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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO GWAZA

MUTHINI
CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

YOLANDA LAURA TOMÁS SEUANE

ANÁLISE DO RISCO DE CRÉDITO NO FINANCIAMENTO


AS PMES: CASO MILLENNIUM BIM, NO PERÍODO DE
2018 A 2022

MARRACUENE, JULHO DE 2023


YOLANDA LAURA TOMÁS SEUANE

ANÁLISE DO RISCO DE CRÉDITO NO FINANCIAMENTO AS


PMES: CASO MILLENNIUM BIM, NO PERÍODO DE 2018 A 2022

Projecto de pesquisa para monografia de conclusão de


curso de licenciantura em contabilidade e auditoria a
ser apresentado no Instituto Superior de Gestão e
Empreendedorismo Gwaza Muthine-ISGEGM

Supervisor Msc: Recildo Percio Alberto Nhampule

MARRACUENE, JUNHO DE 2023


LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Cronograma de actividades………………………………..……………....20

Tabela 2. Orçamento……………......…………………………………………..……..20

i
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BI&P — Banco Indusval & Partner (do Brasil)

MIC- Ministério da Indústria e Comercio

PMEs - Pequenas e Médias Empresas

TOR- Teoria das Opções Reais

ii
ÍNDICE

LISTA DE TABELAS ....................................................................................................... i

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................ ii

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................1

1.1. Contextualização .....................................................................................................1

1.2. Identificação do Problema e sua Justificação ............................................................2

1.2.1. Problematização ................................................................................................2

1.2.2. Justificativa .......................................................................................................3

1.3. Objectivos de Estudo ...............................................................................................4

1.3.1. Objectivo Geral .................................................................................................4

1.3.2. Objectivos Específicos ......................................................................................4

1.4. Perguntas de Pesquisa ..............................................................................................4

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................5

2.1.Conceitos Chaves .....................................................................................................5

2.2 Importância de Estudo ..............................................................................................9

2.3 Estudos Similares ................................................................................................... 10

2.4 Contribuições a luz das Teorias............................................................................... 11

2.4.1 Teoria da carteira de Markowitz ....................................................................... 11

2.4.2 Teoria das Opções Reais .................................................................................. 12

2.5. Relação da Teorias e Aplicabilidade para o Estudo ................................................ 12

3. METODOLOGIA DO ESTUDO ................................................................................. 14

3.1. Conceito de Método............................................................................................... 14

3.2. Tipo de pesquisa .................................................................................................... 14

3.2.1 Sujeitos de pesquisa ......................................................................................... 15

3.3. Método de Procedimento Estudo de Caso .............................................................. 15

3.4. Método de Abordagem Qualitativa ........................................................................ 15


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3.5. Técnicas e Instrumentos para recolha de dados ...................................................... 16

3.5.1. Técnicas para Recolha de Dados ..................................................................... 16

a) Entrevista semi-estruturada ................................................................................... 16

3.7. Considerações Éticas ............................................................................................. 18

3.8. Resultados Esperados ............................................................................................ 19

4.1 Cronograma de actividades ..................................................................................... 20

4.2 Orçamento ................................................................................................................. 20

5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................21

ANEXOS E APÊNDICES ............................................................................................... 23

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1. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) constituem a maioria das empresas do


tecido empresarial de Moçambique, representado a maior proporção de oferta de emprego.
É prática normal das empresas a utilização de recursos de terceiros e não apenas seus
capitais próprios para alavancar os negócios. Estes recursos, na maior parte das vezes, são
obtidos na forma de financiamentos concedidos por instituições financeiras.

A verdade é que, não só empresas com insuficiência de capital utilizam esta


alternativa, mas toda e qualquer empresa pode recorrer a um banco solicitando
financiamentos, especialmente quando se trata de investimentos que terão retorno em
longo prazo.

Na visão da instituição financeira, os financiamentos de longo prazo são operações


que se revestem de um maior grau de complexidade, pois são inúmeras as variáveis que
podem comprometer o retorno do capital investido. A questão inicial é como o banco
avalia o risco deste investimento. Como ele percebe e pondera os factores que podem por
em risco a sua expectativa de ganho e, portanto, restringir a concessão do crédito. Chega-
se, então, ao ponto central de discussão, a análise e a decisão de crédito em
financiamentos de longo prazo.

Em se tratando de uma promessa de pagamento futuro, existe sempre a


possibilidade que estes pagamentos não ocorram, ou que não sejam, mesmo em parte,
realizados de acordo com todas as condições preestabelecidas no momento da liberação
dos recursos. Esta constatação remete à questão do risco associado à concessão de crédito,
que é denominado de risco de crédito ou risco de inadimplência.

Assim, as instituições que concedem crédito necessitam conhecer em


profundidade a capacidade do tomador de cumprir os termos e pagamentos acordados
entre eles. A análise do risco do crédito tem se tornado cada vez mais importante no
mundo dos negócios, especialmente em investimentos do risco. De acordo com lee e Kim
(2019), a análise do risco é um processo crítico que envolve a identificação, avaliação e
mensuração dos riscos associados a um determinado investimento. Dessa forma, é

1
possível avaliar a relação entre o potencial de retorno do investimento e os riscos
envolvidos.

Segundo estudiosos como Arya e Mittal (2017) e Gallo e Giusto (2018), a análise
do risco financeiro, ou seja, crédito, é um dos principais instrumentos para minimizar
possíveis perdas e maximizar os retornos dos investimentos. Contudo, esse processo requer
uma análise detalhada de vários factores, como as condições do mercado, a situação
financeira da empresa em questão, o perfil do investidor e outras variáveis.

