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Aula 10

BACEN (Analista - Área 2 - Economia e


Finanças) Macroeconomia (Parte do
Conhecimentos Específicos) - 2024
(Pós-Edital)

Autor:
Celso Natale

19 de Fevereiro de 2024

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Celso Natale
Aula 10

SUMÁRIO
1 Política Macroprudencial e Estabilidade Financeira...................................................................... 3
2 Riscos das Instituições Financeiras ................................................................................................... 3
2.1 Risco de Crédito ............................................................................................................................ 4
2.2 Risco de Mercado .......................................................................................................................... 6
2.3 Risco de Liquidez........................................................................................................................... 7
2.4 Risco Operacional ......................................................................................................................... 8
2.5 Risco sistêmico ............................................................................................................................... 9
3 Regulação Macroprudencial .......................................................................................................... 10
3.1 Segmentação para regulação prudencial............................................................................... 10
4 Acordos de Basiléia para supervisão bancária............................................................................ 11
4.1 Basileia I ....................................................................................................................................... 13
4.2 Basileia II ...................................................................................................................................... 14
4.3 Basileia III ..................................................................................................................................... 15
4.4 Princípios fundamentais de Basiléia ........................................................................................ 16
5 Requerimento de capital prudencial ............................................................................................ 21
5.1 Basileia III e padrões de requerimento de capital ................................................................. 22
5.2 Apuração e exigência do Patrimônio de Referência ............................................................. 36
5.3 Apuração do patrimônio de referência (PR) nível 1 e nível 2 ............................................... 37
5.4 Apuração do patrimônio de referência exigido (PRE) .......................................................... 57
6 Estrutura Simplificada: PRS5 e RWAS5 ............................................................................................ 64

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Referências Bibliográficas ...................................................................................................................... 69


Resumos e Esquemas ............................................................................................................................. 70
Questões Comentadas........................................................................................................................... 85
Gabarito.................................................................................................................................................. 174

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INTRODUÇÃO
Saudações! Aqui é o professor Celso Natale, e peço que leia as informações a seguir.

Nesta aula, iremos cobrir o seguinte assunto do edital:

3. Política macroprudencial e estabilidade financeira.

Aqui, a banca foi bastante vaga. Quem tem experiência em concursos sabe que quanto mais
curto um tópico, pior para o candidato, porque aí a banca pode cobrar praticamente tudo sobre
o assunto. Mas eu tenho minha interpretação:

O que aconteceu foi que quiseram enxugar o edital anterior, que tinha uma matéria inteira para
Supervisão de Instituições Financeiras, mas não quiseram deixar de cobrar esse tema tão
importante para o Banco Central, que representa uma parte gigante e importante se sua missão:
a solidez do sistema financeiro.

Portanto, acredito que precisamos mergulhar fundo neste tema. E não tem como falar sobre
política macroprudencial e estabilidade financeira sem falar de:

1. Basileia (Regulamentação Macroprudencial);


2. Medidas Prudenciais Preventivas;
3. Riscos financeiros.
4. Requerimentos de capital prudencial.

Os temas estão na ordem que acredito serem mais importante, ou seja, mais prováveis de cair
na prova. Basileia é o básico de política macroprudencial, enquanto os requerimentos de capital
são algo bem complexo e específico. A banca pode cobrar considerando o que colocou no
edital? Creio que pode.

Mas, se você acha que a banca vai cobrar apenas os conceitos de Política macroprudencial e de
Estabilidade Financeira, não digo que você está errado. Não temos como prever com certeza.
Mas digo que é arriscado ficar apenas nos conceitos. Mas é uma aposta que não posso fazer por
você. Então, logo no primeiro tópico, teremos esses conceitos muito bem definidos.

Agora, se você quer garantir uma preparação de alto nível, vamos à aula completa! E não se
assuste com o número de páginas. Quase tudo é de esquemas e de questões para praticar.

@profcelsonatale

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1 POLÍTICA MACROPRUDENCIAL E ESTABILIDADE FINANCEIRA

Vamos começar definindo o que é a política macroprudencial.

Uma política, de forma geral, é um conjunto de diretrizes que alguém adota para lidar com
determinado tema. A política fiscal, por exemplo, é a forma como o governo lida com seus gastos
e sua arrecadação.

O termo macro indica um olhar para o todo, em vez de olhar para partes isoladas (micro). Assim,
por exemplo, a Macroeconomia olha para os grandes agregados, como PIB, taxa de câmbio, taxa
de juros – enquanto a Microeconomia olha para os agentes econômicos, como consumidores e
empresas, em determinados mercados.

Prudencial é feito com prudência, ou seja, que busca evitar problemas antes que aconteçam. É
diferente de uma visão punitiva. Sendo assim, quando um órgão de trânsito orienta os motoristas
a usarem o cinto, está sendo prudencial, mas quando aplica uma multa, está punindo. A
supervisão de instituições financeiras do Banco Central do Brasil tem orientação prudencial
(tanto macro quanto micro, embora iremos focar na primeira, dada a orientação do edital).

A política macroprudencial, portanto, é a forma como a autoridade do sistema financeiro (o


Banco Central) lida com os riscos do sistema financeiro. Falaremos muito sobre esses riscos, mas
note desde já que eles são “inimigos” da estabilidade financeira.

Estabilidade financeira é definida, pelo próprio BCB, como a manutenção, ao longo do tempo e
em qualquer cenário econômico, do regular funcionamento do sistema de intermediação
financeira entre famílias, empresas e governo. Faz parte da missão do BCB assegurar que o
sistema financeiro seja sólido e eficiente.

A partir daqui, começamos a aprofundar.

2 RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS


Começamos esta aula definindo os riscos aos quais as Instituições Financeiras (IF) estão
sujeitas.

E há dois motivos muito práticos para isso: além de ser um tema explicito do edital, como você
verá, todos os demais assuntos da aula estão relacionados a esses riscos.

Naturalmente, os riscos são inúmeros, mas aqueles que nos interessam são três, e nos interessam
porque são um agrupamento internacional adotado também pelo Banco Central do Brasil, e, de
certa forma, englobam praticamente qualquer risco das IF que podemos imaginar.

Então, vou apresentar de forma bem direta, e depois desenvolveremos cada um deles. São eles:

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1. Risco de Crédito
2. Risco de Mercado
3. Risco de Liquidez
4. Risco Operacional

Podemos dizer que são igualmente importantes, tanto do ponto de vista de das IF e do BCB,
quanto do seu ponto de vista: são igualmente incidentes e “cobráveis em prova”.

Mas o que pode ser cobrado? Para começar, todo o modelo de Supervisão do Banco Central é
baseado em riscos. Veja o seguinte trecho do Manual de Supervisão do BCB:

O Modelo de Supervisão adotado, observando as melhores práticas


internacionais, é o da supervisão baseada em riscos, com foco na avaliação de
riscos e controles das Entidades Supervisionadas – ESs, consubstanciado em
processo integrado e contínuo e observando também os objetivos tradicionais
==34ca4f==

de supervisão, como a verificação de elementos relevantes das demonstrações


contábeis e o atendimento às leis e à regulamentação aplicáveis.

Neste ponto, convém lembrar que o Banco Central também supervisiona instituições não
financeiras1, como as Administradoras de Consórcios e as Instituições de Pagamento.

Sendo assim, adotarei, quando se aplicar, o termo Entidades Supervisionadas (ES), termo que
inclui tanto instituições financeiras quanto as demais supervisionadas pelo BCB.

Mas voltando ao tema, definiremos cada tipo de risco, de forma mais aprofundada.

2.1 Risco de Crédito

De uma forma bem direta e, confesso, um pouco grosseira, o risco de crédito é o risco de
calote. De forma um pouco mais técnica, podemos ficar com:

RISCO DE CRÉDITO

É a possibilidade de uma operação de crédito não ser honrada pelo


tomador, gerando perdas para o credor.

Portanto, quando uma IF pede um comprovante de renda ou quando analisa o extrato de um


cliente que está pedindo um empréstimo, ela está buscando reduzir o risco de crédito. Garantias
também são importantes mitigadores do risco de crédito.

1
As definições de Instituições Financeiras e Não Financeiras são tratadas no curso de Sistema Financeiro Nacional.

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Contudo, o risco de crédito é mais abrangente do que pode parecer à primeira vista. E a
definição presente na Resolução CMN nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, deixa isso claro
(alguns termos podem ser novos, mas não se preocupe: explicarei na sequência):

Art. 21. Para fins desta Resolução, define-se o risco de crédito como a possibilidade de
ocorrência de perdas associadas a:

I - não cumprimento pela contraparte de suas obrigações nos termos pactuados;

II - desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em instrumento


financeiro decorrentes da deterioração da qualidade creditícia da contraparte, do
interveniente ou do instrumento mitigador;

III - reestruturação de instrumentos financeiros; ou

IV - custos de recuperação de exposições caracterizadas como ativos problemáticos,


nos termos do art. 24.

Vamos começar a compreender. Contraparte é um termo que inclui (os dois primeiros são mais
importantes):

a) o tomador de recursos;
a pessoa, física ou jurídica, que pega um empréstimo
b) o garantidor;
por exemplo, um fiador ou avalista em uma operação de crédito
c) o emissor de título ou valor mobiliário adquirido;
uma companhia que emite uma debênture, por exemplo
d) o usuário final perante o emissor de instrumento de pagamento pós-pago
o titular de um cartão de crédito
e) o emissor perante o credenciador de instrumento de pagamento;
esse é um pouco mais técnico, mas, resumidamente, seria um banco emissor de um
cartão de crédito perante uma credenciadora, como a Stone, a Rede ou a Cielo.
Como esse banco precisa repassar uma parte dos valores para a credenciadora, há
risco de crédito envolvido.
f) a instituição devedora de outra instituição decorrente de acordo de interoperabilidade
entre diferentes arranjos de pagamento;
ainda mais técnico e específico, mas significa, basicamente, uma instituição pode ficar
devedora de outra no âmbito de um acordo para transferir pagamentos entre diferentes
arranjos, como o Pix e cartões de alimentação, por exemplo.

Em seguida, precisamos entender o que quer dizer “desvalorização, redução de remunerações


e ganhos esperados em instrumento financeiro decorrentes da deterioração da qualidade
creditícia da contraparte, do interveniente ou do instrumento mitigador”.

Um exemplo ajuda: suponha que você é gestor da carteira de um banco. Seu trabalho envolve
manter e negociar uma série de ativos para, entre outros objetivos, obter lucro.

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Agora, suponha que você tem R$20 milhões em debêntures emitidos pela Loja Zamericanas S.A.,
ou seja, você tem papeis nos quais a Zamericanas se compromete a pagar R$30 milhões para
você, digamos, daqui a de 5 anos. Mas, se você for vender hoje, essas debentures valem R$20
milhões.

De repente, surge um escândalo envolvendo a Zamericanas, e o mercado passa a duvidar


seriamente que ela honrará com suas obrigações. Seus papeis que poderiam ser vendidos por
R$20 milhões ontem, talvez não valham nem R$10 milhões hoje. Isso se você encontrar alguém
disposto a assumir o risco.

Note que a contraparte não desonrou o acordo com você. Nem poderia, porque o papel ainda
não venceu. Mas o risco de crédito também inclui a situação narrada: a desvalorização
decorrente da deterioração da contraparte.

Prosseguimos!

Reestruturação de instrumentos financeiros é como chamamos a boa e velha “renegociação


de dívidas”. Essa renegociação, naturalmente, consiste em conceder alguma vantagem à
contraparte: pode ser um desconto na dívida, um prazo maior, a liberação ou troca de uma
garantia. Tudo isso implica em prejuízo para instituição financeira, embora menor do que a
inadimplência total.

Por fim, precisamos definir ativo problemático. E, na verdade, isso é bem objetivo. Um ativo
problemático é aquele que:

• está em atraso há mais de 90 dias; ou


• tem indicativos de que não será integralmente honrado.

Viu só? Basicamente, o risco de crédito também inclui os custos envolvidos com cobrança e
outros, como quando o banco chega ao extremo de precisar tomar uma garantia: custos com
leilão, avaliação, cartórios, documentos etc.

Com isso, você concorda que é bem mais do que parecia no começo, né?

2.2 Risco de Mercado

Se o risco de crédito tem a ver com a IF e sua contraparte, o risco de mercado é bem mais
abrangente, e diz respeito à relação entre a IF e o mundo.

Calma, que eu explico.

RISCO DE MERCADO

É definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da


flutuação nos valores de mercado de instrumentos detidos pela instituição.

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Só para introduzir com um exemplo: se uma mudança na Taxa Selic, a taxa básica de juros,
pode gerar perdas para a IF, isso é risco de mercado.

O risco de mercado, é claro, inclui muitas outras variáveis além da taxa básica de juros, tais como:

a) taxas de juros
b) preços de ações
c) variação cambial
d) preços de mercadorias (commodities)

Um exemplo?

Bem, desta vez, seu banco fez um empréstimo em dólares para a Companhia Vale do Mar Doce.
Se o dólar cair, o banco terá uma perda, que nada tem a ver com risco de crédito ou com a
situação financeira da Vale (do Mar Doce). Ela continua pagando direitinho, mas agora o dólar
vale menos do que quando você emprestou.

Portanto, guarde bem: flutuações em variáveis macroeconômicas que afetam a economia


como um todo são relacionadas ao risco de mercado.

2.3 Risco de Liquidez

Um risco muito mais imediato é o risco de liquidez e, de certa forma, capaz de causar uma crise
enorme em pouquíssimo tempo.

Começamos com uma definição técnica.

RISCO DE LIQUIDEZ

A possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar suas obrigações


esperadas e inesperadas, correntes e futuras, sem afetar suas operações diárias
e sem incorrer em perdas significativas.

Note que, desta vez, quem pode dar o “calote” é a própria instituição financeira.

E, na realidade, as instituições financeiras fazem milhares de pagamentos umas para as outras


todos os dias. Cada Pix que você faz provoca um pagamento desses. Em um único dia, o SFN
movimenta algumas vezes o PIB brasileiro.

Então imagine a seguinte situação: o Banco Alfa precisa fazer um pagamento para o Banco Beta
no valor de R$2 bilhões até o meio-dia.

Mas tem um problema: o Banco Alfa “só” tem R$50 milhões na conta dele (lá no Banco Central,
que é onde os bancos têm conta).

Às 16h, o Banco Alfa vai receber R$10 bilhões, mais do que o suficiente para pagar a dívida, né?
Mas a questão é: ele não terá os R$2 bilhões ao meio-dia!

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Isso é o que chamamos de problema de liquidez.

Apesar de o Banco Alfa ter muitos ativos, uma carteira de empréstimos concedidos enorme e
uma linda sede na Faria Lima, se precisar levantar esse dinheiro rápido, com certeza terá que
vender barato seus ativos. É isso que a definição ali no quadro acima quis dizer com “perdas
significativas”.

Pode ser que ele precise vender alguma coisa “no desespero”, como um título público ou
privado, e incorrer em prejuízo por conta disso. Mas essa, ter que vender algo com prejuízo, é a
situação intermediária.

Uma solução mais simples e usual é pegar um empréstimo com o BC ou com outro banco. Afinal,
o Banco Alfa vai receber R$10 bilhões em algumas horas, lembra?

E no outro extremo tem a situação na qual ele não consegue ou não tem nada para vender. Nesse
caso, a coisa pode ficar bem feia, porque o Banco Beta não vai receber, e talvez ele estivesse
precisando desse dinheiro para pagar os Bancos Gama e o Banco Theta (sem quinta série aqui,
ok? É só uma letra grega). Isso pode levar a uma “queda de dominó”, um contágio no sistema
inteiro.

Portanto, podemos entender o risco de liquidez como a possibilidade de não ter ativos líquidos,
facilmente conversíveis em dinheiro, para honrar suas obrigações imediatas, tendo muitos ativos
de menor liquidez ou não.

2.4 Risco Operacional

Esse risco, na verdade, é comum a todas as empresas, mesmo fora do mercado financeiro.

O risco operacional tem a ver com erros humanos e de sistemas.

Mas vamos à definição técnica.

RISCO OPERACIONAL

Possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou de


falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas

Portanto, um exemplo bem simples seria o piloto de reservas – a pessoa responsável por operar
as contas de uma IF no Banco Central – digitar um número errado e, em vez de pagar o que devia
para outra IF, enviar o dinheiro para a conta errada.

Contudo, a definição é mais ampla, e o risco operacional também inclui:

I. fraudes internas; um contador da IF camuflando prejuízos, por exemplo


II. fraudes externas; um prestador de serviço de internet que roube dados dos clientes da IF.
III. demandas trabalhistas e segurança deficiente do local de trabalho; um ex-funcionário
processa o banco por ter sofrido um acidente de trabalho.

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IV. práticas inadequadas relativas a usuários finais, clientes, produtos e serviços; incluindo a
inadequação ou à deficiência em contratos firmados com clientes
V. danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição;
VI. situações que acarretem a interrupção das atividades da instituição ou a descontinuidade
dos serviços prestados, incluindo o de pagamentos;
VII. falhas em sistemas, processos ou infraestrutura de tecnologia da informação (TI);
VIII. falhas na execução, no cumprimento de prazos ou no gerenciamento das atividades da
instituição, incluindo aquelas relacionadas aos arranjos de pagamento.

Portanto, o risco operacional acaba por abarcar todos os demais riscos não incluídos nos três
primeiros, incluindo o chamado risco legal.

Agora que conhecemos os riscos aos quais estão sujeitas as instituições financeiras, vamos dar
um passo adiante.

2.5 Risco sistêmico

Esse, no nosso contexto de prova, é o mais importante.

O risco sistêmico é o risco de ocorrência de eventos ou situações capazes de comprometer a


estabilidade de todo o sistema financeiro, afetando várias instituições simultaneamente. Esse
risco está associado à interdependência entre as instituições financeiras e a possibilidade de
contágio e ampliação de problemas em toda a estrutura financeira.

Sim. É o caos!

E, de certa forma, está relacionado a todos os demais riscos.

Na verdade, podemos até construir uma situação hipotética que abarca todos os riscos
anteriores e manifesta o risco sistêmico.

Veja, imagine que uma instituição financeira X está excessivamente exposta ao câmbio (risco de
mercado), e por um movimento do mercado vê seus ativos derreterem. Com isso, ela fica sem
recursos para pagar suas obrigações de um determinado dia (risco de liquidez), e outra
instituição Y que era sua credora e dependia desses recursos toma o calote (risco de crédito). A
instituição Y, por sua vez, deixa de pagar 3 credores, que deixam de pagar outros 9 credores,
que deixam de ter recursos para saques de seus clientes, que entram em desespero quando
ficam sabendo que o “banco não tem dinheiro” e exigem saques que não exigiriam em outra
situação... É como uma queda de dominó, e um desastre colossal.

Mas não se preocupe. Daqui a poucos minutos, você vai entender como o Banco Central atua
para evitar que isso ocorra. E dentro de alguns meses, poderá estar ajudando nesse trabalho.

Resumidamente, o Banco Central vai buscar garantir que a instituição financeira X, para começo
de conversa, não se exponha excessivamente a riscos. E que, mesmo se algo assim acontecer,
ela tenha reservas suficientes para “aguentar o tranco”. Mas vamos começar a aprofundar.

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3 REGULAÇÃO MACROPRUDENCIAL
A regulamentação ou regulação prudencial pode ser compreendida como um conjunto de
regras financeiras que estabelecem requisitos para as instituições financeiras, com o objetivo de
gerenciar riscos.

Parte desse gerenciamento de risco consiste em “separar um dinheiro”, por precaução, para
fazer frente a ocorrências relacionadas aos riscos que conhecemos. Mas isso será aprofundado
em outro momento.

As regras prudenciais visam evitar que dificuldades ou até mesmo a quebra de uma instituição
financeira cause um efeito em cascata no sistema financeiro, resultando em perdas para a
sociedade como um todo. Esse efeito em cascata é conhecido como risco sistêmico.

Naturalmente, os requisitos prudenciais não impedem que uma instituição financeira enfrente
dificuldades ou vá “à falência”, mas têm o objetivo de minimizar os efeitos negativos caso isso
ocorra.

Mas uma pergunta importante é: será que faz sentido exigir que o Banco do Brasil e uma
pequena instituição de microfinanças sigam as mesmas regras? Claro que não! Aí entra o que
chamamos de segmentação.

3.1 Segmentação para regulação prudencial

A segmentação refere-se à classificação das instituições supervisionadas do Sistema Financeiro


Nacional (SFN) em cinco segmentos, levando em consideração:

• o tamanho
• a atividade internacional
• o perfil de risco

Essa segmentação permite a aplicação de regulamentações mais adequadas para cada tipo de
instituição, especialmente as de menor porte, que geralmente são mais dinâmicas e inovadoras,
mas possuem menor risco sistêmico, ou seja, sua quebra tende a impactar pouco outras
instituições e a sociedade.

Com a segmentação, as instituições menores devem cumprir regras mais simples do que aquelas
aplicadas aos grandes bancos. Ter regras prudenciais adequadas à complexidade das atividades
e ao perfil de risco de cada instituição contribui para uma intermediação financeira mais eficiente,
reduzindo custos e incentivando a competição no mercado financeiro.

Os segmentos são S1, S2, S3, S4 e S5.

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SEGMENTOS COMPOSIÇÃO PORTE* E ATIVIDADE INTERNACIONAL

Maior ou igual a 10% do PIB


S1 Bancos**
(ou atividade internacional relevante)

Bancos de tamanho inferior a 10% do


S2 PIB e demais instituições com tamanho De 1% a 10% do PIB
superior a 1% do PIB

S3 Bancos e instituições não bancárias De 0,1% a 1% do PIB

S4 Bancos e instituições não bancárias inferior a 0,1%


Instituições não bancárias com perfil
S5 de risco simplificado
inferior a 0,1%

* O porte das instituições é medido pela razão da exposição total ou do ativo total em relação
ao PIB.

** Para fins didáticos, o termo bancos compreende: bancos múltiplos, bancos comerciais,
bancos de investimento, bancos de câmbio e Caixa Econômica Federal (CEF).
Fonte: BCB

Parte do nosso trabalho será especificar as principais regras para cada segmento, nos termos do
que está no edital.

4 ACORDOS DE BASILÉIA PARA SUPERVISÃO BANCÁRIA


Os Acordos de Basileia são daqueles assuntos que raramente aparecem no edital, e mais raros
ainda de serem cobrados. Por isso, nossas questões são um pouco escassas, especialmente para
a versão mais recente do acordo.

A cobrança nas questões é basicamente de dois tipos: os objetivos e as exigências dos acordos,
com a banca muitas vezes, por exemplo, atribuindo uma exigência do acordo X ao acordo Y
(estando errada, portanto).

Por isso, concentre sua atenção no que foi definido na primeira versão do acordo, e depois nas
diferenças trazidas pelas demais versões.

Eu já adiantei que o mais importante é você saber o que é definido em cada versão dos acordos
de basileia. Isso, naturalmente, levanta algumas perguntas:

• O que é “Basileia”?
• Quem participa desses acordos?
• Sobre o que eles tratam?

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• Por que tem várias versões?

E começamos respondendo essas, ainda que de forma preliminar, para que você tenha um bom
panorama antes de aprofundarmos.

Basileia é uma (linda) cidade na Suíça. Mas calma! Essa não é a resposta que você busca...

No contexto desta aula (e das questões sobre o assunto), quando falamos em “Basileia”, estamos
nos referindo ao Comitê de Basileia.

O Comitê de Basileia para Supervisão Bancária (BCBS – Basel Committee on Banking Supervision,
na sigla em inglês) é um fórum internacional para discussão e formulação de recomendações
para a regulação prudencial e cooperação para supervisão bancária.
Os membros desse comitê são autoridades monetárias (bancos centrais) e supervisoras de 28
jurisdições. Utilizamos “jurisdições” em vez de “países” por causa da Zona do Euro, que possui
uma autoridade monetária única, mas não é errado falar em países.
O Comitê foi criado no âmbito do Banco de Compensações Internacionais (Bank for International
Settlements – BIS), cuja sede fica em Basileia, e daí veio o nome.
O objetivo do comitê é reforçar a regulação, a supervisão e as melhores práticas bancárias
para a promoção da estabilidade financeira.
Portanto, ele faz recomendações para os países que visam harmonização da regulação
prudencial (regulação que visa evitar problemas) adotadas pelos seus membros, com objetivo
de melhorar também a competição entre os bancos internacionalmente ativos.
Essas recomendações tomam a forma de Acordos, que são compostos por princípios essenciais
para supervisão bancária eficaz, padrão utilizado internacionalmente para avaliação da eficácia
da supervisão bancária de um país.

Na prática, funciona mais ou menos assim: o comitê define princípios a serem seguidos pelos
reguladores e supervisores do setor bancário dos países. No Brasil, essa entidade é o Banco
Central do Brasil, junto com o Conselho Monetário Nacional.

Assim, o BCB e o CMN podem adotar os princípios e exigir que os bancos brasileiros cumpram
uma série de regras visando à estabilidade financeira.

Portanto, não há obrigatoriedade de adoção, mas ao não adotar os princípios, o país fica de fora
dos padrões internacionais, e isso pode dar uma percepção muito ruim.

E, para responder à última pergunta, há várias versões dos acordos porque o sistema financeiro
está em constante mudança, causada tanto pelas inovações quanto pelas crises que afetam o
setor. Por isso, os princípios são revisados e renovados, gerando novas versões a serem adotadas
(ou não) pelos países participantes.

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4.1 Basileia I

O acordo conhecido como Basileia I foi definido em 1988.

Ele fazia recomendações de exigências mínimas de capital para as instituições financeiras


internacionalmente ativas para fins de mitigação do risco de crédito. Vamos lembrar:

RISCO DE CRÉDITO
É a possibilidade de uma operação de crédito não ser honrada pelo tomador,
gerando perdas para o credor.

Ou seja, os bancos passaram a ter que “separar e guardar um dinheiro” (capital) para arcar com
os eventuais calotes de seus clientes e demais consequências do risco de crédito.
Assim, foi definida a quantidade de capital que a instituição deve manter provisionada, de acordo
com o grau de risco de cada operação ativa realizada (quando o banco concede um empréstimo,
trata-se de uma operação ativa).
Quanto maior o risco, maior a necessidade de provisionamento de capital pela instituição.
Esse requerimento de capital é um percentual: o famoso Índice de Basileia, calculado de acordo
com o grau de exposição da instituição financeira.
Ainda teremos uma parte da aula na qual aprofundaremos as exigências de capital e o Índice de
Basileia, mas ele é basicamente uma relação entre o capital (dinheiro que ela possui) e os ativos
(dinheiro que ela emprestou) da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o
objetivo de criar exigências mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer
face ao risco de crédito.
Em 1996, essas recomendações foram aprimoradas com a incorporação de requerimentos para
a cobertura dos riscos de mercado no capital mínimo exigido das instituições financeiras.
Lembrando:

RISCO DE MERCADO

Definido como a possibilidade de perdas decorrentes de oscilações em


variáveis macroeconômicas, como câmbio, juros, preços de ações, entre outros.

Sendo assim, perceba que inicialmente o capital era apenas para o “risco de crédito”, enquanto
o “risco de mercado” foi adicionado apenas na revisão de 1996, ainda no âmbito do acordo de
Basileia I.

Note também que o risco de mercado é algo que independe do tomador e do próprio credor.
Se o indivíduo deixa de pagar um empréstimo porque ficou desempregado, é risco de crédito,
mas se o banco me emprestou para eu pagar em dólar e o dólar perde muito valor, o banco tem
prejuízos decorrentes de risco de mercado.

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4.2 Basileia II

Basileia II entrou em vigor em 2004, como uma revisão do primeiro acordo.

Foram agregados à exigência de capital prudencial 25 princípios para avaliação mais precisa
dos riscos incorridos por instituições financeiras internacionalmente ativas.

Falaremos sobre esses princípios adiante, já que são muito e podem ser compreendidos – e,
portanto, cobrados – de forma apartada.

A segunda versão do acordo também detalhou 3 pilares para a regulação prudencial:


1. Critérios para o cálculo dos requerimentos mínimos de capital.
2. Princípios de supervisão para a revisão de processos internos de avaliação da adequação de
capital.
3. Incentivo à disciplina de mercado por meio de requerimentos de divulgação ampla de
informações relacionadas aos riscos assumidos pelas instituições.
Uma importante evolução em relação ao Basileia I foi o avanço de uma regulação elaborada de
uma forma uniforme para todas as instituições para outra baseada na autorregulação
incentivando as instituições a controlarem seus próprios riscos, algo bastante evidente no pilar
3, além da previsão do risco operacional.
Uma definição resumida do risco operacional:

RISCO OPERACIONAL

Definido como a possibilidade de perdas decorrentes de falhas humanas ou


fraudes.

Aproveitamos para ver os três pilares com maior nível de detalhamento.

4.2.1 Os três pilares de Basileia II

Pilar 1 – requerimentos mínimos de capital


o além dos riscos de crédito e de mercado, inclui o risco operacional, definido como a
possibilidade de perdas decorrentes de falhas ou fraude;
o inclui novas formas de cálculo que incluem modelos internos de avaliação de risco;
o inclui requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência, de Nível I e Capital
Principal.
Pilar 2 – revisão dos processos internos de avaliação da adequação de capital

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o incentiva a aplicação, pelos próprios supervisionados, de melhores práticas de


gerenciamento de riscos por meio do seu monitoramento e mitigação;
o os supervisores devem avaliar a forma como as instituições calculam o capital exigido
e intervir quando necessário;
o inclui riscos não cobertos no Pilar 1.
Pilar 3 – disciplina de mercado
o regras que promovam maior transparência de informações sobre o perfil de riscos e
os níveis de capital;
o padronização de procedimentos contábeis e divulgação das informações;
o promover a autorregulação.

4.3 Basileia III

Basileia III, de 2010, surgiu em resposta à crise financeira internacional de 2008.

O objetivo é o fortalecimento das capacidades de as instituições financeiras absorverem


choques provenientes do próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia,
reduzindo o risco de propagação de crises financeiras para a economia real, bem como
eventual efeito dominó (risco sistêmico) no sistema financeiro em virtude de seu agravamento.
As principais inovações e componentes fortalecidos foram:
o elevação da quantidade e da qualidade do capital regulatório;
o aumento dos níveis de requerimento de capital;
o aperfeiçoamento dos fatores para a ponderação de ativos pelo risco;
o introdução de colchões de capital (também chamados de buffers) de conservação e
contracíclicos;
o novos requerimentos de liquidez e de alavancagem;
o requisitos prudenciais para as instituições sistêmicas.
O Brasil iniciou a implementação do Acordo em 2013, e segue em andamento para adesão
completa.

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Basileia I (1988)

• Introduzidas exigências de capital mínimo para as instituições financeiras, em


função do risco de suas operações ativas (Índice de Basileia).
• Em revisão, foi incluída exigência para o risco de mercado.

Basileia II (2004)

• Introdução dos 3 pilares: requerimentos mínimos de capital; supervisão dos


processos internos da adequação de capital; disciplina de mercado.
• Introdução de tratamento para risco operacional.

Basileia III (2010)

• Reforço da qualidade e da quantidade do capital regulatório a fim absorver


perdas não esperadas e reduzir o impacto de crises financeiras sobre os
demais setores da economia.

4.4 Princípios fundamentais de Basiléia

Além das recomendações, o Comitê de Basileia divulga princípios essenciais para supervisão
bancária eficaz (Basel core principles), padrão utilizado internacionalmente para avaliação da
eficácia da supervisão bancária de um país.

Incialmente eram 25 princípios, mas foram feitas alterações em 2012 e, atualmente, são 29
princípios divididos em 2 grupos:

• poderes de supervisão (princípios 1 a 13) e


• regulação prudencial (princípios 14 a 29).

Os princípios apresentam poderes que os supervisores devem ter para conferir segurança e
solidez ao sistema financeiro.

A atualização foi feita incorporando lições da crise do subprime e outros avanços regulatórios
ocorridos após a publicação original. Os novos princípios estão relacionados à governança
corporativa, divulgação e transparência.

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PODERES DE SUPERVISÃO, RESPONSABILIDADES E FUNÇÕES (1 a 13)

1. Responsabilidades, objetivos e poderes


• Responsabilidades e objetivos claros para cada autoridade envolvida na supervisão
de bancos e grupos bancários.
• As autoridades com poder de supervisão devem autorizar bancos, conduzir a
supervisão, verificar o cumprimento das leis e executar ações corretivas
tempestivamente.
2. Independência, prestação de contas, recursos e proteção legal para supervisores
• Os supervisores devem ter independência operacional, processos transparentes,
boa governança e recursos adequados.
• Não deve haver interferência governamental ou do mercado que comprometa a
independência do supervisor.
3. Cooperação e colaboração
• Cooperação e colaboração com as autoridades domésticas relevantes e com os
supervisores estrangeiros.
• Necessidade de proteger informações confidenciais.
4. Atividades permitidas
• Definição clara das atividades dos supervisionados.
• Controle do uso do nome “banco” pelas instituições.
5. Critérios de licenciamento
• O supervisor deve ter poder para definir critérios e rejeitar pedidos de autorização
e funcionamento que não os atendam.
• O processo de licenciamento deve consistir, no mínimo, em uma avaliação da
estrutura de propriedade e de governança, incluindo a propriedade dos membros
do conselho e gestores dos níveis mais altos, além da sua estratégia e plano de
operação, controles internos, gestão de riscos e condição financeira projetada.
• Onde o controlador for um banco estrangeiro, deve haver um consentimento
prévio do supervisor do seu país de origem.
6. Transferência de propriedade significativa
• O supervisor deve ter o poder de rever, rejeitar ou impor condições para propostas
de transferência de propriedade significativa ou de participação em controladas.
7. Principais aquisições
• O supervisor deve ter poder para aprovar, rejeitar o impor condições para
aquisições ou investimento de bancos.
8. Abordagem de supervisão
• O supervisor deve manter um olhar prospectivo do perfil de risco dos bancos,
proporcionado pelo seu risco sistêmico.

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• Identificar, avaliar e enfrentar os riscos emanados pelos bancos e pelo sistema


bancário como um todo.
• Deve ter meios para agir, em parceria com outras autoridades, para liquidar bancos
de uma maneira ordenada caso eles se tornem inviáveis.
9. Técnicas e ferramentas de supervisão
• Extensão apropriada de técnicas e ferramentas de supervisão e aplicação de
recursos em base proporcional ao perfil de risco e importância sistêmica dos
bancos.
10. Relatórios de supervisão
• Supervisor coleta, revisa e analisa relatórios prudenciais e análises estatísticas
enviadas pelos bancos.
11. Poderes corretivos e sancionatórios dos supervisores
• O supervisor deve agir tempestivamente para coibir práticas inseguras ou ilegais.
• O supervisor deve possuir competência para revogar a licença de um banco ou
para recomendar a sua revogação.
12. Supervisão consolidada
• Aplicação de padrões prudenciais para todos os aspectos dos negócios
conduzidos pelo mundo pelo grupo bancário.
13. Relacionamentos “home-host”
• O texto original fala em relacionamento “home-host”, o que está relacionado aos
bancos internacionalmente ativos, e significa o relacionamento entre o supervisor
do país sede do banco e o supervisor do país em que ele está hospedado. Por
exemplo, para um banco espanhol que atua no Brasil, seria o relacionamento entre
o supervisor da Espanha (home) e o supervisor do Brasil (host).
• Os supervisores devem requerer que as operações locais dos bancos estrangeiros
sejam conduzidas nos mesmos padrões das dos bancos domésticos.

REGULAMENTOS E REQUISITOS PRUDENCIAIS (14 a 29)

14. Governança corporativa


• Os bancos devem possuir políticas robustas de governança corporativa e de
cobertura de processos.
15. Processo de gerenciamento de risco
• Os bancos devem identificar, medir, avaliar, monitorar, reportar e controlar ou
mitigar todos os riscos materiais em base oportuna e avaliar a adequação do seu
capital e da sua liquidez em relação ao seu perfil de risco e às condições de
mercado e macroeconômicas.
16. Adequação de capital
• O supervisor define níveis de requerimento de capital prudentes e apropriados,
que reflitam os riscos tomados.

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• O supervisor define os componentes do capital, tendo em mente sua capacidade


de absorver perdas.
• O supervisor pode determinar quantidades adicionais de capital, acima do índice
normal.
17. Risco de crédito
• Os bancos devem ter um adequado processo de gerenciamento de risco, que leva
em consideração o apetite de risco, o perfil de risco e as condições
macroeconômicas e de mercado.
• O ciclo completo de crédito deve ser coberto, incluindo a subscrição do crédito, a
avaliação de crédito e a posterior gestão das carteiras de crédito e de investimento
do banco.
18. Ativos problemáticos, provisões e reservas
• Os bancos devem ter políticas e processos adequados para a identificação
tempestiva de ativos problemáticos e manutenção de provisões e reservas em
níveis adequados.
19. Risco de concentração e limites de grande exposição
• Os bancos devem ter políticas e processos adequados para identificar, medir,
avaliar, monitorar, relatar e controlar ou mitigar os riscos de concentração
tempestivamente.
• Os supervisores devem determinar limites prudenciais para restringir a exposição
dos bancos a contrapartes isoladas ou a grupos de contrapartes conectadas.
20. Transações com partes relacionadas
• Prevenir abusos em transações com partes relacionadas e enfrentar o risco de
conflito de interesses.
21. Risco-país e riscos de transferências
• Tanto o risco-país quanto os riscos de transferências em empréstimos
internacionais e atividades de investimento devem ser controladas e mitigados
pelos bancos tempestivamente.
• Risco-país – riscos de exposição a perdas relacionados ao país. O conceito é mais
amplo do que o risco soberano, incluindo a cobertura de todos os riscos
relacionados a atividades de financiamento e investimento.
• Risco de transferência – risco de que o devedor não consiga converter a moeda
local em moeda estrangeira e com isso esteja impedido de realizar os pagamentos
dos serviços da dívida em moeda estrangeira.
22. Riscos de mercado
• Os bancos devem ter um processo adequado de gestão do risco de mercado, que
leva em conta tanto o seu apetite de risco, como seu como perfil de risco e as
condições de mercado e macroeconômicas, bem como o risco de significante
deterioração da liquidez do mercado.
23. Risco de taxa de juros na carteira bancária

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• Deve considerar o risco que a variação da taxa de juros pode acarretar sobre a
carteira, levando em consideração o apetite de risco do banco seu perfil de risco e
as condições do mercado e macroeconômicas.
24. Risco de liquidez
• O supervisor deve definir níveis de liquidez prudentes e apropriados os quais
incluem tanto requerimentos quantitativos quanto qualitativos, o que deve refletir
as necessidades de liquidez do banco.
• Devem ser utilizados testes de estresse para ajustar as estratégias de
gerenciamento do risco de liquidez.
25. Risco operacional
• O Comitê define risco operacional como o risco de perdas resultantes de processos
internos falhos ou inadequados ou de eventos externos. A definição inclui o risco
legal, mas exclui os riscos estratégicos e de reputação.
• Os bancos devem possuir políticas e processos de tecnologia de informação
adequados, que assegurem a integridade de dados e do sistema.
26. Controle interno e auditoria
• Os bancos devem manter o ambiente de controle adequado ao seu perfil de risco.
• Deve haver segregação de atividades e claras definições de autoridade e
responsabilidade.
• A auditoria interna deve ter independência.
• As funções de compliance devem testar a aderência dos controles, bem como a
aplicação das leis e regulações.
27. Relatórios financeiros e auditoria externa
• As demonstrações financeiras devem ser preparadas em conformidade com as
políticas e práticas contábeis aceitas internacionalmente.
• Anualmente devem ser publicadas informações que reflitam a situação financeira e
o desempenho da instituição.
• Os relatórios devem possuir a opinião de um auditor externo independente.
28. Divulgação e transparência
• Os bancos devem publicar regularmente informações em bases consolidadas e,
quando apropriado, em bases isoladas que sejam facilmente acessíveis e reflitam
fidedignamente suas condições financeiras, desempenho, exposição a riscos,
estratégias de gestão de risco e políticas e processos de governança corporativa.
29. Abuso de serviços financeiros
• Os bancos devem promover padrões éticos e profissionais no setor financeiro e
prevenir que que sejam usados, intencionalmente ou não, para a prática de
atividades criminosas.

