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ECONOMIA

Mercado Monetário

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ECONOMIA
Mercado Monetário

Sumário
Manuel Piñon

Mercado Monetário......................................................................................................................... 3
1. Lado Monetário da Economia.................................................................................................... 3
1.1. Sistema Monetário.................................................................................................................... 4
1.2. Moeda.......................................................................................................................................... 5
1.3. Mercado Monetário................................................................................................................ 10
1.4. Teoria Quantitativa da Moeda.............................................................................................. 29
1.5. Contas do Sistema Monetário.............................................................................................. 30
2. Política Monetária..................................................................................................................... 34
3. Inflação........................................................................................................................................ 37
3.1. Introdução e conceito. . ........................................................................................................... 37
3.2. Inflação de Demanda. . ........................................................................................................... 39
3.3. Inflação de Custo (ou de Oferta)......................................................................................... 39
3.4. Inflação Inercial......................................................................................................................40
3.5. Inflação Monetária. . ...............................................................................................................42
3.6. Inflação Reprimida.................................................................................................................42
3.7. Inflação Estrutural.................................................................................................................42
3.8. Imposto Inflacionário............................................................................................................42
3.9. Receita de Seignorage........................................................................................................... 43
3.10. Efeito Tanzi. . ...........................................................................................................................44
3.11. Curva de Phillips e Equação de Fisher..............................................................................44
3.12. Regime de Metas para Inflação......................................................................................... 45
Resumo............................................................................................................................................. 47
Mapa Mental................................................................................................................................... 55
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 57
Questões de Concurso...................................................................................................................61
Gabarito............................................................................................................................................88
Referências......................................................................................................................................89

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MERCADO MONETÁRIO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje, nesta aula, é dar continuidade ao estudo da macroeconomia e apro-
fundar o nosso conhecimento acerca do lado monetário da economia, com foco no Sistema
Monetário, no mercado monetário e nos instrumentos de controle monetário.
Também vamos conhecer os principais aspectos relacionados à inflação.

Como diria David Brinkley:

“Um homem de sucesso é aquele que cria uma parede com os tijolos que jogaram nele”.

Tenha um excelente aproveitamento nesta aula!


Prof. Manuel Piñon

1. Lado Monetário da Economia


Já tivemos o primeiro contato com o termo “unidade monetária”, $ ou moeda, ao vermos
o fluxo de dinheiro, ou, melhor, o fluxo monetário, onde ocorrem as transações monetárias, os
pagamentos e os recebimentos relativos aos bens e serviços adquiridos e à remuneração dos
fatores de produção.

Está lembrado(a)?

Então, vamos rever aquele fluxo monetário:

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Pagamentos dos bens e serviços

Famílias Empresas

Remuneração dos fatores de produção

Lembre-se, também, de que os sentidos das setas indicam para onde o fluxo mone-
tário segue.
Na parte de baixo, as famílias recebem dinheiro das empresas por terem oferecido fato-
res de produção. Por outro lado, na parte de cima, as empresas recebem dinheiro por terem
fornecido bens e serviços, produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos,
estes que, em troca, pagam por esses bens e serviços, gerando a contrapartida monetária
da produção.
Feita a breve revisão do que já vimos até agora em nosso curso, a qual tem relação com a
aula de hoje, chegou a hora de conhecermos mais a fundo o Sistema Monetário e seus princi-
pais componentes.

1.1. Sistema Monetário


De início vale ter em mente que Sistema Monetário de um país abrange todo um conjun-
to de instituições financeiras e de instrumentos financeiros que desempenham importantes
funções para uma economia.
Vamos ver, a seguir, as quatro funções extremamente importantes desempenhadas por
um Sistema Monetário:
1 – Apresentar quem tem $ para quem não tem e precisa de $, ou seja, fazer a transfe-
rência de recursos financeiros entre os agentes econômicos chamados de “poupadores” ou
“superavitários” (possuem recursos sobrando num dado momento) e os agentes econômicos
chamados de “deficitários” (aqueles que, no mesmo instante, se encontram com insuficiência
de recursos);
2 – Dinamizar as relações de trocas de mercadorias entre os indivíduos, sendo a moeda o
meio que possibilita esta circulação de bens e serviços;
3 - Aumentar a liquidez dos ativos reais, possibilitando a realização de um maior número
de transações envolvendo os diversos bens (ativos) que representam o patrimônio (ou seja, a
riqueza acumulada) dos indivíduos;

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4 – Servir de instrumento por meio do qual o Governo possa realizar a Política Monetária,
ou seja, ajustar a quantidade de moeda em circulação às necessidades reais da economia,
produzindo efeitos nos níveis de Produção e, consequentemente, de Renda.
Uma economia de mercado (ou seja, aquela na qual as decisões econômicas sobre “o que
produzir”, “quanto produzir” e “para quem produzir” são tomadas de acordo com o livre jogo de
forças de oferta e de demanda) só pode funcionar adequadamente com a presença da moeda,
já que, sem ela, não é possível dinamizar as trocas de mercadorias e aumentar a eficiência do
sistema econômico.
Imagine: se a moeda não existisse, teríamos que trocar serviços e produtos por outras ser-
viços e produtos... O velho escambo... Isso seria uma loucura!

1.2. Moeda
Amigo(a), o termo “moeda” vai além do papel-moeda e das moedas metálicas, que usa-
mos em nosso dia a dia. Na verdade, quando falarmos em moeda hoje, discutiremos sobre
recursos na forma de depósitos à vista nos bancos comerciais, os depósitos a prazo, as apli-
cações em fundos de investimento, as letras de câmbio etc.
Então, de modo técnico, vamos conceituar como virá, em sua prova, o que vem a ser moeda.

1.2.1. Conceito de Moeda

Amigo(a), podemos conceituar “moeda” como todo objeto de aceitação geral, utilizado
na troca de bens e serviços, que tem poder liberatório (ou seja, capacidade de pagamento)
instantâneo.

O PULO DO GATO
Na sua origem a moeda costumava ter seu valor lastreado em ouro, isto é, o Governo apenas
emitia notas e moedas metálicas se detivesse um valor equivalente em ouro (essa era a ideia
do “padrão-ouro”). Entretanto, já faz muito tempo que não existe mais nenhum “lastro” que
garanta o valor material das notas e moedas em circulação. O seu valor é garantido por lei.
Dessa forma, é chamada também de moeda “fiduciária” (“fidúcia” significa “confiança”). Diz-se
que hoje predomina a chamada moeda “de curso forçado”.

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001. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2016) A respeito de teoria monetária e política monetária,


julgue o item a seguir.
Na atualidade, para que uma moeda seja aceita como meio de troca, o país que a emite deve
ter reservas em ouro em quantidades suficientes, de acordo com o denominado padrão-ouro.

Acabou o padrão-ouro. Na atualidade o valor é garantido por lei. Dessa forma, também é cha-
mada de moeda “fiduciária” (“fidúcia” significa “confiança”), ou seja, hoje predomina a chama-
da moeda “de curso forçado”.
Errado.

1.2.2. Funções da Moeda

A moeda pode ser também definida como tudo aquilo que a sociedade utiliza para desem-
penhar as três seguintes funções: meio ou instrumento de troca, unidade de conta e reser-
va de valor.

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002. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2016) A respeito de teoria monetária e política monetária,


julgue o item a seguir.
As três funções principais de uma moeda em um sistema econômico são a de meio de troca,
a de unidade de conta e a de reserva de valor.

Logicamente, para que a moeda possa cumprir bem essa função, necessita ter um valor rela-
tivamente estável ao longo do tempo, de modo que o indivíduo que a possua tenha uma ideia
precisa de quanto pode obter em troca. Em épocas de inflação alta, a moeda vai perdendo, ao
longo do tempo, o seu valor real, o que reduz o poder de compra dos indivíduos que a detêm.
De todo modo, considerando o curto prazo, a moeda cumpre satisfatoriamente essa função.
Certo.

Vamos entender cada uma das TRÊS FUNÇÕES DA MOEDA:


1- Meio ou instrumento de troca
A moeda surgiu para intermediar as trocas de mercadorias entre os diversos produtores,
tornando-se um elemento de aceitação geral.

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Se não existisse a moeda, as trocas de mercadorias entre os agentes econômicos seriam


diretas (o que se denomina “escambo”); entretanto, o comércio ficaria muito limitado sem o
uso da moeda.

EXEMPLO
Digamos que um agricultor quisesse comprar pão. Ele teria que encontrar um padeiro que
desejasse verduras e, com este, entrar em entendimento para fechar o negócio. Portanto, have-
ria a necessidade de uma dupla coincidência de desejos. Além disso, seria necessário também
que eles entrassem em acordo acerca do valor relativo das duas mercadorias. Quantos pães
valem um 1 kg de chuchu, e vice-versa? Que loucura! Mas a moeda atende plenamente a essa
necessidade.

2- Unidade de conta
Outro uso fundamental se dá pelo fato de a moeda ser amplamente usada para fazer com-
parações entre os valores das diversas mercadorias.
A moeda funciona como um denominador comum, tornando possível somar, por exemplo,
o valor de uma motocicleta com o de uma televisão e com o de uma fazenda, e, ainda, encon-
trar um valor total para esses três bens distintos, expresso num total de unidades monetárias.
Desse modo, a unidade de conta pode ser usada contabilmente.

EXEMPLO
Lembrando daquele exemplo anterior: bastaria que o agricultor soubesse o preço do chuchu
em unidades monetárias e do pão em unidades monetárias, para saber quanto deveria vender
durante a semana ou no mês e o quanto teria disponível, nesse intervalo, em quantidade de
moeda, para adquirir as diversas mercadorias, inclusive o pão que também se encontraria ava-
liado, no mercado, em termos de valores monetários.

3- Reserva de valor
Outro aspecto relevante a destacar é que, na prática, os vendedores das mercadorias acei-
tam a moeda nas suas trocas porque sabem que ela tem aceitação geral; por isso, eles não
terão dificuldade em “transformá-la” novamente nos diversos bens e serviços de que neces-
sitam. Ou seja, a moeda representa um direito que seu possuidor tem sobre as mercadorias.
O indivíduo que recebe moeda não precisa gastá-la imediatamente, podendo guardá-la
para o uso posterior. Isso significa que a moeda serve como reserva de valor. Vamos entender
isso como sendo certo “poder de compra” que pode ser “guardado” para uso futuro.

EXEMPLO
No exemplo do agricultor, os bens que ele oferece no mercado (chuchus) de modo algum pode-
riam cumprir essa função de reserva de valor, devido ao fato de serem perecíveis (não podem

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ser estocados por muito tempo). O agricultor não tem como reservar, guardar seu “poder de
compra” se o mantiver sob a forma de chuchu. Ele, precisa, portanto, converter seus chuchus
rapidamente em moeda, para poder preservar seu poder de compra.

003. (FCC/ARSETE/TÉCNICO-ECONOMISTA/2016) Considere as seguintes afirmações so-


bre as funções da moeda.
I – A função de reserva de valor da moeda serve para comparar o valor dos bens e serviços.
II – A utilização da moeda propiciou a superação da necessidade de existência de dupla coin-
cidência de desejos entre dois agentes econômicos, que era característica de uma situação
de escambo.
III – A função de unidade de conta da moeda permite uma linguagem monetária comum em
contratos, garantindo o conhecimento sobre o valor do que está sendo transacionado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) III.
d) I.
e) I e III.

Vamos analisar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:


I – Errada. A função de reserva de valor é a que nos permite manter riqueza em estado líquido.
A assertiva corresponde a função “unidade de conta” ou “denominador comum de valores”
usada para permitir a comparação de valores de bens e serviços.
II – Certa. É para isso que serve a função de meio de transação da moeda, que tornou desne-
cessário o escambo de mercadorias e serviços.
III – Certa. É a função de unidade de conta que permite que os agentes econômicos consigam
transacionar, “de boa”.
Letra b.

1.2.3. Classificação da Moeda Quanto à Sua Aceitação

No que diz respeito à sua aceitação a moeda é classificada, sob o ponto de vista da obriga-
toriedade de sua emissão, em: principal, subsidiária e divisionária.
1) Moeda principal ou moeda padrão é a que tem precedência legal sobre as demais.
Goza de livre curso legal ilimitado, sendo aceita unanimemente como meio de pagamen-
to, em determinada área política, sem limite de quantia, exceto no caso de prévia estipulação

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contratual em contrário; é, portanto, a que o devedor pode obrigar seu credor a receber em
pagamento, qualquer que seja a soma.
Seu valor mercantil deve ser idêntico ao monetário e desempenha, também, a função de
fixar o valor das outras moedas, tornando-se a base do sistema.
2) Moeda subsidiária é o valor legal fixado em relação à moeda padrão.
Possui poder liberatório limitado, é cunhada em pequenos valores, destinando-se também
a facilitar as pequenas operações.
Intrinsecamente inferior ao da moeda-padrão, seu valor real é menor que o declarado.
3) Moeda divisionária é a cunhada, ordinariamente, em níquel, cobre, bronze, bronze-alumí-
nio ou alumínio, com valores muito pequenos, fracionários dos da moeda principal ou subsidi-
ária, destinando-se sobretudo a troco, para acertos de preços.

Tranquilo até aqui?

Espero que sim.


Então, agora vamos aprofundar o estudo do chamado mercado monetário.

1.3. Mercado Monetário


Assim como existe um mercado de bens e serviços e um mercado dos fatores de produ-
ção, acredite, existe também um mercado de moeda, ou seja, o mercado monetário. Por isso,
estudaremos agora os dois lados desse mercado: a Oferta e a Demanda de Moeda. Em segui-
da, veremos como se dá o equilíbrio nesse mercado.
Vamos começar pelo estudo da oferta de moeda.

1.3.1. Oferta de Moeda

A Oferta de Moeda equivale ao total de meios de pagamento que existem numa economia,
num certo instante do tempo ou, melhor, ao estoque total de moeda (em sentido amplo) que
existe naquele momento.
Fique atento ao fato de que a Oferta de Moeda é uma variável do tipo estoque, ou seja, é
um valor medido num certo instante (estanque) do tempo.
Vale reforçar a diferença entre uma variável do tipo estoque e uma variável do tipo fluxo.
Perceba que algumas outras variáveis que vimos antes, tais como a produção e a renda,
são variáveis medidas ao longo de certo período (intervalo) de tempo, ou seja, são do tipo flu-
xo. Assim, se falamos no PIB, que é uma variável do tipo fluxo, nós nos referimos ao PIB de
certo período, de um certo ano etc. É um “filme”.

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Por outro lado, quando falamos na Oferta de Moeda, estamos pensando no seu valor on-
tem, ou há três dias, ou em 01 de janeiro de 2019 etc., ou seja, é uma variável do tipo estoque.
É uma “foto”.
Vamos agora conhecer o conceito de Base Monetária e alguns conceitos relativos a Meio
de Pagamento. São termos técnicos; por isso, vou apresentá-los em sequência para facilitar
a compreensão.
A Base Monetária (B) é o dinheiro com poder de multiplicação, ou seja, ele é composto
pelo Papel-Moeda em Poder do Público (PMPP) + o volume de reservas mantido pelos bancos
comerciais e pelo BACEN (Encaixes). Entenda o termo “Base” no âmbito da oferta de moeda
como sendo o “montante-base” de moeda da economia emitida pelo BACEN, ou seja, é o pas-
sivo monetário do BACEN.
B = PMPP + Encaixes

Para compreender o conceito de base monetária, precisamos conhecer o conceito


de encaixes.
Encaixe corresponde ao depósito voluntário ou compulsório que os bancos comerciais
são obrigados a fazer ao Bacen, somado ao saldo de papel-moeda que esses bancos devem
possuir nas suas agências bancárias para atender a saques de seus clientes.
Assim, a base monetária corresponde:
B = PMPP + recolhimentos compulsórios e voluntários dos bancos comerciais junto ao
Bacen + caixa dos bancos comerciais.
Outro conceito que pode aparecer em sua prova é o de papel-moeda emitido (PME). O PME
é o PMPP + caixa dos bancos comerciais + caixa do Bacen.

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Em outras palavras, o PME é o papel-moeda emitido (cédulas e moedas de reais). Assim,


além do dinheiro que está em circulação (PMPP – papel-moeda em poder do público), integra
o total de PME, o dinheiro em caixa do BACEN e o dinheiro em caixa dos bancos comerciais.
Já o PMC – papel-moeda em circulação corresponde ao papel-moeda emitido – caixa do
Bacen, ou seja:
PMC = PME – caixa do Bacen
ou
PMC = PPMP + caixa dos bancos comerciais
O PMC é o papel-moeda em circulação. Nesse caso, o dinheiro que está no BACEN não é
considerado em circulação, ou seja, considera-se PMC apenas o PMPP e o dinheiro em caixa
dos bancos comerciais.
Guarde ainda que o PMPP – papel-moeda em poder do público é:
PMPP = PME – caixa dos bancos comerciais – caixa do Bacen
ou
PMPP = PMC – caixa dos bancos comerciais

DICA
Em suma:
PMPP = papel-moeda em poder do público
PMC = PMPP + caixa dos bancos comerciais
PME = PMC + caixa do Bacen

004. (FGV/ DPE-RO/ECONOMISTA/2015) Considere as seguintes siglas: PMPP = Papel-Mo-


eda em Poder do Público, PMC = Papel-Moeda em Circulação; PME = Papel-Moeda Emitido.
Assim, a soma do PMPP e do Caixa do Banco Central é igual a:
a) PMC – Caixa dos Bancos Comerciais.
b) PME – PMC.
c) PMC – PME.
d) Zero.
e) PME – Caixa dos Bancos Comerciais.

A soma do papel-moeda em poder do público com o caixa do banco central é igual ao total de
papel-moeda emitido deduzido do caixa dos bancos comerciais.
Letra e.

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Adiante, apresentaremos os agregados monetários; mas, por enquanto, guarde as compo-


sições de M0 e M1:
M0 = Moeda em poder do público (papel-moeda e moedas metálicas)
M1 = M0 + Depósitos à vista nos bancos comerciais

1.3.1.1. Criação e Destruição de moeda

Mas você sabe de onde vem a Moeda?

Nas economias modernas, o Governo tem o monopólio da emissão da moeda, por meio das
chamadas Autoridades Monetárias.

No Brasil, o Banco Central (BACEN) tem o poder de determinar a emissão de papel-moeda


e moedas metálicas. Esse processo acontece conforme é descrito a seguir.
Primeiramente, o Banco Central ordena à Casa da Moeda que fabrique as moedas metáli-
cas e o papel-moeda.
Depois, à medida que essa moeda nova vai sendo colocada em circulação no mercado, os
indivíduos vão depositando moeda em suas próprias contas correntes nos bancos comerciais,
o que se denomina depósitos à vista.
É importante que você entenda claramente o conceito de banco comercial. O Banco co-
mercial é aquele onde o cliente pode abrir uma conta corrente e depositar um valor nela. Assim,
os saldos de cada conta corrente somados correspondem ao valor dos depósitos à vista. Na
verdade, na prática, os chamados bancos múltiplos – como Banco do Brasil, Bradesco etc.
– têm a carteira comercial e outras carteiras, ou seja, são bancos comerciais, mas também
bancos de investimento etc.