De acordo com Vivek e Choudhary (2016), a análise de risco financeiro é


fundamental para todas as empresas, independentemente do tamanho ou do ramo de
actuação. Isso porque investimentos de risco podem trazer grandes recompensas, mas
também podem representar grandes riscos para a saúde financeira da empresa.

1.1.1. Delimitação Temporal e Espacial


1.1.1.1 Temporal
Critério temporal estabelecerá o período em que o fenómeno será estudado e
abordado. Para o presente trabalho terá o seu horizonte temporal compreendido entre os
anos 2018 a 2022, respectivamente.
Portanto, a pesquisadora considera o período em análise suficiente para trazer
informações pertinentes que podem ser determinantes no alcance dos objectivos definidos
no presente estudo e ainda coincide com a pandemia, tornando desta forma uma pesquisa
interessante.

1.1.1.2 Espacial
O presente estudo, realizar-se-á numa das agências do Millenium Bim Localizada
na Av. 25 de Setembro Cidade de Maputo.

1.2. Identificação do Problema e sua Justificação

1.2.1. Problematização

A tomada de decisão em créditos do alto risco pode ser difícil e perigosa,


especialmente em países em desenvolvimento como Moçambique, onde falta infra-
estrutura empresarial e de investimento. Créditos de risco exigem muitas vezes um alto
grau de especulação e o sucesso pode ser incerto.

2
Portanto, é fundamental realizar uma análise de risco financeiro adequada e
completa. O problema é que muitos investidores podem não estar equipados com as
ferramentas necessárias para realizar uma análise de risco financeiro eficaz, ou podem não
estar cientes das complexidades e riscos envolvidos nesse tipo de créditos. Isso pode levar
a uma tomada de decisão incorreta e perdas financeiras significativas.

Com o crescimento do sector empresarial no país, é importante estabelecer um


ambiente de investimento mais saudável e de alto desempenho. A análise do risco do
crédito pode ajudar a identificar e mitigar riscos, tornando a concessão de crédito menos
arriscados e mais lucrativos. Isso pode levar a um maior interesse em investimentos nas
empresas Moçambicanas, o que por sua vez pode ajudar a impulsionar o crescimento do
país.

Portanto, é crucial que os investidores em Moçambique entendam as complexidades


dos investimentos do risco e estejam bem preparados para realizar uma análise do risco
financeiro adequada, a fim de aumentar as chances de sucesso e de rentabilidade, e reduzir
o risco de perdas financeiras significativas.

Face ao exposto acima a questão que procurar-se-á responder na presente pesquisa é:


Até que ponto a análise de crédito no financiamento a PMEs é feita no Millenium
Bim?

1.2.2. Justificativa

A escolha deste tema em relação a analise do risco de crédito no financiamento as


PMEs é resultado do interesse pessoal em aprofundar o conhecimento no tema escolhido,
traduzindo-se na oportunidade de incrementar o aprendizado em assuntos correlatos ao
risco de financiamento.

O tema é considerado pertinente, pois o financiamento é um importante instrumento


de captação de recursos e alavancagem dos negócios, utilizado por todos os sectores da
economia, sejam públicos ou privados. Frente à diversidade dos factores envolvidos e por
tratar-se de um instrumento comum no âmbito empresarial, verifica-se a necessidade de
um estudo sobre como o cedente deste empréstimo avalia o risco da operação.

3
No âmbito académico, pressupõe-se que o tema seja uma fonte de consulta para
todos os interessados em aprofundar a matéria sobre análise do risco de crédito no
financiamento as PMEs, uma vez que tem grande importância no ceio empresarial. Ciente
que, o mesmo terá como finalidade dar um contributo á sociedade em geral, no âmbito de
trazer diferentes abordagens referentes ao tema.

1.3. Objectivos de Estudo

1.3.1. Objectivo Geral

 Analisar o risco de crédito no financiamento as PMES no Millennium Bim.

1.3.2. Objectivos Específicos

 Identificar os tipos de risco de credito no financiamento as PMEs no Millenium


Bim ;

 Descrever as medidas de mitigação do risco de credito no financiamento as PMEs


usadas pelo Bim;

 Avaliar as linhas de credito no financiamento as PMEs pelo BIM.

1.4. Perguntas de Pesquisa

 Quais são os tipos de risco de credito no financiamento as PMEs no Millenium


Bim?
 Quais são as medidas de mitigação do risco de credito no financiamento as PMEs
usadas pelo Bim?
 Quais as linhas de credito no financiamento as PMEs pelo Bim?

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1.Conceitos Chaves

 Risco de Crédito

Segundo Bessis (2008), o risco de crédito é a chance de que essa expectativa não se
cumpra. De forma mais específica, o risco de crédito pode ser entendido como a
possibilidade de o credor incorrer em perdas, em razão de as obrigações assumidas pelo
tomador não serem liquidadas nas condições pactuadas.

Para Menezes (2010), refere-se à possibilidade de ocorrerem perdas associadas ao


não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras
conforme pactuadas, à desvalorização do contrato de crédito decorrente da deterioração na
classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens
concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

Desta forma, Risco do crédito refere-se, principalmente, à actividade de colocar um


valor à disposição de um tomador de recursos sob a forma de um empréstimo ou
financiamento, mediante compromisso de pagamento em uma data futura e respectiva
medição do risco inerente ao crédito concedido.