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• Os bancos devem possuir controles e sistemas suficientes para prevenir, identificar


e reportar potenciais abusos de serviços financeiros, incluindo lavagem de dinheiro
e financiamento do terrorismo.
• As leis devem garantir que um membro da administração do banco que reporte
atividade suspeita não seja responsabilizado.

5 REQUERIMENTO DE CAPITAL PRUDENCIAL


Esse tópico da aula a gente vai cumprir rapidinho. Sabe por quê?

Porque os tais padrões internacionais para requerimento de capital foram definidos em


Basileia III, aquele acordo de 2010, que surgiu em resposta à crise de 2008. Lembra, né?

Então, nosso trabalho, nesta parte da aula, é detalhar o que exatamente foi definido no acordo.

Mas quero, só para garantir, esclarecer algumas coisas mais básicas.

Afinal, o que significa “requerimento de capital”?

De forma um tanto grosseira, mas adequada a essa etapa da aula, significa que o Banco Central
exige que os bancos separem e deixem guardado um dinheiro para usar em caso de problemas.
E se esses possíveis problemas foram grande$ ou mais prováveis, então precisa separar mais
dinheiro.

Eu disse que a definição é grosseira porque capital não é dinheiro (inclui outras coisas, como
ações, derivativos, cotas), porque não é só o Banco Central que exige (no Brasil, também tem o
CMN), e porque não são apenas os bancos que precisam cumprir a exigência, ou seja, outras
instituições financeiras também precisam, conforme as regras que veremos.

Está bem... olhando assim, a definição foi muito grosseira, mas já serviu para abrir sua mente para
aquilo que vamos aprender nessa aula. E eu realmente precisava disso.

Então, vamos deixar as coisas um pouquinho mais técnicas, e faremos isso já de acordo com
Basileia III.

Aliás, é um bom momento para você ter um panorama do que teremos nesta aula.

Então, agora, iremos ver o que Basileia III tem a dizer sobre exigência de capital. Como você verá,
o Comitê estabelecei diretrizes, ou seja, ele dá linhas gerais de como a autoridade financeira
deve abordar o assunto com suas supervisionadas.

Em seguida, vamos ver como, de fato, o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional
abordam o assunto, especialmente no que diz respeito às definições de capital. Dito de forma
mais simples, a segunda parte da nossa aula tem a ver com entender que “tipo de capital vale”.

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Por fim, na terceira parte, veremos quanto desse “capital que vale” é exigido, e que esse quanto
sempre terá a ver com o tamanho da instituição e os tipos de operações que ela realiza, pois isso
é o que define o risco que ela incorre.

5.1 Basileia III e padrões de requerimento de capital

O que levou à terceira versão do Acordo de Basileia você já sabe, né? Uma enorme crise que
começou como financeira e local, mas tornou-se um pesadelo econômico global. Então, não
vamos perder tempo lembrando sobre a Crise do Subprime.

E o negócio é que:

O Comitê de Basileia buscou aumenta a resiliência do setor bancário ao fortalecer o arcabouço


de capital regulatório, aprimorando os três pilares de Basileia II (requisitos mínimos de capital,
supervisão e disciplina de mercado).

Essas reformas elevaram tanto a qualidade quanto a quantidade da base de capital regulatório
e aprimoram a cobertura de riscos do modelo de capital. Ou seja, embora Basileia II já previsse
requerimentos de capital, Basileia III prevê mais capital, e capital melhor, e logo você entenderá
o que significar “melhor”.

Essas medidas são sustentadas por uma taxa de alavancagem que atua como uma salvaguarda
para as medidas de capital baseadas em risco, com o objetivo de limitar a alavancagem excessiva
no sistema bancário e oferecer uma camada adicional de proteção contra erros de modelo e de
medição.

Ah, não sabe exatamente o que significa taxa de alavancagem? Explico.

ALAVANCAGEM

Alavancagem, no contexto financeiro e bancário, refere-se ao uso de dívida (ou


capital emprestado) para aumentar a capacidade de investimento de uma
empresa ou instituição financeira. O conceito também pode ser aplicado a
investimentos individuais.
O objetivo da alavancagem é ampliar os retornos potenciais de um investimento.
No entanto, ela também aumenta os riscos, pois enquanto os retornos sobre os
investimentos podem ser amplificados, as perdas também são intensificadas se
os investimentos não performarem como esperado.
No caso dos bancos, a alavancagem é frequentemente expressa como uma
proporção entre o capital próprio do banco (seu capital acionário) e o total de
ativos (que incluem os empréstimos concedidos).
Uma alta alavancagem significa que o banco está usando uma grande
quantidade de dívida em relação ao seu capital próprio para financiar suas
operações e investimentos. Isso pode aumentar a rentabilidade em tempos de
condições econômicas favoráveis, mas também pode levar a grandes perdas em
tempos desfavoráveis, aumentando o risco de insolvência.

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Por exemplo, um banco que possui capital de R$10 bilhões e tem empréstimos
de R$50 bilhões, tem uma alavancagem de 5 vezes.
Em resposta à crise financeira de 2008, normas internacionais, como Basileia III,
foram desenvolvidas para limitar a alavancagem dos bancos, a fim de reduzir o
risco sistêmico e aumentar a estabilidade financeira global.

Sendo assim, você deve lembrar que o Índice de Basileia (IB) é uma espécie de cálculo de
alavancagem, já que ele é calculado, de forma muito simplificada (adiante, iremos entender
como esse cálculo ocorre, de fato):

𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙
𝐼𝐵 =
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠

O Comitê implementou elementos macroprudenciais no modelo de capital para ajudar a conter


os riscos sistêmicos decorrentes da prociclicidade e da interconexão das instituições financeiras.

Prociclicidade significa, basicamente, o seguinte: é uma situação ou estado de coisas em que


quando as coisas vão bem, elas tendem a ficar melhores. Mas quando vão mal, elas tendem a
ficar piores.

Claro, precisamos refinar essa definição.

Prociclicidade pode ser entendida como a tendência de uma variável econômica específica de
se mover em paralelo com a situação econômica geral e suas fases cíclicas. Quando a economia
está em um período de crescimento, essa variável ou setor econômico também tende a expandir,
reforçando assim o padrão cíclico do crescimento econômico. Inversamente, em períodos de
desaceleração econômica, essa mesma variável pode intensificar a queda, contribuindo para
agravar uma recessão, devido ao aumento do medo de riscos e à queda na confiança dos
participantes do mercado.

Nesse sentido, o requerimento de capital tendia a aumentar em situações de crescimento


econômico e tranquilidade, e diminuir bem quando seria mais necessário: no momento de crise.
Mas logo entenderemos como essa questão é endereçada.

De forma geral, portanto, podemos elencar que os padrões internacionais trazidos por Basileia
III envolvem:

1. Aumento da qualidade, consistência e transparência da base de capital;


2. Aumento da cobertura de risco
3. Complemento do requisito de capital baseado no risco com uma taxa de alavancagem;
4. Redução da prociclicidade e promoção de colchões contracíclicos;
5. Foco no risco sistêmico e interconectividade.

E são esses itens que iremos aprofundar.

Mas, antes, uma questão para ver se você está esperto.

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(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito das normas e procedimentos do Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.
O Índice de Basileia (IB) é calculado como a razão entre os ativos totais e o capital da instituição
financeira. Essa medida fornece uma avaliação simplificada da alavancagem, sendo uma
ferramenta essencial para limitar o risco sistêmico.2

5.1.1 Qualidade, consistência e transparência da base de capital

Basileia III definiu como crítico que as exposições a risco dos bancos sejam cobertas por
capital de alta qualidade.

A crise demonstrou que as perdas de crédito e as provisões são amortizadas por lucros retidos,
que fazem parte da base de capital dos bancos. Ou seja, os bancos usam os lucros que não foram
distribuídos para fazer frente às perdas de crédito.

Revelou também a inconsistência na definição de capital entre jurisdições – ou seja, cada país
definindo de forma diferente – e a falta de divulgação que teria permitido ao mercado avaliar e
comparar plenamente a qualidade do capital entre instituições.

Para melhorar esses aspectos, foram redefinidos os diferentes níveis de capital.

Para começar, a forma predominante de capital nível 1 (ou tier 1) deve ser as ações ordinárias
e lucros retidos. Esta norma é reforçada através de um conjunto de princípios que também
podem ser adaptados ao contexto de sociedades que não por ações, para garantir que detêm
níveis comparáveis de capital nível 1 de alta qualidade.

As deduções ao capital e aos filtros prudenciais – ou seja, o que deve ser desconsiderado para
fins de cumprimento – são harmonizadas internacionalmente.

A frase a seguir virá cheia de termos técnicos, então leia com calma e veja a explicação na
sequência.

O restante da base de capital nível 1 deve ser composto por instrumentos subordinados, com
dividendos ou cupons não cumulativos totalmente discricionários e sem data de vencimento nem
incentivo para resgate. Deixe-me explicar.

Instrumentos Subordinados: são um tipo de dívida ou título de crédito que


possuem uma prioridade inferior no pagamento, em comparação com outras
dívidas ou títulos da mesma entidade emissora. Isso significa que, em caso de
falência ou liquidação da empresa emissora, os detentores de instrumentos
subordinados são pagos depois de todos os credores de dívidas seniores ou não
subordinadas.

2
Comentários: A afirmação está invertida. O Índice de Basileia (IB) é calculado como a razão entre o capital e os ativos totais.
Portanto, a resposta é Falsa. Gabarito: Errado

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Dividendos ou cupons não cumulativos: se em um determinado período o


dividendo ou cupom não é pago, ele não é acumulado para ser pago em
períodos futuros. Isso significa que se a empresa não declara ou não paga
dividendos (ou juros) em um ano, os detentores de dívida perdem o direito a
esses pagamentos.

Totalmente discricionários: aqui é mais simples, e significa que o emissor só


paga dividendos ou cupons se quiser. Naturalmente, ele vai querer pagar para
atrair investidores, mas se a situação “apertar”, como em uma crise, ele pode
segurar um pouco os pagamentos.

De forma geral, esses instrumentos de nível 1 trazem maior estabilidade, porque não têm data
de vencimento e nem obrigação de pagar dividendos, o que é especialmente desejável em
épocas de dificuldades financeiras. Ou seja, diante de uma crise, o capital de nível 1 não é
afetado pela obrigatoriedade de pagar dividendos ou o principal por causa de vencimento.

Padrão internacional de capital de


alta qualidade (Nivel 1)
• Ações ordinárias e lucros retidos
• Instrumentos subordinados
• dividendos/cupons não
cumulativos
• sem vencimento
• sem incentivo para resgate
• discricionários

Passemos aos próximos níveis.

Na verdade, o capital de nível 3, que seria apenas para cobrir riscos de mercado, foi eliminado,
então não falaremos muito sobre ele, e os instrumentos de capital nível 2 também foram
harmonizados, mas você verá como são determinados na prática.

Finalmente, para melhorar a disciplina do mercado, a transparência da base de capital foi


melhorada, exigindo-se divulgação de todos os elementos do capital.

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Divulgação de
Qualidade,
Capitais de todos os
consistência e
nível 1 e 2 elementos do
transparência
capital

Uma questãozinha para te manter afiado.

(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
O capital de nível 3, destinado a cobrir riscos de mercado, foi mantido conforme as diretrizes de
Basileia II.3

5.1.2 Aumento da cobertura de risco

Uma das lições da crise foi a necessidade de fortalecer a cobertura de risco do arcabouço de
capital. A falha em capturar riscos significativos, tanto no balanço dos bancos quanto fora dele,
bem como exposições relacionadas a derivativos, foi um fator desestabilizador durante a crise.

Em resposta a essas deficiências, o Comitê concluiu uma série de reformas críticas no arcabouço
de Basileia II. Essas reformas aumentaram os requisitos de capital para o livro de negociação
(trading book) e exposições a securitizações complexas, uma fonte importante de perdas para
muitos bancos internacionalmente ativos.

Mas o que é trading book e securitizações complexas?

3
Comentários: A afirmativa está equivocada. O capital de nível 3 foi eliminado em Basileia III, não sendo mantido. Afinal, a ideia
é simplificar, né? [contém ironia] Gabarito: Errado

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TRADING BOOK E BANKING BOOK

O "trading book" e o "banking book" são termos usados no setor bancário para
descrever duas áreas distintas de atividades e de gestão de riscos de uma
instituição financeira. Eles diferem principalmente no tipo de ativos que contêm
e na forma como esses ativos são gerenciados:

Trading Book

Definição: O trading book de um banco inclui ativos que são adquiridos com a
intenção de venda a curto prazo ou para lucrar com diferenças de preço a curto
prazo. Isso inclui uma variedade de instrumentos financeiros, como ações,
dívidas, derivativos e commodities.
Gestão de Riscos: O foco está no gerenciamento do risco de mercado, que é o
risco de perdas devido a movimentos adversos nos preços de mercado. Os
bancos usam diferentes técnicas e modelos, como o Value at Risk (VaR), para
medir e gerenciar esse risco.
Regulação: As regulamentações de Basileia impõem requisitos específicos de
capital para os ativos do trading book, refletindo seu nível de risco de mercado.

Banking Book

Definição: O banking book de um banco consiste em ativos e passivos que são


mantidos pelo banco com a intenção de mantê-los até o vencimento. Estes
incluem empréstimos, hipotecas, títulos de dívida e depósitos.
Gestão de Riscos: O foco principal está no gerenciamento do risco de crédito,
que é o risco de perdas devido ao não pagamento por devedores ou
contrapartes. Os bancos também precisam gerenciar o risco de liquidez e o risco
de taxa de juros associados a esses ativos e passivos.
Regulação: Os requisitos regulatórios para o banking book são diferentes
daqueles do trading book, focando mais no risco de crédito e na adequação de
capital de longo prazo.

A distinção entre trading book e banking book é fundamental para a


regulamentação bancária, pois determina os requisitos de capital para diferentes
tipos de ativos e passivos e influencia a maneira como os bancos gerenciam seus
riscos.
As regras de Basileia III, por exemplo, introduziram mudanças significativas na
forma como os ativos do trading book são tratados para fins de cálculo de capital
regulatório, enfatizando a necessidade de uma gestão de risco mais robusta e
uma maior transparência.

E essa tal de securitização? Vamos a mais um quadro.

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Securitização é um processo financeiro onde ativos que geram receitas, como


empréstimos, hipotecas, ou recebíveis, são agrupados e transformados em
títulos negociáveis que podem ser vendidos a investidores. O processo de
securitização envolve a conversão de ativos ilíquidos (difíceis de transformar
rapidamente em dinheiro) em ativos líquidos e negociáveis, proporcionando
liquidez adicional aos emissores originais dos ativos.

Aqui está um exemplo simplificado de securitização:

Exemplo: Securitização de Hipotecas

Originação dos Empréstimos: Um banco concede empréstimos hipotecários a


vários clientes para a compra de casas. Estes empréstimos hipotecários são ativos
para o banco, pois geram fluxos de caixa regulares na forma de pagamentos de
juros e principal. Contudo, normalmente o banco leva muito tempo para receber
esse dinheiro, pois financiamentos imobiliários podem durar décadas.

Agrupamento dos Empréstimos: O banco decide securitizar estes empréstimos.


Para isso, ele agrupa vários empréstimos hipotecários com características
semelhantes (como taxa de juros, prazo de pagamento, classificação de crédito
dos mutuários).

Criação de um Veículo de Propósito Específico (VPE): O banco transfere os


empréstimos hipotecários agrupados para um Veículo de Propósito Específico
(VPE), uma entidade legal separada criada especificamente para a securitização.

Emissão de Títulos: O VPE, então, emite títulos lastreados por esses empréstimos
hipotecários. Estes títulos são vendidos a investidores. O dinheiro arrecadado
com a venda dos títulos é usado para pagar o banco pelos empréstimos originais.

Pagamentos aos Investidores: À medida que os mutuários originais fazem seus


pagamentos de hipoteca, o VPE coleta esses pagamentos e os distribui aos
detentores dos títulos, geralmente incluindo juros e parte do principal.

Risco e Retorno: Os títulos são estruturados em diferentes tranches com


diferentes níveis de risco e retorno. Tranches seniores têm prioridade nos
pagamentos, mas oferecem taxas de juros mais baixas. Tranches subordinadas
ou júnior assumem mais risco, mas oferecem taxas de juros mais altas.

A securitização de hipotecas foi um dos focos centrais durante a crise financeira


global de 2008, onde a queda na qualidade dos empréstimos hipotecários e a
subsequente inadimplência levaram a perdas massivas para os detentores
desses títulos securitizados. Este exemplo ilustra como a securitização funciona e
também destaca a importância da qualidade dos ativos subjacentes e da
transparência para os investidores.

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O tratamento aprimorado de Basileia 3 introduz um requisito de capital baseado em valor em


risco (VaR) estressado4, baseado em um período contínuo de 12 meses de estresse financeiro
significativo.

Além disso, o Comitê introduziu requisitos de capital mais altos para as chamadas
ressecuritizações, tanto no livro bancário quanto no de negociação. As reformas também elevam
os padrões do processo de revisão supervisora do Pilar 2 e fortalecem as divulgações do Pilar 3.

O Acordo também introduziu medidas para fortalecer os requisitos de capital para exposições
de crédito de contraparte decorrentes das atividades de derivativos, repo (acordos de recompra)
e financiamento de títulos dos bancos.

Essas reformas aumentaram os colchões (buffers) de capital que respaldam essas exposições,
buscando reduzir a prociclicidade e fornecendo incentivos adicionais para mover contratos de
derivativos de balcão para contrapartes centrais, ajudando assim a reduzir o risco sistêmico em
todo o sistema financeiro. Eles também fornecem incentivos para fortalecer a gestão de risco de
exposições de crédito de contraparte.

Para esse fim, o Comitê introduziu diversas reformas:

a) Requisitos de Capital para Risco de Crédito de Contraparte: uso dados estressados


para calcular o capital necessário para cobrir o risco de crédito de contraparte. Isso visa
prevenir a subestimação de capital durante períodos de baixa volatilidade do mercado e
diminuir a prociclicidade, integrando melhor a gestão de risco de mercado e de crédito
de contraparte.
b) Cobrança de Capital para Risco de Avaliação de Crédito (CVA): uma cobrança de
capital para cobrir possíveis perdas associadas à piora na solvência de contrapartes. Isso
aborda uma lacuna em Basileia II, que cobria o risco de default, mas não o risco de CVA.
c) Fortalecimento da Gestão de Garantias e Margem Inicial: bancos com grandes
exposições a derivativos ilíquidos para uma contraparte devem aplicar períodos de
margem mais longos para calcular o capital regulatório, fortalecendo as práticas de gestão
de risco de garantias.
d) Abordagem do Risco Sistêmico em Mercados Derivativos: O Comitê apoiou esforços
para estabelecer padrões robustos para infraestruturas de mercado financeiro, incluindo
contrapartes centrais (CCPs). A capitalização das exposições bancárias a CCPs estará
parcialmente baseada na conformidade com esses padrões. Exposições a CCPs que
atendem a esses princípios terão um peso de risco baixo (2%), e as exposições ao fundo
de default de CCPs terão requisitos de capital sensíveis ao risco. Isso incentiva os bancos
a transferirem exposições para CCPs e aborda o risco sistêmico no setor financeiro,
aumentando os pesos de risco em exposições a instituições financeiras.
e) Elevação dos Padrões de Gerenciamento de Risco de Crédito de Contraparte: O
Comitê elevou os padrões em várias áreas, incluindo o tratamento do risco de sentido

4
Resumidamente, VaR é uma forma de estimar riscos. Mas não aprofundaremos aqui, pois é assunto
para a matéria de Finanças.

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contrário, onde a exposição aumenta com a deterioração da qualidade de crédito da


contraparte.

Essas reformas visam fortalecer o sistema financeiro, aumentando a segurança e a estabilidade


através de uma gestão de risco mais rigorosa e eficaz.

Mas será que você prestou atenção?

(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte.
O tratamento aprimorado de Basileia 3 introduziu um requisito de capital baseado em valor em
risco (VaR) estressado, baseado em um período contínuo de 12 meses de estresse financeiro
significativo.5

5.1.3 Complemento do requisito de capital e taxa de alavancagem

Uma das características subjacentes à crise – e de crises anteriores – foi o acúmulo de


alavancagem excessiva, tanto no balanço quanto fora dele, no sistema bancário.

Durante a parte mais severa da crise, o setor bancário foi forçado pelo mercado a reduzir sua
alavancagem de maneira que amplificou a pressão descendente sobre os preços dos ativos,
exacerbando ainda mais o ciclo de feedback positivo entre perdas, declínio no capital bancário
e a contração na disponibilidade de crédito.

Explicando: durante a crise, os bancos precisaram reduzir seus empréstimos ao mesmo tempo
em que vendiam seus ativos, reduzindo os preços dos ativos no mercado.

Portanto, o Comitê introduziu um requisito de razão de alavancagem que tem como objetivos:

• Conter a alavancagem no setor bancário, ajudando assim a mitigar o risco dos processos
desestabilizadores de desalavancagem que podem prejudicar o sistema financeiro e a
economia; e
• Introduzir salvaguardas adicionais contra o risco de modelo e erro de medição,
complementando a medida baseada em risco com uma medida de risco simples,
transparente e independente.

A razão de alavancagem é calculada de maneira comparável entre jurisdições (países),


ajustando-se a quaisquer diferenças nos padrões contábeis. O Comitê projetou a razão de
alavancagem para ser uma medida suplementar crível ao requisito baseado em risco, com a visão
de migrar para um tratamento do Pilar 1 baseado em revisão e calibração apropriadas.

5
Comentários: A afirmativa está correta. Basileia III introduziu um requisito de capital baseado em VaR estressado para enfrentar
situações de estresse financeiro. Portanto, a resposta é Verdadeira. Gabarito: Certo

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5.1.4 Redução da prociclicidade e promoção de colchões contracíclicos

Um dos elementos mais desestabilizadores da crise foi a amplificação procíclica de choques


financeiros no sistema bancário, nos mercados financeiros e na economia de uma forma mais
ampla.

A tendência dos participantes do mercado de se comportarem de maneira procíclica foi


amplificada por diversos canais, incluindo padrões contábeis para ativos marcados ao mercado
e empréstimos mantidos até o vencimento, práticas de margem e através do acúmulo e liberação
de alavancagem entre instituições financeiras, empresas e consumidores.

O Comitê de Basileia introduziu medidas para tornar os bancos mais resilientes a essas dinâmicas
procíclicas. Essas medidas buscam garantir que o setor bancário sirva como um amortecedor de
choques, em vez de um transmissor de riscos para o sistema financeiro e a economia em geral.

Além da razão de alavancagem discutida anteriormente, o Comitê introduziu uma série de


medidas para abordar a prociclicidade e aumentar a resiliência do setor bancário em tempos
bons.

Estas medidas têm os seguintes objetivos principais:

• amortecer a ciclicidade excessiva do requisito mínimo de capital;


• promover provisões mais voltadas para o futuro;
• conservar capital para construir buffers em bancos individuais e no setor bancário que
possam ser usados em períodos de estresse; e
• alcançar o objetivo macroprudencial mais amplo de proteger o setor bancário de
períodos de crescimento excessivo de crédito.

Em relação à ciclicidade do requerimento mínimo de capital, o arcabouço de Basileia II havia


elevado a sensibilidade ao risco e a cobertura do requisito de capital regulatório. De fato, uma
das dinâmicas mais procíclicas foi a falha dos frameworks6 de gestão de risco e capital em
capturar exposições-chave – como atividades de negociação complexas, ressecuritizações e
exposições a veículos fora do balanço – antes da crise.

O Comitê promoveu práticas de provisionamento mais robustas por meio de três iniciativas
relacionadas:

1. Primeiro, defendendo uma mudança nos padrões contábeis em direção a uma


abordagem de perda esperada (EL, de expected loss). O Comitê apoia fortemente a
iniciativa do IASB7 de adotar uma abordagem de EL. O objetivo é melhorar a utilidade e
relevância da informação financeira para os interessados, incluindo os reguladores
prudenciais.

6
Framework é a estrutura de regras para determinado tema. No nosso caso, requerimento de capital. Também pode
ser traduzido como “Arcabouço”, mas é importante conhecer o termo em inglês, pois ele é recorrente.
7
Padrões Internacionais de Contabilidade

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2. Em segundo lugar, atualizou suas orientações de supervisão para serem consistentes com
a mudança para tal abordagem de EL. Tal abordagem vai ajudar os supervisores a
promover práticas robustas de provisionamento sob a abordagem desejável de EL.
3. Em terceiro lugar, abordou incentivos para provisionamento mais forte no arcabouço de
capital regulatório.

O Comitê introduziu um arcabouço para promover a conservação de capital e a construção de


buffers adequados acima do mínimo que podem ser utilizados em períodos de estresse.

No início da crise financeira, diversos bancos continuaram a realizar grandes distribuições na


forma de dividendos, recompras de ações e pagamentos generosos de compensação, mesmo
que sua condição financeira individual e a perspectiva para o setor estivessem se deteriorando.

Grande parte dessa atividade foi impulsionada por um problema de ação coletiva, onde
reduções nas distribuições eram percebidas como um sinal de fraqueza. No entanto, essas ações
tornaram os bancos individuais e o setor como um todo menos resilientes. Muitos bancos logo
retornaram à rentabilidade, mas não fizeram o suficiente para reconstruir seus buffers de capital
para apoiar novas atividades de empréstimo. Consideradas em conjunto, essa dinâmica
aumentou a prociclicidade do sistema.

Para abordar essa falha de mercado, o Comitê introduziu um arcabouço que dará aos
supervisores ferramentas mais robustas para promover a conservação de capital no setor
bancário.

A implementação do arcabouço por meio de padrões internacionalmente acordados de


conservação de capital ajuda a aumentar a resiliência do setor diante de uma desaceleração
econômica e fornece o mecanismo para a reconstrução de capital durante a recuperação
econômica.

Ou seja, a ideia é que os bancos acumulem capital prudencial durante períodos bons
economicamente, em contraste com o que tínhamos anteriormente, quando as exigências eram
reduzidas quando tudo ia bem.

Agora, vamos falar sobre o crescimento excessivo de crédito.

Durante a crise financeira, as perdas no setor bancário durante uma desaceleração, precedida
por um período de crescimento excessivo de crédito, podem ser extremamente grandes. Tais
perdas podem desestabilizar o setor bancário, o que pode desencadear ou agravar uma
desaceleração na economia real. Isso, por sua vez, pode desestabilizar ainda mais o setor
bancário.

Afinal, as crises costumam vir depois de um período de exuberância econômica e elevado


otimismo, quando os bancos emprestam acima do normal e, portanto, são pegos pela crise em
uma situação mais vulnerável. E a vulnerabilidade do sistema financeiro contamina o lado real da
economia, com falta de recursos para financiar a atividade produtiva, gerando desemprego,
inflação e mais problemas...

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Essas interligações destacam a importância particular de o setor bancário construir suas defesas
de capital em períodos em que o crédito cresceu a níveis excessivos. A construção dessas
defesas deve ter o benefício adicional de ajudar a moderar o crescimento excessivo de crédito.

O Comitê de Basileia inseriu um regime que ajustará a faixa do buffer de capital, estabelecida
pelo mecanismo de conservação de capital, quando houver sinais de que o crédito cresceu a
níveis excessivos. O objetivo do buffer contracíclico é alcançar a meta macroprudencial mais
ampla de proteger o setor bancário em períodos de crescimento excessivo de crédito agregado.

Em outras palavras, os bancos devem criar um colchão de capital, que deve aumentar quando
eles emprestam demais.

De forma geral, a ideia é que as medidas para abordar a prociclicidade se complementem.

As iniciativas de provisionamento focam no fortalecimento do sistema bancário contra perdas


esperadas, enquanto as medidas de capital focam em perdas inesperadas.

Por fim, o requisito de abordar o crescimento excessivo de crédito é fixado em zero em tempos
normais e só aumenta durante períodos de disponibilidade excessiva de crédito. No entanto,
mesmo na ausência de uma bolha de crédito, os supervisores esperam que o setor bancário
construa um buffer acima do mínimo para se proteger contra choques severos plausíveis, que
podem emanar de várias fontes.

5.1.5 Risco sistêmico e interconectividade

Enquanto a prociclicidade amplificou choques ao longo do tempo, a excessiva interconexão


entre bancos sistemicamente importantes também transmitiu choques por todo o sistema
financeiro e economia.

Bancos sistemicamente importantes devem ter capacidade de absorção de perdas além dos
padrões mínimos. Como parte deste esforço, o Comitê desenvolveu uma proposta de
metodologia que compreende indicadores quantitativos e qualitativos para avaliar a importância
sistêmica de instituições financeiras em nível global.

O Comitê também está conduziu um estudo sobre a magnitude da absorção adicional de perdas
que instituições financeiras globalmente sistêmicas devem ter, juntamente com uma avaliação
do grau de absorção de perdas em situação de funcionamento normal que poderia ser fornecido
pelos vários instrumentos propostos. A análise do Comitê também abrangeu medidas adicionais
para mitigar os riscos ou externalidades associadas a bancos sistêmicos, incluindo sobretaxas de
liquidez, restrições mais rígidas para grandes exposições e supervisão aprimorada.

Várias das exigências de capital introduzidas pelo Comitê para mitigar os riscos decorrentes de
exposições a nível de empresa entre instituições financeiras globais também ajudarão a abordar
o risco sistêmico e a interconexão. Estas incluem:

• incentivos de capital para bancos usarem contrapartes centrais para derivativos de balcão;

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• requisitos de capital mais altos para atividades de negociação e derivativos, bem como
securitizações complexas e exposições fora do balanço (por exemplo, veículos de
investimento estruturado);
• requisitos de capital mais altos para exposições entre o setor financeiro; e
• a introdução de requisitos de liquidez que penalizam a dependência excessiva de
financiamento interbancário de curto prazo para apoiar ativos de prazo mais longo.

5.1.6 Padrão global de liquidez

Requisitos de capital robustos são uma condição necessária para a estabilidade do setor
bancário, mas por si só não são suficientes.

Uma base de liquidez forte, reforçada através de padrões de supervisão robustos, é igualmente
importante. Até Basileia III, no entanto, não existiam padrões harmonizados internacionalmente
nesta área. O Comitê de Basileia, portanto, introduziu padrões globais de liquidez
harmonizados internacionalmente.

Assim como os padrões globais de capital, os padrões de liquidez estabelecem requisitos


mínimos e promovem um campo de jogo nivelado internacionalmente para ajudar a prevenir
uma “corrida competitiva para o fundo”.

Durante a fase inicial da crise financeira, muitos bancos – apesar de níveis adequados de capital
– ainda enfrentaram dificuldades porque não gerenciaram sua liquidez de maneira prudente. A
crise reforçou a importância da liquidez para o funcionamento adequado dos mercados
financeiros e do setor bancário. Antes da crise, os mercados de ativos estavam em alta e o
financiamento estava facilmente disponível a baixo custo.

A rápida reversão nas condições do mercado ilustrou como a liquidez pode evaporar
rapidamente e que a iliquidez pode durar por um período prolongado. O sistema bancário
sofreu um estresse severo, o que necessitou de ação do banco central para apoiar tanto o
funcionamento dos mercados monetários quanto, em alguns casos, instituições individuais.

As dificuldades enfrentadas por alguns bancos foram devidas a falhas nos princípios básicos de
gerenciamento do risco de liquidez. Em resposta, como fundação de seu quadro de liquidez, o
Comitê publicou em 2008 os Princípios para um Gerenciamento de Risco de Liquidez e
Supervisão Sólidos. Esses Princípios fornecem orientações detalhadas sobre a gestão de risco e
supervisão do risco de liquidez de financiamento e devem ajudar a promover um melhor
gerenciamento de risco nesta área crítica, mas somente se houver implementação completa por
bancos e supervisores.

Para complementar estes princípios, o Comitê fortaleceu ainda mais seu quadro de liquidez ao
desenvolver dois padrões mínimos para a liquidez de financiamento. Estes padrões foram
desenvolvidos para alcançar dois objetivos separados, mas complementares.

O primeiro objetivo é promover a resiliência de curto prazo do perfil de risco de liquidez de um


banco, garantindo que ele tenha recursos líquidos de alta qualidade suficientes para sobreviver
a um cenário de estresse agudo com duração de um mês. O Comitê desenvolveu a Taxa de
Cobertura de Liquidez (LCR) – da qual falaremos adiante – para alcançar esse objetivo.

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O segundo objetivo é promover a resiliência em um horizonte de tempo mais longo, criando


incentivos adicionais para que um banco financie suas atividades com fontes de financiamento
mais estáveis de forma estrutural contínua. A Razão de Financiamento Estável Líquido (NSFR)
tem um horizonte de tempo de um ano e foi desenvolvida para fornecer uma estrutura de
maturidade sustentável de ativos e passivos.

Estes dois padrões são compostos principalmente de parâmetros específicos que são
internacionalmente “harmonizados” com valores prescritos. Certos parâmetros contêm
elementos de discrição nacional para refletir condições específicas de jurisdição. Nestes casos,
os parâmetros devem ser transparentes e claramente delineados nos regulamentos de cada
jurisdição para fornecer clareza tanto dentro da jurisdição quanto internacionalmente.

5.1.7 Taxa de Cobertura de Liquidez

O LCR (de Liquidity Coverage Ratio, ou Taxa/Índice de Cobertura de Liquidez) visa promover
resiliência a potenciais interrupções de liquidez em um horizonte de trinta dias. Faz sentido, né,
quando você lembra que a questão de liquidez é sempre de curto ou curtíssimo prazo.

Ele busca ajudar a garantir que bancos globais tenham ativos líquidos de alta qualidade e não
onerados em quantidade suficiente para compensar os fluxos de caixa líquidos negativos que
poderiam enfrentar em um cenário de estresse agudo de curto prazo.

O cenário especificado é baseado em circunstâncias vivenciadas na crise financeira global que


começou em 2007 e envolve choques específicos da instituição e sistêmicos. O cenário implica
um estresse significativo, embora não seja um cenário de pior caso, e assume o seguinte:

• Um rebaixamento significativo na classificação de crédito público da instituição;


• Uma perda parcial de depósitos;
• Uma perda de financiamento atacadista sem garantia;
• Um aumento significativo nos descontos de financiamento garantido; e
• Aumentos nas chamadas de colateral de derivativos e chamadas substanciais sobre
exposições fora do balanço, tanto contratuais quanto não contratuais, incluindo
facilidades de crédito e liquidez comprometidas.

Os ativos líquidos de alta qualidade mantidos no estoque devem ser não onerados, líquidos em
mercados durante um período de estresse e, idealmente, serem elegíveis para o banco central.

(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
O LCR (Taxa de Cobertura de Liquidez) visa promover resiliência a potenciais interrupções de
liquidez em um horizonte de um ano.8

8
Comentários: A afirmativa está incorreta. O LCR (Taxa de Cobertura de Liquidez) visa promover resiliência a
potenciais interrupções de liquidez em um horizonte de trinta dias, não um ano. Afinal, liquidez tem tudo a ver com
curto ou curtíssimo prazo, lembra? Gabarito: Errado

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5.2 Apuração e exigência do Patrimônio de Referência

Acabamos de ver uma série de diretrizes estabelecidas pelo Comitê de Basileia no que diz
respeito a requerimento de capital.

O que faremos agora é ver como isso ocorreu, na prática, no Brasil. Ou seja, como é, de fato, que
o Banco Central exige capital das instituições financeiras.

Atualmente, isso está definido na Resolução CMN nº 4.955/2021, que já passou por duas
alterações desde sua publicação.

Naturalmente, veremos o que está vigente.

Ou melhor, essa é a principal Resolução no que diz respeito a apuração de patrimônio de


referência. Então observe bem a palavra “apuração”, porque isso indica que a Resolução
4955/2021 só fala sobre quais tipos de instrumentos podem ser considerados capital, além de
definir diferentes níveis de qualidade.

Mas existe outra Resolução que vai determinar a exigência de capital (4.958/2021), e outra
Resolução (4.606/2017) que trata sobre apuração e requerimento para instituições de menor
risco ou complexidade.

Veremos essas três resoluções em detalhes, mas considero importante que você já tenha um
panorama desde já.

Resolução Resolução Resolução


CMN nº 4.955/2021 CMN nº 4.958/2021 CMN nº 4.606/2017
Apuração e
Apuração de
Requerimento requerimento
patrimônio de
de capital de capital
referência
simplificados

A partir daqui, infelizmente, a aula fica um tanto árida, e só melhora quando terminarmos o
capítulo 2. É assim porque as normas são muito detalhadas, cheias de termos técnicos e bastante
complexas, e banca pode cobrar o que ela quiser. Meu papel é ponderar o custo X benefício de
tudo que coloco no material, e buscar explicar da forma mais didática possível, sem renunciar à
precisão técnica. E é isso que farei.

O seu trabalho é dar seu máximo, combinado? Talvez lembrar do salário de +20k ajude...

Então, vamos lá!

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5.3 Apuração do patrimônio de referência (PR) nível 1 e nível 2

Como adiantei, a Resolução CMN nº 4.955/2021 vai tratar sobre a apuração do capital para
instituições financeiras (IF).

Esse capital cuja destinação é especificamente fazer frente aos riscos, conforme padrões
internacionais estabelecidos no âmbito de Basileia, é chamado de patrimônio de referência
(PR)9.

Então, é como se a Resolução “falasse”: olha só, a gente precisa seguir padrões internacionais
para sermos considerados um país com sistema financeiro sólido, e esse padrões determinam
que A, B e C são capitais que podem ser chamamos de “patrimônio de referência”, capital bom
para fazer frente aos riscos, sabe?... ah, e tem mais: alguns desses capitais são melhores que os
outros.”

A Resolução não vai falar quanto desses capitais – ou patrimônio de referência – cada IF precisa
ter. Isso é com outra resolução.

Pois bem! A 4.595/2021 se aplica às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a


funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Mas não se aplica a:

• Instituições Financeiras menores, que podem utilizar uma metodologia simplificada;


• Administradoras de Consórcios;
• Instituições de Pagamento.

Afinal, essas instituições, dada a natureza de seus negócios, oferecem pouco risco sistêmico.
Mas, como você pode imaginar, essas entidades também têm regras próprias sobre o tema, e
veremos algumas delas ainda nesta aula.

