerabilidade externa.

Questão 4    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-

ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-

ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos

últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento

internacional de capitais e seus impactos.

A estrutura do balanço de pagamentos permite compreender o movimento interna-

cional de capitais. Nesse movimento, a conta de serviços registra os pagamentos

(e os recebimentos) de serviços da dívida externa (juros) e o serviço do capital de

risco (lucros e dividendos), doações e repatriações.

Questão 5    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-

ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-

ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos

últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento

internacional de capitais e seus impactos.

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Embora sejam determinantes expressivos do desempenho econômico dos países,


as tendências, flutuações e composição dos fluxos internacionais de capitais têm
baixíssimo impacto nas diretrizes ou escolhas de política econômica em uma eco-
nomia aberta.

Questão 6    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-


ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-
ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos
últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento
internacional de capitais e seus impactos.
Do ponto de vista dos impactos, pode-se considerar que o investimento direto é um
tipo de capital de longo prazo, mais resistente a crises, com efeitos potencialmente
positivos sobre uma economia por se tratar de uma das formas de internaciona-
lização da produção, permitindo que um país tenha acesso a tecnologia, bens ou
serviços originários de outros países.

Questão 7    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2017) A respeito do comércio internacional,


julgue o item que se segue.
A introdução de uma tarifa alfandegária causará efeitos de longo prazo sobre a
balança comercial se houver livre mobilidade de capital e regime cambial flexível.

Questão 8    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No que se refere às relações comer-


ciais e financeiras do Brasil com o resto do mundo, julgue o seguinte item.
O resultado final superavitário do balanço internacional de pagamentos indica in-

gressos líquidos de recursos, com aumento dos estoques de ativos externos do país.

Questão 9    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Tendo em vista as interações entre

câmbio, moeda, balanço de pagamentos e política econômica, julgue o item que se

segue.

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A aquisição por investidor estrangeiro de ações de empresa estatal é registrada

como crédito na conta de serviços do balanço de pagamentos.

Questão 10    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No que se refere às relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com o resto do mundo, julgue o seguinte item.

A ocorrência de deficit sistemáticos na balança comercial de um país corresponde

à utilização por este país de poupança do resto do mundo.

Questão 11    (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) Acerca do balanço de pagamentos,

assinale a opção correta.

a) O saldo em transações correntes é o resultado da soma da balança comercial

com a balança de serviços e rendas e com transferências unilaterais correntes.

b) Se o saldo da balança de pagamentos de determinado país for positivo, haverá

redução das reservas internacionais desse país.

c) Deficit na balança de serviços implica, necessariamente, deficit em transações

correntes.

d) Os lucros reinvestidos por residentes no exterior na economia doméstica são

computados na conta de capital.

e) Se o saldo das transações correntes for positivo, então a poupança do resto do

mundo será também positiva.

Questão 12    (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Considerando as identidades ma-

croeconômicas básicas e os conceitos relacionados ao balanço de pagamentos,

julgue o item a seguir.

A poupança externa é igual à quantidade de recursos do país captados por meio de

investimentos externos diretos.

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Questão 13    (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Com relação aos instrumentos de

política fiscal, monetária e cambial, julgue o item que se segue.

No currency board, a quantidade de moeda em circulação passa a depender do mon-

tante líquido de divisas detido pelo país, eliminando, no nível doméstico, as funções

clássicas do banco central.

Questão 14    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de políticas econômicas e

seus conceitos, instrumentos e efeitos, julgue o item subsequente.

O volume de reservas internacionais que o país detém é menos relevante em um

regime de câmbio fixo que em um regime de câmbio flutuante.

Questão 15    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito das políticas fiscal, mo-

netária e cambial, julgue o item que se segue.

Ao intervir no mercado de câmbio comprando divisas, o Banco Central do Brasil fa-

vorece a indústria importadora, já que o valor dos produtos importados é reduzido

quando convertido em reais.

Questão 16    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o próximo item, a respeito

de política econômica.

No mercado cambial, as intervenções realizadas por um governo mediante a com-

pra e a venda de moeda estrangeira objetivam, em determinadas situações, afetar

a taxa de câmbio e reduzir a sua volatilidade.

Questão 17    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de agregados macroeconô-

micos, das contas nacionais e de balanço de pagamentos, julgue o item subsequen-

te.

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A conta denominada serviços do balanço de pagamento é composta pelo valor líqui-

do das receitas e despesas de modalidades de serviços, como transporte, viagens

internacionais, seguros, royalties, investimento direto, investimento em carteira,

entre outras.

Questão 18    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de macroeconomia, julgue

o item subsequente.

A conta financeira do balanço de pagamento corresponde à soma dos valores líqui-

dos dos investimentos diretos, dos investimentos em carteira, dos derivativos e das

rendas obtidas com lucros, juros e dividendos.

Questão 19    (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Julgue o item subsequente,

com relação à taxa de câmbio e aos regimes cambiais.

A depreciação do peso argentino frente ao real pode reduzir as exportações dos

produtos brasileiros para a Argentina, desconsiderados os efeitos da inflação nos

dois países.

Questão 20    (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) Em relação à macroeconomia

aberta e aos instrumentos de política econômica, julgue o seguinte item.

Em um regime de câmbio fixo, a ampliação das reservas internacionais faz que o

banco central tenha que ampliar a base monetária.

Questão 21    (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) Em relação à macroeconomia

aberta e aos instrumentos de política econômica, julgue o seguinte item.

O aumento da renda do resto do mundo provoca elevação das exportações líquidas

brasileiras e das reservas internacionais.

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Questão 22    (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Com referência à teoria econômica

do setor público, julgue o próximo item à luz dos principais conceitos de contabili-

dade fiscal.

Em uma economia aberta, o deficit do balanço de pagamentos em transações cor-

rentes é financiado pelo deficit público.

Questão 23    (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Acerca das relações teóricas es-

tabelecidas pelas contas nacionais e do balanço de pagamentos, julgue o item.

O saldo da balança comercial corresponde à diferença entre a exportação e a im-

portação de bens, enquanto os valores dos serviços relativos a transporte e viagens

internacionais são computados na conta capital.

Questão 24    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos bá-

sicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue o item a seguir.

O chamado currency board, considerado muito severo, foi bastante utilizado no

final do século XX, associado aos planos de estabilização, como no caso argentino,

e caracteriza-se por uma vinculação com a política monetária.

Questão 25    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos

básicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue (C ou E) o

item a seguir.

No sistema conhecido como crawling band, fixa-se uma faixa dentro da qual a co-

tação da moeda pode flutuar livremente; o piso e o teto não podem ser alterados

durante todo o período em que o sistema for adotado.

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Questão 26    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos

básicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue (C ou E) o

item a seguir.

A política de fixação de câmbio com reajustes sistemáticos em prazos determinados

– crawling peg – caracterizou a fase das minidesvalorizações no Brasil, em que a

taxa de câmbio era revista no dia primeiro de cada mês.

Questão 27    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015)

balanço de pagamentos (em US$ bilhões)


exportações 120
importações 110
donativos recebidos de ONGs sediadas no exterior 2
investimentos para ampliação de empreendimento industrial 18
reinvestimento de lucros de uma multinacional no Brasil 10
aplicação de estrangeiros na aquisição de ações no mercado secundário 11
remessa de lucros por filiais de empresas estrangeiras 15
amortização de empréstimos externos 7
empréstimos externos obtidos 22
juros sobre empréstimos a instituições internacionais 14
viagens internacionais de residentes no Brasil 13
pagamento de royalties e assistência técnica 9
fretes pagos a transportadores estrangeiros 6

Com referência aos dados do balanço de pagamentos apresentado na tabela acima,

julgue (C ou E) o item seguinte.

