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Gestão De Riscos Financeiros é o conjunto de acções de uma empresa para identificar origem,
classificação, probabilidade e impacto de um eventual prejuízo, além de montar uma estratégia
de recuperação e controle de danos para diminuir tal impacto e implementar uma solução.
A actividade bancaria envolve em suas operacoes diversas formas de riscos. Estes riscos
precisam ser explorados e entendidos pelos supervisors bancarios para que possam realizar uma
avaliacao e gestao eficas das instituicoes financeiras.
É tarefa dos bancos Centrais assegurar que os Bancos operem de maneira saudavel e Segura e
que mantenham fundos proprios suficientes para suportar os custos inerentes as suas actividades.
As competencias dos bancos centrais em materia de supervisao bancaria tem evoluido em termos
de poderes e metodos de execucao como resultado do processo de cooperacao internacional entre
os bancos centrais. Esse processo de cooperacao conheceu varias fases, sendo a mais importante
a elaboracao dos Acordos de Capital de Basileia.
O Comite de supervisao Bancaria de Basileia foi constituida (CSBB) em 1974 com o patrocinio
do Bank for International Settlements(BIS). Este comite e compost por representantes dos
bancos centrais e autoridades de supervisao bancaria do G-10. Tem como objective melhorar a
colaboracao entre bancos centrais para estabilizar o Sistema financeiro internacional, definir
normas comuns para a supervisao bancaria e responder a crescente integracao dos sistemas
financeiros
Em Abril de 1997, o Comite formulou 25 principios basicos , insispensaveis para um Sistema de
suprevisao realmente eficaz a serem implementadas por todos os orgaos de supervisao bancaria a partir de
Janeiro de 1998; Estes principios referem se a:
2. Acordo de Basileia I
O (primeiro) Acordo de Basileia, agora conhecido como Basileia I, foi emitido durante a
convenção de 1988, e foi ratificado por mais de 100 países. Chamado oficialmente de
International Convergence of Capital Measurement and Capital Standards, ele teve como base
três regras principais:
A tarefa inicial do Comite foi definir o conceito de fundos proprios, dividindo-o em duas partes:
os fundos proprios de base e os complementares.
i. O capital social
ii. As reservas
i. Reservas Ocultas
ii. Provisoes gerais
iii. Instrumentos Hibridos De Capital
iv. Divida Subordinada
Por outro lado, o Acordo de Basileia I obriga a deducao de certos activos dos fundos proprios.
Estas deducoes se referem as diferencas de consolidacao positivas e aos investimentos em
subsidiarias que exercem actividade no sector financeiro.
Assim os fundos proprios sao a soma dos fundos proprios de base e complementares. Sendo que
o total de fundos proprios deve ser compostos por no minimo 50% de fundos proprios de base.
2.2. Ponderacao dos Activos por Classe de Risco
e) Activos Extrapatrimoniais
i) Operacoes com natureza de substituto de credito (como garantias gerais com natureza
de substitutos de credito, aceites, cartas de credito stand by com a natureza de
substitutos de credito). Estas operacoes sao convertidas a activos de riscos pelo seu
valor nominal de acordo com um factor de conversao igual a 50%.
ii) Certas contigencias relacionadas com transaccoes (como titulos de participacoes,
garantias que nao tenham a natureza de substitutos de credito e cartas de credito stand
by relacionadas com transacoes especificas ). Estas operacoes sao convertidas a
activos de riscos pelo seu valor nominal de acordo com um factor de conversao igual
a 50%.
iii) Contigencias de curto prazo e de liquidacao automatica associadas ao movimento de
mercadorias( como creditos documentarias garantidos por documentos de embarque)
Estas operacoes sao convertidas a activos de risco pelo seu valor nominal de acordo
com um factor de conversao igual a 20%.
O Acordo de Basileia I admite garantias concluidas por titulos emitidos por governos centrais e
bancos centrais de paises membros de OCDE, atribuindo uma ponderacao de 0% aos creditos
garantidos nestes termos. No caso de creditos garantidos por entidades do sector publico desses
paises, a ponderacao atribuida é de 20%. Por ultimo, a créditos garantidos por instituicoes de
crédito de paises nao membros da OCDE é aplicada a ponderacao de 20%, no caso de operacoes
com prazo de vencimento residual ou igual a um ano. Quaisquer outras garantias( como titulos
de empresa) nao sao consideradas para efeitos de reducao da ponderacao de risco.