 Financiamento

De acordo com Menezes (2008), o financiamento e definido como obtenção de


recursos monetários ou capital por parte de uma empresa, seja por meio de empréstimos,
investimentos ou outras formas de captação de recursos, com objectivo de viabilizar suas
actividades, projectos ou exaustão.

Para Cardilhe (2009), o financiamento pode ser entendido com um fluxo de


capitais, provenientes de diversas origens e permanecendo por diferentes prazos, com o fim
de decorrer as necessidades resultantes da actividade empresarial, necessidades
primariamente de constituição, depois de funcionamento e de crescimento.

Assim, o Financiamento é uma forma de pôr a disposição da empresa recursos


financeiros ou materiais que permitam a empresa realizar suas actividades ou fazer face a
novos projectos de investimentos, pode ser feito por recursos oriundos de fontes próprios
(capitais próprios) ou de fontes alheios (capitais alheios).

5
 Risco Financeiro

De acordo com Neto (2014), risco financeiro é basicamente a medida da incerteza


quanto aos rendimentos futuros associados a esse investimento num dado intervalo de
tempo e relativamente a um valor de referência.

Por sua vez Chenço (2009), é a possibilidade de que a empresa não possa cumprir
suas obrigações financeiras. As empresas além de não conseguirem saldas seus dividendos
com terceiros, também não conseguem remunerar seus sócios ou accionistas.

Portanto, o risco financeiro é qualquer risco associado a finanças, em particular, em


transacções financeiras de empréstimo m que há risco de inadimplência. De forma comum
ele também é entendido como sendo o risco de queda.

 Pequenas e Médias Empresas

O conceito das PMEs não é padronizado, pois varia consoante os contextos ou


dimensão duma economia específica e ainda em função dos objectivos concernentes à sua
facilitação.

Segundo Hallberg (2017), analisam a definição em duas perspectivas: uma


quantitativa e outra qualitativa. A óptica quantitativa engloba o registo contabilístico das
empresas e medições económicas como é o caso do número de trabalhadores, valor de
activos, nível de investimento.

O Ministério da Indústria e Comercio (MIC), por seu lado, utiliza o termo


microempresa para designar aquela unidade que emprega até 25 trabalhadores, considera
pequena empresa, aquela que absorve entre 26 a 125 trabalhadores e média empresa a que
absorve de 126 a 250 trabalhadores.

Desta forma, usando a perspectiva do número de trabalhadores, argumentam que


para empresas de pequena escala (pequenas empresas) o limite máximo está entre 50 a 100
trabalhadores e para as de médias escala varia entre 100 a 250 trabalhadores. Então
segundo estas perspectivas as PMEs seriam aquelas que têm um número de trabalhadores
inferior a 250 trabalhadores.

6
 Instituições financeiras

Para Abreu (2012), instituição financeira é a entidade responsável por captar


recursos e concessão de crédito na sociedade. Alem disso, actuam na intermediação da
compra e venda de valores imobiliários.

Por sua vez Maleiane. (2014), as instituições financeiras são aquelas que actuam no
sector financeiro de maneira abrangente, ou seja, vai muito alem dos bancos comerciais (
mais conhecidos da maioria dos Moçambicanos), envolvendo correctoras de valores,
bancos de investimento, entre outros.

Desta forma, as instituições financeiras contribuem de forma relevante ao sistema


financeiro, assim como para o desenvolvimento da economia. Elas possuem como
principal objectivo a captação de recursos dos agentes económicos visando emprestá-los
aos agentes deficitários.

2.1.2. Tipos de riscos financeiros

O relatório do BI&P (2010), destaca os seguintes riscos inerentes às actividades


financeiras:

 Risco de Crédito
Refere-se à possibilidade de ocorrer perdas associadas ao não cumprimento pelo
tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras conforme pactuadas, à
desvalorização do contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco
do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na
renegociação e aos custos de recuperação.

 Risco de Mercado
Origina-se da variação nos valores dos activos e passivos, causadas por mudanças
em preços e taxas de mercado (como juros, acções, cotações de moedas e preços de
commodities), e também de mudanças na correlação (interacção) entre eles e em suas
volatilidades.

 Risco de Liquidez
Decorre de possíveis descasamentos entre pagamentos e recebimentos que possam
afectar a capacidade de cumprimento de uma ou mais obrigações. Também decorre da

7
incapacidade de captar recursos suficientes para honrar seus compromissos de curto, médio
e longo prazo em volume suficiente para uma posição, afectando, portanto, o preço do
valor dos mesmos.

 Risco Operacional
Refere-se à possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência
ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Nessa
definição inclui-se o risco legal, associado à inadequação ou deficiência em contratos
firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de
dispositivos legais e a indemnizações por danos a terceiros decorrentes das actividades
desenvolvidas pela instituição.

2.1.3. Novas abordagens de análise do risco de crédito

Para Paiva (2000), a distinção entre abordagens modernas das abordagens


tradicionais pode ser realizada com base no enfoque dado ao problema do risco de crédito.
Para os modelos tradicionais, o risco de crédito está relacionado às características
individuais do tomador, enquanto para as abordagens novas, o foco está na carteira de
crédito como um todo. O interesse pelas descobertas de novos modelos de avaliação e
gestão de risco de crédito está associado a sete factores fundamentais.