O balanço de serviços apresentou saldo negativo de US$ 43 bilhões.

Questão 28    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) A respeito do

balanço de pagamentos brasileiros, julgue o item subsecutivo.

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Macroeconomia - Parte IV
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A elaboração do balanço de pagamentos no Brasil segue as regras estabelecidas no

Balance of Payments Manual, editado pelo Banco Mundial.

Questão 29    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) A respeito do

balanço de pagamentos brasileiros, julgue o item subsecutivo.

A instituição responsável pela elaboração e divulgação do balanço de pagamentos

é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Questão 30    (CESPE/CADE/ECONOMISTA/2014) Com relação a macroeconomia,

julgue o item subsecutivo.

No balanço de pagamentos, a conta “atrasados” é empregada quando determinado

país não paga um débito. Para efetuar esse mecanismo contábil, fazem-se créditos

na conta amortização e débitos na conta atrasados.

Questão 31    (CESPE/TJ-SE/ANALISTA/2014) Julgue o próximo item, relativo ao

balanço de pagamentos brasileiro, de acordo com os critérios estabelecidos no Ma-

nual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Para o registro dos ativos externos detidos por residentes no Brasil sob a forma de

investimento direto, é previsto o investimento direto no exterior; para a represen-

tação da conta de passivo do grupo investimento direto, é previsto o investimento

direto no Brasil.

Questão 32    (CESPE/TJ-SE/ANALISTA/2014) Julgue o próximo item, relativo ao

balanço de pagamentos brasileiro, de acordo com os critérios estabelecidos no Ma-

nual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A conta capital é a conta em que são registradas as transferências de capital re-

lacionadas com patrimônio de migrantes e a aquisição ou alienação de bens não

financeiros não produzidos, tais como cessão de patentes e marcas.

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Questão 33    (CESPE/TCDF/AUDITOR/2014) Julgue os itens seguintes, com rela-

ção ao balanço de pagamentos.

O pagamento de juros de empréstimos internacionais é registrado na conta capital

e financeira do balanço de pagamentos.

Questão 34    (CESPE/TCDF/AUDITOR/2014) Julgue os itens seguintes, com rela-

ção ao balanço de pagamentos.

A variação negativa das reservas internacionais implica retração da base monetá-

ria.

Questão 35    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Em relação à teoria macroeconômica para

pequenas economias abertas, julgue os itens que se seguem.

No regime de câmbio fixo, o aumento da tributação proporciona redução das reser-

vas internacionais.

Questão 36    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Julgue o item seguinte:

Em um regime com câmbio fixo, a expansão dos gastos do governo leva ao aumen-

to da renda e das exportações líquidas.

Questão 37    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Julgue o item seguinte:

No regime de câmbio flutuante, a expansão dos gastos do governo não é capaz de

estimular o produto da economia.

Questão 38    (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Considerando as relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com outros países, julgue o item subsequente.

Sempre que se registrar a entrada de investimento externo direto na conta do

balanço de pagamentos brasileiro, haverá acúmulo de reservas internacionais no

Brasil.

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Questão 39    (CESPE/TCE-ES/ANALISTA/2013) Com relação às contas do balanço

de pagamentos, assinale a opção correta.

a) Se o Banco Central fixar a taxa básica de juros da economia, o superavit do ba-

lanço de pagamentos provocará elevação permanente da base monetária.

b) O superavit global do balanço de pagamentos é igual à variação da base mone-

tária.

c) O pagamento de amortização de empréstimo internacional junto ao Fundo Mo-

netário Internacional (FMI) é registrado nas transações correntes do balanço de

pagamentos.

d) Afirmar que um país possui poupança externa positiva é equivalente a afirmar

que a sua balança comercial é deficitária.

e) É suficiente para a perda de reservas internacionais que o país apresente deficit

em transações correntes.

Questão 40    (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Um determinado país realizou,

durante um ano, as transações com o exterior mostradas na tabela abaixo.

valor (em bilhões de unidades


monetárias)
importações de mercadorias no valor FOB 20
exportações de mercadorias no valor FOB 10
recebimento de empréstimos do exterior 5
remessa de lucros para o exterior 3
pagamento de serviços de fretes e seguros 1
recebimento de recursos relacionados à cessão de patentes 3

Com base nessas informações e nos conceitos relacionados ao balanço de paga-

mentos, julgue o próximo item.

O saldo das contas capital e financeira é de oito bilhões de unidades monetárias.

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Questão 41    (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Um determinado país realizou,

durante um ano, as transações com o exterior mostradas na tabela abaixo.

valor (em bilhões de unidades


monetárias)
importações de mercadorias no valor FOB 20
exportações de mercadorias no valor FOB 10
recebimento de empréstimos do exterior 5
remessa de lucros para o exterior 3
pagamento de serviços de fretes e seguros 1
recebimento de recursos relacionados à cessão de patentes 3

Com base nessas informações e nos conceitos relacionados ao balanço de paga-

mentos, julgue o próximo item.

O país transferiu poupança para o exterior, apresentando deficit em transações cor-

rentes de 11 bilhões de unidades monetárias.

Questão 42    (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação ao papel do câmbio no

processo de industrialização substitutiva de importações, julgue o item a seguir.

Quando a desvalorização do câmbio torna os preços de importação maiores que os

internos, aumenta a demanda por bens produzidos no país, o que estimula a pro-

dução industrial, em caso de capacidade ociosa.

Questão 43    (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação ao papel do câmbio no

processo de industrialização substitutiva de importações, julgue o item a seguir.

Quando a valorização do câmbio barateia os preços de importação, consequente-

mente há um estímulo para a compra de bens de capital estrangeiros, ampliando-

-se a capacidade instalada.

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Questão 44    (CESPE/STM/ANALISTA/2011) Julgue o item subsequente, relativo

ao balanço de pagamentos.

No balanço de pagamentos brasileiro, os gastos com viagens internacionais dos

brasileiros e os empréstimos concedidos pelo Banco Mundial são registrados, res-

pectivamente, na balança de serviços e renda e na rubrica outros investimentos da

conta financeira.

Questão 45    (CESPE/MPOG/ECONOMISTA/2015) No que se refere a teoria key-

nesiana, demanda agregada, governo e crescimento econômico, julgue o item sub-

sequente.

O balanço de pagamentos representa a contabilização das transações econômicas

internacionais de um país, as quais podem ser compensatórias, ou seja, motivadas

pelos interesses dos agentes envolvidos.

Questão 46    (CESPE/SUFRAMA/ECONOMISTA/2014) O balanço de pagamentos é

o registro contábil das transações econômicas de um país com o resto do mundo.

Acerca desse assunto, julgue o próximo item.

Conceder subsídios às exportações e estabelecer restrições não tarifárias às im-

portações, embora sejam medidas contrárias aos preceitos do livre-comércio, são

formas de se elevar o saldo da balança comercial e reduzir o deficit no balanço de

pagamentos.

Questão 47    (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Considerando as relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com outros países, julgue o item subsequente.

No Brasil, o recente aumento da poupança externa foi resultado de uma agressiva

política comercial de estímulo às exportações e substituição de importações.

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Questão 48    (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) Julgue o item seguinte, relativo às

contas nacionais.

Se um país apresenta superavit no balanço de pagamentos, suas exportações líqui-

das serão, necessariamente, positivas.

Questão 49    (CESPE/STM/ANALISTA/2011/ADAPTADA) Com relação às políticas

econômicas, que normalmente tendem a ter efeitos de curto e longo prazo na eco-

nomia, julgue o item subsequente.

