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AFO E

ORÇAMENTO
PÚBLICO
Instrumentos de Planejamento – Leis
Orçamentárias

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO
Instrumentos de Planejamento – Leis Orçamentárias

Sumário
Manuel Piñon

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Instrumentos de Planejamento Leis Orçamentárias............................................................... 4
1. Introdução...................................................................................................................................... 4
1.1. Plano Plurianual (PPA). . ............................................................................................................ 7
1.2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)................................................................................15
1.3. Lei Orçamentária Anual (LOA).............................................................................................. 20
Resumo............................................................................................................................................. 29
Mapas Mentais............................................................................................................................... 35
Questões de Concurso..................................................................................................................40
Gabarito.......................................................................................................................................... 143
Referências.................................................................................................................................... 145

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Instrumentos de Planejamento – Leis Orçamentárias
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Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a). O nosso objetivo nesta aula é avançar mais acerca do estudo
do Orçamento Público, detalhando alguns assuntos e conhecendo um pouco mais acerca dos
Instrumentos de Planejamento ou Leis Orçamentárias.

Você perceberá, na prática, como aquele volume significativo de conceitos e informações


aprendidos na aula inicial irão te ajudar bastante, sendo, na verdade, fundamentais para tenha
um excelente aproveitamento do curso. Além disso, você também verá que vai acertar muitas
questões de prova com base naqueles artigos da CF, os quais estudamos na aula inaugural. Se
puder, avalie nossa aula ao final. Tenha uma boa aula!

Professor Manuel Piñon

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INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
LEIS ORÇAMENTÁRIAS
1. Introdução
Vamos agora conhecer os instrumentos de planejamento e orçamento, também denomi-
nados de Leis Orçamentárias, utilizados na implantação das Políticas Públicas do nosso país.
Nesse sentido, o artigo 165, da CF/1988, revela-nos os três principais instrumentos orçamentá-
rios de planejamento utilizados na implantação das Políticas Públicas: “Art. 165. Leis de inicia-
tiva do Poder Executivo estabelecerão: I – O Plano Plurianual; II – As diretrizes orçamentárias;
III – Os orçamentos anuais”.
Assim, o Orçamento Público é chamado no inciso III de “orçamentos anuais”, também co-
nhecido como Lei Orçamentária Anual (LOA). Nesse contexto, os instrumentos de planejamen-
to e orçamento da Constituição Federal são:
• O Plano Plurianual (PPA);
• A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO);
• Lei Orçamentária Anual (LOA).

LEIS
ORÇAMENTÁRIAS

PPA LDO LOA

Esses instrumentos são, na verdade, as leis orçamentárias que regulam, cada uma delas
com especificidades e escopos próprios, o planejamento e o orçamento dos entes públicos nas
três esferas de governo. No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porém
integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais.

Professor, qual a relação entre PPA, LDO e LOA?

Veja, na figura a seguir, o sentido da seta para visualizar a influência de cada uma em ter-
mos de integração:

PLANO PLURIANUAL (PPA)

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)

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Outra forma interessante de visualizar a dimensão de cada instrumento orçamentário:

LOA (OPERACIONAL)

LDO (TÁTICO)

PPA (ESTRATÉGICO)

A EC 109/2021 inseriu o artigo 164-A em nossa CF/1998 para que a elaboração e a exe-
cução de planos e orçamentos reflitam a compatibilidade dos indicadores fiscais com a sus-
tentabilidade da dívida. Resumidamente, tenha em mente que o PPA, juntamente com a LDO
e a LOA, são leis instituídas pelo artigo 165 da nossa Carta Magna de 1988, cabendo ao PPA
estabelecer diretrizes de médio prazo (quatro anos).
A LDO, que deve ser compatível com o PPA, estabelece, entre outros, o conjunto de metas
e prioridades da Administração Pública Federal e orienta a elaboração da LOA para o ano se-
guinte. Nesse sentido, a LOA, que deve ser compatível com o PPA e com a LDO, contempla os
orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais.

A INTEGRAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

Orientação estratégica, diretrizes,


prioridades e metas.
PPA

Prioridades e metas que orientarão a


LDO elaboração do orçamento.