Tecnicamente, podemos definir a Oferta de Moeda (ou “Meios de Pagamento”) como:


M = PP + DV
Onde:
M = Total dos Meios de Pagamento (Oferta de moeda)
PP = Papel-moeda e moedas metálicas em poder do público
DV = Total dos depósitos à vista nos bancos comerciais

Guarde que o item PP (papel-moeda e moedas metálicas em poder do público) correspon-


de ao conceito de moeda manual.
O termo meio de pagamento em sentido estrito se refere à MOEDA MANUAL, ou seja, é o
estoque de ativos que pode ser usado nas transações, ou seja, corresponde ao total de ativos

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de liquidez imediata do SETOR NÃO BANCÁRIO, onde estão as demais instituições financeiras
que não possuem carteira comercial.
Por sua vez, o item DV (saldo dos depósitos à vista nos bancos comerciais) equivale ao
conceito de moeda escritural (porque não tem forma física, corresponde a registros contábeis
nos bancos comerciais).
Como esses bancos comerciais e múltiplos (com carteira comercial) sabem que os clien-
tes não vão sacar todos os saldos de suas contas correntes ao mesmo tempo, eles emprestam
boa parte desses recursos, criando, assim, a chamada moeda escritural; esta, por sua vez, em
parte, é novamente emprestada, e assim por diante. Portanto, devemos entender que somente
os bancos comerciais e os bancos múltiplos (com carteira comercial), aqueles que criam mo-
eda, pertencem ao sistema bancário.
Os depósitos à vista nos bancos comerciais e múltiplos compõem a MOEDA ESCRITURAL.
Então, uma coisa é MOEDA MANUAL e outra coisa é MOEDA ESCRITURAL.
O M1 corresponde à soma da MOEDA MANUAL e da MOEDA ESCRITURAL.

O PULO DO GATO
Assim, o cálculo da oferta de moeda, ou o total dos meios de pagamento, em sentido restrito,
M1, é a soma das moedas em poder público (moeda manual) e dos depósitos à vista em poder
nos bancos comerciais (moeda escritural).

005. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2013) Os meios de pagamento de uma economia, em seu


conceito convencional, correspondem à soma:
a) papel-moeda emitido + depósitos à vista nos bancos comerciais.
b) papel-moeda em poder do público + reservas bancárias.
c) depósitos à vista nos bancos comerciais + caixa, em moeda corrente, dos bancos comerciais.
d) papel-moeda em poder do público + depósitos à vista dos bancos comerciais.
e) papel-moeda em circulação + depósitos à vista e a prazo nos bancos comerciais.

Quando a banca fala em “conceito convencional”, está se referindo ao sentido restrito, que
compreendem os meios de pagamento “papel-moeda em poder público e depósitos à vista:
M1 = papel-moeda em poder público + depósito à vista
Letra d.

Amigo(a), perceba que o M1 representa os agregados monetários de liquidez imediata,


que NÃO rendem juros. Dessa forma, são excluídas desse cálculo as chamadas “quase moe-
das”, como: títulos públicos, depósitos de poupança, depósitos a prazo, entre outros.
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Guarde esta ideia: “quase moedas” são ativos de liquidez muito elevada, quase tão eleva-
da quanto a da moeda, mas que RENDEM juros ao seu possuidor.

Existem duas situações que são frequentemente cobradas em prova: a criação e a destruição
de meios de pagamento. Dizemos que há criação de moeda quando acontece um aumento
do volume de M1, ou seja, quando cresce o volume da soma de moeda manual ou de moeda
escritural (ou ambos). Por outro lado, há destruição de moeda quando se reduz o volume de
meios de pagamento.

Tenha em mente que não é qualquer banco que pertence ao chamado setor bancário. Na
verdade, o setor bancário, em sentido estrito, como estamos falando agora, é formado basica-
mente pelos bancos comerciais. Guarde o seguinte: um banco comercial é aquele que possui
correntistas, ou seja, nele os clientes podem abrir uma conta corrente. E o dinheiro que eles
deixam em conta corrente tecnicamente é chamado de depósito à vista e pode ser emprestado
pelo banco.
Já o setor não bancário em sentido estrito, por sua vez, é formado por todos os demais
agentes econômicos, exceto os bancos comerciais.
Essa distinção importantíssima entre esses dois setores (BANCÁRIO E NÃO BANCÁRIO)
reside no fato de que entra no somatório dos meios de pagamento apenas a quantidade de
moeda possuída pelo setor não bancário.
Como consequências desta distinção temos as seguintes:
1 - Ocorrerá criação de moeda quando acontecer uma troca de um ativo não monetário (de
liquidez não imediata) do setor não bancário por um ativo monetário do setor bancário.
2 - Ocorrerá destruição de moeda se a troca for entre um ativo monetário do setor não
bancário por um ativo não monetário do setor bancário.

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O PULO DO GATO
O volume total dos meios de pagamento aumenta ou diminui devido às relações que ocorrem
entre os setores bancário e não bancário da economia.

Em verdade, os ativos monetários em poder do setor bancário correspondem aos valores


mantidos em caixa mais os valores depositados no Banco Central. Já os depósitos à vista
correspondem a ativos monetários pertencentes ao setor não bancário da economia.
Sei que esse entendimento não é fácil; por isso, veremos ver cinco exemplos de criação e
destruição de moeda.
Vamos com calma!

EXEMPLO
Imagine que sua sogra faça um depósito à vista num banco comercial.

O que aconteceu?

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Na verdade, não aconteceu criação nem destruição de moeda. O que ocorreu apenas foi
uma transferência entre moeda manual (redução da moeda em poder do público) e moeda
escritural (aumento no valor dos depósitos à vista).
Vamos ver o segundo exemplo.

EXEMPLO
Imagine, agora, que seu vizinho realizou um depósito a prazo (por exemplo, em caderneta de
poupança ou em alguma aplicação financeira).

E agora, o que aconteceu?

No caso do seu vizinho, ocorreu destruição de meios de pagamento; afinal, depósitos a


prazo não são considerados meios de pagamento, no sentido estrito (M1).
Vamos ver o terceiro exemplo.

EXEMPLO
Imagine que um banco comercial (Bradesco, por exemplo) adquiriu de sua tia alguns títulos da
dívida pública, pagando em moeda.

Nesse caso, o que aconteceu?

Aconteceu criação de meios de pagamento, pois aumentou o volume de moeda manual


em poder do público, já que sua tia recebeu dinheiro, seja na forma manual ou em forma de
saldo na sua conta corrente bancária do Bradesco.
Vamos ver o quarto exemplo.

EXEMPLO
Imagine que um banco comercial (o Itaú) comprou divisas (moeda estrangeira) de uma empre-
sa exportadora (a Vale).

Complicou (você deve estar pensando)... O que aconteceu?

Na verdade, ocorreu criação de M1, pois aumentaram os depósitos à vista, na medida em


que o Itaú adquiriu, por exemplo, dólares (ativo não monetário, que não tem liquidez imediata,
não pode ser usado pelos indivíduos para fazer seus pagamentos) por reais.
Por analogia, na situação inversa, um banco comercial vendendo divisas (moeda estran-
geira) a um importador causará destruição de M1.

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“Beleza” até aqui?

Sei que esse assunto é muito técnico... Mas temos que enfrentá-lo.
Vamos continuar devagarzinho, então...
Vamos ver o quinto exemplo.

EXEMPLO
Pense agora o que acontece quando o Governo faz o pagamento dos nossos salários (sim, se
você ainda não é, certamente será servidor público) sacando dos seus depósitos nas Autori-
dades Monetárias.

E aí?

Ocorre criação de meios de pagamento, pois os depósitos da União nas Autoridades Mo-
netárias não fazem parte do M1.

DICA
A ideia básica que você precisa ter em mente é que criação de
moeda manual corresponde a um aumento de moeda em po-
der do público, enquanto a criação de moeda escritural ocorre
quando há um acréscimo dos depósitos à vista nos bancos
comerciais. Seguindo a mesma linha de raciocínio, a destrui-
ção de moeda manual representa uma diminuição do total de
moeda em poder do público; já a destruição de moeda escri-
tural acontece quando há uma redução dos depósitos à vista
nos bancos comerciais.

Podemos perceber, portanto, que o crescimento da oferta de moeda (saldo dos meios de
pagamento) pode ser causado:
1) Pelo Banco Central, que tem o monopólio das emissões de moeda.
O passivo monetário do Banco Central é conhecido como base monetária e é como a mo-
eda é inicialmente emitida.
A base monetária consiste em moeda emitida, em poder do público e na forma de reservas
bancárias. Corresponde, assim, a praticamente toda a moeda “física” disponível (papel-moeda
e moedas metálicas) que está em poder do público, ou, então, com os bancos.

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O PULO DO GATO
O Banco Central controla a base monetária e, dessa forma, os demais agregados monetários.

2) Pelos bancos comerciais, por meio dos depósitos à vista.


Quando um banco recebe um depósito à vista, ele se compromete a pagar a quantia depo-
sitada, ou parte dela, imediatamente quando isso for solicitado pelo depositante, no momento
do saque em conta corrente.
No entanto, a todo instante existem depósitos e saques, de tal forma que somente uma
parcela do total dos depósitos é necessária para que o banco consiga atender ao movimento
diário. Essa parcela é normalmente pequena e é suficiente para atender às necessidades de
caixa dos bancos, ou seja, pagar os cheques que são descontados.

O PULO DO GATO
O banco comercial pode usar parte desses fundos, e oferecer empréstimos num montante
maior que o total de depósitos iniciais. Essa é a chave para entender o próximo tema que es-
tudaremos: o multiplicador bancário (em sentido estrito = bancos comerciais) dos meios de
pagamento.

1.3.1.2. Multiplicador Bancário dos Meios de Pagamento

Os bancos comerciais têm o poder de expandir o total de moeda escritural existente na


economia, já que podem utilizar parte dos depósitos à vista para oferecer empréstimos ao pú-
blico. Este fenômeno é denominado multiplicador bancário dos meios de pagamento ou ainda
multiplicador monetário.
Para demonstrar esse mecanismo de expansão monetária (ou seja, da oferta de moeda
por meio dos bancos comerciais), vamos supor que os bancos comerciais mantenham uma
parcela de r% dos seus depósitos como reservas e emprestem os restantes (1 - r) % ao público.
Vale dizer que r é chamada de taxa de reservas ou de encaixes bancários, ou ainda relação
reservas/depósitos.
r = Reservas dos Bancos
Depósitos à Vista

EXEMPLO
Hipoteticamente, digamos que essa taxa de reservas seja igual a 40%. Dessa maneira, os
bancos mantêm, nas suas reservas, cerca de 40% do saldo dos seus depósitos à vista, e os
outros 60% eles decidem emprestar ao público.

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Que beleza!
Os bancos emprestam caro o dinheiro que deixamos na conta corrente (60% dele), ou seja, eles
captam a custo zero e emprestam a algo em torno de 3%, 4% a 5% ao mês ou até mais.

O PULO DO GATO
Esse efeito de criar moeda, já que o banco comercial empresta (no nosso exemplo 60%) para
pessoas/empresas que vão deixar parte do dinheiro em conta corrente que será novamente em-
prestado e assim sucessivamente, é o chamado efeito multiplicador dos meios de pagamento.

Vale dizer que o valor final da oferta de moeda será dado pelo valor do multiplicador ban-
cário dos meios de pagamento, este que, numa versão simplificada, é obtido pela fórmula:
m = 1/r

EXEMPLO
No caso do nosso exemplo hipotético, com a taxa de reserva igual a 40%, o valor de m será:
m = 1 / 0,4
m = 2,5
Ou seja, a expansão total dos meios de pagamentos, a qual, digamos, seja inicialmente de R$
1.000,00, será dada pela multiplicação:
R$1.000. 2,5 = R$ 2.500,00

Lembre-se de que esse multiplicador monetário (m) estabelece uma importante relação entre
a expansão da Base Monetária (B) e os meios de pagamento (M):
M1 = m. B

Até agora, usamos uma fórmula simplificada do multiplicador monetário, pois considera-
mos que toda a moeda que vai para as mãos do público retorna ao sistema bancário, na forma
de depósitos à vista. Mas, na realidade, uma parte da moeda fica retida nas mãos de pessoas,
equivalendo ao item “moeda em poder do público”.
Nessa pegada, em função dessa realidade, imagine agora que o público resolva reter c%
do total dos seus ativos monetários em moeda manual, não depositada nos bancos; “c” é a
chamada taxa de retenção do público em relação ao total dos meios de pagamento.
c = Moeda em Poder do Público
Meios de Pagamento (M1)
Mas nós já sabemos que o total dos Meios de Pagamento (M1) é dado pela expressão:
M1 = PP + DV
Logo:
c = PP
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M1
Dessa maneira, é possível definir o coeficiente d% como a proporção dos ativos monetá-
rios que o público deseja manter sob a forma de depósitos à vista:
d = DV
M1
É importante destacar que, obviamente, a soma do % que o público deseja manter em
mãos com o % que deseja depositar no banco deve ser 100%, ou seja:
c + d =1
Finalmente, já temos todos os elementos para apresentar a fórmula do multiplicador dos
meios de pagamento:
m = 1________
1 – d (1 – r)

O PULO DO GATO
Observe que o multiplicador monetário varia inversamente em relação à taxa de reservas ou
à taxa de retenção do público. Logo:
1 - Quanto mais os bancos forem obrigados a reter em caixa (maior r), menos eles poderão
emprestar ao público, e menor a expansão monetária.
2 - Quanto maior a taxa de retenção do público (maior c), menos será depositado nos bancos,
e, evidentemente, os bancos contarão com menos depósitos para repassar a outros clientes.

006. (FGV/TCM-SP/AGENTE-FISCAL/2015) A alternativa que descreve uma possível defini-


ção ou característica do multiplicador monetário é:
a) em uma economia sem moeda manual, m é igual à parcela dos depósitos à vista mantida
como reservas pelos bancos comerciais;
b) uma redução da parcela dos meios de pagamento que as pessoas mantêm como depósitos
à vista eleva m;
c) uma ampliação do papel-moeda em poder do público expande a base monetária, au-
mentando m;
d) um aumento da parcela dos meios de pagamento mantida como reservas pelos bancos
comerciais reduz m;
e) em uma economia com moeda manual e escritural, m é igual ao inverso da parcela dos
meios de pagamento que o público mantém em moeda manual.

Vamos relembrar a fórmula do multiplicador monetário (m):

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m = 1 / 1-d(1-r), onde d é a parcela dos meios de pagamentos mantida como depósito à vista
nos bancos comerciais e r é a parcela dos depósitos à vista mantida em reservas.
Agora já podemos analisar as alternativas e escolher a correta.
a) Errada. Numa economia sem moeda manual teríamos d = 1 e o multiplicador monetário se-
ria o inverso de r, ou seja, se r for baixo teríamos m alto, e vice-versa.
b) Errada. Na verdade, são os depósitos à vista nos bancos comerciais que viabilizam a exis-
tência de multiplicação dos meios de pagamento.
c) Errada. A ampliação do papel-moeda em poder do público, apesar de expandir a base mone-
tária, não gera ampliação do multiplicador; afinal, são os depósitos à vista nos bancos comer-
ciais que viabilizam a existência de multiplicação dos meios de pagamento.
d) Certa. Diminui o efeito de d sobre os meios de pagamento.
e) Errada. Os bancos são obrigados a manter reservas compulsórias e, também, precisam ter
algum nível de reserva para atender a seus clientes.
Letra d.

Chamo a sua atenção para a existência de outro modo de apresentar a taxa de retenção de
moeda pelo público (c) que pode ser feita por meio de uma relação entre a moeda manual (em
poder do público) e os depósitos à vista.
c = PP_
DV
Diante dessa nova maneira de demonstrar a taxa de retenção, a fórmula do multiplicador
também pode ser:
m=1+c
c+r

É possível que, em sua prova, a taxa de reservas r seja repartida em r1 (total de encaixes vo-
luntários – caixa – dos bancos comerciais) e r2 (total de reservas obrigatórias que os bancos
comerciais devem manter junto ao BACEN). Vale reforçar a ideia de que ambas são calculadas
em relação aos depósitos à vista.

Na prática, as reservas e os encaixes voluntários são determinados pela experiência do


banco, e representam a parcela dos depósitos que deve ser guardada em moeda para atender
ao movimento normal do banco.
Já as reservas obrigatórias são determinadas pelas autoridades monetárias, representan-
do um dos principais instrumentos de política monetária.

EXEMPLO
Veja uma diagramação do funcionamento do multiplicador bancário de um depósito à vista em
banco comercial de R$ 100,00 e com uma taxa de retenção de 10%.
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007. (CESPE/FUB/ECONOMISTA/2018) Julgue o item que se segue, a respeito dos agrega-


dos monetários.
A elevação das reservas voluntárias no Banco Central feita pelos bancos comerciais reduz o
papel-moeda em circulação.

Como o papel-moeda em circulação é a diferença entre o papel-moeda emitido e os encaixes


do BACEN, quanto maiores os encaixes do BACEN, assim como as reservas voluntárias no
BACEN, menor o volume de papel-moeda em circulação.
Certo.

O PULO DO GATO
Fique ligado(a) na hora de resolver a questão do seu concurso! Preste atenção na taxa de
retenção da moeda pelo público (o “c”). Se essa estiver sendo definida em relação ao volume
total dos meios de pagamento, use a fórmula:
m = 1_______
1 – d. (1 – r)
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Por outro lado, se o coeficiente “c” estiver representando uma relação com o saldo dos depó-
sitos à vista, use a fórmula:
m=1+c
c+r

Vamos ver, agora, o que são os meios de pagamento em sentido amplo.

1.3.1.3. Meios de Pagamento em Sentido Amplo

Existem muitos outros ativos, tais como depósitos a prazo, títulos do tesouro nacional,
cadernetas de poupança etc., que, apesar de não serem considerados moeda, em sentido
estrito, apresentam algumas características da moeda em sentido amplo. Dessa forma, cos-
tuma-se chamá-los de quase-moeda, pois eles podem, sem grandes problemas, ser transfor-
mados em moeda.
Em outras palavras, são ativos de alta liquidez que, apesar de não serem aceitos normal-
mente na compra e venda de bens e serviços, podem ser, muito rapidamente, convertidos em
moeda. A posse desses ativos rende juros ao seu possuidor.
Ao calcular o total de moeda de um país, utilizamos o conceito de agregados monetários
ou meios de pagamento que podem ou não incluir as quase-moedas.
No Brasil são cinco os agregados monetários, calculados periodicamente pelo Ban-
co Central:
M0 = Moeda em poder do público (papel-moeda e moedas metálicas).
M1 = M0 + Depósitos à vista nos bancos comerciais.
M2 = M1 + Depósitos especiais remunerados + Depósitos de poupança + Títulos emitidos
por instituições depositárias.
M3 = M2 + Quotas de fundos de renda fixa + Operações compromissadas registradas no
Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).
M4 = M3 + Títulos públicos de alta liquidez (Letras do Tesouro Nacional, Notas do Banco
Central etc.).
Observe que M0 e M1 são meios de pagamento de liquidez imediata que não rendem
juros. M0 é também chamado de moeda manual ou moeda corrente, e é o estoque de moeda
metálica e papel-moeda que fica em poder das pessoas ou das empresas.
M1 considera o M0 e mais os depósitos em conta corrente nos bancos comerciais (tam-
bém chamados de moeda escritural ou bancária). Até agora vínhamos tratando o M1 como o
total dos meios de pagamento (Oferta de Moeda) em sentido estrito.
Em suma, M2, M3 e M4 incluem as quase-moedas, que rendem juros aos aplicadores.
Servem para outras medidas para o total dos meios de pagamento (Oferta de Moeda) em sen-
tido amplo.