Na situação denominada “deficit gêmeos”, um desequilíbrio fiscal tende a causar

um desequilíbrio nas transações correntes do balanço de pagamentos.

Questão 50    (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Acerca das políticas monetária,

fiscal e de comércio exterior, julgue o item a seguir.

A lei da oferta e da procura não se aplica à taxa cambial, porque essa taxa é admi-

nistrada pelo Banco Central do Brasil.

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GABARITO
1. C 25. E 49. C

2. E 26. E 50. E

3. C 27. E

4. E 28. E

5. E 29. E

6. C 30. E

7. E 31. C

8. C 32. C

9. E 33. E

10. E 34. C

11. a 35. C

12. E 36. E

13. C 37. C

14. E 38. E

15. E 39. b

16. C 40. C

17. E 41. E

18. E 42. C

19. C 43. C

20. C 44. C

21. C 45. E

22. E 46. C

23. E 47. E

24. C 48. E

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GABARITO COMENTADO
Questão 1    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) As transações correntes apresentaram

deficit de US$ 4,3 bilhões em dezembro, acumulando deficit de US$ 9,8 bilhões em

2017, equivalentes a 0,48% do PIB. Na conta financeira, o ingresso líquido de in-

vestimentos diretos no país somou US$ 5,4 bilhões em dezembro, totalizando US$

70,3 bilhões no ano, ou 3,42% do PIB.

Notas para imprensa. Banco Central do Brasil. Internet: <www.bcb.gov.br>.

Tendo como referência esse fragmento de texto, julgue os itens que se seguem,

a respeito dos conceitos de produto e balanço de pagamentos.

As movimentações de capital são registradas no balanço de pagamentos para per-

mitir o acompanhamento, por exemplo, das entradas autônomas de capital por

meio de aquisições de ações e títulos governamentais feitas por não residentes.

Certo.

O mecanismo de funcionamento de balanço de pagamentos basicamente consiste

em registrar todas as transações realizadas entre residentes e não residentes de

um país.

Nessa toada, quando um não residente compra um título público brasileiro, por

exemplo, temos o registro feito por meio de um crédito na conta de capitais autô-

nomos (conta financeira).

Questão 2    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) As transações correntes apresentaram

deficit de US$ 4,3 bilhões em dezembro, acumulando deficit de US$ 9,8 bilhões em

2017, equivalentes a 0,48% do PIB. Na conta financeira, o ingresso líquido de in-

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vestimentos diretos no país somou US$ 5,4 bilhões em dezembro, totalizando US$

70,3 bilhões no ano, ou 3,42% do PIB.

Notas para imprensa. Banco Central do Brasil. Internet: <www.bcb.gov.br>.

Tendo como referência esse fragmento de texto, julgue os itens que se seguem,

a respeito dos conceitos de produto e balanço de pagamentos.

Discrepâncias estatísticas aparecem quando são registradas transações econômi-

cas entre residentes e não residentes no balanço de pagamentos. Ao traçar uma

linha imaginária sobre esses erros e emissões, é possível perceber que, acima da

linha, estão as transações autônomas ou independentemente motivadas pelos ban-

cos centrais para a condução da política monetária.

Errado.

Na verdade, não é razoável relacionar todos estes movimentos à política monetária,

já que, por exemplo, quando um agente exporta ou importa, ou ainda quando com-

pra um título no exterior, isso não é motivado pela política monetária do BACEN.

Questão 3    (CESPE/ABIN/OFICIAL/2018) Com relação aos órgãos governamen-

tais responsáveis pela formulação, coordenação e implementação das políticas de

comércio exterior do país, julgue o item subsequente.

A internacionalização das empresas brasileiras por meio do investimento direto

no exterior, que se expandiu na última década, a partir de mudanças na forma de

atuação do BNDES, pode levar ao crescimento do emprego no país, em função do

acesso a novas fontes de financiamentos e de outros mercados, bem como da con-

sequente redução da vulnerabilidade externa.

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Certo.

Realmente, a ampliação da atuação destas empresas fora do país pode sim elevar

o emprego aqui dentro porque estas empresas se expandem e acessam outros

mercados, assim como no que diz respeito à redução da vulnerabilidade externa,

já que o aumento do investimento no exterior faz com que o país tenda a receber

mais renda do exterior, o que aumenta o fluxo de divisas para o Brasil.

Questão 4    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-

ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-

ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos

últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento

internacional de capitais e seus impactos.

A estrutura do balanço de pagamentos permite compreender o movimento interna-

cional de capitais. Nesse movimento, a conta de serviços registra os pagamentos

(e os recebimentos) de serviços da dívida externa (juros) e o serviço do capital de

risco (lucros e dividendos), doações e repatriações.

Errado.

Atente que os valores referentes aos serviços da dívida e do capital de risco são re-

gistrados na conta de Renda Primária e, por sua vez, as doações são registradas na

conta de Rendas Secundárias, antigas transferências unilaterais. Assim, nenhum

dos valores citados pela assertiva fica na conta de serviços.

Questão 5    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-

ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-

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ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos

últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento

internacional de capitais e seus impactos.

Embora sejam determinantes expressivos do desempenho econômico dos países,

as tendências, flutuações e composição dos fluxos internacionais de capitais têm

baixíssimo impacto nas diretrizes ou escolhas de política econômica em uma eco-

nomia aberta.

Errado.

Na verdade, as tendências, flutuações e a composição dos fluxos internacionais de

capitais têm impacto MUITO RELEVANTE nas diretrizes ou escolhas de política

econômica em uma economia aberta.

Ora, raciocine comigo, se a economia é aberta e há razoável mobilidade de capitais

e abertura comercial, as tendências e flutuações daqueles afetam muito a econo-

mia local e, portanto, impactam significativamente nas diretrizes ou escolhas de

política econômica em uma economia.

Nessa linha de raciocínio, se há um grande fluxo de saída de capitais do país, por

exemplo isso tende a depreciar a moeda local, e essa depreciação faz aumentar a

competitividade das exportações e torna importações mais caras. Assim, eleva-se a

demanda agregada da economia, o que pode ser bom para o crescimento da renda,

mas é prejudicial em contexto de pressão inflacionária.

Atente também que a flutuação destes fluxos pode afetar de tal forma a oscilação

da taxa de câmbio, que a incerteza gerada pode inibir investimentos, sendo, por-

tanto, diversas as formas que as flutuações e composição dos fluxos internacionais

de capitais afetam a economia aberta e a política econômica precisa saber lidar

com isso eficazmente.

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Questão 6    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2018) Tendo em vista que o movimento in-

ternacional de capitais tem recebido grande atenção da literatura econômica, par-


ticularmente com o aprofundamento do processo de globalização financeira nos
últimos vinte e cinco anos, julgue (C ou E) o item seguinte, acerca do movimento
internacional de capitais e seus impactos.
Do ponto de vista dos impactos, pode-se considerar que o investimento direto é um
tipo de capital de longo prazo, mais resistente a crises, com efeitos potencialmente
positivos sobre uma economia por se tratar de uma das formas de internaciona-
lização da produção, permitindo que um país tenha acesso a tecnologia, bens ou
serviços originários de outros países.

