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Mercado Monetário
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
ECONOMIA
Mercado Monetário
Sumário
Manuel Piñon
Mercado Monetário......................................................................................................................... 3
1. Lado Monetário da Economia.................................................................................................... 3
1.1. Sistema Monetário.................................................................................................................... 4
1.2. Moeda.......................................................................................................................................... 5
1.3. Mercado Monetário................................................................................................................ 10
1.4. Teoria Quantitativa da Moeda.............................................................................................. 29
1.5. Contas do Sistema Monetário.............................................................................................. 30
2. Política Monetária..................................................................................................................... 34
3. Inflação........................................................................................................................................ 37
3.1. Introdução e conceito. . ........................................................................................................... 37
3.2. Inflação de Demanda. . ........................................................................................................... 39
3.3. Inflação de Custo (ou de Oferta)......................................................................................... 39
3.4. Inflação Inercial......................................................................................................................40
3.5. Inflação Monetária. . ...............................................................................................................42
3.6. Inflação Reprimida.................................................................................................................42
3.7. Inflação Estrutural.................................................................................................................42
3.8. Imposto Inflacionário............................................................................................................42
3.9. Receita de Seignorage........................................................................................................... 43
3.10. Efeito Tanzi. . ...........................................................................................................................44
3.11. Curva de Phillips e Equação de Fisher..............................................................................44
3.12. Regime de Metas para Inflação......................................................................................... 45
Resumo............................................................................................................................................. 47
Mapa Mental................................................................................................................................... 55
Questões Comentadas em Aula.................................................................................................. 57
Questões de Concurso...................................................................................................................61
Gabarito............................................................................................................................................88
Referências......................................................................................................................................89
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ECONOMIA
Mercado Monetário
Manuel Piñon
MERCADO MONETÁRIO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo hoje, nesta aula, é dar continuidade ao estudo da macroeconomia e apro-
fundar o nosso conhecimento acerca do lado monetário da economia, com foco no Sistema
Monetário, no mercado monetário e nos instrumentos de controle monetário.
Também vamos conhecer os principais aspectos relacionados à inflação.
“Um homem de sucesso é aquele que cria uma parede com os tijolos que jogaram nele”.
Está lembrado(a)?
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Mercado Monetário
Manuel Piñon
Famílias Empresas
Lembre-se, também, de que os sentidos das setas indicam para onde o fluxo mone-
tário segue.
Na parte de baixo, as famílias recebem dinheiro das empresas por terem oferecido fato-
res de produção. Por outro lado, na parte de cima, as empresas recebem dinheiro por terem
fornecido bens e serviços, produzidos pelas firmas e colocados à disposição dos indivíduos,
estes que, em troca, pagam por esses bens e serviços, gerando a contrapartida monetária
da produção.
Feita a breve revisão do que já vimos até agora em nosso curso, a qual tem relação com a
aula de hoje, chegou a hora de conhecermos mais a fundo o Sistema Monetário e seus princi-
pais componentes.
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Mercado Monetário
Manuel Piñon
4 – Servir de instrumento por meio do qual o Governo possa realizar a Política Monetária,
ou seja, ajustar a quantidade de moeda em circulação às necessidades reais da economia,
produzindo efeitos nos níveis de Produção e, consequentemente, de Renda.
Uma economia de mercado (ou seja, aquela na qual as decisões econômicas sobre “o que
produzir”, “quanto produzir” e “para quem produzir” são tomadas de acordo com o livre jogo de
forças de oferta e de demanda) só pode funcionar adequadamente com a presença da moeda,
já que, sem ela, não é possível dinamizar as trocas de mercadorias e aumentar a eficiência do
sistema econômico.
Imagine: se a moeda não existisse, teríamos que trocar serviços e produtos por outras ser-
viços e produtos... O velho escambo... Isso seria uma loucura!
1.2. Moeda
Amigo(a), o termo “moeda” vai além do papel-moeda e das moedas metálicas, que usa-
mos em nosso dia a dia. Na verdade, quando falarmos em moeda hoje, discutiremos sobre
recursos na forma de depósitos à vista nos bancos comerciais, os depósitos a prazo, as apli-
cações em fundos de investimento, as letras de câmbio etc.
Então, de modo técnico, vamos conceituar como virá, em sua prova, o que vem a ser moeda.
Amigo(a), podemos conceituar “moeda” como todo objeto de aceitação geral, utilizado
na troca de bens e serviços, que tem poder liberatório (ou seja, capacidade de pagamento)
instantâneo.
O PULO DO GATO
Na sua origem a moeda costumava ter seu valor lastreado em ouro, isto é, o Governo apenas
emitia notas e moedas metálicas se detivesse um valor equivalente em ouro (essa era a ideia
do “padrão-ouro”). Entretanto, já faz muito tempo que não existe mais nenhum “lastro” que
garanta o valor material das notas e moedas em circulação. O seu valor é garantido por lei.
Dessa forma, é chamada também de moeda “fiduciária” (“fidúcia” significa “confiança”). Diz-se
que hoje predomina a chamada moeda “de curso forçado”.
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Mercado Monetário
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Acabou o padrão-ouro. Na atualidade o valor é garantido por lei. Dessa forma, também é cha-
mada de moeda “fiduciária” (“fidúcia” significa “confiança”), ou seja, hoje predomina a chama-
da moeda “de curso forçado”.
Errado.
A moeda pode ser também definida como tudo aquilo que a sociedade utiliza para desem-
penhar as três seguintes funções: meio ou instrumento de troca, unidade de conta e reser-
va de valor.
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Logicamente, para que a moeda possa cumprir bem essa função, necessita ter um valor rela-
tivamente estável ao longo do tempo, de modo que o indivíduo que a possua tenha uma ideia
precisa de quanto pode obter em troca. Em épocas de inflação alta, a moeda vai perdendo, ao
longo do tempo, o seu valor real, o que reduz o poder de compra dos indivíduos que a detêm.
De todo modo, considerando o curto prazo, a moeda cumpre satisfatoriamente essa função.
Certo.
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EXEMPLO
Digamos que um agricultor quisesse comprar pão. Ele teria que encontrar um padeiro que
desejasse verduras e, com este, entrar em entendimento para fechar o negócio. Portanto, have-
ria a necessidade de uma dupla coincidência de desejos. Além disso, seria necessário também
que eles entrassem em acordo acerca do valor relativo das duas mercadorias. Quantos pães
valem um 1 kg de chuchu, e vice-versa? Que loucura! Mas a moeda atende plenamente a essa
necessidade.
2- Unidade de conta
Outro uso fundamental se dá pelo fato de a moeda ser amplamente usada para fazer com-
parações entre os valores das diversas mercadorias.
A moeda funciona como um denominador comum, tornando possível somar, por exemplo,
o valor de uma motocicleta com o de uma televisão e com o de uma fazenda, e, ainda, encon-
trar um valor total para esses três bens distintos, expresso num total de unidades monetárias.
Desse modo, a unidade de conta pode ser usada contabilmente.
EXEMPLO
Lembrando daquele exemplo anterior: bastaria que o agricultor soubesse o preço do chuchu
em unidades monetárias e do pão em unidades monetárias, para saber quanto deveria vender
durante a semana ou no mês e o quanto teria disponível, nesse intervalo, em quantidade de
moeda, para adquirir as diversas mercadorias, inclusive o pão que também se encontraria ava-
liado, no mercado, em termos de valores monetários.
3- Reserva de valor
Outro aspecto relevante a destacar é que, na prática, os vendedores das mercadorias acei-
tam a moeda nas suas trocas porque sabem que ela tem aceitação geral; por isso, eles não
terão dificuldade em “transformá-la” novamente nos diversos bens e serviços de que neces-
sitam. Ou seja, a moeda representa um direito que seu possuidor tem sobre as mercadorias.
O indivíduo que recebe moeda não precisa gastá-la imediatamente, podendo guardá-la
para o uso posterior. Isso significa que a moeda serve como reserva de valor. Vamos entender
isso como sendo certo “poder de compra” que pode ser “guardado” para uso futuro.
EXEMPLO
No exemplo do agricultor, os bens que ele oferece no mercado (chuchus) de modo algum pode-
riam cumprir essa função de reserva de valor, devido ao fato de serem perecíveis (não podem
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ser estocados por muito tempo). O agricultor não tem como reservar, guardar seu “poder de
compra” se o mantiver sob a forma de chuchu. Ele, precisa, portanto, converter seus chuchus
rapidamente em moeda, para poder preservar seu poder de compra.
No que diz respeito à sua aceitação a moeda é classificada, sob o ponto de vista da obriga-
toriedade de sua emissão, em: principal, subsidiária e divisionária.
1) Moeda principal ou moeda padrão é a que tem precedência legal sobre as demais.
Goza de livre curso legal ilimitado, sendo aceita unanimemente como meio de pagamen-
to, em determinada área política, sem limite de quantia, exceto no caso de prévia estipulação
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contratual em contrário; é, portanto, a que o devedor pode obrigar seu credor a receber em
pagamento, qualquer que seja a soma.
Seu valor mercantil deve ser idêntico ao monetário e desempenha, também, a função de
fixar o valor das outras moedas, tornando-se a base do sistema.
2) Moeda subsidiária é o valor legal fixado em relação à moeda padrão.
Possui poder liberatório limitado, é cunhada em pequenos valores, destinando-se também
a facilitar as pequenas operações.
