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Autor:
Celso Natale
19 de Fevereiro de 2024
SUMÁRIO
1 Política Macroprudencial e Estabilidade Financeira...................................................................... 3
2 Riscos das Instituições Financeiras ................................................................................................... 3
2.1 Risco de Crédito ............................................................................................................................ 4
2.2 Risco de Mercado .......................................................................................................................... 6
2.3 Risco de Liquidez........................................................................................................................... 7
2.4 Risco Operacional ......................................................................................................................... 8
2.5 Risco sistêmico ............................................................................................................................... 9
3 Regulação Macroprudencial .......................................................................................................... 10
3.1 Segmentação para regulação prudencial............................................................................... 10
4 Acordos de Basiléia para supervisão bancária............................................................................ 11
4.1 Basileia I ....................................................................................................................................... 13
4.2 Basileia II ...................................................................................................................................... 14
4.3 Basileia III ..................................................................................................................................... 15
4.4 Princípios fundamentais de Basiléia ........................................................................................ 16
5 Requerimento de capital prudencial ............................................................................................ 21
5.1 Basileia III e padrões de requerimento de capital ................................................................. 22
5.2 Apuração e exigência do Patrimônio de Referência ............................................................. 36
5.3 Apuração do patrimônio de referência (PR) nível 1 e nível 2 ............................................... 37
5.4 Apuração do patrimônio de referência exigido (PRE) .......................................................... 57
6 Estrutura Simplificada: PRS5 e RWAS5 ............................................................................................ 64
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Aula 10
INTRODUÇÃO
Saudações! Aqui é o professor Celso Natale, e peço que leia as informações a seguir.
Aqui, a banca foi bastante vaga. Quem tem experiência em concursos sabe que quanto mais
curto um tópico, pior para o candidato, porque aí a banca pode cobrar praticamente tudo sobre
o assunto. Mas eu tenho minha interpretação:
O que aconteceu foi que quiseram enxugar o edital anterior, que tinha uma matéria inteira para
Supervisão de Instituições Financeiras, mas não quiseram deixar de cobrar esse tema tão
importante para o Banco Central, que representa uma parte gigante e importante se sua missão:
a solidez do sistema financeiro.
Portanto, acredito que precisamos mergulhar fundo neste tema. E não tem como falar sobre
política macroprudencial e estabilidade financeira sem falar de:
Os temas estão na ordem que acredito serem mais importante, ou seja, mais prováveis de cair
na prova. Basileia é o básico de política macroprudencial, enquanto os requerimentos de capital
são algo bem complexo e específico. A banca pode cobrar considerando o que colocou no
edital? Creio que pode.
Mas, se você acha que a banca vai cobrar apenas os conceitos de Política macroprudencial e de
Estabilidade Financeira, não digo que você está errado. Não temos como prever com certeza.
Mas digo que é arriscado ficar apenas nos conceitos. Mas é uma aposta que não posso fazer por
você. Então, logo no primeiro tópico, teremos esses conceitos muito bem definidos.
Agora, se você quer garantir uma preparação de alto nível, vamos à aula completa! E não se
assuste com o número de páginas. Quase tudo é de esquemas e de questões para praticar.
@profcelsonatale
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Uma política, de forma geral, é um conjunto de diretrizes que alguém adota para lidar com
determinado tema. A política fiscal, por exemplo, é a forma como o governo lida com seus gastos
e sua arrecadação.
O termo macro indica um olhar para o todo, em vez de olhar para partes isoladas (micro). Assim,
por exemplo, a Macroeconomia olha para os grandes agregados, como PIB, taxa de câmbio, taxa
de juros – enquanto a Microeconomia olha para os agentes econômicos, como consumidores e
empresas, em determinados mercados.
Prudencial é feito com prudência, ou seja, que busca evitar problemas antes que aconteçam. É
diferente de uma visão punitiva. Sendo assim, quando um órgão de trânsito orienta os motoristas
a usarem o cinto, está sendo prudencial, mas quando aplica uma multa, está punindo. A
supervisão de instituições financeiras do Banco Central do Brasil tem orientação prudencial
(tanto macro quanto micro, embora iremos focar na primeira, dada a orientação do edital).
Estabilidade financeira é definida, pelo próprio BCB, como a manutenção, ao longo do tempo e
em qualquer cenário econômico, do regular funcionamento do sistema de intermediação
financeira entre famílias, empresas e governo. Faz parte da missão do BCB assegurar que o
sistema financeiro seja sólido e eficiente.
E há dois motivos muito práticos para isso: além de ser um tema explicito do edital, como você
verá, todos os demais assuntos da aula estão relacionados a esses riscos.
Naturalmente, os riscos são inúmeros, mas aqueles que nos interessam são três, e nos interessam
porque são um agrupamento internacional adotado também pelo Banco Central do Brasil, e, de
certa forma, englobam praticamente qualquer risco das IF que podemos imaginar.
Então, vou apresentar de forma bem direta, e depois desenvolveremos cada um deles. São eles:
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1. Risco de Crédito
2. Risco de Mercado
3. Risco de Liquidez
4. Risco Operacional
Podemos dizer que são igualmente importantes, tanto do ponto de vista de das IF e do BCB,
quanto do seu ponto de vista: são igualmente incidentes e “cobráveis em prova”.
Mas o que pode ser cobrado? Para começar, todo o modelo de Supervisão do Banco Central é
baseado em riscos. Veja o seguinte trecho do Manual de Supervisão do BCB:
Neste ponto, convém lembrar que o Banco Central também supervisiona instituições não
financeiras1, como as Administradoras de Consórcios e as Instituições de Pagamento.
Sendo assim, adotarei, quando se aplicar, o termo Entidades Supervisionadas (ES), termo que
inclui tanto instituições financeiras quanto as demais supervisionadas pelo BCB.
Mas voltando ao tema, definiremos cada tipo de risco, de forma mais aprofundada.
De uma forma bem direta e, confesso, um pouco grosseira, o risco de crédito é o risco de
calote. De forma um pouco mais técnica, podemos ficar com:
RISCO DE CRÉDITO
1
As definições de Instituições Financeiras e Não Financeiras são tratadas no curso de Sistema Financeiro Nacional.
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Contudo, o risco de crédito é mais abrangente do que pode parecer à primeira vista. E a
definição presente na Resolução CMN nº 4.557, de 23 de fevereiro de 2017, deixa isso claro
(alguns termos podem ser novos, mas não se preocupe: explicarei na sequência):
Art. 21. Para fins desta Resolução, define-se o risco de crédito como a possibilidade de
ocorrência de perdas associadas a:
Vamos começar a compreender. Contraparte é um termo que inclui (os dois primeiros são mais
importantes):
a) o tomador de recursos;
a pessoa, física ou jurídica, que pega um empréstimo
b) o garantidor;
por exemplo, um fiador ou avalista em uma operação de crédito
c) o emissor de título ou valor mobiliário adquirido;
uma companhia que emite uma debênture, por exemplo
d) o usuário final perante o emissor de instrumento de pagamento pós-pago
o titular de um cartão de crédito
e) o emissor perante o credenciador de instrumento de pagamento;
esse é um pouco mais técnico, mas, resumidamente, seria um banco emissor de um
cartão de crédito perante uma credenciadora, como a Stone, a Rede ou a Cielo.
Como esse banco precisa repassar uma parte dos valores para a credenciadora, há
risco de crédito envolvido.
f) a instituição devedora de outra instituição decorrente de acordo de interoperabilidade
entre diferentes arranjos de pagamento;
ainda mais técnico e específico, mas significa, basicamente, uma instituição pode ficar
devedora de outra no âmbito de um acordo para transferir pagamentos entre diferentes
arranjos, como o Pix e cartões de alimentação, por exemplo.
Um exemplo ajuda: suponha que você é gestor da carteira de um banco. Seu trabalho envolve
manter e negociar uma série de ativos para, entre outros objetivos, obter lucro.
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Agora, suponha que você tem R$20 milhões em debêntures emitidos pela Loja Zamericanas S.A.,
ou seja, você tem papeis nos quais a Zamericanas se compromete a pagar R$30 milhões para
você, digamos, daqui a de 5 anos. Mas, se você for vender hoje, essas debentures valem R$20
milhões.
Note que a contraparte não desonrou o acordo com você. Nem poderia, porque o papel ainda
não venceu. Mas o risco de crédito também inclui a situação narrada: a desvalorização
decorrente da deterioração da contraparte.
Prosseguimos!
Por fim, precisamos definir ativo problemático. E, na verdade, isso é bem objetivo. Um ativo
problemático é aquele que:
Viu só? Basicamente, o risco de crédito também inclui os custos envolvidos com cobrança e
outros, como quando o banco chega ao extremo de precisar tomar uma garantia: custos com
leilão, avaliação, cartórios, documentos etc.
Com isso, você concorda que é bem mais do que parecia no começo, né?
Se o risco de crédito tem a ver com a IF e sua contraparte, o risco de mercado é bem mais
abrangente, e diz respeito à relação entre a IF e o mundo.
RISCO DE MERCADO
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Só para introduzir com um exemplo: se uma mudança na Taxa Selic, a taxa básica de juros,
pode gerar perdas para a IF, isso é risco de mercado.
O risco de mercado, é claro, inclui muitas outras variáveis além da taxa básica de juros, tais como:
a) taxas de juros
b) preços de ações
c) variação cambial
d) preços de mercadorias (commodities)
Um exemplo?
Bem, desta vez, seu banco fez um empréstimo em dólares para a Companhia Vale do Mar Doce.
Se o dólar cair, o banco terá uma perda, que nada tem a ver com risco de crédito ou com a
situação financeira da Vale (do Mar Doce). Ela continua pagando direitinho, mas agora o dólar
vale menos do que quando você emprestou.
Um risco muito mais imediato é o risco de liquidez e, de certa forma, capaz de causar uma crise
enorme em pouquíssimo tempo.
RISCO DE LIQUIDEZ
Note que, desta vez, quem pode dar o “calote” é a própria instituição financeira.
Então imagine a seguinte situação: o Banco Alfa precisa fazer um pagamento para o Banco Beta
no valor de R$2 bilhões até o meio-dia.
Mas tem um problema: o Banco Alfa “só” tem R$50 milhões na conta dele (lá no Banco Central,
que é onde os bancos têm conta).
Às 16h, o Banco Alfa vai receber R$10 bilhões, mais do que o suficiente para pagar a dívida, né?
Mas a questão é: ele não terá os R$2 bilhões ao meio-dia!
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Apesar de o Banco Alfa ter muitos ativos, uma carteira de empréstimos concedidos enorme e
uma linda sede na Faria Lima, se precisar levantar esse dinheiro rápido, com certeza terá que
vender barato seus ativos. É isso que a definição ali no quadro acima quis dizer com “perdas
significativas”.
Pode ser que ele precise vender alguma coisa “no desespero”, como um título público ou
privado, e incorrer em prejuízo por conta disso. Mas essa, ter que vender algo com prejuízo, é a
situação intermediária.
Uma solução mais simples e usual é pegar um empréstimo com o BC ou com outro banco. Afinal,
o Banco Alfa vai receber R$10 bilhões em algumas horas, lembra?
E no outro extremo tem a situação na qual ele não consegue ou não tem nada para vender. Nesse
caso, a coisa pode ficar bem feia, porque o Banco Beta não vai receber, e talvez ele estivesse
precisando desse dinheiro para pagar os Bancos Gama e o Banco Theta (sem quinta série aqui,
ok? É só uma letra grega). Isso pode levar a uma “queda de dominó”, um contágio no sistema
inteiro.
Portanto, podemos entender o risco de liquidez como a possibilidade de não ter ativos líquidos,
facilmente conversíveis em dinheiro, para honrar suas obrigações imediatas, tendo muitos ativos
de menor liquidez ou não.
Esse risco, na verdade, é comum a todas as empresas, mesmo fora do mercado financeiro.
RISCO OPERACIONAL
Portanto, um exemplo bem simples seria o piloto de reservas – a pessoa responsável por operar
as contas de uma IF no Banco Central – digitar um número errado e, em vez de pagar o que devia
para outra IF, enviar o dinheiro para a conta errada.
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IV. práticas inadequadas relativas a usuários finais, clientes, produtos e serviços; incluindo a
inadequação ou à deficiência em contratos firmados com clientes
V. danos a ativos físicos próprios ou em uso pela instituição;
VI. situações que acarretem a interrupção das atividades da instituição ou a descontinuidade
dos serviços prestados, incluindo o de pagamentos;
VII. falhas em sistemas, processos ou infraestrutura de tecnologia da informação (TI);
VIII. falhas na execução, no cumprimento de prazos ou no gerenciamento das atividades da
instituição, incluindo aquelas relacionadas aos arranjos de pagamento.
Portanto, o risco operacional acaba por abarcar todos os demais riscos não incluídos nos três
primeiros, incluindo o chamado risco legal.
Agora que conhecemos os riscos aos quais estão sujeitas as instituições financeiras, vamos dar
um passo adiante.
Sim. É o caos!
Na verdade, podemos até construir uma situação hipotética que abarca todos os riscos
anteriores e manifesta o risco sistêmico.
Veja, imagine que uma instituição financeira X está excessivamente exposta ao câmbio (risco de
mercado), e por um movimento do mercado vê seus ativos derreterem. Com isso, ela fica sem
recursos para pagar suas obrigações de um determinado dia (risco de liquidez), e outra
instituição Y que era sua credora e dependia desses recursos toma o calote (risco de crédito). A
instituição Y, por sua vez, deixa de pagar 3 credores, que deixam de pagar outros 9 credores,
que deixam de ter recursos para saques de seus clientes, que entram em desespero quando
ficam sabendo que o “banco não tem dinheiro” e exigem saques que não exigiriam em outra
situação... É como uma queda de dominó, e um desastre colossal.
Mas não se preocupe. Daqui a poucos minutos, você vai entender como o Banco Central atua
para evitar que isso ocorra. E dentro de alguns meses, poderá estar ajudando nesse trabalho.
Resumidamente, o Banco Central vai buscar garantir que a instituição financeira X, para começo
de conversa, não se exponha excessivamente a riscos. E que, mesmo se algo assim acontecer,
ela tenha reservas suficientes para “aguentar o tranco”. Mas vamos começar a aprofundar.