Certo.
No que tange ao movimento de capitais autônomos entre países, normalmente
separamos o investimento em dois grandes grupos: investimento direto e investi-
mento em portfólio.
Guarde que o investimento em portfólio (carteira) é aquele que abrange negocia-
ções de títulos públicos, ações, enfim, papéis em que o investidor aloca recursos,
sendo mais voláteis e de caráter mais especulativo.
Já no investimento direto, tem-se um tipo de capital mais voltado para o longo pra-
zo porque se trata de capital “produtivo”, que traz mais benefícios para a economia
local porque refletem um interesse duradouro de um residente de uma economia
(investidor direto) em uma entidade residente em outra economia (empresa de
investimento direto). Normalmente, registram-se nesta conta as transações entre
a matriz (investidor direto) e as afiliadas (empresa de investimento direto) de em-
presas transnacionais, sendo a razão pela qual o examinador afirma que o investi-
mento direto permite que “que um país tenha acesso a tecnologia, bens ou serviços

originários de outros países”.

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Questão 7    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2017) A respeito do comércio internacional,


julgue o item que se segue.
A introdução de uma tarifa alfandegária causará efeitos de longo prazo sobre a
balança comercial se houver livre mobilidade de capital e regime cambial flexível.

Errado.
Na verdade, efeito será temporário, já que teremos também uma valorização cam-
bial como resultado dessa medida e essa valorização da taxa de câmbio fará com
que haja redução das exportações líquidas reduzindo a demanda, eliminando a
pressão da entrada de capitais no mercado de câmbio.
Nesse processo, a taxa de câmbio se valorizou de forma que a queda da demanda
externa compensasse a redução líquida das importações que havia sido obtida com
a colocação da tarifa e, assim, o efeito sobre a balança comercial foi apenas tem-
porário.

Questão 8    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No que se refere às relações comer-


ciais e financeiras do Brasil com o resto do mundo, julgue o seguinte item.
O resultado final superavitário do balanço internacional de pagamentos indica in-
gressos líquidos de recursos, com aumento dos estoques de ativos externos do país.

Certo.
Quando o resultado final do balanço é superavitário, houve ingressos líquidos de

recursos e consequente aumento do nível das reservas internacionais.

Questão 9    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) Tendo em vista as interações entre

câmbio, moeda, balanço de pagamentos e política econômica, julgue o item que se

segue.

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A aquisição por investidor estrangeiro de ações de empresa estatal é registrada

como crédito na conta de serviços do balanço de pagamentos.

Errado.

A aquisição por investidor estrangeiro de ações de empresa estatal implica que esse

investidor está aportando capital no Brasil, gerando um crédito na conta financeira

na linha investimento em carteira.

Questão 10    (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No que se refere às relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com o resto do mundo, julgue o seguinte item.

A ocorrência de deficit sistemáticos na balança comercial de um país corresponde

à utilização por este país de poupança do resto do mundo.

Errado.

Na verdade, um país utiliza poupança externa quando o seu balanço de pagamen-

tos demonstra que houve deficit em transações correntes. Assim podemos enten-

der que poupança externa aparece para “cobrir o rombo” das transações correntes.

O erro da questão é se referir apenas a uma das rubricas que integram o saldo de

transações correntes, o saldo da balança comercial, esquecendo da conta de ser-

viços e de rendas que integram o saldo de transações correntes e que podem ser

superavitárias o suficiente para tornar todo o saldo de transações correntes supe-

ravitário.

Questão 11    (CESPE/TCE-PR/AUDITOR/2016) Acerca do balanço de pagamentos,

assinale a opção correta.

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a) O saldo em transações correntes é o resultado da soma da balança comercial

com a balança de serviços e rendas e com transferências unilaterais correntes.

b) Se o saldo da balança de pagamentos de determinado país for positivo, haverá

redução das reservas internacionais desse país.

c) Deficit na balança de serviços implica, necessariamente, deficit em transações

correntes.

d) Os lucros reinvestidos por residentes no exterior na economia doméstica são

computados na conta de capital.

e) Se o saldo das transações correntes for positivo, então a poupança do resto do

mundo será também positiva.

Letra a.

Para resolver essa questão com segurança é importante ter em mente o quadro do

balanço de pagamentos.

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Vamos analisar as alternativas e escolher a correta.

a) Certa. Repare no quadro acima que D (transações correntes) é a soma de A,

B e C.

b) Errada. Se o saldo é positivo, ocorre aumento do nível das reservas internacio-

nais.

c) Errada. Um deficit na balança de serviços pode ser compensado e ultrapassado,

por exemplo, por um superavit na balança comercial/Transações Unilaterais.

d) Errada. Os lucros reinvestidos devem ser computados na conta de serviços e

rendas.

e) Errada. Tenha em mente que a poupança externa é o resultado das transações

correntes, só que com sinal invertido! Nessa toada, se o resultado das transações

correntes for positivo, o país em teve poupança externa negativa, e vice-versa.

Questão 12    (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Considerando as identidades ma-

croeconômicas básicas e os conceitos relacionados ao balanço de pagamentos,

julgue o item a seguir.

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Macroeconomia - Parte IV
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A poupança externa é igual à quantidade de recursos do país captados por meio de

investimentos externos diretos.

Errado.
A poupança externa é igual ao saldo das transações correntes com sinal invertido,
mas não necessariamente é igual ao saldo da conta capital e financeira.
Além disso, o investimento estrangeiro é apenas uma parcela do total da movimen-
tação da conta capital e financeira.

Questão 13    (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Com relação aos instrumentos de


política fiscal, monetária e cambial, julgue o item que se segue.
No currency board, a quantidade de moeda em circulação passa a depender do mon-
tante líquido de divisas detido pelo país, eliminando, no nível doméstico, as funções
clássicas do banco central.

Certo.
Tenha em mente que no regime “currency board” o BACEN, no que diz respeito ao
câmbio, atua como uma “agência de conversão”, ou seja, apenas serve para con-
verter a moeda nacional em moeda estrangeira.
Nessa linha de raciocínio, a assertiva é verdadeira, já que a Política Monetária seria
“passiva”, ou seja, a quantidade de moeda local em circulação dependeria exclusi-
vamente da quantidade líquida de moeda estrangeira que dispõe o país.

Questão 14    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de políticas econômicas e


seus conceitos, instrumentos e efeitos, julgue o item subsequente.
O volume de reservas internacionais que o país detém é menos relevante em um

regime de câmbio fixo que em um regime de câmbio flutuante.

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Errado.

O examinador inverteu a verdade, já que o volume de reservas internacionais que

o país detém é menos relevante em um regime de câmbio flutuante que em um

regime de câmbio fixo.

No regime de câmbio flutuante, como o BACEN não vende nem compra moeda es-

trangeira para controlar a taxa de câmbio, o volume de reservas internacionais que

o país detém é irrelevante.

Já no regime de câmbio fixo, como o BACEN vende moeda estrangeira para contro-

lar a taxa de câmbio, o volume de reservas internacionais que o país detém é muito

importante, já que para aumentar a oferta de moeda estrangeira, de modo a evitar

uma desvalorização cambial, ele precisar ter tais reservas.

Questão 15    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito das políticas fiscal, mo-

netária e cambial, julgue o item que se segue.

Ao intervir no mercado de câmbio comprando divisas, o Banco Central do Brasil fa-

vorece a indústria importadora, já que o valor dos produtos importados é reduzido

quando convertido em reais.

Errado.

Na verdade, o raciocínio correto é que ao intervir no mercado de câmbio comprando

divisas, o Banco Central do Brasil atrapalha a indústria importadora, já que o valor

dos produtos importados é aumentado quando convertido em reais, pois o próprio

aumento da demanda por moeda estrangeira tem o condão de elevar a cotação da

moeda estrangeira, encarecendo assim os produtos importados.