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008. (FCC/SEMPLAN-TERESINA/ANALISTA/2016) A respeito dos agregados monetários é


INCORRETO afirmar que
a) o conceito de M4 agrega os títulos públicos de alta liquidez.
b) o conceito de M1 agrega, somente, a moeda em poder do público (papel-moeda e moedas
metálicas).
c) o conceito de M3 contempla as cotas de fundos de renda fixa.
d) o conceito de M2 exclui as chamadas operações compromissadas registradas no Selic.
e) os depósitos de poupança fazem parte dos agregados M3 e M4, mas não pertencem ao M1.

Fique ligado(a) que a banca pediu para você marcar a alternativa errada.
Com exceção da “b”, todas estão corretas.
E qual o erro da “b”?
Na verdade, o M1 é o conceito de meios de pagamento estrito, ou seja, é a soma de papel-mo-
eda em poder do público e depósitos à vista.
Letra b.

009. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito de agregados monetários e do modelo IS–


LM, julgue o item a seguir.
Com a reforma dos meios de pagamento na metodologia de cálculo dos agregados monetá-
rios em 2001, o conceito de M2 passou a corresponder ao total de M1 mais os depósitos em
poupança e os títulos emitidos por instituições depositárias.

Na verdade, na assertiva faltaram os os depósitos especiais remunerados.


Confira como era composto o M2 antes e como é agora:
Antes:
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + quotas de fundos de renda fixa de curto prazo
+ títulos públicos de alta liquidez
Agora:
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por
instituições depositárias
Aproveito a oportunidade para registrar que a mudança nos conceitos dos meios de pagamen-
to ampliados ocorreu em termos de critério de ordenamento, que deixou de seguir o grau de
liquidez e adotou os agregados de acordo com seus sistemas emissores.
Errado.

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1.3.2. Demanda por Moeda

Assim como existe uma oferta de moeda pelo Banco Central e pelos bancos comerciais
(via mecanismo multiplicador), vamos encontrar a presença de uma demanda por moeda, por
parte das empresas e dos indivíduos.
A demanda por moeda pela população corresponde à quantidade de moeda que o setor
privado não bancário retém, em média, seja com o público, seja no cofre das firmas, e em de-
pósitos à vista nos bancos comerciais.

O que faz com que as pessoas e firmas retenham dinheiro que não rende juros, e não o uti-
lizem na compra de títulos, imóveis, entre outros ativos? Ou melhor, quais são os motivos
ou as razões para que exista uma demanda por retenção de moeda?

A Teoria Econômica apresenta três as razões para que os agentes econômicos desejem
reter moeda: transação, precaução e especulação (portfólio). Grave o esquema a seguir:

1- Motivo-Transação: os indivíduos precisam de dinheiro para suas transações do dia a


dia, para alimentação, transporte, pequenas despesas, dentre outros. Portanto, existe uma ne-
cessidade de os indivíduos portarem moeda para realizar seus negócios diários. As empresas
também necessitam manter recursos em caixa para cumprir seus compromissos empresa-
riais habituais.

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2- Motivo-Precaução: o público e as firmas precisam ter certa reserva monetária para fazer
face a pagamentos imprevistos, ou atrasos em recebimentos esperados. Os agentes econô-
micos lidam com a incerteza; dessa forma, necessitam ter reservas para enfrentar tais acon-
tecimentos.
Essas duas primeiras razões (transações e precaução) dependem diretamente do nível da
renda nacional. Quanto maior a renda nacional, maior será o volume de negócios e a quantida-
de de transações na economia (e, também, os riscos); portanto, maior será a necessidade de
moeda para transações e por precaução.
3- Motivo-Especulação ou Motivo-Portfólio: os agentes econômicos decidem como vão
montar suas carteiras (portfólios) de ativos para preservar seu poder de compra (sua riqueza).
Nesse sentido, têm que escolher a composição de suas “cestas” de ativos, distribuindo o valor
numa certa proporção entre moeda e títulos, sabendo que, quanto mais moeda tiverem, menor
será o rendimento do seu portfólio; mas, em compensação, maior será a sua liquidez.

O PULO DO GATO
Existe uma relação inversa entre demanda por moeda para especulação e a taxa de juros.
Assim, quanto maior a taxa de juros, menos as pessoas vão querer deixar dinheiro “parado”,
e, quanto menor for a taxa de juros, mais as pessoas vão querer deixar dinheiro “parado”.

010. (FCC/SEFAZ-SP/AFTM/2012) Sobre o equilíbrio no mercado monetário, é correto afirmar:


a) Quanto menor a taxa de juros, maior a demanda por moeda, visto que a taxa de juros repre-
senta um custo de oportunidade de manter o dinheiro fora do mercado financeiro.
b) A demanda por moeda é função crescente da proporção do papel-moeda mantido em poder
do público.
c) Oferta e demanda de moeda somente se igualam quando o multiplicador da base monetária
corresponde ao inverso da taxa de reservas compulsórias dos bancos comerciais.
d) A oferta monetária tem relação negativa com a taxa de juros, visto que quanto menor a taxa
de juros, mais títulos públicos são ofertados pelo Tesouro Nacional e mais meios de pagamen-
tos se encontram à disposição do público.
e) O mercado monetário se encontra em equilíbrio sempre que a totalidade da base monetária
se encontra em poder do público e destinada a suprir suas necessidades de transação.

Acabamos de ver que na demanda por moeda motivada pela especulação os agentes têm
que escolher a composição de suas “cestas” de ativos, distribuindo o valor numa certa pro-

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porção entre moeda e títulos, e sabendo que quanto mais moeda tiverem, menor será seu o
rendimento.
Vimos que, em relação ao motivo-especulação existe uma relação inversa entre demanda por
moeda para especulação e taxa de juros, pois, se a taxa de juros está elevada não vale a
pena ficar com o dinheiro “parado” na mão ou depositado na conta corrente do banco sem
render juros.
Em situação oposta, quanto menor a taxa de juros, maior a demanda por moeda, visto que
a taxa de juros representa um custo de oportunidade de manter o dinheiro fora do mercado
financeiro.
Letra a.

1.3.3. O Equilíbrio no Mercado Monetário

Podemos agora visualizar como se dá o equilíbrio entre a Oferta e a Demanda por Moeda.
Por um lado, a oferta de moeda é exógena, determinada pelo Banco Central, e é indepen-
dente da taxa de juros do mercado, podendo ser considerada constante.
Mesmo admitindo que os bancos comerciais tenham o poder de criar moeda escritural,
diante do mecanismo do multiplicador, ainda assim, considera-se que o Banco Central empre-
ga os instrumentos de Política Monetária para exercer o controle da Oferta de Moeda.
Por outro lado, a demanda de moeda depende das variáveis renda e taxa de juros, uma vez
que a essa demanda por moeda se compõe dos motivos transação, precaução e especulação.
Como a oferta de moeda é uma variável exógena, qualquer que seja o nível da taxa de
juros, o valor de “M” é controlado inteiramente pelo Banco Central, por meio dos diversos
instrumentos de política monetária.
Entretanto, a curva de demanda por moeda guarda uma relação inversamente proporcio-
nal com a taxa de juros.
Por força do motivo-especulação, quando a taxa de juros é alta, os indivíduos preferem
manter nas suas cestas de ativos uma proporção maior de títulos. Assim, a demanda por moe-
da no mercado é reduzida. Mas, quando a taxa de juros é baixa, os indivíduos preferem manter
nas suas cestas de ativos uma proporção menor de títulos. Então, a demanda por moeda no
mercado é aumentada.

O PULO DO GATO
O equilíbrio no mercado monetário se dá no ponto em que a oferta de moeda é igual à deman-
da por moeda. Note que, nesse modelo, a taxa de juros é determinada pelo mercado.

Note que estamos considerando uma hipótese simplificada, de que existe apenas uma
taxa de juros para todas as operações de empréstimos no mercado.

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1.4. Teoria Quantitativa da Moeda


A Teoria Quantitativa da Moeda (TQM), também conhecida como Teoria Quantitativa dos
Preços, é uma teoria para determinação do produto e do nível geral de preços cuja mola mes-
tra é que os preços são determinados pela oferta de moeda, ou seja, pela quantidade de mo-
eda em circulação e pela velocidade de circulação da moeda.
Assim, na Teoria Quantitativa da Moeda, especialmente com a corrente monetarista lide-
rada por Milton Friedman, é adotada uma abordagem que defende que a oferta de moeda é o
principal determinante das variações do produto nominal.
Parte-se de três suposições inerentes à Teoria Clássica:
1) a economia deve estar em pleno emprego dos fatores de produção, ou seja, não existe
ociosidade dos fatores de produção (terra, capital e trabalho);
2) a velocidade de circulação da moeda é constante;
3) desconsidera-se o papel da taxa de juros sobre a renda, ou seja, a demanda por moeda
depende somente da renda.
Guarde que a Teoria Quantitativa da Moeda pode ser expressa na seguinte equação:
M.V = P.Q
Onde:
V – = velocidade da moeda.
P = preços de mercado.
Q = quantidade de produtos transacionada na economia.
M = Estoque (oferta) de moeda.
Repare que P.Q representa o produto nominal.
A Teoria Quantitativa da Moeda é uma das duas principais teorias que analisam o equilí-
brio da economia do lado monetário (a outra visão é a keynesiana, que introduz o motivo-es-
peculação).

O PULO DO GATO
A Teoria Quantitativa da Moeda defende que o nível dos preços é determinado pela quantida-
de de moeda em circulação e pela sua velocidade de circulação.

Nessa pegada, aumentos da oferta de moeda (M) tendem a provocar aumentos apenas
no nível de preços da economia. Assim, uma política com foco em aumento de moeda serve
apenas para inflacionar a economia.
Em suma: o lado monetário não consegue afetar o lado real da economia.
O que vale mesmo, no modelo clássico, é que a produção de bens somente pode ser au-
mentada em função do aumento dos fatores de produção ou pela evolução tecnológica para
aumentar a produtividade dos fatores de produção existentes.

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Guarde que, de acordo com a Teoria Clássica, o produto (Y) e a velocidade da moeda (v)
são constantes no curto prazo, ou seja, uma variação no estoque de moeda (M) gera variação
diretamente proporcional no nível de preços (P).

011. (FCC/AFAP/ANALISTA/2019) A chamada “teoria quantitativa da moeda” preconiza que


M.V=p.Y, ou seja, se tudo mais é constante,
a) quanto maior a velocidade de circulação da moeda (M), menor o volume monetário (V) ne-
cessário para girar a economia.
b) quanto maior a velocidade de circulação da moeda (V), menos agregado monetário (M) é
necessário para girar a economia.
c) um aumento do nível de preços (p), compensado por um aumento no nível do produto (Y)
resultará em uma redução na movimentação da economia (M).
d) um aumento do nível de preços (Y), compensado por um aumento no nível do produto (p),
resultará em uma redução na movimentação da economia (V).
e) o nível de preços (p) e o nível de produto (Y) são grandezas diretamente proporcionais.

Note que, como P e Y estão constantes, quanto maior for a velocidade de circulação da moeda,
menor a oferta de moeda necessária para girar a economia.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Inverte a notação: ela chama a velocidade de circulação de M e o volume mone-
tário de V.
c) Errada. Diz que que um aumento do nível de preços não seria compensado por outro aumen-
to no produto, mas por uma queda. E se os dois aumentarem, é certo que o lado da igualdade
aumenta. Então, M aumenta também.
d) Errada. Novamente inverte a notação.
e) Errada. Inverte a relação, porque o nível de preços e o nível de produto não são diretamente,
mas inversamente proporcionais, para um M e um V constantes.
Letra b.

1.5. Contas do Sistema Monetário


Amigo(a), para compreender melhor o processo de criação e de destruição de meios de
pagamento, é bom conhecer as contas do Sistema Monetário, isto é, dos bancos comerciais
e do Banco Central.
Os Bancos Comerciais ou, melhor, as Instituições Financeiras Monetárias são aquelas
instituições autorizadas a captar depósitos à vista do público.

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Atualmente, apenas os Bancos Comerciais, os Bancos Múltiplos com carteira comercial,


a Caixa Econômica Federal e as Cooperativas de Crédito possuem essa autorização. Então,
vamos conhecer suas contas.
O balancete consolidado dos bancos comerciais pode ser observado na tabela seguinte.
Registre que os itens do passivo foram subdivididos em dois grupos: os recursos monetários,
que correspondem aos depósitos à vista (que são meios de pagamento criados pelos bancos
comerciais); e os recursos não monetários, correspondentes aos demais itens do passivo.
Balancete Consolidado Sintético dos Bancos Comerciais

Ativo Passivo

- Encaixes Recursos Monetários

- Em moeda corrente - Depósitos à vista

- Em depósitos nas Aut. Monetárias

– Voluntários Recursos Não Monetários

– Compulsórios - Depósitos a prazo

- Redescontos e outros empréstimos


- Empréstimos ao setor privado
do BACEN

- Títulos públicos e particulares - Saldo líquido das demais contas

O BACEN atua na regulação e na fiscalização do Sistema Financeiro Nacional, desempe-


nhando papéis importantes como o de executar e acompanhar as políticas monetárias e de
comércio exterior, controlar as operações de crédito e o nível das taxas de juros, emitir papel-
-moeda e moeda metálica, realizar operações de redesconto de liquidez e de mercado aberto,
receber os depósitos obrigatórios e voluntários dos bancos e controlar os capitais estrangei-
ros e as operações com moedas estrangeiras.
Em suma, podemos assim, sintetizar as funções típicas do BACEN:
1 - banco emissor de papel-moeda;
2 - banqueiro do Tesouro Nacional;
3 - banqueiro dos Bancos Comerciais;
4 - depositário das reservas internacionais do país;
5 - emprestador de última instância.
As chamadas Contas Consolidadas da Autoridade Monetária acabam por refletir as fun-
ções típicas do BACEN, sendo suas contas do passivo estão classificadas em recursos mone-
tários (Base Monetária) e Recursos Não Monetários.
Balancete Consolidado Sintético do BACEN

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Ativo Passivo

- Reservas internacionais Base Monetária

- Empréstimos ao Tesouro Nacional - Papel-moeda em poder do público

- Títulos públicos federais - Encaixe dos Bancos Comerciais

- Empréstimos aos governos estad. E


- Em moeda corrente
munic.

- Em depósitos nas Autor.


Autarquias e outras entidades públicas
Monetárias

- Aplicações especiais/diversas – Voluntários

- Redescontos e outros empréstimos aos


– Compulsórios
Bancos Comerciais

Recursos Não Monetários

- Depósitos do Tesouro Nacional

- Empréstimos externos

- Recursos Especiais/Diversos

Quando falamos em “contas do Sistema Monetário”, na verdade podemos estar falando de


um balanço que consolida as contas do Banco Central e dos bancos comerciais.
Mas, não se preocupe, basta fazer uma soma algébrica de balancetes e, em seguida, excluir,
ou seja, eliminar, as contas que contemplem transações entre BACEN e Bancos Comerciais.
Assim, eliminamos as contas que aparecem no ativo dos Bancos Comerciais e no passivo do
BACEN, e vice-versa. Essas são as famosas Contas de Redesconto e de Encaixe dos Bancos
Comerciais.
Concluída essa etapa de eliminação, resulta o balancete consolidado do sistema monetá-
rio, apresentado no quadro seguinte.
Balancete Consolidado do Sistema Monetário

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Ativo Passivo

Aplicações dos Bancos Comerciais Meios de Pagamento

- Empréstimo ao setor privado - Papel-moeda em poder do público

- Títulos públicos e particulares - Depósitos à vista nos Bancos Comerciais

Recursos Não Monetários dos Bancos


Aplicações do Banco Central
Comerciais

- Reservas internacionais - Depósitos a prazo

- Empréstimos ao Tesouro Nacional - Saldo líquido das demais contas

Recursos Não Monetários do Banco


- Títulos públicos federais
Central

- Empréstimos aos governos estad. e


- Depósitos do Tesouro Nacional
mun.

Autarquias e outras entidades


- Empréstimos externos
públicas

- Aplicações especiais/diversas - Recursos especiais/diversos

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2. Política Monetária
A Política Monetária é o conjunto de medidas que objetivam modificar a quantidade de
moeda na economia, assim como outras variáveis que nela exercem influência, ou seja, é a atu-
ação do governo (na verdade em conjunto com o Banco Central) sobre a quantidade de moeda
(meios de pagamento em geral) e de títulos públicos.
Outra forma de conceituar Política Monetária é como aquela que representa a atuação das
autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propó-
sito de se controlar a liquidez global do sistema econômico.
Merece destaque o papel exercido pela taxa básica de juros (SELIC) no âmbito da Política
Monetária. Por meio da taxa de juros, o BACEN controla a oferta de moeda. Aumentando a taxa

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básica de juros, reduz-se a oferta de moeda e controla-se a inflação. Em sentido oposto, redu-
zindo a taxa básica de juros, aumenta-se a oferta de moeda e estimula-se a inflação.
Os instrumentos de Política Monetária são:
1- Reservas/encaixes (depósitos) compulsórios
Reservas – o Banco Central exige que os Bancos recolham diariamente uma parte dos de-
pósitos à vista efetuados por seus clientes para o BACEN. As reservas compulsórias não ren-
dem juros; por isso, são consideradas como um imposto sobre depósitos à vista dos bancos.
Atente ao fato de que eventuais mudanças nas taxas de reservas compulsória afetam o
multiplicador monetário (e a liquidez da economia). Um aumento nas taxas de reservas reduz
o multiplicador monetário, e uma redução da taxa de reserva, por sua vez, aumenta a liquidez
da economia.
Depósitos compulsórios – funcionam como um mecanismo que representa o recolhimen-
to de parte dos recursos captados pelos bancos para o BACEN, diminuindo o poder de multi-
plicação da moeda bancária.
2- Política de redesconto
A política de redesconto tem um impacto sobre a base monetária e na oferta da moeda,
porque afeta o volume de empréstimos que o banco central concede aos bancos.

DICA
Redesconto é o nome dado para os empréstimos que o banco
central concede aos bancos.

012. (FCC/ALMS/ECONOMISTA/2016) O redesconto é um instrumento clássico de política


monetária que, se expandido,
a) pode abrir espaço para os bancos realizarem novas operações de crédito.
b) reduz as disponibilidades dos bancos.
c) provoca instantâneo aumento da carteira de crédito do sistema bancário.
d) não é utilizado em época de crise bancária.
e) representa um imediato aumento do passivo dos bancos.

Tenha em mente que a operação de redesconto nada mais é do que uma espécie de socorro
via empréstimo de assistência à liquidez feito pelo Banco Central a um banco comercial que
está com problemas de liquidez.
Assim, quando empresta dinheiro a um banco comercial, o BACEN acaba proporcionando a
esse banco comercial a oportunidade de efetuar novas operações de crédito.
Letra a.
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3- Operações de mercado aberto (títulos públicos)


São compras e vendas de títulos do Governo pelo Banco Central; o mais importante ins-
trumento de política monetária e o fator que determina os movimentos da base monetária e
a oferta da moeda.