Intrinsecamente inferior ao da moeda-padrão, seu valor real é menor que o declarado.
3) Moeda divisionária é a cunhada, ordinariamente, em níquel, cobre, bronze, bronze-alumí-
nio ou alumínio, com valores muito pequenos, fracionários dos da moeda principal ou subsidi-
ária, destinando-se sobretudo a troco, para acertos de preços.
A Oferta de Moeda equivale ao total de meios de pagamento que existem numa economia,
num certo instante do tempo ou, melhor, ao estoque total de moeda (em sentido amplo) que
existe naquele momento.
Fique atento ao fato de que a Oferta de Moeda é uma variável do tipo estoque, ou seja, é
um valor medido num certo instante (estanque) do tempo.
Vale reforçar a diferença entre uma variável do tipo estoque e uma variável do tipo fluxo.
Perceba que algumas outras variáveis que vimos antes, tais como a produção e a renda,
são variáveis medidas ao longo de certo período (intervalo) de tempo, ou seja, são do tipo flu-
xo. Assim, se falamos no PIB, que é uma variável do tipo fluxo, nós nos referimos ao PIB de
certo período, de um certo ano etc. É um “filme”.
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Por outro lado, quando falamos na Oferta de Moeda, estamos pensando no seu valor on-
tem, ou há três dias, ou em 01 de janeiro de 2019 etc., ou seja, é uma variável do tipo estoque.
É uma “foto”.
Vamos agora conhecer o conceito de Base Monetária e alguns conceitos relativos a Meio
de Pagamento. São termos técnicos; por isso, vou apresentá-los em sequência para facilitar
a compreensão.
A Base Monetária (B) é o dinheiro com poder de multiplicação, ou seja, ele é composto
pelo Papel-Moeda em Poder do Público (PMPP) + o volume de reservas mantido pelos bancos
comerciais e pelo BACEN (Encaixes). Entenda o termo “Base” no âmbito da oferta de moeda
como sendo o “montante-base” de moeda da economia emitida pelo BACEN, ou seja, é o pas-
sivo monetário do BACEN.
B = PMPP + Encaixes
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DICA
Em suma:
PMPP = papel-moeda em poder do público
PMC = PMPP + caixa dos bancos comerciais
PME = PMC + caixa do Bacen
A soma do papel-moeda em poder do público com o caixa do banco central é igual ao total de
papel-moeda emitido deduzido do caixa dos bancos comerciais.
Letra e.
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Nas economias modernas, o Governo tem o monopólio da emissão da moeda, por meio das
chamadas Autoridades Monetárias.
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Mercado Monetário
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de liquidez imediata do SETOR NÃO BANCÁRIO, onde estão as demais instituições financeiras
que não possuem carteira comercial.
Por sua vez, o item DV (saldo dos depósitos à vista nos bancos comerciais) equivale ao
conceito de moeda escritural (porque não tem forma física, corresponde a registros contábeis
nos bancos comerciais).
Como esses bancos comerciais e múltiplos (com carteira comercial) sabem que os clien-
tes não vão sacar todos os saldos de suas contas correntes ao mesmo tempo, eles emprestam
boa parte desses recursos, criando, assim, a chamada moeda escritural; esta, por sua vez, em
parte, é novamente emprestada, e assim por diante. Portanto, devemos entender que somente
os bancos comerciais e os bancos múltiplos (com carteira comercial), aqueles que criam mo-
eda, pertencem ao sistema bancário.
Os depósitos à vista nos bancos comerciais e múltiplos compõem a MOEDA ESCRITURAL.
Então, uma coisa é MOEDA MANUAL e outra coisa é MOEDA ESCRITURAL.
O M1 corresponde à soma da MOEDA MANUAL e da MOEDA ESCRITURAL.
O PULO DO GATO
Assim, o cálculo da oferta de moeda, ou o total dos meios de pagamento, em sentido restrito,
M1, é a soma das moedas em poder público (moeda manual) e dos depósitos à vista em poder
nos bancos comerciais (moeda escritural).
Quando a banca fala em “conceito convencional”, está se referindo ao sentido restrito, que
compreendem os meios de pagamento “papel-moeda em poder público e depósitos à vista:
M1 = papel-moeda em poder público + depósito à vista
Letra d.
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Mercado Monetário
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Guarde esta ideia: “quase moedas” são ativos de liquidez muito elevada, quase tão eleva-
da quanto a da moeda, mas que RENDEM juros ao seu possuidor.
Existem duas situações que são frequentemente cobradas em prova: a criação e a destruição
de meios de pagamento. Dizemos que há criação de moeda quando acontece um aumento
do volume de M1, ou seja, quando cresce o volume da soma de moeda manual ou de moeda
escritural (ou ambos). Por outro lado, há destruição de moeda quando se reduz o volume de
meios de pagamento.
Tenha em mente que não é qualquer banco que pertence ao chamado setor bancário. Na
verdade, o setor bancário, em sentido estrito, como estamos falando agora, é formado basica-
mente pelos bancos comerciais. Guarde o seguinte: um banco comercial é aquele que possui
correntistas, ou seja, nele os clientes podem abrir uma conta corrente. E o dinheiro que eles
deixam em conta corrente tecnicamente é chamado de depósito à vista e pode ser emprestado
pelo banco.
Já o setor não bancário em sentido estrito, por sua vez, é formado por todos os demais
agentes econômicos, exceto os bancos comerciais.
Essa distinção importantíssima entre esses dois setores (BANCÁRIO E NÃO BANCÁRIO)
reside no fato de que entra no somatório dos meios de pagamento apenas a quantidade de
moeda possuída pelo setor não bancário.
Como consequências desta distinção temos as seguintes:
1 - Ocorrerá criação de moeda quando acontecer uma troca de um ativo não monetário (de
liquidez não imediata) do setor não bancário por um ativo monetário do setor bancário.
2 - Ocorrerá destruição de moeda se a troca for entre um ativo monetário do setor não
bancário por um ativo não monetário do setor bancário.
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Mercado Monetário
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O PULO DO GATO
O volume total dos meios de pagamento aumenta ou diminui devido às relações que ocorrem
entre os setores bancário e não bancário da economia.
EXEMPLO
Imagine que sua sogra faça um depósito à vista num banco comercial.
O que aconteceu?
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Na verdade, não aconteceu criação nem destruição de moeda. O que ocorreu apenas foi
uma transferência entre moeda manual (redução da moeda em poder do público) e moeda
escritural (aumento no valor dos depósitos à vista).
Vamos ver o segundo exemplo.
EXEMPLO
Imagine, agora, que seu vizinho realizou um depósito a prazo (por exemplo, em caderneta de
poupança ou em alguma aplicação financeira).
EXEMPLO
Imagine que um banco comercial (Bradesco, por exemplo) adquiriu de sua tia alguns títulos da
dívida pública, pagando em moeda.
EXEMPLO
Imagine que um banco comercial (o Itaú) comprou divisas (moeda estrangeira) de uma empre-
sa exportadora (a Vale).
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Mercado Monetário
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Sei que esse assunto é muito técnico... Mas temos que enfrentá-lo.
Vamos continuar devagarzinho, então...
Vamos ver o quinto exemplo.
EXEMPLO
Pense agora o que acontece quando o Governo faz o pagamento dos nossos salários (sim, se
você ainda não é, certamente será servidor público) sacando dos seus depósitos nas Autori-
dades Monetárias.
E aí?
Ocorre criação de meios de pagamento, pois os depósitos da União nas Autoridades Mo-
netárias não fazem parte do M1.
DICA
A ideia básica que você precisa ter em mente é que criação de
moeda manual corresponde a um aumento de moeda em po-
der do público, enquanto a criação de moeda escritural ocorre
quando há um acréscimo dos depósitos à vista nos bancos
comerciais. Seguindo a mesma linha de raciocínio, a destrui-
ção de moeda manual representa uma diminuição do total de
moeda em poder do público; já a destruição de moeda escri-
tural acontece quando há uma redução dos depósitos à vista
nos bancos comerciais.
Podemos perceber, portanto, que o crescimento da oferta de moeda (saldo dos meios de
pagamento) pode ser causado:
1) Pelo Banco Central, que tem o monopólio das emissões de moeda.
O passivo monetário do Banco Central é conhecido como base monetária e é como a mo-
eda é inicialmente emitida.
A base monetária consiste em moeda emitida, em poder do público e na forma de reservas
bancárias. Corresponde, assim, a praticamente toda a moeda “física” disponível (papel-moeda
e moedas metálicas) que está em poder do público, ou, então, com os bancos.
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O PULO DO GATO
O Banco Central controla a base monetária e, dessa forma, os demais agregados monetários.
O PULO DO GATO
O banco comercial pode usar parte desses fundos, e oferecer empréstimos num montante
maior que o total de depósitos iniciais. Essa é a chave para entender o próximo tema que es-
tudaremos: o multiplicador bancário (em sentido estrito = bancos comerciais) dos meios de
pagamento.
EXEMPLO
Hipoteticamente, digamos que essa taxa de reservas seja igual a 40%. Dessa maneira, os
bancos mantêm, nas suas reservas, cerca de 40% do saldo dos seus depósitos à vista, e os
outros 60% eles decidem emprestar ao público.
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Que beleza!
Os bancos emprestam caro o dinheiro que deixamos na conta corrente (60% dele), ou seja, eles
captam a custo zero e emprestam a algo em torno de 3%, 4% a 5% ao mês ou até mais.