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Questão 16    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Julgue o próximo item, a respeito

de política econômica.
No mercado cambial, as intervenções realizadas por um governo mediante a com-
pra e a venda de moeda estrangeira objetivam, em determinadas situações, afetar
a taxa de câmbio e reduzir a sua volatilidade.

Certo.
O Governo, via BACEN, pode influenciar a taxa de câmbio, seja comprando moeda
estrangeira, gerando elevação da cotação, seja vendendo, gerando redução da co-
tação. Um dos objetivos dessa intervenção é justamente reduzir a flutuação brus-
cas dessa taxa, ou seja, reduzir a sua volatilidade.

Questão 17    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de agregados macroeconô-


micos, das contas nacionais e de balanço de pagamentos, julgue o item subsequen-
te.
A conta denominada serviços do balanço de pagamento é composta pelo valor líqui-
do das receitas e despesas de modalidades de serviços, como transporte, viagens
internacionais, seguros, royalties, investimento direto, investimento em carteira,
entre outras.

Errado.

O CESPE costuma começar as assertivas corretamente e colocar um erro só no fi-


nal, de modo a “pegar” os mais afoitos!

Nessa questão só estão errados os exemplos finais, investimento direto e inves-

timento em carteira, que entram na conta financeira e não na conta serviços do

balanço de pagamentos.

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Questão 18    (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) Acerca de macroeconomia, julgue

o item subsequente.

A conta financeira do balanço de pagamento corresponde à soma dos valores líqui-

dos dos investimentos diretos, dos investimentos em carteira, dos derivativos e das

rendas obtidas com lucros, juros e dividendos.

Errado.

O CESPE costuma começar as assertivas corretamente e colocar um erro só no fi-

nal, de modo a “pegar” os mais afoitos!

Nessa questão só estão errados os exemplos finais, rendas obtidas com lucros, ju-

ros e dividendos, que entra na conta rendas (transações correntes) do balanço de

pagamentos e não na conta financeira.

Questão 19    (CESPE/FUNPRESP/ANALISTA/2016) Julgue o item subsequente,

com relação à taxa de câmbio e aos regimes cambiais.

A depreciação do peso argentino frente ao real pode reduzir as exportações dos

produtos brasileiros para a Argentina, desconsiderados os efeitos da inflação nos

dois países.

Certo.

Claro que pode! Não só pode, como tende a acontecer!

Repare que se o Peso Argentino foi depreciado em relação ao Real, isso significa

que serão necessários mais pesos para comprar a mesma quantidade de produtos

em Reais.

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Nessa pegada, os produtos brasileiros ficam relativamente mais caros para os ar-

gentinos, diminuindo a demanda pelos mesmos.

Questão 20    (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) Em relação à macroeconomia

aberta e aos instrumentos de política econômica, julgue o seguinte item.

Em um regime de câmbio fixo, a ampliação das reservas internacionais faz que o

banco central tenha que ampliar a base monetária.

Certo.

Quando temos um regime de câmbio fixo, o BACEN usa a base monetária para isso,

é a chamada política monetária passiva. No caso em tela, se ocorreu um aumen-

to das reservas internacionais, consequentemente houve uma expansão da base

monetária, já que o BACEN precisou comprar o excesso de moeda estrangeira para

conseguir manter a taxa de câmbio fixa, pois se o BACEN nada fizesse o excesso de

oferta abaixaria a taxa de câmbio.

Questão 21    (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) Em relação à macroeconomia

aberta e aos instrumentos de política econômica, julgue o seguinte item.

O aumento da renda do resto do mundo provoca elevação das exportações líquidas

brasileiras e das reservas internacionais.

Certo.

A ideia básica é que as importações ocorrem em função da renda interna, enquanto

as exportações em função da renda externa.

Nessa toada, quando ocorre um aumento da renda do resto do mundo, teremos um

aumento da demanda desses países por nossos produtos, gerando uma tendência

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de elevação das exportações líquidas (exportações – importações) e, consequen-

temente, uma tendência de aumento do nível de reservas internacionais, já que

entrarão mais “dólares” em função dessa elevação das exportações líquidas.

Foi o que aconteceu com alguns países como o Brasil com o aumento da renda no

CHINA nos anos 2000 que gerou aumento das exportações líquidas e do nível das

reservas internacionais.

Questão 22    (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Com referência à teoria econômica

do setor público, julgue o próximo item à luz dos principais conceitos de contabili-

dade fiscal.

Em uma economia aberta, o deficit do balanço de pagamentos em transações cor-

rentes é financiado pelo deficit público.

Errado.

Na verdade, um deficit em transações correntes é financiado por um superavit na

conta capital e financeira.

Em outras palavras, se ocorre saída líquida de recursos pela conta de transações

correntes, precisamos atrair capitais para tapar esse rombo.

Esses capitais na verdade são a própria poupança externa.

Conclui-se, portanto, que o deficit do balanço de pagamentos em transações cor-

rentes é financiado pela poupança externa.

Questão 23    (CESPE/TCU/AUDITOR/2015) Acerca das relações teóricas es-

tabelecidas pelas contas nacionais e do balanço de pagamentos, julgue o item.

O saldo da balança comercial corresponde à diferença entre a exportação e a im-

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portação de bens, enquanto os valores dos serviços relativos a transporte e viagens

internacionais são computados na conta capital.

Errado.

A única parte correta da assertiva é aquela que diz que a balança comercial corres-

ponde à diferença entre exportação e importação de bens.

Entretanto, os valores referentes a serviços de transporte e viagens internacionais

são contabilizados na balança de serviços e não na conta de capital.

Questão 24    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos bá-

sicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue o item a seguir.

O chamado currency board, considerado muito severo, foi bastante utilizado no

final do século XX, associado aos planos de estabilização, como no caso argentino,

e caracteriza-se por uma vinculação com a política monetária.

Certo.

O regime de câmbio fixo denominado “currency board”, que realmente foi adotado

pela Argentina na década de 1990 durante o governo Menén, tem como caracte-

rística o compromisso firmado pela autoridade monetária de converter sua moeda

para uma determinada moeda considerada forte, à uma taxa fixa.

Questão 25    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos

básicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue (C ou E) o

item a seguir.

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No sistema conhecido como crawling band, fixa-se uma faixa dentro da qual a co-

tação da moeda pode flutuar livremente; o piso e o teto não podem ser alterados

durante todo o período em que o sistema for adotado.

Errado.

Temos agora uma questão do CESPE sobre regimes cambiais, especificamente so-

bre o regime das bandas cambiais.

A assertiva está errada, mas temos um discreto erro nela! O erro está em dizer que

o piso e o teto não podem ser alterados! Isso não existe!

A chama banda cambial pode sim ter seu piso e seu teto atualizado, por exemplo,

de acordo com a inflação de determinado período.

Questão 26    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015) Considerando que, ao se analisar a

formação de preços no mercado cambial, constata-se a existência de dois tipos

básicos e de diversos tipos intermediários de regimes cambiais, julgue (C ou E) o

item a seguir.

A política de fixação de câmbio com reajustes sistemáticos em prazos determinados

– crawling peg – caracterizou a fase das minidesvalorizações no Brasil, em que a

taxa de câmbio era revista no dia primeiro de cada mês.

Errado.

É verdade que no denominado regime crawling peg, usado no Brasil durante um

bom período pós 1968, a taxa de câmbio nominal acaba sendo atualizada constan-

temente seguindo alguns indicadores.

Até aqui beleza! Mas tem um erro! O erro está parte em que diz que a mencionada

atualização da taxa ocorria no 1º dia de cada mês.