DICA
Nas provas de concursos as questões questionam, principal-
mente, quais medidas são de Política Fiscal, Monetária ou
Cambial e, dentro dessa classificação, se são medidas contra-
cionistas ou expansionistas.

Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição da liquidez da economia), o


BACEN toma uma (ou mais de uma) destas três medidas contracionistas:
1- aumentar as reservas/os encaixes(depósitos) compulsórios;
2- aumentar a taxa de redesconto;
3- vender (emitir) títulos públicos.
Por outro lado, quando o que se quer é aumentar a liquidez, o BACEN toma uma (ou mais
de uma) destas três medidas expansionistas:
1- reduzir as reservas/os encaixes(depósitos) compulsórios;
2- reduzir a taxa de redesconto;
3- comprar (resgatar) títulos públicos.

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013. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Com relação aos instrumentos de política fiscal, mo-


netária e cambial, julgue o item que se segue.
A redução das taxas de recolhimento compulsório qualifica-se como uma política monetária
expansionista, podendo contribuir, ainda que no curto prazo, com a expansão da atividade
econômica.

Ao reduzir aquela parcela que fica “retida” no BACEN, expande-se a base monetária disponível
para fazer girar a economia; assim, no curto prazo, pode contribuir, sim, para a expansão da
atividade econômica.
Certo.

3. Inflação
3.1. Introdução e conceito
O dragão da inflação morou aqui no Brasil até 1994, ano em que, além de ganharmos o
Tetra, também foi o ano do Plano Real.

O Plano Real conseguiu estabilizar os preços e a inflação foi reduzida ao nível aproximado
dos países desenvolvidos.

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014. (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) Com relação à política econômica do governo Fer-


nando Henrique Cardoso e às perspectivas de retomada do crescimento após a estabilização
econômica, julgue o seguinte item.
O Plano Real veio acompanhado de uma política monetária restritiva, que visava controlar a
demanda agregada e desestimular processos especulativos.

Sim, além do ajuste fiscal que se fazia necessário, tivemos uma política monetária restritiva,
com a taxa Selic média de 1995 sendo superior a 50% ao ano e mantendo-se superior a 20%
até 1999, que estava focada em controlar a expansão da demanda provocada pelo “boom” do
fim da hiperinflação e em desestimular processos especulativos contra nossa moeda.
Certo.

Se, por sorte, você não vivenciou a época em que os preços de quase todos os produtos
aumentavam diariamente, às vezes até mais de uma vez no mesmo dia, hoje você pode ver que
o tema aumento de preços e inflação ainda aparecem no noticiário.

E o que é a inflação?

Claro que todos nós sabemos que é o aumento de preços.

Mas o que é a inflação para a Teoria Econômica?

O fenômeno da inflação não é pacífico na teoria econômica no que diz respeito à sua con-
ceituação. Em geral, o fenômeno inflacionário é definido como o aumento continuado, perma-
nente e generalizado dos níveis de preços em uma economia.
Observe bem que o aumento de preços, para que possa ser considerado como inflação,
tem que atender cumulativamente a estes requisitos:
Continuado/Permanente - a elevação dos preços ocorre, seja diária ou semanalmente, e a
expectativa é de que vai continuar ocorrendo persistentemente.
Generalizado - a elevação dos preços tem que atingir todos os produtos/serviços de uma
economia de forma geral.
Vamos ver os principais tipos de inflação, classificados de acordo com a Teoria Econômica
em função das suas causas.

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O PULO DO GATO
A inflação é apenas o efeito. Assim, os economistas tipificaram a classificação da inflação
em função da causa que gera o efeito inflacionário.

3.2. Inflação de Demanda


Ocorre quando a demanda agregada supera a oferta agregada por bens e serviços. Em ou-
tras palavras, refere-se ao excesso de procura de produtos/serviços pelos consumidores em
relação à produção disponível de bens e serviços pelas empresas na economia.
É aquela estória: quando tem muita gente procurando algo escasso, o preço sobe. Agora,
imagine uma economia que não produza de um modo geral os bens e serviços na quantidade
suficiente que as pessoas querem comprar.

O que acontece?

Os preços sobem de modo contínuo, persistente e generalizado, ou seja, o excesso de de-


manda (procura) em relação ao que é ofertado na economia, inflacionou (aumentou os preços)
o mercado de bens e serviços.
Pode-se dizer, ainda, que a inflação de demanda é causada pelo crescimento dos meios de
pagamento, que não é acompanhado pelo crescimento da produção.
Ocorre apenas quando a economia está próxima do pleno-emprego, ou seja, não é possível
aumentar substancialmente a oferta de bens e serviços no curto prazo. Nesse caso, as empre-
sas não podem produzir mais do que estão produzindo no curto prazo.
Suas causas podem ser as mais diversas, entre elas:
- Aumento dos gastos governamentais.
- Choque de demanda (euforia).
- Excesso de moeda.
- Excesso de crédito.

3.3. Inflação de Custo (ou de Oferta)


Ocorre quando o aumento do custo de produção é repassado aos preços para o consumi-
dor. Dependem de um mercado concentrado; assim, quanto maior a concentração do merca-
do (menor concorrência), mais os empresários possuem o poder de repassar o aumento dos
custos para os preços finais.
Em outras palavras, pode-se dizer que a inflação de custos tem suas causas nas condições
de oferta de bens e serviços na economia. O nível da demanda permanece o mesmo; mas, os
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custos de certos fatores importantes aumentam, levando à retração da oferta e provocando


um aumento dos preços de mercado.
A inflação de custo pode ser causada, ainda, pelo choque de oferta, isto é, quando fenôme-
nos inesperados afetam a produção, por exemplo: a quebra de uma safra causada por fenôme-
nos naturais.

015. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) O aumento de preços causado por pressões autôno-


mas de grupos específicos de agentes econômicos caracteriza o conceito de inflação de
a) custos.
b) demanda.
c) demanda e inercial.
d) expectativas.
e) expectativa e de demanda.

O examinador refere-se claramente à inflação de custos, que pode se dar por pressões autôno-
mas em setores específicos da economia.
Um exemplo clássico é um forte aumento do preço do petróleo no mercado mundial. Como tal
produto é a base energética da produção de uma economia como o Brasil, um aumento signi-
ficativo de seu preço tende a gerar pressão inflacionária.
Letra a.

3.4. Inflação Inercial


Esse tipo de inflação é tem sua causa no efeito psicológico dos agentes, quando acredi-
tam na elevação dos níveis de preço e agem de tal modo que a inflação de fato se concretize.
Em outras palavras, está relacionada às expectativas dos agentes e à sua memória infla-
cionária. Presente em economias com preços indexados.
Pode-se dizer, ainda, que é a aquela em que a inflação presente é uma função da infla-
ção passada.
Sua causa é, portanto, a inércia inflacionária – a resistência que os preços de uma econo-
mia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causas primárias da inflação.
Seu grande vilão é a “indexação”, que é o reajuste do valor das parcelas de contratos pela
inflação do período passado. Era a inflação que vigorava no Brasil até o Plano Real.
Vamos, a seguir, analisar uma questão que nos explica como o Plano Real conseguiu ter
sucesso no seu combate.

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016. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No que se refere às características e aos resultados


dos planos de estabilização da economia brasileira a partir da década de 80 do século XX,
julgue o item a seguir.
Diferentemente dos planos econômicos que o antecederam, o Plano Real conferiu menor im-
portância à indexação no processo inflacionário brasileiro, tendo sido bem-sucedido por se
pautar em um rigoroso plano de ajuste fiscal, que culminou com a edição da Lei de Responsa-
bilidade Fiscal.

O Plano Real também deu muita importância à desindexação para reduzir a inflação.
Para entender o papel do Plano Real, é válido ressaltar que, em 1993, a inflação atingia 2.700%
no país; após a implantação da nova moeda, o valor da inflação média dos governos seguintes
manteve-se em 12,6% (FHC) e 6,3% (Lula).
A principal promessa da nova moeda era conter a temível inflação. Em suma, o Plano Real
buscava estabilizar a inflação.
Oficialmente, o real tornou-se a 10ª moeda brasileira no dia 1º de julho de 1994. No entanto,
o planejamento para a troca do cruzeiro real, a moeda anterior (2.750 cruzeiros reais (CR$)
seriam convertidos em R$ 1), para o real tinha começado um ano antes.
Ficou definido que o plano seria implantado em três etapas para evitar o congelamento de
preços e o aumento da inflação, como ocorrera em tentativas anteriores.
A primeira etapa foi o ajuste das contas públicas por meio de um corte no Orçamento.
Em agosto de 1993, FHC comunicou o corte de três zeros na moeda vigente, o cruzeiro (Cr$), e
anunciou o lançamento do cruzeiro real (CR$ 1 = Cr$ 1.000). Era a quarta mudança monetária
no Brasil em sete anos. A manobra foi uma espécie de preparação para o real, que já estava
criado, mas somente seria colocado em operação em julho do ano seguinte.
A segunda etapa consistiu na implantação provisória da Unidade Real de Valor (URV), que
ficou em vigor de março a julho de 1994 e era uma espécie de moeda de troca, usada para
converter os valores das mercadorias.
Com isso, foi possível uniformizar os reajustes de preços, de câmbio e dos salários de maneira
desvinculada do cruzeiro real.
Para a população, na prática, funcionava assim: ao escolher um produto no mercado, ele estava
com o preço em URV nas prateleiras; mas, ao passar o caixa, o valor era convertido e pago em
cruzeiros reais. Na época, a URV valia um dólar (US$); assim, o real também começou cotado
a US$ 1. O papel da URV foi promover a dolarização da economia sem que fosse necessário
abnegar a moeda nacional.

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A partir de 1º de julho de 1994, foi colocada em marcha a terceira etapa, a fase final do Plano
Real, com um novo ministro da fazenda, Rubens Ricupero (FHC havia deixado o cargo para
se candidatar à presidência da República). Chegava a hora da URV ser substituída pelo real;
então, para controlar a inflação, o governo passou a ter como instrumentos os juros altos e o
dólar barato, com câmbio praticamente fixo.
Errado.

3.5. Inflação Monetária


É a inflação cuja causa é monetária. Como o próprio nome sugere, vem da emissão de
moeda/meios de pagamentos. Ela é causada pelo crescimento dos meios de pagamento, que
não é acompanhado pelo crescimento da produção. Basicamente, é a emissão exagerada e
até certo ponto descontrolada de moeda por parte do governo.
Nesse contexto, a inflação da moeda é estreitamente relacionada com a inflação de de-
manda; afinal, quando o governo pratica a emissão de moeda (aumentando a base monetária),
ele cria, em curto prazo, uma ideia de aumento do poder aquisitivo na população.

3.6. Inflação Reprimida


Os preços não sobem ou sobem pouco devido às medidas governamentais de contenção
como tabelamento de preços, racionamento etc.

3.7. Inflação Estrutural


Ocorre pela elevação dos custos de produção; porém, ao contrário da inflação de custo, é
causada pela configuração da infraestrutura existente no local (estradas, transporte, energia
etc.), o que afeta os custos dos processos de produção, distribuição e fornecimento.
Os economistas da chamada corrente estruturalista dizem que a inflação em países em
vias de desenvolvimento é essencialmente causada por pressões de custos derivados de
questões estruturais, como a agrícola e a de comércio internacional. Para eles, de modo distin-
to, a inflação de demanda é acarretada, basicamente, por certa defasagem entre a quantidade
ofertada e a quantidade demandada, sendo esta última bem maior do que a primeira. E isso
causa uma pressão nos preços em função de certo patamar de demanda reprimida.

3.8. Imposto Inflacionário


Saindo do estudo dos tipos de inflação, vamos conhecer alguns conceitos relacionados
à inflação.
O chamado imposto inflacionário é a desvalorização contínua dos recursos em poder dos
contribuintes (que não estão aplicados em nenhum investimento), como o dinheiro deposita-

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do em conta corrente, visto que, ao longo do tempo, devido à alta dos preços, eles passam a
ter um poder de compra cada vez menor.
Uma característica importante do imposto inflacionário é o seu caráter altamente regres-
sivo, pois as classes com renda mais baixa são as mais prejudicadas, por possuírem pou-
cas possibilidades de aplicar seus escassos recursos no mercado financeiro para se proteger
da inflação.
Como o imposto inflacionário acaba sendo uma tributação indireta, não pode ter sua “alí-
quota” aumentada indiscriminadamente (grandes taxas de inflação), pois isso causaria uma
retração da demanda por depósitos em conta corrente, que não são indexados (encaixes ban-
cários) e, consequentemente, o governo perderia uma de suas fontes de financiamento (emis-
são de moeda).

017. (FGV/TCM-SP/AGENTE-FISCAL/2015) Considere a seguinte situação: a variação nomi-


nal da base monetária representa apenas a recomposição, pelas pessoas, da perda do valor
real de seus encaixes monetários provocado pela inflação.
A receita dessa emissão monetária feita pelo governo, definida também como a taxa de infla-
ção esperada multiplicada pelo valor real da base monetária, é o(a):
a) Receita Intertemporal do Governo.
b) Imposto Inflacionário.
c) Senhoriagem Monetária.
d) Custo de Oportunidade da Senhoriagem.
e) Equivalência Ricardiana.

Quando temos um contexto inflacionário, a receita decorrente da emissão monetária feita pelo
governo – definida, também, como a taxa de inflação esperada multiplicada pelo valor real da
base monetária – é chamada de imposto inflacionário.
Memorize que consideramos imposto inflacionário a receita que o governo ganha quando emi-
te moeda para recompor a perda do valor real dos chamados encaixes monetários do público.
Letra b.

3.9. Receita de Seignorage


A Receita de “seignorage” ou de senhorio é o lucro do governo decorrente do monopólio da
emissão de moeda (aumento da base monetária).

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A seigniorage é necessária já que, com a inflação e o consequente aumento generalizado


de preços, é necessário aumentar o volume de dinheiro no mercado e isso é feito por meio da
emissão de moeda.

3.10. Efeito Tanzi


O efeito Tanzi é a perda real do valor da arrecadação tributária em virtude da inflação
quando ocorre inflação no interregno entre a ocorrência do fato gerador do tributo e o seu
recolhimento aos cofres governamentais.
Soluções adotadas no Brasil, em períodos de inflação, para atenuar o efeito Tanzi:
• Redução do prazo de recolhimento dos tributos.
• Indexação da base de cálculo e do imposto a recolher (o valor a ser cobrado do imposto
era expresso em UFIR, cujo valor se alterava de acordo com a inflação).

3.11. Curva de Phillips e Equação de Fisher


É muito comum aparecerem questões de prova sobre inflação mencionado dois economis-
tas e suas teorias: Phillips e Fisher.
Vamos conhecer um pouquinho sobre essas ideias.
A chamada “curva de Phillips” é um conceito da economia, mais especificamente da ma-
croeconomia, que relaciona inflação com desemprego. Por meio dessa análise, pode-se ver
como se relacionam esses dois conceitos.
A teoria desenvolvida por Phillips dizia que a relação da inflação e da taxa de desemprego
são inversamente proporcionais, ou seja: quando cresce a inflação, cai a taxa de desemprego.
Essa teoria foi comprovada a partir da análise de curto período das taxas de inflação e de-
semprego no Reino Unido no período que ia de 1957 a 1961; posteriormente, analisando curtos
períodos das mesmas informações nos EUA, pode-se comprovar o funcionamento da teoria.
No entanto, posteriormente, ao analisarem mais profundamente, economistas perceberam
que não é uma regra geral, que esta relação se aplica dessa forma apenas quando a taxa de
inflação está acima do esperado, e, em médio prazo, essa taxa superior acaba sendo a taxa
esperada e invalida essarelação. Verificou-se que a relação correta se dava entre a taxa de
desemprego e a variação, em si, da taxa de inflação.
Assim, pela chamada “curva de Phillips”, esperava-se que uma inflação alta manteria um
desemprego menor, ou seja, que se poderia “escolher” entre um desemprego de 5% com uma
inflação de 1%, ou um desemprego de 4% com inflação de 2% e assim por diante. Isso com
fundamento lógico na constatação de que, com inflação mês a mês, aumentando os preços
dos produtos fabricados mês após mês, e mantendo-se fixos os salários por um ano todo, fica
cada vez mais fácil para as empresas manterem e até contratarem mais empregados.

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018. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2016) Julgue o item subsecutivo, referente a mercado


de trabalho.
A curva de Phillips descreve a relação direta entre maior taxa de desemprego e maior taxa de
variação dos salários nominais.

Na verdade, a curva de Phillips mostra o trade-off entre inflação e desemprego, ou seja, supõe
que, no curto prazo, pode-se obter menos desemprego com estímulos à demanda agregada, o
que geraria maior inflação.
Errado.

Por sua vez, o economista Irving Fisher, em 1962, ampliou o estudo de Phillips para avaliar
a relação entre a taxa de desemprego e a inflação.
Resumidamente, de acordo com Fisher, ao investir, os agentes levam em consideração a
taxa de juros real, e não nominal.
Nessa linha de raciocínio, ao investirem, como não sabem a inflação que ocorrerá no perí-
odo em que estiverem pagando esses juros ou abrindo mão deles (custo de oportunidade), os
agentes pautam-se pela inflação esperada.
De acordo com o chamado efeito Fisher, para determinada taxa de juros, quanto maior a
inflação esperada, menor os juros reais; assim, maior é o investimento.

3.12. Regime de Metas para Inflação


O Brasil adota o regime de metas para inflação desde 1999. Nos últimos anos, Governo
teve grande dificuldade de atingir a meta de 4,5% ao ano para inflação (centro da meta) ou até
mesmo o seu limite máximo de 6,5% ao ano, já que, para 2015 e 2016, a inflação ficou próxima
de 10%; entretanto, desde 2017, conseguiu atingir a meta.

Mas você sabe o que é esse tal de regime de metas para a inflação?

O regime de metas para a inflação é um regime monetário por meio do qual o banco cen-
tral se compromete a atuar de forma a garantir que a inflação efetiva esteja em linha com uma
meta preestabelecida, anunciada publicamente.

Mas amigo(a), tecnicamente, você sabe quais elementos caracterizam um regime de me-
tas para a inflação?

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Então, vamos saber agora.


O regime de metas para a inflação caracteriza-se geralmente por quatro elementos básicos:
1) conhecimento público de metas numéricas de médio-prazo para a inflação;
2) comprometimento institucional com a estabilidade de preços como objetivo primordial
da política monetária;
3) estratégia de atuação pautada pela transparência para comunicar claramente o público
sobre os planos, os objetivos e as razões que justificam as decisões de política monetária; e
4) mecanismos para tornar as autoridades monetárias responsáveis pelo cumprimento
das metas para a inflação.
Portanto, o regime de metas para a inflação envolve mais do que o anúncio público de me-
tas numéricas para a inflação. A transparência e a prestação de contas regulares à sociedade
e a seus representantes são elementos essenciais desse regime.