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3 REGULAÇÃO MACROPRUDENCIAL
A regulamentação ou regulação prudencial pode ser compreendida como um conjunto de
regras financeiras que estabelecem requisitos para as instituições financeiras, com o objetivo de
gerenciar riscos.
Parte desse gerenciamento de risco consiste em “separar um dinheiro”, por precaução, para
fazer frente a ocorrências relacionadas aos riscos que conhecemos. Mas isso será aprofundado
em outro momento.
As regras prudenciais visam evitar que dificuldades ou até mesmo a quebra de uma instituição
financeira cause um efeito em cascata no sistema financeiro, resultando em perdas para a
sociedade como um todo. Esse efeito em cascata é conhecido como risco sistêmico.
Naturalmente, os requisitos prudenciais não impedem que uma instituição financeira enfrente
dificuldades ou vá “à falência”, mas têm o objetivo de minimizar os efeitos negativos caso isso
ocorra.
Mas uma pergunta importante é: será que faz sentido exigir que o Banco do Brasil e uma
pequena instituição de microfinanças sigam as mesmas regras? Claro que não! Aí entra o que
chamamos de segmentação.
• o tamanho
• a atividade internacional
• o perfil de risco
Essa segmentação permite a aplicação de regulamentações mais adequadas para cada tipo de
instituição, especialmente as de menor porte, que geralmente são mais dinâmicas e inovadoras,
mas possuem menor risco sistêmico, ou seja, sua quebra tende a impactar pouco outras
instituições e a sociedade.
Com a segmentação, as instituições menores devem cumprir regras mais simples do que aquelas
aplicadas aos grandes bancos. Ter regras prudenciais adequadas à complexidade das atividades
e ao perfil de risco de cada instituição contribui para uma intermediação financeira mais eficiente,
reduzindo custos e incentivando a competição no mercado financeiro.
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* O porte das instituições é medido pela razão da exposição total ou do ativo total em relação
ao PIB.
** Para fins didáticos, o termo bancos compreende: bancos múltiplos, bancos comerciais,
bancos de investimento, bancos de câmbio e Caixa Econômica Federal (CEF).
Fonte: BCB
Parte do nosso trabalho será especificar as principais regras para cada segmento, nos termos do
que está no edital.
A cobrança nas questões é basicamente de dois tipos: os objetivos e as exigências dos acordos,
com a banca muitas vezes, por exemplo, atribuindo uma exigência do acordo X ao acordo Y
(estando errada, portanto).
Por isso, concentre sua atenção no que foi definido na primeira versão do acordo, e depois nas
diferenças trazidas pelas demais versões.
Eu já adiantei que o mais importante é você saber o que é definido em cada versão dos acordos
de basileia. Isso, naturalmente, levanta algumas perguntas:
• O que é “Basileia”?
• Quem participa desses acordos?
• Sobre o que eles tratam?
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E começamos respondendo essas, ainda que de forma preliminar, para que você tenha um bom
panorama antes de aprofundarmos.
Basileia é uma (linda) cidade na Suíça. Mas calma! Essa não é a resposta que você busca...
No contexto desta aula (e das questões sobre o assunto), quando falamos em “Basileia”, estamos
nos referindo ao Comitê de Basileia.
O Comitê de Basileia para Supervisão Bancária (BCBS – Basel Committee on Banking Supervision,
na sigla em inglês) é um fórum internacional para discussão e formulação de recomendações
para a regulação prudencial e cooperação para supervisão bancária.
Os membros desse comitê são autoridades monetárias (bancos centrais) e supervisoras de 28
jurisdições. Utilizamos “jurisdições” em vez de “países” por causa da Zona do Euro, que possui
uma autoridade monetária única, mas não é errado falar em países.
O Comitê foi criado no âmbito do Banco de Compensações Internacionais (Bank for International
Settlements – BIS), cuja sede fica em Basileia, e daí veio o nome.
O objetivo do comitê é reforçar a regulação, a supervisão e as melhores práticas bancárias
para a promoção da estabilidade financeira.
Portanto, ele faz recomendações para os países que visam harmonização da regulação
prudencial (regulação que visa evitar problemas) adotadas pelos seus membros, com objetivo
de melhorar também a competição entre os bancos internacionalmente ativos.
Essas recomendações tomam a forma de Acordos, que são compostos por princípios essenciais
para supervisão bancária eficaz, padrão utilizado internacionalmente para avaliação da eficácia
da supervisão bancária de um país.
Na prática, funciona mais ou menos assim: o comitê define princípios a serem seguidos pelos
reguladores e supervisores do setor bancário dos países. No Brasil, essa entidade é o Banco
Central do Brasil, junto com o Conselho Monetário Nacional.
Assim, o BCB e o CMN podem adotar os princípios e exigir que os bancos brasileiros cumpram
uma série de regras visando à estabilidade financeira.
Portanto, não há obrigatoriedade de adoção, mas ao não adotar os princípios, o país fica de fora
dos padrões internacionais, e isso pode dar uma percepção muito ruim.
E, para responder à última pergunta, há várias versões dos acordos porque o sistema financeiro
está em constante mudança, causada tanto pelas inovações quanto pelas crises que afetam o
setor. Por isso, os princípios são revisados e renovados, gerando novas versões a serem adotadas
(ou não) pelos países participantes.
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4.1 Basileia I
RISCO DE CRÉDITO
É a possibilidade de uma operação de crédito não ser honrada pelo tomador,
gerando perdas para o credor.
Ou seja, os bancos passaram a ter que “separar e guardar um dinheiro” (capital) para arcar com
os eventuais calotes de seus clientes e demais consequências do risco de crédito.
Assim, foi definida a quantidade de capital que a instituição deve manter provisionada, de acordo
com o grau de risco de cada operação ativa realizada (quando o banco concede um empréstimo,
trata-se de uma operação ativa).
Quanto maior o risco, maior a necessidade de provisionamento de capital pela instituição.
Esse requerimento de capital é um percentual: o famoso Índice de Basileia, calculado de acordo
com o grau de exposição da instituição financeira.
Ainda teremos uma parte da aula na qual aprofundaremos as exigências de capital e o Índice de
Basileia, mas ele é basicamente uma relação entre o capital (dinheiro que ela possui) e os ativos
(dinheiro que ela emprestou) da instituição financeira, ponderados pelos seus riscos, com o
objetivo de criar exigências mínimas de capital para instituições financeiras como forma de fazer
face ao risco de crédito.
Em 1996, essas recomendações foram aprimoradas com a incorporação de requerimentos para
a cobertura dos riscos de mercado no capital mínimo exigido das instituições financeiras.
Lembrando:
RISCO DE MERCADO
Sendo assim, perceba que inicialmente o capital era apenas para o “risco de crédito”, enquanto
o “risco de mercado” foi adicionado apenas na revisão de 1996, ainda no âmbito do acordo de
Basileia I.
Note também que o risco de mercado é algo que independe do tomador e do próprio credor.
Se o indivíduo deixa de pagar um empréstimo porque ficou desempregado, é risco de crédito,
mas se o banco me emprestou para eu pagar em dólar e o dólar perde muito valor, o banco tem
prejuízos decorrentes de risco de mercado.
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4.2 Basileia II
Foram agregados à exigência de capital prudencial 25 princípios para avaliação mais precisa
dos riscos incorridos por instituições financeiras internacionalmente ativas.
Falaremos sobre esses princípios adiante, já que são muito e podem ser compreendidos – e,
portanto, cobrados – de forma apartada.
RISCO OPERACIONAL
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Basileia I (1988)
Basileia II (2004)
Além das recomendações, o Comitê de Basileia divulga princípios essenciais para supervisão
bancária eficaz (Basel core principles), padrão utilizado internacionalmente para avaliação da
eficácia da supervisão bancária de um país.
Incialmente eram 25 princípios, mas foram feitas alterações em 2012 e, atualmente, são 29
princípios divididos em 2 grupos:
Os princípios apresentam poderes que os supervisores devem ter para conferir segurança e
solidez ao sistema financeiro.
A atualização foi feita incorporando lições da crise do subprime e outros avanços regulatórios
ocorridos após a publicação original. Os novos princípios estão relacionados à governança
corporativa, divulgação e transparência.
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• Deve considerar o risco que a variação da taxa de juros pode acarretar sobre a
carteira, levando em consideração o apetite de risco do banco seu perfil de risco e
as condições do mercado e macroeconômicas.
24. Risco de liquidez
• O supervisor deve definir níveis de liquidez prudentes e apropriados os quais
incluem tanto requerimentos quantitativos quanto qualitativos, o que deve refletir
as necessidades de liquidez do banco.
• Devem ser utilizados testes de estresse para ajustar as estratégias de
gerenciamento do risco de liquidez.
25. Risco operacional
• O Comitê define risco operacional como o risco de perdas resultantes de processos
internos falhos ou inadequados ou de eventos externos. A definição inclui o risco
legal, mas exclui os riscos estratégicos e de reputação.
• Os bancos devem possuir políticas e processos de tecnologia de informação
adequados, que assegurem a integridade de dados e do sistema.
26. Controle interno e auditoria
• Os bancos devem manter o ambiente de controle adequado ao seu perfil de risco.
• Deve haver segregação de atividades e claras definições de autoridade e
responsabilidade.
• A auditoria interna deve ter independência.
• As funções de compliance devem testar a aderência dos controles, bem como a
aplicação das leis e regulações.
27. Relatórios financeiros e auditoria externa
• As demonstrações financeiras devem ser preparadas em conformidade com as
políticas e práticas contábeis aceitas internacionalmente.
• Anualmente devem ser publicadas informações que reflitam a situação financeira e
o desempenho da instituição.
• Os relatórios devem possuir a opinião de um auditor externo independente.
28. Divulgação e transparência
• Os bancos devem publicar regularmente informações em bases consolidadas e,
quando apropriado, em bases isoladas que sejam facilmente acessíveis e reflitam
fidedignamente suas condições financeiras, desempenho, exposição a riscos,
estratégias de gestão de risco e políticas e processos de governança corporativa.
29. Abuso de serviços financeiros
• Os bancos devem promover padrões éticos e profissionais no setor financeiro e
prevenir que que sejam usados, intencionalmente ou não, para a prática de
atividades criminosas.
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Então, nosso trabalho, nesta parte da aula, é detalhar o que exatamente foi definido no acordo.
De forma um tanto grosseira, mas adequada a essa etapa da aula, significa que o Banco Central
exige que os bancos separem e deixem guardado um dinheiro para usar em caso de problemas.
E se esses possíveis problemas foram grande$ ou mais prováveis, então precisa separar mais
dinheiro.
Eu disse que a definição é grosseira porque capital não é dinheiro (inclui outras coisas, como
ações, derivativos, cotas), porque não é só o Banco Central que exige (no Brasil, também tem o
CMN), e porque não são apenas os bancos que precisam cumprir a exigência, ou seja, outras
instituições financeiras também precisam, conforme as regras que veremos.
Está bem... olhando assim, a definição foi muito grosseira, mas já serviu para abrir sua mente para
aquilo que vamos aprender nessa aula. E eu realmente precisava disso.
Então, vamos deixar as coisas um pouquinho mais técnicas, e faremos isso já de acordo com
Basileia III.
Aliás, é um bom momento para você ter um panorama do que teremos nesta aula.
Então, agora, iremos ver o que Basileia III tem a dizer sobre exigência de capital. Como você verá,
o Comitê estabelecei diretrizes, ou seja, ele dá linhas gerais de como a autoridade financeira
deve abordar o assunto com suas supervisionadas.
Em seguida, vamos ver como, de fato, o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional
abordam o assunto, especialmente no que diz respeito às definições de capital. Dito de forma
mais simples, a segunda parte da nossa aula tem a ver com entender que “tipo de capital vale”.
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Por fim, na terceira parte, veremos quanto desse “capital que vale” é exigido, e que esse quanto
sempre terá a ver com o tamanho da instituição e os tipos de operações que ela realiza, pois isso
é o que define o risco que ela incorre.
O que levou à terceira versão do Acordo de Basileia você já sabe, né? Uma enorme crise que
começou como financeira e local, mas tornou-se um pesadelo econômico global. Então, não
vamos perder tempo lembrando sobre a Crise do Subprime.
E o negócio é que:
Essas reformas elevaram tanto a qualidade quanto a quantidade da base de capital regulatório
e aprimoram a cobertura de riscos do modelo de capital. Ou seja, embora Basileia II já previsse
requerimentos de capital, Basileia III prevê mais capital, e capital melhor, e logo você entenderá
o que significar “melhor”.
Essas medidas são sustentadas por uma taxa de alavancagem que atua como uma salvaguarda
para as medidas de capital baseadas em risco, com o objetivo de limitar a alavancagem excessiva
no sistema bancário e oferecer uma camada adicional de proteção contra erros de modelo e de
medição.
ALAVANCAGEM
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Por exemplo, um banco que possui capital de R$10 bilhões e tem empréstimos
de R$50 bilhões, tem uma alavancagem de 5 vezes.
Em resposta à crise financeira de 2008, normas internacionais, como Basileia III,
foram desenvolvidas para limitar a alavancagem dos bancos, a fim de reduzir o
risco sistêmico e aumentar a estabilidade financeira global.
Sendo assim, você deve lembrar que o Índice de Basileia (IB) é uma espécie de cálculo de
alavancagem, já que ele é calculado, de forma muito simplificada (adiante, iremos entender
como esse cálculo ocorre, de fato):
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙
𝐼𝐵 =
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠
Prociclicidade pode ser entendida como a tendência de uma variável econômica específica de
se mover em paralelo com a situação econômica geral e suas fases cíclicas. Quando a economia
está em um período de crescimento, essa variável ou setor econômico também tende a expandir,
reforçando assim o padrão cíclico do crescimento econômico. Inversamente, em períodos de
desaceleração econômica, essa mesma variável pode intensificar a queda, contribuindo para
agravar uma recessão, devido ao aumento do medo de riscos e à queda na confiança dos
participantes do mercado.