Mas voltando ao assunto.

A Resolução define que há capitais de diferentes qualidades que podem ser considerados PR,
divididos em Nível I e Nível II, sendo o Nível I considerado melhor. Além disso, o PR de Nível I
é dividido em Capital Principal e Capital Complementar. Fica assim:

9
Antigamente, era comum chamar o PR de PLA (Patrimônio Líquido Ajustado), mas hoje o termo utilizado
é mesmo PR.

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Capital
Principal
Nível I
Patrimônio de Capital
Referência PR Complementar
Nível II

Ou, então:

PR = N1 + N2

N1 = CP + CC

Pois bem, nosso trabalho agora será conhecer os detalhes sobre a apuração de cada um desses
tipos de capital.

Mas antes de começarmos, convém compreendermos alguns termos que serão bastante
repetidos nesta aula. Estou falando de subsidiária, controlador e conglomerado.

A ideia por trás de todos esses termos é simples: não adiante nada exigir capital de, digamos, o
Banco Múltiplo Coruja S.A., e não olhar o que está acontecendo com o Coruja Plus Banco de
Investimento S.A., sendo que as empresas fazem parte do mesmo grupo, ou melhor,
conglomerado.

De acordo com o Banco Central, há dois tipos de conglomerado:

• Conglomerado financeiro: conjunto de entidades financeiras localizadas no país ou no


exterior vinculadas por:
o participação acionária majoritária, direta ou não;
o controle operacional efetivo; ou
o direitos de sócios preponderantes em tomadas de decisões.
As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central
que fazem parte de um conglomerado financeiro apresentam suas demonstrações
contábeis de maneira consolidada, como se em conjunto representassem uma única
entidade.
• Conglomerado prudencial: é mais amplo, incluindo, além das instituições pertencentes
ao conglomerado financeiro:
o as administradoras de consórcio;
o as instituições de pagamento;
o as sociedades que realizam aquisição de operações de crédito, inclusive imobiliário
ou de direitos creditórios;
o outras pessoas jurídicas sediadas no país que tenham por objeto social exclusivo a
participação societária nas entidades acima mencionadas;

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o os fundos de investimento nos quais as entidades integrantes do conglomerado


prudencial assumam ou retenham substancialmente riscos e benefícios.

Portanto, como estamos falando de normas prudenciais, quando falarmos em “conglomerado”,


estaremos nos referindo ao conglomerado prudencial.

E isso nos leva aos outros dois termos:

• Controlador: é a instituição líder do conglomerado, que detém o controle sobre as


demais.
• Subsidiária: é a entidade participante de conglomerado, à exceção da instituição líder.

Apenas para isso ficar menos abstrato, vou mostrar um exemplo real do conglomerado
prudencial do Banco do Brasil. Mas não se preocupe: é apenas para ilustrar, com fins didáticos,
e a banca não vai perguntar “o nome das empresas do conglomerado X”.

CNPJ Nome Condição


31.546.476 BB-LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL PARTICIPANTE
30.822.936 BB GESTÃO DE RECURSOS - DISTRIBUIDORA DE PARTICIPANTE
TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A.
00.000.000 BANCO DO BRASIL S.A. LIDER/HOLDING
24.933.830 BB-BANCO DE INVESTIMENTO S/A PARTICIPANTE
6.043.050 BB ADMINISTRADORA DE CONSORCIOS S.A. PARTICIPANTE
5.437.257 ATIVOS S.A. SECURITIZADORA DE CREDITOS PARTICIPANTE
FINANCEIROS
31.591.399 BB ADMINISTRADORA DE CARTOES DE CREDITO S A PARTICIPANTE
40.041.316 FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPACOES PARTICIPANTE
AGVENTURES II - MULTIESTRATEGIA INVESTIMENTO
NO EXTERIOR
43.102.544 BB IMPACTO ASG I FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPANTE
PARTICIPACOES MULTIESTRATEGIA INVESTIMENTO
NO EXTERIOR
43.985.691 BB VENTURES I FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPANTE
PARTICIPACOES MULTIESTRATEGIA - INVESTIMENTO
NO EXTERIOR
44.770.267 FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS PARTICIPANTE
- BANCOS EMISSORES DE CARTÃO DE CRÉDITO V
47.372.576 BB ACOES SELECAO FATORIAL FUNCI FUNDO DE PARTICIPANTE
INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE
INVESTIMENTO
47.372.540 BB MULTIMERCADO MULTIESTRATEGIA LONGO PARTICIPANTE
PRAZO FUNCI FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS
DE FUNDO DE INVESTIMENTO

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47.388.308 BB MULTIMERCADO BRL ALLSPRING CLIMATE PARTICIPANTE


TRANSITION IS INVESTIMENTO NO EXTERIOR FUNDO
DE INVESTIMENTO
47.388.362 BB ACOES BRL PICTET GLOBAL ENVIRONMENTAL PARTICIPANTE
OPPORTUNITIES IS IE FUNDO DE INVESTIMTO
48.349.314 BB ACOES BRL GLOBAL X SUPERDIVIDENDOS FUNDO PARTICIPANTE
DE INVESTIMENTO EM ACOES - BDR ETF NIVEL I
48.400.645 BB MULTIMERCADO HIGH ALPHA LONGO PRAZO PARTICIPANTE
FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDO DE
INVESTIMENTO
50.840.259 BB ASSET ACOES SELECAO FATORIAL FUNDO DE PARTICIPANTE
INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE
INVESTIMENTO
50.840.194 BB ASSET MULTIMERCADO HIGH ALPHA LONGO PARTICIPANTE
PRAZO FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS DE FI
44.459.200 BB RENDA FIXA SIMPLES CASHBACK FUNDO DE PARTICIPANTE
INVESTIMENTO EM COTAS DE FUNDOS DE
INVESTIMENTO

E a regra para apuração é clara:

A apuração do PR deve ser realizada em bases consolidadas para as instituições integrantes


de um mesmo conglomerado prudencial, nos termos da regulamentação específica. Ou seja,
o patrimônio de referência é apurado para o conglomerado Banco do Brasil S.A. como um todo,
por exemplo, e não pela instituição Banco do Brasil S.A.

(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O controle e monitoramento eficaz de entidades financeiras demandam a compreensão de
termos como subsidiária, controlador e conglomerado. Nesse contexto, julgue o item
subsequente.
Conglomerado financeiro é um conjunto de entidades financeiras vinculadas por participação
acionária majoritária, direta ou não, controle operacional efetivo, ou direitos de sócios
preponderantes em tomadas de decisões.10

Com isso esclarecido e ilustrado, vamos prosseguir.

10
Comentários: Tudo correto. Temos, aqui, a definição de conglomerado financeiro. Gabarito: Certo

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5.3.1 Capital Principal (PR Nível I)

Para apurar o Capital Principal de Nível I, são somados uma série de valores, e subtraídos
outros tantos. Então trarei a lista e, quando for necessário, diante de termos técnicos ou
complexos, darei algumas explicações adicionais. Será necessário com frequência...

O Capital Principal é a soma dos valores:

a) O capital social constituídos por quotas ou ações (apenas não resgatáveis e sem
cumulatividade de dividendos).
Não resgatáveis: normalmente, as ações não são resgatáveis. Se um acionista quiser
“fazer dinheiro” com suas ações, ele precisa vender na bolsa. Contudo, algumas
podem permitir o resgate direto com a companhia.
Sem cumulatividade: Basileia III falou sobre isso, e para ser capital de alta qualidade,
não pode ser do tipo que fica acumulando dividendos. Se não pagou em
determinado período, não acumula.
Além disso, não deve ser considerado o aumento de capital em processo de
autorização. Sim, as instituições financeiras precisam de autorização do Banco
Central para realizar aumentos de capital.
b) Reservas: de capital, de reavaliação e de lucros;
As reservas de capital, reservas de reavaliação e reservas de lucros são conceitos
contábeis e financeiros importantes em uma empresa. Vou explicar cada um deles:
Reservas de Capital: São montantes acumulados pela empresa que não são
provenientes de lucros. Podem ser originárias de diversas fontes, como a emissão
de ações acima do valor nominal, doações, subvenções para investimento, entre
outras. Essas reservas são importantes para a saúde financeira da empresa e
geralmente são utilizadas para investimentos ou para proteger a empresa contra
futuros prejuízos.
Reservas de Reavaliação: Refere-se ao aumento do valor contábil de ativos da
empresa. Quando um ativo é reavaliado e seu valor de mercado é considerado
maior que o valor contábil registrado anteriormente, a diferença é registrada como
reserva de reavaliação. Esta reserva não pode ser distribuída como dividendos aos
acionistas, mas pode ser usada, por exemplo, para absorver prejuízos futuros ou
aumentar o capital social da empresa.
Reservas de Lucros: São parcelas do lucro líquido de uma empresa que são
retidas, ao invés de serem distribuídas aos acionistas. Essas reservas são formadas
com o objetivo de financiar projetos futuros, expandir as operações da empresa, ou
servir como um fundo de emergência. Dentro das reservas de lucros, existem várias
categorias, como a reserva legal, reserva estatutária, reserva para contingências,
entre outras, cada uma com um propósito específico conforme determinado pela
legislação ou pelos estatutos da empresa.
c) Ganhos não realizados decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial;
a. Um ganho é considerado "não realizado" quando o valor de um ativo aumenta no
papel, mas a empresa ainda não vendeu ou liquidou esse ativo. A diferença em
relação ao que vimos em item anterior é que, aqui, esse ganho não virou uma
reserva.
d) Sobras ou lucros acumulados;
e) Contas de resultado credoras;

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f) Depósito em conta vinculada admitido para fins de reenquadramento da instituição, nas


situações que configurarem desenquadramento nos requerimentos mínimos de capital,
g) Saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos
utilizados para hedge de fluxo de caixa;
Derivativos: São contratos financeiros cujo valor é derivado de um ativo
subjacente, taxa de referência ou índice. Exemplos comuns incluem opções, futuros
e swaps. Os derivativos são usados para uma variedade de propósitos, incluindo
hedging (proteção contra riscos), especulação e obtenção de acesso a ativos ou
mercados.
h) saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos
registrados contabilmente como passivos decorrente de alterações no risco de crédito
próprio da instituição, líquido dos efeitos tributários.
Alterações no Risco de Crédito Próprio da Instituição: O risco de crédito próprio
refere-se à probabilidade de a instituição não conseguir cumprir suas obrigações
financeiras. Alterações no risco de crédito próprio podem afetar o valor de mercado
dos derivativos. Por exemplo, se a solvência da instituição piorar, os contratos de
derivativos nos quais ela é parte podem se desvalorizar, pois há maior risco de
inadimplência.
Algo que você deve observar sobre todos esses valores têm algo em comum: ausência de
vencimento. E isso nos lembra as diretrizes de Basileia III, né? Onde o caráter de perpetuidade é
algo essencial para capitais de maior qualidade.
Além desses, há diversos outros instrumentos que podem compor o Capital Principal, desde que
preencham uma série de requisitos. Não entraremos em detalhes sobre esses requisitos, mas é
importante que você saiba que, no caso desses “outros instrumentos”, é preciso uma
autorização expressa do Banco Central (que será vista adiante).
E esses são os valores que compõem, positivamente, o Capital Principal. Contudo, após somar
esses valores, a instituição precisa excluir algumas coisas.
Você vai notar que muitos desses itens que deve ser subtraído é o inverso do que deve ser
somado. Por exemplo: se somamos os lucros acumulados, iremos subtrair os prejuízos
acumulados. Adiante, teremos um esquema relacionando isso.
Portanto, devem ser subtraídos do capital principal os valores referentes a:

a) perdas não realizadas decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial;


b) às ações ou quaisquer outros instrumentos de emissão própria, autorizados a compor
o Capital Principal, adquiridos diretamente, indiretamente ou de forma sintética.
Explicando: a instituição deve subtrair do capital principal o valor das ações que ela
mesma emitiu e adquiriu. Um exemplo disso são as chamadas “Ações em
Tesouraria”, ações que foram emitidas por uma empresa e posteriormente
recompradas por ela.
Portanto, mesmo que seja uma ação não resgatável e sem cumulatividade de
dividendos, ela não pode compor o Capital Principal se for adquirida pela própria
instituição emissora.
Ah, caso a instituição tenha ao mesmo tempo posição comprada e vendida de suas
próprias ações, deve ser considerado o valor líquido, desde que a instituição não
esteja garantindo a posição vendida (risco de contraparte).

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Além disso, o prazo da posição vendida deve ser superior a um ano e maior ou igual
ao da posição comprada.
c) operações com derivativos, inclusive derivativos de índices;
d) perdas ou prejuízos acumulados;
e) contas de resultado devedoras;
f) ao saldo do ajuste negativo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros
derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa;
g) ao saldo do ajuste negativo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros
derivativos registrados contabilmente como passivos decorrente de alterações no
risco de crédito próprio da instituição, líquido dos efeitos tributários; e
h) ajustes prudenciais, que incluem:
a. ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa de
rentabilidade futura líquidos de passivos fiscais diferidos a eles associados;
b. ativos intangíveis;
c. ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido, líquidos
de passivos fiscais diferidos a ele associados aos quais a instituição financeira não
tenha acesso irrestrito.

Além de definir o que deve ser somado e o que deve ser subtraído, só para deixar as coisas bem
evidentes, a Resolução define que não devem ser considerados no Capital Principal:

a) os recursos captados, mas ainda não integralizados;


b) as ações para as quais a instituição tenha criado, na emissão, expectativa de resgate,
reembolso, amortização, recompra ou cancelamento;
c) as ações que tiveram sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela instituição
emissora ou por qualquer entidade do conglomerado; e
d) os depósitos de poupança em associações de poupança e empréstimo.
e) os investimentos em:
a. entidade assemelhada a instituição financeira (administradoras de consórcio,
instituições de pagamento, entre outras), sociedade seguradora, resseguradora,
sociedade de capitalização e entidade aberta de previdência complementar;
b. instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou em instituição
situada no exterior que exerça atividade equivalente à de instituição financeira no
Brasil, que não componha o conglomerado;
f) participação de não controladores no capital de subsidiária:
a. que seja instituição autorizada a funcionar pelo BCB;
b. no exterior que exerça atividade equivalente à de instituição financeira no Brasil;
c. no país que não seja instituição autorizada a funcionar pelo BCB; e
d. no exterior que não exerça atividade equivalente à de instituição financeira no
Brasil;
g) créditos tributários:
a. decorrentes de diferenças temporárias que dependam de geração de lucros ou
receitas tributáveis futuras para sua realização, nos termos do art. 8º;
b. decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido e os originados dessa contribuição relativos a períodos de apuração
encerrados até 31 de dezembro de 1998;
h) valor correspondente ao investimento em dependência, instituição financeira
controlada no exterior ou entidade não financeira que componha o conglomerado, em

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relação às quais o Banco Central do Brasil não tenha acesso a informações, dados e
documentos suficientes para fins da supervisão global consolidada;
i) valor da diferença a menor entre o valor provisionado e a perda esperada nas exposições
abrangidas por sistemas internos de classificação de risco de crédito (abordagens IRB);

Ou seja, esses itens não devem ser somados nem subtraídos no Capital Principal.

Vamos testar sua atenção.

(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Ganhos não realizados provenientes de ajustes de avaliação patrimonial são aspectos a serem
considerados no processo de apuração do Capital Principal. Sobre esse elemento, avalie o item
subsequente:
Ganhos não realizados decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial são integrantes do
Capital Principal.11

Agora, vamos ao esquema para ajudar a fixar tudo que acabamos de ver, sendo que o
quadradinho inclinado (ou losango, se preferir) indica itens relacionados:

11
Comentários: Ganhos não realizados, quando derivados de ajustes de avaliação patrimonial, contribuem positivamente para
o Capital Principal. Assim, o item está correto. Gabarito: Certo

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CAPITAL PRINCIPAL (NÍVEL 1)

Soma Subtrai Desconsidera

ações ou quaisquer outros


ações com resgate,
capital social: quotas ou instrumentos de emissão
reembolso, amortização,
ações própria adquiridos pela
recompra ou cancelamento
instituição

reservas de capital, de recursos captados mas


operações com derivativos
reavaliação e de lucros ainda não integralizados

ganhos não realizados perdas não realizadas ações financiadas pela


decorrentes dos ajustes de decorrentes dos ajustes de instituição emissora ou
avaliação patrimonial avaliação patrimonial; entidade do conglomerado

depósitos de poupança em
sobras ou lucros perdas ou prejuízos
associações de poupança e
acumulados acumulados
empréstimo

créditos tributários de
contas de resultado contas de resultado
diferenças temporárias ou
credoras devedoras
prejuízos fiscais

investimentos em entidade
ajuste positivo de derivativos ajuste negativo de
assemelhada a IF ou IF que
utilizados para hedge de derivativos utilizados para
não componha o
fluxo de caixa hedge de fluxo de caixa
conglomerado

ajuste negativo de
ajuste positivo de derivativos
derivativos passivos
passivos decorrente de participação de não
decorrente de alterações no
alterações no risco de controladores no capital de
risco de crédito da
crédito da instituição, líquido subsidiária (veja os casos)
instituição, líquido dos
dos efeitos tributários.
efeitos tributários

investimento em
ajustes prudenciais (ágios dependência, IF controlada
depósito em conta vinculada pagos, ativos intangíveis e no exterior ou entidade não
ativos atuariais) financeira sem acesso do
BCB

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Vamos falar agora sobre a outra parte do PR de Nível I.

5.3.2 Capital Complementar (PR Nível I)

Vamos direto ao assunto.

O Capital Complementar é composto pela soma dos valores dos instrumentos que atendam
aos seguintes requisitos...

Ah, antes de entrar nos requisitos, note duas coisas:

1. No caso de Capital Principal, são listados diversos instrumentos, enquanto no Capital


Complementar são estabelecidos requisitos que o instrumento deve possuir, sem citar
nominalmente o instrumento em si.
2. A lista de requisitos que você verá é cumulativa, ou seja, é preciso que o instrumento
atenda a todos eles, em regra.

Agora sim, os requisitos para compor o Capital Principal são:

I. ser nominativos, quando emitidos no Brasil e, quando emitidos no exterior, sempre que
a legislação local assim o permitir;
II. integralizados em espécie;
III. ter caráter de perpetuidade (não ter vencimento);
IV. ter o seu pagamento subordinado ao pagamento dos demais passivos da instituição, com
exceção do pagamento dos elementos que compõem o Capital Principal, na hipótese de
dissolução da instituição emissora;
V. prever o pagamento de sua remuneração apenas com recursos provenientes de lucros
e reservas de lucros passíveis de distribuição no último período de apuração;
VI. prever a suspensão do pagamento da remuneração:
a. que exceder os recursos disponíveis para essa finalidade;
b. na mesma proporção da restrição imposta pelo Banco Central do Brasil à
distribuição de dividendos ou de outros resultados relativos às ações, quotas ou
quotas-partes, elegíveis ao Capital Principal;
c. do instrumento nos mesmos percentuais de retenção estabelecidos para o
pagamento de dividendos e de juros sobre o capital próprio ou para o pagamento
das sobras líquidas apuradas e da remuneração anual às quotas-parte de capital e
ao resgate das quotas-partes, no caso de cooperativas de crédito, se a instituição
emissora apresentar insuficiência no cumprimento do Adicional de Capital
Principal, nos termos da regulamentação específica, ou o pagamento acarretar
desenquadramento em relação aos requerimentos mínimos de Capital Principal,
Nível I e PR;
VII. ter o resgate ou a recompra, ainda que realizado indiretamente por intermédio de
entidade integrante do próprio conglomerado ou por entidade não financeira controlada,
condicionado à autorização do Banco Central do Brasil;
VIII. ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor;
IX. não ser objeto de garantia, seguro ou qualquer outro mecanismo que obrigue ou
permita pagamento ou transferência de recursos, direta ou indiretamente, da instituição
emissora, de entidade do conglomerado, ou de entidade não financeira controlada, para

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o detentor do instrumento, de forma a comprometer a condição de subordinação


expressa neste artigo;
X. não possuir cláusulas que, direta ou indiretamente, alterem o montante originalmente
captado, inclusive por meio de acordos que obriguem a instituição emissora a compensar
o investidor se um novo instrumento for emitido com melhores condições de
remuneração, com exceção dos casos de recompra e resgate previstos no art. 16;
XI. não conter cláusulas que tenham previsão de variação das condições de
remuneração após a emissão do instrumento, inclusive em função de oscilação da
qualidade creditícia da instituição emitente;
XII. não ter sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela instituição emissora;
XIII. prever a extinção, permanente e em valor no mínimo correspondente ao saldo
computado no Nível I ou a conversão do mesmo valor em ações da instituição
emissora elegíveis ao Capital Principal, nas seguintes situações:
a. divulgação pela instituição emitente, na forma estabelecida pelo Banco Central do
Brasil, de que seu Capital Principal está em patamar inferior a 5,125% (cinco inteiros
e cento e vinte e cinco milésimos por cento) do montante RWA12, apurado na forma
estabelecida pela regulamentação específica;
b. assinatura de compromisso de aporte de recursos público para socorrer a
instituição emitente;
c. decretação, pelo Banco Central do Brasil, de regime de administração especial
temporária ou de intervenção na instituição emitente; ou
d. determinação, pelo Banco Central do Brasil, de extinção ou conversão;

Muito bem!

Os instrumentos que possuem essas características podem ser contabilizados como Capital
Complementar, mas, assim como ocorre com o Principal, há de se fazer algumas deduções:

a) investimentos em instrumentos elegíveis a PR emitidos por instituição autorizada a


funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituição situada no exterior que exerça
atividade equivalente à de instituição financeira no Brasil, que não componha o
conglomerado; e
b) às ações de emissão própria e aos instrumentos autorizados a compor o Capital
Complementar, resgatados ou recomprados diretamente, indiretamente ou de forma
sintética, inclusive por meio de:
a. quotas de fundo de investimento, proporcionalmente à participação destes
instrumentos na carteira do fundo;
b. entidade assemelhada a instituição financeira ou entidade não financeira,
controladas; ou
c. operações com derivativos, inclusive derivativos de índices.
Nesses casos (do item “b”), os valores podem ser calculados considerando a posição
líquida na instituição entre posições compradas e vendidas por instrumento e por
instituição investida, desde que o prazo efetivo de vencimento da posição vendida deve
seja igual ou maior que o da posição comprada e superior a 1 (um) ano.

12
Isso tem a ver com o requerimento de capital, que logo veremos.

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Você deve ter notado que, ao contrário do Capital Principal, os instrumentos elegíveis a compor
o Capital Complementar podem ser emitidos com cláusula de opção de recompra ou resgate
pelo emissor. Mas há algumas condições, cumulativamente:

I. intervalo mínimo de 5 (cinco) anos entre a data de emissão e a primeira data de


exercício de opção de recompra ou resgate;
II. inexistência de características que acarretem a expectativa de que a recompra ou o
resgate será exercido; e
III. previsão contratual para que o exercício da opção de recompra ou resgate seja
condicionado, na data do exercício, à autorização do Banco Central do Brasil.
Essa autorização do BCB é concedida desde que:

I. a instituição emissora cumpra os requerimentos mínimos de Capital Principal, de Nível I e


de PR, e atenda ao Adicional de Capital Principal;
II. a recompra ou resgate não acarrete desenquadramento em relação aos requerimentos e
limites ou insuficiência de Adicional de Capital Principal;
III. a instituição manifeste ao Banco Central do Brasil a intenção de exercer a opção de
recompra ou resgate; e
IV. ocorra uma das duas opções seguintes:
a. emissão de novos instrumentos elegíveis ao Capital Complementar, em valor
equivalente ao dos instrumentos recomprados ou resgatados e em condições
pactuadas mais favoráveis; ou
b. comprovação de condições de negócio que, a critério do Banco Central do Brasil,
justifiquem a pretensão da instituição.

(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos instrumentos elegíveis para compor o Capital Complementar, avalie o item
subsequente:
Os instrumentos do Capital Complementar podem ser objeto de garantia, desde que a
instituição emissora o autorize.13

E é isso. Podemos passar ao próximo assunto.

CAPITAL COMPLEMENTAR (NÍVEL 1)

13
Comentários: Os instrumentos do Capital Complementar não podem ser objeto de garantia, seguro ou qualquer mecanismo
que comprometa a condição de subordinação, independentemente da autorização da instituição emissora. Gabarito: Errado

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Requisitos Deduções

resgatáveis apenas por iniciativa investimentos em instrumentos


nominativos
do emissor elegíveis a PR emitidos por
não ser objeto de garantia ou instituição autorizada a
integralizados em espécie
seguro funcionar pelo BCB ou por
instituição situada no exterior
perpetuidade (não ter não possuir cláusulas que
que exerça atividade
vencimento) alterem o montante captado
equivalente à de instituição
não conter cláusulas de financeira no Brasil, que não
pagamento subordinado
variação da remuneração componha o conglomerado
pagamento de sua
não ter sua compra financiada
remuneração apenas com
pela instituição emissora; ações de emissão própria e
recursos provenientes de lucros
instrumentos autorizados a
prever a suspensão do compor o Capital
pagamento da remuneração em prever a extinção em
Complementar, resgatados ou
determinados casos determinados casos, como
recomprados diretamente,
aporte de recursos públicos e
resgate ou a recompra indiretamente ou de forma
decretação de regime de
condicionado à autorização do sintética
resolução pelo BCB
BCB

5.3.3 Patrimônio de Referência de Nível II

O esquema aqui é o mesmo que vimos: vamos somar algumas coisas, e subtrair outras.

No caso do PR Nível II, a apuração ocorre mediante a soma dos valores de:

I. instrumentos que atendam aos seguintes requisitos:


a) ser nominativos, quando emitidos no Brasil e, quando emitidos no exterior,
sempre que a legislação local assim o permitir;
b) ser integralizados em espécie;
c) prever intervalo mínimo de 5 (cinco) anos entre a data de emissão e a data de
vencimento, não podendo prever o pagamento de amortizações antes de
decorrido esse intervalo;
d) ter o seu pagamento subordinado ao pagamento dos demais passivos da
instituição, com exceção do pagamento dos elementos que compõem o Capital

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Principal e o Capital Complementar, na hipótese de dissolução da instituição


emissora;
e) ter a recompra ou o resgate antecipado, ainda que realizado indiretamente por
intermédio de entidade do conglomerado ou por entidade não financeira
controlada, condicionado à autorização do Banco Central do Brasil;
f) ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor;
g) não ser objeto de garantia, seguro ou qualquer outro mecanismo que obrigue ou
permita pagamento ou transferência de recursos, direta ou indiretamente, da
instituição emissora, de entidade do conglomerado ou de entidade não financeira
controlada, para o detentor do instrumento, de forma a comprometer a condição
de subordinação expressa neste artigo;
h) não conter cláusulas que tenham previsão de variação de prazos ou condições
de remuneração entre a emissão e o vencimento do instrumento, inclusive em
função de oscilação da qualidade creditícia da instituição emissora;
i) não ter sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela instituição
emissora;
j) prever a extinção, permanente e em valor no mínimo correspondente ao saldo
computado no Nível II, ou a conversão do mesmo valor em ações da instituição
emissora elegíveis ao Capital Principal, nas seguintes situações:
i. divulgação pela instituição emitente, na forma estabelecida pelo Banco
Central do Brasil, de que seu Capital Principal está em patamar inferior a
4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) do montante RWA;
ii. assinatura de compromisso de aporte de recursos públicas para socorrer a
instituição emitente;
iii. decretação, pelo Banco Central do Brasil, de regime de administração
especial temporária ou de intervenção na instituição emitente; ou
iv. determinação, pelo Banco Central do Brasil, de extinção ou conversão,
segundo critérios estabelecidos em regulamento específico editado pelo
Conselho Monetário Nacional;
Aqui, cabe uma explicação.

As abordagens IRB (Internal Ratings-Based) são métodos utilizados no cálculo


de requisitos de capital para risco de crédito, de acordo com as diretrizes
estabelecidas pelo Acordo de Basileia. Essas abordagens são aplicadas a
instituições financeiras que possuem sistemas internos de classificação de risco
de crédito. Existem duas principais abordagens IRB: Abordagem Fundamentada
nas Fundações (FIRB, do inglês Foundation Internal Ratings-Based Approach) e a
Abordagem Avançada (AIRB, do inglês Advanced Internal Ratings-Based
Approach).
Quando se fala em perda esperada nas exposições abrangidas por sistemas
internos de classificação de risco de crédito, refere-se à estimativa das perdas
que uma instituição financeira pode incorrer devido ao não cumprimento

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(default) de um mutuário. A perda esperada é componente chave no cálculo do


capital regulatório que um banco deve manter para cobrir esses riscos de crédito.

Abordagem Fundamentada nas Fundações (FIRB)

Nesta abordagem, o banco utiliza as classificações internas de risco de crédito


para atribuir probabilidades de default (PD), perdas dadas a inadimplência (LGD)
e exposições atuais (EAD) a diferentes classes de ativos.
A perda esperada é calculada como o produto da PD, LGD e EAD.

Abordagem Avançada (AIRB)

A AIRB permite que o banco utilize modelos internos para estimar diretamente
as PDs e as LGDs. Isso proporciona maior flexibilidade à instituição na avaliação
de seus próprios riscos.
Assim como na FIRB, a perda esperada é calculada multiplicando a PD, LGD e
EAD.
Ambas as abordagens IRB visam refletir com mais precisão o perfil de risco de
crédito específico de cada exposição. A perda esperada é uma medida
fundamental para determinar a quantidade de capital regulatório que um banco
deve manter para cobrir os riscos associados às suas atividades de crédito. O uso
de sistemas internos de classificação de risco de crédito permite uma abordagem
mais personalizada e adaptada à realidade de cada instituição financeira.

Já o valor provisionado é determinado de forma mais simplificada pelo Banco


Central do Brasil, com maiores percentuais de acordo com o tempo de atraso da
operação. Não entraremos em detalhes nesta aula, por fugir ao escopo, mas as
regras estão presentes na Resolução CMN n° 2.682 de 21/12/1999, caso deseje
conferir.

Portanto, se a instituição tiver provisionado, por exemplo, R$100 bilhões, mas o método IRB
apurar uma perda esperada de R$80 bilhões, a diferença, de R$20 bilhões, pode ser apurada
como Capital Complementar.
Um detalhe importante, que vale para os instrumentos em geral, é o seguinte:
Na hipótese de emissão no exterior, os instrumentos elegíveis a compor o Nível II devem
conter cláusula elegendo foro no qual sejam reconhecidos os requisitos para o
instrumento, para dirimir eventuais disputas judiciais.
Por fim, o mesmo que vimos sobre a recompra/resgate de instrumentos de Capital
Complementar vale para o PR Nível II. Vamos apenas revisar as condições para um instrumento
com esse tipo de cláusula poder ser considerado no PR Nível II:
I. intervalo mínimo de 5 (cinco) anos entre a data de emissão e a primeira data de
exercício de opção de recompra ou resgate;

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II. inexistência de características que acarretem a expectativa de que a recompra ou o


resgate será exercido; e
III. previsão contratual para que o exercício da opção de recompra ou resgate seja
condicionado, na data do exercício, à autorização do Banco Central do Brasil.
Essa autorização do BCB, também revisando, é concedida desde que:

I. a instituição emissora cumpra os requerimentos mínimos de Capital Principal, de Nível I e


de PR, e atenda ao Adicional de Capital Principal;
II. a recompra ou resgate não acarrete desenquadramento em relação aos requerimentos e
limites ou insuficiência de Adicional de Capital Principal;
III. a instituição manifeste ao Banco Central do Brasil a intenção de exercer a opção de
recompra ou resgate; e
IV. ocorra uma das duas opções seguintes:
a. emissão de novos instrumentos elegíveis ao Capital Complementar, em valor
equivalente ao dos instrumentos recomprados ou resgatados e em condições
pactuadas mais favoráveis; ou
b. comprovação de condições de negócio que, a critério do Banco Central do Brasil,
justifiquem a pretensão da instituição.

Mas ficou uma explicação pendente.


Você deve ter notado que, no Capital de nível II, é permitido que os instrumentos tenham
vencimento, diferentemente do que ocorre com o nível I.
Mas existe um detalhe: conforme o vencimento desses instrumentos de aproxima, seu valor vai
sendo reduzido para fins de apuração de capital. Ou seja, sobre os saldos dos instrumentos de
capital ou de dívida autorizados a compor o Nível II que tenham prazo de vencimento será
aplicado redutor, observado o seguinte cronograma:
I. de 20% (vinte por cento), do 60º (sexagésimo) mês ao 49º (quadragésimo nono) mês
anterior ao do respectivo vencimento;
II. de 40% (quarenta por cento), do 48º (quadragésimo oitavo) mês ao 37º (trigésimo
sétimo) mês anterior ao do respectivo vencimento;
III. de 60% (sessenta por cento), do 36º (trigésimo sexto) mês ao 25º (vigésimo quinto) mês
anterior ao do respectivo vencimento;
IV. e 80% (oitenta por cento), do 24º (vigésimo quarto) mês ao 13º (décimo terceiro) mês
anterior ao do respectivo vencimento; e
V. de 100% (cem por cento), nos 12 (doze) meses anteriores ao respectivo vencimento.
Lembrando que o prazo mínimo é de 5 anos entre a emissão e o vencimento, mas conforme o
tempo passa, esse ativo vai sendo reduzido para fins de PR Nível II, e chega a zero quando falta
menos de um ano para o vencimento.
Vamos de esquema para fechar isso.

PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA NÍVEL 2

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Requisitos

nominativos não ser objeto de garantia ou seguro

não conter previsão de variação de prazos


integralizados em espécie
ou condições de remuneração

não ter sua compra financiada pela


mínimo de 5 anos entre emissão vencimento
instituição emissora;

prever a extinção em determinados casos,


pagamento subordinado aos demais como aporte de recursos públicos e
passivos da instituição decretação de regime de resolução pelo
BCB

recompra ou o resgate antecipado sujeito a +diferença a maior entre o valor


autorização do BCB provisionado e a perda esperada nas
exposições abrangidas por sistemas internos
de classificação de risco de crédito
resgatáveis apenas por iniciativa do emissor (abordagens IRB)

5.3.4 Autorização para o Capital Principal, Complementar e para o Nível II

Você lembra que eu mencionei que existiam alguns instrumentos que podem compor o Capital
Principal da instituição ou conglomerado que precisam de uma autorização específica do Banco
Central?
Pois bem, os valores efetivamente integralizados referentes a esses instrumentos de capital ou
de dívida, bem como daqueles elegíveis para Capital Complementar e para o Nível II somente
podem compor o Capital Principal, Complementar e o Nível II mediante autorização do Banco
Central do Brasil.

E a primeira exigência para obter essa autorização diz respeito ao contrato ou instrumento que
ampare a operação de captação, que deve conter capítulo específico denominado Núcleo de
Subordinação, composto por:

I. cláusulas que permitam evidenciar o atendimento dos requisitos para o Capital Principal,
Complementar e o Nível II;

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II. cláusula estabelecendo ser nula qualquer outra, no contrato ou em outro documento, que
prejudique o atendimento dos requisitos previstos na Resolução;
III. cláusula estabelecendo que o aditamento, alteração ou revogação dos termos do Núcleo
de Subordinação dependem de prévia autorização do Banco Central do Brasil; e
IV. resumo da operação, contendo as seguintes informações:
a. natureza da captação;
b. valor captado; e
c. estrutura do fluxo de desembolsos relativos ao pagamento de amortizações e
encargos.

Para fins da autorização mencionada, o Núcleo de Subordinação deve, salvo regramento


específico, ser submetido ao Banco Central do Brasil, que considerará, entre outros elementos,
a estrutura de pagamentos e, para o Nível II, o prazo de vencimento.

Por que só para o Nível II? Porque para o Nível I os instrumentos não podem ter vencimento,
lembra?

E para que sejam autorizados a compor o Capital Principal, Complementar e o Nível II, os
instrumentos devem:

I. ser emitidos por instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por sua
dependência ou subsidiária no exterior, desde que essas últimas não sejam constituídas
como sociedade de objeto exclusivo ou entidade de propósito específico, qualquer que
seja sua forma jurídica;
II. possuir, no momento de sua emissão, valor nominal unitário mínimo de R$300.000,00
(trezentos mil reais) ou equivalente em moeda estrangeira;
III. ser registrados em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo
Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM); e
IV. abranger, no registro, os componentes do Núcleo de Subordinação (vistos
anteriormente).

Por fim, no caso de instrumentos emitidos no exterior, o pedido de autorização deve estar
acompanhado de parecer jurídico, emitido por escritório de advocacia habilitado na jurisdição
cuja legislação seja aplicável ao instrumento, no qual se ateste, sem ressalvas, a adequação das
cláusulas do instrumento à referida legislação.

5.3.5 Deduções do Patrimônio de Referência (PR Nível I e PR Nível II)

Como comentei, alguns instrumentos precisam ser deduzidos tanto do PR Nível I (Capital
Principal e Complementar) quanto do PR Nível II. São eles:

I. os investimentos em entidade assemelhada a instituição financeira não consolidada,


sociedade seguradora, resseguradora, sociedade de capitalização e entidade aberta de
previdência complementar;
II. os investimentos em Capital Principal de instituição autorizada a funcionar pelo Banco
Central do Brasil ou em instituição situada no exterior que exerça atividade equivalente à
de instituição financeira no Brasil, que não componha o conglomerado;

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III. créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam de geração de


lucros ou receitas tributáveis futuras para sua realização;
IV. os investimentos nos instrumentos elegíveis a Capital Complementar e Nível II
mencionados:
a) a investimentos em instrumentos elegíveis a PR emitidos por instituição autorizada
a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por instituição situada no exterior que
exerça atividade equivalente à de instituição financeira no Brasil, que não
componha o conglomerado;
V. os investimentos em outros instrumentos que atendam as seguintes condições:
a) sejam elegíveis para cumprir requerimento mínimo regulatório de instituição listada
como sistemicamente importante em âmbito global pelo Conselho de Estabilidade
Financeira (FSB) ou em âmbito doméstico pela autoridade competente; e
b) possam ser extintos ou convertidos em ações, em decorrência da atuação das
autoridades competentes no decurso de regime de resolução.
A dedução desses instrumentos deve ser efetuada também para os valores referentes às
seguintes situações:
I. aquisição direta, indireta ou de forma sintética dos ativos mencionados por meio de:
a) entidade assemelhada a instituição financeira ou entidade não financeira,
controlada;
b) operações com derivativos, inclusive derivativos de índices;
II. participação indireta de cooperativa de crédito em banco cooperativo;
III. concessão de crédito a terceiros com conhecimento, ainda que posterior à concessão, de
que os recursos se destinam especificamente a compor o PR de instituição autorizada a
funcionar pelo Banco Central do Brasil, com exceção de cooperativas de crédito;
IV. aquisição dos instrumentos mencionados no caput por meio de quotas de fundo de
investimento, proporcionalmente à participação destes na carteira do fundo; e
V. aquisição de instrumentos que, no decurso de regime de resolução, absorvam perdas
prévia ou concomitantemente aos instrumentos.