Dimensão financeira anual.


LOA

A palavra-chave, aqui, é integração.

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INTEGRAÇÃO ENTRE PPA, LDO E LOA

1 PPA Médio Prazo

2 LDO Prioridades

3 LOA Curto Prazo

001. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O Orçamento Público, um instrumento fundamen-


tal de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse assunto,
julgue o seguinte item.
O processo orçamentário brasileiro está baseado em instrumentos de curto prazo — a Lei Orça-
mentária Anual (LOA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) — e em instrumento de médio
prazo — o Plano Plurianual (PPA) —; todos perfeitamente integrados entre si.

Realmente, a LOA e a LDO, que abrangem o período de um ano, podem ser considerados instru-
mentos de curto prazo, enquanto o PPA, que abrange o período de quatro anos, é considerado
um instrumento de médio prazo, estando esses três instrumentos orçamentários integrados
nos termos da própria CF/1988.
Certo.

Vamos conhecer um pouco mais acerca de cada um desses importantes instrumentos.

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1.1. Plano Plurianual (PPA)


Para a União, Estados e DF o PPA atualmente em vigência vale para os anos de 2020 a 2023.
Já para os municípios, que eleições distintas da União, Estados e DF, DF o PPA atualmente
em vigência vale para os anos de:

AUDIÊNCIA
ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO
PÚBLICA

PPA - Plano Plurianual 2018-2021 Planejar

LDO LDO LDO LDO Orientar


2018 2019 2020 2021

LOA LOA LOA LOA Executar


2018 2019 2020 2021

O PPA é um instrumento, previsto no artigo 165, da Constituição Federal, destinado a orga-


nizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os objetivos da Re-
pública, servindo como instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que
estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração
Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

DICA!
Nesse contexto, guarde para o PPA o mnemônico Diretrizes,
Objetivos e Metas (DOM).

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PLANO PLURIANUAL

Diretrizes Grandes linhas de ação de um governo.

É cada bem ou serviço que as entidades públicas se propõem a colocar à


Objetivos disposição da comunidade para satisfazer as necessidades coletivas.

Parcelas de resultado que se pretende alcançar no período de


Metas vigência do PPA.

Entenda por diretrizes a ideia de que o PPA tem um condão abrangente e estratégico, ser-
vindo de plano de voo para os próximos quatro anos. Já em relação aos objetivos, a ideia é que
o PPA verbalize o que precisas ser modificado, ou seja, o que a implementação do PPA deseja
para o país.
Finalmente, as metas “tornam as diretrizes e os objetivos menos subjetivos, ou seja, tradu-
zem-nos em aspectos mais quantitativos ou qualitativos, a depender das especificidades de
cada caso. Veja no quadro seguinte outra forma de entender as diretrizes, objetivos e metas
relativas ao PPA:

PLANO PLURIANUAL (PPA)

Orientações gerais ou princípios que nortearão a captação e o gasto público com vistas a alcançar os
Diretrizes objetivos (ex.: combater a pobreza e promover a cidadania).

Discriminação dos resultados que se quer alcançar com a execução de ações governamentais (ex.:
Objetivos elevar o nível educacional da população, especialmente, combatendo o analfabetismo).

Quantificações, físicas ou financeiras, dos objetivos (ex.: construção de 3000 salas de aulas em todo
Metas país ou investir, no período de quatro anos, R$ 100 milhões, na construção de salas de aula).

É importante destacar que o PPA federal não contempla diretrizes, objetivos e metas das
demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo PPA.

002. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:


O Plano Plurianual estabelece diretrizes nacionais para as despesas de capital e para os pro-
gramas de duração continuada.

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PEGADINHA DA BANCA
É Importante destacar que o PPA federal não contempla diretrizes, nacionais, já que não con-
templa as diretrizes das demais esferas de governo, pois cada ente possui o seu respectivo PPA.
Errado.