De forma geral, portanto, podemos elencar que os padrões internacionais trazidos por Basileia
III envolvem:
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Basileia III definiu como crítico que as exposições a risco dos bancos sejam cobertas por
capital de alta qualidade.
A crise demonstrou que as perdas de crédito e as provisões são amortizadas por lucros retidos,
que fazem parte da base de capital dos bancos. Ou seja, os bancos usam os lucros que não foram
distribuídos para fazer frente às perdas de crédito.
Revelou também a inconsistência na definição de capital entre jurisdições – ou seja, cada país
definindo de forma diferente – e a falta de divulgação que teria permitido ao mercado avaliar e
comparar plenamente a qualidade do capital entre instituições.
Para começar, a forma predominante de capital nível 1 (ou tier 1) deve ser as ações ordinárias
e lucros retidos. Esta norma é reforçada através de um conjunto de princípios que também
podem ser adaptados ao contexto de sociedades que não por ações, para garantir que detêm
níveis comparáveis de capital nível 1 de alta qualidade.
As deduções ao capital e aos filtros prudenciais – ou seja, o que deve ser desconsiderado para
fins de cumprimento – são harmonizadas internacionalmente.
A frase a seguir virá cheia de termos técnicos, então leia com calma e veja a explicação na
sequência.
O restante da base de capital nível 1 deve ser composto por instrumentos subordinados, com
dividendos ou cupons não cumulativos totalmente discricionários e sem data de vencimento nem
incentivo para resgate. Deixe-me explicar.
2
Comentários: A afirmação está invertida. O Índice de Basileia (IB) é calculado como a razão entre o capital e os ativos totais.
Portanto, a resposta é Falsa. Gabarito: Errado
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De forma geral, esses instrumentos de nível 1 trazem maior estabilidade, porque não têm data
de vencimento e nem obrigação de pagar dividendos, o que é especialmente desejável em
épocas de dificuldades financeiras. Ou seja, diante de uma crise, o capital de nível 1 não é
afetado pela obrigatoriedade de pagar dividendos ou o principal por causa de vencimento.
Na verdade, o capital de nível 3, que seria apenas para cobrir riscos de mercado, foi eliminado,
então não falaremos muito sobre ele, e os instrumentos de capital nível 2 também foram
harmonizados, mas você verá como são determinados na prática.
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Divulgação de
Qualidade,
Capitais de todos os
consistência e
nível 1 e 2 elementos do
transparência
capital
Uma das lições da crise foi a necessidade de fortalecer a cobertura de risco do arcabouço de
capital. A falha em capturar riscos significativos, tanto no balanço dos bancos quanto fora dele,
bem como exposições relacionadas a derivativos, foi um fator desestabilizador durante a crise.
Em resposta a essas deficiências, o Comitê concluiu uma série de reformas críticas no arcabouço
de Basileia II. Essas reformas aumentaram os requisitos de capital para o livro de negociação
(trading book) e exposições a securitizações complexas, uma fonte importante de perdas para
muitos bancos internacionalmente ativos.
3
Comentários: A afirmativa está equivocada. O capital de nível 3 foi eliminado em Basileia III, não sendo mantido. Afinal, a ideia
é simplificar, né? [contém ironia] Gabarito: Errado
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O "trading book" e o "banking book" são termos usados no setor bancário para
descrever duas áreas distintas de atividades e de gestão de riscos de uma
instituição financeira. Eles diferem principalmente no tipo de ativos que contêm
e na forma como esses ativos são gerenciados:
Trading Book
Definição: O trading book de um banco inclui ativos que são adquiridos com a
intenção de venda a curto prazo ou para lucrar com diferenças de preço a curto
prazo. Isso inclui uma variedade de instrumentos financeiros, como ações,
dívidas, derivativos e commodities.
Gestão de Riscos: O foco está no gerenciamento do risco de mercado, que é o
risco de perdas devido a movimentos adversos nos preços de mercado. Os
bancos usam diferentes técnicas e modelos, como o Value at Risk (VaR), para
medir e gerenciar esse risco.
Regulação: As regulamentações de Basileia impõem requisitos específicos de
capital para os ativos do trading book, refletindo seu nível de risco de mercado.
Banking Book
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Emissão de Títulos: O VPE, então, emite títulos lastreados por esses empréstimos
hipotecários. Estes títulos são vendidos a investidores. O dinheiro arrecadado
com a venda dos títulos é usado para pagar o banco pelos empréstimos originais.
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Além disso, o Comitê introduziu requisitos de capital mais altos para as chamadas
ressecuritizações, tanto no livro bancário quanto no de negociação. As reformas também elevam
os padrões do processo de revisão supervisora do Pilar 2 e fortalecem as divulgações do Pilar 3.
O Acordo também introduziu medidas para fortalecer os requisitos de capital para exposições
de crédito de contraparte decorrentes das atividades de derivativos, repo (acordos de recompra)
e financiamento de títulos dos bancos.
Essas reformas aumentaram os colchões (buffers) de capital que respaldam essas exposições,
buscando reduzir a prociclicidade e fornecendo incentivos adicionais para mover contratos de
derivativos de balcão para contrapartes centrais, ajudando assim a reduzir o risco sistêmico em
todo o sistema financeiro. Eles também fornecem incentivos para fortalecer a gestão de risco de
exposições de crédito de contraparte.
4
Resumidamente, VaR é uma forma de estimar riscos. Mas não aprofundaremos aqui, pois é assunto
para a matéria de Finanças.
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Durante a parte mais severa da crise, o setor bancário foi forçado pelo mercado a reduzir sua
alavancagem de maneira que amplificou a pressão descendente sobre os preços dos ativos,
exacerbando ainda mais o ciclo de feedback positivo entre perdas, declínio no capital bancário
e a contração na disponibilidade de crédito.
Explicando: durante a crise, os bancos precisaram reduzir seus empréstimos ao mesmo tempo
em que vendiam seus ativos, reduzindo os preços dos ativos no mercado.
Portanto, o Comitê introduziu um requisito de razão de alavancagem que tem como objetivos:
• Conter a alavancagem no setor bancário, ajudando assim a mitigar o risco dos processos
desestabilizadores de desalavancagem que podem prejudicar o sistema financeiro e a
economia; e
• Introduzir salvaguardas adicionais contra o risco de modelo e erro de medição,
complementando a medida baseada em risco com uma medida de risco simples,
transparente e independente.
5
Comentários: A afirmativa está correta. Basileia III introduziu um requisito de capital baseado em VaR estressado para enfrentar
situações de estresse financeiro. Portanto, a resposta é Verdadeira. Gabarito: Certo
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O Comitê de Basileia introduziu medidas para tornar os bancos mais resilientes a essas dinâmicas
procíclicas. Essas medidas buscam garantir que o setor bancário sirva como um amortecedor de
choques, em vez de um transmissor de riscos para o sistema financeiro e a economia em geral.
O Comitê promoveu práticas de provisionamento mais robustas por meio de três iniciativas
relacionadas:
6
Framework é a estrutura de regras para determinado tema. No nosso caso, requerimento de capital. Também pode
ser traduzido como “Arcabouço”, mas é importante conhecer o termo em inglês, pois ele é recorrente.
7
Padrões Internacionais de Contabilidade
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2. Em segundo lugar, atualizou suas orientações de supervisão para serem consistentes com
a mudança para tal abordagem de EL. Tal abordagem vai ajudar os supervisores a
promover práticas robustas de provisionamento sob a abordagem desejável de EL.
3. Em terceiro lugar, abordou incentivos para provisionamento mais forte no arcabouço de
capital regulatório.
Grande parte dessa atividade foi impulsionada por um problema de ação coletiva, onde
reduções nas distribuições eram percebidas como um sinal de fraqueza. No entanto, essas ações
tornaram os bancos individuais e o setor como um todo menos resilientes. Muitos bancos logo
retornaram à rentabilidade, mas não fizeram o suficiente para reconstruir seus buffers de capital
para apoiar novas atividades de empréstimo. Consideradas em conjunto, essa dinâmica
aumentou a prociclicidade do sistema.
Para abordar essa falha de mercado, o Comitê introduziu um arcabouço que dará aos
supervisores ferramentas mais robustas para promover a conservação de capital no setor
bancário.
Ou seja, a ideia é que os bancos acumulem capital prudencial durante períodos bons
economicamente, em contraste com o que tínhamos anteriormente, quando as exigências eram
reduzidas quando tudo ia bem.
Durante a crise financeira, as perdas no setor bancário durante uma desaceleração, precedida
por um período de crescimento excessivo de crédito, podem ser extremamente grandes. Tais
perdas podem desestabilizar o setor bancário, o que pode desencadear ou agravar uma
desaceleração na economia real. Isso, por sua vez, pode desestabilizar ainda mais o setor
bancário.
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Essas interligações destacam a importância particular de o setor bancário construir suas defesas
de capital em períodos em que o crédito cresceu a níveis excessivos. A construção dessas
defesas deve ter o benefício adicional de ajudar a moderar o crescimento excessivo de crédito.
O Comitê de Basileia inseriu um regime que ajustará a faixa do buffer de capital, estabelecida
pelo mecanismo de conservação de capital, quando houver sinais de que o crédito cresceu a
níveis excessivos. O objetivo do buffer contracíclico é alcançar a meta macroprudencial mais
ampla de proteger o setor bancário em períodos de crescimento excessivo de crédito agregado.
Em outras palavras, os bancos devem criar um colchão de capital, que deve aumentar quando
eles emprestam demais.
Por fim, o requisito de abordar o crescimento excessivo de crédito é fixado em zero em tempos
normais e só aumenta durante períodos de disponibilidade excessiva de crédito. No entanto,
mesmo na ausência de uma bolha de crédito, os supervisores esperam que o setor bancário
construa um buffer acima do mínimo para se proteger contra choques severos plausíveis, que
podem emanar de várias fontes.
Bancos sistemicamente importantes devem ter capacidade de absorção de perdas além dos
padrões mínimos. Como parte deste esforço, o Comitê desenvolveu uma proposta de
metodologia que compreende indicadores quantitativos e qualitativos para avaliar a importância
sistêmica de instituições financeiras em nível global.
O Comitê também está conduziu um estudo sobre a magnitude da absorção adicional de perdas
que instituições financeiras globalmente sistêmicas devem ter, juntamente com uma avaliação
do grau de absorção de perdas em situação de funcionamento normal que poderia ser fornecido
pelos vários instrumentos propostos. A análise do Comitê também abrangeu medidas adicionais
para mitigar os riscos ou externalidades associadas a bancos sistêmicos, incluindo sobretaxas de
liquidez, restrições mais rígidas para grandes exposições e supervisão aprimorada.
Várias das exigências de capital introduzidas pelo Comitê para mitigar os riscos decorrentes de
exposições a nível de empresa entre instituições financeiras globais também ajudarão a abordar
o risco sistêmico e a interconexão. Estas incluem:
• incentivos de capital para bancos usarem contrapartes centrais para derivativos de balcão;
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• requisitos de capital mais altos para atividades de negociação e derivativos, bem como
securitizações complexas e exposições fora do balanço (por exemplo, veículos de
investimento estruturado);
• requisitos de capital mais altos para exposições entre o setor financeiro; e
• a introdução de requisitos de liquidez que penalizam a dependência excessiva de
financiamento interbancário de curto prazo para apoiar ativos de prazo mais longo.
Requisitos de capital robustos são uma condição necessária para a estabilidade do setor
bancário, mas por si só não são suficientes.
Uma base de liquidez forte, reforçada através de padrões de supervisão robustos, é igualmente
importante. Até Basileia III, no entanto, não existiam padrões harmonizados internacionalmente
nesta área. O Comitê de Basileia, portanto, introduziu padrões globais de liquidez
harmonizados internacionalmente.
Durante a fase inicial da crise financeira, muitos bancos – apesar de níveis adequados de capital
– ainda enfrentaram dificuldades porque não gerenciaram sua liquidez de maneira prudente. A
crise reforçou a importância da liquidez para o funcionamento adequado dos mercados
financeiros e do setor bancário. Antes da crise, os mercados de ativos estavam em alta e o
financiamento estava facilmente disponível a baixo custo.
A rápida reversão nas condições do mercado ilustrou como a liquidez pode evaporar
rapidamente e que a iliquidez pode durar por um período prolongado. O sistema bancário
sofreu um estresse severo, o que necessitou de ação do banco central para apoiar tanto o
funcionamento dos mercados monetários quanto, em alguns casos, instituições individuais.
As dificuldades enfrentadas por alguns bancos foram devidas a falhas nos princípios básicos de
gerenciamento do risco de liquidez. Em resposta, como fundação de seu quadro de liquidez, o
Comitê publicou em 2008 os Princípios para um Gerenciamento de Risco de Liquidez e
Supervisão Sólidos. Esses Princípios fornecem orientações detalhadas sobre a gestão de risco e
supervisão do risco de liquidez de financiamento e devem ajudar a promover um melhor
gerenciamento de risco nesta área crítica, mas somente se houver implementação completa por
bancos e supervisores.
Para complementar estes princípios, o Comitê fortaleceu ainda mais seu quadro de liquidez ao
desenvolver dois padrões mínimos para a liquidez de financiamento. Estes padrões foram
desenvolvidos para alcançar dois objetivos separados, mas complementares.
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Estes dois padrões são compostos principalmente de parâmetros específicos que são
internacionalmente “harmonizados” com valores prescritos. Certos parâmetros contêm
elementos de discrição nacional para refletir condições específicas de jurisdição. Nestes casos,
os parâmetros devem ser transparentes e claramente delineados nos regulamentos de cada
jurisdição para fornecer clareza tanto dentro da jurisdição quanto internacionalmente.
O LCR (de Liquidity Coverage Ratio, ou Taxa/Índice de Cobertura de Liquidez) visa promover
resiliência a potenciais interrupções de liquidez em um horizonte de trinta dias. Faz sentido, né,
quando você lembra que a questão de liquidez é sempre de curto ou curtíssimo prazo.
Ele busca ajudar a garantir que bancos globais tenham ativos líquidos de alta qualidade e não
onerados em quantidade suficiente para compensar os fluxos de caixa líquidos negativos que
poderiam enfrentar em um cenário de estresse agudo de curto prazo.