Uma regra geral é que devem ser deduzidas integralmente as aquisições recíprocas de
instrumentos, quando essas aquisições aumentam, de forma artificial, o Patrimônio de
Referência. O que significa isso?

Suponha que duas instituições financeiras, A e B, realizem uma transação de aquisição recíproca
de instrumentos elegíveis para compor o Patrimônio de Referência (PR). Ambas as instituições
concordam em comprar títulos emitidos pela outra instituição, com o objetivo de aumentar seus
respectivos PRs.

1. Instituição A:
Adquire títulos emitidos pela Instituição B no valor de $10 milhões.
Estes títulos são considerados instrumentos elegíveis para compor o PR de A.
2. Instituição B:

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Adquire títulos emitidos pela Instituição A no valor de $10 milhões.


Estes títulos também são considerados instrumentos elegíveis para compor o PR de B.

Aparentemente, ambas as instituições agora têm um aumento de $10 milhões em seus


respectivos PRs devido à aquisição recíproca de instrumentos. No entanto, essa transação pode
ser considerada uma manipulação artificial do PR, pois o aumento não reflete uma verdadeira
melhoria na posição de capital das instituições. Em vez disso, é uma troca de títulos entre elas,
sem um aumento real nos recursos disponíveis para absorver perdas.

Consequentemente, a dedução integral seria aplicada para eliminar esse aumento artificial no
PR, assegurando que os requisitos de capital estejam alinhados com uma posição financeira mais
sólida e realista.

Para finalizar, a Resolução traz o seguinte (explicarei na sequência):

Os valores da participação de não controladores no capital de subsidiária que seja


instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou de subsidiária no exterior
que exerça atividade equivalente à de instituição financeira no Brasil que excederem os
requerimentos mínimos de Capital Principal, Nível I e PR dessa subsidiária devem ser
deduzidos, respectivamente, do Capital Principal, do Nível I e do PR do conglomerado.

Para compreender o que está escrito acima, vamos a um exemplo numérico e (mais ou menos)
fictício. Vamos usar o conglomerado do BB para isso, e os participantes (não controladores) do
conglomerado BB-BANCO DE INVESTIMENTO S/A e BB BANCO DE CÂMBIO S.A.

Suponha que o BB BANCO DE INVESTIMENTO S/A tem participação na subsidiária BB BANCO


DE CÂMBIO S.A., que é uma instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

A Resolução CMN nº 4.958/2021, que veremos adiante, estabelece requisitos mínimos de


capital, incluindo Capital Principal, Nível I e Patrimônio de Referência (PR) para essa subsidiária.

Além disso, a Resolução CMN nº 4.955/2021 especifica que, se a participação de não


controladores no capital da subsidiária exceder esses requisitos mínimos, os valores excedentes
devem ser deduzidos dos respectivos componentes do conglomerado.

Aqui está um exemplo numérico simplificado:

1. Requerimentos Mínimos de Capital para o BB Banco de Câmbio (em milhões de reais):


• Capital Principal: 100
• Nível I: 50
• Patrimônio de Referência (PR): 150
2. Participação do BB Banco de Investimentos no Capital do BB Banco de Câmbio:
• Capital Principal: 120
• Nível I: 60
• PR: 180

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Nesse exemplo, os valores da participação de não controladores excedem os requerimentos


mínimos estabelecidos para a subsidiária. Portanto, os valores excedentes devem ser deduzidos
dos componentes correspondentes do conglomerado.

1. Deduções no PR do Conglomerado:
• Dedução do Capital Principal: 20 (excesso no Capital Principal da subsidiária)
• Dedução do Nível I: 10 (excesso no Nível I da subsidiária)
• Dedução do PR: 30 (excesso no PR da subsidiária)

Lembrando que isso deve ser repetido para cada instituição do conglomerado que se enquadre
na situação, e o PR é sempre apurado no nível do conglomerado.

Essas deduções garantem que o conglomerado atenda aos requisitos regulatórios consolidados,
levando em consideração não apenas a posição do conglomerado em si, mas também os valores
em excesso presentes nas subsidiárias, especialmente quando a participação de não
controladores ultrapassa os requisitos mínimos estabelecidos para essas subsidiárias.

Antes de passar ao próximo assunto, um pouquinho de treino.

(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Deduções no PR do conglomerado são aplicadas a certos instrumentos para evitar aumento
artificial do Patrimônio de Referência. Analise o item a seguir:
Deduções no PR do conglomerado são aplicadas apenas se houver prejuízo real nas transações
envolvendo instrumentos elegíveis.14

5.4 Apuração do patrimônio de referência exigido (PRE)

A primeira coisa a saber a respeito do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) é que esse nome
não é mais utilizado pelo BCB e pelo CMN desde 2013. Digo isso apenas para que você não
estranhe se ler em algum lugar, como numa questão ou material mais antigo.

E como chama agora? Normalmente, apenas nos referimos como requerimentos de capital ou
como requerimentos de PR.

Mas, na prática, é a mesma coisa: o CMN dizendo para a instituição (ou conglomerado) quanto
Patrimônio de Referência ela precisa ter de cada tipo (Principal, Complementar e Nível II). Isso, é
claro, depois de explicar detalhadamente como apurar cada tipo de PR.

14
Comentários: Deduções no PR do conglomerado são aplicadas para evitar aumentos artificiais no Patrimônio de
Referência, independentemente de haver prejuízo real nas transações envolvendo instrumentos elegíveis. O item é
incorreto. Gabarito: Errado

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Para começar, vou te dar um panorama. Você já sabe que a IF precisará ter determinada
quantidade de capital, ou melhor, de PR.

E essa quantidade vai ser definida como um percentual do risco ao qual ela está sujeita.

Mas como medir o risco ao qual a IF está sujeita? Tem que haver uma forma objetiva de fazer
isso, não é?

Bom, de forma bastante ampla, podemos dizer que o principal risco de uma IF é não receber o
que ela espera receber. Em outras palavras, os ativos (bens e direitos) da instituição representam
seu maior risco.

Uma instituição que possui ativos muito grandes, por lógica, deve ter um PR muito grande.

Mas e se, apesar de muito grande, esses ativos são de excelente qualidade? Seria justo exigir um
monte de capital nesse caso? Afinal, uma carteira cheia de títulos públicos é bem diferente de
uma carteira cheia de empréstimos para negativados sem garantia.

Então, precisamos levar isso em consideração... precisamos ponderar esses ativos de acordo
com o risco que eles possuem. Ou melhor, de acordo com os riscos.

Você vai lembrar que Basileia exige capital para os riscos de crédito, de mercado e operacional.

Então, basicamente, o que o CMN determina é que a instituição olhe para seus ativos e avalie,
um por um, quais são os riscos a que eles estão expostos.

Esse ativo de R$100 mil está exposto ao risco de crédito? Opa, então vamos separar um capital
para isso, talvez uns 1% de Capital Principal, uns 5% de Nível I, e uns 8% de PR...

(esses percentuais são fictícios, apenas para você pegar a ideia, e logo veremos os valores reais)

Ah, tem risco de mercado também? Já sabe: coloca mais PR nesse negócio aí.

Agora, vejamos como isso ocorre, de fato, nos termos da Resolução CMN n° 4.958 de
21/10/2021.

Para começar, ela se aplica às instituições financeiras e demais instituições autorizadas a


funcionar pelo Banco Central do Brasil. São elas que devem atender aos requerimentos de
capital.

Mas há exceções:

• Administradoras de Consórcios;
• Instituições de Pagamento;
• Instituições Financeiras pequenas (enquadradas no segmento S5).

Essas, devem seguir regras específicas.

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Aproveitando para relembrar, rapidamente, sobre a segmentação prudencial:

SEGMENTAÇÃO PRUDENCIAL

• S1 (Segmento 1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de


investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que:
o tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto;
ou
o exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da
instituição.
• S2 (Segmento 2): instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do PIB.
*exceto aquelas que se enquadram no S1.
• S3 (Segmento 3): instituições de porte entre 0,1% e 1% do PIB
• S4 (Segmento 4): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB
• S5 (Segmento 5): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia
facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e
capital, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de
câmbio e caixas econômicas.

E tem um negócio bem específico a respeito dessas exceções, que a banca pode querer cobrar.
É sobre as Instituições de Pagamento. Caso uma IP seja líder de um conglomerado, esse
conglomerado deverá apurar o requerimento de forma consolidada, mas também há outra
Resolução específica para isso.

Pois bem, volta às instituições financeiras e demais autorizadas pelo BCB, a quem a Resolução nº
4.958/2021 se aplica, temos que elas devem manter determinados mínimos montantes de:

• Capital Principal
• PR de Nível 1
• Patrimônio de Referência

Note, portanto, que não há exigência direta de Capital Complementar ou de PR de Nível 2, mas
isso ocorre de forma indireta, complementar.

E, é claro, os requerimentos mínimos devem ser apurados de forma consolidada para instituições
integrantes de conglomerado prudencial.

Vamos ver se você está prestando atenção?

(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.958/2021 – que estabelece os requerimentos mínimos de Patrimônio de
Referência (PR), de Nível I e de Capital Principal, e sobre o Adicional de Capital Principal (ACP) –
aplica-se apenas a bancos comerciais de grande porte, do segmento S1.15

15
Comentários: A Resolução CMN nº 4.958/2021 se aplica a diversas instituições financeiras e outras autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, não se restringindo apenas a bancos comerciais de grande porte. Gabarito: Errado

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Agora, vamos entender como são medidos os riscos sobre os ativos, que são a base para
determinar os percentuais de PR.

5.4.1 Ativos ponderados pelo risco

Os ativos da instituição são ponderados de acordo com os riscos, como já adiantei. Quanto
maiores os riscos, maior será considerado o valor do ativo e, consequentemente, maior será o
requerimento de capital.

E, como você sabe, existem tipos diferentes de risco.

Por isso, os Ativos Ponderados pelos Riscos (RWA, da sigla em inglês para Risk Weighted
Assets) são compostos por cinco parcelas:

PARCELA DOS RWA (ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO)


Parcela Apuração do Risco Descrição
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao
Crédito
RWACPAD cálculo do requerimento de capital mediante
(padronizado)
abordagem padronizada
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao
cálculo do requerimento de capital mediante sistemas
Crédito
RWACIRB internos de classificação do risco de crédito
(IRB)
(abordagens IRB) autorizados pelo Banco Central do
Brasil
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao
Mercado
RWAMPAD cálculo do requerimento de capital mediante
(padronizada)
abordagem padronizada
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao
Mercado
RWAMINT (IRB)
cálculo do requerimento de capital mediante modelo
interno autorizado pelo Banco Central do Brasil
Operacional relativa ao cálculo do capital requerido para o risco
RWAOPAD (padronizada) operacional mediante abordagem padronizada

Como você pode ver, os riscos de crédito e de mercado possuem, cada um deles, duas parcelas:
uma para abordagem padronizada, outra para abordagem IRB. É assim porque alguns ativos
estão sujeitos à abordagem padronizada, enquanto outros tipos devem seguir a metodologia
IRB.

Mas o risco de mercado pode ser bastante complexo, e por isso a parcela RWAMPAD é especial, se
desdobrando em outras nove parcelas.

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DESDOBRAMENTOS DA PARCELA RWAMPAD (RISCO DE MERCADO PADRONIZADO)


Parcela Risco Componente
exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas
RWAJUR1 Juros internos denominadas em real cujo requerimento de capital é
calculado mediante abordagem padronizada.
relativa às exposições sujeitas à variação da taxa dos
Juros em moeda
RWAJUR2 cupons de moedas estrangeiras cujo requerimento de
estrangeira
capital é calculado mediante abordagem padronizada.
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos
RWAJUR3 Inflação cupons de índices de preços cujo requerimento de capital
é calculado mediante abordagem padronizada.
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos
RWAJUR4 Cupom de juros cupons de taxas de juros cujo requerimento de capital é
calculado mediante abordagem padronizada
relativa às exposições sujeitas à variação do preço de
RWAACS Ações ações cujo requerimento de capital é calculado mediante
abordagem padronizada
relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de
RWACOM Commodities mercadorias (commodities) cujo requerimento de capital
é calculado mediante abordagem padronizada
relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e
RWACAM Câmbio em ativos sujeitos à variação cambial cujo requerimento de
capital é calculado mediante abordagem padronizada;
Carteira de relativa às exposições ao risco de crédito dos instrumentos
RWADRC trading financeiros classificados na carteira de negociação
relativa às exposições ao risco de variação do valor dos
RWACVA Derivativos instrumentos financeiros derivativos em decorrência da
variação da qualidade creditícia da contraparte

Os procedimentos e os parâmetros detalhados para apuração das parcelas mencionadas são


estabelecidos em normas do Banco Central do Brasil.

Mas não entraremos em detalhes sobre isso. Além de bastante complexo, a chance de cobrança
em provas é muitíssimo remota. Não tente decorar o exemplo a seguir, ele está aí apenas para
você ter uma noção do que estou falando. Esta é a fórmula para apuração apenas do RWAJUR4:

Ela não é nem uma das mais complicadas. Então, foque no que vai trazer pontos na sua prova! E
se eu fosse a banca, definitivamente, eu cobraria o seguinte, que é, talvez, o ponto mais
importante desta parte da aula.

Afinal, quais são os percentuais mínimos de PR exigidos sobre os RWA? Isso merece um quadro
bem grande:

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Aula 10

REQUERIMENTO DE CAPITAL (PERCENTUAL DO RWA)

Patrimônio de
Capital Principal Nível I
Referência

4,5% 6% 8%

E esse 8%, meus caros, é o famoso Índice de Basileia (IB). Ou seja, as instituições devem manter,
pelo menos, um valor de PR de 8% do valor dos ativos ponderados pelo risco.

E, claro, ele também merece um belo destaque:

PR (Patrimônio de Referência)
Índice de Basileia= ≥ 8%
RWA (Ativos ponderados pelo risco)

No Brasil, o IB já foi de 11% - o que era acima do exigido pelo Comitê de Basileia - contudo, foi
reduzido gradativamente e, desde 2019, possui esse percentual de 8%.

E talvez você esteja curiosa ou curiosa para saber se isso não é algo preocupante, reduzir a
exigência de capital desse jeito. Então trago um aspecto real: no Brasil, quase todas (coisa de
98%) as instituições supervisionadas conseguem atender ao Índice de Basileia usando apenas
Capital Principal.

Além disso, o Índice de Basileia efetivo médio das instituições que precisam cumpri-lo é de cerca
de 16%, ou seja, as instituições, na média, cumprem o dobro do mínimo exigido.

Ah, tem uma exceção em relação à exigência de IB de 8%, e fica por conta das cooperativas de
crédito não filiadas a uma central e que não optarem pela metodologia simplificada (que
veremos nesta aula). Essas devem manter um IB de 14%, pelo menos.

Agora, antes de passarmos para o próximo assunto, uma questão que você não pode errar de
forma alguma.

(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Índice de Basileia é calculado como a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e os Ativos
Ponderados pelo Risco (RWA).16

16
Comentários: É isso mesmo. O Índice de Basileia é calculado como a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e os Ativos
Ponderados pelo Risco (RWA). O índice deve ser igual ou superior a 8%, de acordo com as normas estabelecidas. Gabarito: Certo

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5.4.2 Adicional de Capital Principal

Lembra dos colchões (buffers) de capital de Basileia?

Então, aqui entra o chamado Adicional de Capital Principal (ACP), que significa, como nome
indica, uma exigência de capital adicional, acima dos 8% do IB, e que deve ser cumprida com
Capital Principal.

O ACP é dividido em 3 parcelas:

I. ACPCONSERVAÇÃO, correspondente ao Adicional de Conservação de Capital Principal;


II. ACPCONTRACÍCLICO, correspondente ao Adicional Contracíclico de Capital Principal; e
III. ACPSISTÊMICO, correspondente ao Adicional de Importância Sistêmica de Capital Principal.

Um detalhe importante é que o ACPSISTÊMICO é exigido apenas para instituições integrantes do


segmento S1, lembrando:

• S1 (Segmento 1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de


investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que:
o tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto;
ou
o exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da
instituição.

As demais parcelas devem ser observadas por todas as instituições sujeitas a requerimento de
capital, e todas devem ser apuradas em bases consolidadas no caso de conglomerados.

E quais são os percentuais? No caso do ACPCONSERVAÇÃO é de 2,5% do RWA, enquanto os demais


são determinados pelo Banco Central, mas limitados a 2,5% (contracíclico) e 2% (sistêmico).

PARCELAS DO ACP
Parcela Percentual Descrição

2,5% adicional de Conservação de


ACPConservação Capital Principal
correspondente ao Adicional
Determinado pelo Banco
ACPContracíclico Central (máximo 2,5%)
Contracíclico de Capital
Principal
Determinado pelo Banco correspondente ao Adicional
ACPSistêmico Central (máximo 2%) de Importância Sistêmica de
Capital Principal

Caso a IF ou conglomerado não cumpra os requerimentos de ACP, ela estará sujeita a restrições:

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I. ao pagamento de remuneração variável (bônus, participação nos lucros etc.) aos


diretores e membros do conselho de administração, no caso das sociedades anônimas, e
aos administradores de sociedades limitadas;
II. ao pagamento de dividendos e de juros sobre o capital próprio;
III. ao pagamento das sobras líquidas apuradas e da remuneração anual às quotas-partes de
capital e ao resgate das quotas-partes, no caso das cooperativas de crédito;
IV. à recompra de ações próprias em qualquer montante; e
V. à redução do capital social, quando legalmente possível.

No caso dos itens I a III, a restrição é progressiva, indo de 40%, caso a insuficiência seja
relativamente baixa, até 100%, caso a insuficiência seja elevada.

E essas restrições persistem enquanto perdurar a insuficiência de ACP.

(INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O percentual do Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPCONSERVAÇÃO) é fixado
em 2,5% do total dos Ativos Ponderados pelos Riscos (RWA), conforme a Resolução CMN n°
4.958/2021.17

6 ESTRUTURA SIMPLIFICADA: PRS5 E RWAS5


A Resolução nº 4.606/2017 estabelece uma estrutura simplificada de:

• apuração do Patrimônio de Referência (PRS5);


• ponderação dos Ativos pelos Riscos (RWAS5); e
• exigência de capital.

(O S5, como você pode imaginar, refere-se ao segmento S5, que enquadra as instituições de
menores complexidade e riscos)

Naturalmente, essa estrutura não pode ser adotada por todas as instituições, de forma que
apenas determinados grupos podem aderir, e desde que cumpram determinados requisitos.

Os grupos que podem aderir são:

I. Grupo I: cooperativas singulares de crédito;


II. Grupo II: instituições não bancárias de atuação em concessão de crédito, exceto agências
de fomento;
III. Grupo III: instituições não bancárias de atuação nos mercados de ouro, de moeda
estrangeira, ou como agente fiduciário.

17
Comentários: O percentual do ACPCONSERVAÇÃO é de 2,5% do RWA, como estabelecido pela Resolução CMN n°
4.958/2021. Gabarito: Certo

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Lembrando que instituições não bancárias são aquelas que não captam depósitos à vista e que
não adotam a palavra banco em sua denominação.

Mas não basta pertencer a algum desses grupos, também é necessário cumprir,
cumulativamente, os seguintes requisitos:

I. porte compatível com o enquadramento no Segmento 5 (S5); e


II. perfil de risco simplificado, que significa:
a. ausência de operações:
i. sujeitas à variação no preço de ações, ressalvado o investimento em ações
registrado no ativo permanente;
ii. em sistema mantido por bolsa de valores;
iii. com instrumento financeiro derivativo; e
iv. de empréstimo de ativos;
b. ausência de aplicação em títulos de securitização de créditos, exceto as
securitizações de menor risco;
c. ausência de operações compromissadas, exceto:
i. operações de venda com compromisso de recompra com ativos próprios;
ou
ii. operações de compra com compromisso de revenda com títulos públicos
federais prefixados, indexados a taxa de juros ou a índice de preços.
d. não realização de atividades de:
i. subscrição da emissão de títulos e valores mobiliários (TVM) para a revenda;
ii. intermediação da oferta pública e distribuição de TVM no mercado;
iii. compra e venda de TVM por conta de terceiros;
iv. administração de carteiras de TVM;
v. custódia de TVM;
vi. subscrição, transferência e autenticação de endossos, desdobramento de
cautelas, recebimento e pagamento de resgates, juros e outros proventos de
TVM;
vii. instituição, organização e administração de fundos e clubes de investimento;
viii. emissão de certificados de depósito de ações;
ix. serviços de ações escriturais;
x. operações de conta margem.

Cumpridos esses requisitos, naturalmente, as instituições integrantes de um mesmo


conglomerado prudencial devem realizar a apuração e cumprimento das exigências em bases
consolidadas.

Lembra do Capital Principal, Complementar e Nível II? (claro que lembra) Então, aqui não tem
nada disso, já que é uma estrutura simplificada.

O que há, em termos de capital, é apenas o PRS5, composto da seguinte forma:

I. soma dos valores correspondentes:


a. ao capital social constituído por quotas, quotas-partes, ou por ações não
resgatáveis e sem mecanismos de cumulatividade de dividendos;
b. às reservas de capital, de reavaliação e de lucros;

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c. aos ganhos não realizados decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial;


d. às sobras ou lucros acumulados;
e. às contas de resultado credoras; e
f. ao depósito em conta vinculada para suprir deficiência de capital; e
II. dedução dos valores correspondentes:
a. às perdas não realizadas decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial;
b. às ações ou quaisquer outros instrumentos de emissão própria, autorizados a
compor o PRS5, adquiridos diretamente ou indiretamente;
c. às perdas ou prejuízos acumulados;
d. às contas de resultado devedoras; e
e. aos ajustes prudenciais a seguir:
i. ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa
de rentabilidade futura líquidos de passivos fiscais diferidos a eles
associados;
ii. ativos intangíveis;
iii. ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido,
líquidos de passivos fiscais diferidos a eles associados, aos quais a instituição
financeira não tenha acesso irrestrito;
iv. valor agregado dos investimentos diretos ou indiretos:
1. no capital social de entidades não integrantes do conglomerado
prudencial;
2. em instrumentos elegíveis à composição de Capital Principal, de
Capital Complementar e de Nível II, conforme definido em
regulamentação específica, de instituição não integrante do
conglomerado prudencial;
v. participação de não controladores no capital de subsidiárias;
vi. créditos tributários decorrentes de diferenças temporárias que dependam
de geração de lucros ou receitas tributáveis futuras para sua realização; e
vii. créditos tributários decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e os originados dessa
contribuição relativos a períodos de apuração encerrados até 31 de
dezembro de 1998, apurados nos termos do art. 8º da Medida Provisória nº
2.158-35, de 24 de agosto de 2001.
f. desconsideração dos seguintes valores:
i. recursos captados, mas ainda não integralizados;
ii. ações para as quais a instituição tenha criado, na emissão, expectativa de
resgate, reembolso, amortização, recompra ou cancelamento; e
iii. ações que tiveram sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela
instituição emissora ou por qualquer entidade do conglomerado prudencial.

Muito bem! Agora, vejamos como é a apuração do valor dos Ativos Ponderados pelo Risco na
Forma Simplificada (RWAS5), composto por três parcelas:

I. RWAROSimp, relativa ao cálculo do requerimento de capital para cobertura do risco


operacional mediante abordagem padronizada simplificada;
II. RWARCSimp, relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao cálculo do
requerimento de capital mediante abordagem padronizada simplificada; e

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III. RWACAMSimp, relativa à exposição em ouro, em moeda estrangeira e em ativos sujeitos à


variação cambial mediante abordagem padronizada simplificada.

Os procedimentos e parâmetros para apuração das parcelas mencionadas são estabelecidos


pelo Banco Central do Brasil.

Apurados esses valores, chegamos aos requerimentos de capital, que são os seguintes:

I. 12% (doze por cento) do montante RWAS5, para cooperativa singular de crédito filiada a
cooperativa central; e
II. 17% (dezessete por cento) do montante RWAS5, para demais instituições.

Ou seja, o “Índice de Basileia Simplificado” (nome didático e não oficial) é de 17%, em regra,
e de 12% para cooperativa de crédito filiada a cooperativa central.

Vamos ver um esquemão com toda essa parte do requerimento e apuração simplificados.

ESTRUTURA SIMPLIFICADA DE REQUERIMENTO E APURAÇÂO DE CAPITAL

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Grupos Requisitos
I: cooperativas singulares de crédito segmento 5 (S5)
II: instituições não bancárias de crédito perfil de risco simplificado
*exceto agências de fomento

III: instituições não bancárias que atuam com


ouro, de moeda estrangeira, ou como agente
fiduciário

Patrimônio de Referência (PRS5) Ativos


Exigência de
Ponderados
Capital
pelo Risco
Soma Subtrai Desconsidera (RWAS5)
(RWAS5/PRS5)

capital perdas não


recursos
social realizadas de RWAROSimp
captados não
(quotas, avaliação risco operacional
integralizados
ações) patrimonial;

ações com
reservas ações resgate, 17%
(capital, instrumentos reembolso, RWARCSimp *12% para
reavaliação de emissão amortização, risco de crédito cooperativas
e lucros) própria recompra ou filiadas a central
cancelamento

ganhos não ações com


perdas ou
realizados compra RWACAMSimp
prejuízos
de avaliação financiada variação cambial
acumulados
patrimonial emissora

sobras ou contas de recursos


lucros resultado captados não
acumulados devedoras integralizados

contas de
ajustes
resultado
prudenciais
credoras

depósito
em conta
vinculada

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.bcb.gov.br/

https://www.bis.org/bcbs/

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RESUMOS E ESQUEMAS
MODELOS ADOTADOS NO BRASIL

• Baseada em riscos • Prudencial

Regulação
Supervisão

• é direcionada para os • busca garantir a


riscos que cada estabilidade e a solidez
instituição enfrenta em do sistema financeiro,
suas operações e focando em adequação
atividades, em vez de de capital, limites de
ser generalizada e exposição a riscos,
padronizada governança corporativa,
controles internos e
transparência.

RISCOS DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Risco de possibilidade de uma operação de crédito não ser honrada pelo tomador,
gerando perdas para o credor.
Crédito
inclui desvalorização em virtude de deterioração da qualidade creditícia da
contraparte e custos de recuperação.

Risco de possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de


mercado de instrumentos detidos pela instituição.
Mercado
taxa de juros, preços de ativos, variação cambial e commodities.

Risco de possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar suas obrigações


esperadas e inesperadas, correntes e futuras, sem afetar suas operações diárias
Liquidez e sem incorrer em perdas significativas.

Risco Possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou de


falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas
Operacional
Inclui o risco legal

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Aula 10

SEGMENTAÇÃO DO BANCO CENTRAL

• S1 (Segmento 1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de


investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que:
o tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto;
ou
o exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da
instituição.
• S2 (Segmento 2): instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do PIB.
*exceto aquelas que se enquadram no S1.
• S3 (Segmento 3): instituições de porte entre 0,1% e 1% do PIB
• S4 (Segmento 4): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB
• S5 (Segmento 5): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia
facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e
capital, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de
câmbio e caixas econômicas.

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRECISAM DE AUTORIZAÇÃO DO BCB

constituição e transferência ou
fusão, cisão ou transformação
alteração de controle
funcionamento societário;
incorporação; societária;

posse e exercício de mudança de objeto


eleitos ou nomeados social para outro tipo
alteração do valor do mudança da
para cargos em de instituição
capital social; denominação social;
órgãos estatutários ou integrante do Sistema
contratuais; Financeiro;

a criação ou extinção
a alteração dos a transferência da
de carteira
estatutos ou dos sede social para outro
operacional, por
contratos sociais; município.
banco múltiplo;

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REQUISITOS PARA AUTORIZAÇÃO DE CONSTITUIÇÃO DE IF

capacidade econômico- viabilidade econômico-


origem lícita dos
financeira dos financeira do
recursos;
controladores, empreendimento;

reputação ilibada dos


compatibilidade da compatibilidade da ocupantes de cargos em
infraestrutura de estrutura de governança órgãos estatutários ou
tecnologia da informação corporativa com a contratuais, dos
com a complexidade e os complexidade e os riscos controladores e dos
riscos do negócio; do negócio; detentores de participação
qualificada;

conhecimento, do ramo do capacitação técnica dos atendimento aos


negócio, do segmento, do administradores, requerimentos mínimos
mercado, das fontes de compatível com as de capital e de
recursos, do gerenciamento funções a serem exercidas patrimônio previstos na
das atividades e dos riscos; no curso do mandato; e regulamentação em vigor.

DOCUMENTAÇÃO PARA PROCESSO DE AUTORIZAÇÃO

Declaração dos Comprovação da


Declaração da origem
Requerimento capacidade
controladores econômico-financeira
dos recursos

Declaração dos eleitos


Autorizações ou nomeados para
Plano de Declaração de
para acesso a cargos em órgãos
negócios reputação ilibada estatutários ou
informações
contratuais

Outros
Estatuto ou
documentos e
contrato social
declarações

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HIPÓTESES DE “NÃO AUTORIZAÇÃO”

Arquivamento Indeferimento Revisão


se o BCB verificar... se o BCB verificar... se o BCB verificar...

que o objeto ou os falsidade ou omissão nas


circunstância que declarações e nos
elementos que servem
possa afetar a documentos ou
de base para o pedido
reputação dos discrepância entre eles e
foram alterados no os fatos ou dados
ocupantes de cargos;
curso do processo; apurados;

descumprimento dos circunstâncias


falsidade ou omissão
prazos previstos na preexistentes à
nas declarações e nos
regulamentação em
documentos; decisão capazes de
vigor; afetar a avaliação.

que não foram não atendimento ou


atendidas as não comprovação a
exigências para qualquer dos
complementar a requisitos ou
instrução do processo, condições
no prazo estabelecido; estabelecidas.

deixarem atender a
convocação para
entrevista;

instrução em
desacordo com o
formato exigido.

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Aula 10

CANCELAMENTO DA
AUTORIZAÇÃO

A PEDIDO DE OFÍCIO
(DA INSTITUIÇÃO) (PELO BCB)

Deve liquidar as
operações Em caso de: O BCB deve:

extinção da instituição divulgar ao público sua


Comunicar a seus clientes
decorrente de fusão, intenção,para
com antecedência
cisão total ou apresentação de objeções
mínima de 30 dias no prazo de trinta dias
incorporação

falta de prática
notificar a instituição
habitual da atividade
objeto da autorização para se manifestar

considerar os riscos do
não localização da
cancelamento para a
instituição no endereço
estabilidade do sistema
informado
financeiro nacional

Interrupção, por mais de


quatro meses, sem
justificativa, do envio ao
Banco Central do Brasil
dos documentos exigidos

Descumprimento do
plano de negócio durante
o seu período de
abrangência

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ACORDOS DE BASILEIA

Basileia I (1988)

• Introduzidas exigências de capital mínimo para as instituições financeiras, em


função do risco de suas operações ativas (Índice de Basileia).
• Em revisão, foi incluída exigência para o risco de mercado.

Basileia II (2004)

• Introdução dos 3 pilares: requerimentos mínimos de capital; supervisão dos


processos internos da adequação de capital; disciplina de mercado.
• Introdução de tratamento para risco operacional.

Basileia III (2010)

• Reforço da qualidade e da quantidade do capital regulatório a fim absorver


perdas não esperadas e reduzir o impacto de crises financeiras sobre os
demais setores da economia.

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PRINCÍPIOS ESSENCIAIS PARA SUPERVISÃO BANCÁRIA EFICAZ (BASEL CORE PRINCIPLES)

PODERES DE SUPERVISÃO, RESPONSABILIDADES E FUNÇÕES (1 a 13)

1. Responsabilidades, objetivos e poderes


2. Independência, prestação de contas, recursos e proteção legal para supervisores
3. Cooperação e colaboração
4. Atividades permitidas
5. Critérios de licenciamento
6. Transferência de propriedade significativa
7. Principais aquisições
8. Abordagem de supervisão
9. Técnicas e ferramentas de supervisão
10. Relatórios de supervisão
11. Poderes corretivos e sancionatórios dos supervisores
12. Supervisão consolidada
13. Relacionamentos “home-host”

REGULAMENTOS E REQUISITOS PRUDENCIAIS (14 a 29)

14. Governança corporativa


15. Processo de gerenciamento de risco
16. Adequação de capital
17. Risco de crédito
18. Ativos problemáticos, provisões e reservas
19. Risco de concentração e limites de grande exposição
20. Transações com partes relacionadas
21. Risco-país e riscos de transferências
22. Riscos de mercado
23. Risco de taxa de juros na carteira bancária
24. Risco de liquidez
25. Risco operacional
26. Controle interno e auditoria
27. Relatórios financeiros e auditoria externa
28. Divulgação e transparência
29. Abuso de serviços financeiros

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PRINCÍPIOS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA PARA BANCOS DO BCBS

• Princípio 1: Responsabilidades gerais do conselho


• Princípio 2: Qualificações e composição do conselho
• Princípio 3: Estrutura e práticas próprias do conselho
• Princípio 4: Alta administração
• Princípio 5: Governança de estruturas de grupo
• Princípio 6: Função de gestão de risco
• Princípio 7: Identificação, monitoramento e controle de riscos
• Princípio 8: Comunicação de risco
• Princípio 9: Conformidade
• Princípio 10: Auditoria interna
• Princípio 11: Remuneração
• Princípio 12: Divulgação e transparência
• Princípio 13: O papel dos supervisores

Padrão internacional de capital de alta


qualidade (Nivel 1)
• Ações ordinárias e lucros retidos
• Instrumentos subordinados
• dividendos/cupons não cumulativos
• sem vencimento
• sem incentivo para resgate
• discricionários

Divulgação de
Qualidade,
Capitais de todos os
consistência e
nível 1 e 2 elementos do
transparência
capital

Resolução Resolução Resolução


CMN nº 4.955/2021 CMN nº 4.958/2021 CMN nº 4.606/2017
Apuração e
Apuração de
Requerimento requerimento
patrimônio de
de capital de capital
referência
simplificados

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Capital
Principal
Nível I
Patrimônio de Capital
Referência PR Complementar
Nível II

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CAPITAL PRINCIPAL (NÍVEL 1)

Soma Subtrai Desconsidera

ações ou quaisquer outros


ações com resgate,
capital social: quotas ou instrumentos de emissão
reembolso, amortização,
ações própria adquiridos pela
recompra ou cancelamento
instituição

reservas de capital, de recursos captados mas


operações com derivativos
reavaliação e de lucros ainda não integralizados

ganhos não realizados perdas não realizadas ações financiadas pela


decorrentes dos ajustes de decorrentes dos ajustes de instituição emissora ou
avaliação patrimonial avaliação patrimonial; entidade do conglomerado

depósitos de poupança em
sobras ou lucros perdas ou prejuízos
associações de poupança e
acumulados acumulados
empréstimo

créditos tributários de
contas de resultado contas de resultado
diferenças temporárias ou
credoras devedoras
prejuízos fiscais

investimentos em entidade
ajuste positivo de derivativos ajuste negativo de
assemelhada a IF ou IF que
utilizados para hedge de derivativos utilizados para
não componha o
fluxo de caixa hedge de fluxo de caixa
conglomerado

ajuste negativo de
ajuste positivo de derivativos
derivativos passivos
passivos decorrente de participação de não
decorrente de alterações no
alterações no risco de controladores no capital de
risco de crédito da
crédito da instituição, líquido subsidiária (veja os casos)
instituição, líquido dos
dos efeitos tributários.
efeitos tributários

investimento em
ajustes prudenciais (ágios dependência, IF controlada
depósito em conta vinculada pagos, ativos intangíveis e no exterior ou entidade não
ativos atuariais) financeira sem acesso do
BCB

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CAPITAL COMPLEMENTAR (NÍVEL 1)

Requisitos Deduções

resgatáveis apenas por iniciativa investimentos em instrumentos


nominativos
do emissor elegíveis a PR emitidos por
não ser objeto de garantia ou instituição autorizada a
integralizados em espécie
seguro funcionar pelo BCB ou por
instituição situada no exterior
perpetuidade (não ter não possuir cláusulas que
que exerça atividade
vencimento) alterem o montante captado
equivalente à de instituição
não conter cláusulas de financeira no Brasil, que não
pagamento subordinado
variação da remuneração componha o conglomerado
pagamento de sua
não ter sua compra financiada
remuneração apenas com
pela instituição emissora; ações de emissão própria e
recursos provenientes de lucros
instrumentos autorizados a
prever a suspensão do compor o Capital
pagamento da remuneração em prever a extinção em
Complementar, resgatados ou
determinados casos determinados casos, como
recomprados diretamente,
aporte de recursos públicos e
resgate ou a recompra indiretamente ou de forma
decretação de regime de
condicionado à autorização do sintética
resolução pelo BCB
BCB

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PATRIMÔNIO DE REFERÊNCIA NÍVEL 2


Requisitos

nominativos não ser objeto de garantia ou seguro

não conter previsão de variação de prazos


integralizados em espécie
ou condições de remuneração

não ter sua compra financiada pela


mínimo de 5 anos entre emissão vencimento
instituição emissora;

prever a extinção em determinados casos,


pagamento subordinado aos demais como aporte de recursos públicos e
passivos da instituição decretação de regime de resolução pelo
BCB

recompra ou o resgate antecipado sujeito a +diferença a maior entre o valor


autorização do BCB provisionado e a perda esperada nas
exposições abrangidas por sistemas internos
de classificação de risco de crédito
resgatáveis apenas por iniciativa do emissor (abordagens IRB)

SEGMENTAÇÃO PRUDENCIAL

• S1 (Segmento 1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de


investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que:
o tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto;
ou
o exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da
instituição.
• S2 (Segmento 2): instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do PIB.
*exceto aquelas que se enquadram no S1.
• S3 (Segmento 3): instituições de porte entre 0,1% e 1% do PIB
• S4 (Segmento 4): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB
• S5 (Segmento 5): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia
facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e
capital, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de
câmbio e caixas econômicas.