O PULO DO GATO
Esse efeito de criar moeda, já que o banco comercial empresta (no nosso exemplo 60%) para
pessoas/empresas que vão deixar parte do dinheiro em conta corrente que será novamente em-
prestado e assim sucessivamente, é o chamado efeito multiplicador dos meios de pagamento.
Vale dizer que o valor final da oferta de moeda será dado pelo valor do multiplicador ban-
cário dos meios de pagamento, este que, numa versão simplificada, é obtido pela fórmula:
m = 1/r
EXEMPLO
No caso do nosso exemplo hipotético, com a taxa de reserva igual a 40%, o valor de m será:
m = 1 / 0,4
m = 2,5
Ou seja, a expansão total dos meios de pagamentos, a qual, digamos, seja inicialmente de R$
1.000,00, será dada pela multiplicação:
R$1.000. 2,5 = R$ 2.500,00
Lembre-se de que esse multiplicador monetário (m) estabelece uma importante relação entre
a expansão da Base Monetária (B) e os meios de pagamento (M):
M1 = m. B
Até agora, usamos uma fórmula simplificada do multiplicador monetário, pois considera-
mos que toda a moeda que vai para as mãos do público retorna ao sistema bancário, na forma
de depósitos à vista. Mas, na realidade, uma parte da moeda fica retida nas mãos de pessoas,
equivalendo ao item “moeda em poder do público”.
Nessa pegada, em função dessa realidade, imagine agora que o público resolva reter c%
do total dos seus ativos monetários em moeda manual, não depositada nos bancos; “c” é a
chamada taxa de retenção do público em relação ao total dos meios de pagamento.
c = Moeda em Poder do Público
Meios de Pagamento (M1)
Mas nós já sabemos que o total dos Meios de Pagamento (M1) é dado pela expressão:
M1 = PP + DV
Logo:
c = PP
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M1
Dessa maneira, é possível definir o coeficiente d% como a proporção dos ativos monetá-
rios que o público deseja manter sob a forma de depósitos à vista:
d = DV
M1
É importante destacar que, obviamente, a soma do % que o público deseja manter em
mãos com o % que deseja depositar no banco deve ser 100%, ou seja:
c + d =1
Finalmente, já temos todos os elementos para apresentar a fórmula do multiplicador dos
meios de pagamento:
m = 1________
1 – d (1 – r)
O PULO DO GATO
Observe que o multiplicador monetário varia inversamente em relação à taxa de reservas ou
à taxa de retenção do público. Logo:
1 - Quanto mais os bancos forem obrigados a reter em caixa (maior r), menos eles poderão
emprestar ao público, e menor a expansão monetária.
2 - Quanto maior a taxa de retenção do público (maior c), menos será depositado nos bancos,
e, evidentemente, os bancos contarão com menos depósitos para repassar a outros clientes.
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m = 1 / 1-d(1-r), onde d é a parcela dos meios de pagamentos mantida como depósito à vista
nos bancos comerciais e r é a parcela dos depósitos à vista mantida em reservas.
Agora já podemos analisar as alternativas e escolher a correta.
a) Errada. Numa economia sem moeda manual teríamos d = 1 e o multiplicador monetário se-
ria o inverso de r, ou seja, se r for baixo teríamos m alto, e vice-versa.
b) Errada. Na verdade, são os depósitos à vista nos bancos comerciais que viabilizam a exis-
tência de multiplicação dos meios de pagamento.
c) Errada. A ampliação do papel-moeda em poder do público, apesar de expandir a base mone-
tária, não gera ampliação do multiplicador; afinal, são os depósitos à vista nos bancos comer-
ciais que viabilizam a existência de multiplicação dos meios de pagamento.
d) Certa. Diminui o efeito de d sobre os meios de pagamento.
e) Errada. Os bancos são obrigados a manter reservas compulsórias e, também, precisam ter
algum nível de reserva para atender a seus clientes.
Letra d.
Chamo a sua atenção para a existência de outro modo de apresentar a taxa de retenção de
moeda pelo público (c) que pode ser feita por meio de uma relação entre a moeda manual (em
poder do público) e os depósitos à vista.
c = PP_
DV
Diante dessa nova maneira de demonstrar a taxa de retenção, a fórmula do multiplicador
também pode ser:
m=1+c
c+r
É possível que, em sua prova, a taxa de reservas r seja repartida em r1 (total de encaixes vo-
luntários – caixa – dos bancos comerciais) e r2 (total de reservas obrigatórias que os bancos
comerciais devem manter junto ao BACEN). Vale reforçar a ideia de que ambas são calculadas
em relação aos depósitos à vista.
EXEMPLO
Veja uma diagramação do funcionamento do multiplicador bancário de um depósito à vista em
banco comercial de R$ 100,00 e com uma taxa de retenção de 10%.
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O PULO DO GATO
Fique ligado(a) na hora de resolver a questão do seu concurso! Preste atenção na taxa de
retenção da moeda pelo público (o “c”). Se essa estiver sendo definida em relação ao volume
total dos meios de pagamento, use a fórmula:
m = 1_______
1 – d. (1 – r)
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Por outro lado, se o coeficiente “c” estiver representando uma relação com o saldo dos depó-
sitos à vista, use a fórmula:
m=1+c
c+r
Existem muitos outros ativos, tais como depósitos a prazo, títulos do tesouro nacional,
cadernetas de poupança etc., que, apesar de não serem considerados moeda, em sentido
estrito, apresentam algumas características da moeda em sentido amplo. Dessa forma, cos-
tuma-se chamá-los de quase-moeda, pois eles podem, sem grandes problemas, ser transfor-
mados em moeda.
Em outras palavras, são ativos de alta liquidez que, apesar de não serem aceitos normal-
mente na compra e venda de bens e serviços, podem ser, muito rapidamente, convertidos em
moeda. A posse desses ativos rende juros ao seu possuidor.
Ao calcular o total de moeda de um país, utilizamos o conceito de agregados monetários
ou meios de pagamento que podem ou não incluir as quase-moedas.
No Brasil são cinco os agregados monetários, calculados periodicamente pelo Ban-
co Central:
M0 = Moeda em poder do público (papel-moeda e moedas metálicas).
M1 = M0 + Depósitos à vista nos bancos comerciais.
M2 = M1 + Depósitos especiais remunerados + Depósitos de poupança + Títulos emitidos
por instituições depositárias.
M3 = M2 + Quotas de fundos de renda fixa + Operações compromissadas registradas no
Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia).
M4 = M3 + Títulos públicos de alta liquidez (Letras do Tesouro Nacional, Notas do Banco
Central etc.).
Observe que M0 e M1 são meios de pagamento de liquidez imediata que não rendem
juros. M0 é também chamado de moeda manual ou moeda corrente, e é o estoque de moeda
metálica e papel-moeda que fica em poder das pessoas ou das empresas.
M1 considera o M0 e mais os depósitos em conta corrente nos bancos comerciais (tam-
bém chamados de moeda escritural ou bancária). Até agora vínhamos tratando o M1 como o
total dos meios de pagamento (Oferta de Moeda) em sentido estrito.
Em suma, M2, M3 e M4 incluem as quase-moedas, que rendem juros aos aplicadores.
Servem para outras medidas para o total dos meios de pagamento (Oferta de Moeda) em sen-
tido amplo.
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Fique ligado(a) que a banca pediu para você marcar a alternativa errada.
Com exceção da “b”, todas estão corretas.
E qual o erro da “b”?
Na verdade, o M1 é o conceito de meios de pagamento estrito, ou seja, é a soma de papel-mo-
eda em poder do público e depósitos à vista.
Letra b.
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Assim como existe uma oferta de moeda pelo Banco Central e pelos bancos comerciais
(via mecanismo multiplicador), vamos encontrar a presença de uma demanda por moeda, por
parte das empresas e dos indivíduos.
A demanda por moeda pela população corresponde à quantidade de moeda que o setor
privado não bancário retém, em média, seja com o público, seja no cofre das firmas, e em de-
pósitos à vista nos bancos comerciais.
O que faz com que as pessoas e firmas retenham dinheiro que não rende juros, e não o uti-
lizem na compra de títulos, imóveis, entre outros ativos? Ou melhor, quais são os motivos
ou as razões para que exista uma demanda por retenção de moeda?
A Teoria Econômica apresenta três as razões para que os agentes econômicos desejem
reter moeda: transação, precaução e especulação (portfólio). Grave o esquema a seguir:
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2- Motivo-Precaução: o público e as firmas precisam ter certa reserva monetária para fazer
face a pagamentos imprevistos, ou atrasos em recebimentos esperados. Os agentes econô-
micos lidam com a incerteza; dessa forma, necessitam ter reservas para enfrentar tais acon-
tecimentos.
Essas duas primeiras razões (transações e precaução) dependem diretamente do nível da
renda nacional. Quanto maior a renda nacional, maior será o volume de negócios e a quantida-
de de transações na economia (e, também, os riscos); portanto, maior será a necessidade de
moeda para transações e por precaução.
3- Motivo-Especulação ou Motivo-Portfólio: os agentes econômicos decidem como vão
montar suas carteiras (portfólios) de ativos para preservar seu poder de compra (sua riqueza).
Nesse sentido, têm que escolher a composição de suas “cestas” de ativos, distribuindo o valor
numa certa proporção entre moeda e títulos, sabendo que, quanto mais moeda tiverem, menor
será o rendimento do seu portfólio; mas, em compensação, maior será a sua liquidez.