I. Aumento estrutural de falências:


A maioria das estatísticas de falências mostrou um significativo aumento de sua
ocorrência em comparação à recessão anterior, possivelmente devido ao aumento da
competição global;

II. Desintermediação:
Como os mercados de capitais se expandiram e se tornaram acessíveis a pequenas e
médias empresas, os possíveis tomadores das instituições financeiras tradicionais são cada
vez mais prováveis de serem menores e possuírem classificações de crédito mais fracas;

III. Margens mais competitivas:


Apesar de um declínio na qualidade média dos empréstimos, devido, em grande
parte ao motivo anterior, os spreads, têm se tornado muito estreitos, implicando numa
deterioração da compensação risco-retorno advinda da realização de empréstimos;

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IV. Valores declinantes e voláteis de garantias reais:
Crises bancárias ocorridas recentemente em países desenvolvidos têm mostrado
que valores de imóveis e de activos físicos são muito difíceis de prever e de realizar através
de liquidação, tornando mais arriscada a concessão de empréstimos;

V. Crescimento de derivativo extra balanço:


O crescimento da exposição do crédito, devido à expansão de mercados de
derivativos, estendeu a necessidade de análise de crédito para além dos registos
contabilísticos de empréstimos;

VI. Tecnologia:
Avanços em sistemas de computadores e avanços relacionados em tecnologia de
informação, como o desenvolvimento de bases de dados de históricos de empréstimos, têm
dado às instituições financeiras a oportunidade de testar técnicas sofisticadas de
modelagem;

VII. As exigências para capital baseadas no risco do Bank forem International


Settlements (BIS):
A exigência imposta pela referida instituição e pelos Bancos Centrais dos países
obrigou as instituições financeiras a manter reservas de capital num determinado
coeficiente fixo para todos empréstimos a contrapartes do sector privado,
independentemente do montante do empréstimo, do seu vencimento e da qualidade do
crédito do tomador de recursos.

2.2 Importância de Estudo

A análise do risco de crédito ajuda as instituições a se manter seguro e saudável.


Suas finanças serão protegidas e o endividamento totalmente controlado devido à
importância que as PMEs têm em todo mundo bem como à percepção de que estas
empresas são financeiramente instáveis o seu financiamento tem sido um assunto de
grande importância para pesquisadores bem como para formuladores de políticas.

Para Douat (2005), como o que se pretende com a análise do risco de crédito no
financiamento é reduzir o risco potencial de inadimplência, é necessário determinar quais
são os pressupostos sugeridos para esse tipo de análise, quais são suas limitações e
deficiências, e quais são os principais trabalhos desenvolvidos na área.

9
Ainda de acordo com Douat (2005), análise do risco de crédito no financiamento
permite à empresa, concessora do crédito, distinguir entre clientes que tenderão a pagar e
clientes que não pagarão. A análise de crédito envolve a habilidade de fazer uma decisão
de crédito, dentro de um cenário de incertezas e constantes mutações e informações
incompletas.

Com isso expôs-se a importância que a análise do risco de crédito no financiamento


representa para as entidades que actuam em actividades financeiras, principalmente
aquelas de fomento a terceiros, sendo ela indispensável à viabilidade do negócio do
concessor. A partir desta avaliação pode-se afirmar que os financiamentos de longo prazo
por suas características, envolve uma análise mais elaborada e de maior duração já que
devido ao prazo maior de retorno do investimento do banco há um risco maior de
alterações de diversas naturezas como: tecnológicos, de mercado, na concorrência, de
ordem cambial, de ambiente ou até climáticas.

2.3 Estudos Similares

No âmbito do processo de concessão de crédito por parte das instituições


financeiras, a investigação recente tem recaído sobre várias temáticas. Os estudos sobre
analise do risco de crédito no financiamento as pequenas e medias empresas são vários,
podem citar-se alguns mais relevantes e com uma abrangência maior em termos de
validade externa.

Silva da Costa, na sua dissertação apresentada em 2013 intitulada a análise e risco


de crédito em instituições financeiras cujo objectivo foi comparar a teoria de pesquisas
bibliográficas à realidade das Instituições Financeiras presentes no mercado.

O autor constatou que análise do risco de crédito é essencial para o controlo da


inadimplência na concessão de limite de crédito para os Bancos e Financeiras, e observou-
se sendo uma das ferramentas mais utilizadas para controlar e reduzir os riscos atribuídos
às negociações. Ainda De acordo com as constatações e afirmações, percebeu que não há
apenas um modelo ideal para avaliar o risco do financiamento, mas sim um conjunto deles
e, devido às características do financiamento a longo prazo, alguns são mais aplicáveis que
outros.
Todavia, pelo evidenciado acima, pode-se concluir que o presente estudo chegou à
conclusão interessantes no que diz respeito a um modelo de avaliação de risco e do crédito

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em financiamentos a longo prazo e as análises utilizadas para todos os tipos de pessoas
Jurídicas e Físicas.

Fernanda da Concessão, no seu artigo apresentado em 2009 intitulado análise do


risco e crédito para micro e pequenas empresas – uma proposta orientativa cujo objectivo
foi desenvolver uma forma de orientação aos micro e pequenos empresários para obtenção
de crédito de financiamento para micro e pequenas empresas em agências bancárias.

Contudo o autor concluiu a questão esbarra numa acentuada assimetria de


informação, que dificulta a mensuração do risco dessas empresas. Porém, as instituições
financeiras não podem conceder crédito fundamentado apenas em factores subjectivos,
requer, portanto, a busca de informações concretas que lhes dê o máximo de certeza quanto
ao retorno do crédito concedido.