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PARCELA DOS RWA (ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO)


Parcela Apuração do Risco Descrição
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao
Crédito
RWACPAD cálculo do requerimento de capital mediante
(padronizado)
abordagem padronizada
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao
cálculo do requerimento de capital mediante sistemas
Crédito
RWACIRB internos de classificação do risco de crédito
(IRB)
(abordagens IRB) autorizados pelo Banco Central do
Brasil
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao
Mercado
RWAMPAD cálculo do requerimento de capital mediante
(padronizada)
abordagem padronizada
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao
Mercado
RWAMINT cálculo do requerimento de capital mediante modelo
(IRB)
interno autorizado pelo Banco Central do Brasil
Operacional relativa ao cálculo do capital requerido para o risco
RWAOPAD (padronizada) operacional mediante abordagem padronizada

DESDOBRAMENTOS DA PARCELA RWAMPAD (RISCO DE MERCADO PADRONIZADO)


Parcela Risco Componente
exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas
RWAJUR1 Juros internos denominadas em real cujo requerimento de capital é
calculado mediante abordagem padronizada.
relativa às exposições sujeitas à variação da taxa dos
Juros em moeda
RWAJUR2 cupons de moedas estrangeiras cujo requerimento de
estrangeira
capital é calculado mediante abordagem padronizada.
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos
RWAJUR3 Inflação cupons de índices de preços cujo requerimento de capital
é calculado mediante abordagem padronizada.
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos
RWAJUR4 Cupom de juros cupons de taxas de juros cujo requerimento de capital é
calculado mediante abordagem padronizada
relativa às exposições sujeitas à variação do preço de
RWAACS Ações ações cujo requerimento de capital é calculado mediante
abordagem padronizada
relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de
RWACOM Commodities mercadorias (commodities) cujo requerimento de capital
é calculado mediante abordagem padronizada
relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e
RWACAM Câmbio em ativos sujeitos à variação cambial cujo requerimento de
capital é calculado mediante abordagem padronizada;
Carteira de relativa às exposições ao risco de crédito dos instrumentos
RWADRC trading financeiros classificados na carteira de negociação
relativa às exposições ao risco de variação do valor dos
RWACVA Derivativos instrumentos financeiros derivativos em decorrência da
variação da qualidade creditícia da contraparte

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REQUERIMENTO DE CAPITAL (PERCENTUAL DO RWA)

Patrimônio de
Capital Principal Nível I
Referência

4,5% 6% 8%

PARCELAS DO ADICIONAL DE CAPITAL PRINCIPAL (ACP)


Parcela Percentual Descrição

2,5% adicional de Conservação de


ACPConservação Capital Principal
correspondente ao Adicional
Determinado pelo Banco
ACPContracíclico Central (máximo 2,5%)
Contracíclico de Capital
Principal
Determinado pelo Banco correspondente ao Adicional
ACPSistêmico Central (máximo 2%) de Importância Sistêmica de
Capital Principal

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ESTRUTURA SIMPLIFICADA DE REQUERIMENTO E APURAÇÂO DE CAPITAL

Grupos Requisitos
I: cooperativas singulares de crédito segmento 5 (S5)
II: instituições não bancárias de crédito perfil de risco simplificado
*exceto agências de fomento

III: instituições não bancárias que atuam com


ouro, de moeda estrangeira, ou como agente
fiduciário

Patrimônio de Referência (PRS5) Ativos


Exigência de
Ponderados
Capital
pelo Risco
Soma Subtrai Desconsidera (RWAS5)
(RWAS5/PRS5)

capital perdas não


recursos
social realizadas de RWAROSimp
captados não
(quotas, avaliação risco operacional
integralizados
ações) patrimonial;

ações com
reservas ações resgate, 17%
(capital, instrumentos reembolso, RWARCSimp *12% para
reavaliação de emissão amortização, risco de crédito cooperativas
e lucros) própria recompra ou filiadas a central
cancelamento

ganhos não ações com


perdas ou
realizados compra RWACAMSimp
prejuízos
de avaliação financiada variação cambial
acumulados
patrimonial emissora

sobras ou contas de recursos


lucros resultado captados não
acumulados devedoras integralizados

contas de
ajustes
resultado
prudenciais
credoras

depósito
em conta
vinculada

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (CEBRASPE/2002/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)
Julgue o item que se segue, a respeito de gestão de risco no mercado financeiro e de operações
no mercado financeiro.
Risco de mercado consiste na possibilidade de perdas causadas pelo impacto de flutuações de
preços, índices ou taxas sobre os instrumentos financeiros que compõem o patrimônio de uma
empresa.

Comentários:

O risco de mercado está relacionado principalmente à flutuação dos preços dos ativos, dos
índices, das taxas de juros, bem como da variação cambial. Portanto, a questão está correta.

Gabarito: Certo

2. (CEBRASPE/2000/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Julgue o item que se segue, a respeito de gestão de risco no mercado financeiro e de operações
no mercado financeiro.
Risco operacional consiste na dificuldade de um determinado instrumento financeiro ser
vendido no tempo desejado, fazendo que a empresa o mantenha em seu ativo e/ou passivo,
gerando um comprometimento indesejado de liquidez.

Comentários:

A questão está errada, pois traz o conceito do risco de liquidez, e não do risco operacional.

O risco operacional está relacionado à ocorrência de perdas resultantes de eventos externos ou


de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas.

Gabarito: Errado

3. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Com relação à avaliação de estratégias e performance, julgue o item seguinte.
A gestão de riscos coordenada entre as áreas da instituição financeira e supervisionada por um
conselho de administração ou órgão equivalente é denominada abordagem por silos.

Comentários:

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Pelo Princípio 8 de Governança Corporativa, os bancos devem evitar “silos” organizacionais que
possam impedir o compartilhamento eficaz de informações em toda a organização e pode
resultar em decisões tomadas isoladamente do resto do banco.

A questão está errada, porque na abordagem por silos a gestão é feita de forma individualizada
para cada área, sendo cada uma um “silo”, isolado das demais.

Gabarito: Errado

4. (IDECAN/2014/BANDES/Técnico Bancário - Administração)


Risco corresponde à possibilidade de algum acontecimento desfavorável acontecer, tendo
como consequência a perda financeira. Relacione as áreas nas quais os riscos financeiros
podem ser definidos aos respectivos conceitos.
1. Risco de Crédito. ( ) Relaciona-se à flutuação de preços de ativos e passivos das
instituições, podendo ser definido como a variação de preços. Os
principais elementos relacionados a este tipo de risco são: taxa de juros,
taxa de câmbio, preço de ações e preço de commodities.
2. Risco de Liquidez. ( ) Relaciona-se à incapacidade de pagamento das obrigações por falta
de recursos disponíveis. Os principais elementos relacionados a este tipo
de risco são: má gestão do fluxo de caixa, grandes posições financeiras
em um mercado ou produto, falta de liquidez do mercado e crises
financeiras.
3. Risco de Mercado. ( ) Relaciona-se às perdas por falhas em processos, pessoas ou sistemas.
Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: erros,
fraudes e roubos, tecnologia defasada, falha nos processos operacionais
e fatores externos não previstos.
4. Risco Operacional. ( ) Relaciona-se à possibilidade de não pagamento da contraparte, seja
por incapacidade ou vontade. Os principais elementos relacionados a
este tipo de risco são: alteração do valor de dívidas, concentração em
poucos credores, avaliação errada da situação econômica da
contraparte e perda do valor de garantias.

A sequência está correta em

a) 1, 3, 2, 4.

b) 1, 4, 2, 3.

c) 2, 1, 3, 4.

d) 3, 2, 4, 1.

e) 4, 3, 1, 2.

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Comentários:

Questão para revisar os conceitos dos tipos de riscos. Vamos associar os riscos aos itens e grifar
seus termos chave:

(3) Risco de Mercado - Relaciona-se à flutuação de preços de ativos e passivos das instituições,
podendo ser definido como a variação de preços. Os principais elementos relacionados a este
tipo de risco são: taxa de juros, taxa de câmbio, preço de ações e preço de commodities.

(2) Risco de Liquidez - Relaciona-se à incapacidade de pagamento das obrigações por falta de
recursos disponíveis. Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: má gestão
do fluxo de caixa, grandes posições financeiras em um mercado ou produto, falta de liquidez do
mercado e crises financeiras.

(4) Risco Operacional - Relaciona-se às perdas por falhas em processos, pessoas ou sistemas.
Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: erros, fraudes e roubos, tecnologia
defasada, falha nos processos operacionais e fatores externos não previstos.

(1) Risco de Crédito - Relaciona-se à possibilidade de não pagamento da contraparte, seja por
incapacidade ou vontade. Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são:
alteração do valor de dívidas, concentração em poucos credores, avaliação errada da situação
econômica da contraparte e perda do valor de garantias.

Gabarito: ”d”

5. (IDECAN/2012/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro)
Sobre os riscos inerentes ao sistema econômico e financeiro, relacione corretamente as colunas
a seguir.
1. Risco de liquidez.
2. Risco de mercado.
3. Risco operacional.
4. Risco legal.
5. Risco sistêmico.
( ) Risco de perdas nas posições de balanço e extra-balanço que surge dos movimentos nos
preços do mercado.
( ) Variação desfavorável de retorno devido à falta de negociabilidade de um instrumento
financeiro por preços alinhados com vendas recentes. Esse risco pode surgir em função do
tamanho de determinada posição em relação aos volumes usuais de negociação ou da
instabilidade das condições de mercado.
( ) Risco de que a inadimplência de um participante com suas obrigações em um sistema de
transferência, ou em geral, nos mercados financeiros, possa fazer com que outros participantes
ou instituições financeiras não sejam capazes de cumprir com suas obrigações. Essa
inadimplência pode causar problemas significativos de liquidez ou de crédito e poderia
ameaçar a estabilidade dos mercados financeiros.

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( ) Risco de haver erro humano ou falha de equipamentos, programas de informática ou sistema


de telecomunicações imprescindíveis ao funcionamento de determinado sistema.
( ) O risco de que uma parte sofra uma perda porque as leis ou regulações não dão suporte às
regras do sistema de liquidação de valores mobiliários, à execução dos arranjos de liquidação
relacionados ou aos direitos de propriedade e outros interesses que são mantidos pelo sistema
de liquidação.
A sequência está correta em
a) 1, 2, 3, 4, 5
b) 4, 1, 5, 3, 2
c) 3, 4, 5, 2, 1
d) 2, 1, 5, 3, 4
e) 2, 1, 3, 4, 5

Comentários

Mesmo estilo da questão anterior. Vamos novamente ser objetivos, associando os itens e
grifando as palavras-chave.

(2) Risco de mercado - Risco de perdas nas posições de balanço e extra-balanço que surge dos
movimentos nos preços do mercado.

(1) Risco de liquidez - Variação desfavorável de retorno devido à falta de negociabilidade de


um instrumento financeiro por preços alinhados com vendas recentes. Esse risco pode surgir
em função do tamanho de determinada posição em relação aos volumes usuais de negociação
ou da instabilidade das condições de mercado. Nesse item alguns podem ter marcado como
risco de mercado. Mas observe que quando o enunciando cita a falta de negociabilidade, ele está
tratando da falta de liquidez de um ativo, ou seja, a dificuldade de convertê-lo em moeda.

(5) Risco sistêmico - Risco de que a inadimplência de um participante com suas obrigações em
um sistema de transferência, ou em geral, nos mercados financeiros, possa fazer com que outros
participantes ou instituições financeiras não sejam capazes de cumprir com suas obrigações. Essa
inadimplência pode causar problemas significativos de liquidez ou de crédito e poderia ameaçar
a estabilidade dos mercados financeiros. O risco sistêmico é aquele que atinge o sistema como
um todo.

(3) Risco operacional - Risco de haver erro humano ou falha de equipamentos, programas de
informática ou sistema de telecomunicações imprescindíveis ao funcionamento de determinado
sistema.

(4) Risco legal - O risco de que uma parte sofra uma perda porque as leis ou regulações não
dão suporte às regras do sistema de liquidação de valores mobiliários, à execução dos arranjos
de liquidação relacionados ou aos direitos de propriedade e outros interesses que são mantidos
pelo sistema de liquidação.

Gabarito: ”d”

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6. (FGV/2018/Banestes/Técnico Bancário)
A fiança bancária é uma operação tradicional no mercado brasileiro, em que um banco, por
meio da “carta de fiança”, assume o papel de fiador de uma outra companhia numa operação
comercial, concorrência pública ou de crédito.
Do ponto de vista dos riscos envolvidos para as partes, há mitigação do risco:
a) de crédito envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa.);
b) de mercado envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
c) operacional envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
d) de crédito envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
e) de mercado envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa)

Comentários

A fiança bancária é um instrumento que tem como objetivo mitigar o risco de crédito.

A empresa possui uma negociação com o seu fornecedor, e o banco entra como um terceiro
agente, que garante por meio do instrumento a quitação da obrigação. Portanto, a fiança
bancária mitiga o risco de crédito envolvido na negociação entre a empresa afiançada e sua
contraparte.

Gabarito: “d”

7. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário)
A possibilidade de perda associada ao decréscimo dos ganhos esperados provocado pela
deterioração da qualidade creditícia do tomador do crédito é uma situação contemplada no
conceito de risco de mercado.

Comentários:

O risco de mercado está associado à oscilação de preços dos ativos na economia. O risco de
deterioração na qualidade creditícia do tomador está relacionado ao risco de crédito.

Gabarito: Errado

8. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário)
O risco legal associado à inadequação ou à deficiência em contratos firmados com clientes
beneficiários de recursos faz parte do risco operacional.

Comentários:

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O risco legal é parte do risco operacional. Risco legal está associado à inadequação ou
deficiência em contratos firmados pela instituição, às sanções em razão de descumprimento de
dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades
desenvolvidas pela instituição.

O risco operacional também inclui as perdas resultantes de eventos externos ou de falha,


deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas ou sistemas.

Gabarito: Certo

9. (CESGRANRIO/2009/BNDES/Economista)
A operação bancária envolve vários tipos de risco. O chamado risco de mercado decorre da(s)
a) competição e da inovação financeira gerada por outros bancos atuando no mercado.
b) liquidez excessiva do passivo dos bancos.
c) possibilidade de desintermediação financeira por parte do público.
d) flutuações dos preços de mercado dos títulos mantidos na carteira dos bancos.
e) instabilidades nas regras que regulam o mercado financeiro.

Comentários

Como já vimos ao longo da aula, o risco de mercado decorre da flutuação dos preços de
mercado dos ativos presentes na carteira, com isso, concluímos que a alternativa correta é a letra
“d”. Sobre as demais alternativas:

Letras “a” e “c” - As condições de competitividade devem ser levadas em consideração na


avaliação dos riscos, todavia, não fazem parte do conceito de risco de mercado, pois este está
relacionado à flutuação de preços dos ativos mantidos em carteira.

Letra “b” - Diz respeito ao risco de liquidez. Liquidez excessiva dos passivos significa que os
compromissos de pagamento são altos em relação às disponibilidades para pagamento, de
forma que falta liquidez para quitá-los.

Letra “e” - Associada ao risco legal e, portanto, ao risco operacional.

Gabarito: “d”

10. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA)


No contexto da supervisão prudencial bancária, o Banco Central realiza a segmentação das
instituições financeiras com o objetivo de adequar sua abordagem regulatória e de supervisão
de acordo com o perfil e risco de cada instituição. Essa segmentação é conhecida como
"Sistema de Segmentação do Banco Central" e é classificada em diferentes categorias, como

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S1, S2, S3, S4 e S5. Sendo assim, assinale a alternativa correta que corresponde à descrição
adequada da segmentação S1.
a) Instituições com menor complexidade operacional e baixo risco sistêmico, que são
submetidas a uma supervisão mais intensiva pelo Banco Central.
b) Instituições que apresentam riscos moderados, mas possuem controles internos eficientes,
sendo sujeitas a uma supervisão proporcional ao seu porte e perfil de risco.
c) Instituições sistemicamente importantes, com atividades diversificadas e alto grau de
complexidade, que estão sujeitas a uma supervisão intensiva e controles prudenciais mais
rigorosos.
d) Instituições em processo de recuperação financeira, com risco elevado de insolvência, que
são submetidas a um monitoramento frequente pelo Banco Central.
e) Instituições em processo de liquidação, que estão sob a gestão exclusiva do Banco Central
até que suas obrigações sejam plenamente cumpridas.

Comentários:

O segmento que abriga as instituições de maior importância sistêmica é o 1. Mas aproveitamos


para lembrar os demais segmentos:

SEGMENTAÇÃO DO BANCO CENTRAL

• S1 (Segmento 1): composto pelos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de


investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas que:
o tenham porte igual ou superior a 10% (dez por cento) do Produto Interno Bruto;
ou
o exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da
instituição.
• S2 (Segmento 2): instituições de porte igual ou superior a 1% (um por cento) do PIB.
*exceto aquelas que se enquadram no S1.
• S3 (Segmento 3): instituições de porte entre 0,1% e 1% do PIB
• S4 (Segmento 4): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB
• S5 (Segmento 5): instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia
facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e
capital, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de
câmbio e caixas econômicas.

Gabarito: “c”

11. (2018/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


A Resolução no 4.553, de 30 de janeiro de 2017, estabelece a segmentação do conjunto de
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a aplicar proporcionalmente a
regulação prudencial. De acordo com essa Resolução, o Segmento 2 (S2) é composto pelos(as)
a) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas
econômicas, de porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB.

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b) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas


econômicas que tenham porte igual ou superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB).
c) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia facultativa simplificada
para apuração dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de
Capital Principal, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos
de câmbio e caixas econômicas.
d) instituições de porte inferior a 1% e igual ou superior a 0,1% do PIB.
e) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB.

Comentários:

S2 ▶ a) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas


econômicas, de porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB.

S1 ▶ b) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas


econômicas que tenham porte igual ou superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ou que
exerçam atividade internacional relevante, independentemente do porte da instituição.

S5 ▶ c) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia facultativa


simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de
Nível I e de Capital Principal, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de
investimento, bancos de câmbio e caixas econômicas.

S3 ▶ d) instituições de porte inferior a 1% e igual ou superior a 0,1% do PIB.

S4 ▶ e) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB.

Gabarito: “a”

12. (FCC/2019/AFAP/Analista de Fomento - Contador)


O denominado Índice de Basileia é
a) meio de controle e mensuração do endividamento de um país, em nível regional ou nacional,
o qual permite às entidades internacionais estabelecer parâmetros para a concessão de
empréstimos de médio e de longo prazo.
b) uma relação de natureza econômico-financeira que se estabelece entre o fluxo de entradas
e de saídas de recursos em moeda estrangeira, dentro de um determinado período, nunca
inferior a 3 meses nem superior a 12 meses, e que tem por finalidade monitorar as taxas
cambiais de países tomadores de recursos internacionais.
c) um indicador utilizado no setor bancário que estabelece uma relação entre o capital e os
ativos da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o objetivo de criar exigências
mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito.
d) instrumento de controle inflacionário, por meio do qual se estabelece a relação entre a
produção de riquezas de um país, em um determinado período, e a quantidade de moeda que

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ele pode emitir, neste mesmo período, sendo recomendável que esta relação não exceda a
11%, sempre que a média anual de inflação for de até 1,8%.
e) o percentual máximo tolerado de endividamento de um país, em moeda estrangeira,
estabelecido a partir da quantidade efetiva de moeda estrangeira mantida em espécie nas
instituições financeira do país e o montante da dívida externa desse país.

Comentários:

Letras “a” e “e” – Erradas, pois o Índice de Basileia não está relacionado ao controle ou
mensuração do endividamento de um país. Nem mesmo é relacionado a questões fiscais ou
relacionadas às contas públicas.

Letra “b” – Errada, porque o Índice de Basileia não está relacionado ao controle do câmbio de
um país, mas sim à solidez de seu sistema financeiro.

Letra “c” – Correta, aqui temos o gabarito da nossa questão, pois o Índice de Basileia está
relacionado ao requerimento de capital, ao capital mínimo das instituições financeiras a sua
ponderação de riscos, como forma de mitigar o risco de crédito e proteger a solidez do sistema.

Letra “d” – Errada. O Índice de Basileia não está relacionado ao controle inflacionário.

Gabarito: “c”

13. (CEBRASPE/2002/SENADO FEDERAL/Consultor - Economia)


Com fundamento no Acordo da Basileia, julgue o item abaixo.
Com a introdução das regras do acordo no Brasil, o risco operacional de uma instituição
financeira passa a ser medido sobre o volume de recursos captados, de terceiros, e não mais
sobre os tipos de aplicações feitas com o capital.

Comentários:

Com a introdução das regras do Acordo de Basileia, o risco da instituição de crédito – então aí já
há um erro - passa a ser medido de acordo com as suas operações ativas realizadas, ou seja, com
os tipos de aplicações feitas com o capital, e não mais em relação ao volume de recursos
captados. Dessa forma, a questão também inverte as coisas.

Gabarito: Errado

14. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Julgue o item que se segue, relativo à regulamentação prudencial.
Amparada nos princípios do acordo de Basileia, a autoridade supervisora pode exigir que os
bancos operem acima do capital mínimo estabelecido no referido acordo.

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Comentários:

Perfeito. Há um capital mínimo regulatório, todavia, a autoridade supervisora (no Brasil, o


BACEN) pode exigir que as instituições operem acima deste nível de capital, amparada nos
princípios que lhe conferem poderes para supervisão.

Embora vários princípios sejam relacionados aos poderes de supervisor, destaca-se o seguinte:

Princípio 16: Adequação de capital


• O supervisor define níveis de requerimento de capital prudentes e apropriados,
que reflitam os riscos tomados.
• O supervisor define os componentes do capital, tendo em mente sua capacidade
de absorver perdas.
• O supervisor pode determinar quantidades adicionais de capital, acima do índice
normal.

Gabarito: Certo

15. (CESGRANRIO/2014/FINEP/Analista – Crédito e Finanças)


O Acordo de Basileia é um tratado de intenções entre os bancos centrais no sentido de
estabelecer regras prudenciais mínimas para as atividades bancárias.
Essas regras dizem respeito ao
a) limite máximo de crédito a pessoas físicas e jurídicas que não ofereçam garantias suficientes.
b) limite máximo de captação junto ao público de depósitos excessivamente voláteis.
c) limite mínimo para o spread bancário cobrado nas operações de empréstimo.
d) requisito mínimo de patrimônio, tendo em vista o total e a qualidade dos ativos do banco.
e) requisito mínimo de captação de recursos governamentais por parte do banco.

Comentários:

Letra “a” – Errada, pois os acordos de Basileia não estão relacionados ao limite máximo de crédito
a ser concedido, mas sim ao requisito mínimo de patrimônio das instituições financeiras.

Letra “b” – Errada, porque os acordos de Basileia não estão relacionados ao limite máximo de
captação junto ao público, mas sim o patrimônio da instituição financeira a ser utilizado na nas
operações.

Letra “c” – Errada, os acordos não estão relacionados ao estabelecimento de um spread bancário.

Letra “d” – Correta. Realmente os acordos de Basileia estão relacionados ao estabelecimento de


um requisito mínimo de patrimônio, que varia em função do total dos ativos e da qualidade
desses ativos e do risco das operações.

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Letra E – Errada, pois os acordos de Basileia não estão relacionados a captação de recursos
governamentais por parte do banco.

Gabarito: “d”

16. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Acerca do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), julgue o
item subsecutivo.
O Acordo de Basileia apresentou os objetivos de reforçar a solidez e a estabilidade do sistema
bancário internacional e minimizar as desigualdades competitivas entre os bancos
internacionalmente ativos. No Brasil, devido à implantação desse acordo, foram introduzidas as
exigências de capital mínimo para as instituições financeiras, em função do risco de suas
operações ativas.

Comentários:

A questão faz um resumo perfeito sobre o Basileia I, e, portanto, está correta. Quando a questão
falar somente Acordo de Basileia, geralmente ela estará falando do Basileia I, o qual realmente
teve como objetivo minimizar as desigualdades competitiva entre os bancos internacionalmente
ativos, recomendando exigências mínimas de capitais para essas instituições financeiras, a fim
de mitigação do risco de crédito.

Gabarito: Certo

17. (ESAF/2002/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista - Supervisão)


Em 1994, o Brasil aderiu ao chamado "Acordo de Basiléia", passando a promover importantes
alterações nas regras de funcionamento das Instituições Financeiras. Entre as opções a seguir,
assinale aquela que representa uma alteração nas normas então vigentes, com vistas à
adequação ao "Acordo de Basiléia".
a) Obrigatoriedade de manutenção, por parte das instituições financeiras, de patrimônio líquido
ajustado compatível com o grau de risco dos ativos.
b) Obrigatoriedade de que as instituições financeiras mantenham sigilo em suas operações
ativas e passivas.
c) Obrigatoriedade de que o capital das instituições financeiras seja subscrito em moeda
corrente.
d) Obrigatoriedade, por parte das instituições financeiras, de compra de carta-patente para
obtenção da autorização para funcionamento, concedida pelo Banco Central do Brasil.
e) Obrigatoriedade da separação, por parte das instituições financeiras, das atividades bancária
e de seguros.

Comentários:

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Note que a questão foi para o concurso de 2002 para o BCB. Pela data, naturalmente está
tratando do Basileia I. Observe que a única alternativa que está tratando sobre requerimento de
capital ou composição do patrimônio é a letra “a”, que, portanto, é o gabarito da questão.

O Basileia I introduziu recomendações para exigências mínimas de capital, havendo uma


ponderação de risco para cada tipo de operação ativa. Por exemplo, em 2002 (data da questão),
nas operações de crédito em geral, deveriam ser provisionados 11% do valor da operação de
maneira prudencial, ou seja, em uma operação de R$ 10.000,00, deveria ser constituída uma
provisão de R$ 1.100,00.

Gabarito: “a”

18. (CEBRASPE/2018/ABIN/Oficial de Inteligência)


Julgue o item a seguir, a respeito do Sistema Financeiro Internacional.
A exigência de capital regulatório relacionado ao risco de perdas financeiras decorrentes de
falhas ou inadequação de pessoas, processos ou sistemas foi incorporada ao chamado Acordo
de Basileia, em seu pilar I, quando da divulgação de sua revisão, conhecida como Basileia II.

Comentários:

O risco de perdas financeiras decorrentes de falhas ou inadequação de pessoas, processos ou


sistemas está relacionado ao risco operacional.

O Basileia II adicionou no Pilar I o risco operacional aos riscos de crédito e de mercado e,


portanto, a questão está correta.

Gabarito: Certo

19. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


O Brasil, que possuía uma supervisão bancária rigorosa e bem aderente ao Acordo da Basileia
II, foi menos afetado pela última crise econômica mundial. Isso se deu porque os princípios
adotados no Brasil envolveram uma supervisão eminentemente
a) prescritiva, no lugar da regulamentação prudencial, focada na análise da situação econômico-
financeira da instituição.
b) focada nas provisões a risco, apropriadas pelas instituições nos seus demonstrativos
econômico-financeiros.
c) focada no risco operacional, nos controles internos desenvolvidos pelas instituições e na
transparência.
d) focada no risco, na supervisão contínua e na transparência.
e) focada nos riscos decorrentes da concentração do setor bancário e na transparência.

Comentários:

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A questão parece um pouco subjetiva em primeira leitura, mas na verdade o que a banca quis
foi abordar os três pilares do Basileia II.

• Pilar 1 – baseado nos requerimentos mínimos de capital, considerada os riscos de crédito,


de mercado e operacional.
• Pilar 2 – focado na supervisão contínua e na revisão dos processos internos de avaliação
de riscos.
• Pilar 3 – relacionado à transparência e à disciplina de mercado.

Portanto, temos como alternativa correta a letra D.

Erros das demais:

Letra “a” – é o inverso. Basileia II estabelece uma regulação prudencial, ao invés de prescritiva.

Letra “b” – o foco não é a provisão ao risco, ainda que um dos pilares seja a consideração destes
para requerimento de capital.

Letra “c” – o risco operacional passa a ser considerado no Basileia II, todavia, o foco não é nele,
mas na consideração dos riscos de crédito, de mercado e operacional em conjunto.

Letra “e” – não há foco nos riscos da concentração do setor bancário.

Gabarito: “d”

20. (FUNDATEC/2015/BRDE/Analista de Projetos – área Econômico-Financeira)


Em 2004, o Comitê de Basileia na Suíça estabeleceu o Segundo Acordo, também conhecido
como Basileia II, onde definiu os Pilares de sustentabilidade do sistema financeiro mundial.
Esses Pilares fazem referência a:
I. Capital Mínimo.
II. Supervisão Bancária.
III. Transparência.
IV. Conjuntura Econômica Mundial.
V. Comunicação.
VI. Ouvidoria.
VII. Spreads Bancários.
Quais estão corretas?
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas II, V e VII.
c) Apenas III, V e VI.
d) Apenas V, VI e VII.
e) Apenas I, II, III, IV, V e VI.

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Comentários

Veja como os termos podem variar, por isso é importante que você entenda a essência dos
pilares. Vamos aos itens:

I. Capital Mínimo. Pilar 1, relacionado aos requerimentos mínimos de capital.

II. Supervisão Bancária. Pilar 2, os bancos devem possuir processos internos de avaliação da
adequação de capital, mas o supervisor deve avaliá-los e interferir quando necessário.

III. Transparência. Pilar 3, disciplina de mercado, além da promoção da transparência, está


relacionado à promoção da autorregulação.

IV. Conjuntura Econômica Mundial.

V. Comunicação.

VI. Ouvidoria.

VII. Spreads Bancários.

Portanto, I, II e III estão relacionados aos pilares do Basileia II e o gabarito é a letra “a”.

Gabarito: “a”

21. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


No Brasil, a supervisão bancária acompanha o ritmo da evolução do mercado financeiro e,
conforme recomendação do Acordo da Basileia II, migrou de uma ótica prescritiva para outra,
de natureza prudencial, transitando de uma postura reativa para uma proativa, com base em
três pilares. Quais são os três pilares que norteiam o Acordo da Basileia II?
a) Atendimento às leis e à regulamentação vigentes, verificação dos itens das demonstrações
contábeis e disciplina de mercado.
b) Necessidades mínimas de capital, revisão de supervisão da suficiência de capital conforme o
perfil de risco da instituição e disciplina de mercado.
c) Verificação dos itens das demonstrações contábeis, metodologia adotada pelas instituições
financeiras para apuração dos riscos e disciplina de mercado.
d) Necessidades mínimas de capital de uma instituição financeira, transparência pública e
atendimento à regulamentação vigente.
e) Revisão de supervisão da suficiência de capital de acordo com o perfil de risco da instituição,
transparência e atendimento às leis e à regulamentação vigentes.

Comentários:

Mais uma questão sobre os pilares. Observe que é o tema mais recorrente do Basileia II. Vamos
aos itens.

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a) Atendimento às leis e à regulamentação vigentes, verificação dos itens das demonstrações


contábeis e disciplina de mercado.

b) Necessidades mínimas de capital, revisão de supervisão da suficiência de capital conforme o


perfil de risco da instituição e disciplina de mercado. Alternativa correta.

c) Verificação dos itens das demonstrações contábeis, metodologia adotada pelas instituições
financeiras para apuração dos riscos e disciplina de mercado.

d) Necessidades mínimas de capital de uma instituição financeira, transparência pública e


atendimento à regulamentação vigente.

e) Revisão de supervisão da suficiência de capital de acordo com o perfil de risco da instituição,


transparência e atendimento às leis e à regulamentação vigentes.

Gabarito: “b”

22. (CEBRASPE/2016/FUNPRESP/Analista - Investimentos)


Acerca dos riscos de mercado, julgue o item seguinte.
Os bancos brasileiros passaram a alocar capital próprio para cobertura do risco de mercado
após a publicação do Acordo Internacional de Basileia III.

Comentários:

A questão está errada, pois desde o primeiro acordo de Basileia, ainda que em revisão, os
bancos já passaram a alocar capital próprio para cobertura do risco de mercado.

Gabarito: Errado

23. (FDC/2014/AGERIO/Analista de Desenvolvimento)


Marque a alternativa que apresenta uma das novas recomendações propostas no âmbito do
Acordo da Basiléia III.
a) inclusão de capital regulatório para risco operacional;
b) reduzir a pró-ciclicidade por meio de requerimentos adicionais de capital;
c) inclusão do risco de crédito no cálculo do capital regulatório;
d) estabelecimento de novos limites para as políticas cambiais dos países;
e) separação, por parte das instituições financeiras, das atividades bancária e de seguros.

Comentários:

Letra “a” – Errada, porque a inclusão de capital regulatório para risco operacional foi feita pelo
Acordo de Basileia II.

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Letra “b” – Correta. Realmente uma das novas recomendações do Basileia III foi o requerimento
de adicionais de capital para reduzir a pró ciclicidade, introduzindo os colchões de capital
(buffers) de conservação e contracíclicos.

Letra “c” – Errada. O risco de crédito já está incluído no capital regulatório desde o primeiro
Acordo de Basileia.

Letra “d” – Errado. Não há estabelecimento de limites para a políticas cambiais em nenhum dos
acordos de Basileia.

Letra “e” – Errada. Basileia III não prevê segregação de atividades.

Gabarito: “b”

24. (FGV/2018/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro)


O acordo da Basileia tem sido um importante instrumento de regulação bancária prudencial,
visando especialmente fazer frente ao risco do sistema financeiro mundial. Inicialmente, o
Basileia I, divulgado em 1988, teve como objetivo criar exigências mínimas de capital para
instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito. Em 2004, foi revisto e
divulgado o Basileia II, com o objetivo de buscar uma medida mais precisa dos riscos incorridos
pelos bancos internacionalmente ativos. A partir de 2010, os países passaram a implementar o
Basileia III, como parte de um movimento contínuo de aprimoramento da estrutura prudencial
aplicável às instituições financeiras.
Sobre o Basileia III, analise as afirmativas a seguir.
I. Procura reduzir o risco das variações dos preços dos títulos, e consequentemente o risco de
mercado, mediante o controle das bolhas especulativas pelos Bancos Centrais.
II. Busca ampliar a qualidade do capital regulatório, além de requerer montantes superiores de
capital, principalmente das parcelas com maior capacidade de absorver perdas.
III. Introduziu na regulação os pilares de definição do capital mínimo para bancar o risco de
crédito, de mercado e operacional, aprimorou a supervisão bancária e estabeleceu regras para
disciplina de mercado.
IV. Visa ao aperfeiçoamento da capacidade das instituições financeiras absorverem choques
provenientes do próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, reduzindo o
risco de transferência de crises financeiras para a economia real.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I e III;
b) I e IV;
c) II e III;
d) II e IV;
e) II, III e IV.

Comentários:

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Item I – Errado. O Basileia III não está relacionado ao risco de variação dos preços dos títulos.

Item II – Certo. O Basileia III busca aumentar tanto a quantidade como a qualidade do capital
regulatório. Dentre as suas recomendações estão a realização de testes de estresse e a elevação
dos níveis de capital com maior capacidade de absorção de perdas, como o capital principal e
os buffers de conservação e contracíclico.

Item III – Errado. O item estaria correto caso se referisse ao Basileia II.

Item IV – Certo. A absorção dos choques do sistema financeira e a redução do impacto nos
demais setores da economia foram os principais objetivos do Basileia III, o qual foi elaborado em
resposta à crise do subprime.

Como os itens II e IV estão corretos, chegamos à letra “d” como gabarito da questão.

Gabarito: “d”

25. (INAZ/2014/BANPARÁ/Contador)
São recomendações estabelecidas pelo Acordo de Basileia III, emitido em 16 de dezembro de
2010, exceto:
a) Implementação do índice de endividamento, exigindo o mínimo efeito na estrutura de capital.
b) Composição do capital de forma mais rigorosa.
c) Exigência de uma quantidade mínima de liquidez para as instituições financeiras.
d) Criação de duas modalidades de capital para absorção de perdas, a primeira voltada a
momentos de estresse e a segunda a modificações no ambiente macroeconômico.
e) Aumento nos níveis de transparência dos elementos da composição do capital.

Comentários:

Letra “a” – Errada. Não há implementação de índice de endividamento do Basileia III. O foco é
nos requerimentos de capital, de liquidez e de alavancagem. A lógica que você pode usar aqui
é que os níveis de endividamento não são as ferramentas mais adequadas para analisar uma
instituição financeira, tendo em vista que os depósitos à vista e a prazo fazem parte do seu
passivo e de suas atividades operacionais, o que distorceria a análise. O mais correto é que a
análise seja feita pela qualidade do capital próprio, liquidez, alavancagem e capacidade de
absorção de estresse, fatores estes que foram trabalhados no Basileia III.

Letra “b” – Certa. Uma das recomendações foi o aumento da qualidade e da quantidade do
capital regulatório.

Letra “c” – Certa. O Basileia III introduziu novos requerimentos tanto de liquidez como de
alavancagem.

Letra “d” – Certa. Trata-se dos buffers de conservação e contracíclico.

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Letra “e” – Certa. Foram recomendados o aumento da qualidade, da consistência e da


transparência da base de capital.

Gabarito: “a”

26. (CESGRANRIO/2018/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


Com o objetivo de evitar crises financeiras, o Banco Central do Brasil tem adotado, nas últimas
décadas, diversos mecanismos visando a compatibilizar as normas do Sistema Financeiro
Nacional com os requisitos emanados dos chamados Acordos de Capital da Basileia, que
estabelecem regras do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) para
assegurar a estabilidade financeira internacional. Desde o final da década de 1980, foram
emitidos os Acordos da Basileia I (1988), Basileia II (2004) e Basileia III (2010).
No caso do Acordo da Basileia III, concebido após a crise financeira global de 2008, as normas
introduzidas e já implementadas pelo Banco Central do Brasil foram ainda mais rígidas, porque
a) impuseram proibições aos bancos de transacionarem nos mercados de derivativos, altamente
vulneráveis a especulações financeiras.
b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária prudencial e disciplina do mercado
bancário.
c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco
operacional.
d) adotaram maiores exigências adicionais de capital principal, incluindo procedimentos para
o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de
crédito.
e) estabeleceram mecanismos de supervisão do processo de avaliação da adequação de capital
dos bancos.

Comentários:

Letra “a” – Errada. Não há esta proibição. Os bancos podem transacionar com derivativos. A
questão tenta confundir com o fato de um dos instrumentos que estiveram no centro da crise do
subprime foram os CDS (credit default swap), os quais funcionam como um título derivativo.

Letras “b”, “c” e “e” - Estão erradas porque trazem características do Basileia II.

Letra “d” – Certa. Basileia III determina capital adicional.

Gabarito: “d”

27. (CEBRASPE/2009/FINESP/Analista - Finanças)


Com relação aos princípios fundamentais de supervisão bancária estabelecidos no Acordo da
Basiléia, assinale a opção correta.

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a) No caso de transferência significativa de propriedade, ou controle de interesses mantidos


direta ou indiretamente pelos bancos para terceiros, o supervisor pode recomendar que a
operação não seja realizada, embora não possa rejeitá-la.
b) Nos âmbitos do monitoramento e do controle do risco de crédito, os procedimentos do
supervisor devem envolver exclusivamente as operações de empréstimos, sendo que, nessas
operações, deve ser considerado o risco de contraparte.
c) A supervisão envolve a adoção de práticas e processos destinados a evitar que os bancos
sejam utilizados, intencionalmente ou não, para práticas criminosas.
d) Antes de conceder autorização para funcionamento de um banco, a autoridade supervisora
é obrigada a avaliar as propriedades e a condição financeira dos membros do conselho e da
alta administração da entidade pleiteante, ainda que se trate de bens e ativos localizados em
países estrangeiros.
e) Cabe aos supervisores garantir que sejam cumpridos limites de prudência, definidos
internacionalmente.

Comentários:

Letra “a” – Errada, porque o supervisor deve ter poder para rejeitar essas operações.

Letra “b” – Errada. A questão trata do atual princípio 17 – risco de crédito. O erro está em afirmar
que os processos envolvem exclusivamente as operações de empréstimos, sendo que na
verdade o ciclo completo é coberto, incluindo desde a avaliação de crédito até a gestão das
carteiras de crédito e de investimento dos bancos.

Letra “c” – Certa. Um dos objetivos da supervisão é evitar a utilização do sistema financeiro para
práticas criminosas. Na revisão atual, esta prática está relacionada ao princípio 29 (abuso de
serviços financeiros) o qual coloca especial ênfase no combate à lavagem de dinheiro e
financiamento do terrorismo.