O PULO DO GATO
Existe uma relação inversa entre demanda por moeda para especulação e a taxa de juros.
Assim, quanto maior a taxa de juros, menos as pessoas vão querer deixar dinheiro “parado”,
e, quanto menor for a taxa de juros, mais as pessoas vão querer deixar dinheiro “parado”.
Acabamos de ver que na demanda por moeda motivada pela especulação os agentes têm
que escolher a composição de suas “cestas” de ativos, distribuindo o valor numa certa pro-
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porção entre moeda e títulos, e sabendo que quanto mais moeda tiverem, menor será seu o
rendimento.
Vimos que, em relação ao motivo-especulação existe uma relação inversa entre demanda por
moeda para especulação e taxa de juros, pois, se a taxa de juros está elevada não vale a
pena ficar com o dinheiro “parado” na mão ou depositado na conta corrente do banco sem
render juros.
Em situação oposta, quanto menor a taxa de juros, maior a demanda por moeda, visto que
a taxa de juros representa um custo de oportunidade de manter o dinheiro fora do mercado
financeiro.
Letra a.
Podemos agora visualizar como se dá o equilíbrio entre a Oferta e a Demanda por Moeda.
Por um lado, a oferta de moeda é exógena, determinada pelo Banco Central, e é indepen-
dente da taxa de juros do mercado, podendo ser considerada constante.
Mesmo admitindo que os bancos comerciais tenham o poder de criar moeda escritural,
diante do mecanismo do multiplicador, ainda assim, considera-se que o Banco Central empre-
ga os instrumentos de Política Monetária para exercer o controle da Oferta de Moeda.
Por outro lado, a demanda de moeda depende das variáveis renda e taxa de juros, uma vez
que a essa demanda por moeda se compõe dos motivos transação, precaução e especulação.
Como a oferta de moeda é uma variável exógena, qualquer que seja o nível da taxa de
juros, o valor de “M” é controlado inteiramente pelo Banco Central, por meio dos diversos
instrumentos de política monetária.
Entretanto, a curva de demanda por moeda guarda uma relação inversamente proporcio-
nal com a taxa de juros.
Por força do motivo-especulação, quando a taxa de juros é alta, os indivíduos preferem
manter nas suas cestas de ativos uma proporção maior de títulos. Assim, a demanda por moe-
da no mercado é reduzida. Mas, quando a taxa de juros é baixa, os indivíduos preferem manter
nas suas cestas de ativos uma proporção menor de títulos. Então, a demanda por moeda no
mercado é aumentada.
O PULO DO GATO
O equilíbrio no mercado monetário se dá no ponto em que a oferta de moeda é igual à deman-
da por moeda. Note que, nesse modelo, a taxa de juros é determinada pelo mercado.
Note que estamos considerando uma hipótese simplificada, de que existe apenas uma
taxa de juros para todas as operações de empréstimos no mercado.
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O PULO DO GATO
A Teoria Quantitativa da Moeda defende que o nível dos preços é determinado pela quantida-
de de moeda em circulação e pela sua velocidade de circulação.
Nessa pegada, aumentos da oferta de moeda (M) tendem a provocar aumentos apenas
no nível de preços da economia. Assim, uma política com foco em aumento de moeda serve
apenas para inflacionar a economia.
Em suma: o lado monetário não consegue afetar o lado real da economia.
O que vale mesmo, no modelo clássico, é que a produção de bens somente pode ser au-
mentada em função do aumento dos fatores de produção ou pela evolução tecnológica para
aumentar a produtividade dos fatores de produção existentes.
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Guarde que, de acordo com a Teoria Clássica, o produto (Y) e a velocidade da moeda (v)
são constantes no curto prazo, ou seja, uma variação no estoque de moeda (M) gera variação
diretamente proporcional no nível de preços (P).
Note que, como P e Y estão constantes, quanto maior for a velocidade de circulação da moeda,
menor a oferta de moeda necessária para girar a economia.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Inverte a notação: ela chama a velocidade de circulação de M e o volume mone-
tário de V.
c) Errada. Diz que que um aumento do nível de preços não seria compensado por outro aumen-
to no produto, mas por uma queda. E se os dois aumentarem, é certo que o lado da igualdade
aumenta. Então, M aumenta também.
d) Errada. Novamente inverte a notação.
e) Errada. Inverte a relação, porque o nível de preços e o nível de produto não são diretamente,
mas inversamente proporcionais, para um M e um V constantes.
Letra b.
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Ativo Passivo
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Ativo Passivo
- Empréstimos externos
- Recursos Especiais/Diversos
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Ativo Passivo
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2. Política Monetária
A Política Monetária é o conjunto de medidas que objetivam modificar a quantidade de
moeda na economia, assim como outras variáveis que nela exercem influência, ou seja, é a atu-
ação do governo (na verdade em conjunto com o Banco Central) sobre a quantidade de moeda
(meios de pagamento em geral) e de títulos públicos.
Outra forma de conceituar Política Monetária é como aquela que representa a atuação das
autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propó-
sito de se controlar a liquidez global do sistema econômico.
Merece destaque o papel exercido pela taxa básica de juros (SELIC) no âmbito da Política
Monetária. Por meio da taxa de juros, o BACEN controla a oferta de moeda. Aumentando a taxa
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básica de juros, reduz-se a oferta de moeda e controla-se a inflação. Em sentido oposto, redu-
zindo a taxa básica de juros, aumenta-se a oferta de moeda e estimula-se a inflação.
Os instrumentos de Política Monetária são:
1- Reservas/encaixes (depósitos) compulsórios
Reservas – o Banco Central exige que os Bancos recolham diariamente uma parte dos de-
pósitos à vista efetuados por seus clientes para o BACEN. As reservas compulsórias não ren-
dem juros; por isso, são consideradas como um imposto sobre depósitos à vista dos bancos.
Atente ao fato de que eventuais mudanças nas taxas de reservas compulsória afetam o
multiplicador monetário (e a liquidez da economia). Um aumento nas taxas de reservas reduz
o multiplicador monetário, e uma redução da taxa de reserva, por sua vez, aumenta a liquidez
da economia.
Depósitos compulsórios – funcionam como um mecanismo que representa o recolhimen-
to de parte dos recursos captados pelos bancos para o BACEN, diminuindo o poder de multi-
plicação da moeda bancária.
2- Política de redesconto
A política de redesconto tem um impacto sobre a base monetária e na oferta da moeda,
porque afeta o volume de empréstimos que o banco central concede aos bancos.
DICA
Redesconto é o nome dado para os empréstimos que o banco
central concede aos bancos.
Tenha em mente que a operação de redesconto nada mais é do que uma espécie de socorro
via empréstimo de assistência à liquidez feito pelo Banco Central a um banco comercial que
está com problemas de liquidez.
Assim, quando empresta dinheiro a um banco comercial, o BACEN acaba proporcionando a
esse banco comercial a oportunidade de efetuar novas operações de crédito.
Letra a.
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DICA
Nas provas de concursos as questões questionam, principal-
mente, quais medidas são de Política Fiscal, Monetária ou
Cambial e, dentro dessa classificação, se são medidas contra-
cionistas ou expansionistas.
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Ao reduzir aquela parcela que fica “retida” no BACEN, expande-se a base monetária disponível
para fazer girar a economia; assim, no curto prazo, pode contribuir, sim, para a expansão da
atividade econômica.
Certo.
3. Inflação
3.1. Introdução e conceito
O dragão da inflação morou aqui no Brasil até 1994, ano em que, além de ganharmos o
Tetra, também foi o ano do Plano Real.
O Plano Real conseguiu estabilizar os preços e a inflação foi reduzida ao nível aproximado
dos países desenvolvidos.
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Sim, além do ajuste fiscal que se fazia necessário, tivemos uma política monetária restritiva,
com a taxa Selic média de 1995 sendo superior a 50% ao ano e mantendo-se superior a 20%
até 1999, que estava focada em controlar a expansão da demanda provocada pelo “boom” do
fim da hiperinflação e em desestimular processos especulativos contra nossa moeda.
Certo.
Se, por sorte, você não vivenciou a época em que os preços de quase todos os produtos
aumentavam diariamente, às vezes até mais de uma vez no mesmo dia, hoje você pode ver que
o tema aumento de preços e inflação ainda aparecem no noticiário.
E o que é a inflação?
O fenômeno da inflação não é pacífico na teoria econômica no que diz respeito à sua con-
ceituação. Em geral, o fenômeno inflacionário é definido como o aumento continuado, perma-
nente e generalizado dos níveis de preços em uma economia.
Observe bem que o aumento de preços, para que possa ser considerado como inflação,
tem que atender cumulativamente a estes requisitos:
Continuado/Permanente - a elevação dos preços ocorre, seja diária ou semanalmente, e a
expectativa é de que vai continuar ocorrendo persistentemente.
Generalizado - a elevação dos preços tem que atingir todos os produtos/serviços de uma
economia de forma geral.
Vamos ver os principais tipos de inflação, classificados de acordo com a Teoria Econômica
em função das suas causas.
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O PULO DO GATO
A inflação é apenas o efeito. Assim, os economistas tipificaram a classificação da inflação
em função da causa que gera o efeito inflacionário.
O que acontece?
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O examinador refere-se claramente à inflação de custos, que pode se dar por pressões autôno-
mas em setores específicos da economia.
