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BÁSICA
Introdução
O plano de contas patrimoniais é utilizado para a elaboração do ba-
lanço patrimonial; ou seja, é ele que direciona o agrupamento das
contas do balanço. Já o plano de contas de resultado mostra como
deve ser elaborada a demonstração do resultado. Com base nele, são
agrupadas as contas de receita, custos e despesas. Ambos os planos
são elaborados com base nas necessidades de informação da empresa.
Dependendo do porte (pequena, média ou grande empresa) e do ramo
de atividade (comércio, indústria ou serviços), as empresas utilizam
planos de contas diferentes.
Neste capítulo, você vai estudar a estrutura dos planos de contas
patrimoniais e de resultado, verificando, por fim, quais são os cuidados
necessários para a estruturação de um plano de contas.
Ativo Passivo
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Ativo Passivo
Circulante Circulante
Banco Apropriações
Matéria-prima —
Produto acabado A —
Produto acabado B —
(Continua)
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(Continuação)
Ativo Passivo
Imobilizado Empréstimos
— Reservas de lucros
— Reserva legal
— — —
(Continua)
6 Estruturação de um plano de contas: agrupamento de contas do balanço patrimonial e de resultado
(Continuação)
— — —
precisaria ser seguida em todo o plano de contas. A conta caixa, por exemplo,
teria o código 1.1.1.001, em vez de 1.1.1.01.
Por isso, é importante que a estrutura prevista para o plano de contas seja
flexível, atendendo às necessidades do momento da criação do plano, mas
também prevendo a inclusão de novas contas que venham a ser necessárias
ao longo da existência da empresa.
Descrição
Produto A
Produto B
Produto A
Produto B
(Continua)
Estruturação de um plano de contas: agrupamento de contas do balanço patrimonial e de resultado 9
(Continuação)
Por exemplo, as receitas são lançadas nas contas 3.1.1.01 Produto A e 3.1.1.02
Produto B, que são as contas analíticas. Já a totalização das vendas ocorre nas
contas 3.1 Vendas e 3.1.1 Produtos, que são sintéticas. A conta 3.1.1 totaliza a
vendas de produtos, e a conta 3.1 totaliza o total de vendas (o que se tornaria
mais importante se a empresa tivesse também prestação de serviços, pois faria
a totalização do total de receitas — as de vendas e as de serviços).
Veja, no Quadro 6, um modelo de plano de contas para a elaboração da DRE.
(Continua)
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(Continuação)
Observe que a estrutura dos códigos das contas, bem como a classificação
em sintética (1º, 2º ou 3º nível) ou analítica, seguem os mesmos padrões utili-
zados no plano de contas patrimonial. A codificação geralmente utilizada nas
organizações é iniciada com 3 para as receitas e 4 para as despesas, porém,
não segue o mesmo padrão em todas as empresas. Pode haver casos em que
todo o plano de contas de resultado inicia com 3. Nesse caso, as despesas
gerais teriam o código 3.4, as despesas financeiras líquidas teriam o código
3.5, e a provisão para IR e CS teria o código 3.6. Codificações diferentes das
apresentadas também podem ser encontradas.
Estruturação de um plano de contas: agrupamento de contas do balanço patrimonial e de resultado 13
4.1.1.03 Depreciação $ 15
4.1.2.02 Combustíveis $5
4.1.2.03 Comissões $2
2 Passivo
2.1 Circulante
2.1.1.01 Fornecedor A
2.1.1.02 Fornecedor B
2.1.1.03 Fornecedor C
2.1.1.04 Fornecedor D
Veja que uma indústria possui diferentes tipos de estoques e deve controlá-
-los separadamente, pois a informação de que há $ 15.000 em estoque é pouco
qualificada. É preciso saber quanto representa a matéria-prima, os produtos
em elaboração e os acabados. Já no comércio, não há matéria-prima nem
produtos em elaboração, sendo o estoque composto pelos tipos de mercadorias
disponíveis para venda. Por fim, uma empresa prestadora de serviços costuma
não ter produtos em estoque.
O estoque é apenas um exemplo das diferenças entre os planos de contas
considerando a atividade das empresas. Em outros grupos do balanço patri-
monial também podem ocorrer diferenças, bem como na DRE, e o custo acaba
tendo diferentes denominações (Quadro 10).
O autor afirma, ainda, que o plano de contas serve para orientar o registro
das operações contábeis, possibilitando a visualização da real situação da
empresa, independentemente de sua natureza.
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BRASIL. Lei nº. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispões sobre as Sociedades por
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CREPALDI, S. A. Curso de contabilidade básica: resumo da teoria, atendendo as novas
demandas da gestão empresarial, exercícios e questões com respostas. 4. ed. São
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SCHIER, C. U. C. Gestão de custos. Curitiba: Ibpex, 2003.