Letra “d” – Errada. A questão trata do atual princípio 5, o qual, em tradução livre, diz:

“Princípio 5 – Critérios de licenciamento: a autoridade licenciadora tem o poder para definir


critérios e rejeitar solicitações para estabelecimentos que não se enquadrem no critério. No
mínimo, o processo de licenciamento consiste em uma avaliação de estrutura de propriedade e
governança (incluindo a aptidão e patrimônio dos membros do conselho e de alta direção) do
banco e do seu grupo, e seus planos estratégico e operacional controles internos, gestão de
riscos e condição financeira projetada (incluindo a base de capital). Onde o controlador for um
banco estrangeiro, é necessário o consentimento prévio do supervisor do seu país de
origem.”

O enunciado da alternativa ficou um pouco confuso, mas o examinador o considerou errado,


provavelmente porque quando os bens e ativos do controlador estiverem localizados em países
estrangeiros é necessário o consentimento prévio do supervisor do país.

Letra “e” – Errada. A questão está errada pois os limites prudenciais não são definidos
internacionalmente, mas há liberdade para os supervisores definirem os limites de capital dentro
do país.

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Gabarito: “c”

28. (FUNDATEC/2017/BRDE/Analista de Projetos – Área Econômico-Financeira)


Os 25 Princípios Básicos do Comitê de Basiléia referem-se:
I. A precondições para uma supervisão bancária eficaz.
II. A autorizações e estrutura.
III. A regulamentos e requisitos prudenciais.
IV. Ao cumprimento das diretrizes e de protocolos pré-estabelecidos.
V. A poderes formais dos supervisores e atividades bancárias internacionais.
VI. À gestão permanente de riscos e transferências bancárias.
VII. A métodos de supervisão bancária contínua e requisitos de informação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I, II e VI.
b) Apenas III, IV e VII.
c) Apenas III, IV, V e VI.
d) Apenas IV, V, VI e VII.
e) Apenas I, II, III, V e VII.

Comentários:

A questão fala em 25 princípios, mas você estudou a aula e sabe que, na verdade, são 29 (e já
eram em 2017). Deixando de lado essa impropriedade do enunciado.

Observe que os princípios apresentados em nosso roteiro de revisão dizem respeito a


principalmente à previsão de poderes e responsabilidades ao supervisor, bem como à
mecanismos de prevenção de riscos e governança corporativa pelos bancos. Dito isso, vamos
aos itens.

I. A precondições para uma supervisão bancária eficaz. Certo. Os princípios 1 a 13 tratam de


questões essenciais para uma supervisão bancária eficaz.

II. A autorizações e estrutura. Certo. Autorização e estrutura das instituições são objetos dos
princípios, sendo abordados principalmente no princípio 5 - critérios de licenciamento.

III. A regulamentos e requisitos prudenciais. Certo. Mas os princípios 14 a 29 dizem respeito a


regulamentos e requisitos prudenciais.

IV. Ao cumprimento das diretrizes e de protocolos pré-estabelecidos. Errado. Não está


relacionado ao cumprimento das diretrizes de protocolos pré-estabelecidos, mas sim a princípios
que devem ser adequados para cada país e seu sistema financeiro de acordo com critérios
macroeconômicos.

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V. A poderes formais dos supervisores e atividades bancárias internacionais. Certo. Os princípios


1 a 13 trazem diversos poderes formais para os supervisores. Especialmente os princípios 2, que
trata da proteção legal aos supervisores, e o princípio 11, que trata dos poderes corretivos e
sancionatórios dos supervisores. Em relação às atividades internacionais, vários dos princípios
dizem respeito a elas, destacando-se o princípio 13, que fala do relacionamento home-host, que
diz respeito ao relacionamento entre o supervisor do país de origem do banco e o supervisor dos
outros países onde o banco opera.

VI. À gestão permanente de riscos e transferências bancárias. Errado. Os princípios tratam da


gestão dos riscos, do requerimento de capital, gestão corporativa, entre outros fatores, todavia
não tratam das transferências bancárias.

VII. A métodos de supervisão bancária contínua e requisitos de informação. Certo. Uma das
preocupações é o estabelecimento de métodos para a supervisão bancária contínua, além da
transparência e da divulgação das informações financeiras e perfil de risco.

Portanto, os itens corretos são I, II, III, V e VII, e o gabarito é a letra E.

Gabarito: “e”

29. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) [adaptada]


Entre os Princípios Fundamentais de Basileia para uma supervisão bancária efetiva, o princípio
26 trata dos controles internos e da auditoria, além de orientar os supervisores para que se
assegurem de que os bancos adotam controles internos adequados ao porte e à complexidade
de seus negócios.
Os controles internos têm, entre seus objetivos,
a) preparar a contabilidade do banco e enviar os relatórios consolidados ao Banco Central e à
Receita Federal, quando solicitados.
b) realizar o acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas pela instituição e
verificar se os limites estabelecidos e as leis e regulamentos aplicáveis estão sendo cumpridos.
c) realizar o arquivamento de todos os documentos, garantindo a guarda e o controle das
informações.
d) definir os indicadores de desempenho das instituições, de forma que estejam adequados ao
porte e à complexidade dos negócios.
e) participar do desenvolvimento do sistema de informações do banco, de forma a garantir a
veracidade dos relatórios que estarão sendo divulgados para diretores e acionistas.

Comentários:

Em 2012 houve uma revisão dos princípios e controle interno não é mais o 17 (como constava
originalmente na questão). Agora, faz parte do 26: “Controle Interno e Auditoria”.

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Independentemente disso, a assertiva correta é a letra B. O controle interno é caracterizado por


pertencer à estrutura da instituição. Ele atua de forma permanente e contínua, realizando o
acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas pela instituição.

Dentre as suas diversas atribuições estão a verificação dos limites estabelecidos pelas leis e
regulamentos aplicáveis, a eficiência operacional, a prevenção a fraudes e erros, e a correção de
diversas outras inadequações que possam ocorrer nas atividades da instituição.

Gabarito: “b”

30. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA)


O Acordo de Basileia, um conjunto de diretrizes internacionais para o setor bancário, estabelece
princípios que visam promover a estabilidade financeira e a gestão prudente dos bancos. Sobre
alguns desses princípios, assinale a alternativa correta:
a) O princípio da "Adequação de Capital" estabelece que os bancos devem manter um nível
mínimo de capital em relação aos seus ativos ponderados pelo risco, a fim de proteger-se contra
potenciais perdas e garantir a solidez financeira.
b) O princípio da "Concorrência e Livre Mercado" incentiva a criação de restrições regulatórias
sobre a atuação dos bancos, visando promover a concorrência e a oferta de serviços financeiros
diversificados.
c) O princípio da "Minimização de Reservas" preconiza que os bancos devem manter uma
quantidade substancial de reservas para cobrir possíveis perdas decorrentes de empréstimos
inadimplentes.
d) O princípio da "Privacidade do Cliente" protege os dados pessoais dos clientes bancários,
impedindo que as instituições financeiras compartilhem informações sem o consentimento
explícito dos titulares das contas.
e) O princípio da "Alavancagem Ilimitada" permite que os bancos tomem empréstimos e se
alavanquem no mercado financeiro sem restrições, visando aumentar seus lucros e expandir
suas operações livremente.
Comentários:
A única alternativa com um dos 29 princípios é a letra “a”, que traz o princípio 16:
Princípio 16: Adequação de capital
• O supervisor define níveis de requerimento de capital prudentes e apropriados,
que reflitam os riscos tomados.
• O supervisor define os componentes do capital, tendo em mente sua capacidade
de absorver perdas.
• O supervisor pode determinar quantidades adicionais de capital, acima do índice
normal.
As demais trazem “princípios” inventados.

Gabarito: “a”

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Aula 10

31. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA)


O Acordo de Basileia, um conjunto de diretrizes internacionais para o setor bancário, estabelece
princípios que visam promover a estabilidade financeira e a gestão prudente dos bancos. Sobre
alguns desses princípios, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O princípio da "Transações com partes relacionadas" estabelece que os bancos devem
prevenir abusos em transações com partes relacionadas e enfrentar o risco de conflito de
interesses.
b) O princípio da "Relatórios de supervisão" preconiza que o supervisor coleta, revisa e analisa
relatórios prudenciais e análises estatísticas enviadas pelos bancos.
c) O princípio da "Transparência e Divulgação" requer que os bancos forneçam informações
detalhadas sobre suas operações, riscos e situação financeira para os reguladores e o público
em geral.
d) O princípio da "Risco operacional" determina que o supervisor deve definir níveis de liquidez
prudentes e apropriados os quais incluem tanto requerimentos quantitativos quanto
qualitativos, o que deve refletir as necessidades de liquidez do banco.
e) O princípio da "Transações com partes relacionadas " refere-se ao enfretamento o risco de
conflito de interesses.

Comentários:

O gabarito é a letra “d”, pois nomeia o princípio 25 (risco operacional), mas descreve o princípio
24 (risco de liquidez).

Estão corretas:

a) Princípio 20.

b) Princípio 10.

c) Princípio 28 (o original é “Divulgação e transparência”, e na questão está invertido


“Transparência e divulgação”. Mas isso não muda o sentido, e variações no nome podem
ocorrer).

e) Princípio 20.

Gabarito: “d”

32. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.
(I) O Índice de Basileia (IB) é calculado como a razão entre o capital próprio do banco e o total
de ativos. Essa medida proporciona uma avaliação simplificada da alavancagem, sendo uma
ferramenta essencial para limitar o risco sistêmico.

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Comentários:

O Índice de Basileia (IB) é realmente calculado como o ratio (razão) entre o capital próprio e os
ativos, fornecendo uma medida simplificada da alavancagem. Portanto, a afirmação é
Verdadeira.

Gabarito: Certo

33. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.
A alavancagem, no contexto bancário, refere-se à capacidade de uma instituição financeira
utilizar dívida para ampliar seus investimentos, buscando maiores retornos. No entanto, o uso
excessivo de alavancagem pode aumentar a rentabilidade em tempos favoráveis, mas também
intensificar as perdas em condições desfavoráveis, elevando o risco de insolvência.

Comentários:
A descrição da alavancagem no contexto bancário está correta, destacando os benefícios e os
riscos associados ao seu uso, que têm total relação com a chamada prociclicidade. Portanto, a
afirmação é Verdadeira.

Gabarito: Certo

34. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.
Basileia III introduziu elementos macroprudenciais no modelo de capital, visando conter riscos
sistêmicos associados à prociclicidade e à interconexão entre instituições financeiras. A
prociclicidade refere-se à tendência de uma variável econômica específica acompanhar as fases
cíclicas da economia, podendo intensificar padrões de crescimento ou agravar recessões.

Comentários:

Basileia III, de fato, incorporou elementos macroprudenciais para abordar riscos sistêmicos,
incluindo a prociclicidade. A afirmação é, portanto, correta.

Gabarito: Certo

35. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.

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A principal preocupação do Comitê de Basileia ao aumentar a qualidade, consistência e


transparência da base de capital é promover a expansão acelerada em períodos de crescimento
econômico, fortalecendo o sistema bancário global.

Comentários:

A principal preocupação do Comitê de Basileia, ao aumentar a qualidade, consistência e


transparência da base de capital, é, na verdade, promover a estabilidade financeira global e
reduzir riscos sistêmicos, não necessariamente promovendo expansão acelerada em períodos
de crescimento econômico, o que seria a própria prociclicidade. A afirmação é, portanto, errada.

Gabarito: Errado

36. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.
A alavancagem, no contexto bancário, refere-se à capacidade de uma instituição financeira
utilizar dívida para ampliar seus investimentos, buscando maiores retornos. O uso excessivo de
alavancagem pode aumentar a rentabilidade em tempos favoráveis, mas também pode reduzir
as perdas em condições desfavoráveis, elevando o risco de insolvência.

Comentários:

O final está errado, pois o uso excessivo de alavancagem intensifica as perdas em tempos
desfavoráveis, aumentando o risco de insolvência.

Gabarito: Errado

37. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
O principal componente do capital de nível 1 deve ser ações ordinárias e lucros distribuídos,
fortalecendo assim a qualidade do capital.

Comentários:

A afirmativa está incorreta. O capital de nível 1 deve ser composto por ações ordinárias e lucros
retidos, não distribuídos. Portanto, a afirmativa está incorreta.

Gabarito: Errado

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38. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
Além dos instrumentos de maior qualidade, o restante do capital de nível 1 é formado por
instrumentos subordinados, que são títulos de crédito com prioridade superior no pagamento
em caso de falência ou liquidação.

Comentários:

A afirmativa está incorreta. Instrumentos subordinados têm prioridade inferior no pagamento em


caso de falência ou liquidação.

Gabarito: Errado

39. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
Os dividendos ou cupons não cumulativos presentes nos instrumentos subordinados significam
que, se não forem pagos em um período, não se acumulam para serem quitados em períodos
futuros.

Comentários:

A afirmativa está correta. Dividendos ou cupons não cumulativos não se acumulam para serem
pagos em períodos futuros.

Gabarito: Certo

40. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
Os instrumentos de capital de nível 2 foram harmonizados para garantir consistência e
transparência na base de capital.

Comentários:

A afirmativa está correta, e de acordo com as publicações do Comitê vistas nesta aula. Os
instrumentos de capital de nível 2 foram harmonizados para garantir consistência e
transparência.

Gabarito: Certo

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Aula 10

41. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
Para melhorar a transparência, Basileia III exige a divulgação de todos os elementos do capital,
proporcionando ao mercado uma avaliação mais abrangente.

Comentários:

A afirmativa está correta. Basileia III, de fato, exige a divulgação de todos os elementos do capital
para promover transparência. Portanto, a resposta é Verdadeira.

Gabarito: Certo

42. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte.
O trading book de um banco inclui ativos que são adquiridos com a intenção de venda a curto
prazo ou para lucrar com diferenças de preço a curto prazo.

Comentários:

A afirmativa, conceitual, está correta. O trading book envolve ativos adquiridos para venda a
curto prazo ou para lucros imediatos. Portanto, a resposta é Verdadeira.

Gabarito: Certo

43. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte.
O banking book de um banco consiste em ativos e passivos que são mantidos pelo banco com
a intenção de vendê-los antes do vencimento.

Comentários:

A afirmativa está incorreta. O banking book consiste em ativos e passivos mantidos até o
vencimento, não com a intenção de venda antes disso.

Gabarito: Errado

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44. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte.
A securitização é um processo financeiro que transforma ativos ilíquidos em ativos líquidos,
proporcionando liquidez adicional aos emissores originais dos ativos.

Comentários:

A afirmativa está correta. A securitização envolve a conversão de ativos ilíquidos em títulos


negociáveis, proporcionando liquidez adicional aos emissores originais. Portanto, a resposta é
Verdadeira.

Gabarito: Certo

45. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte.
O Comitê introduziu requisitos de capital mais baixos para as ressecuritizações, buscando
reduzir a prociclicidade e fornecendo incentivos adicionais para mover contratos de derivativos
de balcão para contrapartes centrais.

Comentários:

A afirmativa está incorreta. O Comitê introduziu requisitos de capital mais altos para as
ressecuritizações, não mais baixos. O restante está correto, mas a questão já ficou prejudicada.

Gabarito: Errado

46. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
Durante a parte mais severa da crise, o setor bancário foi forçado pelo mercado a aumentar sua
alavancagem, amplificando a pressão descendente sobre os preços dos ativos.

Comentários:

A afirmativa está incorreta. Durante a crise, os bancos foram forçados a reduzir sua alavancagem,
não a aumentar, o que contribuiu para a pressão descendente sobre os preços dos ativos.

Gabarito: Errado

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Aula 10

47. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
A razão de alavancagem introduzida pelo Comitê tem como objetivo conter a alavancagem no
setor bancário e introduzir salvaguardas adicionais contra o risco de modelo e erro de medição.

Comentários:

A afirmativa está correta. A razão de alavancagem visa conter a alavancagem no setor bancário
e introduzir salvaguardas adicionais contra o risco de modelo e erro de medição.

Gabarito: Certo

48. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
A excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes amplificou choques ao
longo do tempo, transmitindo-os por todo o sistema financeiro.

Comentários:

A afirmativa está correta. A excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes


contribuiu para a transmissão de choques por todo o sistema financeiro.

Gabarito: Certo

49. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
O Comitê desenvolveu a Razão de Financiamento Estável Líquido (NSFR) para promover
resiliência em um horizonte de tempo mais curto, quando comparado com a Taxa de Cobertura
de Liquidez (LCR), garantindo recursos líquidos suficientes para sobreviver a um cenário de
estresse agudo.

Comentários:

A afirmativa está incorreta. A NSFR visa promover resiliência em um horizonte de tempo mais
longo, não mais curto.

Gabarito: Errado

50. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.

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Aula 10

Durante a crise financeira, a excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes


contribuiu para a transmissão de choques por todo o sistema financeiro.

Comentários:

A afirmativa está correta. A excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes


contribuiu para a transmissão de choques por todo o sistema financeiro.

Gabarito: Certo

51. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
Durante a crise financeira, muitos bancos continuaram a realizar grandes distribuições na forma
de dividendos, recompras de ações e pagamentos generosos de compensação, mesmo que
sua condição financeira estivesse se deteriorando.

Comentários:

A afirmativa está correta. Muitos bancos continuaram a realizar grandes distribuições durante a
crise financeira, mesmo com a deterioração de sua condição financeira.

Gabarito: Certo

52. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
O Comitê desenvolveu a Taxa de Cobertura de Liquidez (LCR) para promover resiliência a
potenciais interrupções de liquidez em um horizonte de trinta dias.

Comentários:

A afirmativa está correta. A LCR foi desenvolvida para promover resiliência a interrupções de
liquidez em um horizonte de trinta dias.

Gabarito: Certo

53. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
Durante a crise financeira, o Comitê introduziu medidas para tornar os bancos mais aderentes
a dinâmicas procíclicas, promovendo a expansão do crédito.

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Comentários:

O Comitê introduziu medidas para tornar os bancos menos vulneráveis a dinâmicas procíclicas,
buscando conter a expansão excessiva do crédito.

Gabarito: Errado

54. (2018/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Agente Comercial)


Com o objetivo de evitar crises financeiras, o Banco Central do Brasil tem adotado, nas últimas
décadas, diversos mecanismos visando a compatibilizar as normas do Sistema Financeiro
Nacional com os requisitos emanados dos chamados Acordos de Capital da Basileia, que
estabelecem regras do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) para
assegurar a estabilidade financeira internacional. Desde o final da década de 1980, foram
emitidos os Acordos da Basileia I (1988), Basileia II (2004) e Basileia III (2010).
No caso do Acordo da Basileia III, concebido após a crise financeira global de 2008, as normas
introduzidas e já implementadas pelo Banco Central do Brasil foram ainda mais rígidas, porque
a) impuseram proibições aos bancos de transacionarem nos mercados de derivativos, altamente
vulneráveis a especulações financeiras.
b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária prudencial e disciplina do mercado
bancário.
c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco
operacional.
d) adotaram maiores exigências adicionais de capital principal, incluindo procedimentos para
o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de
crédito.
e) estabeleceram mecanismos de supervisão do processo de avaliação da adequação de capital
dos bancos.

Comentários:

Precisamos avaliar cada uma das alternativas, para encontrar a correta.

a) impuseram proibições aos bancos de transacionarem nos mercados de derivativos, altamente


vulneráveis a especulações financeiras.

Errado. Embora o mercado de derivativos seja, realmente, mais vulnerável à especulação, não é
verdade que houve proibição para os bancos de transacionarem nesse mercado.

b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária prudencial e disciplina do mercado


bancário.

Errado. Esses mecanismos eram previstos desde Basileia I. Portanto, não é rigorosamente correto
dizer que Basileia III foi mais rígida por causa disso. Embora, é verdade, essa poderia ser o

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gabarito se não houvesse uma “mais certa”, pois certamente foram estabelecidos NOVOS
mecanismos de supervisão prudencial.

c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco
operacional.

Errado, pelo mesmo raciocínio da alternativa anterior. Já havia exigências para risco de crédito
e de mercado em Basileia II.

d) adotaram maiores exigências adicionais de capital principal, incluindo procedimentos para o


cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de crédito.

Certo! Maiores exigências de capital (quantidade e qualidade) são a essência de Basileia III.

e) estabeleceram mecanismos de supervisão do processo de avaliação da adequação de capital


dos bancos.

Errado, por também não ser uma novidade de Basileia III.

De forma geral, temos 3 alternativas (b, c , e) que poderiam ser o gabarito, pois discorrem sobre
itens que, de fato, estão presentes em Basileia III, mas já estavam presentes anteriormente, e a
questão pede a justificativa para esse acordo ser mais rígido.

Gabarito: “d”

55. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Patrimônio de Referência (PR), segundo a Resolução CMN nº 4.595/2021, desempenha um
papel crucial ao enfrentar os desafios inerentes aos riscos no setor financeiro, seguindo padrões
internacionalmente estabelecidos por Basileia. Diante disso, avalie se a afirmativa abaixo.
O patrimônio de referência (PR) é destinado a fazer frente aos riscos, conforme padrões
internacionais estabelecidos no âmbito de Basileia.

Comentários:

Essa é mais tranquila, pois, de fato, o PR é concebido para ser um recurso capaz de enfrentar os
riscos financeiros de acordo com as normas globais estipuladas por Basileia.

Gabarito: Certo

56. (2023/CESGRANRIO/AgeRIO/Analista de Desenvolvimento – Contabilidade)


O Patrimônio de Referência (PR), para fins da verificação do cumprimento dos limites
operacionais das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, consiste no somatório do Nível I e do Nível II.

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O Nível I do PR consiste
a) no capital principal, exclusivamente
b) no capital complementar, exclusivamente
c) no somatório do capital principal e do capital complementar
d) na diferença entre o capital principal e o capital complementar
e) na multiplicação do capital principal com o capital complementar

Comentários:

Vamos rever o que apreendemos.

A Resolução define que há capitais de diferentes qualidades que podem ser considerados PR,
divididos em Nível I e Nível II, sendo o Nível I considerado melhor. Além disso, o PR de Nível
I é dividido em Capital Principal e Capital Complementar. Fica assim:

Capital
Principal
Nível I
Patrimônio de Capital
Referência PR Complementar
Nível II

Portanto, está correta a alternativa “c”.

Gabarito: “c”

57. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.595/2021, responsável por abordar a apuração do capital para
instituições financeiras (IF), possui escopo específico de aplicação. Sobre essa delimitação,
julgue o item subsequente.
A Resolução CMN nº 4.595/2021 se aplica a instituições financeiras menores, administradoras
de consórcios e instituições de pagamento.

Comentários:

Dois erros. Primeiro, por definição, Administradoras de Consórcios e Instituições de Pagamento


não são instituições financeiras.

Além disso, a Resolução CMN nº 4.595/2021, expressamente, não é aplicável a administradoras


de consórcios e a instituições de pagamento, dada a natureza diferenciada de seus negócios e
menor impacto sistêmico.

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Gabarito: Errado

58. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A categorização do Patrimônio de Referência (PR) em Nível I e Nível II, sendo o Nível I
considerado de qualidade superior, é uma distinção importante conforme a Resolução CMN nº
4.595/2021. julgue o item subsequente.
O Patrimônio de Referência (PR) é dividido em Nível I e Nível II, sendo o Nível I considerado
melhor.

Comentários:

A distinção entre Nível I e Nível II no PR estabelece que o Nível I é de melhor qualidade, indicando
que possui capitais mais robustos. Assim, a afirmativa é Verdadeira.

Gabarito: Certo

59. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


No contexto de conglomerados, a figura do controlador é crucial para a supervisão das
instituições envolvidas. Nesse sentido, julgue o item a seguir.
Controlador é a instituição líder do conglomerado que detém o controle sobre as demais.

Comentários:

O controlador é, de fato, a instituição líder do conglomerado, detendo o controle sobre as


demais entidades.

Gabarito: Certo

60. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entender a dinâmica entre controlador e subsidiária é fundamental nas práticas regulatórias.
Nesse contexto, julgue o item a seguir.
Subsidiária é a entidade participante de conglomerado que detém o controle sobre as demais.

Comentários:

Subsidiária é a entidade que faz parte do conglomerado, excluindo a instituição líder


(controlador). Portanto, a afirmativa é incorreta.

Gabarito: Errado

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61. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A consolidação das demonstrações contábeis é uma prática essencial na avaliação do
Patrimônio de Referência (PR). Analise se a afirmativa abaixo é certa ou errada.
A apuração do Patrimônio de Referência (PR) deve ser realizada em bases consolidadas para as
instituições integrantes de um mesmo conglomerado financeiro.

Comentários:

A apuração do PR é realizada de forma consolidada para as instituições dentro do mesmo


conglomerado prudencial. E se elas fazem parte do mesmo conglomerado financeiro, também
fazem parte do mesmo conglomerado prudencial, pois este é um conceito mais amplo.

Portanto, a afirmativa está, do ponto de vista lógico, correta, mas eu entendo se você quiser
entrar com recurso, pois a exigência expressa é que o conglomerado prudencial apure o PR de
forma consolidada.

Gabarito: Certo

62. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A segmentação do Patrimônio de Referência (PR) em Nível I, subdividido em Capital Principal
(CP) e Capital Complementar (CC), é um ponto crucial na regulamentação. Julgue o item
subsequente.
O Patrimônio de Referência (PR) de Nível I é dividido em Capital Principal (CP) e Capital
Complementar (CC).

Comentários:

O PR de Nível I é, de fato, dividido em Capital Principal (CP) e Capital Complementar (CC). Essa
distinção busca categorizar diferentes tipos de capitais nessa camada de maior qualidade.
Portanto, a afirmativa está correta.

Gabarito: Certo

63. (2013/CEBRASPE-CESPE/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Com relação à regulamentação da resolução bancária no Brasil, julgue o item subsequente.
Depósito em conta vinculada pode, temporariamente, ser admitido pelo BACEN como forma
de suprir deficiências de patrimônio de referência.

Comentários:

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Aula 10

Isso está correto. O Depósito em conta vinculada é admitido tanto para compor o Capital
Principal, quanto o PRS5 (estrutura simplificada).

Depósito em conta vinculada admitido para fins de reenquadramento da instituição, nas


situações que configurarem desenquadramento nos requerimentos mínimos de capital,

Gabarito: Certo

64. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Capital Principal de Nível I desempenha um papel crucial na sustentação da estabilidade
financeira das instituições. Para avaliá-lo, diversos elementos são somados, enquanto outros são
subtraídos. Sobre a composição positiva do Capital Principal, avalie o item subsequente.
O capital social constituído por quotas ou ações, não resgatáveis e sem cumulatividade de
dividendos, pode compor o Capital Principal.

Comentários:

O capital social, sob condições específicas, como ser não resgatável e sem cumulatividade de
dividendos, é parte integrante do Capital Principal de Nível I. Logo, o item é correto.

Gabarito: Certo

65. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) [adaptada]


O Patrimônio de Referência (PR) de Conglomerado deve ser calculado em bases consolidadas
para as instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial. Com relação a esse
assunto, assinale a opção que apresenta a composição do Capital Principal para efeitos de PR
de Conglomerado Prudencial.
a) Aumento de Capital em processo de autorização, com exceção do aumento de capital
realizado por meio de incorporação de reservas e de sobras ou lucros acumulados.
b) Valores relativos ao capital social constituído por quotas, quotas-partes ou por ações não
resgatáveis e sem mecanismos de cumulatividade de dividendos.
c) Valores relativos ao capital social constituído por quotas, quotas-partes ou por ações
resgatáveis e com mecanismos de cumulatividade de dividendos.
d) Operações com derivativos de índices.

Comentários:

O Capital Principal é a soma dos valores, entre outros, do capital social constituído por quotas
ou ações (apenas não resgatáveis e sem cumulatividade de dividendos). Portanto, está correta a
letra “b” e incorreta a letra “c”.

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Contudo, não deve ser considerado o aumento de capital em processo de autorização. O que
torna a letra “a” incorreta.

Por fim, as operações com derivativos estão entre os valores que devem ser subtraídos do Capital
Principal, sendo esse o erro da alternativa “d”.

Gabarito: “b”

66. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Reservas são elementos-chave no reforço do Capital Principal. Dentre as reservas que
contribuem para a sua composição, avalie o item subsequente.
Reservas de capital, de reavaliação e de lucros são componentes do Capital Principal.

Comentários:

Reservas de capital, de reavaliação e de lucros, que desempenham funções distintas, são


incluídas no cálculo do Capital Principal. Portanto, o item é correto.

Gabarito: Certo

67. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Dentre os elementos positivos do Capital Principal, sobressaem-se sobras ou lucros
acumulados. Avalie o item subsequente:
Sobras ou lucros acumulados são incluídos no cálculo do Capital Principal.

Comentários:

Sobras ou lucros acumulados constituem uma parcela positiva do Capital Principal e, portanto,
são incluídos no seu cálculo.

Gabarito: Certo

68. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Instrumentos financeiros derivativos podem influenciar o Capital Principal. Sobre o saldo do
ajuste positivo ao valor de mercado desses derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa,
avalie o item subsequente:
O saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos
utilizados para hedge de fluxo de caixa contribui positivamente para o Capital Principal.

Comentários:

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O saldo positivo ao valor de mercado de derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa é
considerado no cálculo positivo do Capital Principal, ou seja, é somado ao montante.

Gabarito: Certo

69. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Alterações no risco de crédito próprio da instituição podem impactar o valor de mercado dos
derivativos. Sobre o saldo do ajuste positivo ao valor de mercado desses instrumentos
financeiros derivativos, avalie o item subsequente.
O saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos,
decorrente de alterações no risco de crédito próprio da instituição, contribui positivamente para
o Capital Principal.

Comentários:

O saldo positivo ao valor de mercado de derivativos, em relação a alterações no risco de crédito


próprio da instituição, é um componente positivo no cálculo do Capital Principal. O item é certo.

Gabarito: Certo

70. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece critérios para a subtração de elementos no cálculo
do Capital Principal. Sobre esses critérios, avalie o item subsequente:
Perdas não realizadas decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial devem ser subtraídas
do Capital Principal.

Comentários:

Tudo correto. De fato, perdas não realizadas provenientes de ajustes de avaliação patrimonial
devem ser subtraídas do Capital Principal.

Gabarito: Certo

71. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A aquisição de ações próprias pela instituição emissora tem implicações no cálculo do Capital
Principal. Avalie se o item subsequente é Verdadeiro (V) ou Falso (F):
Ações próprias adquiridas diretamente, indiretamente ou de forma sintética, mesmo sendo não
resgatáveis, não podem ser somadas ao Capital Principal.

Comentários:

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Ações próprias adquiridas pela instituição emissora, mesmo sendo não resgatáveis, não podem
compor o Capital Principal, sendo subtraídas. Portanto, o gabarito é “certo”.

Gabarito: Certo

72. (2016/CAE-CFC/BCB - Cadastro Nacional de Auditores Independentes)


O Nível I do Patrimônio de Referência consiste no somatório do Capital Principal e do Capital
Complementar. O Capital Principal é apurado mediante a soma e dedução dos valores
correspondentes aos itens apontados especificamente nas normas regulamentares do
CMN/BCB. Identifique os itens apontados regularmente para a soma na apuração do Capital
Principal e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
1. O capital social constituído por quotas, quotas-partes, ou por ações não resgatáveis e sem
mecanismos de cumulatividade de dividendos.
2. Às perdas ou prejuízos acumulados.
3. Às reservas de capital, de reavaliação e de lucros.
4. Às contas de resultado credoras.
Estão CERTOS os itens:
a) 1, 2 e 4, apenas.
b) 1, 3 e 4, apenas.
c) 1, 2 e 3, apenas.
d) 2 e 4, apenas.

Comentários:

A questão quer a SOMA do Capital Principal, e naturalmente as perdas ou prejuízos


acumulados devem ser subtraídos, tornando item 2 o único incorreto.

Gabarito: “b”

73. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Operações com derivativos, incluindo derivativos de índices, são elementos que devem ser
subtraídos do Capital Principal. Avalie se o item subsequente é Verdadeiro (V) ou Falso (F):
Operações com derivativos, inclusive derivativos de índices, devem ser subtraídas do Capital
Principal.

Comentários:

Operações com derivativos, incluindo derivativos de índices, devem ser subtraídas do Capital
Principal. O item é Verdadeiro.

Gabarito: Certo

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74. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece critérios claros sobre o que não deve ser
considerado no cálculo do Capital Principal. Avalie o item subsequente.
Recursos captados, mas ainda não integralizados, devem ser subtraídos do Capital Principal.

Comentários:

Errado, Recursos captados, mas ainda não integralizados, devem ser desconsiderados (e não
subtraídos) no cálculo do Capital Principal.

São coisas diferentes, o que torna a questão errada (e maliciosa, confesso).

Gabarito: Errada

75. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Capital Complementar, diferentemente do Capital Principal, é definido por requisitos que os
instrumentos devem atender. Analise o seguinte item:
Os instrumentos elegíveis para compor o Capital Complementar devem ter vencimento pré-
estabelecido.

Comentários:

O requisito de perpetuidade é aplicável ao Capital Principal e ao Capital Complementar, ou seja,


ao PR de Nível I. Portanto, os instrumentos elegíveis para compor o Capital Complementar não
podem ter vencimento.

Apenas para lembrar: no Capital de Nível II é admitido vencimento.

Gabarito: Errado

76. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos que compõem o Capital Complementar precisam atender a uma série de
requisitos cumulativos. Sobre esses requisitos, avalie o item a seguir.
O pagamento da remuneração dos instrumentos deve ser subordinado ao pagamento dos
demais passivos da instituição, exceto o Capital Principal, em caso de dissolução.

Comentários:

O requisito de subordinação ao pagamento dos demais passivos, exceto o Capital Principal, é


um dos critérios para os instrumentos comporem o Capital Complementar. O item é correto.

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Gabarito: Certo

77. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece que os instrumentos do Capital Complementar
devem prever a suspensão do pagamento da remuneração em determinadas condições. Sobre
essas condições, avalie o item subsequente:
suspensão do pagamento da remuneração pode ocorrer apenas por falta de recursos
disponíveis para essa finalidade.

Comentários:

A suspensão do pagamento da remuneração pode ocorrer não apenas por falta de recursos,
mas também em situações específicas, como restrições impostas pelo Banco Central do Brasil à
distribuição de dividendos.

Gabarito: Errado

78. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A recompra ou o resgate de instrumentos do Capital Complementar, em regra, está
condicionada à autorização do Banco Central do Brasil. Sobre essa condição, avalie o item
subsequente:
A recompra ou o resgate pode ocorrer sem autorização do Banco Central do Brasil,
excepcionalmente, caso o emissor cumpra os requerimentos mínimos de Capital Principal.

Comentários:

A recompra ou o resgate de instrumentos do Capital Complementar está condicionada à


autorização do Banco Central do Brasil, independentemente do cumprimento dos
requerimentos mínimos de Capital Principal.

Gabarito: Errado

79. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos do Capital Complementar podem ser resgatáveis apenas por iniciativa do
emissor. Sobre essa característica, avalie o item a seguir:
Caso o detentor do instrumento queira resgatá-lo, o emissor está autorizado a realizar o resgate
imediatamente, sem restrições.

Comentários:

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Os instrumentos do Capital Complementar podem ser resgatáveis apenas por iniciativa do


emissor e estão condicionados à autorização do Banco Central do Brasil.

Gabarito: Errado

80. (2016/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes)


O Patrimônio de Referência (PR) de Conglomerado deve ser calculado em bases consolidadas
para as instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial. Consiste no somatório
do Nível I e do Nível II, em que o Nível I consiste no somatório do Capital Principal e do Capital
Complementar. O Capital Complementar é apurado mediante o somatório dos valores
correspondentes aos instrumentos que atendem, entre outros, a requisitos específicos. Com
relação aos requisitos, identifique somente aqueles regulamentares da espécie e, em seguida,
assinale a opção CORRETA.
1. Ser integralizados em espécie.
2. Ter caráter de perpetuidade.
3. Ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor.
4. Ter a sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela instituição emissora.
Estão CERTOS os requisitos:
a) 1, 2 e 3, apenas.
b) 1, 3 e 4, apenas.
c) 2, 3 e 4, apenas.
d) 3 e 4, apenas.

Comentários:

Vejamos os requisitos para compor o Capital Complementar:

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Portanto, o item 4 está incorreto, e o gabarito é a letra A.

Gabarito: “a”

81. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos do Capital Complementar não podem conter cláusulas que prevejam variação
das condições de remuneração após a emissão. Sobre essa restrição, avalie o item
subsequente:
Cláusulas que prevejam variação das condições de remuneração após a emissão são
permitidas, desde que a instituição emissora concorde.

Comentários:

As cláusulas que preveem variação das condições de remuneração após a emissão não são
permitidas para os instrumentos do Capital Complementar.

Gabarito: Errado

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82. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos do Capital Complementar, quando recomprados ou resgatados, estão sujeitos
a algumas condições. Sobre essas condições, avalie o item a seguir:
O resgate de instrumentos do Capital Complementar está condicionado à recompra simultânea
de instrumentos equivalentes ou à comprovação de condições de negócio favoráveis.

Comentários:

O resgate de instrumentos do Capital Complementar está condicionado à recompra simultânea


de instrumentos equivalentes ou à emissão de novos instrumentos equivalentes. Não tem isso
de “comprovação de condições de negócios favoráveis”.

Gabarito: Errado

83. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos do Capital Complementar podem ter cláusula de opção de recompra ou
resgate pelo emissor. Sobre essa possibilidade, avalie o item subsequente:
Os instrumentos do Capital Complementar não podem, em absoluto, conter cláusula de opção
de recompra ou resgate pelo emissor.

Comentários:

Os instrumentos do Capital Complementar podem conter cláusula de opção de recompra ou


resgate pelo emissor, desde que atendam a condições específicas e sejam autorizados pelo
Banco Central do Brasil.

Gabarito: Errado

84. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece intervalo mínimo entre a emissão e a primeira data
de exercício de opção de recompra ou resgate para os instrumentos do Capital Complementar.
Sobre esse intervalo, avalie o item subsequente:
O intervalo mínimo entre a emissão e a primeira data de exercício de opção de recompra ou
resgate é de 10 anos.

Comentários:

O intervalo mínimo entre a emissão e a primeira data de exercício de opção de recompra ou


resgate para os instrumentos do Capital Complementar é de 5 anos.

Gabarito: Errado

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85. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A recompra ou resgate de instrumentos do Capital Complementar está sujeita à autorização do
Banco Central do Brasil. Sobre as condições para essa autorização, avalie o item a seguir:
A recompra ou resgate pode ocorrer sem autorização do Banco Central do Brasil, desde que a
instituição manifeste a intenção de exercer a opção e comprove condições de negócio
favoráveis.

Comentários:

A recompra ou resgate de instrumentos do Capital Complementar está sujeita à autorização do


Banco Central do Brasil, que depende do cumprimento de requisitos específicos pela instituição
emissora.

Gabarito: Errado

86. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


No contexto do PR Nível II, a apuração é realizada considerando diversos requisitos que os
instrumentos devem atender. Analise o seguinte item.
Os instrumentos elegíveis para compor o PR Nível II podem prever o pagamento de
amortizações antes de decorrido o intervalo mínimo de 5 anos entre a data de emissão e a data
de vencimento.