Um exemplo clássico é um forte aumento do preço do petróleo no mercado mundial. Como tal
produto é a base energética da produção de uma economia como o Brasil, um aumento signi-
ficativo de seu preço tende a gerar pressão inflacionária.
Letra a.
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O Plano Real também deu muita importância à desindexação para reduzir a inflação.
Para entender o papel do Plano Real, é válido ressaltar que, em 1993, a inflação atingia 2.700%
no país; após a implantação da nova moeda, o valor da inflação média dos governos seguintes
manteve-se em 12,6% (FHC) e 6,3% (Lula).
A principal promessa da nova moeda era conter a temível inflação. Em suma, o Plano Real
buscava estabilizar a inflação.
Oficialmente, o real tornou-se a 10ª moeda brasileira no dia 1º de julho de 1994. No entanto,
o planejamento para a troca do cruzeiro real, a moeda anterior (2.750 cruzeiros reais (CR$)
seriam convertidos em R$ 1), para o real tinha começado um ano antes.
Ficou definido que o plano seria implantado em três etapas para evitar o congelamento de
preços e o aumento da inflação, como ocorrera em tentativas anteriores.
A primeira etapa foi o ajuste das contas públicas por meio de um corte no Orçamento.
Em agosto de 1993, FHC comunicou o corte de três zeros na moeda vigente, o cruzeiro (Cr$), e
anunciou o lançamento do cruzeiro real (CR$ 1 = Cr$ 1.000). Era a quarta mudança monetária
no Brasil em sete anos. A manobra foi uma espécie de preparação para o real, que já estava
criado, mas somente seria colocado em operação em julho do ano seguinte.
A segunda etapa consistiu na implantação provisória da Unidade Real de Valor (URV), que
ficou em vigor de março a julho de 1994 e era uma espécie de moeda de troca, usada para
converter os valores das mercadorias.
Com isso, foi possível uniformizar os reajustes de preços, de câmbio e dos salários de maneira
desvinculada do cruzeiro real.
Para a população, na prática, funcionava assim: ao escolher um produto no mercado, ele estava
com o preço em URV nas prateleiras; mas, ao passar o caixa, o valor era convertido e pago em
cruzeiros reais. Na época, a URV valia um dólar (US$); assim, o real também começou cotado
a US$ 1. O papel da URV foi promover a dolarização da economia sem que fosse necessário
abnegar a moeda nacional.
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A partir de 1º de julho de 1994, foi colocada em marcha a terceira etapa, a fase final do Plano
Real, com um novo ministro da fazenda, Rubens Ricupero (FHC havia deixado o cargo para
se candidatar à presidência da República). Chegava a hora da URV ser substituída pelo real;
então, para controlar a inflação, o governo passou a ter como instrumentos os juros altos e o
dólar barato, com câmbio praticamente fixo.
Errado.
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do em conta corrente, visto que, ao longo do tempo, devido à alta dos preços, eles passam a
ter um poder de compra cada vez menor.
Uma característica importante do imposto inflacionário é o seu caráter altamente regres-
sivo, pois as classes com renda mais baixa são as mais prejudicadas, por possuírem pou-
cas possibilidades de aplicar seus escassos recursos no mercado financeiro para se proteger
da inflação.
Como o imposto inflacionário acaba sendo uma tributação indireta, não pode ter sua “alí-
quota” aumentada indiscriminadamente (grandes taxas de inflação), pois isso causaria uma
retração da demanda por depósitos em conta corrente, que não são indexados (encaixes ban-
cários) e, consequentemente, o governo perderia uma de suas fontes de financiamento (emis-
são de moeda).
Quando temos um contexto inflacionário, a receita decorrente da emissão monetária feita pelo
governo – definida, também, como a taxa de inflação esperada multiplicada pelo valor real da
base monetária – é chamada de imposto inflacionário.
Memorize que consideramos imposto inflacionário a receita que o governo ganha quando emi-
te moeda para recompor a perda do valor real dos chamados encaixes monetários do público.
Letra b.
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Na verdade, a curva de Phillips mostra o trade-off entre inflação e desemprego, ou seja, supõe
que, no curto prazo, pode-se obter menos desemprego com estímulos à demanda agregada, o
que geraria maior inflação.
Errado.
Por sua vez, o economista Irving Fisher, em 1962, ampliou o estudo de Phillips para avaliar
a relação entre a taxa de desemprego e a inflação.
Resumidamente, de acordo com Fisher, ao investir, os agentes levam em consideração a
taxa de juros real, e não nominal.
Nessa linha de raciocínio, ao investirem, como não sabem a inflação que ocorrerá no perí-
odo em que estiverem pagando esses juros ou abrindo mão deles (custo de oportunidade), os
agentes pautam-se pela inflação esperada.
De acordo com o chamado efeito Fisher, para determinada taxa de juros, quanto maior a
inflação esperada, menor os juros reais; assim, maior é o investimento.
Mas você sabe o que é esse tal de regime de metas para a inflação?
O regime de metas para a inflação é um regime monetário por meio do qual o banco cen-
tral se compromete a atuar de forma a garantir que a inflação efetiva esteja em linha com uma
meta preestabelecida, anunciada publicamente.
Mas amigo(a), tecnicamente, você sabe quais elementos caracterizam um regime de me-
tas para a inflação?
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RESUMO
Lado monetário da Economia
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Outra forma de conceituar Política Monetária é como aquela que representa a atuação das
autoridades monetárias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósi-
to de se controlar a liquidez global do sistema econômico.
Os instrumentos de Política Monetária são:
1- Reservas/encaixes (depósitos) compulsórios
Reservas: o Banco Central exige que os Bancos recolham diariamente uma parte dos depó-
sitos efetuados para o banco Central.
As reservas compulsórias não rendem juros; por isso, são consideradas como um imposto
sobre depósitos à vista dos bancos. Mudanças nas taxas de reservas compulsória afetam o
multiplicador monetário (e a liquidez da economia). Um aumento nas taxas de reservas reduz
o multiplicador monetário, e uma redução da taxa de reserva, por sua vez, aumenta a liquidez
da economia.
Depósitos compulsórios: funcionam como um mecanismo que representa o recolhimento
de parte dos recursos captados pelos bancos para o BACEN, diminuindo o poder de multiplica-
ção da moeda bancária.
2- Política de redesconto
A política de redesconto tem um impacto sobre a base monetária e na oferta da moeda,
porque afeta o volume de empréstimos que o banco central concede aos bancos.
Redesconto é o nome dado para os empréstimos que o banco central concede aos bancos.
3- Operações de mercado aberto (títulos públicos)
São compras e vendas de títulos do Governo pelo Banco Central; o mais importante ins-
trumento de política monetária, e o fator que determina os movimentos da base monetária e a
oferta da moeda.
Nas provas de concursos as questões, basicamente, querem saber quais medidas são de
Política Fiscal x Monetárias x Cambial e, dentro dessa classificação, se são medidas contra-
cionistas ou expansionistas.
Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição da liquidez da economia) o
BACEN toma uma (ou mais de uma) destas três medidas contracionistas:
1- aumentar as reservas/os encaixes(depósitos) compulsórios;
2- aumentar a taxa de redesconto;
3- vender (emitir) títulos públicos.
Por outro lado, quando o que se quer é aumentar a liquidez, o BACEN toma uma (ou mais
de uma) destas três medidas expansionistas:
1- reduzir as reservas/os encaixes (depósitos) compulsórios;
2- reduzir a taxa de redesconto;
3- comprar (resgatar) títulos públicos.
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Inflação
INFLAÇÃO DE CUSTO (OU DE OFERTA): ocorre quando aumento do custo de produção é re-
passado aos preços para o consumidor. Dependem de um mercado concentrado; assim, quan-
to maior a concentração do mercado (menor concorrência), mais os empresários possuem o
poder de repassar o aumento dos custos para os preços finais. A inflação de custo pode ser
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causada, ainda, pelo choque de oferta. Quando fenômenos inesperados afetam a produção
(como a quebra de uma safra causada por fenômenos naturais).
INFLAÇÃO INERCIAL: tem sua causa no efeito psicológico dos agentes, quando acreditam
na elevação dos níveis de preço e agem de tal modo que a inflação de fato se concretize. Em
outras palavras, está relacionada às expectativas dos agentes e à sua memória inflacionária.
Presente em economias com preços indexados. Pode-se dizer, ainda, que é a aquela em que a
inflação presente é uma função da inflação passada. Sua causa é, portanto, a inércia inflacio-
nária – resistência que os preços de uma economia oferecem às políticas de estabilização que
atacam as causas primárias da inflação. Seu grande vilão é a “indexação”, que é o reajuste do
valor das parcelas de contratos pela inflação do período passado.
INFLAÇÃO MONETÁRIA: sua causa é monetária. Como o próprio nome sugere, vem da
emissão de moeda/meios de pagamentos. Ela é causada pelo crescimento dos meios de pa-
gamento, que não é acompanhado pelo crescimento da produção. Basicamente, é a emissão
exagerada e, até certo ponto, descontrolada de moeda por parte do governo. Nesse contexto,
a inflação da moeda é estreitamente relacionada com a inflação de demanda; afinal, quando o
governo pratica a emissão de moeda (aumentando a base monetária), ele cria, em curto prazo,
uma ideia do aumento do poder aquisitivo na população.