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Questão 27    (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2015)

balanço de pagamentos (em US$ bilhões)


exportações 120
importações 110
donativos recebidos de ONGs sediadas no exterior 2
investimentos para ampliação de empreendimento industrial 18
reinvestimento de lucros de uma multinacional no Brasil 10
aplicação de estrangeiros na aquisição de ações no mercado secundário 11
remessa de lucros por filiais de empresas estrangeiras 15
amortização de empréstimos externos 7
empréstimos externos obtidos 22
juros sobre empréstimos a instituições internacionais 14
viagens internacionais de residentes no Brasil 13
pagamento de royalties e assistência técnica 9
fretes pagos a transportadores estrangeiros 6

Com referência aos dados do balanço de pagamentos apresentado na tabela acima,

julgue (C ou E) o item seguinte.

O balanço de serviços apresentou saldo negativo de US$ 43 bilhões.

Errado.
De acordo com o BACEN o detalhamento da conta de serviços do Balanço de Paga-
mentos relaciona os serviços relativos a transportes, viagens internacionais,
seguros, financeiros, computação e informações, royalties e licenças, aluguel de
equipamentos, serviços governamentais e outros serviços. Os serviços financeiros
compreendem as intermediações bancárias, tais como corretagens, comissões, ga-
rantias e fianças, e outros encargos acessórios sobre o endividamento externo. Em
outros serviços estão consolidadas as informações referentes a serviços de corre-
tagens e comissões mercantis, serviços técnicos profissionais, pessoais, culturais e

recreação.

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Nessa toada, pertencem à balança de serviços os três últimos itens listados pelo

enunciado, sendo que apresentam saldo negativo, já que representam a saída de


divisas estrangeiras.
Em suma, o saldo da balança de serviços é dado pela soma entre viagens inter-
nacionais de residentes no Brasil, pagamento de royalties e assistência técnica e
fretes pagos a transportadores estrangeiros:
Saldo de Serviços = -13 -9 – 6 = – 28
Saldo de Serviços = um deficit de US$ 28 bilhões.

Questão 28    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) A respeito do


balanço de pagamentos brasileiros, julgue o item subsecutivo.
A elaboração do balanço de pagamentos no Brasil segue as regras estabelecidas no
Balance of Payments Manual, editado pelo Banco Mundial.

Errado.
Na verdade, o balanço de pagamentos no Brasil é elaborado segundo as regras
estabelecidas no Balance of Payments Manual, documento foi editado pelo FMI –
Fundo Monetário Internacional e não pelo Banco Mundial.

Questão 29    (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/2014) A respeito do


balanço de pagamentos brasileiros, julgue o item subsecutivo.
A instituição responsável pela elaboração e divulgação do balanço de pagamentos
é o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Errado.

Na verdade, a instituição responsável pela elaboração e divulgação do balanço de

pagamentos é o Banco Central do Brasil. O Ministério do Desenvolvimento, Indús-

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tria e Comércio Exterior divulga alguns dados sobre comércio exterior, mas não o

Balanço de Pagamentos.

Questão 30    (CESPE/CADE/ECONOMISTA/2014) Com relação a macroeconomia,


julgue o item subsecutivo.
No balanço de pagamentos, a conta “atrasados” é empregada quando determinado
país não paga um débito. Para efetuar esse mecanismo contábil, fazem-se créditos
na conta amortização e débitos na conta atrasados.

Errado.
A conta “atrasados” é utilizada quando o país não consegue cobrir o deficit em Tran-
sações Correntes, não conseguindo fazê-lo por meio da Conta Capital e Financeira,
não conseguindo empréstimos junto ao FMI ou não havendo reservas suficientes,
fica devendo para os agentes responsáveis pela transação. Entretanto, essa conta-
bilização em atrasados se dá por meio de um crédito, já que há um aumento das
obrigações do país perante o “resto do mundo”.

Questão 31    (CESPE/TJ-SE/ANALISTA/2014) Julgue o próximo item, relativo ao


balanço de pagamentos brasileiro, de acordo com os critérios estabelecidos no Ma-
nual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Para o registro dos ativos externos detidos por residentes no Brasil sob a forma de
investimento direto, é previsto o investimento direto no exterior; para a represen-
tação da conta de passivo do grupo investimento direto, é previsto o investimento
direto no Brasil.

Certo.

Realmente, a conta de investimento direto apresenta esses dois fluxos. Note que

quando um residente no Brasil obtém um ativo externo, isto é registrado como um

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investimento direto no exterior. Por outro lado, em sentido contrário, há um inves-

timento direto no Brasil. Assim, essa conta representa um passivo para o Brasil, já

que contempla recursos de não residentes empregado aqui no país.

Guarde que no balanço de pagamento, o investimento direto líquido representará a

diferença entre esses fluxos.

Questão 32    (CESPE/TJ-SE/ANALISTA/2014) Julgue o próximo item, relativo ao

balanço de pagamentos brasileiro, de acordo com os critérios estabelecidos no Ma-

nual de Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A conta capital é a conta em que são registradas as transferências de capital re-

lacionadas com patrimônio de migrantes e a aquisição ou alienação de bens não

financeiros não produzidos, tais como cessão de patentes e marcas.

Certo.

São as transferências unilaterais de capital. Repare que a cessão de uma marca ou

patente, por exemplo, não envolve um bem produzido e, ao mesmo tempo, não é

um bem financeiro (não é um título, por exemplo).

Questão 33    (CESPE/TCDF/AUDITOR/2014) Julgue os itens seguintes, com rela-

ção ao balanço de pagamentos.

O pagamento de juros de empréstimos internacionais é registrado na conta capital

e financeira do balanço de pagamentos.

Errado.

A assertiva é falsa, já que o pagamento de juros de empréstimos internacionais é

registrado na balança de rendas.

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Questão 34    (CESPE/TCDF/AUDITOR/2014) Julgue os itens seguintes, com rela-

ção ao balanço de pagamentos.

A variação negativa das reservas internacionais implica retração da base monetá-

ria.

Certo.

Está lembrado que o saldo da variação das reservas internacionais sempre iguala,

com o sinal trocado, o saldo do balanço de pagamentos?

Nesse sentido, se houve variação negativa das reservas internacionais, isso signifi-

ca que o saldo do BP foi positivo e esse saldo positivo deve ser compensado com a

saída de meios de pagamento internacionais, ou seja, retração da base monetária.

Questão 35    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Em relação à teoria macroeconômica para

pequenas economias abertas, julgue os itens que se seguem.

No regime de câmbio fixo, o aumento da tributação proporciona redução das reser-

vas internacionais.

Certo.

Amigo(a), tratando-se de economia aberta e com regime de câmbio fixo, quando

ocorre o aumento da tributação (política fiscal restritiva), a taxa interna de juros

acaba sendo menor que a taxa externa, provocando, assim, uma fuga de dólares

do país.

Mas tem um aspecto a ser considerado: tratando-se de câmbio fixo, o BACEN não

pode deixar essa redução da oferta de dólares pressionar para cima o valor da

moeda estrangeira.

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Nessa toada o Banco Central terá que vender dólares no mercado para se contrapor

à fuga de dólares provocada pela redução da taxa interna de juros.

E qual a consequência dessa venda de dólares?

Perda de reservas internacionais!

Questão 36    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Julgue o item seguinte:

Em um regime com câmbio fixo, a expansão dos gastos do governo leva ao aumen-

to da renda e das exportações líquidas.

Errado.

Seguindo os ditames do modelo IS-LM (embora ainda não o tenhamos estudado) e

também do que já estudamos até agora, se temos câmbio fixo, não ocorrem quais-

quer alterações nas exportações líquidas.