Comentários:

A negativa tornaria a afirmação correta. Os instrumentos elegíveis para compor o PR Nível II não
podem prever o pagamento de amortizações antes de decorrido o intervalo mínimo de 5 anos
entre a data de emissão e a data de vencimento.

Gabarito: Errado

87. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O pagamento dos instrumentos do PR Nível II deve ser subordinado ao pagamento dos demais
passivos da instituição, com exceção do pagamento dos elementos que compõem o Capital
Principal e o Capital Complementar, em caso de dissolução da instituição emissora. Avalie o
item a seguir:
Em caso de dissolução da instituição emissora, os instrumentos do PR Nível II devem ter o seu
pagamento subordinado ao pagamento dos demais passivos da instituição, com exceção do
pagamento dos elementos que compõem o Capital Principal e o Capital Complementar.

Comentários:

Tudo perfeito, sendo esse um dos requisitos para compor o PR Nível II.

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Gabarito: Certo

88. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos do PR Nível II devem ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor. Sobre
essa característica, avalie o item subsequente:
Caso o detentor do instrumento queira resgatá-lo, o emissor está autorizado a realizar o resgate
imediatamente, sem restrições.

Comentários:

Os instrumentos do PR Nível II são resgatáveis apenas por iniciativa do emissor, mas esse resgate
é condicionado à autorização do Banco Central do Brasil.

Gabarito: Errado

89. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Para obter a autorização do Banco Central do Brasil e compor o Capital Principal,
Complementar e Nível II, os instrumentos devem atender a requisitos específicos, incluindo a
elaboração do Núcleo de Subordinação. Avalie o seguinte item relacionado ao Núcleo de
Subordinação.
O aditamento, alteração ou revogação dos termos do Núcleo de Subordinação pode ser
realizado sem a necessidade de prévia autorização do Banco Central do Brasil.

Comentários:

O aditamento, alteração ou revogação dos termos do Núcleo de Subordinação depende de


prévia autorização do Banco Central do Brasil. O item é Falso.

Gabarito: Errado

90. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Instrumentos elegíveis para compor o Capital Principal, Complementar e Nível II devem atender
a critérios específicos para obtenção de autorização, incluindo sua emissão por instituição
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por sua dependência ou subsidiária no
exterior. Analise o item a seguir:
Os instrumentos podem ser emitidos por entidades constituídas como sociedade de objeto
exclusivo ou entidade de propósito específico, desde que estejam vinculadas a uma instituição
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

Comentários:

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Os instrumentos não podem ser emitidos por entidades constituídas como sociedade de objeto
exclusivo ou entidade de propósito específico, sem essa exceção de ser vinculada a IF autorizada
a funcionar pelo BCB. O item é incorreto.

Gabarito: Errado

91. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Instrumentos que compõem o Patrimônio de Referência estão sujeitos a deduções. Analise o
seguinte item relacionado às deduções:
No caso de instrumentos emitidos no exterior, o pedido de autorização para compor o
Patrimônio de Referência requer parecer jurídico atestando a adequação das cláusulas do
instrumento à legislação aplicável.

Comentários:

No caso de instrumentos emitidos no exterior, o pedido de autorização deve estar acompanhado


de parecer jurídico atestando a adequação das cláusulas do instrumento à legislação aplicável.
O item, portanto, está correto.

Gabarito: Certo

92. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Diversos instrumentos são passíveis de dedução do Patrimônio de Referência (PR) em níveis I e
II. Analise o item a seguir.
Os investimentos em entidade assemelhada a instituição financeira não consolidada, sociedade
seguradora, resseguradora, sociedade de capitalização e entidade aberta de previdência
complementar não são sujeitos a dedução do PR.

Comentários:

Pelo contrário! Os investimentos em entidade assemelhada a instituição financeira não


consolidada, sociedade seguradora, resseguradora, sociedade de capitalização e entidade
aberta de previdência complementar são sujeitos a dedução do PR.

Gabarito: Errado

93. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.955/2021 especifica as condições para deduções no Patrimônio de
Referência (PR) do conglomerado relacionadas à participação de não controladores. Avalie o
item a seguir.

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Os valores excedentes provenientes da participação de não controladores no capital de


subsidiárias devem ser somados ao Capital Principal, Nível I e PR do conglomerado.

Comentários:

Os valores excedentes provenientes da participação de não controladores no capital de


subsidiárias devem ser deduzidos, não somados, do Capital Principal, Nível I e PR do
conglomerado.

Gabarito: Errado

94. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os valores da participação de não controladores em subsidiárias que excedem os
requerimentos mínimos de Capital Principal, Nível I e PR devem ser deduzidos do
conglomerado. Analise o seguinte item:
A dedução dos valores excedentes da participação de não controladores aplica-se apenas ao
Capital Principal do conglomerado.

Comentários:

A dedução dos valores excedentes da participação de não controladores aplica-se ao Capital


Principal, Nível I e PR do conglomerado. O item é incorreto.

Gabarito: Errado

95. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O termo "Patrimônio de Referência Exigido (PRE)" é atualmente utilizado pelo Banco Central do
Brasil (BCB) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Comentários:

Errado. Desde 2013, o termo "Patrimônio de Referência Exigido (PRE)" não é mais utilizado pelo
BCB e pelo CMN. O nome comumente utilizado agora são os "requerimentos de capital" ou
"requerimentos de PR".

E, para ser sincero, esse não é o tipo de questão que as bancas costumam cobrar. Mas conto
com seu perdão, porque ela está aqui para reforçar esse fato e garantir que você não fique se
confundindo com termos desatualizados que, certamente, você ainda pode encontrar por aí.

Gabarito: Errado

96. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)

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A principal medida de risco considerada pelo CMN ao determinar os requerimentos de capital


é o risco associado aos passivos das instituições financeiras.

Comentários:

Errado. Ao determinar os requerimentos de capital, o CMN foca no risco associado aos ativos
das instituições financeiras, não nos passivos. O risco principal está relacionado à possibilidade
de não receber o valor esperado dos ativos.

Gabarito: Errado

97. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


As instituições financeiras enquadradas no segmento S5 podem utilizar metodologia facultativa
simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e capital.

Comentários:

Certo. As instituições do segmento S5, que têm porte inferior a 0,1% do PIB, podem optar por
uma metodologia facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de
patrimônio e capital.

Gabarito: Certo

98. (2022/CESGRANRIO/CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes)


O banco XX possui um patrimônio líquido, publicado em 31.12.20X2, no valor de $
4.000.000,00. Para calcular seu patrimônio de referência - PR, o banco considera $ 1.520.000,00
de ajustes prudenciais, nos termos da resolução 4.192/2013. Possui ainda letras financeiras
subordinadas no nível I, no valor total de $ 520.000,00 e ainda $ 300.000,00, de letras financeiras
subordinadas no nível 2. O total dos ativos ponderados pelo risco (risk weighted assets - rwa)
importa, em 31.12.20X2, no valor de $ 18.500.000,00.
O índice de Basileia e o índice do capital principal são, em 31.12.20X2, respectivamente,
a) ≈15,02% e ≈17,84%
b) ≈13,40% e ≈15,02%
c) ≈15,02% e ≈13,40%
d) ≈17,84% e ≈15,02%
e) ≈17,84% e ≈13,40%

Comentários:

Vamos lá... primeiro, irei colocar todos os valores elencados em uma tabela:

Itens do PR

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Patrimônio Líquido 4.000.000


Ajustes prudenciais 1.520.000
Letras financeiras subordinadas no Nível I 520.000
Letras financeiras subordinadas no Nível II 300.000

RWA (Ativos Ponderados pelo Risco 18.500.000

Como a questão quer o IB, precisamos saber que as ajustes prudenciais devem ser subtraídos
do PR, de forma que teremos:

Patrimônio Líquido 4.000.000


Ajustes prudenciais -1.520.000
Letras financeiras subordinadas no Nível I 520.000
Letras financeiras subordinadas no Nível II 300.000
PR TOTAL 3.300.000

Calculando o IB:

IB = PR/RWA = 3300000/18500000 = 17,84%

O capital principal, por sua vez, será apenas o Patrimônio Líquido menos os ajustes prudenciais:

Patrimônio Líquido 4.000.000


Ajustes prudenciais -1.520.000
Capital Principal 2.480.000

O índice de capital principal, embora não estabelecido oficialmente, é algo que podemos
deduzir ser:

ICP = CP / RWA

ICP = 2480000 / 18500000 = 13,40%

Gabarito: “e”

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99. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes)


O Banco XX apresentou as seguintes informações em suas demonstrações contábeis e registros
auxiliares, as quais foram devidamente auditadas relativas ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2XX0:
reais Valores em milhares de
I. Capital Social 60.000
II. Reservas de lucros 30.125
III. Ações em tesouraria 498
IV. Ativos intangíveis 686
V. Créditos tributários decorrentes de prejuízos
6.122
Fiscais, líquidos da provisão de IR/CS
VI. Caixa e equivalentes de caixa 18.652
VII. Ativos ponderados de risco de mercado 40.000
VIII. Ativos ponderados de risco de crédito 20.000
IX. Ativos ponderados de risco operacional 14.950
Baseado nas informações, o Patrimônio de Referência (PR) é:
a) R$82.819.
b) R$101.471.
c) R$97.431.
d) R$116.083.

Comentários:

Nesta questão, precisamos saber o que somar, o que subtrair, e o que ignorar. Façamos isso na
própria tabela:

reais Valores em milhares de


I. Capital Social 60.000 Soma
II. Reservas de lucros 30.125 Soma
Subtrai (ações de
III. Ações em tesouraria -498 emissão própria
adquiridas)
Subtrai (ajustes
IV. Ativos intangíveis -686
prudenciais)
V. Créditos tributários decorrentes de prejuízos Subtrai
-6.122
Fiscais, líquidos da provisão de IR/CS
Ignora (não se
VI. Caixa e equivalentes de caixa 18.652 enquadra em
nenhum tipo de PR)
82.819

Naturalmente, ignoramos também os RWA, pois não fazem parte da apuração do PR.

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Gabarito: “a”

100. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) [adaptada]


O Banco XX apresentou as seguintes informações em suas demonstrações contábeis e registros
auxiliares, as quais foram devidamente auditadas relativas ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2XX0:
Valores em milhares de reais
I. Capital Social 60.000
II. Reservas de lucros 30.125
III. Ações em tesouraria 498
IV. Ativos intangíveis 686
V. Créditos tributários decorrentes de prejuízos
6.122
Fiscais, líquidos da provisão de IR/CS
VI. Caixa e equivalentes de caixa 18.652
VII. Ativos ponderados de risco de mercado 40.000
VIII. Ativos ponderados de risco de crédito 20.000
IX. Ativos ponderados de risco operacional 14.950
Baseado nas informações, o requerimento mínimo de patrimônio de referência (PR), em
milhares de reais, é:
a) R$3.747,50
b) R$5.996,00
c) R$8.244,50
d) R$8.000,00
e) R$3.550,00

Comentários:

O requerimento mínimo é o Índice de Basileia, ou seja, 8% do somatório dos ativos ponderados


pelo risco (RWA), que aparecem um tanto simplificados na tabela.

RWA: 40.000 + 20.000 + 14.950 = 74.950

IB = 8% de 74.950 = 5.996

Gabarito: “b”

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101. (2022/CEBRASPE-CESPE/PETROBRAS/Economista)
Considerando os principais acordos internacionais relacionados à supervisão bancária e seus
impactos sobre o sistema financeiro nacional, julgue o item a seguir.
Os lucros acumulados incorporam o capital principal (Tier 1) das instituições e possuem
capacidade de alavancar a geração de crédito.

Comentários:

Tudo correto aqui. De fato, os lucros acumulados são componentes elegíveis ao Capital Principal
e, portanto, elevam o PR e proporcionam potencial para alavancagem das operações de crédito.

Gabarito: Certo

102. (2013/CEBRASPE-CESPE/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) [adaptada]


Julgue o item que se segue, relativo à regulamentação prudencial.
O cálculo do patrimônio de referência exigido (PRE) envolve a apuração de cinco parcelas
relacionadas ao risco a que as instituições financeiras estão sujeitas.

Comentários:

Como você pode ver, a questão é de 2013, então tive que adaptar para a realidade atual. E
mantive a questão como correta, pois relembremos as parcelas RWA:

PARCELA DOS RWA (ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO)


Parcela Apuração do Risco Descrição
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao
Crédito
RWACPAD cálculo do requerimento de capital mediante
(padronizado)
abordagem padronizada
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao
cálculo do requerimento de capital mediante sistemas
Crédito
RWACIRB internos de classificação do risco de crédito
(IRB)
(abordagens IRB) autorizados pelo Banco Central do
Brasil
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao
Mercado
RWAMPAD cálculo do requerimento de capital mediante
(padronizada)
abordagem padronizada
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao
Mercado
RWAMINT (IRB)
cálculo do requerimento de capital mediante modelo
interno autorizado pelo Banco Central do Brasil
Operacional relativa ao cálculo do capital requerido para o risco
RWAOPAD (padronizada) operacional mediante abordagem padronizada

Mas eu mantive o termo PRE, porque isso pode ocorrer na prova se a banca “der mole”, e é
melhor você compreender do que se trata do que ter que brigar com a banca depois.

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Gabarito: errado

103. (2019/FCC/AFAP/Analista de Fomento - Contador)


O denominado Índice de Basileia é
a) meio de controle e mensuração do endividamento de um país, em nível regional ou nacional,
o qual permite às entidades internacionais estabelecer parâmetros para a concessão de
empréstimos de médio e de longo prazo.
b) uma relação de natureza econômico-financeira que se estabelece entre o fluxo de entradas
e de saídas de recursos em moeda estrangeira, dentro de um determinado período, nunca
inferior a 3 meses nem superior a 12 meses, e que tem por finalidade monitorar as taxas
cambiais de países tomadores de recursos internacionais.
c) um indicador utilizado no setor bancário que estabelece uma relação entre o capital e os
ativos da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o objetivo de criar exigências
mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito.
d) instrumento de controle inflacionário, por meio do qual se estabelece a relação entre a
produção de riquezas de um país, em um determinado período, e a quantidade de moeda que
ele pode emitir, neste mesmo período, sendo recomendável que esta relação não exceda a
11%, sempre que a média anual de inflação for de até 1,8%.
e) o percentual máximo tolerado de endividamento de um país, em moeda estrangeira,
estabelecido a partir da quantidade efetiva de moeda estrangeira mantida em espécie nas
instituições financeira do país e o montante da dívida externa desse país.

Comentários:

O índice de Basileia não é sobre um país (A e E erradas).

Também não diz respeito a fluxo cambial (B errada).

Tampouco é um instrumento de controle inflacionário (D errada).

A descrição na letra C é bastante precisa, tornando-a nosso gabarito.

Gabarito: “c”

104. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico – Contabilidade)


O Banco Central do Brasil, no Comunicado nº 20.615, de 17 de fevereiro de 2011, que divulga
as orientações relativas à implementação, no Brasil, das recomendações do Comitê de
Supervisão Bancária de Basileia, conhecidas como Basileia III, estabelece que o Capital
Principal, em princípio, nos termos de Basileia III, será composto, fundamentalmente, pelo
capital social, constituído por cotas ou por ações ordinárias e ações preferenciais não
resgatáveis e sem mecanismos de cumulatividade de dividendos, e por lucros retidos,
deduzidos os valores referentes aos ajustes regulamentares.

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O anexo ao Comunicado nº 20.615, de 17 de fevereiro de 2011 (dos parâmetros mínimos para


o capital regulamentar conforme Basileia III), estabelece que o parâmetro do Capital Principal,
em 1º de janeiro de 2013, será
a) 4,5%
b) 6,0%
c) 8,0%
d) 10,5%
e) 11,0%

Comentários:

Apesar de ser antiga e fazer referência a normativos antigos, o gabarito continua sendo correto.

REQUERIMENTO DE CAPITAL (PERCENTUAL DO RWA)

Patrimônio de
Capital Principal Nível I
Referência

4,5% 6% 8%

Gabarito: “a”

105. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os Ativos Ponderados pelos Riscos (RWA) são compostos por cinco parcelas, incluindo aquelas
relativas aos riscos de crédito e mercado, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021.

Comentários:

Correto. A Resolução CMN n° 4.958/2021 estabelece as parcelas dos Ativos Ponderados pelos
Riscos, considerando diferentes tipos de risco, como crédito, mercado e operacional.

PARCELA DOS RWA (ATIVOS PONDERADOS PELO RISCO)


Parcela Apuração do Risco Descrição
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao
Crédito
RWACPAD cálculo do requerimento de capital mediante
(padronizado)
abordagem padronizada
relativa às exposições ao risco de crédito sujeitas ao
Crédito
RWACIRB cálculo do requerimento de capital mediante sistemas
(IRB)
internos de classificação do risco de crédito

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(abordagens IRB) autorizados pelo Banco Central do


Brasil
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao
Mercado
RWAMPAD cálculo do requerimento de capital mediante
(padronizada)
abordagem padronizada
relativa às exposições ao risco de mercado sujeitas ao
Mercado
RWAMINT (IRB)
cálculo do requerimento de capital mediante modelo
interno autorizado pelo Banco Central do Brasil
Operacional relativa ao cálculo do capital requerido para o risco
RWAOPAD (padronizada) operacional mediante abordagem padronizada

Gabarito: Certo

106. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A parcela RWAOPAD refere-se ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante
abordagem interna, segundo a Resolução CMN n° 4.958/2021.

Comentários:

Errado. A parcela RWAOPAD refere-se ao cálculo do capital requerido para o risco operacional
mediante abordagem padronizada, não interna.

Gabarito: Errado

107. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN n° 4.958/2021 estabelece a abordagem padronizada e a abordagem IRB para
calcular o risco de mercado, especificando nove parcelas para a abordagem padronizada.

Comentários:

De fato, a Resolução CMN n° 4.958/2021 estabelece nove parcelas para a abordagem


padronizada ao calcular o risco de mercado.

Aproveitando para revisar:

DESDOBRAMENTOS DA PARCELA RWAMPAD (RISCO DE MERCADO PADRONIZADO)


Parcela Risco Componente
exposições sujeitas à variação de taxas de juros prefixadas
RWAJUR1 Juros internos denominadas em real cujo requerimento de capital é
calculado mediante abordagem padronizada.

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relativa às exposições sujeitas à variação da taxa dos


Juros em moeda
RWAJUR2 cupons de moedas estrangeiras cujo requerimento de
estrangeira
capital é calculado mediante abordagem padronizada.
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos
RWAJUR3 Inflação cupons de índices de preços cujo requerimento de capital
é calculado mediante abordagem padronizada.
relativa às exposições sujeitas à variação de taxas dos
RWAJUR4 Cupom de juros cupons de taxas de juros cujo requerimento de capital é
calculado mediante abordagem padronizada
relativa às exposições sujeitas à variação do preço de
RWAACS Ações ações cujo requerimento de capital é calculado mediante
abordagem padronizada
relativa às exposições sujeitas à variação dos preços de
RWACOM Commodities mercadorias (commodities) cujo requerimento de capital
é calculado mediante abordagem padronizada
relativa às exposições em ouro, em moeda estrangeira e
RWACAM Câmbio em ativos sujeitos à variação cambial cujo requerimento de
capital é calculado mediante abordagem padronizada;
Carteira de relativa às exposições ao risco de crédito dos instrumentos
RWADRC trading financeiros classificados na carteira de negociação
relativa às exposições ao risco de variação do valor dos
RWACVA Derivativos instrumentos financeiros derivativos em decorrência da
variação da qualidade creditícia da contraparte

Gabarito: Certo

108. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Índice de Basileia (IB) é calculado como a relação entre o valor do Patrimônio de Referência
(PR) e o valor dos Ativos Totais, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021.

Comentários:

Errado. O Índice de Basileia é calculado como a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e
os Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), não os Ativos Totais.

Gabarito: Errado

109. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Brasil, atualmente, exige um Índice de Basileia (IB) de 8%, de acordo com a Resolução CMN
n° 4.958/2021.

Comentários:

Desde 2019, o IB no Brasil é de 8%, conforme os normativos vigentes.

Gabarito: Certo

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110. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A maioria das instituições supervisionadas no Brasil conseguiria atender ao Índice de Basileia
usando apenas Capital Complementar.

Comentários:

Errado. Quase todas as instituições (cerca de 98%) atendem ao Índice de Basileia usando apenas
Capital Principal, não Complementar.

Gabarito: Certo

111. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


As cooperativas de crédito não filiadas a uma central e que não optarem pela metodologia
simplificada devem manter um Índice de Basileia (IB) de pelo menos 12%, de acordo com a
Resolução CMN n° 4.958/2021.

Comentários:

Errado. As cooperativas de crédito não filiadas a uma central e que não optarem pela
metodologia simplificada devem manter um IB de 14%, não 12%.

Gabarito: Errado

112. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Adicional de Capital Principal (ACP) é exigido apenas para instituições integrantes do
segmento S1, sendo composto por três parcelas: ACPCONSERVAÇÃO, ACPCONTRACÍCLICO
e ACPSISTÊMICO, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021.

Comentários:

O ACPSISTÊMICO é exigido apenas para instituições integrantes do segmento S1.

As demais parcelas, ACPCONSERVAÇÃO e ACPCONTRACÍCLICO, devem ser observadas por


todas as instituições sujeitas a requerimento de capital pela metodologia completa.

Gabarito: Errado

113. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


No caso de não cumprimento dos requerimentos de Adicional de Capital Principal (ACP), a
instituição ou conglomerado está sujeito a restrições, incluindo a redução do capital social
quando legalmente possível.

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Comentários:

Certo. Em caso de não cumprimento dos requerimentos de ACP, a instituição ou conglomerado


está sujeito a diversas restrições, incluindo a redução do capital social quando legalmente
possível, de acordo com a Resolução CMN n° 4.958/2021.

Gabarito: Certo

114. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A estrutura simplificada estabelecida pela Resolução nº 4.606/2017 para apuração do
Patrimônio de Referência (PRS5), ponderação dos Ativos pelos Riscos (RWAS5) e exigência de
capital é aplicável a todas as instituições financeiras supervisionadas pelo Banco Central do
Brasil.

Comentários:

Errado. A estrutura simplificada é destinada a grupos específicos que atendam a requisitos


estabelecidos, como cooperativas singulares de crédito, instituições não bancárias de concessão
de crédito, entre outros.

Gabarito: Errado

115. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


As instituições não bancárias, segundo a Resolução nº 4.606/2017, são caracterizadas pela
captação de depósitos à vista e pela adoção da palavra "financeira" em sua denominação.

Comentários:

Nada disso. As instituições não bancárias, conforme a resolução, são aquelas que não captam
depósitos à vista e não adotam a palavra "banco" em sua denominação.

Gabarito: Errado

116. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPCONSERVAÇÃO) faz parte da estrutura
simplificada de exigência de capital conforme a Resolução nº 4.606/2017.

Comentários:

Errado. Na estrutura simplificada, não há menção ao Adicional de Conservação de Capital


Principal (ACPCONSERVAÇÃO). O enfoque é no Patrimônio de Referência Simplificado (PRS5).

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Gabarito: Errado

117. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O “Índice de Basileia”, na estrutura simplificada, é de 17% para todas as instituições financeiras
abrangidas pela Resolução nº 4.606/2017.

Comentários:

Nada disso. O que chamamos de Índice de Basileia Simplificado (por isso as aspas) é de 17% em
regra, mas para cooperativas singulares de crédito filiadas a cooperativa central, o índice é de
12%.

Gabarito: Errado

118. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A ausência de operações sujeitas à variação no preço de ações é um requisito para o perfil de
risco simplificado na estrutura simplificada.

Comentários:

O perfil de risco simplificado inclui a ausência de operações sujeitas à variação no preço de


ações, entre outros requisitos.

Gabarito: Certo

119. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


As instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial, segundo a Resolução nº
4.606/2017, são dispensadas de realizar a apuração e cumprimento das exigências em bases
consolidadas caso sejam instituições não monetárias.

Comentários:

Não há esse tipo de exceção para instituições não monetárias.

As instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial devem realizar a apuração


e cumprimento das exigências em bases consolidadas.

Gabarito: Errado

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LISTA DE QUESTÕES
1. (CEBRASPE/2002/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)
Julgue o item que se segue, a respeito de gestão de risco no mercado financeiro e de operações
no mercado financeiro.
Risco de mercado consiste na possibilidade de perdas causadas pelo impacto de flutuações de
preços, índices ou taxas sobre os instrumentos financeiros que compõem o patrimônio de uma
empresa.

2. (CEBRASPE/2000/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Julgue o item que se segue, a respeito de gestão de risco no mercado financeiro e de operações
no mercado financeiro.
Risco operacional consiste na dificuldade de um determinado instrumento financeiro ser
vendido no tempo desejado, fazendo que a empresa o mantenha em seu ativo e/ou passivo,
gerando um comprometimento indesejado de liquidez.

3. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Com relação à avaliação de estratégias e performance, julgue o item seguinte.
A gestão de riscos coordenada entre as áreas da instituição financeira e supervisionada por um
conselho de administração ou órgão equivalente é denominada abordagem por silos.

4. (IDECAN/2014/BANDES/Técnico Bancário - Administração)


Risco corresponde à possibilidade de algum acontecimento desfavorável acontecer, tendo
como consequência a perda financeira. Relacione as áreas nas quais os riscos financeiros
podem ser definidos aos respectivos conceitos.
1. Risco de Crédito. ( ) Relaciona-se à flutuação de preços de ativos e passivos das
instituições, podendo ser definido como a variação de preços. Os
principais elementos relacionados a este tipo de risco são: taxa de juros,
taxa de câmbio, preço de ações e preço de commodities.
2. Risco de Liquidez. ( ) Relaciona-se à incapacidade de pagamento das obrigações por falta
de recursos disponíveis. Os principais elementos relacionados a este tipo
de risco são: má gestão do fluxo de caixa, grandes posições financeiras
em um mercado ou produto, falta de liquidez do mercado e crises
financeiras.
3. Risco de Mercado. ( ) Relaciona-se às perdas por falhas em processos, pessoas ou sistemas.
Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: erros,

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fraudes e roubos, tecnologia defasada, falha nos processos operacionais


e fatores externos não previstos.
4. Risco Operacional. ( ) Relaciona-se à possibilidade de não pagamento da contraparte, seja
por incapacidade ou vontade. Os principais elementos relacionados a
este tipo de risco são: alteração do valor de dívidas, concentração em
poucos credores, avaliação errada da situação econômica da
contraparte e perda do valor de garantias.

A sequência está correta em

a) 1, 3, 2, 4.

b) 1, 4, 2, 3.

c) 2, 1, 3, 4.

d) 3, 2, 4, 1.

e) 4, 3, 1, 2.

5. (IDECAN/2012/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro)
Sobre os riscos inerentes ao sistema econômico e financeiro, relacione corretamente as colunas
a seguir.
1. Risco de liquidez.
2. Risco de mercado.
3. Risco operacional.
4. Risco legal.
5. Risco sistêmico.
( ) Risco de perdas nas posições de balanço e extra-balanço que surge dos movimentos nos
preços do mercado.
( ) Variação desfavorável de retorno devido à falta de negociabilidade de um instrumento
financeiro por preços alinhados com vendas recentes. Esse risco pode surgir em função do
tamanho de determinada posição em relação aos volumes usuais de negociação ou da
instabilidade das condições de mercado.
( ) Risco de que a inadimplência de um participante com suas obrigações em um sistema de
transferência, ou em geral, nos mercados financeiros, possa fazer com que outros participantes
ou instituições financeiras não sejam capazes de cumprir com suas obrigações. Essa
inadimplência pode causar problemas significativos de liquidez ou de crédito e poderia
ameaçar a estabilidade dos mercados financeiros.
( ) Risco de haver erro humano ou falha de equipamentos, programas de informática ou sistema
de telecomunicações imprescindíveis ao funcionamento de determinado sistema.
( ) O risco de que uma parte sofra uma perda porque as leis ou regulações não dão suporte às
regras do sistema de liquidação de valores mobiliários, à execução dos arranjos de liquidação

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relacionados ou aos direitos de propriedade e outros interesses que são mantidos pelo sistema
de liquidação.
A sequência está correta em
a) 1, 2, 3, 4, 5
b) 4, 1, 5, 3, 2
c) 3, 4, 5, 2, 1
d) 2, 1, 5, 3, 4
e) 2, 1, 3, 4, 5

6. (FGV/2018/Banestes/Técnico Bancário)
A fiança bancária é uma operação tradicional no mercado brasileiro, em que um banco, por
meio da “carta de fiança”, assume o papel de fiador de uma outra companhia numa operação
comercial, concorrência pública ou de crédito.
Do ponto de vista dos riscos envolvidos para as partes, há mitigação do risco:
a) de crédito envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa.);
b) de mercado envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
c) operacional envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
d) de crédito envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
e) de mercado envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa)

7. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário)
A possibilidade de perda associada ao decréscimo dos ganhos esperados provocado pela
deterioração da qualidade creditícia do tomador do crédito é uma situação contemplada no
conceito de risco de mercado.

8. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário)
O risco legal associado à inadequação ou à deficiência em contratos firmados com clientes
beneficiários de recursos faz parte do risco operacional.

9. (CESGRANRIO/2009/BNDES/Economista)
A operação bancária envolve vários tipos de risco. O chamado risco de mercado decorre da(s)
a) competição e da inovação financeira gerada por outros bancos atuando no mercado.
b) liquidez excessiva do passivo dos bancos.
c) possibilidade de desintermediação financeira por parte do público.
d) flutuações dos preços de mercado dos títulos mantidos na carteira dos bancos.

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e) instabilidades nas regras que regulam o mercado financeiro.

10. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA)


No contexto da supervisão prudencial bancária, o Banco Central realiza a segmentação das
instituições financeiras com o objetivo de adequar sua abordagem regulatória e de supervisão
de acordo com o perfil e risco de cada instituição. Essa segmentação é conhecida como
"Sistema de Segmentação do Banco Central" e é classificada em diferentes categorias, como
S1, S2, S3, S4 e S5. Sendo assim, assinale a alternativa correta que corresponde à descrição
adequada da segmentação S1.
a) Instituições com menor complexidade operacional e baixo risco sistêmico, que são
submetidas a uma supervisão mais intensiva pelo Banco Central.
b) Instituições que apresentam riscos moderados, mas possuem controles internos eficientes,
sendo sujeitas a uma supervisão proporcional ao seu porte e perfil de risco.
c) Instituições sistemicamente importantes, com atividades diversificadas e alto grau de
complexidade, que estão sujeitas a uma supervisão intensiva e controles prudenciais mais
rigorosos.
d) Instituições em processo de recuperação financeira, com risco elevado de insolvência, que
são submetidas a um monitoramento frequente pelo Banco Central.
e) Instituições em processo de liquidação, que estão sob a gestão exclusiva do Banco Central
até que suas obrigações sejam plenamente cumpridas.

11. (2018/CESGRANRIO/BASA/Técnico Bancário)


A Resolução no 4.553, de 30 de janeiro de 2017, estabelece a segmentação do conjunto de
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a aplicar proporcionalmente a
regulação prudencial. De acordo com essa Resolução, o Segmento 2 (S2) é composto pelos(as)
a) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas
econômicas, de porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB.
b) bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de câmbio e caixas
econômicas que tenham porte igual ou superior a 10% do Produto Interno Bruto (PIB).
c) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB que utilizem metodologia facultativa simplificada
para apuração dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de
Capital Principal, exceto bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, bancos
de câmbio e caixas econômicas.
d) instituições de porte inferior a 1% e igual ou superior a 0,1% do PIB.
e) instituições de porte inferior a 0,1% do PIB.

12. (FCC/2019/AFAP/Analista de Fomento - Contador)


O denominado Índice de Basileia é

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a) meio de controle e mensuração do endividamento de um país, em nível regional ou nacional,


o qual permite às entidades internacionais estabelecer parâmetros para a concessão de
empréstimos de médio e de longo prazo.
b) uma relação de natureza econômico-financeira que se estabelece entre o fluxo de entradas
e de saídas de recursos em moeda estrangeira, dentro de um determinado período, nunca
inferior a 3 meses nem superior a 12 meses, e que tem por finalidade monitorar as taxas
cambiais de países tomadores de recursos internacionais.
c) um indicador utilizado no setor bancário que estabelece uma relação entre o capital e os
ativos da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o objetivo de criar exigências
mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito.
d) instrumento de controle inflacionário, por meio do qual se estabelece a relação entre a
produção de riquezas de um país, em um determinado período, e a quantidade de moeda que
ele pode emitir, neste mesmo período, sendo recomendável que esta relação não exceda a
11%, sempre que a média anual de inflação for de até 1,8%.
e) o percentual máximo tolerado de endividamento de um país, em moeda estrangeira,
estabelecido a partir da quantidade efetiva de moeda estrangeira mantida em espécie nas
instituições financeira do país e o montante da dívida externa desse país.

13. (CEBRASPE/2002/SENADO FEDERAL/Consultor - Economia)


Com fundamento no Acordo da Basileia, julgue o item abaixo.
Com a introdução das regras do acordo no Brasil, o risco operacional de uma instituição
financeira passa a ser medido sobre o volume de recursos captados, de terceiros, e não mais
sobre os tipos de aplicações feitas com o capital.

14. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Julgue o item que se segue, relativo à regulamentação prudencial.
Amparada nos princípios do acordo de Basileia, a autoridade supervisora pode exigir que os
bancos operem acima do capital mínimo estabelecido no referido acordo.

15. (CESGRANRIO/2014/FINEP/Analista – Crédito e Finanças)


O Acordo de Basileia é um tratado de intenções entre os bancos centrais no sentido de
estabelecer regras prudenciais mínimas para as atividades bancárias.
Essas regras dizem respeito ao
a) limite máximo de crédito a pessoas físicas e jurídicas que não ofereçam garantias suficientes.
b) limite máximo de captação junto ao público de depósitos excessivamente voláteis.
c) limite mínimo para o spread bancário cobrado nas operações de empréstimo.
d) requisito mínimo de patrimônio, tendo em vista o total e a qualidade dos ativos do banco.
e) requisito mínimo de captação de recursos governamentais por parte do banco.

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16. (CEBRASPE/2013/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Acerca do Sistema Financeiro Nacional e do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), julgue o
item subsecutivo.
O Acordo de Basileia apresentou os objetivos de reforçar a solidez e a estabilidade do sistema
bancário internacional e minimizar as desigualdades competitivas entre os bancos
internacionalmente ativos. No Brasil, devido à implantação desse acordo, foram introduzidas as
exigências de capital mínimo para as instituições financeiras, em função do risco de suas
operações ativas.

17. (ESAF/2002/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista - Supervisão)


Em 1994, o Brasil aderiu ao chamado "Acordo de Basiléia", passando a promover importantes
alterações nas regras de funcionamento das Instituições Financeiras. Entre as opções a seguir,
assinale aquela que representa uma alteração nas normas então vigentes, com vistas à
adequação ao "Acordo de Basiléia".
a) Obrigatoriedade de manutenção, por parte das instituições financeiras, de patrimônio líquido
ajustado compatível com o grau de risco dos ativos.
b) Obrigatoriedade de que as instituições financeiras mantenham sigilo em suas operações
ativas e passivas.
c) Obrigatoriedade de que o capital das instituições financeiras seja subscrito em moeda
corrente.
d) Obrigatoriedade, por parte das instituições financeiras, de compra de carta-patente para
obtenção da autorização para funcionamento, concedida pelo Banco Central do Brasil.
e) Obrigatoriedade da separação, por parte das instituições financeiras, das atividades bancária
e de seguros.

18. (CEBRASPE/2018/ABIN/Oficial de Inteligência)


Julgue o item a seguir, a respeito do Sistema Financeiro Internacional.
A exigência de capital regulatório relacionado ao risco de perdas financeiras decorrentes de
falhas ou inadequação de pessoas, processos ou sistemas foi incorporada ao chamado Acordo
de Basileia, em seu pilar I, quando da divulgação de sua revisão, conhecida como Basileia II.

19. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


O Brasil, que possuía uma supervisão bancária rigorosa e bem aderente ao Acordo da Basileia
II, foi menos afetado pela última crise econômica mundial. Isso se deu porque os princípios
adotados no Brasil envolveram uma supervisão eminentemente
a) prescritiva, no lugar da regulamentação prudencial, focada na análise da situação econômico-
financeira da instituição.
b) focada nas provisões a risco, apropriadas pelas instituições nos seus demonstrativos
econômico-financeiros.

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c) focada no risco operacional, nos controles internos desenvolvidos pelas instituições e na


transparência.
d) focada no risco, na supervisão contínua e na transparência.
e) focada nos riscos decorrentes da concentração do setor bancário e na transparência.

20. (FUNDATEC/2015/BRDE/Analista de Projetos – área Econômico-Financeira)


Em 2004, o Comitê de Basileia na Suíça estabeleceu o Segundo Acordo, também conhecido
como Basileia II, onde definiu os Pilares de sustentabilidade do sistema financeiro mundial.
Esses Pilares fazem referência a:
I. Capital Mínimo.
II. Supervisão Bancária.
III. Transparência.
IV. Conjuntura Econômica Mundial.
V. Comunicação.
VI. Ouvidoria.
VII. Spreads Bancários.
Quais estão corretas?
a) Apenas I, II e III.
b) Apenas II, V e VII.
c) Apenas III, V e VI.
d) Apenas V, VI e VII.
e) Apenas I, II, III, IV, V e VI.

21. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


No Brasil, a supervisão bancária acompanha o ritmo da evolução do mercado financeiro e,
conforme recomendação do Acordo da Basileia II, migrou de uma ótica prescritiva para outra,
de natureza prudencial, transitando de uma postura reativa para uma proativa, com base em
três pilares. Quais são os três pilares que norteiam o Acordo da Basileia II?
a) Atendimento às leis e à regulamentação vigentes, verificação dos itens das demonstrações
contábeis e disciplina de mercado.
b) Necessidades mínimas de capital, revisão de supervisão da suficiência de capital conforme o
perfil de risco da instituição e disciplina de mercado.
c) Verificação dos itens das demonstrações contábeis, metodologia adotada pelas instituições
financeiras para apuração dos riscos e disciplina de mercado.
d) Necessidades mínimas de capital de uma instituição financeira, transparência pública e
atendimento à regulamentação vigente.
e) Revisão de supervisão da suficiência de capital de acordo com o perfil de risco da instituição,
transparência e atendimento às leis e à regulamentação vigentes.

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22. (CEBRASPE/2016/FUNPRESP/Analista - Investimentos)


Acerca dos riscos de mercado, julgue o item seguinte.
Os bancos brasileiros passaram a alocar capital próprio para cobertura do risco de mercado
após a publicação do Acordo Internacional de Basileia III.

23. (FDC/2014/AGERIO/Analista de Desenvolvimento)


Marque a alternativa que apresenta uma das novas recomendações propostas no âmbito do
Acordo da Basiléia III.
a) inclusão de capital regulatório para risco operacional;
b) reduzir a pró-ciclicidade por meio de requerimentos adicionais de capital;
c) inclusão do risco de crédito no cálculo do capital regulatório;
d) estabelecimento de novos limites para as políticas cambiais dos países;
e) separação, por parte das instituições financeiras, das atividades bancária e de seguros.