Os ativos líquidos de alta qualidade mantidos no estoque devem ser não onerados, líquidos em
mercados durante um período de estresse e, idealmente, serem elegíveis para o banco central.
8
Comentários: A afirmativa está incorreta. O LCR (Taxa de Cobertura de Liquidez) visa promover resiliência a
potenciais interrupções de liquidez em um horizonte de trinta dias, não um ano. Afinal, liquidez tem tudo a ver com
curto ou curtíssimo prazo, lembra? Gabarito: Errado
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Acabamos de ver uma série de diretrizes estabelecidas pelo Comitê de Basileia no que diz
respeito a requerimento de capital.
O que faremos agora é ver como isso ocorreu, na prática, no Brasil. Ou seja, como é, de fato, que
o Banco Central exige capital das instituições financeiras.
Atualmente, isso está definido na Resolução CMN nº 4.955/2021, que já passou por duas
alterações desde sua publicação.
Mas existe outra Resolução que vai determinar a exigência de capital (4.958/2021), e outra
Resolução (4.606/2017) que trata sobre apuração e requerimento para instituições de menor
risco ou complexidade.
Veremos essas três resoluções em detalhes, mas considero importante que você já tenha um
panorama desde já.
A partir daqui, infelizmente, a aula fica um tanto árida, e só melhora quando terminarmos o
capítulo 2. É assim porque as normas são muito detalhadas, cheias de termos técnicos e bastante
complexas, e banca pode cobrar o que ela quiser. Meu papel é ponderar o custo X benefício de
tudo que coloco no material, e buscar explicar da forma mais didática possível, sem renunciar à
precisão técnica. E é isso que farei.
O seu trabalho é dar seu máximo, combinado? Talvez lembrar do salário de +20k ajude...
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Aula 10
Como adiantei, a Resolução CMN nº 4.955/2021 vai tratar sobre a apuração do capital para
instituições financeiras (IF).
Esse capital cuja destinação é especificamente fazer frente aos riscos, conforme padrões
internacionais estabelecidos no âmbito de Basileia, é chamado de patrimônio de referência
(PR)9.
Então, é como se a Resolução “falasse”: olha só, a gente precisa seguir padrões internacionais
para sermos considerados um país com sistema financeiro sólido, e esse padrões determinam
que A, B e C são capitais que podem ser chamamos de “patrimônio de referência”, capital bom
para fazer frente aos riscos, sabe?... ah, e tem mais: alguns desses capitais são melhores que os
outros.”
A Resolução não vai falar quanto desses capitais – ou patrimônio de referência – cada IF precisa
ter. Isso é com outra resolução.
Afinal, essas instituições, dada a natureza de seus negócios, oferecem pouco risco sistêmico.
Mas, como você pode imaginar, essas entidades também têm regras próprias sobre o tema, e
veremos algumas delas ainda nesta aula.
A Resolução define que há capitais de diferentes qualidades que podem ser considerados PR,
divididos em Nível I e Nível II, sendo o Nível I considerado melhor. Além disso, o PR de Nível I
é dividido em Capital Principal e Capital Complementar. Fica assim:
9
Antigamente, era comum chamar o PR de PLA (Patrimônio Líquido Ajustado), mas hoje o termo utilizado
é mesmo PR.
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Capital
Principal
Nível I
Patrimônio de Capital
Referência PR Complementar
Nível II
Ou, então:
PR = N1 + N2
N1 = CP + CC
Pois bem, nosso trabalho agora será conhecer os detalhes sobre a apuração de cada um desses
tipos de capital.
Mas antes de começarmos, convém compreendermos alguns termos que serão bastante
repetidos nesta aula. Estou falando de subsidiária, controlador e conglomerado.
A ideia por trás de todos esses termos é simples: não adiante nada exigir capital de, digamos, o
Banco Múltiplo Coruja S.A., e não olhar o que está acontecendo com o Coruja Plus Banco de
Investimento S.A., sendo que as empresas fazem parte do mesmo grupo, ou melhor,
conglomerado.
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Apenas para isso ficar menos abstrato, vou mostrar um exemplo real do conglomerado
prudencial do Banco do Brasil. Mas não se preocupe: é apenas para ilustrar, com fins didáticos,
e a banca não vai perguntar “o nome das empresas do conglomerado X”.
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Comentários: Tudo correto. Temos, aqui, a definição de conglomerado financeiro. Gabarito: Certo
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Para apurar o Capital Principal de Nível I, são somados uma série de valores, e subtraídos
outros tantos. Então trarei a lista e, quando for necessário, diante de termos técnicos ou
complexos, darei algumas explicações adicionais. Será necessário com frequência...
a) O capital social constituídos por quotas ou ações (apenas não resgatáveis e sem
cumulatividade de dividendos).
Não resgatáveis: normalmente, as ações não são resgatáveis. Se um acionista quiser
“fazer dinheiro” com suas ações, ele precisa vender na bolsa. Contudo, algumas
podem permitir o resgate direto com a companhia.
Sem cumulatividade: Basileia III falou sobre isso, e para ser capital de alta qualidade,
não pode ser do tipo que fica acumulando dividendos. Se não pagou em
determinado período, não acumula.
Além disso, não deve ser considerado o aumento de capital em processo de
autorização. Sim, as instituições financeiras precisam de autorização do Banco
Central para realizar aumentos de capital.
b) Reservas: de capital, de reavaliação e de lucros;
As reservas de capital, reservas de reavaliação e reservas de lucros são conceitos
contábeis e financeiros importantes em uma empresa. Vou explicar cada um deles:
Reservas de Capital: São montantes acumulados pela empresa que não são
provenientes de lucros. Podem ser originárias de diversas fontes, como a emissão
de ações acima do valor nominal, doações, subvenções para investimento, entre
outras. Essas reservas são importantes para a saúde financeira da empresa e
geralmente são utilizadas para investimentos ou para proteger a empresa contra
futuros prejuízos.
Reservas de Reavaliação: Refere-se ao aumento do valor contábil de ativos da
empresa. Quando um ativo é reavaliado e seu valor de mercado é considerado
maior que o valor contábil registrado anteriormente, a diferença é registrada como
reserva de reavaliação. Esta reserva não pode ser distribuída como dividendos aos
acionistas, mas pode ser usada, por exemplo, para absorver prejuízos futuros ou
aumentar o capital social da empresa.
Reservas de Lucros: São parcelas do lucro líquido de uma empresa que são
retidas, ao invés de serem distribuídas aos acionistas. Essas reservas são formadas
com o objetivo de financiar projetos futuros, expandir as operações da empresa, ou
servir como um fundo de emergência. Dentro das reservas de lucros, existem várias
categorias, como a reserva legal, reserva estatutária, reserva para contingências,
entre outras, cada uma com um propósito específico conforme determinado pela
legislação ou pelos estatutos da empresa.
c) Ganhos não realizados decorrentes dos ajustes de avaliação patrimonial;
a. Um ganho é considerado "não realizado" quando o valor de um ativo aumenta no
papel, mas a empresa ainda não vendeu ou liquidou esse ativo. A diferença em
relação ao que vimos em item anterior é que, aqui, esse ganho não virou uma
reserva.
d) Sobras ou lucros acumulados;
e) Contas de resultado credoras;
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Além disso, o prazo da posição vendida deve ser superior a um ano e maior ou igual
ao da posição comprada.
c) operações com derivativos, inclusive derivativos de índices;
d) perdas ou prejuízos acumulados;
e) contas de resultado devedoras;
f) ao saldo do ajuste negativo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros
derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa;
g) ao saldo do ajuste negativo ao valor de mercado dos instrumentos financeiros
derivativos registrados contabilmente como passivos decorrente de alterações no
risco de crédito próprio da instituição, líquido dos efeitos tributários; e
h) ajustes prudenciais, que incluem:
a. ágios pagos na aquisição de investimentos com fundamento em expectativa de
rentabilidade futura líquidos de passivos fiscais diferidos a eles associados;
b. ativos intangíveis;
c. ativos atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido, líquidos
de passivos fiscais diferidos a ele associados aos quais a instituição financeira não
tenha acesso irrestrito.
Além de definir o que deve ser somado e o que deve ser subtraído, só para deixar as coisas bem
evidentes, a Resolução define que não devem ser considerados no Capital Principal:
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relação às quais o Banco Central do Brasil não tenha acesso a informações, dados e
documentos suficientes para fins da supervisão global consolidada;
i) valor da diferença a menor entre o valor provisionado e a perda esperada nas exposições
abrangidas por sistemas internos de classificação de risco de crédito (abordagens IRB);
Ou seja, esses itens não devem ser somados nem subtraídos no Capital Principal.
Agora, vamos ao esquema para ajudar a fixar tudo que acabamos de ver, sendo que o
quadradinho inclinado (ou losango, se preferir) indica itens relacionados:
11
Comentários: Ganhos não realizados, quando derivados de ajustes de avaliação patrimonial, contribuem positivamente para
o Capital Principal. Assim, o item está correto. Gabarito: Certo
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depósitos de poupança em
sobras ou lucros perdas ou prejuízos
associações de poupança e
acumulados acumulados
empréstimo
créditos tributários de
contas de resultado contas de resultado
diferenças temporárias ou
credoras devedoras
prejuízos fiscais
investimentos em entidade
ajuste positivo de derivativos ajuste negativo de
assemelhada a IF ou IF que
utilizados para hedge de derivativos utilizados para
não componha o
fluxo de caixa hedge de fluxo de caixa
conglomerado
ajuste negativo de
ajuste positivo de derivativos
derivativos passivos
passivos decorrente de participação de não
decorrente de alterações no
alterações no risco de controladores no capital de
risco de crédito da
crédito da instituição, líquido subsidiária (veja os casos)
instituição, líquido dos
dos efeitos tributários.
efeitos tributários
investimento em
ajustes prudenciais (ágios dependência, IF controlada
depósito em conta vinculada pagos, ativos intangíveis e no exterior ou entidade não
ativos atuariais) financeira sem acesso do
BCB
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O Capital Complementar é composto pela soma dos valores dos instrumentos que atendam
aos seguintes requisitos...
I. ser nominativos, quando emitidos no Brasil e, quando emitidos no exterior, sempre que
a legislação local assim o permitir;
II. integralizados em espécie;
III. ter caráter de perpetuidade (não ter vencimento);
IV. ter o seu pagamento subordinado ao pagamento dos demais passivos da instituição, com
exceção do pagamento dos elementos que compõem o Capital Principal, na hipótese de
dissolução da instituição emissora;
V. prever o pagamento de sua remuneração apenas com recursos provenientes de lucros
e reservas de lucros passíveis de distribuição no último período de apuração;
VI. prever a suspensão do pagamento da remuneração:
a. que exceder os recursos disponíveis para essa finalidade;
b. na mesma proporção da restrição imposta pelo Banco Central do Brasil à
distribuição de dividendos ou de outros resultados relativos às ações, quotas ou
quotas-partes, elegíveis ao Capital Principal;
c. do instrumento nos mesmos percentuais de retenção estabelecidos para o
pagamento de dividendos e de juros sobre o capital próprio ou para o pagamento
das sobras líquidas apuradas e da remuneração anual às quotas-parte de capital e
ao resgate das quotas-partes, no caso de cooperativas de crédito, se a instituição
emissora apresentar insuficiência no cumprimento do Adicional de Capital
Principal, nos termos da regulamentação específica, ou o pagamento acarretar
desenquadramento em relação aos requerimentos mínimos de Capital Principal,
Nível I e PR;
VII. ter o resgate ou a recompra, ainda que realizado indiretamente por intermédio de
entidade integrante do próprio conglomerado ou por entidade não financeira controlada,
condicionado à autorização do Banco Central do Brasil;
VIII. ser resgatáveis apenas por iniciativa do emissor;
IX. não ser objeto de garantia, seguro ou qualquer outro mecanismo que obrigue ou
permita pagamento ou transferência de recursos, direta ou indiretamente, da instituição
emissora, de entidade do conglomerado, ou de entidade não financeira controlada, para
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Muito bem!
Os instrumentos que possuem essas características podem ser contabilizados como Capital
Complementar, mas, assim como ocorre com o Principal, há de se fazer algumas deduções:
12
Isso tem a ver com o requerimento de capital, que logo veremos.
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Você deve ter notado que, ao contrário do Capital Principal, os instrumentos elegíveis a compor
o Capital Complementar podem ser emitidos com cláusula de opção de recompra ou resgate
pelo emissor. Mas há algumas condições, cumulativamente:
13
Comentários: Os instrumentos do Capital Complementar não podem ser objeto de garantia, seguro ou qualquer mecanismo
que comprometa a condição de subordinação, independentemente da autorização da instituição emissora. Gabarito: Errado
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Requisitos Deduções
O esquema aqui é o mesmo que vimos: vamos somar algumas coisas, e subtrair outras.
No caso do PR Nível II, a apuração ocorre mediante a soma dos valores de:
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A AIRB permite que o banco utilize modelos internos para estimar diretamente
as PDs e as LGDs. Isso proporciona maior flexibilidade à instituição na avaliação
de seus próprios riscos.
Assim como na FIRB, a perda esperada é calculada multiplicando a PD, LGD e
EAD.
Ambas as abordagens IRB visam refletir com mais precisão o perfil de risco de
crédito específico de cada exposição. A perda esperada é uma medida
fundamental para determinar a quantidade de capital regulatório que um banco
deve manter para cobrir os riscos associados às suas atividades de crédito. O uso
de sistemas internos de classificação de risco de crédito permite uma abordagem
mais personalizada e adaptada à realidade de cada instituição financeira.
Portanto, se a instituição tiver provisionado, por exemplo, R$100 bilhões, mas o método IRB
apurar uma perda esperada de R$80 bilhões, a diferença, de R$20 bilhões, pode ser apurada
como Capital Complementar.
Um detalhe importante, que vale para os instrumentos em geral, é o seguinte:
Na hipótese de emissão no exterior, os instrumentos elegíveis a compor o Nível II devem
conter cláusula elegendo foro no qual sejam reconhecidos os requisitos para o
instrumento, para dirimir eventuais disputas judiciais.
