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RELATÓRIO
Março/2010
Relatório CGSOA/CORIS
Regulação do Risco de Crédito
Conteúdo:
I. Motivação ------------------------------------------------------------------------------------- 03
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Relatório CGSOA/CORIS
Regulação do Risco de Crédito
I. Motivação
II. Introdução
Neste sentido, a IAIS, seguindo a linha do Solvência II, tem orientado os órgãos
reguladores e supervisores dos vários países membros, sobre as abordagens que
podem ser adotadas. Com a participação do Brasil como membro da IAIS, a
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) tem implementado vários mecanismos
de regulação com intuito de adequar os critérios de prudência aos princípios aceitos
mundialmente. Sendo assim, está sendo desenvolvido arcabouço regulatório que
busca incentivar as empresas supervisionadas a trabalharem de acordo com as
melhores práticas de gerenciamento de risco, a partir dos pilares instituídos no
Solvência II, nomeados abaixo:
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III.1.1 Basiléia I
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do BIS (1988). A abordagem foi desenhada para estabelecer níveis mínimos de capital
principalmente em relação ao risco de crédito, ou o risco de falha da contraparte.
O capital base deve ser maior que 8% da soma ponderada de ativos e também
exposições “fora” do balanço. A abordagem dos pesos foi mantida a mais simples
possível e somente cinco pesos foram determinados: 0, 10, 20, 50 e 100%. O comitê
acreditou que uma razão de risco deste tipo tinha vantagens sobre abordagens mais
complexas, porque proporciona uma base mais justa para comparações internacionais
entre sistemas bancários e permite que exposições “fora” do balanço fossem
incorporadas de forma mais fácil. A razão de risco, ou a razão alvo padrão pode ser
escrita como:
onde wj= 0,08rj é o fator de risco aplicado ao ativo j. Os pesos e ativos são dados na
tabela abaixo (em inglês).
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III.1.2 Basiléia II
Risco de Crédito:
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Abordagem Padronizada:
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Onde rjc é o peso de risco de acordo com a tabela acima, “j” é a categoria de
ativo e “c” o rating da exposição.
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Com a divulgação do Basiléia II, o BC, a partir de 2004, vem alterando as regras
de cálculo do patrimônio baseado nos riscos. Por meio da Resolução CMN 3.490/07, o
critério para definição do patrimônio de referência exigido (PRE) para as instituições
financeiras foi estabelecido. A seguir destacamos o critério:
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III.2. Solvência II
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Cada módulo de risco deve ser calibrado usando value-at-risk (VaR) com 99,5%
de nível de confiança, considerando um horizonte de um ano.
Ressaltamos que:
- as LGDs das contrapartes dependem da taxa de recuperação (RRre - Recovery rate for
reinsurance arrangements). Para contratos de resseguro a taxa recomendada é de
50%, conforme destacado no trecho de texto abaixo:
“CEIOPS proposes to keep the recoverable rate for RRre at 50%. However, if
the counterparty has tied up an amount for collateralization commitments
(both on and off balance sheet, including commitments to other parties)
greater than 60% of the assets on its balance sheet, the recovery rate is
assumed to be 10% rather than 50%.”
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Onde: Crr é o requerimento de capital para risco de crédito referente aos contratos de
resseguro, i mostra a volatilidade dos recebíveis do ressegurador i e µi é a medida
de exposição ao ressegurador i (valor que se espera receber do ressegurador i), qi é a
probabilidade de default do ressegurador i (que podem ser extraídas de agências de
rating) e k é o quantil da normal padrão para o nível de confiança predeterminado.
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Onde:
CAC= capital adicional baseado no risco de crédito.
CAC1 = capital adicional baseado no risco de crédito associado aos recebíveis de
resseguradoras, seguradoras, EAPCs e sociedades de capitalização.
CAC2 = capital adicional baseado no risco de crédito dos demais recebíveis.
1, 2 = correlação entre a parcela1 e a parcela 2 do CAC.
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r r r
R Pi ,rr Ci ,rr X i ,rr
i 1 i 1 i 1
1 se houver default
Ii
0 não houver default
2 2 2 2 2
Var X i ,rr qi i CVi qi i qi i
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2 2 2
Var X i ,rr qi i CVi qi i
1 2
CV 1
1
Assim, temos:
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Var X i ,rr 2qi i
i exp i (1 Re i ) /(1 qi )
1
CAC1, i k Var X i ,rr 2
k exp i ( 1 Re ) 2qi
CAC 1 ,i
1 qi
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CAC1 ,i f i exp i
fi k ( 1 Re ) 2qi / (1 qi )
r r
CAC1 CAC1, i CAC1, j ij
i 1 j 1
r r
CAC1 f i exp i f j exp j ij
i 1 j 1
1. Exposição:
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- Os débitos com o ressegurador relativo aos riscos cedidos, que são contabilizados na
conta de passivos “Débitos de Operações com Previdência – Contribuições a Transferir
à Resseguradoras” (conta 213211), devem ser deduzidos da exposição.