É fundamental assinalar ainda que enquanto o PPA tem duração de quatro anos, durante a
sua vigência serão elaboradas uma LDO e uma LOA a cada ano, ou seja, quatro LDOs e quatro
LOAs, que precisam ser compatíveis com o respectivo PPA. Veja para a União, Estados e DF o
PPA em andamento e respectivas LDOs e LOAs:

PPA 2020-2023

LDO LDO LDO LDO


2020 2021 2022 2023

LOA LOA LOA LOA


2020 2021 2022 2023

Nesse contexto, outra maneira de visualizar é a seguinte:

PPA 2020-2023 Planejar

LDO LDO LDO LDO Orientar


2020 2021 2022 2023

LOA LOA LOA LOA Executar


2020 2021 2022 2023

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Veja para os municípios o PPA em andamento e respectivas LDOs e LOAs:

O PPA constitui-se de
programas com metas e
indicadores para quatro anos.
PPA

2021 2021
PPA
2018/2021 2020 2020
A LDO explicará as metas
2019 2019 para cada ano.
LDO
LDO LOA
2018 2018

A LOA proverá recursos para a


execução das ações necessá-
rias ao alcance das metas
LOA

Nesse tocante, guarde que a vigência do PPA é de quatro anos, mas se inicia no segundo
exercício financeiro do mandato do chefe do executivo e termina no primeiro exercício finan-
ceiro do mandato subsequente, devendo ser enviado até 31 de agosto do primeiro exercício.

1º ano 2º ano 3º ano 4º ano


de mandato de mandato de mandato de mandato

O chefe do Poder
O chefe do Poder
Executivo traba-
Executivo gover-
lha com o seu
na com o PPA de Refere-se ao 2º Refere-se ao 3º
PPA aprovado
seu antecessor e ano de execução ano de execução
pelo Poder Legis-
elabora o seu PPA de seu PPA. de seu PPA.
lativo. É o 1º ano
para os próximos
de prática de seu
quatro anos.
planejamento.

O PULO DO GATO
O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do Executivo, já que
o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano, somente se
encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.

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Veja de outra maneira:

003. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue o item a seguir.


O período de vigência do PPA compreende o início do segundo ano de mandato do presidente
da República até o final do primeiro ano financeiro do mandato presidencial subsequente.

Está de acordo com o disposto no artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitó-
rias (ADCT), da nossa CF/1988, conforme a seguir:

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-
cidas as seguintes normas:
I – O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do manda-
to presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primei-
ro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Certo.

004. (CESPE/MTE/CONTADOR/2014) Julgue:


O Projeto de Lei (PL) do Plano Plurianual é de iniciativa do chefe do Poder Executivo e deve ser
enviado ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano do mandato presidencial.

Exato, assim como a LDO e a LOA, o PPA é de iniciativa do chefe do Poder Executivo, e, como
vale para os próximos quatro anos, deve ser enviado ao Congresso Nacional até o dia 31 de
agosto do primeiro ano do mandato presidencial, devendo ser aprovado até o fim da sessão le-
gislativa, ou seja, 22 de dezembro, tendo vigência até o fim do primeiro ano do Governo seguinte.
Certo.

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Por meio do PPA, é declarado o conjunto das políticas públicas, em termos macro, do go-
verno para um período de quatro anos e os caminhos trilhados para viabilizar as metas previs-
tas, construindo um Brasil melhor. O PPA orienta o Estado e a sociedade no sentido de viabili-
zar os objetivos da República. O Plano apresenta a visão de futuro para o país, macro desafios
e valores que guiam o comportamento para o conjunto da Administração Pública Federal.
Em outras palavras, podemos dizer que no PPA o governo declara e organiza sua atuação,
a fim de elaborar e executar políticas públicas necessárias. O Plano permite também que a
sociedade tenha um maior controle sobre as ações concluídas pelo governo.