2.4 Contribuições a luz das Teorias

2.4.1 Teoria da carteira de Markowitz


Esta teoria foi proposta por Harry Markowitz em 1952 e propõe que o investidor
deve construir uma carteira de investimentos bem diversificada com objetivo de minimizar
o risco e maximizar o retorno. Essa teoria introduziu conceitos fundamentais para a
construção de portfolios de investimentos.

Segundo Gitman (2010,) a ideia central da teoria da Carteira da Markowitz é de que


os investidores podem optimizar sua alocação de activos ao considerar a relação entre risco
e retorno. Markowitz argumentou que os investidores devem avaliar o desempenho de uma
carteira de investimentos como um todo, em vez de analisar cada activo individualmente.
A teoria parte do princípio de que os investidores são avessos ao risco e buscam maximizar
a utilidade esperada de seus investimentos. Para alcançar essa maximização, eles devem
seleccionar uma combinação de activos que ofereça o maior retorno esperado para um
determinado nível de risco, ou a menor quantidade de risco para um determinado nível de
retorno esperado.

1. Fronteira eficiente: refere-se a uma linha curva que representa todas as possíveis
combinações de activos que fornecem o máximo retorno esperado para cada nível
de risco. Os investidores devem buscar pontos na fronteira eficiente para maximizar
a relação risco-retorno de suas carteiras.

11
2. Diversificação: Markowitz enfatizou a importância da diversificação na redução do
risco de uma carteira. Ao combinar activos com diferentes características e
comportamentos de preços, e possível reduzir a volatilidade total da carteira. A
diversificação eficaz envolve a selecção de activos que tenham baixa correlação
entre si, o que significa que eles não se movem na mesma direcção ou na mesma
magnitude ao longo do tempo.

2.4.2 Teoria das Opções Reais


O arquitecto desta teoria foi Fisher Black e Myron Scholes em 1973, a teoria das
opções reais estuda a valoração de projectos que possuem opções de investimento, como
opções de expandir ou adiar projectos. Essa teoria auxilia os investidores na tomada de
decisões através da análise do valor em risco e a análise de sensibilidade dos projectos.

A Teoria das Opções Reais é uma extensão da teoria financeira que incorpora
opções reais na análise de investimentos e tomada de decisões de investimento. Enquanto a
teoria tradicional de avaliação de investimentos se concentra em fluxos de caixa
projectados e risco, a Teoria das Opções Reais considera o valor adicional das
oportunidades de escolha e flexibilidade que os investidores possuem ao longo do tempo.

A teoria baseia-se no conceito de opção real, que e análogo as opções financeiras


negociadas em mercados. Uma opção real e o direito, mas não a obrigação, de realizar
certas acções futuras que podem influenciar o retorno de um investimento. Isso pode
incluir a opção de expandir, abandonar, adiar ou alterar um projecto de investimento,
dependendo das condições do mercado e dos resultados esperados.

2.5. Relação da Teorias e Aplicabilidade para o Estudo

Analisando a teoria da carteira da Markowitz é possível perceber que fornece um


framework para a tomada de decisões de investimento, ajudando os investidores a
equilibrar o risco e o retorno em suas carteiras. No entanto, e importante ressaltar que a
teoria possui algumas limitações, como a premissa de que os investidores são racionais e
avessos ao risco, a dependência de estimativas precisas de retorno e volatilidade dos
activos, e a consideração apenas do risco sistemático (não diversificável).

Enquanto a teoria das Opções Reais argumenta que, ao considerar essas opções
reais, o valor de um investimento pode ser maior do que o valor estimado somente com

12
base nos fluxos de caixa esperados. Isso ocorre porque as opções reais permitem o que os
investidores ajustem sua estratégia de investimento conforme a evolução das condições de
mercado, reduzindo o risco e aproveitando oportunidades adicionais.

A Teoria das Opções Reais, segundo Myers (2007), é a melhor abordagem para se
avaliar os financiamentos que possuam opções operacionais e estratégicas significativas,
alegando que ela consegue integrar estratégia e finanças.

Desta forma, existem métodos complementares mais avançados que os tradicionais.


As Opções Reais são um deles e permitem considerar várias opções e flexibilidades de
gestão, permitindo à empresa adaptar-se às mudanças que poderão surgir e considerar
oportunidades de financiamento ao longo do tempo

Para além disso, num contexto de avaliação, esta abordagem poderá ser mais
vantajosa face aos métodos convencionais, pelo facto de associar a incerteza à
flexibilidade. A Teoria das Opções Reais (TOR) é a alternativa mais adequada para o
estudo.

13
3. METODOLOGIA DO ESTUDO

3.1. Conceito de Método


A elaboração de qualquer pesquisa científica requer a definição dos procedimentos
metodológicos de forma a definir a natureza do estudo, as características da amostra, as
variáveis a serem utilizadas no estudo, a técnica e análise de dados e as possíveis
limitações.

Para Lakatos e Marconi (2012), a especificação da metodologia da pesquisa é a que


abrange maior número de itens, pois responde, a um só tempo, as questões: como? Com
quem? Onde? Quanto? O trabalho fará uso de uma abordagem qualitativa com objectivo de
dar melhor compreensão ao tema a investigar.

Segundo Denzin (2000), define método, como sendo o conjunto de procedimentos,


estratégias e regras estabelecidas e utilizadas para se chegar a um determinado objectivo.
Método consiste em estudar e avaliar os métodos disponíveis, também examina e avalia as
técnicas de pesquisa bem como a geração de novos métodos que conduzem à captação com
vista à resolução de problemas de investigação.