E qual a razão para isso?

O câmbio não é afetado!

As exportações líquidas variam conforme as alterações no câmbio. Mas com câmbio

fixo (a taxa cambial rígida), não haverá alteração das exportações líquidas, sendo

afetados apenas o nível de reservas internacionais.

Já podemos concluir que a questão é errada, considerando que em um regime com

câmbio fixo, a expansão dos gastos do governo leva ao aumento da renda e das

reservas internacionais.

Questão 37    (CESPE/TCU/AUFC/2013) Julgue o item seguinte:

No regime de câmbio flutuante, a expansão dos gastos do governo não é capaz de

estimular o produto da economia.

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Certo.

De acordo com a teoria econômica, se o regime é de câmbio flutuante, a política

fiscal, seja ela restritiva ou expansiva é ineficaz para aumentar (ou reduzir) o pro-

duto.

Questão 38    (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Considerando as relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com outros países, julgue o item subsequente.

Sempre que se registrar a entrada de investimento externo direto na conta do

balanço de pagamentos brasileiro, haverá acúmulo de reservas internacionais no

Brasil.

Errado.

Note que o saldo de reservas internacionais de um país depende do saldo do Ba-

lanço de Pagamentos. Note ainda que o saldo do Balanço de Pagamentos é igual ao

saldo de reservas internacionais com sinal trocado, ou seja: BP = – R.

Nessa toada, saldos positivos no balanço de pagamentos resultam em aumento no

saldo de reservas e o sinal negativo das reservas é utilizado apenas por formalidade

contábil, já que as reservas são contabilizadas da mesma forma que a contabili-

dade empresarial, lançamentos a débito (sinal negativo) elevam o saldo da conta.

Entretanto, o Balanço de Pagamentos é composto do saldo do Balanço de Transa-

ções Correntes (BTC) e do saldo do Balanço de Capitais (BK. (no qual consta os

investimentos externos diretos. Assim: BTC + BK = – R.

Evidentemente, caso BK apresente saldo positivo, resultado de investimentos ex-

ternos diretos positivos, e BTC saldo negativo, sendo o valor em módulo deste

maior do que o daquele, a variação das reservas internacionais será negativa.

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Desta forma, haverá acúmulo de reservas internacionais no Brasil apenas quando

BP > 0.

Questão 39    (CESPE/TCE-ES/ANALISTA/2013) Com relação às contas do balanço

de pagamentos, assinale a opção correta.

a) Se o Banco Central fixar a taxa básica de juros da economia, o superavit do ba-

lanço de pagamentos provocará elevação permanente da base monetária.

b) O superavit global do balanço de pagamentos é igual à variação da base mone-

tária.

c) O pagamento de amortização de empréstimo internacional junto ao Fundo Mo-

netário Internacional (FMI) é registrado nas transações correntes do balanço de

pagamentos.

d) Afirmar que um país possui poupança externa positiva é equivalente a afirmar

que a sua balança comercial é deficitária.

e) É suficiente para a perda de reservas internacionais que o país apresente deficit

em transações correntes.

Letra b.

O superavit global no balanço de pagamentos denota a quantidade em excesso

de moeda internacional que entrou no país. Quando este saldo ingressa no país,

o Banco Central o converte em moeda doméstica, elevando a base monetária.

Questão 40    (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Um determinado país realizou,

durante um ano, as transações com o exterior mostradas na tabela abaixo.

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Macroeconomia - Parte IV
Prof. Manuel Piñon

valor (em bilhões de


unidades monetárias)
importações de mercadorias no valor FOB 20
exportações de mercadorias no valor FOB 10
recebimento de empréstimos do exterior 5
remessa de lucros para o exterior 3
pagamento de serviços de fretes e seguros 1
recebimento de recursos relacionados à cessão de patentes 3

Com base nessas informações e nos conceitos relacionados ao balanço de paga-

mentos, julgue o próximo item.

O saldo das contas capital e financeira é de oito bilhões de unidades monetárias.

Certo.
Note que as exportações e as importações pertencem à balança comercial, en-
quanto a remessa de lucros e o pagamento de fretes e seguros são computados na
balança de serviços e rendas.
Dessa forma, apenas o recebimento de empréstimos do exterior, na conta finan-
ceira, e o recebimento de recursos relacionados à cessão de patentes, na conta
capital, é  que são computados na conta capital e financeira, consistindo essas 2
movimentações em entrada de divisas no país, aumentado, assim, o saldo do ba-
lanço de pagamentos.
Temos, portanto, que o saldo da conta capital e financeira no período é dado pela
soma do recebimento de empréstimos do exterior, no valor de 5 bilhões, e do re-
cebimento de recursos relacionados à cessão de patentes no valor de 3 bilhões, ou

seja, o saldo da conta capital e financeira é de 8 bilhões de unidades monetárias.

Questão 41    (CESPE/ANTT/ESPECIALISTA/2013) Um determinado país realizou,

durante um ano, as transações com o exterior mostradas na tabela abaixo.

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valor (em bilhões de


unidades monetárias)
importações de mercadorias no valor FOB 20
exportações de mercadorias no valor FOB 10
recebimento de empréstimos do exterior 5
remessa de lucros para o exterior 3
pagamento de serviços de fretes e seguros 1
recebimento de recursos relacionados à cessão de patentes 3

Com base nessas informações e nos conceitos relacionados ao balanço de paga-

mentos, julgue o próximo item.

O país transferiu poupança para o exterior, apresentando deficit em transações cor-

rentes de 11 bilhões de unidades monetárias.

Errado.

Realmente, a poupança externa está relacionada diretamente ao saldo das tran-

sações correntes do balanço de pagamentos. Por seu turno, o saldo de transações

correntes corresponde à soma dos saldos das balanças comercial e de serviços e

rendas e das transferências unilaterais, e, como não tivemos transferências unila-

terais, o saldo de transações correntes é a soma das balanças comercial e de ser-

viços e rendas.

Considerando que a balança comercial é dada pela diferença entre exportações e

importações, o seu saldo é de -10 bilhões (10 – 20), enquanto a balança de servi-

ços e rendas, nessa corresponde à remessa de lucros e ao pagamento de seguros

e fretes, sendo o seu saldo é de – 4 bilhões (-3 – 1). Assim, o saldo em transações

correntes é deficitário em 14 bilhões de unidades monetárias o que já nos permite

concluir pela falsidade da assertiva.

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Questão 42    (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação ao papel do câmbio no

processo de industrialização substitutiva de importações, julgue o item a seguir.

Quando a desvalorização do câmbio torna os preços de importação maiores que os

internos, aumenta a demanda por bens produzidos no país, o que estimula a pro-

dução industrial, em caso de capacidade ociosa.

Certo.

Realmente, quando temos a taxa de câmbio mais desvalorizada isso significa que é

preciso mais moeda local para adquirir a mesma quantidade de moeda estrangei-

ra, o que torna as importações mais caras para os consumidores locais e torna a

produção local mais barata para os consumidores estrangeiros, sendo benéfico em

tempos de alta capacidade ociosa na economia porque tende a estimular a produ-

ção local.

Perceba que de um lado fica mais difícil importar do exterior e de outro a desvalo-

rização tende a tornar as exportações locais mais competitivas, contribuindo forte-

mente para aumentar a demanda agregada pela produção local.

Questão 43    (CESPE/MPU/ANALISTA/2013) Em relação ao papel do câmbio no

processo de industrialização substitutiva de importações, julgue o item a seguir.

Quando a valorização do câmbio barateia os preços de importação, consequente-

mente há um estímulo para a compra de bens de capital estrangeiros, ampliando-

-se a capacidade instalada.