Por fim, o mesmo que vimos sobre a recompra/resgate de instrumentos de Capital
Complementar vale para o PR Nível II. Vamos apenas revisar as condições para um instrumento
com esse tipo de cláusula poder ser considerado no PR Nível II:
I. intervalo mínimo de 5 (cinco) anos entre a data de emissão e a primeira data de
exercício de opção de recompra ou resgate;
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Requisitos
Você lembra que eu mencionei que existiam alguns instrumentos que podem compor o Capital
Principal da instituição ou conglomerado que precisam de uma autorização específica do Banco
Central?
Pois bem, os valores efetivamente integralizados referentes a esses instrumentos de capital ou
de dívida, bem como daqueles elegíveis para Capital Complementar e para o Nível II somente
podem compor o Capital Principal, Complementar e o Nível II mediante autorização do Banco
Central do Brasil.
E a primeira exigência para obter essa autorização diz respeito ao contrato ou instrumento que
ampare a operação de captação, que deve conter capítulo específico denominado Núcleo de
Subordinação, composto por:
I. cláusulas que permitam evidenciar o atendimento dos requisitos para o Capital Principal,
Complementar e o Nível II;
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II. cláusula estabelecendo ser nula qualquer outra, no contrato ou em outro documento, que
prejudique o atendimento dos requisitos previstos na Resolução;
III. cláusula estabelecendo que o aditamento, alteração ou revogação dos termos do Núcleo
de Subordinação dependem de prévia autorização do Banco Central do Brasil; e
IV. resumo da operação, contendo as seguintes informações:
a. natureza da captação;
b. valor captado; e
c. estrutura do fluxo de desembolsos relativos ao pagamento de amortizações e
encargos.
Por que só para o Nível II? Porque para o Nível I os instrumentos não podem ter vencimento,
lembra?
E para que sejam autorizados a compor o Capital Principal, Complementar e o Nível II, os
instrumentos devem:
I. ser emitidos por instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou por sua
dependência ou subsidiária no exterior, desde que essas últimas não sejam constituídas
como sociedade de objeto exclusivo ou entidade de propósito específico, qualquer que
seja sua forma jurídica;
II. possuir, no momento de sua emissão, valor nominal unitário mínimo de R$300.000,00
(trezentos mil reais) ou equivalente em moeda estrangeira;
III. ser registrados em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo
Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM); e
IV. abranger, no registro, os componentes do Núcleo de Subordinação (vistos
anteriormente).
Por fim, no caso de instrumentos emitidos no exterior, o pedido de autorização deve estar
acompanhado de parecer jurídico, emitido por escritório de advocacia habilitado na jurisdição
cuja legislação seja aplicável ao instrumento, no qual se ateste, sem ressalvas, a adequação das
cláusulas do instrumento à referida legislação.
Como comentei, alguns instrumentos precisam ser deduzidos tanto do PR Nível I (Capital
Principal e Complementar) quanto do PR Nível II. São eles:
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Uma regra geral é que devem ser deduzidas integralmente as aquisições recíprocas de
instrumentos, quando essas aquisições aumentam, de forma artificial, o Patrimônio de
Referência. O que significa isso?
Suponha que duas instituições financeiras, A e B, realizem uma transação de aquisição recíproca
de instrumentos elegíveis para compor o Patrimônio de Referência (PR). Ambas as instituições
concordam em comprar títulos emitidos pela outra instituição, com o objetivo de aumentar seus
respectivos PRs.
1. Instituição A:
Adquire títulos emitidos pela Instituição B no valor de $10 milhões.
Estes títulos são considerados instrumentos elegíveis para compor o PR de A.
2. Instituição B:
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Consequentemente, a dedução integral seria aplicada para eliminar esse aumento artificial no
PR, assegurando que os requisitos de capital estejam alinhados com uma posição financeira mais
sólida e realista.
Para compreender o que está escrito acima, vamos a um exemplo numérico e (mais ou menos)
fictício. Vamos usar o conglomerado do BB para isso, e os participantes (não controladores) do
conglomerado BB-BANCO DE INVESTIMENTO S/A e BB BANCO DE CÂMBIO S.A.
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1. Deduções no PR do Conglomerado:
• Dedução do Capital Principal: 20 (excesso no Capital Principal da subsidiária)
• Dedução do Nível I: 10 (excesso no Nível I da subsidiária)
• Dedução do PR: 30 (excesso no PR da subsidiária)
Lembrando que isso deve ser repetido para cada instituição do conglomerado que se enquadre
na situação, e o PR é sempre apurado no nível do conglomerado.
Essas deduções garantem que o conglomerado atenda aos requisitos regulatórios consolidados,
levando em consideração não apenas a posição do conglomerado em si, mas também os valores
em excesso presentes nas subsidiárias, especialmente quando a participação de não
controladores ultrapassa os requisitos mínimos estabelecidos para essas subsidiárias.
A primeira coisa a saber a respeito do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) é que esse nome
não é mais utilizado pelo BCB e pelo CMN desde 2013. Digo isso apenas para que você não
estranhe se ler em algum lugar, como numa questão ou material mais antigo.
E como chama agora? Normalmente, apenas nos referimos como requerimentos de capital ou
como requerimentos de PR.
Mas, na prática, é a mesma coisa: o CMN dizendo para a instituição (ou conglomerado) quanto
Patrimônio de Referência ela precisa ter de cada tipo (Principal, Complementar e Nível II). Isso, é
claro, depois de explicar detalhadamente como apurar cada tipo de PR.
14
Comentários: Deduções no PR do conglomerado são aplicadas para evitar aumentos artificiais no Patrimônio de
Referência, independentemente de haver prejuízo real nas transações envolvendo instrumentos elegíveis. O item é
incorreto. Gabarito: Errado
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Para começar, vou te dar um panorama. Você já sabe que a IF precisará ter determinada
quantidade de capital, ou melhor, de PR.
E essa quantidade vai ser definida como um percentual do risco ao qual ela está sujeita.
Mas como medir o risco ao qual a IF está sujeita? Tem que haver uma forma objetiva de fazer
isso, não é?
Bom, de forma bastante ampla, podemos dizer que o principal risco de uma IF é não receber o
que ela espera receber. Em outras palavras, os ativos (bens e direitos) da instituição representam
seu maior risco.
Uma instituição que possui ativos muito grandes, por lógica, deve ter um PR muito grande.
Mas e se, apesar de muito grande, esses ativos são de excelente qualidade? Seria justo exigir um
monte de capital nesse caso? Afinal, uma carteira cheia de títulos públicos é bem diferente de
uma carteira cheia de empréstimos para negativados sem garantia.
Então, precisamos levar isso em consideração... precisamos ponderar esses ativos de acordo
com o risco que eles possuem. Ou melhor, de acordo com os riscos.
Você vai lembrar que Basileia exige capital para os riscos de crédito, de mercado e operacional.
Então, basicamente, o que o CMN determina é que a instituição olhe para seus ativos e avalie,
um por um, quais são os riscos a que eles estão expostos.
Esse ativo de R$100 mil está exposto ao risco de crédito? Opa, então vamos separar um capital
para isso, talvez uns 1% de Capital Principal, uns 5% de Nível I, e uns 8% de PR...
(esses percentuais são fictícios, apenas para você pegar a ideia, e logo veremos os valores reais)
Ah, tem risco de mercado também? Já sabe: coloca mais PR nesse negócio aí.
Agora, vejamos como isso ocorre, de fato, nos termos da Resolução CMN n° 4.958 de
21/10/2021.
Mas há exceções:
• Administradoras de Consórcios;
• Instituições de Pagamento;
• Instituições Financeiras pequenas (enquadradas no segmento S5).
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SEGMENTAÇÃO PRUDENCIAL
E tem um negócio bem específico a respeito dessas exceções, que a banca pode querer cobrar.
É sobre as Instituições de Pagamento. Caso uma IP seja líder de um conglomerado, esse
conglomerado deverá apurar o requerimento de forma consolidada, mas também há outra
Resolução específica para isso.
Pois bem, volta às instituições financeiras e demais autorizadas pelo BCB, a quem a Resolução nº
4.958/2021 se aplica, temos que elas devem manter determinados mínimos montantes de:
• Capital Principal
• PR de Nível 1
• Patrimônio de Referência
Note, portanto, que não há exigência direta de Capital Complementar ou de PR de Nível 2, mas
isso ocorre de forma indireta, complementar.
E, é claro, os requerimentos mínimos devem ser apurados de forma consolidada para instituições
integrantes de conglomerado prudencial.
15
Comentários: A Resolução CMN nº 4.958/2021 se aplica a diversas instituições financeiras e outras autorizadas a funcionar pelo
Banco Central do Brasil, não se restringindo apenas a bancos comerciais de grande porte. Gabarito: Errado
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Agora, vamos entender como são medidos os riscos sobre os ativos, que são a base para
determinar os percentuais de PR.
Os ativos da instituição são ponderados de acordo com os riscos, como já adiantei. Quanto
maiores os riscos, maior será considerado o valor do ativo e, consequentemente, maior será o
requerimento de capital.
Por isso, os Ativos Ponderados pelos Riscos (RWA, da sigla em inglês para Risk Weighted
Assets) são compostos por cinco parcelas:
Como você pode ver, os riscos de crédito e de mercado possuem, cada um deles, duas parcelas:
uma para abordagem padronizada, outra para abordagem IRB. É assim porque alguns ativos
estão sujeitos à abordagem padronizada, enquanto outros tipos devem seguir a metodologia
IRB.
Mas o risco de mercado pode ser bastante complexo, e por isso a parcela RWAMPAD é especial, se
desdobrando em outras nove parcelas.
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Mas não entraremos em detalhes sobre isso. Além de bastante complexo, a chance de cobrança
em provas é muitíssimo remota. Não tente decorar o exemplo a seguir, ele está aí apenas para
você ter uma noção do que estou falando. Esta é a fórmula para apuração apenas do RWAJUR4:
Ela não é nem uma das mais complicadas. Então, foque no que vai trazer pontos na sua prova! E
se eu fosse a banca, definitivamente, eu cobraria o seguinte, que é, talvez, o ponto mais
importante desta parte da aula.
Afinal, quais são os percentuais mínimos de PR exigidos sobre os RWA? Isso merece um quadro
bem grande:
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Patrimônio de
Capital Principal Nível I
Referência
4,5% 6% 8%
E esse 8%, meus caros, é o famoso Índice de Basileia (IB). Ou seja, as instituições devem manter,
pelo menos, um valor de PR de 8% do valor dos ativos ponderados pelo risco.
PR (Patrimônio de Referência)
Índice de Basileia= ≥ 8%
RWA (Ativos ponderados pelo risco)
No Brasil, o IB já foi de 11% - o que era acima do exigido pelo Comitê de Basileia - contudo, foi
reduzido gradativamente e, desde 2019, possui esse percentual de 8%.
E talvez você esteja curiosa ou curiosa para saber se isso não é algo preocupante, reduzir a
exigência de capital desse jeito. Então trago um aspecto real: no Brasil, quase todas (coisa de
98%) as instituições supervisionadas conseguem atender ao Índice de Basileia usando apenas
Capital Principal.
Além disso, o Índice de Basileia efetivo médio das instituições que precisam cumpri-lo é de cerca
de 16%, ou seja, as instituições, na média, cumprem o dobro do mínimo exigido.
Ah, tem uma exceção em relação à exigência de IB de 8%, e fica por conta das cooperativas de
crédito não filiadas a uma central e que não optarem pela metodologia simplificada (que
veremos nesta aula). Essas devem manter um IB de 14%, pelo menos.
Agora, antes de passarmos para o próximo assunto, uma questão que você não pode errar de
forma alguma.
16
Comentários: É isso mesmo. O Índice de Basileia é calculado como a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e os Ativos
Ponderados pelo Risco (RWA). O índice deve ser igual ou superior a 8%, de acordo com as normas estabelecidas. Gabarito: Certo
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Então, aqui entra o chamado Adicional de Capital Principal (ACP), que significa, como nome
indica, uma exigência de capital adicional, acima dos 8% do IB, e que deve ser cumprida com
Capital Principal.
As demais parcelas devem ser observadas por todas as instituições sujeitas a requerimento de
capital, e todas devem ser apuradas em bases consolidadas no caso de conglomerados.
PARCELAS DO ACP
Parcela Percentual Descrição
Caso a IF ou conglomerado não cumpra os requerimentos de ACP, ela estará sujeita a restrições:
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No caso dos itens I a III, a restrição é progressiva, indo de 40%, caso a insuficiência seja
relativamente baixa, até 100%, caso a insuficiência seja elevada.
(O S5, como você pode imaginar, refere-se ao segmento S5, que enquadra as instituições de
menores complexidade e riscos)
Naturalmente, essa estrutura não pode ser adotada por todas as instituições, de forma que
apenas determinados grupos podem aderir, e desde que cumpram determinados requisitos.
17
Comentários: O percentual do ACPCONSERVAÇÃO é de 2,5% do RWA, como estabelecido pela Resolução CMN n°
4.958/2021. Gabarito: Certo
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Lembrando que instituições não bancárias são aquelas que não captam depósitos à vista e que
não adotam a palavra banco em sua denominação.
Mas não basta pertencer a algum desses grupos, também é necessário cumprir,
cumulativamente, os seguintes requisitos:
Lembra do Capital Principal, Complementar e Nível II? (claro que lembra) Então, aqui não tem
nada disso, já que é uma estrutura simplificada.
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Muito bem! Agora, vejamos como é a apuração do valor dos Ativos Ponderados pelo Risco na
Forma Simplificada (RWAS5), composto por três parcelas:
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Apurados esses valores, chegamos aos requerimentos de capital, que são os seguintes:
I. 12% (doze por cento) do montante RWAS5, para cooperativa singular de crédito filiada a
cooperativa central; e
II. 17% (dezessete por cento) do montante RWAS5, para demais instituições.
Ou seja, o “Índice de Basileia Simplificado” (nome didático e não oficial) é de 17%, em regra,
e de 12% para cooperativa de crédito filiada a cooperativa central.
Vamos ver um esquemão com toda essa parte do requerimento e apuração simplificados.