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RESUMO
Lado monetário da Economia

As quatro funções extremamente importantes desempenhadas por um Sistema Mo-


netário são:
1- Apresentar quem tem $ para quem não tem e precisa de $, ou seja, faz a transferência de
recursos financeiros entre os agentes econômicos chamados de “poupadores” ou “superavitá-
rios” (quem tem recursos sobrando num dado momento) e os agentes econômicos chamados
de “deficitários” (aqueles que no mesmo instante se encontram com insuficiência de recursos);
2- Dinamizar as relações de trocas de mercadorias entre os indivíduos, sendo a moeda o
meio que possibilita esta circulação de bens e serviços;
3- Aumentar a liquidez dos ativos reais, possibilitando a realização de um maior número
de transações envolvendo os diversos bens (ativos) que representam o patrimônio (ou seja, a
riqueza acumulada) dos indivíduos;
4- Servir de instrumento por meio do qual o Governo possa realizar a Política Monetária, ou
seja, ajustar a quantidade de moeda em circulação às necessidades reais da economia, produ-
zindo efeitos nos níveis de Produção e, consequentemente, de Renda.
Conceito de Moeda: todo objeto de aceitação geral, utilizado na troca de bens e serviços,
que tem poder liberatório (ou seja, capacidade de pagamento) instantâneo.
Funções da Moeda:
1- Meio ou instrumento de troca: a moeda surgiu para intermediar as trocas de mercado-
rias entre os diversos produtores, sendo um elemento de aceitação geral.
2- Unidade de conta: uso fundamental ocorre pelo fato de a moeda ser amplamente usa-
da para se fazer comparações entre os valores das diversas mercadorias. A moeda funciona
como um denominador comum, tornando possível somar, por exemplo, o valor de uma motoci-
cleta com o de uma televisão e com o de uma fazenda, e, ainda, encontrar um valor total para
esses três bens distintos, expresso num total de unidades monetárias.
3- Reserva de valor: um aspecto relevante a destacar é que, na prática, os vendedores das
mercadorias aceitam a moeda nas suas trocas porque sabem que a moeda tem aceitação
geral; por isso, eles não terão dificuldade em “transformá-la” novamente nos diversos bens e
serviços de que necessitam.
A Oferta de Moeda (ou “Meios de Pagamento”): M = PP + DV
Onde:
M = Total dos Meios de Pagamento (Oferta de moeda).
PP = Papel-moeda e moedas metálicas em poder do público.
DV = Total dos depósitos à vista nos bancos comerciais.

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O item PP (papel-moeda e moedas metálicas em poder do público) corresponde ao con-


ceito de moeda manual.
Memorize que existem duas situações que são cobradas em prova: a criação e a destrui-
ção de meios de pagamento.
Dizemos que há criação de moeda quando acontece um aumento do volume de M1, ou
seja, quando cresce o volume da soma de moeda manual ou de moeda escritural (ou ambos).
Por outro lado, há destruição de moeda quando se reduz o volume de meios de pagamento.
O volume total dos meios de pagamento aumenta ou diminui devido às relações que ocor-
rem entre os setores bancário e não bancário da economia.
Na verdade, o setor bancário, em sentido estrito, como estamos falando agora, é formado
basicamente pelos bancos comerciais.
Guarde a seguinte informação: um banco comercial é aquele que possui correntistas, ou
seja, nele os clientes podem abrir uma conta corrente. O dinheiro que eles deixam em conta
corrente tecnicamente é chamado de depósito à vista e pode ser emprestado pelo banco.
Já o setor não bancário em sentido estrito, por sua vez, é formado por todos os demais
agentes econômicos, exceto os bancos comerciais.
O crescimento da oferta de moeda (saldo dos meios de pagamento) pode ser causado:
1) Pelo Banco Central, que tem o monopólio das emissões de moeda.
2) Pelos bancos comerciais, por meio dos depósitos à vista.

Fórmulas

r = Reservas dos Bancos


Depósitos à Vista
m = 1/r
M1 = m. B
c = Moeda em Poder do Público
Meios de Pagamento (M1)
M1 = PP + DV
c = PP
M1
d = DV
M1
c + d =1
Fórmula do multiplicador dos meios de pagamento:
m = 1________
1 – d (1 – r)
c = PP_
DV

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Diante dessa nova maneira de demonstrar a taxa de retenção, a fórmula do multiplicador


também pode ser:
m=1+c
c+r
m = 1_______
1 – d. (1 – r)
Por outro lado, se o coeficiente “c” estiver representando uma relação com o saldo dos
depósitos à vista, use a fórmula:
m=1+c
c+r

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No Brasil são cinco os agregados monetários, calculados periodicamente pelo Ban-


co Central:
M0 = Moeda em poder do público (papel-moeda e moedas metálicas).
M1 = M0 + Depósitos à vista nos bancos comerciais.
M2 = M1 + Depósitos especiais remunerados + Depósitos de poupança + Títulos emitidos
por instituições depositárias.
M3 = M2 + Quotas de fundos de renda fixa + Operações compromissadas registradas no
Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).
M4 = M3 + Títulos públicos de alta liquidez (Letras do Tesouro Nacional, Notas do Banco
Central etc.).
A Teoria Econômica apresenta três as razões para que os agentes econômicos desejem
reter moeda:
1- Motivo-Transação: os indivíduos precisam de dinheiro para suas transações do dia a dia,
para alimentação, transporte, pequenas despesas etc. Portanto, existe uma necessidade de os
indivíduos portarem moeda para realizar seus negócios diários. Também As empresas tam-
bém necessitam manter recursos em caixa para cumprir seus compromissos empresariais
habituais.
2- Motivo-Precaução: o público e as firmas precisam ter certa reserva monetária para fazer
face a pagamentos imprevistos, ou atrasos em recebimentos esperados. Os agentes econô-
micos lidam com a incerteza; dessa forma, necessitam ter reservas para enfrentar tais acon-
tecimentos.
Essas duas primeiras razões (transações e precaução) dependem diretamente do nível da
renda nacional. Quanto maior a renda nacional, maior será o volume de negócios e a quantida-
de de transações na economia (e, também, os riscos); portanto, maior será a necessidade de
moeda para transações e por precaução.
3- Motivo-Especulação ou Motivo-Portfólio: os agentes econômicos decidem como vão
montar suas carteiras (portfólios) de ativos para preservar seu poder de compra (sua riqueza).
Nesse sentido, têm que escolher a composição de suas “cestas” de ativos, distribuindo o valor
numa certa proporção entre moeda e títulos, sabendo que, quanto mais moeda tiverem, menor
será o rendimento do seu portfólio; mas, em compensação, maior será a sua liquidez.
Existe uma relação inversa entre demanda por moeda para especulação e taxa de juros.

Política Monetária

É o conjunto de medidas que objetivam modificar a quantidade de moeda na economia,


assim como outras variáveis que nela exercem influência, ou, ainda, é a atuação do governo
(na verdade em conjunto com o Banco Central) sobre a quantidade de moeda (meios de paga-
mento em geral) e de títulos públicos.

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Outra forma de conceituar Política Monetária é como aquela que representa a atuação das
autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósi-
to de se controlar a liquidez global do sistema econômico.
Os instrumentos de Política Monetária são:
1- Reservas/encaixes (depósitos) compulsórios
Reservas: o Banco Central exige que os Bancos recolham diariamente uma parte dos depó-
sitos efetuados para o banco Central.
As reservas compulsórias não rendem juros; por isso, são consideradas como um imposto
sobre depósitos à vista dos bancos. Mudanças nas taxas de reservas compulsória afetam o
multiplicador monetário (e a liquidez da economia). Um aumento nas taxas de reservas reduz
o multiplicador monetário, e uma redução da taxa de reserva, por sua vez, aumenta a liquidez
da economia.
Depósitos compulsórios: funcionam como um mecanismo que representa o recolhimento
de parte dos recursos captados pelos bancos para o BACEN, diminuindo o poder de multiplica-
ção da moeda bancária.
2- Política de redesconto
A política de redesconto tem um impacto sobre a base monetária e na oferta da moeda,
porque afeta o volume de empréstimos que o banco central concede aos bancos.
Redesconto é o nome dado para os empréstimos que o banco central concede aos bancos.
3- Operações de mercado aberto (títulos públicos)
São compras e vendas de títulos do Governo pelo Banco Central; o mais importante ins-
trumento de política monetária, e o fator que determina os movimentos da base monetária e a
oferta da moeda.
Nas provas de concursos as questões, basicamente, querem saber quais medidas são de
Política Fiscal x Monetárias x Cambial e, dentro dessa classificação, se são medidas contra-
cionistas ou expansionistas.
Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição da liquidez da economia) o
BACEN toma uma (ou mais de uma) destas três medidas contracionistas:
1- aumentar as reservas/os encaixes(depósitos) compulsórios;
2- aumentar a taxa de redesconto;
3- vender (emitir) títulos públicos.
Por outro lado, quando o que se quer é aumentar a liquidez, o BACEN toma uma (ou mais
de uma) destas três medidas expansionistas:
1- reduzir as reservas/os encaixes (depósitos) compulsórios;
2- reduzir a taxa de redesconto;
3- comprar (resgatar) títulos públicos.

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Inflação

O fenômeno da inflação é definido como o aumento continuado, permanente e generali-


zado dos níveis de preços em uma economia, ou seja, esse aumento deve ser continuado e
permanente. A elevação dos preços ocorre, seja diária ou semanalmente, e a expectativa é de
que vai continuar ocorrendo persistentemente e generalizado. E a elevação dos preços tem
que atingir todos os produtos/serviços de uma economia de forma geral.
A inflação é o efeito. Assim, os economistas tipificaram a mencionada classificação em
função da causa desse efeito inflacionário.
INFLAÇÃO DE DEMANDA: quando a demanda agregada supera a oferta agregada por bens
e serviços. Ocorre apenas quando a economia está próxima do pleno-emprego, ou seja, não
pode aumentar substancialmente a oferta de bens e serviços no curto prazo. Assim, as empre-
sas não podem produzir mais do que estão produzindo no curto prazo. Suas causas podem ser
as mais diversas, entre elas:
• aumento dos gastos governamentais;
• choque de demanda (euforia);
• excesso de moeda;
• excesso de crédito.

INFLAÇÃO DE CUSTO (OU DE OFERTA): ocorre quando aumento do custo de produção é re-
passado aos preços para o consumidor. Dependem de um mercado concentrado; assim, quan-
to maior a concentração do mercado (menor concorrência), mais os empresários possuem o
poder de repassar o aumento dos custos para os preços finais. A inflação de custo pode ser

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causada, ainda, pelo choque de oferta. Quando fenômenos inesperados afetam a produção
(como a quebra de uma safra causada por fenômenos naturais).
INFLAÇÃO INERCIAL: tem sua causa no efeito psicológico dos agentes, quando acreditam
na elevação dos níveis de preço e agem de tal modo que a inflação de fato se concretize. Em
outras palavras, está relacionada às expectativas dos agentes e à sua memória inflacionária.
Presente em economias com preços indexados. Pode-se dizer, ainda, que é a aquela em que a
inflação presente é uma função da inflação passada. Sua causa é, portanto, a inércia inflacio-
nária – resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que
atacam as causas primárias da inflação. Seu grande vilão é a “indexação”, que é o reajuste do
valor das parcelas de contratos pela inflação do período passado.
INFLAÇÃO MONETÁRIA: sua causa é monetária. Como o próprio nome sugere, vem da
emissão de moeda/meios de pagamentos. Ela é causada pelo crescimento dos meios de pa-
gamento, que não é acompanhado pelo crescimento da produção. Basicamente, é a emissão
exagerada e, até certo ponto, descontrolada de moeda por parte do governo. Nesse contexto,
a inflação da moeda é estreitamente relacionada com a inflação de demanda; afinal, quando o
governo pratica a emissão de moeda (aumentando a base monetária), ele cria, em curto prazo,
uma ideia do aumento do poder aquisitivo na população.
CURVA DE PHILLIPS E EQUAÇÃO DE FISHER
A chamada “curva de phillips” é um conceito da economia, mais especificamente da ma-
croeconomia que relaciona inflação com desemprego. Por meio dessa análise, pode-se ver
como se relacionam esses dois conceitos. A teoria desenvolvida por Phillips dizia que a re-
lação da inflação e da taxa de desemprego são inversamente proporcionais, ou seja: quando
cresce a inflação, cai a taxa de desemprego.
Essa teoria foi comprovada a partir da análise de curto período das taxas de inflação e de-
semprego no Reino Unido no período que ia de 1957 a 1961; posteriormente, analisando curtos
períodos das mesmas informações nos EUA, pode-se comprovar o funcionamento da teoria.
No entanto, posteriormente, ao analisarem mais profundamente, economistas perceberam
que não é uma regra geral, que esta relação só se aplica dessa forma quando a taxa de inflação
está acima do esperado, e, em médio prazo, essa taxa superior acaba sendo a taxa esperada e
invalida essa relação. Verificou-se que a relação correta se dava entre a taxa de desemprego e
a variação em si da taxa de inflação.
Assim, pela chamada “curva de Phillips”, esperava-se que uma inflação alta manteria um
desemprego menor, ou seja, que se poderia “escolher” entre um desemprego de 5% com uma
inflação de 1%, ou um desemprego de 4% com inflação de 2% e assim por diante. Isso com
fundamento lógico na constatação de que com inflação mês a mês, aumentando os preços
dos produtos fabricados mês após mês, e mantendo-se fixos os salários por um ano todo, fica
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Por sua vez, o economista Irving Fisher, em 1962, ampliou o estudo de Phillips para avaliar a relação entre a taxa de desemprego e a infla-
ção. Resumidamente, de acordo com Fisher, ao investir, os agentes levam em consideração a taxa de juros real, e não nominal.
Nessa linha de raciocínio, ao investirem, como não sabem a inflação que ocorrerá no período em que estiverem pagando esses juros ou
abrindo mão dele (custo de oportunidade), os agentes pautam-se pela inflação esperada.
Assim, de acordo com o chamado efeito Fisher, para determinada taxa de juros, quanto maior a inflação esperada, menor os juros reais;
assim, maior é o investimento.
REGIME DE METAS PARA INFLAÇÃO: é um regime monetário por meio do o Banco Central se compromete a atuar de forma a garantir que
a inflação efetiva esteja em linha com uma meta preestabelecida, anunciada publicamente.

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MAPA MENTAL
Moeda

Atuação das autoridades monetárias, por


meio de intrumentos de efeito direto ou
induzido, com o próposito de se controlar
a liquidez global do sisitema econômico

Reserva e encaixes compulsórios


Política de Redesconto Instrumentos Apresentar quem tem dinheiro par
Operações com títulos públicos quem não tem e está precisando

ntar as reservas e encaixes Dinamizar as realções de trocas de


Política Monetária
mercadorias entre os indivíduos, p
mentar a taxa de redesconto Contracionista = reduzir a liquidez a moeda é o meio que possibilita e
nder/emitir títulos públicos Funções do Sistema circulação de bens e serviços
e depósito compulsórios Aumentar da liquidez dos ativos re
r a taxa de redesconto Expansionista = aumentar a liquidez Servir de instrumento por meio do
a/resgata títulos públicos o Governo realizar a Política Monet
Sistema Monetário e
Mercado Financeiro
MO = Moeda em poder do público Meio ou instrumento de troca
(papel-moeda e moedas metálicas) Funções Unidade de Conta
M1 = MO + Depósito à vista Reserva de Valor
M2 = depósito especiais remunerados + Moeda Motivo-transação
depósitos de poupança + títulos emitidos
por imstituições depositárias Agregados Monetários
Razões para reter moeda Motivo-precaução
M3 = M2 + quotas de fundos de renda Motivo-esp
fixa + operações compromissadas regis- ou portifólio
tradas no Selic
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez

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Inflação

Aumento continuado, permanente


e generalizado dos níveis de preços
Conceito
em uma economia

de Demanda
de Custos ou de Ofertas
Inercial
Tipos Monetária
Reprimida
Esrtrutural

INFLAÇÂO
Imposto Inflacionário
Receita de Seignorage
Efeito Tanzi
Conceitos relacionados Curva de Phillips
Equação de Fisher
Regime de Metas de Inflação

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2016) A respeito de teoria monetária e política monetária,
julgue o item a seguir.
Na atualidade, para que uma moeda seja aceita como meio de troca, o país que a emite deve
ter reservas em ouro em quantidades suficientes, de acordo com o denominado padrão-ouro.

002. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2016) A respeito de teoria monetária e política monetária,


julgue o item a seguir.
As três funções principais de uma moeda em um sistema econômico são a de meio de troca,
a de unidade de conta e a de reserva de valor.

003. (FCC/ARSETE/TÉCNICO-ECONOMISTA/2016) Considere as seguintes afirmações so-


bre as funções da moeda.
I – A função de reserva de valor da moeda serve para comparar o valor dos bens e serviços.
II – A utilização da moeda propiciou a superação da necessidade de existência de dupla coin-
cidência de desejos entre dois agentes econômicos, que era característica de uma situação
de escambo.
III – A função de unidade de conta da moeda permite uma linguagem monetária comum em
contratos, garantindo o conhecimento sobre o valor do que está sendo transacionado.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) II e III.
c) III.
d) I.
e) I e III.

004. (FGV/DPE-RO/ECONOMISTA/2015) Considere as seguintes siglas: PMPP = Papel-Mo-


eda em Poder do Público, PMC = Papel-Moeda em Circulação; PME = Papel-Moeda Emitido.
Assim, a soma do PMPP e do Caixa do Banco Central é igual a:
a) PMC – Caixa dos Bancos Comerciais;
b) PME – PMC;
c) PMC – PME;
d) Zero;
e) PME – Caixa dos Bancos Comerciais.

005. (FCC/DPE-RS/ANALISTA/2013) Os meios de pagamento de uma economia, em seu


conceito convencional, correspondem à soma:
a) papel-moeda emitido + depósitos à vista nos bancos comerciais.

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b) papel-moeda em poder do público + reservas bancárias.


c) depósitos à vista nos bancos comerciais + caixa, em moeda corrente, dos bancos comerciais.
d) papel-moeda em poder do público + depósitos à vista dos bancos comerciais.
e) papel-moeda em circulação + depósitos à vista e a prazo nos bancos comerciais.

006. (FGV/TCM-SP/AGENTE-FISCAL/2015) A alternativa que descreve uma possível defini-


ção ou característica do multiplicador monetário é:
a) em uma economia sem moeda manual, m é igual à parcela dos depósitos à vista mantida
como reservas pelos bancos comerciais;
b) uma redução da parcela dos meios de pagamento que as pessoas mantêm como depósitos
à vista eleva m;
c) uma ampliação do papel-moeda em poder do público expande a base monetária, au-
mentando m;
d) um aumento da parcela dos meios de pagamento mantida como reservas pelos bancos
comerciais reduz m;
e) em uma economia com moeda manual e escritural, m é igual ao inverso da parcela dos
meios de pagamento que o público mantém em moeda manual.

007. (CESPE/FUB/ECONOMISTA/2018) Julgue o item que se segue, a respeito dos agrega-


dos monetários.
A elevação das reservas voluntárias no Banco Central feita pelos bancos comerciais reduz o
papel-moeda em circulação.

008. (FCC/SEMPLAN-TERESINA/ANALISTA/2016) A respeito dos agregados monetários é


INCORRETO afirmar que
a) o conceito de M4 agrega os títulos públicos de alta liquidez.
b) o conceito de M1 agrega, somente, a moeda em poder do público (papel-moeda e moedas
metálicas).
c) o conceito de M3 contempla as cotas de fundos de renda fixa.
d) o conceito de M2 exclui as chamadas operações compromissadas registradas no Selic.
e) os depósitos de poupança fazem parte dos agregados M3 e M4, mas não pertencem ao M1.