CURVA DE PHILLIPS E EQUAÇÃO DE FISHER
A chamada “curva de phillips” é um conceito da economia, mais especificamente da ma-
croeconomia que relaciona inflação com desemprego. Por meio dessa análise, pode-se ver
como se relacionam esses dois conceitos. A teoria desenvolvida por Phillips dizia que a re-
lação da inflação e da taxa de desemprego são inversamente proporcionais, ou seja: quando
cresce a inflação, cai a taxa de desemprego.
Essa teoria foi comprovada a partir da análise de curto período das taxas de inflação e de-
semprego no Reino Unido no período que ia de 1957 a 1961; posteriormente, analisando curtos
períodos das mesmas informações nos EUA, pode-se comprovar o funcionamento da teoria.
No entanto, posteriormente, ao analisarem mais profundamente, economistas perceberam
que não é uma regra geral, que esta relação só se aplica dessa forma quando a taxa de inflação
está acima do esperado, e, em médio prazo, essa taxa superior acaba sendo a taxa esperada e
invalida essa relação. Verificou-se que a relação correta se dava entre a taxa de desemprego e
a variação em si da taxa de inflação.
Assim, pela chamada “curva de Phillips”, esperava-se que uma inflação alta manteria um
desemprego menor, ou seja, que se poderia “escolher” entre um desemprego de 5% com uma
inflação de 1%, ou um desemprego de 4% com inflação de 2% e assim por diante. Isso com
fundamento lógico na constatação de que com inflação mês a mês, aumentando os preços
dos produtos fabricados mês após mês, e mantendo-se fixos os salários por um ano todo, fica
cada vez mais fácil para as empresas manterem e até contratarem mais empregados.
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Por sua vez, o economista Irving Fisher, em 1962, ampliou o estudo de Phillips para avaliar a relação entre a taxa de desemprego e a infla-
ção. Resumidamente, de acordo com Fisher, ao investir, os agentes levam em consideração a taxa de juros real, e não nominal.
Nessa linha de raciocínio, ao investirem, como não sabem a inflação que ocorrerá no período em que estiverem pagando esses juros ou
abrindo mão dele (custo de oportunidade), os agentes pautam-se pela inflação esperada.
Assim, de acordo com o chamado efeito Fisher, para determinada taxa de juros, quanto maior a inflação esperada, menor os juros reais;
assim, maior é o investimento.
REGIME DE METAS PARA INFLAÇÃO: é um regime monetário por meio do o Banco Central se compromete a atuar de forma a garantir que
a inflação efetiva esteja em linha com uma meta preestabelecida, anunciada publicamente.
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MAPA MENTAL
Moeda
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Inflação
de Demanda
de Custos ou de Ofertas
Inercial
Tipos Monetária
Reprimida
Esrtrutural
INFLAÇÂO
Imposto Inflacionário
Receita de Seignorage
Efeito Tanzi
Conceitos relacionados Curva de Phillips
Equação de Fisher
Regime de Metas de Inflação
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a) Quanto menor a taxa de juros, maior a demanda por moeda, visto que a taxa de juros repre-
senta um custo de oportunidade de manter o dinheiro fora do mercado financeiro.
b) A demanda por moeda é função crescente da proporção do papel-moeda mantido em poder
do público.
c) Oferta e demanda de moeda somente se igualam quando o multiplicador da base monetária
corresponde ao inverso da taxa de reservas compulsórias dos bancos comerciais.
d) A oferta monetária tem relação negativa com a taxa de juros, visto que quanto menor a taxa
de juros, mais títulos públicos são ofertados pelo Tesouro Nacional e mais meios de pagamen-
tos se encontram à disposição do público.
e) O mercado monetário se encontra em equilíbrio sempre que a totalidade da base monetária
se encontra em poder do público e destinada a suprir suas necessidades de transação.
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QUESTÕES DE CONCURSO
019. (FCC/TCE-RS/AUDITOR/2018) O conceito de M2 para os meios de pagamento
a) inclui os depósitos à vista, mas não os depósitos de poupança.
b) inclui os títulos emitidos por instituições depositárias, mas não os depósitos especiais
remunerados.
c) inclui os depósitos de poupança, mas não as quotas de fundos de renda fixa.
d) não inclui os depósitos especiais remunerados nem os depósitos de poupança.
e) inclui os depósitos de poupança e os títulos públicos de alta liquidez.
Vamos relembrar:
M1 = papel-moeda em poder do público + depósitos à vista
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por
instituições depositárias
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
Repare que os depósitos de poupança estão no M2, mas as quotas de fundos de renda fixa
pertencem ao M3.
Vamos apontar os erros das demais:
a) Errada. Os depósitos de poupança também compõem o M2.
b) Errada. Os depósitos especiais remunerados também compõem o M2.
c) Certa.
d) Errada. O M2 inclui esses dois.
e) Errada. Os títulos públicos de alta liquidez só aparecem no M4.
Letra c.
020. (IADES/SES-DF/ECONOMISTA/2018)
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Note que o índice acumulado de 2012 até 2014 é igual ao índice do ano-base (2012) multipli-
cado pelas taxas de inflação dos anos seguintes (2013 e 2014).
Então temos:
I2014 = I2012 × (1+π2013) × (1+π2014)
Como a base é 100 e a inflação em 2013 e 2014 foi de 5%, temos:
I2014 = 100 × (1+0,05) × (1+0,05)
I2014 = 100×1,05×1,05
I2014 = 110,25
Letra c.
m= __1__
(1−d)
Repare que, do total de depósitos feitos nos bancos, estes recolhem 7% junto ao Banco Central
(recolhimento compulsório) e 5% em seu próprio caixa (reserva voluntária).
Portanto, apenas 88% (100% - 7% - 5% = 88%) dos depósitos à vista são emprestados novamen-
te e assim sucessivamente.
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m= ____1_______
(1−0,88)
m = 1_
0,12
m = 8,33...
Como já temos o multiplicador monetário, basta fazermos a multiplicação com o aumento dos
depósitos à vista para ver o total do aumento na oferta de moeda:
m=1.000×8,33
m=8.333,33
Letra b.
Para reduzir pressões inflacionárias, exige-se a adoção de política monetária contracionista por
parte do Banco Central. Para fazer a redução dos meios de pagamento (diminuição da liquidez
da economia), o BACEN toma uma (ou mais de uma) destas três medidas contracionistas:
1- aumentar as reservas/os encaixes(depósitos) compulsórios;
2- aumentar a taxa de redesconto;
3- vender (emitir) títulos públicos.
Assim, já vemos que a alternativa correta é: a) elevar o percentual do recolhimento compulsório.
Letra a.
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III – Anúncio público da taxa de juros de longo prazo, considerada como taxa natural.
IV – Definição do índice de preços a ser utilizado.
Está correto o que consta em
a) I, II e III, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) II e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
A moeda pode ser também definida como tudo aquilo que a sociedade utiliza para desempe-
nhar as três seguintes funções:
1) meio ou instrumento de troca;
2) unidade de conta; e
3) reserva de valor.
Letra b.
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Central pretendem estimular esta economia para reduzir o tamanho e a intensidade da reces-
são. A medida que conseguirá reduzir o tamanho da recessão do país será
a) aumentar a oferta agregada através de aumento de salários.
b) aumentar a demanda agregada através de aumento do consumo privado.
c) reduzir a demanda agregada através de aumento da taxa de juros.
d) promover política monetária restritiva através do aumento do depósito compulsório.
e) reduzir gastos públicos referentes à construção de pontes e estradas para ligar o Norte ao
Sul do país.
Temos uma questão sobre o tema Teoria Quantitativa da Moeda (TQM). Vamos analisar as
alternativas e escolher a correta.
a) Certa. Sim, de acordo com a TQM, a inflação é um fenômeno que é causado pelo excesso
de moeda (liquidez) na economia. Assim, considerando uma oferta constante de produtos no
curto prazo, teremos inflação caso o estoque de moeda seja aumentado.
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b) Errada. A velocidade varia muito pouco e pode ser considerada uma constante no curto pra-
zo, assim como a quantidade total de transações físicas de bens e serviços, fazendo com que
a elevação dos preços seja a oferta monetária.
c) Errada. Caso ocorra uma redução radical na produção acompanhada por uma redução pro-
porcional na quantidade de moeda, o nível de preços não se altera.
d) Errada. A oferta monetária é exógena; por isso, um aumento na produção não é correspondi-
do imediatamente por um aumento exato correspondente automático na quantidade de moeda.
e) Errada. De acordo com a teoria quantitativa da moeda, a inflação é um fenômeno monetário
causado pelo excesso de oferta da moeda na economia.
Letra a.
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A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o Banco Central reduza a taxa de juros
básica, de sorte a não sobrecarregar as contas públicas com elevados serviços de juros da
dívida pública.
Essa exigência não existe na LRF; além disso, não cabe ao BACEN atuar no âmbito da Política
Fiscal, mas na Política Monetária. Note que, quando o COPOM (e não o BACEN) reduz a taxa de
juros básica da economia (SELIC), o objetivo é aumentar a liquidez da economia e não reduzir
o custo da dívida pública.
Tenha em mente que a principal função da política monetária é manter a estabilidade dos pre-
ços e atingir a meta de inflação, mesmo com taxas de juros ficando maiores do que o governo,
os empresários, o BACEN e a população gostariam.
Errado.
Nessa questão, a banca cobrou o conhecimento acerca da relação entre a política monetária
e o regime cambial de um país. Tenha em mente que, em um país que usa o regime de câmbio
flutuante, a política monetária e, consequentemente, a taxa de juros, que é fixada pelo BACEN,
não são influenciadas pela política cambial.