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Grupos Requisitos
I: cooperativas singulares de crédito segmento 5 (S5)
II: instituições não bancárias de crédito perfil de risco simplificado
*exceto agências de fomento
ações com
reservas ações resgate, 17%
(capital, instrumentos reembolso, RWARCSimp *12% para
reavaliação de emissão amortização, risco de crédito cooperativas
e lucros) própria recompra ou filiadas a central
cancelamento
contas de
ajustes
resultado
prudenciais
credoras
depósito
em conta
vinculada
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.bcb.gov.br/
https://www.bis.org/bcbs/
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RESUMOS E ESQUEMAS
MODELOS ADOTADOS NO BRASIL
Regulação
Supervisão
Risco de possibilidade de uma operação de crédito não ser honrada pelo tomador,
gerando perdas para o credor.
Crédito
inclui desvalorização em virtude de deterioração da qualidade creditícia da
contraparte e custos de recuperação.
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constituição e transferência ou
fusão, cisão ou transformação
alteração de controle
funcionamento societário;
incorporação; societária;
a criação ou extinção
a alteração dos a transferência da
de carteira
estatutos ou dos sede social para outro
operacional, por
contratos sociais; município.
banco múltiplo;
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Outros
Estatuto ou
documentos e
contrato social
declarações
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deixarem atender a
convocação para
entrevista;
instrução em
desacordo com o
formato exigido.
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CANCELAMENTO DA
AUTORIZAÇÃO
A PEDIDO DE OFÍCIO
(DA INSTITUIÇÃO) (PELO BCB)
Deve liquidar as
operações Em caso de: O BCB deve:
falta de prática
notificar a instituição
habitual da atividade
objeto da autorização para se manifestar
considerar os riscos do
não localização da
cancelamento para a
instituição no endereço
estabilidade do sistema
informado
financeiro nacional
Descumprimento do
plano de negócio durante
o seu período de
abrangência
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ACORDOS DE BASILEIA
Basileia I (1988)
Basileia II (2004)
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Divulgação de
Qualidade,
Capitais de todos os
consistência e
nível 1 e 2 elementos do
transparência
capital
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Capital
Principal
Nível I
Patrimônio de Capital
Referência PR Complementar
Nível II
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depósitos de poupança em
sobras ou lucros perdas ou prejuízos
associações de poupança e
acumulados acumulados
empréstimo
créditos tributários de
contas de resultado contas de resultado
diferenças temporárias ou
credoras devedoras
prejuízos fiscais
investimentos em entidade
ajuste positivo de derivativos ajuste negativo de
assemelhada a IF ou IF que
utilizados para hedge de derivativos utilizados para
não componha o
fluxo de caixa hedge de fluxo de caixa
conglomerado
ajuste negativo de
ajuste positivo de derivativos
derivativos passivos
passivos decorrente de participação de não
decorrente de alterações no
alterações no risco de controladores no capital de
risco de crédito da
crédito da instituição, líquido subsidiária (veja os casos)
instituição, líquido dos
dos efeitos tributários.
efeitos tributários
investimento em
ajustes prudenciais (ágios dependência, IF controlada
depósito em conta vinculada pagos, ativos intangíveis e no exterior ou entidade não
ativos atuariais) financeira sem acesso do
BCB
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Requisitos Deduções
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SEGMENTAÇÃO PRUDENCIAL
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Patrimônio de
Capital Principal Nível I
Referência
4,5% 6% 8%
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Grupos Requisitos
I: cooperativas singulares de crédito segmento 5 (S5)
II: instituições não bancárias de crédito perfil de risco simplificado
*exceto agências de fomento
ações com
reservas ações resgate, 17%
(capital, instrumentos reembolso, RWARCSimp *12% para
reavaliação de emissão amortização, risco de crédito cooperativas
e lucros) própria recompra ou filiadas a central
cancelamento
contas de
ajustes
resultado
prudenciais
credoras
depósito
em conta
vinculada
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (CEBRASPE/2002/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)
Julgue o item que se segue, a respeito de gestão de risco no mercado financeiro e de operações
no mercado financeiro.
Risco de mercado consiste na possibilidade de perdas causadas pelo impacto de flutuações de
preços, índices ou taxas sobre os instrumentos financeiros que compõem o patrimônio de uma
empresa.
Comentários:
O risco de mercado está relacionado principalmente à flutuação dos preços dos ativos, dos
índices, das taxas de juros, bem como da variação cambial. Portanto, a questão está correta.
Gabarito: Certo
Comentários:
A questão está errada, pois traz o conceito do risco de liquidez, e não do risco operacional.
Gabarito: Errado
Comentários:
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Pelo Princípio 8 de Governança Corporativa, os bancos devem evitar “silos” organizacionais que
possam impedir o compartilhamento eficaz de informações em toda a organização e pode
resultar em decisões tomadas isoladamente do resto do banco.
A questão está errada, porque na abordagem por silos a gestão é feita de forma individualizada
para cada área, sendo cada uma um “silo”, isolado das demais.
Gabarito: Errado
a) 1, 3, 2, 4.
b) 1, 4, 2, 3.
c) 2, 1, 3, 4.
d) 3, 2, 4, 1.
e) 4, 3, 1, 2.
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Comentários:
Questão para revisar os conceitos dos tipos de riscos. Vamos associar os riscos aos itens e grifar
seus termos chave:
(3) Risco de Mercado - Relaciona-se à flutuação de preços de ativos e passivos das instituições,
podendo ser definido como a variação de preços. Os principais elementos relacionados a este
tipo de risco são: taxa de juros, taxa de câmbio, preço de ações e preço de commodities.
(2) Risco de Liquidez - Relaciona-se à incapacidade de pagamento das obrigações por falta de
recursos disponíveis. Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: má gestão
do fluxo de caixa, grandes posições financeiras em um mercado ou produto, falta de liquidez do
mercado e crises financeiras.
(4) Risco Operacional - Relaciona-se às perdas por falhas em processos, pessoas ou sistemas.
Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são: erros, fraudes e roubos, tecnologia
defasada, falha nos processos operacionais e fatores externos não previstos.
(1) Risco de Crédito - Relaciona-se à possibilidade de não pagamento da contraparte, seja por
incapacidade ou vontade. Os principais elementos relacionados a este tipo de risco são:
alteração do valor de dívidas, concentração em poucos credores, avaliação errada da situação
econômica da contraparte e perda do valor de garantias.
Gabarito: ”d”
5. (IDECAN/2012/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro)
Sobre os riscos inerentes ao sistema econômico e financeiro, relacione corretamente as colunas
a seguir.
1. Risco de liquidez.
2. Risco de mercado.
3. Risco operacional.
4. Risco legal.
5. Risco sistêmico.
( ) Risco de perdas nas posições de balanço e extra-balanço que surge dos movimentos nos
preços do mercado.
( ) Variação desfavorável de retorno devido à falta de negociabilidade de um instrumento
financeiro por preços alinhados com vendas recentes. Esse risco pode surgir em função do
tamanho de determinada posição em relação aos volumes usuais de negociação ou da
instabilidade das condições de mercado.
( ) Risco de que a inadimplência de um participante com suas obrigações em um sistema de
transferência, ou em geral, nos mercados financeiros, possa fazer com que outros participantes
ou instituições financeiras não sejam capazes de cumprir com suas obrigações. Essa
inadimplência pode causar problemas significativos de liquidez ou de crédito e poderia
ameaçar a estabilidade dos mercados financeiros.
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Comentários
Mesmo estilo da questão anterior. Vamos novamente ser objetivos, associando os itens e
grifando as palavras-chave.
(2) Risco de mercado - Risco de perdas nas posições de balanço e extra-balanço que surge dos
movimentos nos preços do mercado.
(5) Risco sistêmico - Risco de que a inadimplência de um participante com suas obrigações em
um sistema de transferência, ou em geral, nos mercados financeiros, possa fazer com que outros
participantes ou instituições financeiras não sejam capazes de cumprir com suas obrigações. Essa
inadimplência pode causar problemas significativos de liquidez ou de crédito e poderia ameaçar
a estabilidade dos mercados financeiros. O risco sistêmico é aquele que atinge o sistema como
um todo.
(3) Risco operacional - Risco de haver erro humano ou falha de equipamentos, programas de
informática ou sistema de telecomunicações imprescindíveis ao funcionamento de determinado
sistema.
(4) Risco legal - O risco de que uma parte sofra uma perda porque as leis ou regulações não
dão suporte às regras do sistema de liquidação de valores mobiliários, à execução dos arranjos
de liquidação relacionados ou aos direitos de propriedade e outros interesses que são mantidos
pelo sistema de liquidação.
Gabarito: ”d”
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6. (FGV/2018/Banestes/Técnico Bancário)
A fiança bancária é uma operação tradicional no mercado brasileiro, em que um banco, por
meio da “carta de fiança”, assume o papel de fiador de uma outra companhia numa operação
comercial, concorrência pública ou de crédito.
Do ponto de vista dos riscos envolvidos para as partes, há mitigação do risco:
a) de crédito envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa.);
b) de mercado envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
c) operacional envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
d) de crédito envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
e) de mercado envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa)
Comentários
A fiança bancária é um instrumento que tem como objetivo mitigar o risco de crédito.
A empresa possui uma negociação com o seu fornecedor, e o banco entra como um terceiro
agente, que garante por meio do instrumento a quitação da obrigação. Portanto, a fiança
bancária mitiga o risco de crédito envolvido na negociação entre a empresa afiançada e sua
contraparte.
Gabarito: “d”
7. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário)
A possibilidade de perda associada ao decréscimo dos ganhos esperados provocado pela
deterioração da qualidade creditícia do tomador do crédito é uma situação contemplada no
conceito de risco de mercado.
Comentários:
O risco de mercado está associado à oscilação de preços dos ativos na economia. O risco de
deterioração na qualidade creditícia do tomador está relacionado ao risco de crédito.
Gabarito: Errado
8. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário)
O risco legal associado à inadequação ou à deficiência em contratos firmados com clientes
beneficiários de recursos faz parte do risco operacional.
Comentários:
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O risco legal é parte do risco operacional. Risco legal está associado à inadequação ou
deficiência em contratos firmados pela instituição, às sanções em razão de descumprimento de
dispositivos legais e às indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades
desenvolvidas pela instituição.
Gabarito: Certo
9. (CESGRANRIO/2009/BNDES/Economista)
A operação bancária envolve vários tipos de risco. O chamado risco de mercado decorre da(s)
a) competição e da inovação financeira gerada por outros bancos atuando no mercado.
b) liquidez excessiva do passivo dos bancos.
c) possibilidade de desintermediação financeira por parte do público.
d) flutuações dos preços de mercado dos títulos mantidos na carteira dos bancos.
e) instabilidades nas regras que regulam o mercado financeiro.
Comentários
Como já vimos ao longo da aula, o risco de mercado decorre da flutuação dos preços de
mercado dos ativos presentes na carteira, com isso, concluímos que a alternativa correta é a letra
“d”. Sobre as demais alternativas:
Letra “b” - Diz respeito ao risco de liquidez. Liquidez excessiva dos passivos significa que os
compromissos de pagamento são altos em relação às disponibilidades para pagamento, de
forma que falta liquidez para quitá-los.
Gabarito: “d”
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S1, S2, S3, S4 e S5. Sendo assim, assinale a alternativa correta que corresponde à descrição
adequada da segmentação S1.
a) Instituições com menor complexidade operacional e baixo risco sistêmico, que são
submetidas a uma supervisão mais intensiva pelo Banco Central.
b) Instituições que apresentam riscos moderados, mas possuem controles internos eficientes,
sendo sujeitas a uma supervisão proporcional ao seu porte e perfil de risco.
c) Instituições sistemicamente importantes, com atividades diversificadas e alto grau de
complexidade, que estão sujeitas a uma supervisão intensiva e controles prudenciais mais
rigorosos.
d) Instituições em processo de recuperação financeira, com risco elevado de insolvência, que
são submetidas a um monitoramento frequente pelo Banco Central.
e) Instituições em processo de liquidação, que estão sob a gestão exclusiva do Banco Central
até que suas obrigações sejam plenamente cumpridas.
Comentários:
Gabarito: “c”
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Comentários:
Gabarito: “a”
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ele pode emitir, neste mesmo período, sendo recomendável que esta relação não exceda a
11%, sempre que a média anual de inflação for de até 1,8%.
e) o percentual máximo tolerado de endividamento de um país, em moeda estrangeira,
estabelecido a partir da quantidade efetiva de moeda estrangeira mantida em espécie nas
instituições financeira do país e o montante da dívida externa desse país.
Comentários:
Letras “a” e “e” – Erradas, pois o Índice de Basileia não está relacionado ao controle ou
mensuração do endividamento de um país. Nem mesmo é relacionado a questões fiscais ou
relacionadas às contas públicas.
Letra “b” – Errada, porque o Índice de Basileia não está relacionado ao controle do câmbio de
um país, mas sim à solidez de seu sistema financeiro.
Letra “c” – Correta, aqui temos o gabarito da nossa questão, pois o Índice de Basileia está
relacionado ao requerimento de capital, ao capital mínimo das instituições financeiras a sua
ponderação de riscos, como forma de mitigar o risco de crédito e proteger a solidez do sistema.
Letra “d” – Errada. O Índice de Basileia não está relacionado ao controle inflacionário.
Gabarito: “c”
Comentários:
Com a introdução das regras do Acordo de Basileia, o risco da instituição de crédito – então aí já
há um erro - passa a ser medido de acordo com as suas operações ativas realizadas, ou seja, com
os tipos de aplicações feitas com o capital, e não mais em relação ao volume de recursos
captados. Dessa forma, a questão também inverte as coisas.
Gabarito: Errado
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Comentários:
Embora vários princípios sejam relacionados aos poderes de supervisor, destaca-se o seguinte:
Gabarito: Certo
Comentários:
Letra “a” – Errada, pois os acordos de Basileia não estão relacionados ao limite máximo de crédito
a ser concedido, mas sim ao requisito mínimo de patrimônio das instituições financeiras.
Letra “b” – Errada, porque os acordos de Basileia não estão relacionados ao limite máximo de
captação junto ao público, mas sim o patrimônio da instituição financeira a ser utilizado na nas
operações.