009. (CESPE/TCE-PA/AUDITOR/2016) A respeito de agregados monetários e do modelo IS–


LM, julgue o item a seguir.
Com a reforma dos meios de pagamento na metodologia de cálculo dos agregados monetá-
rios em 2001, o conceito de M2 passou a corresponder ao total de M1 mais os depósitos em
poupança e os títulos emitidos por instituições depositárias.

010. (FCC/SEFAZ-SP/AFTM/2012) Sobre o equilíbrio no mercado monetário, é correto afirmar:

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a) Quanto menor a taxa de juros, maior a demanda por moeda, visto que a taxa de juros repre-
senta um custo de oportunidade de manter o dinheiro fora do mercado financeiro.
b) A demanda por moeda é função crescente da proporção do papel-moeda mantido em poder
do público.
c) Oferta e demanda de moeda somente se igualam quando o multiplicador da base monetária
corresponde ao inverso da taxa de reservas compulsórias dos bancos comerciais.
d) A oferta monetária tem relação negativa com a taxa de juros, visto que quanto menor a taxa
de juros, mais títulos públicos são ofertados pelo Tesouro Nacional e mais meios de pagamen-
tos se encontram à disposição do público.
e) O mercado monetário se encontra em equilíbrio sempre que a totalidade da base monetária
se encontra em poder do público e destinada a suprir suas necessidades de transação.

011. (FCC/AFAP/ANALISTA/2019) A chamada “teoria quantitativa da moeda” preconiza que


M.V=p.Y, ou seja, se tudo mais é constante,
a) quanto maior a velocidade de circulação da moeda (M), menor o volume monetário (V) ne-
cessário para girar a economia.
b) quanto maior a velocidade de circulação da moeda (V), menos agregado monetário (M) é
necessário para girar a economia.
c) um aumento do nível de preços (p), compensado por um aumento no nível do produto (Y)
resultará em uma redução na movimentação da economia (M).
d) um aumento do nível de preços (Y), compensado por um aumento no nível do produto (p),
resultará em uma redução na movimentação da economia (V).
e) o nível de preços (p) e o nível de produto (Y) são grandezas diretamente proporcionais.

012. (FCC/ALMS/ECONOMISTA/2016) O redesconto é um instrumento clássico de política


monetária que, se expandido,
a) pode abrir espaço para os bancos realizarem novas operações de crédito.
b) reduz as disponibilidades dos bancos.
c) provoca instantâneo aumento da carteira de crédito do sistema bancário.
d) não é utilizado em época de crise bancária.
e) representa um imediato aumento do passivo dos bancos.

013. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Com relação aos instrumentos de política fiscal, mo-


netária e cambial, julgue o item que se segue.
A redução das taxas de recolhimento compulsório qualifica-se como uma política monetária
expansionista, podendo contribuir, ainda que no curto prazo, com a expansão da atividade
econômica.

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014. (CESPE/DPU/ECONOMISTA/2016) Com relação à política econômica do governo Fer-


nando Henrique Cardoso e às perspectivas de retomada do crescimento após a estabilização
econômica, julgue o seguinte item.
O Plano Real veio acompanhado de uma política monetária restritiva, que visava controlar a
demanda agregada e desestimular processos especulativos.

015. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) O aumento de preços causado por pressões autôno-


mas de grupos específicos de agentes econômicos caracteriza o conceito de inflação de
a) custos.
b) demanda.
c) demanda e inercial.
d) expectativas.
e) expectativa e de demanda.

016. (CESPE/SEDF/ANALISTA/2017) No que se refere às características e aos resultados


dos planos de estabilização da economia brasileira a partir da década de 80 do século XX,
julgue o item a seguir.
Diferentemente dos planos econômicos que o antecederam, o Plano Real conferiu menor im-
portância à indexação no processo inflacionário brasileiro, tendo sido bem-sucedido por se
pautar em um rigoroso plano de ajuste fiscal, que culminou com a edição da Lei de Responsa-
bilidade Fiscal.

017. (FGV/TCM-SP/AGENTE-FISCAL/2015) Considere a seguinte situação: a variação nomi-


nal da base monetária representa apenas a recomposição, pelas pessoas, da perda do valor
real de seus encaixes monetários provocado pela inflação.
A receita dessa emissão monetária feita pelo governo, definida também como a taxa de infla-
ção esperada multiplicada pelo valor real da base monetária, é o(a):
a) Receita Intertemporal do Governo.
b) Imposto Inflacionário.
c) Senhoriagem Monetária.
d) Custo de Oportunidade da Senhoriagem.
e) Equivalência Ricardiana.

018. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2016) Julgue o item subsecutivo, referente a mercado


de trabalho.
A curva de Phillips descreve a relação direta entre maior taxa de desemprego e maior taxa de
variação dos salários nominais.

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QUESTÕES DE CONCURSO
019. (FCC/TCE-RS/AUDITOR/2018) O conceito de M2 para os meios de pagamento
a) inclui os depósitos à vista, mas não os depósitos de poupança.
b) inclui os títulos emitidos por instituições depositárias, mas não os depósitos especiais
remunerados.
c) inclui os depósitos de poupança, mas não as quotas de fundos de renda fixa.
d) não inclui os depósitos especiais remunerados nem os depósitos de poupança.
e) inclui os depósitos de poupança e os títulos públicos de alta liquidez.

Vamos relembrar:
M1 = papel-moeda em poder do público + depósitos à vista
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por
instituições depositárias
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
Repare que os depósitos de poupança estão no M2, mas as quotas de fundos de renda fixa
pertencem ao M3.
Vamos apontar os erros das demais:
a) Errada. Os depósitos de poupança também compõem o M2.
b) Errada. Os depósitos especiais remunerados também compõem o M2.
c) Certa.
d) Errada. O M2 inclui esses dois.
e) Errada. Os títulos públicos de alta liquidez só aparecem no M4.
Letra c.

020. (IADES/SES-DF/ECONOMISTA/2018)

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O quadro apresentado mostra os percentuais de reajustes de preços autorizados pelo governo


para os medicamentos no período de 2010 a 2016. Considerando-se como ano-base 2012 =
100, o índice do ano 2014 foi
a) 105.
b) 110.
c) 110,25.
d) 116.
e) 116,45.

Note que o índice acumulado de 2012 até 2014 é igual ao índice do ano-base (2012) multipli-
cado pelas taxas de inflação dos anos seguintes (2013 e 2014).
Então temos:
I2014 = I2012 × (1+π2013) × (1+π2014)
Como a base é 100 e a inflação em 2013 e 2014 foi de 5%, temos:
I2014 = 100 × (1+0,05) × (1+0,05)
I2014 = 100×1,05×1,05
I2014 = 110,25
Letra c.

021. (FCC/PGE-MT/ANALISTA/2016) Considerando que os depósitos à vista de um país são


objeto de recolhimento compulsório de 7% e de reserva voluntária de 5%, um aumento autô-
nomo e inicial de $ 1.000,00 nos depósitos à vista irá gerar, pelo multiplicador monetário, um
aumento final na oferta monetária equivalente a ($)
a) 12.000,00.
b) 8.333,33.
c) 14.285,71.
d) 20.000,00.
e) 7.000,00.

Vamos aplicar a fórmula mais simplificada, ou seja, aquela sem o “r”:

m= __1__
(1−d)
Repare que, do total de depósitos feitos nos bancos, estes recolhem 7% junto ao Banco Central
(recolhimento compulsório) e 5% em seu próprio caixa (reserva voluntária).
Portanto, apenas 88% (100% - 7% - 5% = 88%) dos depósitos à vista são emprestados novamen-
te e assim sucessivamente.

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E o que isso significa?


Que o nosso é d = 0,88
Agora é só aplicar na fórmula:

m= ____1_______
(1−0,88)
m = 1_
0,12
m = 8,33...
Como já temos o multiplicador monetário, basta fazermos a multiplicação com o aumento dos
depósitos à vista para ver o total do aumento na oferta de moeda:
m=1.000×8,33
m=8.333,33
Letra b.

022. (FCC/ARSETE/ECONOMISTA/2016) Se o Banco Central tiver a intenção de reduzir pres-


sões inflacionárias existentes na economia, poderá
a) elevar o percentual do recolhimento compulsório.
b) eliminar restrições quantitativas para a compra, pelo próprio Banco Central, de operações da
carteira de crédito dos bancos.
c) reduzir as taxas utilizadas no redesconto.
d) facilitar amplamente o acesso de famílias e empresas ao crédito.
e) reduzir a taxa básica de juros no modelo de metas de inflação.

Para reduzir pressões inflacionárias, exige-se a adoção de política monetária contracionista por
parte do Banco Central. Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição da liquidez
da economia), o BACEN toma uma (ou mais de uma) destas três medidas contracionistas:
1- aumentar as reservas/os encaixes(depósitos) compulsórios;
2- aumentar a taxa de redesconto;
3- vender (emitir) títulos públicos.
Assim, já vemos que a alternativa correta é: a) elevar o percentual do recolhimento compulsório.
Letra a.

023. (FCC/AL-MS/ECONOMISTA/2016) Considere as seguintes características relativas ao


modelo de Metas de Inflação, que ganhou força na década de 1990, como novo mecanismo de
preservação do valor da moeda pelos governos:
I – Anúncio público da meta quantitativa para a inflação.
II – Definição da meta quantitativa de emissão de moeda.

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III – Anúncio público da taxa de juros de longo prazo, considerada como taxa natural.
IV – Definição do índice de preços a ser utilizado.
Está correto o que consta em
a) I, II e III, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

Vamos julgar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:


I – Certa. A meta quantitativa é anunciada mais de um ano antes do início do período ao qual
se refere.
II – Errada. A meta é para a inflação e não para a emissão de moeda.
III – Errada. O que se faz, a cada reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), é estabe-
lecer a meta para a taxa de juros de curto prazo, sempre levando em consideração a inflação
efetiva e a meta.
IV – Certa. O índice utilizado para a meta de inflação é o Índice de Preços ao Consumidor Am-
plo (IPCA).
Letra d.

024. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) São funções da moeda:


a) meio de pagamento e reservas internacionais.
b) meio de pagamento, unidade de conta e reserva de valor.
c) reserva de valor e seguro contra a inflação.
d) meio de pagamento e preço da moeda estrangeira.
e) meio de pagamento e custo do dinheiro.

A moeda pode ser também definida como tudo aquilo que a sociedade utiliza para desempe-
nhar as três seguintes funções:
1) meio ou instrumento de troca;
2) unidade de conta; e
3) reserva de valor.
Letra b.

025. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) Considere o modelo de oferta e demanda agregadas.


Suponha o cenário de um país com recessão. O Ministro da Fazenda e o presidente do Banco

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Central pretendem estimular esta economia para reduzir o tamanho e a intensidade da reces-
são. A medida que conseguirá reduzir o tamanho da recessão do país será
a) aumentar a oferta agregada através de aumento de salários.
b) aumentar a demanda agregada através de aumento do consumo privado.
c) reduzir a demanda agregada através de aumento da taxa de juros.
d) promover política monetária restritiva através do aumento do depósito compulsório.
e) reduzir gastos públicos referentes à construção de pontes e estradas para ligar o Norte ao
Sul do país.

Vamos analisar as alternativas e escolher a correta.


a) Errada. Apesar de aumento dos salários ajudar a economia, isso ocorre via demanda agregada.
b) Certa. A medida efetiva para aumentar a demanda agregada.
c) Errada. Nesse caso, a situação piora.
d) Errada. Nesse caso, a situação piora.
e) Errada. Nesse caso, a situação piora.
Letra b.

026. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015) Segundo a teoria quantitativa da moeda,


a) a inflação é estritamente um problema monetário, isto é, de um excesso de moeda frente a
uma oferta agregada de bens inelástica, a qual é determinada no lado real da economia e res-
ponde a fatores como produtividade do trabalho e da tecnologia de produção.
b) a velocidade de circulação da moeda é considerada, na versão básica desta teoria, a princi-
pal variável explicando a elevação dos preços.
c) a inflação, considerando a equação de trocas, pode ser causada por uma redução abrupta na
produção, como uma seca que leva a uma escassez de bens agrícolas de primeira necessida-
de, mesmo que a quantidade de moeda seja reduzida proporcionalmente à queda do produto.
d) um aumento na produtividade da economia que aumente, de forma autônoma, o nível agre-
gado de produção não pode causar uma queda do nível de preços, pois a teoria quantitativa
sustenta que um aumento dessa natureza é automaticamente seguido por um aumento na
quantidade de moeda.
e) a inflação pode ocorrer independentemente da quantidade de moeda existente na economia.

Temos uma questão sobre o tema Teoria Quantitativa da Moeda (TQM). Vamos analisar as
alternativas e escolher a correta.
a) Certa. Sim, de acordo com a TQM, a inflação é um fenômeno que é causado pelo excesso
de moeda (liquidez) na economia. Assim, considerando uma oferta constante de produtos no
curto prazo, teremos inflação caso o estoque de moeda seja aumentado.

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b) Errada. A velocidade varia muito pouco e pode ser considerada uma constante no curto pra-
zo, assim como a quantidade total de transações físicas de bens e serviços, fazendo com que
a elevação dos preços seja a oferta monetária.
c) Errada. Caso ocorra uma redução radical na produção acompanhada por uma redução pro-
porcional na quantidade de moeda, o nível de preços não se altera.
d) Errada. A oferta monetária é exógena; por isso, um aumento na produção não é correspondi-
do imediatamente por um aumento exato correspondente automático na quantidade de moeda.
e) Errada. De acordo com a teoria quantitativa da moeda, a inflação é um fenômeno monetário
causado pelo excesso de oferta da moeda na economia.
Letra a.

027. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2015) Determinado investidor, após ter comprado títulos públi-


cos prefixados, soube, de antemão, com 100% de certeza, que o Banco Central subirá a taxa
Selic no dia seguinte. Nesse caso, a melhor opção desse investidor é
a) vender dólar antes da decisão do Banco Central, pois a alta de juros deverá levar a uma apre-
ciação do real frente ao dólar.
b) comprar mais títulos públicos antes da decisão do Banco Central, pois o preço dos mesmos
irá subir com a alta de juros.
c) não fazer nada, pois o preço dos títulos públicos não possui relação alguma com a taxa de
juros determinada pelo Banco Central.
d) vender os títulos públicos prefixados antes da decisão do Banco Central, pois o preço dos
mesmos irá cair com a alta de juros.
e) comprar dólar, pois a alta da taxa de juros deverá levar a uma depreciação do real em relação
ao dólar americano.

Vamos analisar as alternativas e marcar a correta.


a) Errada. Faz sentido, mas; não foi dito no enunciado que o investidor tinha moeda estrangeira.
b) Errada. Ocorre o inverso, ou seja, os títulos perdem valor com a alta dos juros.
c) Errada. A taxa de juros possui uma relação inversa com o preço desses títulos.
d) Certa. Sim, o investidor deve vender os títulos públicos prefixados antes de caírem com su-
bida dos juros.
e) Errada. Se o investidor comprar dólar, perderá com sua tendência de queda.
Letra d.

028. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015-ADAPTADA) Há uma íntima relação entre as


políticas fiscal, monetária e cambial, de maneira que vários regimes de política econômica
podem surgir, a depender do instrumento principal escolhido para manter estabilizada a eco-
nomia de um país. Sobre o caso do Brasil, nos anos 2000, Julgue:

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A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o Banco Central reduza a taxa de juros
básica, de sorte a não sobrecarregar as contas públicas com elevados serviços de juros da
dívida pública.

Essa exigência não existe na LRF; além disso, não cabe ao BACEN atuar no âmbito da Política
Fiscal, mas na Política Monetária. Note que, quando o COPOM (e não o BACEN) reduz a taxa de
juros básica da economia (SELIC), o objetivo é aumentar a liquidez da economia e não reduzir
o custo da dívida pública.
Tenha em mente que a principal função da política monetária é manter a estabilidade dos pre-
ços e atingir a meta de inflação, mesmo com taxas de juros ficando maiores do que o governo,
os empresários, o BACEN e a população gostariam.
Errado.

029. (FCC/TCE-AM/AUDITOR/2015) Em uma economia aberta com taxas de câmbio flutu-


antes, há uma massiva entrada de capitais. Nesse caso, a taxa de juros que é fixada pelo
Banco Central
a) permanece inalterada.
b) desce.
c) sobe.
d) depende da instância da política fiscal.
e) independe da decisão do Banco Central.

Nessa questão, a banca cobrou o conhecimento acerca da relação entre a política monetária
e o regime cambial de um país. Tenha em mente que, em um país que usa o regime de câmbio
flutuante, a política monetária e, consequentemente, a taxa de juros, que é fixada pelo BACEN,
não são influenciadas pela política cambial.
Letra a.

030. (FCC/MANAUSPREV/ECONOMISTA/2015-ADAPTADA) Há uma íntima relação entre as


políticas fiscal, monetária e cambial, de maneira que vários regimes de política econômica
podem surgir, a depender do instrumento principal escolhido para manter estabilizada a eco-
nomia de um país. Sobre o caso do Brasil, nos anos 2000, Julgue:
A política monetária deve perseguir metas de taxa de câmbio para melhorar o rendimento do
nosso setor exportador, enquanto cabe à política fiscal conceder empréstimos subsidiados ao
setor privado nacional e internacional.

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Tenha em mente que o foco da Política Monetária é cumprir a meta de inflação. No tocante
ao câmbio, outros fatores internos também influenciam, como o desempenho da economia
nacional, e fatores externos, como o desempenho da economia mundial e o nível das taxas de
juros internacionais.
Errado.

031. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR/2015) Uma das características principais do Re-


gime de Metas de Inflação é que
a) aumenta a transparência da política monetária por meio da comunicação com o público e
o mercado.
b) a estabilidade dos preços não deve ser o único objetivo da política monetária, que deve pro-
curar um equilíbrio entre estabilidade e emprego.
c) somente os agregados monetários e a taxa de câmbio devem ser levados em conta ao es-
tabelecer os instrumentos para o alcance da meta.
d) a meta não deve ser divulgada publicamente.
e) diminui a responsabilidade do Banco Central com o alcance da meta, uma vez que ela será
compartilhada com outras esferas de governo.

Uma das maiores motivações da adoção do regime de metas para a inflação é o aumento da
transparência da política monetária por meio da comunicação com o público e o mercado. Afi-
nal, ao aumentar a transparência da política monetária, os agentes econômicos sabem o que
esperar desta e conseguem tomar suas decisões com menos incerteza sobre o futuro.
Ao estabelecer uma meta publicamente, sabe-se, de antemão, como a política monetária se
comportará e qual a taxa esperada de variação dos preços.
Letra a.

032. (VUNESP/PREFEITURA-SP/AUDITOR/2015) A Curva de Phillips relaciona a inflação ao


desemprego. Através dela, descobre-se que é possível manter um nível de desemprego baixo
se for praticada uma taxa de inflação alta. Essa afirmação está
a) correta, mas o custo político de manter uma inflação alta inviabiliza essa política.
b) correta, mas na prática o efeito social disso se anularia, porque os salários reais diminuiriam
muito com a inflação alta.
c) errada, porque a Curva de Phillips foi elaborada originalmente na Inglaterra, não se aplicando
ao caso brasileiro.
d) errada, porque uma inflação mais alta desvalorizaria o câmbio, aumentando o desemprego.
e) errada, porque os agentes se ajustariam a um nível de inflação constantemente alto, o desem-
prego só diminuiria temporariamente, quando houvesse um aumento inesperado da inflação.