Letra a.
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Tenha em mente que o foco da Política Monetária é cumprir a meta de inflação. No tocante
ao câmbio, outros fatores internos também influenciam, como o desempenho da economia
nacional, e fatores externos, como o desempenho da economia mundial e o nível das taxas de
juros internacionais.
Errado.
Uma das maiores motivações da adoção do regime de metas para a inflação é o aumento da
transparência da política monetária por meio da comunicação com o público e o mercado. Afi-
nal, ao aumentar a transparência da política monetária, os agentes econômicos sabem o que
esperar desta e conseguem tomar suas decisões com menos incerteza sobre o futuro.
Ao estabelecer uma meta publicamente, sabe-se, de antemão, como a política monetária se
comportará e qual a taxa esperada de variação dos preços.
Letra a.
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Repare que a afirmação do enunciado poderia estar certa ou errada, a depender de a qual Cur-
va de Phillips está se referindo.
A Curva de Phillips de longo prazo mostra exatamente isto: não se consegue manter o desem-
prego constantemente abaixo do nível natural porque os agentes se ajustam à maior inflação.
O que ocorre é que, no longo prazo, a economia tende à taxa natural de desemprego. Se o
governo quiser estimular a demanda agregada, terá de gerar inflação para reduzir a taxa de
desemprego.
No momento posterior, acostumados a esta taxa de inflação, a economia somente se expandi-
rá novamente ao custo de ainda mais inflação.
Letra e.
A inflação inercial é aquela que tem sua causa no efeito psicológico dos agentes, quando acre-
ditam na elevação dos níveis de preço e agem de tal modo que a inflação de fato se concretize.
Em outras palavras, está relacionada às expectativas dos agentes e à sua memória inflacioná-
ria, presente em economias com preços indexados.
Pode-se dizer, ainda, que é a aquela em que a inflação presente é uma função da inflação pas-
sada. Sua causa é, portanto, a inércia inflacionária – resistência que os preços de uma econo-
mia oferecem às políticas de estabilização que atacam as causas primárias da inflação.
Em suma, seu grande vilão é a “indexação”, que é o reajuste do valor das parcelas de contratos
pela inflação do período passado.
Letra e.
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desenvolvidos, com uma grande participação da agricultura no produto total, desejam indus-
trializar-se rapidamente e, para isso, precisam de rodovias, portos, hidroelétricas, usinas side-
rúrgicas e polos petroquímicos. Faltam recursos, como tecnologia, mão de obra especializada
e capital’. Desse modo, segundo os estruturalistas, o processo inflacionário desses países
teria particularidades próprias, derivadas de problemas estruturais de suas economias. Assim,
inflação e desenvolvimento econômico seriam interdependentes e aquela deveria, portanto,
ser analisada em uma perspectiva de longo prazo”.
Com base no texto anterior, assinale a alternativa que apresenta uma ideia diferente da defen-
dida pelos “estruturalistas” como sendo diagnóstico de causa e efeito do binômio – inflação e
subdesenvolvimento – ocorridos nos países do terceiro mundo.
a) Escassez de divisas.
b) Poupança insuficiente.
c) Oferta elástica dos gêneros alimentícios.
d) Escassez de mão de obra especializada e sindicatos fortes.
Podemos ver claramente no texto que, segundo os estruturalistas, o processo inflacionário dos
países menos desenvolvidos tem particularidades próprias, derivadas de problemas estrutu-
rais de suas economias, especialmente da falta de infraestrutura e de recursos, como tecnolo-
gia, mão de obra especializada e capital.
Assim, a única alternativa que destoa dessa linha de raciocínio é a que se refere à elasticidade
da oferta de gêneros alimentícios.
Letra c.
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b) O multiplicador bancário será de 3,3 caso o público mantenha 90% de seus recursos em
depósitos à vista e os bancos mantiverem reservas de 27% do total de seus depósitos.
c) Se o público mantiver 35% dos seus recursos em depósitos à vista e os bancos mantiverem
reservas de 65% do total de seus depósitos, o multiplicador bancário será de 1,14. Caso o Ban-
co Central deseje expandir os meios de pagamento em circulação na economia, poderá elevar
o percentual de encaixes compulsórios.
d) Caso o público mantenha 50% de seus recursos líquidos sob a forma de depósitos à vista
e os encaixes totais dos bancos comerciais representarem 20% do total de depósitos, cada
unidade monetária, a mais, de base monetária, dá origem a 1,67 unidade monetária adicional
de meios de pagamento.
e) Quanto maior for a relação encaixe total dos bancos comerciais como proporção dos depó-
sitos à vista nos bancos comerciais, maior será o multiplicador bancário.
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e) Errada. Conforme estudamos, quanto maior for a relação encaixe total dos bancos comer-
ciais como proporção dos depósitos à vista nos bancos comerciais, menor será o multiplica-
dor bancário.
Letra d.
a) Errada. Os chamados “títulos públicos federais” integram o Ativo do BACEN, sendo, em re-
gra, títulos que o BACEN comprou do Tesouro Nacional para negociar no mercado.
b) Errada. Quando se desconta uma de duplicata, não ocorre criação de moeda.
c) Errada. Tais depósitos constituem-se em obrigações dos bancos comerciais perante os do-
nos dos recursos depositados, integrando o Passivo dos bancos comerciais.
d) Certa. Se o coeficiente “d” (DV/M1) aumenta, o multiplicador logicamente aumenta.
e) Errada. O termo “redesconto” define uma operação de empréstimo do BACEN aos bancos
comerciais. Mas, na verdade, nem todo o seu montante converte-se em recursos disponíveis
para os bancos comerciais efetuarem operações de crédito.
Letra d.
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Questão relacionada à Política Monetária, que representa a atuação das autoridades monetá-
rias, por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de se controlar a
liquidez global do sistema econômico e seus efeitos na inflação.
Das alternativas apresentadas, apenas uma redução da taxa Selic geraria aumento de inflação,
já que estimula as pessoas a gastarem mais e a se endividarem, e o custo desse consumo/
endividamento fica menor, gerando aumento no consumo da economia devido ao aumento da
demanda geral,e, consequentemente, o aumento no nível geral de preços (inflação).
Letra c.
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pontual do nível de preços com estabilização em seguida não pode ser considerada um pro-
cesso inflacionário crônico.
II – Errada. Após um conjunto de medidas governamentais destinadas a incentivar a constru-
ção civil, os preços dos materiais de construção se elevaram bastante. Tal situação, tomada
isoladamente, é suficiente para caracterizar um processo inflacionário.
Um processo inflacionário é uma alta generalizada no nível de preços. Altas de preços em se-
tores isolados da economia não constituem, por si só, um processo inflacionário. No caso da
afirmação acima, uma alta de preços apenas no setor da construção civil não constitui uma
perda generalizada do poder de compra da moeda.
III – Errada. Se a balança comercial de um país representa, de um lado, as receitas e de outro,
as despesas e, considerando-se que as transações com o exterior são normalmente efetua-
das em divisa estrangeira, pode-se afirmar que a inflação interna do país não tem nenhuma
influência sobre ela.
A balança comercial influencia a inflação interna e é influenciada por ela. A inflação interna
pode influenciar a balança comercial de uma economia porque altera a taxa de câmbio real. Se
a taxa nominal de câmbio está constante e a inflação é nula, a ocorrência de inflação interna
fará com que o câmbio esteja cada vez mais apreciado em termos reais, tornando as importa-
ções mais baratas e as exportações mais caras para os estrangeiros.
Portanto, I, II e III estão incorretas.
Letra b.
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A curva de Phillips advém de uma formulação teórica que foi feita em cima do trabalho do
economista britânico A. Phillips em 1958, que percebeu uma relação inversa entre a taxa de
desemprego e o valor dos salários nominais no Reino Unido num período de quase 100 anos.
Durante o período analisado, a percepção foi de que, quando o desemprego era alto, a inflação
(salários nominais) era baixa, e o inverso era válido.
Vejamos, ainda, a definição de Blanchard em Macroeconomia:
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“Essa relação, que Samuelson e Solow batizaram de curva de Phillips, rapidamente se tornou fun-
damental para o pensamento macroeconômico e a política macroeconômica. Ela parecia implicar
que os países poderiam escolher entre combinações diferentes de desemprego e inflação. Um país
poderia alcançar um desemprego baixo se estivesse disposto a tolerar uma inflação mais alta, ou
poderia atingir a estabilidade do nível de preços – inflação zero – se estivesse disposto a tolerar um
desemprego mais alto. Muito da discussão sobre política macroeconômica tomou-se uma questão
relativa a qual ponto escolher sobre a curva de Phillips”.
Letra b.
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O Brasil adota, desde 1999 (época do acordo com o FMI), o regime de metas de inflação e que
deve ser o objetivo máximo do Banco Central, a autoridade monetária. Nesse regime, o con-
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selho monetário nacional fixa uma meta para a taxa de inflação anual com uma margem para
cima e para baixo, que serve para ancorar as expectativas dos agentes acerca de determinada
taxa de inflação. Para essa meta, o índice utilizado é o IPCA (Índice de Preços ao Consumi-
dor Amplo).
Letra c.