O estudo será uma abordagem qualitativa o qual Kripka, Scheller e Bonotto (2015),
busca compreender um fenómeno em seu ambiente natural, onde esses ocorrem e do qual
faz parte, assim, com uso desta abordagem permitirá com que os dados por recolher sejam
analisados com profundidade para e a posterior emitir uma ideia conclusiva que explica ou
descreve os fenómeno de risco de credito no financiamento as pequenas e medias
empresas.

3.2. Tipo de pesquisa


Para Denzin (2000), as pesquisas descritivas têm como objecto primordial a
descrição das características de determinada população, fenómeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis.

Conforme o autor acima citado, as pesquisas exploratórias têm como objectivo


proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a torna-lo mais explícito ou a
construir hipóteses.

De acordo com Gil (2008), o método qualitativo contribui com procedimentos


racionais e intuitivos capazes de contribuir com a compreensão dos fenómenos.

14
A pesquisa qualitativa de acordo com Lakatos e Marconi (2003), trata de uma
pesquisa que tem como princípio analisar e esclarecer aspectos mais profundos, de maneira
a descrever a complexibilidade do comportamento humano, e ainda, no concernente a este
tipo de pesquisa, Yin (2000), explica que o uso da descrição qualitativa, busca captar a
aparência do fenómeno e também suas propriedades, tentando investigar sua origem,
relações e variações a fim de prever as consequências.

3.2.1 Sujeitos de pesquisa


Para Yin (2000), a definição dos sujeitos participantes da pesquisa deve ter como
critério base de selecção, a conveniência, e ao seleccionar estes indivíduos é pelo facto de
serem as pessoas que trabalham directamente com os critérios de análise do risco de
crédito antes da concessão a qualquer mutuário e durante a entrevista espera-se que as
informações que irão prestar sejam fiáveis porque lidam directamente com o processo de
análise de risco de crédito dos financiadas e irá abarcar 4 participantes.

3.3. Método de Procedimento Estudo de Caso


Segundo Gil (2008), diz que pode se dizer que, em termos de colecta de dados, o
estudo de caso é o mais completo de todos os delineamentos, pois vale-se tanto dos dados
de pessoas ou de papel.

Para Yin (2010), conceituou estudo de caso como uma investigação empírica que
investiga um fenómeno contemporâneo dentro do seu contexto da vida real, especialmente
quando os limites entre o fenómeno e o contexto não estão claramente definidos.

De acordo com as teorias dos autores, no presente trabalho será usado o caso de
estudo com o seu objecto Millenium Bim.

3.4. Método de Abordagem Qualitativa


A pesquisa qualitativa de acordo com Lakatos e Marconi (2009), se trata de uma
pesquisa que têm como princípio analisar e esclarecer aspectos mais profundos, de maneira
a descrever a complexibilidade do comportamento humano.

Ainda, no concernente a este tipo de pesquisa, Lincoln (2011), explica que o uso da
descrição qualitativa, busca captar a aparência do fenómeno e também suas propriedades,
tentando investigar sua origem, relações e variações a fim de prever as consequências,
enfatiza ainda o mesmo autor que os estudos descritivos tem como objectivo descrever as

15
características de determinadas populações, levantando opiniões e crenças de uma dada
população. Podem ser associadas as pesquisas explicativas e exploratórias.

Quanto aos fins essa dissertação é descritiva. A descritiva tem como objecto
principal a a descrição das características de determinada população ou fenómeno, ou o
estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser
classificados sob este título e uma de suas características mais significativas aparece na
utilização de técnicas padronizadas de colecta de dados Gil (2008), e para Lakatos e
Marconi (2002) argumentam que uma das suas características mais significativas refere-se
à utilização de técnicas padronizadas de colecta de dados, concluindo que os estudos
descritivos buscam estabelecer uma correlação entre os critérios sociais, políticos e
económicos.

3.5. Técnicas e Instrumentos para recolha de dados


A técnica de recolha de dados será efectuada por meio da revisão bibliográfica.
Segundo Martins (1990), é a que se efectua para resolver problema ou adquirir
conhecimento a partir de consultas a livros, artigos científicos, teses, dissertações, jornais,
pepars publicados na internet entre outros. Tem como objectivo recolher, seleccionar,
analisar e interpretar as contribuições teóricas já existentes sobre determinado assunto. Esta
técnica é fundamental na revisão da literatura e estado da arte, pois permite uma maior
credibilidade à investigação por fornecer uma maior bagagem de conhecimento utilizada
em investigações similares e pertinentes para a pesquisa.

3.5.1. Técnicas para Recolha de Dados

a) Entrevista semi-estruturada
Segundo Haguette (1995), a entrevista é um processo de interacção social, no qual o
entrevistador tem a finalidade de obter informações do entrevistado, através de um roteiro
contendo topicos em torno de uma problemática central.

Para Minayo (1994), a entrevista privilegia a obtenção de informações através da fala


individual, a qual revela condições estruturais, sistemas de valores, normas e símbolos e
transmite, a partir de um porta-voz representações de determinados grupos. Aqui
informante tem a possibilidade de discorrer sobre suas experiencias, a partir do foco
principal proposto pelo pesquisador, ao mesmo tempo que permite respostas livres e
espontâneas do informante, valoriza a actuação do entrevistador.