Letra “c” – Errada, os acordos não estão relacionados ao estabelecimento de um spread bancário.
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Letra E – Errada, pois os acordos de Basileia não estão relacionados a captação de recursos
governamentais por parte do banco.
Gabarito: “d”
Comentários:
A questão faz um resumo perfeito sobre o Basileia I, e, portanto, está correta. Quando a questão
falar somente Acordo de Basileia, geralmente ela estará falando do Basileia I, o qual realmente
teve como objetivo minimizar as desigualdades competitiva entre os bancos internacionalmente
ativos, recomendando exigências mínimas de capitais para essas instituições financeiras, a fim
de mitigação do risco de crédito.
Gabarito: Certo
Comentários:
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Note que a questão foi para o concurso de 2002 para o BCB. Pela data, naturalmente está
tratando do Basileia I. Observe que a única alternativa que está tratando sobre requerimento de
capital ou composição do patrimônio é a letra “a”, que, portanto, é o gabarito da questão.
Gabarito: “a”
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
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A questão parece um pouco subjetiva em primeira leitura, mas na verdade o que a banca quis
foi abordar os três pilares do Basileia II.
Letra “a” – é o inverso. Basileia II estabelece uma regulação prudencial, ao invés de prescritiva.
Letra “b” – o foco não é a provisão ao risco, ainda que um dos pilares seja a consideração destes
para requerimento de capital.
Letra “c” – o risco operacional passa a ser considerado no Basileia II, todavia, o foco não é nele,
mas na consideração dos riscos de crédito, de mercado e operacional em conjunto.
Gabarito: “d”
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Comentários
Veja como os termos podem variar, por isso é importante que você entenda a essência dos
pilares. Vamos aos itens:
II. Supervisão Bancária. Pilar 2, os bancos devem possuir processos internos de avaliação da
adequação de capital, mas o supervisor deve avaliá-los e interferir quando necessário.
V. Comunicação.
VI. Ouvidoria.
Portanto, I, II e III estão relacionados aos pilares do Basileia II e o gabarito é a letra “a”.
Gabarito: “a”
Comentários:
Mais uma questão sobre os pilares. Observe que é o tema mais recorrente do Basileia II. Vamos
aos itens.
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c) Verificação dos itens das demonstrações contábeis, metodologia adotada pelas instituições
financeiras para apuração dos riscos e disciplina de mercado.
Gabarito: “b”
Comentários:
A questão está errada, pois desde o primeiro acordo de Basileia, ainda que em revisão, os
bancos já passaram a alocar capital próprio para cobertura do risco de mercado.
Gabarito: Errado
Comentários:
Letra “a” – Errada, porque a inclusão de capital regulatório para risco operacional foi feita pelo
Acordo de Basileia II.
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Letra “b” – Correta. Realmente uma das novas recomendações do Basileia III foi o requerimento
de adicionais de capital para reduzir a pró ciclicidade, introduzindo os colchões de capital
(buffers) de conservação e contracíclicos.
Letra “c” – Errada. O risco de crédito já está incluído no capital regulatório desde o primeiro
Acordo de Basileia.
Letra “d” – Errado. Não há estabelecimento de limites para a políticas cambiais em nenhum dos
acordos de Basileia.
Gabarito: “b”
Comentários:
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Item I – Errado. O Basileia III não está relacionado ao risco de variação dos preços dos títulos.
Item II – Certo. O Basileia III busca aumentar tanto a quantidade como a qualidade do capital
regulatório. Dentre as suas recomendações estão a realização de testes de estresse e a elevação
dos níveis de capital com maior capacidade de absorção de perdas, como o capital principal e
os buffers de conservação e contracíclico.
Item III – Errado. O item estaria correto caso se referisse ao Basileia II.
Item IV – Certo. A absorção dos choques do sistema financeira e a redução do impacto nos
demais setores da economia foram os principais objetivos do Basileia III, o qual foi elaborado em
resposta à crise do subprime.
Como os itens II e IV estão corretos, chegamos à letra “d” como gabarito da questão.
Gabarito: “d”
25. (INAZ/2014/BANPARÁ/Contador)
São recomendações estabelecidas pelo Acordo de Basileia III, emitido em 16 de dezembro de
2010, exceto:
a) Implementação do índice de endividamento, exigindo o mínimo efeito na estrutura de capital.
b) Composição do capital de forma mais rigorosa.
c) Exigência de uma quantidade mínima de liquidez para as instituições financeiras.
d) Criação de duas modalidades de capital para absorção de perdas, a primeira voltada a
momentos de estresse e a segunda a modificações no ambiente macroeconômico.
e) Aumento nos níveis de transparência dos elementos da composição do capital.
Comentários:
Letra “a” – Errada. Não há implementação de índice de endividamento do Basileia III. O foco é
nos requerimentos de capital, de liquidez e de alavancagem. A lógica que você pode usar aqui
é que os níveis de endividamento não são as ferramentas mais adequadas para analisar uma
instituição financeira, tendo em vista que os depósitos à vista e a prazo fazem parte do seu
passivo e de suas atividades operacionais, o que distorceria a análise. O mais correto é que a
análise seja feita pela qualidade do capital próprio, liquidez, alavancagem e capacidade de
absorção de estresse, fatores estes que foram trabalhados no Basileia III.
Letra “b” – Certa. Uma das recomendações foi o aumento da qualidade e da quantidade do
capital regulatório.
Letra “c” – Certa. O Basileia III introduziu novos requerimentos tanto de liquidez como de
alavancagem.
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Gabarito: “a”
Comentários:
Letra “a” – Errada. Não há esta proibição. Os bancos podem transacionar com derivativos. A
questão tenta confundir com o fato de um dos instrumentos que estiveram no centro da crise do
subprime foram os CDS (credit default swap), os quais funcionam como um título derivativo.
Letras “b”, “c” e “e” - Estão erradas porque trazem características do Basileia II.
Gabarito: “d”
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Comentários:
Letra “a” – Errada, porque o supervisor deve ter poder para rejeitar essas operações.
Letra “b” – Errada. A questão trata do atual princípio 17 – risco de crédito. O erro está em afirmar
que os processos envolvem exclusivamente as operações de empréstimos, sendo que na
verdade o ciclo completo é coberto, incluindo desde a avaliação de crédito até a gestão das
carteiras de crédito e de investimento dos bancos.
Letra “c” – Certa. Um dos objetivos da supervisão é evitar a utilização do sistema financeiro para
práticas criminosas. Na revisão atual, esta prática está relacionada ao princípio 29 (abuso de
serviços financeiros) o qual coloca especial ênfase no combate à lavagem de dinheiro e
financiamento do terrorismo.
Letra “d” – Errada. A questão trata do atual princípio 5, o qual, em tradução livre, diz:
Letra “e” – Errada. A questão está errada pois os limites prudenciais não são definidos
internacionalmente, mas há liberdade para os supervisores definirem os limites de capital dentro
do país.
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Gabarito: “c”
Comentários:
A questão fala em 25 princípios, mas você estudou a aula e sabe que, na verdade, são 29 (e já
eram em 2017). Deixando de lado essa impropriedade do enunciado.
II. A autorizações e estrutura. Certo. Autorização e estrutura das instituições são objetos dos
princípios, sendo abordados principalmente no princípio 5 - critérios de licenciamento.
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VII. A métodos de supervisão bancária contínua e requisitos de informação. Certo. Uma das
preocupações é o estabelecimento de métodos para a supervisão bancária contínua, além da
transparência e da divulgação das informações financeiras e perfil de risco.
Gabarito: “e”
Comentários:
Em 2012 houve uma revisão dos princípios e controle interno não é mais o 17 (como constava
originalmente na questão). Agora, faz parte do 26: “Controle Interno e Auditoria”.
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Dentre as suas diversas atribuições estão a verificação dos limites estabelecidos pelas leis e
regulamentos aplicáveis, a eficiência operacional, a prevenção a fraudes e erros, e a correção de
diversas outras inadequações que possam ocorrer nas atividades da instituição.
Gabarito: “b”
Gabarito: “a”
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Comentários:
O gabarito é a letra “d”, pois nomeia o princípio 25 (risco operacional), mas descreve o princípio
24 (risco de liquidez).
Estão corretas:
a) Princípio 20.
b) Princípio 10.
e) Princípio 20.
Gabarito: “d”
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Comentários:
O Índice de Basileia (IB) é realmente calculado como o ratio (razão) entre o capital próprio e os
ativos, fornecendo uma medida simplificada da alavancagem. Portanto, a afirmação é
Verdadeira.
Gabarito: Certo
Comentários:
A descrição da alavancagem no contexto bancário está correta, destacando os benefícios e os
riscos associados ao seu uso, que têm total relação com a chamada prociclicidade. Portanto, a
afirmação é Verdadeira.
Gabarito: Certo
Comentários:
Basileia III, de fato, incorporou elementos macroprudenciais para abordar riscos sistêmicos,
incluindo a prociclicidade. A afirmação é, portanto, correta.
Gabarito: Certo
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Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
O final está errado, pois o uso excessivo de alavancagem intensifica as perdas em tempos
desfavoráveis, aumentando o risco de insolvência.
Gabarito: Errado
Comentários:
A afirmativa está incorreta. O capital de nível 1 deve ser composto por ações ordinárias e lucros
retidos, não distribuídos. Portanto, a afirmativa está incorreta.
Gabarito: Errado
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Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
A afirmativa está correta. Dividendos ou cupons não cumulativos não se acumulam para serem
pagos em períodos futuros.
Gabarito: Certo
Comentários:
A afirmativa está correta, e de acordo com as publicações do Comitê vistas nesta aula. Os
instrumentos de capital de nível 2 foram harmonizados para garantir consistência e
transparência.
Gabarito: Certo
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Comentários:
A afirmativa está correta. Basileia III, de fato, exige a divulgação de todos os elementos do capital
para promover transparência. Portanto, a resposta é Verdadeira.
Gabarito: Certo
Comentários:
A afirmativa, conceitual, está correta. O trading book envolve ativos adquiridos para venda a
curto prazo ou para lucros imediatos. Portanto, a resposta é Verdadeira.
Gabarito: Certo
Comentários:
A afirmativa está incorreta. O banking book consiste em ativos e passivos mantidos até o
vencimento, não com a intenção de venda antes disso.
Gabarito: Errado
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Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
A afirmativa está incorreta. O Comitê introduziu requisitos de capital mais altos para as
ressecuritizações, não mais baixos. O restante está correto, mas a questão já ficou prejudicada.
Gabarito: Errado
Comentários:
A afirmativa está incorreta. Durante a crise, os bancos foram forçados a reduzir sua alavancagem,
não a aumentar, o que contribuiu para a pressão descendente sobre os preços dos ativos.
Gabarito: Errado
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Comentários:
A afirmativa está correta. A razão de alavancagem visa conter a alavancagem no setor bancário
e introduzir salvaguardas adicionais contra o risco de modelo e erro de medição.
Gabarito: Certo
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
A afirmativa está incorreta. A NSFR visa promover resiliência em um horizonte de tempo mais
longo, não mais curto.
Gabarito: Errado
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Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
A afirmativa está correta. Muitos bancos continuaram a realizar grandes distribuições durante a
crise financeira, mesmo com a deterioração de sua condição financeira.
Gabarito: Certo
Comentários:
A afirmativa está correta. A LCR foi desenvolvida para promover resiliência a interrupções de
liquidez em um horizonte de trinta dias.
Gabarito: Certo
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Comentários:
O Comitê introduziu medidas para tornar os bancos menos vulneráveis a dinâmicas procíclicas,
buscando conter a expansão excessiva do crédito.
Gabarito: Errado
Comentários:
Errado. Embora o mercado de derivativos seja, realmente, mais vulnerável à especulação, não é
verdade que houve proibição para os bancos de transacionarem nesse mercado.
Errado. Esses mecanismos eram previstos desde Basileia I. Portanto, não é rigorosamente correto
dizer que Basileia III foi mais rígida por causa disso. Embora, é verdade, essa poderia ser o
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gabarito se não houvesse uma “mais certa”, pois certamente foram estabelecidos NOVOS
mecanismos de supervisão prudencial.
c) fixaram exigências de capital para riscos de crédito e de mercado, bem como para risco
operacional.
Errado, pelo mesmo raciocínio da alternativa anterior. Já havia exigências para risco de crédito
e de mercado em Basileia II.
Certo! Maiores exigências de capital (quantidade e qualidade) são a essência de Basileia III.
De forma geral, temos 3 alternativas (b, c , e) que poderiam ser o gabarito, pois discorrem sobre
itens que, de fato, estão presentes em Basileia III, mas já estavam presentes anteriormente, e a
questão pede a justificativa para esse acordo ser mais rígido.
Gabarito: “d”
Comentários:
Essa é mais tranquila, pois, de fato, o PR é concebido para ser um recurso capaz de enfrentar os
riscos financeiros de acordo com as normas globais estipuladas por Basileia.
Gabarito: Certo
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O Nível I do PR consiste
a) no capital principal, exclusivamente
b) no capital complementar, exclusivamente
c) no somatório do capital principal e do capital complementar
d) na diferença entre o capital principal e o capital complementar
e) na multiplicação do capital principal com o capital complementar
Comentários:
A Resolução define que há capitais de diferentes qualidades que podem ser considerados PR,
divididos em Nível I e Nível II, sendo o Nível I considerado melhor. Além disso, o PR de Nível
I é dividido em Capital Principal e Capital Complementar. Fica assim:
Capital
Principal
Nível I
Patrimônio de Capital
Referência PR Complementar
Nível II
Gabarito: “c”
Comentários:
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Gabarito: Errado
Comentários:
A distinção entre Nível I e Nível II no PR estabelece que o Nível I é de melhor qualidade, indicando
que possui capitais mais robustos. Assim, a afirmativa é Verdadeira.
Gabarito: Certo
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
Gabarito: Errado
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Comentários:
Portanto, a afirmativa está, do ponto de vista lógico, correta, mas eu entendo se você quiser
entrar com recurso, pois a exigência expressa é que o conglomerado prudencial apure o PR de
forma consolidada.