A base monetária é:
M = PP + DV
Onde:
M = Total dos Meios de Pagamento (Oferta de moeda);
PP = Papel-moeda e moedas metálicas em poder do público;
DV = Total dos depósitos à vista nos bancos comerciais.
Lembre-se de que item PP (papel-moeda e moedas metálicas em poder do público) correspon-
de ao conceito de moeda manual.
Por sua vez, o item DV (saldo dos depósitos à vista nos bancos comerciais) equivale ao con-
ceito de moeda escritural (porque não tem forma física, corresponde a registros contábeis nos
bancos comerciais).
Letra b.
a) Errada. O chamado “custo sola de sapato” é o custo que as pessoas que vivem numa situação
de inflação alta incorrem pelo fato de não quererem ficar com dinheiro em mãos, sendo corroído
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pela inflação. Assim elas vão diariamente ao bando depositar o dinheiro que recebem e que, é
associado à moeda NÃO mantida pelas pessoas.
b) Certa. O chamado “custo de menu” é associado àquelas famosas maquininhas de reajuste
de preços. Era como se a empresa tivesse que elaborar um novo menu todos os dias para po-
der alterar os preços.
c) Errada. A redistribuição de riqueza entre devedores e credores é considerada um custo social
Involuntário, na medida em que os mais ricos normalmente se protegem da inflação via inde-
xação, ao contrário dos mais pobres. Logo, a alternativa “c” está errada.
d) Errada. Essa alternativa está incorreta devido à involuntariedade das derivadas da inflação.
e) Errada. Na hiperinflação (inflação em seus maiores níveis) os custos inflacionários são os
mais exacerbados.
Letra b.
De acordo com a Teoria Quantitativa da Moeda, a equação fundamental de que devemos partir é:
M.V = P.Q
Onde:
V – = velocidade da moeda;
P = preços de mercado;
Q = quantidade de produtos transacionada na economia; e
M = Estoque (oferta) de moeda
A multiplicação entre produto real e nível de preços (produto nominal) deve ser igual ao esto-
que de moeda multiplicado pela sua velocidade de circulação.
Entretanto, de acordo com a Teoria Clássica, o produto (Y) e a velocidade da moeda (v) são
constantes no curto prazo, ou seja, uma variação no estoque de moeda (M) gera variação dire-
tamente proporcional no nível de preços (P).
Assim, a Teoria Clássica supõe que “V” é constante.
Letra e.
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Questão sobre inflação inercial. Lembre-se de que a ideia chave numa economia com inflação
inercial é presença da indexação da economia; em função disso, inflação passada vira inflação
presente e inflação futura.
Letra c.
As chamadas políticas econômicas ante cíclicas ou ante recessivas atuam para expandir o
produto agregado. No caso das políticas monetárias expansionistas, atuam basicamente para
elevar a renda via redução da taxa de juros.
Das alternativas elencadas na questão, apenas a “d” caracteriza uma medida de política mo-
netária ante recessiva.
Letra d.
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O examinador pede uma medida de política monetária que pode ser praticada pelo Banco
Central para expandir os meios de pagamento da economia, ou seja, aumenta a liquidez da
economia. Nesse sentido, vamos analisar as alternativas e escolher a correta.
a) Errada. Quando o BACEN vende títulos, ele reduz a liquidez do mercado.
b) Errada. Quando o BACEN eleva a taxa de redesconto, ele reduz a liquidez do mercado.
c) Errada. Quando o BACEN aumenta a oferta de dólares, ele retira Reais da economia e reduz
a liquidez do mercado.
d) Certa. Reduzindo o compulsório dos bancos, uma proporção maior de dinheiro será destina-
da a novos empréstimos, aumentando a liquidez da economia.
e) Errada. O BACEN não empresta dinheiro ao setor público. Além disso, uma redução de oferta
de crédito reduz a liquidez.
Letra d.
Então, teremos:
m = 1_______
1 – d. (1 – r)
m= 1_______
1 – 0,8 (1 – 0,4)
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m = 1,923
Como a base monetária é de 1.000, obtemos o seguinte valor:
1.000 x 1,923 = 1.923
Letra b.
Emitir moeda, em regra, gera inflação. Senão, era só o BACEN emitir moeda suficiente para o
Brasil quitar suas dívidas interna e externa e a maioria dos problemas brasileiros estava resol-
vido, mas a geração de inflação impede uma solução tão simples.
Letra b.
Para reduzir a oferta de moeda, ou seja, para reduzir a liquidez da economia como um todo, o
BACEN atua aumentando a taxa de depósito compulsório, vendendo títulos do governo e au-
mentando a taxa de redesconto bancário.
Letra c.
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Dentre as três razões que levam as pessoas a demandarem moeda, a primeira delas é a deman-
da de moeda para transações. O “Motivo-Transação” nos revela que os indivíduos precisam de
dinheiro para suas transações do dia a dia, para alimentação, transporte, pequenas despesas,
dentre outros. Assim, existe uma necessidade de os indivíduos portarem moeda para realizar
seus negócios diários. As empresas também necessitam manter recursos em caixa para cum-
prir seus compromissos empresariais habituais.
No “Motivo-Precaução”, o público e as firmas precisam ter certa reserva monetária para fazer
face a pagamentos imprevistos, ou atrasos em recebimentos esperados. Os agentes econô-
micos lidam com a incerteza; dessa forma, necessitam ter reservas para enfrentar tais acon-
tecimentos.
Quando ao terceiro motivo que leva as pessoas a demandarem moeda, denominado Motivo-
-Especulação ou Portifólio, note que existe uma relação inversa entre demanda por moeda
para especulação e a taxa de juros. Assim, quanto maior a taxa de juros, menos as pessoas
vão querer deixar dinheiro “parado”, e, quanto menor for a taxa de juros, mais as pessoas vão
querer deixar dinheiro “parado”.
Certo.
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Na verdade, a base monetária se expande quando, por exemplo, ocorre o aumento das reser-
vas internacionais e a compra de títulos públicos pelo Banco Central.
Perceba que, quando o BACEN vende títulos públicos, acaba retirando papel-moeda da econo-
mia e a base monetária se contrai. Quando o BACEN aumenta suas reservas internacionais,
ele troca moeda nacional por moeda estrangeira, ele coloca em circulação mais moeda nacio-
nal, gerando um aumento na Base Monetária, e, em contrapartida, retira moeda estrangeira de
circulação da economia.
Errado.
Tenha em mente que, como a demanda por moeda varia inversamente com a taxa de juros,
quanto maior for a taxa de juros dos títulos, maior será o prêmio para que o agente econômico
abra mão de liquidez e adquira estes títulos. Seguindo essa premissa, aumentar a taxa de juros
(remuneração) destes títulos faz com que eles sejam mais atrativos e os agentes abram mão
de moeda para adquiri-los.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Um aumento do nível de preços faz aumentar a demanda por moeda, já que os agen-
tes passam a necessitar de mais moeda para comprar a mesma cesta de bens e serviços.
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b) Certa. O aumento da taxa de juros dos títulos públicos do tesouro nacional reduz a demanda
por moeda.
c) Errada. É o inverso, ou seja, o multiplicador monetário (m) é a razão entre meios de paga-
mento e base monetária.
d) Errada. Pode tanto criar como destruir. Além disso, a alternativa “d” não especifica a direção
da alteração. Perceba que, se houver elevação do compulsório sobre os depósitos à vista, cairá
o efeito do multiplicador de moeda.
e) Errada. Na verdade, a demanda por moeda varia diretamente com a renda. Quanto maior
o PIB, maior será a demanda dos agentes econômicos por moeda para aquisição de bens
e serviços.
Letra b.
Lembre-se de que o multiplicador monetário (m) pode ser obtido pela razão entre meios de
pagamento no sentido estrito (M1) e a base monetária (B):
M =M1 / B
Lembrando que a base monetária (B) é dada pela soma entre papel-moeda em poder do públi-
co e reservas bancárias e que o M1 é dado pela soma entre papel-moeda em poder do público
e depósitos à vista.
Então, vamos calcular o multiplicador:
m=PMPP+DV / PMPP+R
m=300+2.000 / 300+100
m=2.300 / 400
m=5,75
Letra a.
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“Apenas deixe para amanhã o que você está disposto a morrer tendo deixado de fazer”.
Agora quero pedir um favor para você: avalie nossa aula. É rápido e fácil. Deixe sugestões
de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o seu feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado!
Acredite! Esse é o segredo...
Tenha fé de que tudo vai dar certo!
Siga-me (profmanuelpinon) no instagran e facebook.
Temos excelentes cards para revisão!
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
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GABARITO
1. E 37. e
2. C 38. c
3. b 39. c
4. e 40. b
5. d 41. b
6. d 42. b
7. C 43. a
8. b 44. a
9. E 45. c
10. a 46. b
11. b 47. b
12. a 48. e
13. C 49. c
14. C 50. d
15. a 51. d
16. E 52. b
17. b 53. b
18. E 54. c
19. c 55. C
20. c 56. C
21. b 57. E
22. a 58. b
23. d 59. a
24. b 60. E
25. b
26. a
27. d
28. E
29. a
30. E
31. a
32. e
33. e
34. C
35. d
36. d
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REFERÊNCIAS
DORNBUSCH, R; FISHER, S.; STARTZ, R. Macroeconomia. 11. ed. São Paulo: Editora MC Graw
H., 2013.
VICECONTI, P. V.; NEVES, S. das. Introdução à Economia. 7. ed. São Paulo: Editora Frase, 2005.
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Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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