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Ainda de acordo com Haguete (1995), as entrevistas traduzem a representação dos
agentes sobre o seu trabalho e dessa forma constituem-se sempre em uma aproximação do
concreto vivido. Considerando que não é possível reduzir a realidade a concepção dos
homens, a entrevista será utilizada para complementar e fazer o contra-ponto com os dados
obtidos através da observação.

b) Análise Documental
A pesquisa documental se caracteriza pela pesquisa “[...] de materiais que não
receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo
com os objectos de pesquisa” (Gil, 2008, p.45). O uso de documentos para a pesquisa traz
uma riqueza de informações, já que elas podem ser utilizadas em várias áreas de ciências
humanas e sociais aproximando o entendimento do objecto na sua contextualização
histórica e sociocultural.

O universo será ainda composto por documentos, relatórios do Banco, do Instituto


para Promoção das Pequenas e Médias Empresas, relatórios de várias entidades como
Banco de Moçambique, Instituto Nacional de Estatística e trabalhos de referência que
abordam em torno do problema de estudo.

Além disso, a etapa documental pode complementar a pesquisa, subsidiando dados


encontrados por outras fontes, no sentido de corroborar a confiabilidade dos dados.
Segundo Gil (2008), os documentos podem ser dos mais variados tipos, escritos ou não, os
quais incluem diários, documentos de entidades públicas e privadas, gravações, fotografias,
filmes, mapas, etc.

Esta técnica auxiliará na recolha de informação inerente ao tema por meio de


documentos ou relatórios produzidos pelo Banco Comercial de Investimento,
particularmente na área de apoio às pequenas e médias empresas.

3.5.2. Instrumentos para recolha de dados

a) Guião de entrevista

Para Barbosa (2008), consiste na acção em que pesquisador e pesquisado ficam


frente a frente e o pesquisador formula perguntas de acordo com o seu interesse de
pesquisa. É a técnica de pesquisa mais utilizada no meio social por diferentes profissionais
a partir de diferentes interesses.
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De acordo com Markoni e Lakatos (2009), quando o entrevistador pauta pela técnica
de entrevista semi-estruturada, não pode torna-la demasiadamente rígida, para respeitar os
diferentes momentos. Apontam os autores que a ordem do guião pode sofrer alterações ao
longo da conversa, portanto, o entrevistador deve acompanhar os momentos de supressão
ou audição de outras e seguir com atenção o rumo por onde o entrevistado nos conduz.

b) Roteiro de Análise Documental


Para Markoni e Lakatos (2003), a análise documental é realizada como técnica de
recolha de dados e caracterizada por fontes escritas ou não, primárias ou secundárias.
Assim sendo o roteiro a ser utilizado como recurso para o trabalho será fonte secundária,
por meio de documentos administrativos e legais, os quais serão constituídos por relatórios
de contas, memorandos, balancetes, contratos para o acesso ao crédito, utilizados como
meios para análise do risco de crédito a conceder as pequenas e medias empresas.

3.6. Procedimentos de Análise dos Dados


Para Barbosa (2008), defendem que análise dos dados é uma das fases mais
importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que são apresentados os resultados e a
conclusão da pesquisa.

Assim, neste estudo irá se proceder o respectivo tratamento e análise dos mesmos. Os
dados que serão recolhidos são feitos alguns fundamentos para obtenção dos resultados
desejados. Sem deixar do lado a existência de diversas técnicas de análise de dados que
poderiam ser utilizadas em pesquisas desta natureza.

3.7. Considerações Éticas


A ética em pesquisa deve permear todo o trabalho do pesquisador. Com o advento da
internet, proliferaram-se os plágios e as cópias de textos, sem a citação da fonte de busca,
desrespeitando, dessa forma, os autores, assim espera-se que a pesquisa, não traga efeitos
negativos para a sociedade em geral, partindo do princípio que o problema em causa
aparece de forma a responder aquilo que são as necessidades ou preocupações das
empresas, pois tem impacto no crescimento da empresa.

Neste âmbito, a pesquisa vai levar em conta o respeito para com os sujeitos de
pesquisa, garantir o sigilo e confidencialidade das informações prestadas de acordo com as
preferências destes, consideração das opiniões ou sugestões dos sujeitos em causa, seguir

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com rigor as regras de citação para evitar indícios de plágios ou fraudes e prevalecer a
verdade científica.

3.8. Resultados Esperados


O presente trabalho é baseado em perguntas de pesquisa para testar a realidade dos
factos, assim sendo, os resultados esperados devem justificar a relevância do estudo e
responder aos objectivos e as respectivas variáveis, alinhados a determinar o risco de
crédito envolvido na concessão de financiamento as pequenas e médias empresas na
Cidade de Maputo dentro dos parâmetros estabelecidas pelo Millenium bim. Os principais
resultados esperados dizem respeito ao:

● O Millennium bim se reconhece como um risco conceder crédito as pequenas e


médias empresas devido a sua baixa capacidade financeira e de organização; e
● O custo de capital constitui barreira de acesso ao financiamento do crédito por parte
das pequenas e médias empresas.

Espera-se que apois a análise e discussão dos resultados, o relatório venha contribuir
na conscientização do Millenium bim como intermediário financeiro possa mudar a sua
filosofia no apoio as PMEs, tidas como o motor de desenvolvimento de País, e por outro
lado conscientizar, as pequenas e médias empresas sobre a importância de implementação
de gestão e contabilidade organizada, como meio para o aceder ao crédito.