Certo.

Uma vantagem significativa de se ter um câmbio valorizado é que os bens de ca-

pital, como máquinas e equipamentos, que precisam ser adquiridos para aumento

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da capacidade de oferta, acabam podendo ser importados a preços mais baixos,

reduzindo assim os custos das empresas.

Questão 44    (CESPE/STM/ANALISTA/2011) Julgue o item subsequente, relativo

ao balanço de pagamentos.

No balanço de pagamentos brasileiro, os gastos com viagens internacionais dos

brasileiros e os empréstimos concedidos pelo Banco Mundial são registrados, res-

pectivamente, na balança de serviços e renda e na rubrica outros investimentos da

conta financeira.

Certo.

Tenha em mente que os gastos com viagens dos brasileiros fora do país são re-

gistrados exatamente na conta de serviços e renda como débito, enquanto os em-

préstimos concedidos pelo Banco Mundial são registrados como crédito na Conta

Financeira.

Guarde ainda que enquanto os investimentos produtivos são os chamados investi-

mentos diretos, a compra de títulos é registrada nos “investimentos em carteira”.

Por fim, os empréstimos concedidos pelo Banco Mundial ou por organismos inter-

nacionais, na época dessa questão, eram registrados em “outros investimentos”.

Questão 45    (CESPE/MPOG/ECONOMISTA/2015) No que se refere a teoria key-

nesiana, demanda agregada, governo e crescimento econômico, julgue o item sub-

sequente.

O balanço de pagamentos representa a contabilização das transações econômicas

internacionais de um país, as quais podem ser compensatórias, ou seja, motivadas

pelos interesses dos agentes envolvidos.

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Errado.

As transações podem ser autônomas ou compensatórias. Guarde que as transações

autônomas é que são motivadas pelos interesses dos agentes envolvidos, enquanto

as transações compensatórias são aquelas utilizadas para zerar o saldo final do BP,

seja via variação de reservas, de empréstimos de regularização ou de atrasados.

Assim, se, por exemplo, o saldo consolidado das transações correntes e da conta

capital e financeira for deficitário em $1.000, então a conta de Transações Compen-

satórias será credora também em $1.000. Nesse exemplo, a compensação pode

ser, por exemplo, via uma variação negativa das reservas internacionais do país de

$1.000.

Questão 46    (CESPE/SUFRAMA/ECONOMISTA/2014) O balanço de pagamentos é

o registro contábil das transações econômicas de um país com o resto do mundo.

Acerca desse assunto, julgue o próximo item.

Conceder subsídios às exportações e estabelecer restrições não tarifárias às im-

portações, embora sejam medidas contrárias aos preceitos do livre-comércio, são

formas de se elevar o saldo da balança comercial e reduzir o deficit no balanço de

pagamentos.

Certo.

Tenha em mente que o Balanço de Pagamentos nada mais é do que o registro con-

tábil das transações econômicas de um país com o resto do mundo, representan-

do, assim, as operações de exportações e importações de bens, serviços, rendas,

capitais e as transferências unilaterais, transações de capital como empréstimos,

financiamentos e investimentos.

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Basicamente, qualquer medida que incentive a realização de exportações de bens

e serviços pode representar uma forma de reduzir o deficit no BP, já que as expor-

tações de bens e serviços geram ingresso de capitais no país. Nessa toada, quanto

maior a quantidade de capitais ingressando, tudo o mais constante, menor o deficit

no balanço de pagamentos. Dessa forma, pode-se dizer que a concessão de subsí-

dios à exportação pode ser favorável mesmo contra os preceitos de livre-comércio,

assim como as medidas que restringem às importações, ao reduzir a saída de ca-

pitais, podem, tudo o mais constante, reduzir o deficit no balanço de pagamentos,

mesmo que contrárias ao ideal de livre-comércio.

Questão 47    (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Considerando as relações comer-

ciais e financeiras do Brasil com outros países, julgue o item subsequente.

No Brasil, o recente aumento da poupança externa foi resultado de uma agressiva

política comercial de estímulo às exportações e substituição de importações.

Errado.

Basicamente, a poupança externa é igual ao saldo do Balanço de Transações Cor-

rentes com sinal invertido:

Se = – BTC

Assim, para que a poupança externa apresente saldo positivo, o país deve registrar

saldo negativo em transações correntes. Nessa toada, resta saber se isto que ocor-

reu no Brasil na época da prova (ano de 2013). E isso aconteceu sim! Entretanto,

a causa para a crescente poupança externa naquela época foi o saldo negativo

apresentado no Balanço de Serviços e no Balanço de Rendas, que apresen-

taram, no período, sucessivos e relevantes deficit.

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Questão 48    (CESPE/ANAC/ANALISTA/2012) Julgue o item seguinte, relativo às

contas nacionais.

Se um país apresenta superavit no balanço de pagamentos, suas exportações líqui-

das serão, necessariamente, positivas.

Errado.

Na verdade, as exportações líquidas, balança comercial, são apenas uma parte de

um grupo do Balanço de Pagamentos, e assim, um país pode apresentar superavit

no balanço de pagamentos ainda que sua balança comercial seja muito deficitária.

Um superavit no balanço de pagamentos pode inclusive acontecer quando o saldo

de conta-corrente é deficitário, bastando apenas que tenha um superavit de maior

valor na conta capital e financeira.

Questão 49    (CESPE/STM/ANALISTA/2011/ADAPTADA) Com relação às políticas

econômicas, que normalmente tendem a ter efeitos de curto e longo prazo na eco-

nomia, julgue o item subsequente.

Na situação denominada “deficit gêmeos”, um desequilíbrio fiscal tende a causar

um desequilíbrio nas transações correntes do balanço de pagamentos.

Certo.

De acordo com a teoria dos deficit gêmeos, um deficit público leva a um deficit na

conta-corrente do balanço de pagamentos.

Observe que o total do investimento é igual ao somatório das poupanças interna e

externa. Assim, considerando um investimento constante, um excesso de gastos

públicos ou insuficiência de arrecadação, se não forem compensados por elevação

da poupança privada doméstica, precisam ser acompanhados de maior absorção

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de poupança externa, ou seja, obrigatoriamente temos deficit em transações cor-

rentes. Nessa linha de raciocínio, portanto, um deficit público leva a um deficit na

conta-corrente do balanço de pagamentos.

Questão 50    (CESPE/SLU-DF/ANALISTA/2019) Acerca das políticas monetária,

fiscal e de comércio exterior, julgue o item a seguir.

A lei da oferta e da procura não se aplica à taxa cambial, porque essa taxa é admi-

nistrada pelo Banco Central do Brasil.

Errado.

Em uma economia de mercado, a da oferta e da procura sempre tem aplicação!

Nesse sentido pense que a taxa de câmbio nada mais é do que o preço da moeda

estrangeira, e que o preço da moeda estrangeira é medido em moeda nacional em

função da relação entre oferta e demanda por moeda estrangeira.

Atente ao fato de que o BACEN apenas tenta administrar ou interferir neste preço,

também na oferta e na demanda por moeda nacional/estrangeira, seja comprando,

seja vendendo moeda estrangeira.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 – Fundamentos de Economia – 6ª Edição – Editora Saraiva – Autores Marco An-

tônio Sandoval Vasconcelos e Manuel Enrique Garcia.

2 – MACROECONOMIA – 11ª Edição – Editora MC Graw H. – Autores Fisher, Startz

e Dornbusch.

3 – MACROECONOMIA – Editora LTC – Autor Gregory Mankiw.

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