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Repare que a afirmação do enunciado poderia estar certa ou errada, a depender de a qual Cur-
va de Phillips está se referindo.
A Curva de Phillips de longo prazo mostra exatamente isto: não se consegue manter o desem-
prego constantemente abaixo do nível natural porque os agentes se ajustam à maior inflação.
O que ocorre é que, no longo prazo, a economia tende à taxa natural de desemprego. Se o
governo quiser estimular a demanda agregada, terá de gerar inflação para reduzir a taxa de
desemprego.
No momento posterior, acostumados a esta taxa de inflação, a economia somente se expandi-
rá novamente ao custo de ainda mais inflação.
Letra e.

033. (IADES/FUNPRESP/ANALISTA/2014) Os economistas definem inflação como o au-


mento generalizado e contínuo no nível geral de preços. Quando a inflação é constante, isto é,
sem aceleração inflacionária, e decorre de mecanismos de indexação presentes na economia,
é correto afirmar que se trata de
a) inflação de demanda.
b) inflação de custos.
c) inflação de oferta.
d) deflação.
e) inflação inercial.

A inflação inercial é aquela que tem sua causa no efeito psicológico dos agentes, quando acre-
ditam na elevação dos níveis de preço e agem de tal modo que a inflação de fato se concretize.
Em outras palavras, está relacionada às expectativas dos agentes e à sua memória inflacioná-
ria, presente em economias com preços indexados.
Pode-se dizer, ainda, que é a aquela em que a inflação presente é uma função da inflação pas-
sada. Sua causa é, portanto, a inércia inflacionária – resistência que os preços de uma econo-
mia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causas primárias da inflação.
Em suma, seu grande vilão é a “indexação”, que é o reajuste do valor das parcelas de contratos
pela inflação do período passado.
Letra e.

034. (CONSULPLAN/MAPA/ ECONOMISTA/2014) Leia o texto:


“Uma das correntes que estudaram a inflação nos países subdesenvolvidos, como o Brasil,
a dos pensadores econômicos intitulados de ‘estruturalistas’, em particular os vinculados à
Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), defendem a tese de que nos ‘países sub-

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desenvolvidos, com uma grande participação da agricultura no produto total, desejam indus-
trializar-se rapidamente e, para isso, precisam de rodovias, portos, hidroelétricas, usinas side-
rúrgicas e polos petroquímicos. Faltam recursos, como tecnologia, mão de obra especializada
e capital’. Desse modo, segundo os estruturalistas, o processo inflacionário desses países
teria particularidades próprias, derivadas de problemas estruturais de suas economias. Assim,
inflação e desenvolvimento econômico seriam interdependentes e aquela deveria, portanto,
ser analisada em uma perspectiva de longo prazo”.
Com base no texto anterior, assinale a alternativa que apresenta uma ideia diferente da defen-
dida pelos “estruturalistas” como sendo diagnóstico de causa e efeito do binômio – inflação e
subdesenvolvimento – ocorridos nos países do terceiro mundo.
a) Escassez de divisas.
b) Poupança insuficiente.
c) Oferta elástica dos gêneros alimentícios.
d) Escassez de mão de obra especializada e sindicatos fortes.

Podemos ver claramente no texto que, segundo os estruturalistas, o processo inflacionário dos
países menos desenvolvidos tem particularidades próprias, derivadas de problemas estrutu-
rais de suas economias, especialmente da falta de infraestrutura e de recursos, como tecnolo-
gia, mão de obra especializada e capital.
Assim, a única alternativa que destoa dessa linha de raciocínio é a que se refere à elasticidade
da oferta de gêneros alimentícios.
Letra c.

035. (CETRO/ISS-SP/AUDITOR/2014) Leia o trecho abaixo.


“O multiplicador dos meios de pagamento depende, basicamente, de dois parâmetros.
O primeiro é um parâmetro comportamental, ou seja, ele está ligado ao comportamento das
pessoas com relação a seus recursos líquidos: que parcela deles as pessoas, em média, man-
têm em papel-moeda e que parcela deixam em depósito à vista nos bancos comerciais.
O segundo é um parâmetro que depende tanto da decisão dos bancos comerciais quanto a
seus encaixes, quanto do Banco Central, no que diz respeito aos critérios que regulamentam
os encaixes compulsórios dos bancos comerciais.”
(PAULANI, Leda Maria; BRAGA, Márcio Bobik. A nova contabilidade social. São Paulo: Editora
Atlas, 2000. p. 199).
Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.
a) Se o público mantiver 68% dos recursos líquidos sob a forma de depósitos à vista e os en-
caixes totais dos bancos comerciais representarem 32% do total de seus depósitos, o multipli-
cador bancário será de 9,76.

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b) O multiplicador bancário será de 3,3 caso o público mantenha 90% de seus recursos em
depósitos à vista e os bancos mantiverem reservas de 27% do total de seus depósitos.
c) Se o público mantiver 35% dos seus recursos em depósitos à vista e os bancos mantiverem
reservas de 65% do total de seus depósitos, o multiplicador bancário será de 1,14. Caso o Ban-
co Central deseje expandir os meios de pagamento em circulação na economia, poderá elevar
o percentual de encaixes compulsórios.
d) Caso o público mantenha 50% de seus recursos líquidos sob a forma de depósitos à vista
e os encaixes totais dos bancos comerciais representarem 20% do total de depósitos, cada
unidade monetária, a mais, de base monetária, dá origem a 1,67 unidade monetária adicional
de meios de pagamento.
e) Quanto maior for a relação encaixe total dos bancos comerciais como proporção dos depó-
sitos à vista nos bancos comerciais, maior será o multiplicador bancário.

Vamos fazer contas!


a) Errada.
Se d=0,68 (logo, c=0,32) e r=0,32, então:
K = 1 / (c + r.d)
K = 1 / (0,32 + 0,32.0,68)
K = 1,86
b) Errada.
Se d=0,90 (logo, c=0,10) e r=0,65, então:
K = 1 / (c + r.d)
K = 1 / (0,10 + 0,65.0,90)
K = 1,45
c) Errada.
Se d=0,35 (logo, c=0,65) e r=0,65, então:
K = 1 / (c + r.d)
K = 1 / (0,65 + 0,65.0,35)
K = 1,14
Entretanto, a elevação da taxa de depósitos compulsórios não elevará os meios de pagamento.
Isso torna a alternativa errada.
d) Certa.
Se d=0,50 (logo, c=0,50) e r=0,20, então:
K = 1 / (0,50 + 0,20.0,50)
K = 1 / (0,60)
K = 1,67

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e) Errada. Conforme estudamos, quanto maior for a relação encaixe total dos bancos comer-
ciais como proporção dos depósitos à vista nos bancos comerciais, menor será o multiplica-
dor bancário.
Letra d.

036. (CETRO/ISS-SP/AUDITOR/2014) Quanto ao sistema financeiro e ao multiplicador ban-


cário, assinale a alternativa correta.
a) No balanço estilizado do Banco Central, os títulos públicos federais estão lançados
como passivo.
b) Quando uma empresa desconta duplicatas em um banco comercial e recebe o valor des-
contado em sua conta corrente, não há nem destruição nem criação de moeda. Há apenas
deslocamento de saldos monetários.
c) Depósitos à vista e depósitos a prazo são lançados nas contas do Ativo no balancete con-
solidado dos bancos comerciais.
d) Quando a quantidade de depósitos à vista, em relação ao total de meios de pagamento, é
aumentada, dada uma quantidade de reservas bancárias em relação ao total de depósitos à
vista, maior será o multiplicador monetário.
e) As operações de redesconto servem basicamente para determinar qual será a massa de
recursos que ficará disponível para os bancos comerciais emprestarem.

a) Errada. Os chamados “títulos públicos federais” integram o Ativo do BACEN, sendo, em re-
gra, títulos que o BACEN comprou do Tesouro Nacional para negociar no mercado.
b) Errada. Quando se desconta uma de duplicata, não ocorre criação de moeda.
c) Errada. Tais depósitos constituem-se em obrigações dos bancos comerciais perante os do-
nos dos recursos depositados, integrando o Passivo dos bancos comerciais.
d) Certa. Se o coeficiente “d” (DV/M1) aumenta, o multiplicador logicamente aumenta.
e) Errada. O termo “redesconto” define uma operação de empréstimo do BACEN aos bancos
comerciais. Mas, na verdade, nem todo o seu montante converte-se em recursos disponíveis
para os bancos comerciais efetuarem operações de crédito.
Letra d.

037. (CEPERJ/SEFAZ-RJ/OFICIAL CONTROLE INTERNO/2013) A soma do papel-moeda em


poder do público com os depósitos à vista nos bancos comerciais denomina-se:
a) quase-moeda
b) reserva de valor
c) unidade de conta
d) multiplicador
e) meios de pagamento

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Vamos relembrar a fórmula:


PMPP + DV = M1

O que é mesmo M1?

M1 é o mesmo que meios de pagamento.


Letra e.

038. (IADES/SUDAM/ECONOMISTA/2013) No regime de metas de inflação, o Banco Central


se compromete a manter a inflação dentro de certo intervalo de confiança. Partindo-se de uma
situação onde os índices de inflação caminham para ultrapassar o intervalo superior, assinale
a alternativa correta com relação ao que poderá proporcionar um maior aumento na velocidade
de crescimento dos preços.
a) Um aumento nos encaixes compulsórios dos bancos comerciais.
b) Um aumento na taxa de redesconto.
c) Uma redução na taxa Selic.
d) A emissão de títulos públicos.
e) Uma redução na oferta de moeda.

Questão relacionada à Política Monetária, que representa a atuação das autoridades monetá-
rias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de se controlar a
liquidez global do sistema econômico e seus efeitos na inflação.
Das alternativas apresentadas, apenas uma redução da taxa Selic geraria aumento de inflação,
já que estimula as pessoas a gastarem mais e a se endividarem, e o custo desse consumo/
endividamento fica menor, gerando aumento no consumo da economia devido ao aumento da
demanda geral,e, consequentemente, o aumento no nível geral de preços (inflação).
Letra c.

039. (VUNESP/PREFEITURA-SJC/ANALISTA/2012) Uma alta de preço do aço no merca-


do internacional provocou um reajuste interno de 15% no setor siderúrgico nacional. Tal fato
pode acarretar
a) desinflação.
b) inflação inercial.
c) inflação de custos.
d) inflação de demanda.
e) hiperinflação.

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A literatura econômica divide os processos inflacionários em basicamente três tipos: inflação


de custos, inflação de demanda e inflação inercial.
O conceito de inflação está associado a uma alta generalizada no nível de preços da economia,
razão pela qual o examinador utiliza o termo “pode acarretar”; afinal, a alta do preço do aço e o
consequente reajuste no setor siderúrgico nacional podem não impactar de forma significativa
o nível generalizado de preços da economia.
De qualquer forma, o setor siderúrgico abastece de insumos diversos setores da economia na-
cional. Esses diversos setores vão ter um impacto de 15% no preço de um dos seus principais
insumos, o que caracteriza uma queda na sua possibilidade de produção.
Uma queda na possibilidade de produção restringe a capacidade de oferta de mercado, e a
consequência é uma alta nos preços. Quando isso ocorre, chamamos de inflação de custos.
Letra c.

040. (VUNESP/PREFEITURA-SJC/ANALISTA/2012) Analise as afirmativas a seguir:


I – Se os preços dos bens e serviços se elevam apenas durante certo período de tempo, esta-
bilizando-se em seguida, caracteriza-se um processo inflacionário crônico.
II – Após um conjunto de medidas governamentais destinadas a incentivar a construção civil,
os preços dos materiais de construção se elevaram bastante. Tal situação, tomada isolada-
mente, é suficiente para caracterizar um processo inflacionário.
III – Se a balança comercial de um país representa, de um lado, as receitas e de outro, as des-
pesas e, considerando-se que as transações com o exterior são normalmente efetuadas em
divisa estrangeira, pode-se afirmar que a inflação interna do país não tem nenhuma influência
sobre ela.
Pode-se afirmar que
a) I, II e III estão corretas.
b) I, II e III estão incorretas.
c) somente I e II estão corretas.
d) somente II e III estão incorretas.
e) somente III está incorreta.

Vamos analisar as afirmativas e marcar a alternativa correspondente:


I – Errada. Se os preços dos bens e serviços se elevam apenas durante certo período, estabi-
lizando-se em seguida, caracteriza-se um processo inflacionário crônico.
Por crônico, entende-se algo de longa duração, que dura muito tempo. Um processo inflacio-
nário crônico é uma alta contínua no nível de preços da economia. Dessa forma, uma elevação

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pontual do nível de preços com estabilização em seguida não pode ser considerada um pro-
cesso inflacionário crônico.
II – Errada. Após um conjunto de medidas governamentais destinadas a incentivar a constru-
ção civil, os preços dos materiais de construção se elevaram bastante. Tal situação, tomada
isoladamente, é suficiente para caracterizar um processo inflacionário.
Um processo inflacionário é uma alta generalizada no nível de preços. Altas de preços em se-
tores isolados da economia não constituem, por si só, um processo inflacionário. No caso da
afirmação acima, uma alta de preços apenas no setor da construção civil não constitui uma
perda generalizada do poder de compra da moeda.
III – Errada. Se a balança comercial de um país representa, de um lado, as receitas e de outro,
as despesas e, considerando-se que as transações com o exterior são normalmente efetua-
das em divisa estrangeira, pode-se afirmar que a inflação interna do país não tem nenhuma
influência sobre ela.
A balança comercial influencia a inflação interna e é influenciada por ela. A inflação interna
pode influenciar a balança comercial de uma economia porque altera a taxa de câmbio real. Se
a taxa nominal de câmbio está constante e a inflação é nula, a ocorrência de inflação interna
fará com que o câmbio esteja cada vez mais apreciado em termos reais, tornando as importa-
ções mais baratas e as exportações mais caras para os estrangeiros.
Portanto, I, II e III estão incorretas.
Letra b.

041. (FUNDAÇÃO-DOM-CINTRA/ISS-BH/AUDITOR/2012) Uma economia, num certo perío-


do, apresentou as informações a seguir enumeradas.
C = 40 + 0,80Y
I – = 100 – 110i
G = 80
Ms = 380
Mt = 0,4Y
Me = 160 – 220i
Onde Ms é a oferta de moeda, Mt é a demanda transacional e precaucional de moeda e Me é a
demanda especulativa de moeda.
Verifica-se que o nível da demanda especulativa da moeda corresponde a:
a) 45
b) 50
c) 55
d) 60
e) 65

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A ideia básica é que o equilíbrio da economia acontece quando há equilíbrio no mercado de


bens e no mercado monetário.
Vamos ver, algebricamente falando, cada um destes equilíbrios:
Mercado de bens:
Y=C+I+G
Y = (40 + 0,8Y) + (100 – 110i) + 80
0,2Y + 110i = 220 (multiplicando tudo por 5)
Y + 550i = 1100 (1)
Mercado monetário:
Ms = Mt + Me –> (oferta de moeda = demanda de moeda; onde a demanda de moeda é a soma
das demandas transacional, precaucional e especulativa)
380 = 0,4Y + (160 – 220i)
0,4Y – 220i = 220 (multiplicando tudo por 2,5)
Y – 550i = 550 (2)
Agora estamos diante de um sistema de duas equações (1) e (2) e duas variáveis (Y e i).
Vamos resolver:
Y = 825
i = 0,5
Ao substituir o valor de i=0,5 na demanda especulativa, temos:
Me = 160 – 220i
Me = 160 – 220.0,5
Me = 50
Letra b.

042. (VUNESP/PREFEITURA-SJC/ANALISTA/2012) A Curva de Phillips estabelece uma re-


lação entre
a) oferta agregada e demanda agregada.
b) taxa de inflação e desemprego.
c) renda e taxa de juros.
d) consumo e renda.
e) investimento e taxa de juros.

A curva de Phillips advém de uma formulação teórica que foi feita em cima do trabalho do
economista britânico A. Phillips em 1958, que percebeu uma relação inversa entre a taxa de
desemprego e o valor dos salários nominais no Reino Unido num período de quase 100 anos.
Durante o período analisado, a percepção foi de que, quando o desemprego era alto, a inflação
(salários nominais) era baixa, e o inverso era válido.
Vejamos, ainda, a definição de Blanchard em Macroeconomia:

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“Essa relação, que Samuelson e Solow batizaram de curva de Phillips, rapidamente se tornou fun-
damental para o pensamento macroeconômico e a política macroeconômica. Ela parecia implicar
que os países poderiam escolher entre combinações diferentes de desemprego e inflação. Um país
poderia alcançar um desemprego baixo se estivesse disposto a tolerar uma inflação mais alta, ou
poderia atingir a estabilidade do nível de preços – inflação zero – se estivesse disposto a tolerar um
desemprego mais alto. Muito da discussão sobre política macroeconômica tomou-se uma questão
relativa a qual ponto escolher sobre a curva de Phillips”.
Letra b.

043. (VUNESP/PREFEITURA-SJC/ANALISTA/2012) É (são) política(s) monetária(s) contra-


cionista(s):
I – aumento da taxa de redesconto;
II – compra de títulos no mercado aberto pelo Banco Central;
III – redução do depósito compulsório.
Está correto o contido em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

I – Certa. Aumento da taxa de redesconto.


O redesconto é o empréstimo de assistência de liquidez que o Banco Central concede aos
bancos comerciais; logo, quanto maior a taxa de redesconto, mais cautelosos serão os bancos
na sua política de crédito para que diminua o risco de ter de recorrer ao redesconto. Assim,
aumento na taxa de redesconto causa contração nos meios de pagamento.
II – Errada. Compra de títulos no mercado aberto pelo Banco Central.
É o contrário. Quando o Banco Central compra títulos no mercado aberto, ele o faz em troca de
moeda, para efetuar a compra de títulos, e a autoridade monetária injeta liquidez na economia,
naquilo que chamamos de política monetária expansionista.
III – Errada. Redução do depósito compulsório.
É o contrário. O depósito compulsório é o percentual dos depósitos à vista captados pelo ban-
co que este deve recolher junto ao Banco Central. Quanto menor a taxa de depósito compulsó-
rio, mais recursos disponíveis os bancos terão para emprestar, o que gera uma expansão dos
meios de pagamento. Assim, uma redução do depósito compulsório é uma política monetária
expansionista.
Letra a.

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044. (CONSULPLAN/PREF. LONDRINA/ECONOMISTA/2011) De acordo com a Teoria Quan-


titativa da Moeda, pode-se afirmar que:
a) A produção de bens e serviços da economia (Y) é determinada principalmente pela oferta de
fatores e pela tecnologia disponível. Como a moeda é neutra, ela não afeta a produção.
b) A velocidade da moeda varia bastante ao longo do tempo.
c) Como a velocidade varia muito, quando o Banco Central de um país altera a quantidade de
moeda (M), ele não altera o valor nominal da produção, ou seja, o nível de preço.
d) A quantidade de moeda disponível na economia determina o valor da moeda e a redução na
quantidade de moeda é a causa primeira da inflação.
e) Como a economia se encontra, em geral, abaixo do pleno emprego, o aumento da oferta
monetária não gera inflação.