Ressegurador A
Ressegurador B
(1) Operações com Resseguradoras (+)
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No caso em que o ressegurador local cede o risco para uma seguradora, temos
ainda que considerar as “Despesas de Resseguro e Retrocessões Diferidas”, “Provisão
para perdas com prêmios diferidos” e “Débitos de operação com seguradoras –
prêmios (conta de passivo)”, claro que apenas as parcelas referentes às retrocessões
com seguradoras.
Pelo nosso modelo não precisamos das informações abertas por segurador. A
exposição (6) entrará na fórmula de cálculo do CAC1 como exposição à contraparte i –
mercado de seguros.
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b) EAPCs:
c) Sociedade de Capitalização:
Pelo nosso modelo não precisamos das informações abertas por sociedades de
capitalização. O valor da conta transferência de carteira entrará no cálculo do CAC1
como exposição à contraparte i - capitalização.
Inicialmente, a SUSEP fará uso dos ratings emitidos por agências classificadoras,
somente para parcela 1.
É fato que as agências possuem sistemas que variam sob vários aspectos. Um
deles é a probabilidade de default. Como esse valor é determinante no cálculo do
requerimento de capital, optamos por adotar uma tabela que procura aglutinar, para
efeito de mensuração do capital de risco de crédito, os ratings de diferentes agências
em três graus de risco.
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3. Probabilidade de default:
Então, para cada ano, temos 20 taxas associadas aos três graus de risco
predefinidos de default (grau 1: 4 taxas, grau 2: 3, e grau 3: 3, para cada agência), que
usamos como variável resposta em um modelo linear generalizado (GLM). No GLM,
consideramos o número de defaults distribuído através de uma distribuição binomial e
função de ligação probit. A finalidade do modelo é encontrar probabilidade média de
default anual para os três graus de risco e a média dos 26 anos de experiência para
cada grau.
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1
(qi , j ) 0, j i, j
^
qi média(q i , j )
4. Matriz de correlação:
Podemos citar também a matriz sugerida para riscos de crédito em ICEA (2007)
– El Modelo Espanõl de Solvência Paso a Paso – é:
Assim, teremos:
n n
CAC1 = f i expi f j exp j ij
i 1 j 1
Onde:
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Podemos verificar que no QIS4 (2008) foi utilizada uma taxa de recuperação de
50% para resseguro. Em CEIOPS (2009a), podemos verificar que a máxima taxa de
recuperação recomendada é de 50% para resseguro.
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plano de contas - aglutinação das contas dos modelos analíticos de balancete para
efeito de publicação do balanço patrimonial – constante da Circular SUSEP 379/08.
FPR Exposição:
Contas de Ativo*
- bancos e valores em trânsito.
FPR 1
- aplicações no mercado aberto.
- depósitos judiciais e fiscais.
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(*) Os demais ativos não listados acima terão fator de ponderação de risco igual a 0
(zero).
(**) Será 100% se não for calculado o fator de ponderação de risco de cada fundo,
conforme critério a ser definido pela SUSEP. Não consideraremos como expostos ao
risco de crédito os valores da provisão matemática de benefícios a conceder do VGBL e
PGBL.
Onde:
CAC= capital adicional baseado no risco de crédito
CAC1 = capital adicional baseado no risco de crédito de recebíveis de resseguro
e seguro.
CAC2 = capital adicional baseado no risco de crédito dos demais recebíveis.
1, 2 = correlação entre parcela 1 e parcela 2, a ser definida pela SUSEP.
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Onde:
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VI – Conclusão
- 5 da SUSEP;
- 1 do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA);
- 1 da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg);
- 1 da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap;
- 1 Federação Nacional da Previdência Privada e Vida (FenaPrevi); e
- 1 da Associação Brasileira de Empresas de Resseguro (ABER).
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VII – Referências
BIS, 2001. The New Basel Capital Accord (a package of 11 consultative papers).
Basel Committee on Banking Supervision, January.
CEIOPS, 2009a, Advice for Level 2 Implementing Measures on Solvency II: SCR
standard formula - Counterparty default risk module, outubro.
CEIPOS, 2009b, Consultation paper n.º 70, Draft CEIOPS ’Advice for level 2
Implementing Measures Solvency II: SCR standard formula, Article 109b,
Calibration of Market Risk Module, novembro.
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Moody’s, 2009. Moody’s Global Credit Policy - Corporate Default and Recovery
Rates, 1920-2008, fevereiro.
Solvência II, 2009. Insurance and reinsurance (Solvency II) (recast), European
Parliament Legislative Resolution of 22 April 2009.
Standard & Poor’s, 2006 - Annual 2005 Global Corporate Default Study And
Rating Transitions - Global Fixed Income Research, janeiro.
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Standard & Poor's, 2009 - Default, Transition, and Recovery, 2008 Annual
Global Corporate, Default Study And Rating: Transitions, abril.
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