24. (FGV/2018/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro)


O acordo da Basileia tem sido um importante instrumento de regulação bancária prudencial,
visando especialmente fazer frente ao risco do sistema financeiro mundial. Inicialmente, o
Basileia I, divulgado em 1988, teve como objetivo criar exigências mínimas de capital para
instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito. Em 2004, foi revisto e
divulgado o Basileia II, com o objetivo de buscar uma medida mais precisa dos riscos incorridos
pelos bancos internacionalmente ativos. A partir de 2010, os países passaram a implementar o
Basileia III, como parte de um movimento contínuo de aprimoramento da estrutura prudencial
aplicável às instituições financeiras.
Sobre o Basileia III, analise as afirmativas a seguir.
I. Procura reduzir o risco das variações dos preços dos títulos, e consequentemente o risco de
mercado, mediante o controle das bolhas especulativas pelos Bancos Centrais.
II. Busca ampliar a qualidade do capital regulatório, além de requerer montantes superiores de
capital, principalmente das parcelas com maior capacidade de absorver perdas.
III. Introduziu na regulação os pilares de definição do capital mínimo para bancar o risco de
crédito, de mercado e operacional, aprimorou a supervisão bancária e estabeleceu regras para
disciplina de mercado.
IV. Visa ao aperfeiçoamento da capacidade das instituições financeiras absorverem choques
provenientes do próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, reduzindo o
risco de transferência de crises financeiras para a economia real.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I e III;
b) I e IV;
c) II e III;
d) II e IV;

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e) II, III e IV.

25. (INAZ/2014/BANPARÁ/Contador)
São recomendações estabelecidas pelo Acordo de Basileia III, emitido em 16 de dezembro de
2010, exceto:
a) Implementação do índice de endividamento, exigindo o mínimo efeito na estrutura de capital.
b) Composição do capital de forma mais rigorosa.
c) Exigência de uma quantidade mínima de liquidez para as instituições financeiras.
d) Criação de duas modalidades de capital para absorção de perdas, a primeira voltada a
momentos de estresse e a segunda a modificações no ambiente macroeconômico.
e) Aumento nos níveis de transparência dos elementos da composição do capital.

26. (CESGRANRIO/2018/BANCO DO BRASIL/Escriturário)


Com o objetivo de evitar crises financeiras, o Banco Central do Brasil tem adotado, nas últimas
décadas, diversos mecanismos visando a compatibilizar as normas do Sistema Financeiro
Nacional com os requisitos emanados dos chamados Acordos de Capital da Basileia, que
estabelecem regras do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) para
assegurar a estabilidade financeira internacional. Desde o final da década de 1980, foram
emitidos os Acordos da Basileia I (1988), Basileia II (2004) e Basileia III (2010).
No caso do Acordo da Basileia III, concebido após a crise financeira global de 2008, as normas
introduzidas e já implementadas pelo Banco Central do Brasil foram ainda mais rígidas, porque
a) impuseram proibições aos bancos de transacionarem nos mercados de derivativos, altamente
vulneráveis a especulações financeiras.
b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária prudencial e disciplina do mercado
bancário.
c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco
operacional.
d) adotaram maiores exigências adicionais de capital principal, incluindo procedimentos para
o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de
crédito.
e) estabeleceram mecanismos de supervisão do processo de avaliação da adequação de capital
dos bancos.

27. (CEBRASPE/2009/FINESP/Analista - Finanças)


Com relação aos princípios fundamentais de supervisão bancária estabelecidos no Acordo da
Basiléia, assinale a opção correta.

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a) No caso de transferência significativa de propriedade, ou controle de interesses mantidos


direta ou indiretamente pelos bancos para terceiros, o supervisor pode recomendar que a
operação não seja realizada, embora não possa rejeitá-la.
b) Nos âmbitos do monitoramento e do controle do risco de crédito, os procedimentos do
supervisor devem envolver exclusivamente as operações de empréstimos, sendo que, nessas
operações, deve ser considerado o risco de contraparte.
c) A supervisão envolve a adoção de práticas e processos destinados a evitar que os bancos
sejam utilizados, intencionalmente ou não, para práticas criminosas.
d) Antes de conceder autorização para funcionamento de um banco, a autoridade supervisora
é obrigada a avaliar as propriedades e a condição financeira dos membros do conselho e da
alta administração da entidade pleiteante, ainda que se trate de bens e ativos localizados em
países estrangeiros.
e) Cabe aos supervisores garantir que sejam cumpridos limites de prudência, definidos
internacionalmente.

28. (FUNDATEC/2017/BRDE/Analista de Projetos – Área Econômico-Financeira)


Os 25 Princípios Básicos do Comitê de Basiléia referem-se:
I. A precondições para uma supervisão bancária eficaz.
II. A autorizações e estrutura.
III. A regulamentos e requisitos prudenciais.
IV. Ao cumprimento das diretrizes e de protocolos pré-estabelecidos.
V. A poderes formais dos supervisores e atividades bancárias internacionais.
VI. À gestão permanente de riscos e transferências bancárias.
VII. A métodos de supervisão bancária contínua e requisitos de informação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I, II e VI.
b) Apenas III, IV e VII.
c) Apenas III, IV, V e VI.
d) Apenas IV, V, VI e VII.
e) Apenas I, II, III, V e VII.

29. (CESGRANRIO/2009/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) [adaptada]


Entre os Princípios Fundamentais de Basileia para uma supervisão bancária efetiva, o princípio
26 trata dos controles internos e da auditoria, além de orientar os supervisores para que se
assegurem de que os bancos adotam controles internos adequados ao porte e à complexidade
de seus negócios.
Os controles internos têm, entre seus objetivos,
a) preparar a contabilidade do banco e enviar os relatórios consolidados ao Banco Central e à
Receita Federal, quando solicitados.
b) realizar o acompanhamento sistemático das atividades desenvolvidas pela instituição e
verificar se os limites estabelecidos e as leis e regulamentos aplicáveis estão sendo cumpridos.

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c) realizar o arquivamento de todos os documentos, garantindo a guarda e o controle das


informações.
d) definir os indicadores de desempenho das instituições, de forma que estejam adequados ao
porte e à complexidade dos negócios.
e) participar do desenvolvimento do sistema de informações do banco, de forma a garantir a
veracidade dos relatórios que estarão sendo divulgados para diretores e acionistas.

30. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA)


O Acordo de Basileia, um conjunto de diretrizes internacionais para o setor bancário, estabelece
princípios que visam promover a estabilidade financeira e a gestão prudente dos bancos. Sobre
alguns desses princípios, assinale a alternativa correta:
a) O princípio da "Adequação de Capital" estabelece que os bancos devem manter um nível
mínimo de capital em relação aos seus ativos ponderados pelo risco, a fim de proteger-se contra
potenciais perdas e garantir a solidez financeira.
b) O princípio da "Concorrência e Livre Mercado" incentiva a criação de restrições regulatórias
sobre a atuação dos bancos, visando promover a concorrência e a oferta de serviços financeiros
diversificados.
c) O princípio da "Minimização de Reservas" preconiza que os bancos devem manter uma
quantidade substancial de reservas para cobrir possíveis perdas decorrentes de empréstimos
inadimplentes.
d) O princípio da "Privacidade do Cliente" protege os dados pessoais dos clientes bancários,
impedindo que as instituições financeiras compartilhem informações sem o consentimento
explícito dos titulares das contas.
e) O princípio da "Alavancagem Ilimitada" permite que os bancos tomem empréstimos e se
alavanquem no mercado financeiro sem restrições, visando aumentar seus lucros e expandir
suas operações livremente.

31. (PROF.CELSO NATALE/INÉDITA)


O Acordo de Basileia, um conjunto de diretrizes internacionais para o setor bancário, estabelece
princípios que visam promover a estabilidade financeira e a gestão prudente dos bancos. Sobre
alguns desses princípios, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O princípio da "Transações com partes relacionadas" estabelece que os bancos devem
prevenir abusos em transações com partes relacionadas e enfrentar o risco de conflito de
interesses.
b) O princípio da "Relatórios de supervisão" preconiza que o supervisor coleta, revisa e analisa
relatórios prudenciais e análises estatísticas enviadas pelos bancos.
c) O princípio da "Transparência e Divulgação" requer que os bancos forneçam informações
detalhadas sobre suas operações, riscos e situação financeira para os reguladores e o público
em geral.
d) O princípio da "Risco operacional" determina que o supervisor deve definir níveis de liquidez
prudentes e apropriados os quais incluem tanto requerimentos quantitativos quanto
qualitativos, o que deve refletir as necessidades de liquidez do banco.

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e) O princípio da "Transações com partes relacionadas " refere-se ao enfretamento o risco de


conflito de interesses.

32. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.
(I) O Índice de Basileia (IB) é calculado como a razão entre o capital próprio do banco e o total
de ativos. Essa medida proporciona uma avaliação simplificada da alavancagem, sendo uma
ferramenta essencial para limitar o risco sistêmico.

33. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.
A alavancagem, no contexto bancário, refere-se à capacidade de uma instituição financeira
utilizar dívida para ampliar seus investimentos, buscando maiores retornos. No entanto, o uso
excessivo de alavancagem pode aumentar a rentabilidade em tempos favoráveis, mas também
intensificar as perdas em condições desfavoráveis, elevando o risco de insolvência.

34. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.
Basileia III introduziu elementos macroprudenciais no modelo de capital, visando conter riscos
sistêmicos associados à prociclicidade e à interconexão entre instituições financeiras. A
prociclicidade refere-se à tendência de uma variável econômica específica acompanhar as fases
cíclicas da economia, podendo intensificar padrões de crescimento ou agravar recessões.

35. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.
A principal preocupação do Comitê de Basileia ao aumentar a qualidade, consistência e
transparência da base de capital é promover a expansão acelerada em períodos de crescimento
econômico, fortalecendo o sistema bancário global.

36. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital determinados no âmbito do
Comitê de Basileia, julgue o item subsequente.

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A alavancagem, no contexto bancário, refere-se à capacidade de uma instituição financeira


utilizar dívida para ampliar seus investimentos, buscando maiores retornos. O uso excessivo de
alavancagem pode aumentar a rentabilidade em tempos favoráveis, mas também pode reduzir
as perdas em condições desfavoráveis, elevando o risco de insolvência.

37. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
O principal componente do capital de nível 1 deve ser ações ordinárias e lucros distribuídos,
fortalecendo assim a qualidade do capital.

38. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
Além dos instrumentos de maior qualidade, o restante do capital de nível 1 é formado por
instrumentos subordinados, que são títulos de crédito com prioridade superior no pagamento
em caso de falência ou liquidação.

39. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
Os dividendos ou cupons não cumulativos presentes nos instrumentos subordinados significam
que, se não forem pagos em um período, não se acumulam para serem quitados em períodos
futuros.

40. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
Os instrumentos de capital de nível 2 foram harmonizados para garantir consistência e
transparência na base de capital.

41. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito da qualidade, consistência e transparência da base de capital determinada pelo
Acordo de Basileia III, julgue o item subsequente.
Para melhorar a transparência, Basileia III exige a divulgação de todos os elementos do capital,
proporcionando ao mercado uma avaliação mais abrangente.

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42. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte.
O trading book de um banco inclui ativos que são adquiridos com a intenção de venda a curto
prazo ou para lucrar com diferenças de preço a curto prazo.

43. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte.
O banking book de um banco consiste em ativos e passivos que são mantidos pelo banco com
a intenção de vendê-los antes do vencimento.

44. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte.
A securitização é um processo financeiro que transforma ativos ilíquidos em ativos líquidos,
proporcionando liquidez adicional aos emissores originais dos ativos.

45. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entre diversas medidas em resposta à crise do subprime em 2008, o Comitê de Basileia
determinou o aumento da cobertura de risco. Nesse sentido, julgue a afirmativa seguinte.
O Comitê introduziu requisitos de capital mais baixos para as ressecuritizações, buscando
reduzir a prociclicidade e fornecendo incentivos adicionais para mover contratos de derivativos
de balcão para contrapartes centrais.

46. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
Durante a parte mais severa da crise, o setor bancário foi forçado pelo mercado a aumentar sua
alavancagem, amplificando a pressão descendente sobre os preços dos ativos.

47. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
A razão de alavancagem introduzida pelo Comitê tem como objetivo conter a alavancagem no
setor bancário e introduzir salvaguardas adicionais contra o risco de modelo e erro de medição.

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48. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
A excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes amplificou choques ao
longo do tempo, transmitindo-os por todo o sistema financeiro.

49. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
O Comitê desenvolveu a Razão de Financiamento Estável Líquido (NSFR) para promover
resiliência em um horizonte de tempo mais curto, quando comparado com a Taxa de Cobertura
de Liquidez (LCR), garantindo recursos líquidos suficientes para sobreviver a um cenário de
estresse agudo.

50. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
Durante a crise financeira, a excessiva interconexão entre bancos sistemicamente importantes
contribuiu para a transmissão de choques por todo o sistema financeiro.

51. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
Durante a crise financeira, muitos bancos continuaram a realizar grandes distribuições na forma
de dividendos, recompras de ações e pagamentos generosos de compensação, mesmo que
sua condição financeira estivesse se deteriorando.

52. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
O Comitê desenvolveu a Taxa de Cobertura de Liquidez (LCR) para promover resiliência a
potenciais interrupções de liquidez em um horizonte de trinta dias.

53. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A respeito dos padrões internacionais de requerimento de capital, julgue o item subsequente.
Durante a crise financeira, o Comitê introduziu medidas para tornar os bancos mais aderentes
a dinâmicas procíclicas, promovendo a expansão do crédito.

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54. (2018/CESGRANRIO/BANCO DO BRASIL/Agente Comercial)


Com o objetivo de evitar crises financeiras, o Banco Central do Brasil tem adotado, nas últimas
décadas, diversos mecanismos visando a compatibilizar as normas do Sistema Financeiro
Nacional com os requisitos emanados dos chamados Acordos de Capital da Basileia, que
estabelecem regras do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) para
assegurar a estabilidade financeira internacional. Desde o final da década de 1980, foram
emitidos os Acordos da Basileia I (1988), Basileia II (2004) e Basileia III (2010).
No caso do Acordo da Basileia III, concebido após a crise financeira global de 2008, as normas
introduzidas e já implementadas pelo Banco Central do Brasil foram ainda mais rígidas, porque
a) impuseram proibições aos bancos de transacionarem nos mercados de derivativos, altamente
vulneráveis a especulações financeiras.
b) estabeleceram mecanismos de supervisão bancária prudencial e disciplina do mercado
bancário.
c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco
operacional.
d) adotaram maiores exigências adicionais de capital principal, incluindo procedimentos para
o cálculo da parcela dos ativos ponderados pelo risco referente às exposições ao risco de
crédito.
e) estabeleceram mecanismos de supervisão do processo de avaliação da adequação de capital
dos bancos.

55. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Patrimônio de Referência (PR), segundo a Resolução CMN nº 4.595/2021, desempenha um
papel crucial ao enfrentar os desafios inerentes aos riscos no setor financeiro, seguindo padrões
internacionalmente estabelecidos por Basileia. Diante disso, avalie se a afirmativa abaixo.
O patrimônio de referência (PR) é destinado a fazer frente aos riscos, conforme padrões
internacionais estabelecidos no âmbito de Basileia.

56. (2023/CESGRANRIO/AgeRIO/Analista de Desenvolvimento – Contabilidade)


O Patrimônio de Referência (PR), para fins da verificação do cumprimento dos limites
operacionais das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, consiste no somatório do Nível I e do Nível II.
O Nível I do PR consiste
a) no capital principal, exclusivamente
b) no capital complementar, exclusivamente
c) no somatório do capital principal e do capital complementar
d) na diferença entre o capital principal e o capital complementar
e) na multiplicação do capital principal com o capital complementar

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57. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.595/2021, responsável por abordar a apuração do capital para
instituições financeiras (IF), possui escopo específico de aplicação. Sobre essa delimitação,
julgue o item subsequente.
A Resolução CMN nº 4.595/2021 se aplica a instituições financeiras menores, administradoras
de consórcios e instituições de pagamento.

58. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A categorização do Patrimônio de Referência (PR) em Nível I e Nível II, sendo o Nível I
considerado de qualidade superior, é uma distinção importante conforme a Resolução CMN nº
4.595/2021. julgue o item subsequente.
O Patrimônio de Referência (PR) é dividido em Nível I e Nível II, sendo o Nível I considerado
melhor.

59. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


No contexto de conglomerados, a figura do controlador é crucial para a supervisão das
instituições envolvidas. Nesse sentido, julgue o item a seguir.
Controlador é a instituição líder do conglomerado que detém o controle sobre as demais.

60. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Entender a dinâmica entre controlador e subsidiária é fundamental nas práticas regulatórias.
Nesse contexto, julgue o item a seguir.
Subsidiária é a entidade participante de conglomerado que detém o controle sobre as demais.

61. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A consolidação das demonstrações contábeis é uma prática essencial na avaliação do
Patrimônio de Referência (PR). Analise se a afirmativa abaixo é certa ou errada.
A apuração do Patrimônio de Referência (PR) deve ser realizada em bases consolidadas para as
instituições integrantes de um mesmo conglomerado financeiro.

62. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A segmentação do Patrimônio de Referência (PR) em Nível I, subdividido em Capital Principal
(CP) e Capital Complementar (CC), é um ponto crucial na regulamentação. Julgue o item
subsequente.

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O Patrimônio de Referência (PR) de Nível I é dividido em Capital Principal (CP) e Capital


Complementar (CC).

63. (2013/CEBRASPE-CESPE/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)


Com relação à regulamentação da resolução bancária no Brasil, julgue o item subsequente.
Depósito em conta vinculada pode, temporariamente, ser admitido pelo BACEN como forma
de suprir deficiências de patrimônio de referência.

64. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Capital Principal de Nível I desempenha um papel crucial na sustentação da estabilidade
financeira das instituições. Para avaliá-lo, diversos elementos são somados, enquanto outros são
subtraídos. Sobre a composição positiva do Capital Principal, avalie o item subsequente.
O capital social constituído por quotas ou ações, não resgatáveis e sem cumulatividade de
dividendos, pode compor o Capital Principal.

65. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) [adaptada]


O Patrimônio de Referência (PR) de Conglomerado deve ser calculado em bases consolidadas
para as instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial. Com relação a esse
assunto, assinale a opção que apresenta a composição do Capital Principal para efeitos de PR
de Conglomerado Prudencial.
a) Aumento de Capital em processo de autorização, com exceção do aumento de capital
realizado por meio de incorporação de reservas e de sobras ou lucros acumulados.
b) Valores relativos ao capital social constituído por quotas, quotas-partes ou por ações não
resgatáveis e sem mecanismos de cumulatividade de dividendos.
c) Valores relativos ao capital social constituído por quotas, quotas-partes ou por ações
resgatáveis e com mecanismos de cumulatividade de dividendos.
d) Operações com derivativos de índices.

66. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Reservas são elementos-chave no reforço do Capital Principal. Dentre as reservas que
contribuem para a sua composição, avalie o item subsequente.
Reservas de capital, de reavaliação e de lucros são componentes do Capital Principal.

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67. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Dentre os elementos positivos do Capital Principal, sobressaem-se sobras ou lucros
acumulados. Avalie o item subsequente:
Sobras ou lucros acumulados são incluídos no cálculo do Capital Principal.

68. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Instrumentos financeiros derivativos podem influenciar o Capital Principal. Sobre o saldo do
ajuste positivo ao valor de mercado desses derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa,
avalie o item subsequente:
O saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos
utilizados para hedge de fluxo de caixa contribui positivamente para o Capital Principal.

69. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Alterações no risco de crédito próprio da instituição podem impactar o valor de mercado dos
derivativos. Sobre o saldo do ajuste positivo ao valor de mercado desses instrumentos
financeiros derivativos, avalie o item subsequente.
O saldo do ajuste positivo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros derivativos,
decorrente de alterações no risco de crédito próprio da instituição, contribui positivamente para
o Capital Principal.

70. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece critérios para a subtração de elementos no cálculo
do Capital Principal. Sobre esses critérios, avalie o item subsequente:
Perdas não realizadas decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial devem ser subtraídas
do Capital Principal.

71. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A aquisição de ações próprias pela instituição emissora tem implicações no cálculo do Capital
Principal. Avalie se o item subsequente é Verdadeiro (V) ou Falso (F):
Ações próprias adquiridas diretamente, indiretamente ou de forma sintética, mesmo sendo não
resgatáveis, não podem ser somadas ao Capital Principal.

72. (2016/CAE-CFC/BCB - Cadastro Nacional de Auditores Independentes)


O Nível I do Patrimônio de Referência consiste no somatório do Capital Principal e do Capital
Complementar. O Capital Principal é apurado mediante a soma e dedução dos valores

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correspondentes aos itens apontados especificamente nas normas regulamentares do


CMN/BCB. Identifique os itens apontados regularmente para a soma na apuração do Capital
Principal e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
1. O capital social constituído por quotas, quotas-partes, ou por ações não resgatáveis e sem
mecanismos de cumulatividade de dividendos.
2. Às perdas ou prejuízos acumulados.
3. Às reservas de capital, de reavaliação e de lucros.
4. Às contas de resultado credoras.
Estão CERTOS os itens:
a) 1, 2 e 4, apenas.
b) 1, 3 e 4, apenas.
c) 1, 2 e 3, apenas.
d) 2 e 4, apenas.

73. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Operações com derivativos, incluindo derivativos de índices, são elementos que devem ser
subtraídos do Capital Principal. Avalie se o item subsequente é Verdadeiro (V) ou Falso (F):
Operações com derivativos, inclusive derivativos de índices, devem ser subtraídas do Capital
Principal.

74. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece critérios claros sobre o que não deve ser
considerado no cálculo do Capital Principal. Avalie o item subsequente.
Recursos captados, mas ainda não integralizados, devem ser subtraídos do Capital Principal.

75. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Capital Complementar, diferentemente do Capital Principal, é definido por requisitos que os
instrumentos devem atender. Analise o seguinte item:
Os instrumentos elegíveis para compor o Capital Complementar devem ter vencimento pré-
estabelecido.

76. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos que compõem o Capital Complementar precisam atender a uma série de
requisitos cumulativos. Sobre esses requisitos, avalie o item a seguir.
O pagamento da remuneração dos instrumentos deve ser subordinado ao pagamento dos
demais passivos da instituição, exceto o Capital Principal, em caso de dissolução.

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77. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece que os instrumentos do Capital Complementar
devem prever a suspensão do pagamento da remuneração em determinadas condições. Sobre
essas condições, avalie o item subsequente:
suspensão do pagamento da remuneração pode ocorrer apenas por falta de recursos
disponíveis para essa finalidade.

78. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A recompra ou o resgate de instrumentos do Capital Complementar, em regra, está
condicionada à autorização do Banco Central do Brasil. Sobre essa condição, avalie o item
subsequente:
A recompra ou o resgate pode ocorrer sem autorização do Banco Central do Brasil,
excepcionalmente, caso o emissor cumpra os requerimentos mínimos de Capital Principal.

79. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos do Capital Complementar podem ser resgatáveis apenas por iniciativa do
emissor. Sobre essa característica, avalie o item a seguir:
Caso o detentor do instrumento queira resgatá-lo, o emissor está autorizado a realizar o resgate
imediatamente, sem restrições.

80. (2016/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes)


O Patrimônio de Referência (PR) de Conglomerado deve ser calculado em bases consolidadas
para as instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial. Consiste no somatório
do Nível I e do Nível II, em que o Nível I consiste no somatório do Capital Principal e do Capital
Complementar. O Capital Complementar é apurado mediante o somatório dos valores
correspondentes aos instrumentos que atendem, entre outros, a requisitos específicos. Com
relação aos requisitos, identifique somente aqueles regulamentares da espécie e, em seguida,
assinale a opção CORRETA.
1. Ser integralizados em espécie.
2. Ter caráter de perpetuidade.
3. Ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor.
4. Ter a sua compra financiada, direta ou indiretamente, pela instituição emissora.
Estão CERTOS os requisitos:
a) 1, 2 e 3, apenas.
b) 1, 3 e 4, apenas.
c) 2, 3 e 4, apenas.
d) 3 e 4, apenas.

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81. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos do Capital Complementar não podem conter cláusulas que prevejam variação
das condições de remuneração após a emissão. Sobre essa restrição, avalie o item
subsequente:
Cláusulas que prevejam variação das condições de remuneração após a emissão são
permitidas, desde que a instituição emissora concorde.

82. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos do Capital Complementar, quando recomprados ou resgatados, estão sujeitos
a algumas condições. Sobre essas condições, avalie o item a seguir:
O resgate de instrumentos do Capital Complementar está condicionado à recompra simultânea
de instrumentos equivalentes ou à comprovação de condições de negócio favoráveis.

83. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos do Capital Complementar podem ter cláusula de opção de recompra ou
resgate pelo emissor. Sobre essa possibilidade, avalie o item subsequente:
Os instrumentos do Capital Complementar não podem, em absoluto, conter cláusula de opção
de recompra ou resgate pelo emissor.

84. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.595/2021 estabelece intervalo mínimo entre a emissão e a primeira data
de exercício de opção de recompra ou resgate para os instrumentos do Capital Complementar.
Sobre esse intervalo, avalie o item subsequente:
O intervalo mínimo entre a emissão e a primeira data de exercício de opção de recompra ou
resgate é de 10 anos.

85. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A recompra ou resgate de instrumentos do Capital Complementar está sujeita à autorização do
Banco Central do Brasil. Sobre as condições para essa autorização, avalie o item a seguir:
A recompra ou resgate pode ocorrer sem autorização do Banco Central do Brasil, desde que a
instituição manifeste a intenção de exercer a opção e comprove condições de negócio
favoráveis.

86. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


No contexto do PR Nível II, a apuração é realizada considerando diversos requisitos que os
instrumentos devem atender. Analise o seguinte item.

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Os instrumentos elegíveis para compor o PR Nível II podem prever o pagamento de


amortizações antes de decorrido o intervalo mínimo de 5 anos entre a data de emissão e a data
de vencimento.

87. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O pagamento dos instrumentos do PR Nível II deve ser subordinado ao pagamento dos demais
passivos da instituição, com exceção do pagamento dos elementos que compõem o Capital
Principal e o Capital Complementar, em caso de dissolução da instituição emissora. Avalie o
item a seguir:
Em caso de dissolução da instituição emissora, os instrumentos do PR Nível II devem ter o seu
pagamento subordinado ao pagamento dos demais passivos da instituição, com exceção do
pagamento dos elementos que compõem o Capital Principal e o Capital Complementar.

88. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os instrumentos do PR Nível II devem ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor. Sobre
essa característica, avalie o item subsequente:
Caso o detentor do instrumento queira resgatá-lo, o emissor está autorizado a realizar o resgate
imediatamente, sem restrições.

89. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Para obter a autorização do Banco Central do Brasil e compor o Capital Principal,
Complementar e Nível II, os instrumentos devem atender a requisitos específicos, incluindo a
elaboração do Núcleo de Subordinação. Avalie o seguinte item relacionado ao Núcleo de
Subordinação.
O aditamento, alteração ou revogação dos termos do Núcleo de Subordinação pode ser
realizado sem a necessidade de prévia autorização do Banco Central do Brasil.

90. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Instrumentos elegíveis para compor o Capital Principal, Complementar e Nível II devem atender
a critérios específicos para obtenção de autorização, incluindo sua emissão por instituição
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por sua dependência ou subsidiária no
exterior. Analise o item a seguir:
Os instrumentos podem ser emitidos por entidades constituídas como sociedade de objeto
exclusivo ou entidade de propósito específico, desde que estejam vinculadas a uma instituição
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.

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91. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Instrumentos que compõem o Patrimônio de Referência estão sujeitos a deduções. Analise o
seguinte item relacionado às deduções:
No caso de instrumentos emitidos no exterior, o pedido de autorização para compor o
Patrimônio de Referência requer parecer jurídico atestando a adequação das cláusulas do
instrumento à legislação aplicável.

92. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Diversos instrumentos são passíveis de dedução do Patrimônio de Referência (PR) em níveis I e
II. Analise o item a seguir.
Os investimentos em entidade assemelhada a instituição financeira não consolidada, sociedade
seguradora, resseguradora, sociedade de capitalização e entidade aberta de previdência
complementar não são sujeitos a dedução do PR.

Comentários:

Pelo contrário! Os investimentos em entidade assemelhada a instituição financeira não


consolidada, sociedade seguradora, resseguradora, sociedade de capitalização e entidade
aberta de previdência complementar são sujeitos a dedução do PR.

Gabarito: Errado

93. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN nº 4.955/2021 especifica as condições para deduções no Patrimônio de
Referência (PR) do conglomerado relacionadas à participação de não controladores. Avalie o
item a seguir.
Os valores excedentes provenientes da participação de não controladores no capital de
subsidiárias devem ser somados ao Capital Principal, Nível I e PR do conglomerado.

94. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os valores da participação de não controladores em subsidiárias que excedem os
requerimentos mínimos de Capital Principal, Nível I e PR devem ser deduzidos do
conglomerado. Analise o seguinte item:
A dedução dos valores excedentes da participação de não controladores aplica-se apenas ao
Capital Principal do conglomerado.

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95. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O termo "Patrimônio de Referência Exigido (PRE)" é atualmente utilizado pelo Banco Central do
Brasil (BCB) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

96. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A principal medida de risco considerada pelo CMN ao determinar os requerimentos de capital
é o risco associado aos passivos das instituições financeiras.

97. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


As instituições financeiras enquadradas no segmento S5 podem utilizar metodologia facultativa
simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de patrimônio e capital.

98. (2022/CESGRANRIO/CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes)


O banco XX possui um patrimônio líquido, publicado em 31.12.20X2, no valor de $
4.000.000,00. Para calcular seu patrimônio de referência - PR, o banco considera $ 1.520.000,00
de ajustes prudenciais, nos termos da resolução 4.192/2013. Possui ainda letras financeiras
subordinadas no nível I, no valor total de $ 520.000,00 e ainda $ 300.000,00, de letras financeiras
subordinadas no nível 2. O total dos ativos ponderados pelo risco (risk weighted assets - rwa)
importa, em 31.12.20X2, no valor de $ 18.500.000,00.
O índice de Basileia e o índice do capital principal são, em 31.12.20X2, respectivamente,
a) ≈15,02% e ≈17,84%
b) ≈13,40% e ≈15,02%
c) ≈15,02% e ≈13,40%
d) ≈17,84% e ≈15,02%
e) ≈17,84% e ≈13,40%

99. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes)


O Banco XX apresentou as seguintes informações em suas demonstrações contábeis e registros
auxiliares, as quais foram devidamente auditadas relativas ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2XX0:
reais Valores em milhares de
I. Capital Social 60.000
II. Reservas de lucros 30.125
III. Ações em tesouraria 498
IV. Ativos intangíveis 686

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V. Créditos tributários decorrentes de prejuízos


6.122
Fiscais, líquidos da provisão de IR/CS
VI. Caixa e equivalentes de caixa 18.652
VII. Ativos ponderados de risco de mercado 40.000
VIII. Ativos ponderados de risco de crédito 20.000
IX. Ativos ponderados de risco operacional 14.950
Baseado nas informações, o Patrimônio de Referência (PR) é:
a) R$82.819.
b) R$101.471.
c) R$97.431.
d) R$116.083.

100. (2021/CAE-CFC/BCB/Cadastro Nacional de Auditores Independentes) [adaptada]


O Banco XX apresentou as seguintes informações em suas demonstrações contábeis e registros
auxiliares, as quais foram devidamente auditadas relativas ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2XX0:
Valores em milhares de reais
I. Capital Social 60.000
II. Reservas de lucros 30.125
III. Ações em tesouraria 498
IV. Ativos intangíveis 686
V. Créditos tributários decorrentes de prejuízos
6.122
Fiscais, líquidos da provisão de IR/CS
VI. Caixa e equivalentes de caixa 18.652
VII. Ativos ponderados de risco de mercado 40.000
VIII. Ativos ponderados de risco de crédito 20.000
IX. Ativos ponderados de risco operacional 14.950
Baseado nas informações, o requerimento mínimo de patrimônio de referência (PR), em
milhares de reais, é:
a) R$3.747,50
b) R$5.996,00
c) R$8.244,50
d) R$8.000,00
e) R$3.550,00

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101. (2022/CEBRASPE-CESPE/PETROBRAS/Economista)
Considerando os principais acordos internacionais relacionados à supervisão bancária e seus
impactos sobre o sistema financeiro nacional, julgue o item a seguir.
Os lucros acumulados incorporam o capital principal (Tier 1) das instituições e possuem
capacidade de alavancar a geração de crédito.

102. (2013/CEBRASPE-CESPE/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista) [adaptada]


Julgue o item que se segue, relativo à regulamentação prudencial.
O cálculo do patrimônio de referência exigido (PRE) envolve a apuração de cinco parcelas
relacionadas ao risco a que as instituições financeiras estão sujeitas.

103. (2019/FCC/AFAP/Analista de Fomento - Contador)


O denominado Índice de Basileia é
a) meio de controle e mensuração do endividamento de um país, em nível regional ou nacional,
o qual permite às entidades internacionais estabelecer parâmetros para a concessão de
empréstimos de médio e de longo prazo.
b) uma relação de natureza econômico-financeira que se estabelece entre o fluxo de entradas
e de saídas de recursos em moeda estrangeira, dentro de um determinado período, nunca
inferior a 3 meses nem superior a 12 meses, e que tem por finalidade monitorar as taxas
cambiais de países tomadores de recursos internacionais.
c) um indicador utilizado no setor bancário que estabelece uma relação entre o capital e os
ativos da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o objetivo de criar exigências
mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer face ao risco de crédito.
d) instrumento de controle inflacionário, por meio do qual se estabelece a relação entre a
produção de riquezas de um país, em um determinado período, e a quantidade de moeda que
ele pode emitir, neste mesmo período, sendo recomendável que esta relação não exceda a
11%, sempre que a média anual de inflação for de até 1,8%.
e) o percentual máximo tolerado de endividamento de um país, em moeda estrangeira,
estabelecido a partir da quantidade efetiva de moeda estrangeira mantida em espécie nas
instituições financeira do país e o montante da dívida externa desse país.

104. (2013/CESGRANRIO/BNDES/Profissional Básico – Contabilidade)


O Banco Central do Brasil, no Comunicado nº 20.615, de 17 de fevereiro de 2011, que divulga
as orientações relativas à implementação, no Brasil, das recomendações do Comitê de
Supervisão Bancária de Basileia, conhecidas como Basileia III, estabelece que o Capital
Principal, em princípio, nos termos de Basileia III, será composto, fundamentalmente, pelo
capital social, constituído por cotas ou por ações ordinárias e ações preferenciais não
resgatáveis e sem mecanismos de cumulatividade de dividendos, e por lucros retidos,
deduzidos os valores referentes aos ajustes regulamentares.

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O anexo ao Comunicado nº 20.615, de 17 de fevereiro de 2011 (dos parâmetros mínimos para


o capital regulamentar conforme Basileia III), estabelece que o parâmetro do Capital Principal,
em 1º de janeiro de 2013, será
a) 4,5%
b) 6,0%
c) 8,0%
d) 10,5%
e) 11,0%

105. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


Os Ativos Ponderados pelos Riscos (RWA) são compostos por cinco parcelas, incluindo aquelas
relativas aos riscos de crédito e mercado, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021.

106. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A parcela RWAOPAD refere-se ao cálculo do capital requerido para o risco operacional mediante
abordagem interna, segundo a Resolução CMN n° 4.958/2021.

107. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A Resolução CMN n° 4.958/2021 estabelece a abordagem padronizada e a abordagem IRB para
calcular o risco de mercado, especificando nove parcelas para a abordagem padronizada.

108. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Índice de Basileia (IB) é calculado como a relação entre o valor do Patrimônio de Referência
(PR) e o valor dos Ativos Totais, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021.

109. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Brasil, atualmente, exige um Índice de Basileia (IB) de 8%, de acordo com a Resolução CMN
n° 4.958/2021.

110. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A maioria das instituições supervisionadas no Brasil conseguiria atender ao Índice de Basileia
usando apenas Capital Complementar.

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111. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


As cooperativas de crédito não filiadas a uma central e que não optarem pela metodologia
simplificada devem manter um Índice de Basileia (IB) de pelo menos 12%, de acordo com a
Resolução CMN n° 4.958/2021.

112. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Adicional de Capital Principal (ACP) é exigido apenas para instituições integrantes do
segmento S1, sendo composto por três parcelas: ACPCONSERVAÇÃO, ACPCONTRACÍCLICO
e ACPSISTÊMICO, conforme a Resolução CMN n° 4.958/2021.

113. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


No caso de não cumprimento dos requerimentos de Adicional de Capital Principal (ACP), a
instituição ou conglomerado está sujeito a restrições, incluindo a redução do capital social
quando legalmente possível.

114. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A estrutura simplificada estabelecida pela Resolução nº 4.606/2017 para apuração do
Patrimônio de Referência (PRS5), ponderação dos Ativos pelos Riscos (RWAS5) e exigência de
capital é aplicável a todas as instituições financeiras supervisionadas pelo Banco Central do
Brasil.

115. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


As instituições não bancárias, segundo a Resolução nº 4.606/2017, são caracterizadas pela
captação de depósitos à vista e pela adoção da palavra "financeira" em sua denominação.

116. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPCONSERVAÇÃO) faz parte da estrutura
simplificada de exigência de capital conforme a Resolução nº 4.606/2017.

117. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


O “Índice de Basileia”, na estrutura simplificada, é de 17% para todas as instituições financeiras
abrangidas pela Resolução nº 4.606/2017.

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Celso Natale
Aula 10

118. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


A ausência de operações sujeitas à variação no preço de ações é um requisito para o perfil de
risco simplificado na estrutura simplificada.

119. (INÉDITA/Prof. Celso Natale)


As instituições integrantes de um mesmo conglomerado prudencial, segundo a Resolução nº
4.606/2017, são dispensadas de realizar a apuração e cumprimento das exigências em bases
consolidadas caso sejam instituições não monetárias.

GABARITO
1. C 17. A 33. C 49. E 65. B 81. E 97. C 113. C
2. E 18. C 34. C 50. C 66. C 82. E 98. E 114. E
3. E 19. D 35. E 51. C 67. C 83. E 99. A 115. E
4. D 20. A 36. E 52. C 68. C 84. E 100. B 116. E
5. D 21. B 37. E 53. E 69. C 85. E 101. C 117. E
6. D 22. E 38. E 54. D 70. C 86. E 102. E 118. C
7. E 23. B 39. C 55. C 71. C 87. C 103. C 119. E
8. C 24. D 40. C 56. C 72. B 88. E 104. A
9. D 25. A 41. C 57. E 73. C 89. E 105. C
10. C 26. D 42. C 58. C 74. E 90. E 106. E
11. A 27. C 43. E 59. C 75. E 91. C 107. C
12. C 28. E 44. C 60. E 76. C 92. E 108. E
13. E 29. B 45. E 61. C 77. E 93. E 109. C
14. C 30. A 46. E 62. C 78. E 94. E 110. C
15. D 31. D 47. C 63. C 79. E 95. E 111. E
16. C 32. C 48. C 64. C 80. A 96. E 112. E

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