Gabarito: Certo
Comentários:
O PR de Nível I é, de fato, dividido em Capital Principal (CP) e Capital Complementar (CC). Essa
distinção busca categorizar diferentes tipos de capitais nessa camada de maior qualidade.
Portanto, a afirmativa está correta.
Gabarito: Certo
Comentários:
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Isso está correto. O Depósito em conta vinculada é admitido tanto para compor o Capital
Principal, quanto o PRS5 (estrutura simplificada).
Gabarito: Certo
Comentários:
O capital social, sob condições específicas, como ser não resgatável e sem cumulatividade de
dividendos, é parte integrante do Capital Principal de Nível I. Logo, o item é correto.
Gabarito: Certo
Comentários:
O Capital Principal é a soma dos valores, entre outros, do capital social constituído por quotas
ou ações (apenas não resgatáveis e sem cumulatividade de dividendos). Portanto, está correta a
letra “b” e incorreta a letra “c”.
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Contudo, não deve ser considerado o aumento de capital em processo de autorização. O que
torna a letra “a” incorreta.
Por fim, as operações com derivativos estão entre os valores que devem ser subtraídos do Capital
Principal, sendo esse o erro da alternativa “d”.
Gabarito: “b”
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
Sobras ou lucros acumulados constituem uma parcela positiva do Capital Principal e, portanto,
são incluídos no seu cálculo.
Gabarito: Certo
Comentários:
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O saldo positivo ao valor de mercado de derivativos utilizados para hedge de fluxo de caixa é
considerado no cálculo positivo do Capital Principal, ou seja, é somado ao montante.
Gabarito: Certo
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
Tudo correto. De fato, perdas não realizadas provenientes de ajustes de avaliação patrimonial
devem ser subtraídas do Capital Principal.
Gabarito: Certo
Comentários:
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Ações próprias adquiridas pela instituição emissora, mesmo sendo não resgatáveis, não podem
compor o Capital Principal, sendo subtraídas. Portanto, o gabarito é “certo”.
Gabarito: Certo
Comentários:
Gabarito: “b”
Comentários:
Operações com derivativos, incluindo derivativos de índices, devem ser subtraídas do Capital
Principal. O item é Verdadeiro.
Gabarito: Certo
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Comentários:
Errado, Recursos captados, mas ainda não integralizados, devem ser desconsiderados (e não
subtraídos) no cálculo do Capital Principal.
Gabarito: Errada
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
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Gabarito: Certo
Comentários:
A suspensão do pagamento da remuneração pode ocorrer não apenas por falta de recursos,
mas também em situações específicas, como restrições impostas pelo Banco Central do Brasil à
distribuição de dividendos.
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
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Gabarito: Errado
Comentários:
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Gabarito: “a”
Comentários:
As cláusulas que preveem variação das condições de remuneração após a emissão não são
permitidas para os instrumentos do Capital Complementar.
Gabarito: Errado
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Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Errado
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Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
A negativa tornaria a afirmação correta. Os instrumentos elegíveis para compor o PR Nível II não
podem prever o pagamento de amortizações antes de decorrido o intervalo mínimo de 5 anos
entre a data de emissão e a data de vencimento.
Gabarito: Errado
Comentários:
Tudo perfeito, sendo esse um dos requisitos para compor o PR Nível II.
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Gabarito: Certo
Comentários:
Os instrumentos do PR Nível II são resgatáveis apenas por iniciativa do emissor, mas esse resgate
é condicionado à autorização do Banco Central do Brasil.
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
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Os instrumentos não podem ser emitidos por entidades constituídas como sociedade de objeto
exclusivo ou entidade de propósito específico, sem essa exceção de ser vinculada a IF autorizada
a funcionar pelo BCB. O item é incorreto.
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
Gabarito: Errado
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Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
Errado. Desde 2013, o termo "Patrimônio de Referência Exigido (PRE)" não é mais utilizado pelo
BCB e pelo CMN. O nome comumente utilizado agora são os "requerimentos de capital" ou
"requerimentos de PR".
E, para ser sincero, esse não é o tipo de questão que as bancas costumam cobrar. Mas conto
com seu perdão, porque ela está aqui para reforçar esse fato e garantir que você não fique se
confundindo com termos desatualizados que, certamente, você ainda pode encontrar por aí.
Gabarito: Errado
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Comentários:
Errado. Ao determinar os requerimentos de capital, o CMN foca no risco associado aos ativos
das instituições financeiras, não nos passivos. O risco principal está relacionado à possibilidade
de não receber o valor esperado dos ativos.
Gabarito: Errado
Comentários:
Certo. As instituições do segmento S5, que têm porte inferior a 0,1% do PIB, podem optar por
uma metodologia facultativa simplificada para apuração dos requerimentos mínimos de
patrimônio e capital.
Gabarito: Certo
Comentários:
Vamos lá... primeiro, irei colocar todos os valores elencados em uma tabela:
Itens do PR
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Como a questão quer o IB, precisamos saber que as ajustes prudenciais devem ser subtraídos
do PR, de forma que teremos:
Calculando o IB:
O capital principal, por sua vez, será apenas o Patrimônio Líquido menos os ajustes prudenciais:
O índice de capital principal, embora não estabelecido oficialmente, é algo que podemos
deduzir ser:
ICP = CP / RWA
Gabarito: “e”
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Comentários:
Nesta questão, precisamos saber o que somar, o que subtrair, e o que ignorar. Façamos isso na
própria tabela:
Naturalmente, ignoramos também os RWA, pois não fazem parte da apuração do PR.
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Gabarito: “a”
Comentários:
IB = 8% de 74.950 = 5.996
Gabarito: “b”
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101. (2022/CEBRASPE-CESPE/PETROBRAS/Economista)
Considerando os principais acordos internacionais relacionados à supervisão bancária e seus
impactos sobre o sistema financeiro nacional, julgue o item a seguir.
Os lucros acumulados incorporam o capital principal (Tier 1) das instituições e possuem
capacidade de alavancar a geração de crédito.
Comentários:
Tudo correto aqui. De fato, os lucros acumulados são componentes elegíveis ao Capital Principal
e, portanto, elevam o PR e proporcionam potencial para alavancagem das operações de crédito.
Gabarito: Certo
Comentários:
Como você pode ver, a questão é de 2013, então tive que adaptar para a realidade atual. E
mantive a questão como correta, pois relembremos as parcelas RWA:
Mas eu mantive o termo PRE, porque isso pode ocorrer na prova se a banca “der mole”, e é
melhor você compreender do que se trata do que ter que brigar com a banca depois.
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Gabarito: errado
Comentários:
Gabarito: “c”
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Comentários:
Apesar de ser antiga e fazer referência a normativos antigos, o gabarito continua sendo correto.
Patrimônio de
Capital Principal Nível I
Referência
4,5% 6% 8%
Gabarito: “a”
Comentários:
Correto. A Resolução CMN n° 4.958/2021 estabelece as parcelas dos Ativos Ponderados pelos
Riscos, considerando diferentes tipos de risco, como crédito, mercado e operacional.
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Gabarito: Certo
Comentários:
Errado. A parcela RWAOPAD refere-se ao cálculo do capital requerido para o risco operacional
mediante abordagem padronizada, não interna.
Gabarito: Errado
Comentários:
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Gabarito: Certo
Comentários:
Errado. O Índice de Basileia é calculado como a relação entre o Patrimônio de Referência (PR) e
os Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), não os Ativos Totais.
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Certo
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Comentários:
Errado. Quase todas as instituições (cerca de 98%) atendem ao Índice de Basileia usando apenas
Capital Principal, não Complementar.
Gabarito: Certo
Comentários:
Errado. As cooperativas de crédito não filiadas a uma central e que não optarem pela
metodologia simplificada devem manter um IB de 14%, não 12%.
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Errado
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Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
Gabarito: Errado
Comentários:
Nada disso. As instituições não bancárias, conforme a resolução, são aquelas que não captam
depósitos à vista e não adotam a palavra "banco" em sua denominação.
Gabarito: Errado
Comentários:
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Gabarito: Errado
Comentários:
Nada disso. O que chamamos de Índice de Basileia Simplificado (por isso as aspas) é de 17% em
regra, mas para cooperativas singulares de crédito filiadas a cooperativa central, o índice é de
12%.
Gabarito: Errado
Comentários:
Gabarito: Certo
Comentários:
Gabarito: Errado
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LISTA DE QUESTÕES
1. (CEBRASPE/2002/BANCO CENTRAL DO BRASIL/Analista)
Julgue o item que se segue, a respeito de gestão de risco no mercado financeiro e de operações
no mercado financeiro.
Risco de mercado consiste na possibilidade de perdas causadas pelo impacto de flutuações de
preços, índices ou taxas sobre os instrumentos financeiros que compõem o patrimônio de uma
empresa.
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a) 1, 3, 2, 4.
b) 1, 4, 2, 3.
c) 2, 1, 3, 4.
d) 3, 2, 4, 1.
e) 4, 3, 1, 2.
5. (IDECAN/2012/BANESTES/Analista Econômico-Financeiro)
Sobre os riscos inerentes ao sistema econômico e financeiro, relacione corretamente as colunas
a seguir.
1. Risco de liquidez.
2. Risco de mercado.
3. Risco operacional.
4. Risco legal.
5. Risco sistêmico.
( ) Risco de perdas nas posições de balanço e extra-balanço que surge dos movimentos nos
preços do mercado.
( ) Variação desfavorável de retorno devido à falta de negociabilidade de um instrumento
financeiro por preços alinhados com vendas recentes. Esse risco pode surgir em função do
tamanho de determinada posição em relação aos volumes usuais de negociação ou da
instabilidade das condições de mercado.
( ) Risco de que a inadimplência de um participante com suas obrigações em um sistema de
transferência, ou em geral, nos mercados financeiros, possa fazer com que outros participantes
ou instituições financeiras não sejam capazes de cumprir com suas obrigações. Essa
inadimplência pode causar problemas significativos de liquidez ou de crédito e poderia
ameaçar a estabilidade dos mercados financeiros.
( ) Risco de haver erro humano ou falha de equipamentos, programas de informática ou sistema
de telecomunicações imprescindíveis ao funcionamento de determinado sistema.
( ) O risco de que uma parte sofra uma perda porque as leis ou regulações não dão suporte às
regras do sistema de liquidação de valores mobiliários, à execução dos arranjos de liquidação
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relacionados ou aos direitos de propriedade e outros interesses que são mantidos pelo sistema
de liquidação.
A sequência está correta em
a) 1, 2, 3, 4, 5
b) 4, 1, 5, 3, 2
c) 3, 4, 5, 2, 1
d) 2, 1, 5, 3, 4
e) 2, 1, 3, 4, 5
6. (FGV/2018/Banestes/Técnico Bancário)
A fiança bancária é uma operação tradicional no mercado brasileiro, em que um banco, por
meio da “carta de fiança”, assume o papel de fiador de uma outra companhia numa operação
comercial, concorrência pública ou de crédito.
Do ponto de vista dos riscos envolvidos para as partes, há mitigação do risco:
a) de crédito envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa.);
b) de mercado envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
c) operacional envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
d) de crédito envolvido entre a empresa afiançada e sua contraparte – um fornecedor, por
exemplo;
e) de mercado envolvido entre o fiador (banco) e o afiançado (empresa)
7. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário)
A possibilidade de perda associada ao decréscimo dos ganhos esperados provocado pela
deterioração da qualidade creditícia do tomador do crédito é uma situação contemplada no
conceito de risco de mercado.
8. (CEBRASPE/2018/BNB/Analista Bancário)
O risco legal associado à inadequação ou à deficiência em contratos firmados com clientes
beneficiários de recursos faz parte do risco operacional.
9. (CESGRANRIO/2009/BNDES/Economista)
A operação bancária envolve vários tipos de risco. O chamado risco de mercado decorre da(s)
a) competição e da inovação financeira gerada por outros bancos atuando no mercado.
b) liquidez excessiva do passivo dos bancos.
c) possibilidade de desintermediação financeira por parte do público.
d) flutuações dos preços de mercado dos títulos mantidos na carteira dos bancos.
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25. (INAZ/2014/BANPARÁ/Contador)
São recomendações estabelecidas pelo Acordo de Basileia III, emitido em 16 de dezembro de
2010, exceto:
a) Implementação do índice de endividamento, exigindo o mínimo efeito na estrutura de capital.
b) Composição do capital de forma mais rigorosa.
c) Exigência de uma quantidade mínima de liquidez para as instituições financeiras.
d) Criação de duas modalidades de capital para absorção de perdas, a primeira voltada a
momentos de estresse e a segunda a modificações no ambiente macroeconômico.
e) Aumento nos níveis de transparência dos elementos da composição do capital.
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101. (2022/CEBRASPE-CESPE/PETROBRAS/Economista)
Considerando os principais acordos internacionais relacionados à supervisão bancária e seus
impactos sobre o sistema financeiro nacional, julgue o item a seguir.
Os lucros acumulados incorporam o capital principal (Tier 1) das instituições e possuem
capacidade de alavancar a geração de crédito.
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GABARITO
1. C 17. A 33. C 49. E 65. B 81. E 97. C 113. C
2. E 18. C 34. C 50. C 66. C 82. E 98. E 114. E
3. E 19. D 35. E 51. C 67. C 83. E 99. A 115. E
4. D 20. A 36. E 52. C 68. C 84. E 100. B 116. E
5. D 21. B 37. E 53. E 69. C 85. E 101. C 117. E
6. D 22. E 38. E 54. D 70. C 86. E 102. E 118. C
7. E 23. B 39. C 55. C 71. C 87. C 103. C 119. E
8. C 24. D 40. C 56. C 72. B 88. E 104. A
9. D 25. A 41. C 57. E 73. C 89. E 105. C
10. C 26. D 42. C 58. C 74. E 90. E 106. E
11. A 27. C 43. E 59. C 75. E 91. C 107. C
12. C 28. E 44. C 60. E 76. C 92. E 108. E
13. E 29. B 45. E 61. C 77. E 93. E 109. C
14. C 30. A 46. E 62. C 78. E 94. E 110. C
15. D 31. D 47. C 63. C 79. E 95. E 111. E
16. C 32. C 48. C 64. C 80. A 96. E 112. E
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