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4.CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES E ORÇAMENTO

4.1 Cronograma de actividades

Actividades Tempo
Jul. Ago. Set. Out.
Realização do Projecto de pesquisa
Submissão do projecto à Direcção cientifica
para aprovação
Pesquisa de fontes
Revisão bibliográfica
Preparação de instrumentos e recolha de
dados
Análises e Interpretação de dados
Redacção e correcção da monografia
Apresentação final
Fonte: Pesquisadora, (2023)

4.2 Orçamento
Material de consumo Quantidade Custo unitário Custo total
Alimentação 5 150,00Mt 750,00Mt
Impressão 3 100,00Mt 300,00 MT
Papel 15 Resmas 2,00Mt 30,00 MT
Encadernações 3 75Mt 225,00Mt
Modem e Internet 1 1.500,00Mt 1.500,00Mt
Esferográficas 3 50Mt 150,00Mt
Deslocações 5 100Mt 500,00Mt
Despesa de Defesa 1 15.750,00Mt 15.750,00Mt
TOTAL 19.205,00 MT
Fonte: Pesquisadora, (2023)

Para materialização da presente pesquisa é necessário um orçamento de 19.205,00 MT.

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5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Abreu. M. (2012). Economia Monetária8 e Financeira (2ª ed). Lisboa: Escolar Editora.

Assaf Neto, A. (2014). Curso de Administração Financeira (3ª ed). São Paulo: Atlas

Bessis, J. (2008). Risk management in banking Chichester: John Wiley & Sons.

Brealey,R. A, Myers, S. C., Allen, F. (2013). Princípios de Finanças Empresariais (10º


ed). Portugal: Mc Graw-Hill.

Brealy,R. & Myers,S. (1998). Princípios de Finanças Empresariais (5ªed). Portugal: Mc


Graw-Hill

Cadilhe, M. e Soares, C. (2009). Lições de Matemática Financeira. Faculdade de


Economia. Porto.

Chenço, Edson Carlos. (2009). Fundamentos em Finanças. 1.ed. IESDE Brasil. Curitiba.

Denzin (2000), F. B. (2000). Métodos de Pesquisa Cientifica. São Paulo: Atlas.

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Engle, Robert. (1982). Autoregressive Conditional Heteroskedasticity.

Fernandes, Aparecido M. (2022). Aplicação de diferentes metodologias do Value at Risk


(VaR) para mensuração do risco de mercado de uma carteira teórica de ações.
Universidade Estadual Paulista: Unesp

Garção, T. C. S. (2017). Avaliação Empírica do Risco de mercado: Estimação do Value-


AT-Risk pela Teoria dos valores extremos. Dissertação (Mestrado em Matemática
Financeira). Instituto Universitário de Lisboa: Lisboa

Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6 ed. São Paulo: Atlas;

Gitman, L. J. (2010). Princípios de Administração Financeira (12ª ed). São Paulo: Pearson
Prentice Hall

Graham, B. Dodd, D. (1934). Security Analysis.

21
Hallberg, K. & Solomon, S. (2017). A market oriented-oriented for small and medium
enterprises. 6ª ed. New York.

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Marconi, M. de A. (2006). Lakatos, E. M., Fundamentos de Metodologia Científica, 5a ed.,


São Paulo: Atlas;

Martins, Ana; Silva, Rita. (2007). Financiamento, Endividamento e Investimento das


Empresas. Gabinete de Estratégia e Estudos.

Maleiane. (2014). Money and capital in Economic Development. Maputo

Markowitz, H. (1952). Portfolio Selection.

Neto, E. S.(2014). Tipologia dos Riscos: uma introdução. Vida Económica- Editorial, SA.

Paiva, J. et al. (2000). Gestão do Risco de Crédito: O próximo grande desafio financeiro.
Quality Mark Editora, Rio de Janeiro:

Stolf, W.A. (2008). Quantificação do risco de crédito: um estudo de caso utilizando o


modelo Creditrisk. Dissertação (Mestrado em Ciências). Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba.

Swensen, D, (2000). Pioneering Portfolio Management.

Williams,J,B. (1938). The Theory of Investment Value.

Yin, A. C. (2000). Métodos e Técnicas de Pesquisa. 2ª ed., São Paulo: Atlas.

22
ANEXOS E APÊNDICES

23
GUIÃO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA

Este guião de entrevista tem em vista colher informações úteis para a pesquisa sobre
Análise do risco de crédito no financiamento as PMEs: Caso Millennium Bim, no
período de 2018 a 2022, direccionado aos gestores do bim. Esta pesquisa é realizada com
a intenção de permitir a conclusão do curso de Licenciatura em Contabilidade e Auditoria
pela estudante Yolanda Laura Tomás Seuane, sob orientação do Msc. Recildo Percio
Alberto Nhampule, será apresentado no Instituto Superior de Gestão e Empreendedorismo
Gwaza- Muthini em Marracuene, podendo contactar o autor para se inteirar dos resultados
obtidos.

Pretendo contribuir para um melhorar conhecimento sobre o tema, sendo necessário, para
tal incluir este estudo a participação de alguns funcionários da empresa, sendo fundamental
a colaboração de todos.

I: Informação do entrevistado

 Nome: ___________________________________________________________
 Função:_____________________________________________
 Nível académico:_____________________________________________

II: Questões da pesquisa

1) Para o Millennium Bim , o que seria risco de créditos?


2) Quais os requisitos exigidos para o financiamento as PMEs
3) Quais são os tipos de risco de credito no financiamento as PMEs no Millenium
Bim?
4) Quais são as medidas de mitigação do risco de credito no financiamento as PMEs
usadas pelo Bim?
5) Quais as linhas de credito no financiamento as PMEs pelo Bim?

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