Vamos analisar as alternativas e escolher a correta.


a) Certa. Na verdade, a moeda é neutra. O que vale mesmo, no modelo clássico, é que a produ-
ção de bens só pode ser aumentada em função do aumento dos fatores de produção ou pela
evolução tecnológica para aumentar a produtividade dos fatores de produção existentes.
b) Errada. Essa velocidade não varia; mas, sim, os preços são afetados no curto prazo.
c) Errada. O aumento na oferta de moeda (M) impacta no nível de preços (P).
d) Errada. Aqui o examinador “inverteu as bolas”, ou seja, a inflação é gerada pelo aumento na
quantidade de moeda e não o inverso.
e) Errada. A primeira das três suposições inerentes à Teoria Clássica é a do pleno emprego
na economia, ou seja, a economia deve estar em pleno emprego dos fatores de produção, ou
seja, não existe ociosidade dos fatores de produção (terra, capital e trabalho).
Letra a.

045. (VUNESP/SAP-SP/ANALISTA/2011) Os índices de inflação no Brasil variam principal-


mente em função das metodologias utilizadas no cálculo da variação de preços ao consumi-
dor e período de coleta de dados. O índice oficial do governo federal para medição das metas
inflacionárias no acordo com o Fundo Monetário Internacional é o
a) INPC.
b) IGP-M.
c) IPCA.
d) INCC.
e) IPC.

O Brasil adota, desde 1999 (época do acordo com o FMI), o regime de metas de inflação e que
deve ser o objetivo máximo do Banco Central, a autoridade monetária. Nesse regime, o con-

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selho monetário nacional fixa uma meta para a taxa de inflação anual com uma margem para
cima e para baixo, que serve para ancorar as expectativas dos agentes acerca de determinada
taxa de inflação. Para essa meta, o índice utilizado é o IPCA (Índice de Preços ao Consumi-
dor Amplo).
Letra c.

046. (UFG/ECONOMISTA-AOF/PREFEITURA DE GOIÂNIA/2012) Segundo o Banco Central


do Brasil, a base monetária, no conceito restrito, é composta
a) pelo montante de moeda emitida e pelas reservas cambiais.
b) pelo montante de moeda emitida e pelas reservas bancárias.
c) pelas reservas compulsórias e as posições de custódia em títulos públicos federais.
d) pelas reservas compulsórias e os depósitos em poupança.

A base monetária é:
M = PP + DV
Onde:
M = Total dos Meios de Pagamento (Oferta de moeda);
PP = Papel-moeda e moedas metálicas em poder do público;
DV = Total dos depósitos à vista nos bancos comerciais.
Lembre-se de que item PP (papel-moeda e moedas metálicas em poder do público) correspon-
de ao conceito de moeda manual.
Por sua vez, o item DV (saldo dos depósitos à vista nos bancos comerciais) equivale ao con-
ceito de moeda escritural (porque não tem forma física, corresponde a registros contábeis nos
bancos comerciais).
Letra b.

047. (FGV/SEFAZ-AP/ARE/2010) Sobre os custos da inflação, assinale a alternativa correta.


a) O custo sola de sapato é associado ao aumento da quantidade de moeda mantida pe-
las pessoas.
b) O custo de menu é associado aos frequentes reajustes de preços.
c) A redistribuição de riqueza entre devedores e credores é tida como um custo social voluntário.
d) As derivadas da inflação são voluntárias.
e) Os custos inflacionários são menos exacerbados sob hiperinflação.

a) Errada. O chamado “custo sola de sapato” é o custo que as pessoas que vivem numa situação
de inflação alta incorrem pelo fato de não quererem ficar com dinheiro em mãos, sendo corroído

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pela inflação. Assim elas vão diariamente ao bando depositar o dinheiro que recebem e que, é
associado à moeda NÃO mantida pelas pessoas.
b) Certa. O chamado “custo de menu” é associado àquelas famosas maquininhas de reajuste
de preços. Era como se a empresa tivesse que elaborar um novo menu todos os dias para po-
der alterar os preços.
c) Errada. A redistribuição de riqueza entre devedores e credores é considerada um custo social
Involuntário, na medida em que os mais ricos normalmente se protegem da inflação via inde-
xação, ao contrário dos mais pobres. Logo, a alternativa “c” está errada.
d) Errada. Essa alternativa está incorreta devido à involuntariedade das derivadas da inflação.
e) Errada. Na hiperinflação (inflação em seus maiores níveis) os custos inflacionários são os
mais exacerbados.
Letra b.

048. (CONSULPLAN/CORECON-BA/ECONOMISTA-FISCAL/2008) Para o equilíbrio do lado


monetário pela teoria clássica, a velocidade-renda da moeda é:
a) Crescente a taxas decrescentes com a taxa de juros.
b) Decrescente com a taxa de juros.
c) Crescente com a taxa de juros.
d) Decrescente a taxas crescentes com a taxa de juros.
e) Constante.

De acordo com a Teoria Quantitativa da Moeda, a equação fundamental de que devemos partir é:
M.V = P.Q
Onde:
V – = velocidade da moeda;
P = preços de mercado;
Q = quantidade de produtos transacionada na economia; e
M = Estoque (oferta) de moeda
A multiplicação entre produto real e nível de preços (produto nominal) deve ser igual ao esto-
que de moeda multiplicado pela sua velocidade de circulação.
Entretanto, de acordo com a Teoria Clássica, o produto (Y) e a velocidade da moeda (v) são
constantes no curto prazo, ou seja, uma variação no estoque de moeda (M) gera variação dire-
tamente proporcional no nível de preços (P).
Assim, a Teoria Clássica supõe que “V” é constante.
Letra e.

049. (FAURGS/SEFAZ-RS/AFTE/2006) A relação entre indexação e inflação é explorada na


teoria inercialista da inflação. Segundo esta teoria,

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a) choques de demanda e de custo, como aumento de salários e desvalorizações cambiais,


não podem ser responsáveis pela elevação da inflação.
b) a principal causa da inflação deve-se ao fato de os agentes econômicos formarem suas ex-
pectativas baseados nas trajetórias esperadas de inflação, o que resulta em resistência a sua
queda através de mecanismos convencionais, como o choque ortodoxo.
c) mesmo na ausência de choques, a inflação presente depende da inflação passada, indepen-
dentemente do estado das expectativas.
d) a existência de mecanismos institucionais, como a correção monetária, não pode ser res-
ponsável pela inflação, uma vez que apenas repõe o valor nominal perdido ao longo do tempo.
e) a expansão da oferta de moeda, por hipótese teórica considerada exógena, é a principal
responsável pelo aumento da inflação.

Questão sobre inflação inercial. Lembre-se de que a ideia chave numa economia com inflação
inercial é presença da indexação da economia; em função disso, inflação passada vira inflação
presente e inflação futura.
Letra c.

050. (FCC/TRT-4/ANALISTA/2006) É medida de política monetária ante recessiva:


a) apreciação da moeda nacional.
b) aumento da taxa de redesconto de liquidez.
c) instituição de taxa de câmbio fixa.
d) diminuição da taxa do depósito compulsório.
e) venda de títulos públicos no mercado aberto.

As chamadas políticas econômicas ante cíclicas ou ante recessivas atuam para expandir o
produto agregado. No caso das políticas monetárias expansionistas, atuam basicamente para
elevar a renda via redução da taxa de juros.
Das alternativas elencadas na questão, apenas a “d” caracteriza uma medida de política mo-
netária ante recessiva.
Letra d.

051. (FCC/TCE-CE/AUDITOR/2006) É medida de política monetária que pode ser praticada


pelo Banco Central para expandir os meios de pagamento da economia:
a) venda de títulos em operações de mercado aberto.
b) elevação da taxa de redesconto de liquidez.
c) aumento da oferta de divisas no mercado de câmbio.
d) redução da taxa do depósito compulsório dos bancos.

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e) redução da oferta de crédito ao setor público.

O examinador pede uma medida de política monetária que pode ser praticada pelo Banco
Central para expandir os meios de pagamento da economia, ou seja, aumenta a liquidez da
economia. Nesse sentido, vamos analisar as alternativas e escolher a correta.
a) Errada. Quando o BACEN vende títulos, ele reduz a liquidez do mercado.
b) Errada. Quando o BACEN eleva a taxa de redesconto, ele reduz a liquidez do mercado.
c) Errada. Quando o BACEN aumenta a oferta de dólares, ele retira Reais da economia e reduz
a liquidez do mercado.
d) Certa. Reduzindo o compulsório dos bancos, uma proporção maior de dinheiro será destina-
da a novos empréstimos, aumentando a liquidez da economia.
e) Errada. O BACEN não empresta dinheiro ao setor público. Além disso, uma redução de oferta
de crédito reduz a liquidez.
Letra d.

052. (FCC/BACEN/ANALISTA/2006) Numa determinada economia, os encaixes totais man-


tidos pelo sistema bancário representam 4/10 do total de seus depósitos à vista em conta
corrente. Se a população desse país mantiver 1/5 dos meios de pagamentos na forma de mo-
eda manual, um aumento de 1.000 na base monetária acarretará um acréscimo, nos meios de
pagamento, de
a) 1.470
b) 1.923
c) 2.358
d) 3.125
e) 6.250

Veja que o enunciado diz que:


r = 0,4
c = 1/5 dos meios de pagamentos na forma de moeda manual = 0,2
Ora, sabemos que c + d = 1
Se c=0,2; logo: d=0,8

Então, teremos:
m = 1_______
1 – d. (1 – r)
m= 1_______
1 – 0,8 (1 – 0,4)

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m = 1,923
Como a base monetária é de 1.000, obtemos o seguinte valor:
1.000 x 1,923 = 1.923
Letra b.

053. (UFG/PREF. GOIÂNIA/ECONOMISTA-AOF/2006) De acordo com a teoria quantitativa da


moeda, a emissão monetária em excesso
a) reduz o nível de preços da economia.
b) eleva o nível de preços da economia.
c) aumenta o poder aquisitivo da moeda.
d) aumenta a produtividade do trabalho.

Emitir moeda, em regra, gera inflação. Senão, era só o BACEN emitir moeda suficiente para o
Brasil quitar suas dívidas interna e externa e a maioria dos problemas brasileiros estava resol-
vido, mas a geração de inflação impede uma solução tão simples.
Letra b.

054. (UFG/ECONOMISTA-AOF/PREFEITURA DE CATALÃO/2006) É função dos bancos cen-


trais o controle da oferta de moeda de um país. Para diminuir a oferta de moeda em circulação,
um Banco Central
a) reduz a taxa de depósito compulsório dos bancos comerciais, compra títulos do governo e
diminui a taxa de redesconto bancário.
b) aumenta a taxa de depósito compulsório, vende títulos do governo e diminui a taxa de re-
desconto bancário.
c) aumenta a taxa de depósito compulsório, vende títulos do governo e aumenta a taxa de re-
desconto bancário.
d) reduz a taxa de depósito compulsório, vende títulos do governo e diminui a taxa de redes-
conto bancário.

Para reduzir a oferta de moeda, ou seja, para reduzir a liquidez da economia como um todo, o
BACEN atua aumentando a taxa de depósito compulsório, vendendo títulos do governo e au-
mentando a taxa de redesconto bancário.
Letra c.

055. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) O Banco Central exerce papel estratégico no equi-


líbrio dos mercados financeiros ao interferir na oferta e demanda por moeda. Os fatores que

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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afetam a oferta ou a demanda de moeda de um país estão entre os principais determinantes


da taxa de câmbio. A esse respeito, julgue:
A demanda por moeda depende, positivamente, do nível de transações econômicas e, negati-
vamente, da taxa de juros real.

Dentre as três razões que levam as pessoas a demandarem moeda, a primeira delas é a deman-
da de moeda para transações. O “Motivo-Transação” nos revela que os indivíduos precisam de
dinheiro para suas transações do dia a dia, para alimentação, transporte, pequenas despesas,
dentre outros. Assim, existe uma necessidade de os indivíduos portarem moeda para realizar
seus negócios diários. As empresas também necessitam manter recursos em caixa para cum-
prir seus compromissos empresariais habituais.
No “Motivo-Precaução”, o público e as firmas precisam ter certa reserva monetária para fazer
face a pagamentos imprevistos, ou atrasos em recebimentos esperados. Os agentes econô-
micos lidam com a incerteza; dessa forma, necessitam ter reservas para enfrentar tais acon-
tecimentos.
Quando ao terceiro motivo que leva as pessoas a demandarem moeda, denominado Motivo-
-Especulação ou Portifólio, note que existe uma relação inversa entre demanda por moeda
para especulação e a taxa de juros. Assim, quanto maior a taxa de juros, menos as pessoas
vão querer deixar dinheiro “parado”, e, quanto menor for a taxa de juros, mais as pessoas vão
querer deixar dinheiro “parado”.
Certo.

056. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) O Banco Central exerce papel estratégico no equi-


líbrio dos mercados financeiros ao interferir na oferta e demanda por moeda. Os fatores que
afetam a oferta ou a demanda de moeda de um país estão entre os principais determinantes
da taxa de câmbio. A esse respeito, julgue:
As operações de mercado aberto contracionistas levam a uma diminuição do preço dos títulos
e a um aumento da taxa de juros.

Dentre os instrumentos de política monetária, temos: os títulos públicos (operações de mer-


cado aberto), as reservas (encaixes) compulsórias e a Política de Redesconto, além da própria
taxa de juros básica (SELIC).
Enquanto as operações com títulos públicos afetam diretamente os seus preços, as medidas
que mexem nas reservas/nos encaixes compulsórios e no redesconto impactam indiretamen-
te na taxa de juros, já que ao influenciarem na liquidez (quantidade ofertada de dinheiro) do
mercado, indiretamente afetam a taxa de juros que nada mais é do que o preço do dinheiro.
As principais medidas de política monetária contracionistas são:

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1- aumentar a taxa básica de Juros (Selic);


2- aumentar as reservas/os encaixes(depósitos) compulsórios;
3- aumentar a taxa de redesconto;
4- vender (emitir) títulos públicos”.
Certo.

057. (CESPE/FUB/ECONOMISTA/2018) Julgue o item que se segue, a respeito dos agrega-


dos monetários.
A base monetária se expande quando, por exemplo, há ampliação das reservas internacionais
e venda de títulos públicos pelo Banco Central.

Na verdade, a base monetária se expande quando, por exemplo, ocorre o aumento das reser-
vas internacionais e a compra de títulos públicos pelo Banco Central.
Perceba que, quando o BACEN vende títulos públicos, acaba retirando papel-moeda da econo-
mia e a base monetária se contrai. Quando o BACEN aumenta suas reservas internacionais,
ele troca moeda nacional por moeda estrangeira, ele coloca em circulação mais moeda nacio-
nal, gerando um aumento na Base Monetária, e, em contrapartida, retira moeda estrangeira de
circulação da economia.
Errado.

058. (CESPE/TCE-MG/ANALISTA/2018) A respeito de agregados econômicos e monetários,


assinale a opção correta.
a) Um aumento do nível de preços reduzirá a demanda por moeda.
b) Aumentar a taxa de juros dos títulos públicos do tesouro nacional reduzirá a demanda
por moeda.
c) O multiplicador monetário é igual à razão entre a base monetária e os meios de pagamento.
d) Alterar o compulsório sobre depósitos à vista implicará a criação de moeda.
e) Um aumento do PIB real reduzirá a demanda por moeda.

Tenha em mente que, como a demanda por moeda varia inversamente com a taxa de juros,
quanto maior for a taxa de juros dos títulos, maior será o prêmio para que o agente econômico
abra mão de liquidez e adquira estes títulos. Seguindo essa premissa, aumentar a taxa de juros
(remuneração) destes títulos faz com que eles sejam mais atrativos e os agentes abram mão
de moeda para adquiri-los.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Um aumento do nível de preços faz aumentar a demanda por moeda, já que os agen-
tes passam a necessitar de mais moeda para comprar a mesma cesta de bens e serviços.

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b) Certa. O aumento da taxa de juros dos títulos públicos do tesouro nacional reduz a demanda
por moeda.
c) Errada. É o inverso, ou seja, o multiplicador monetário (m) é a razão entre meios de paga-
mento e base monetária.
d) Errada. Pode tanto criar como destruir. Além disso, a alternativa “d” não especifica a direção
da alteração. Perceba que, se houver elevação do compulsório sobre os depósitos à vista, cairá
o efeito do multiplicador de moeda.
e) Errada. Na verdade, a demanda por moeda varia diretamente com a renda. Quanto maior
o PIB, maior será a demanda dos agentes econômicos por moeda para aquisição de bens
e serviços.
Letra b.

059. (CESPE/CAGE-RS/AUDITOR/2018) Uma economia tem as seguintes características


monetárias:
Papel-moeda em poder do público: 300 unidades;
reserva bancária: 100 unidades;
depósitos à vista em bancos comerciais: 2.000 unidades.
Nessa economia, o valor do multiplicador monetário é igual a
a) 5,75.
b) 3,75.
c) 4,25.
d) 4,75.
e) 5,25.

Lembre-se de que o multiplicador monetário (m) pode ser obtido pela razão entre meios de
pagamento no sentido estrito (M1) e a base monetária (B):
M =M1 / B
Lembrando que a base monetária (B) é dada pela soma entre papel-moeda em poder do públi-
co e reservas bancárias e que o M1 é dado pela soma entre papel-moeda em poder do público
e depósitos à vista.
Então, vamos calcular o multiplicador:
m=PMPP+DV / PMPP+R
m=300+2.000 / 300+100
m=2.300 / 400
m=5,75
Letra a.

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060. (CESPE/MRE/DIPLOMATA/2016) A respeito de teoria monetária e política monetária,


julgue o item a seguir.
Na atualidade, para que uma moeda seja aceita como meio de troca, o país que a emite deve
ter reservas em ouro em quantidades suficientes, de acordo com o denominado padrão-ouro.

Lembre-se de que acabou o padrão-ouro!


Na atualidade, o valor é garantido por lei, sendo chamada de moeda “fiduciária” (“fidúcia” signi-
fica “confiança”), ou seja, hoje predomina a chamada moeda “de curso forçado”.
Errado.

Como diria Pablo Picasso:

“Apenas deixe para amanhã o que você está disposto a morrer tendo deixado de fazer”.

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Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com

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GABARITO
1. E 37. e
2. C 38. c
3. b 39. c
4. e 40. b
5. d 41. b
6. d 42. b
7. C 43. a
8. b 44. a
9. E 45. c
10. a 46. b
11. b 47. b
12. a 48. e
13. C 49. c
14. C 50. d
15. a 51. d
16. E 52. b
17. b 53. b
18. E 54. c
19. c 55. C
20. c 56. C
21. b 57. E
22. a 58. b
23. d 59. a
24. b 60. E
25. b
26. a
27. d
28. E
29. a
30. E
31. a
32. e
33. e
34. C
35. d
36. d

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REFERÊNCIAS
DORNBUSCH, R; FISHER, S.; STARTZ, R. Macroeconomia. 11. ed. São Paulo: Editora MC Graw
H., 2013.

MANKIW, G. Macroeconomia. 8. ed. São Paulo: Editora LTC, 2014.

SAMPAIO, L. Macroeconomia Esquematizada. 3. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2018.

VASCONCELOS, M. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia. 6. ed. São Paulo: Editora


Saraiva, 2019.

VICECONTI, P. V.; NEVES, S. das. Introdução à Economia. 7. ed. São Paulo: Editora Frase, 2005.

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Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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