ELABORAÇÃO E REVISÃO DE ELABORAÇÃO DA LEI DE


ELABORAÇÃO E REVISÃO DO
PLANOS NACIONAIS, DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
PLANO PLURIANUAL (PPA)
REGIONAIS E SETORIAIS (LDO)

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA


E FINANCEIRA/CONTROLE E LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL ORÇAMENTÁRIA ANUAL
AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO (LOA) (PLOA)

Elaboração do Plano Plurianual (PPA) Fonte: http://www.orcamentobrasil.com


Importante ter em mente que as despesas de capital a que se refere o PPA são aquelas que
contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital, como a constru-
ção ou ampliação de um aeroporto.
Atente-se ao significado dos termos “e outras delas decorrentes”, que têm relação com
o fato de que as despesas de capital acabam gerando despesas correntes ainda dentro do
período de vigência do PPA. Aprenderemos durante o curso que despesas correntes são as
que não contribuem diretamente para a formação ou aquisição de um bem de capital, como as
despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manutenção etc.

Usando o exemplo da construção de um aeroporto, após a sua conclusão, teremos diversos


gastos com sua manutenção, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital que foi a cons-
trução do aeroporto. Assim, guarde que tanto a construção do aeroporto (despesa de capital)
quanto o custeio com sua manutenção durante a vigência do PPA (despesa corrente relaciona-
da à de capital) devem constar nesse PPA.

PLANO PLURIANUAL (PPA)

A lei que instituir o Plano as diretrizes, objetivos e as despesas de capital e ou-

Plurianual estabelecerá metas da administração tras delas decorrentes e para

de forma regionalizada pública federal para as relativas aos programas


de duração continuada.

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Por sua vez o conceito de programas de duração continuada no âmbito da CF/1988, em


termos de PPA, é ambíguo. Repare que se excluirmos os programas governamentais que tem
prazo de conclusão (investimentos), qualquer outra ação pode, em tese, ser considerada de
duração continuada.
Desse modo, deve-se aplicar uma interpretação restritiva de modo a considerar somente
ações finalísticas, não considerando, assim, às relacionadas atividades-meio.

005. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) A respeito do Plano Plurianual (PPA), julgue o item


subsequente.
Caso o governo pretenda instituir um programa assistencial de incentivo à manutenção de alu-
nos carentes nas escolas públicas, ele não precisa incluir o referido programa no PPA.

O programa assistencial de incentivo à manutenção de alunos carentes nas escolas públicas


é um programa de duração continuada, logo deve ser incluído no PPA, conforme determina o
parágrafo 1º do artigo 165 da CF/1988:

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos
e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.
Errado.

Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro pode ser iniciado
sem prévia inclusão no PPA, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de respon-
sabilidade. Falando em investimentos, importante destacar que, em AFO e Direito Financeiro,
o seu significado é diferente do que estamos acostumados em nosso dia a dia, que tem a ver
com aplicação financeira ou com abrir algum negócio.
Em nossa matéria, despesas com investimentos são um tipo de despesa de capital que
engloba despesas com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive, com
a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisi-
ção de instalações, equipamentos e material permanente, como no caso da construção de um
aeroporto.
O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada, ou seja, esse instrumento central de
planejamento deve servir promover, de maneira integrada, oportunidades de investimentos que
sejam definidas com base nas realidades regionais e locais, levando a um desenvolvimento
mais equilibrado entre as regiões do país.

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006. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e orçamen-


to, julgue o item a seguir.
No Plano Plurianual, é vedada a regionalização de metas por meio de critérios que abranjam
territórios maiores que as macrorregiões econômicas.

Em verdade, não existe essa vedação, existindo inclusive no manual de elaboração do PPA
federal uma indicação para que os programas possuam metas regionalizadas, sendo que a
regionalização será expressa em macrorregiões, estados ou municípios.
Errado.

 Obs.: ainda no âmbito do PPA, é interessante que saiba que PPA é adotado como referên-
cia para os demais planos e programas nacionais, regionais e setoriais, como o artigo
165 da CF/1988, assim determina (com grifos nossos): “§ 4º Os planos e programas
nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional”.

O PULO DO GATO
Importante destacar que os significados de planos e programas nacionais, regionais e seto-
riais de desenvolvimento, elaborados em consonância com o PPA, são diferente daqueles pro-
gramas da estrutura programática, que estudamos na classificação da Despesa Pública.
Em verdade, os programas nacionais, regionais e setoriais, muitas vezes, têm duração supe-
rior ao PPA, já que são de longo prazo, como é o caso do Plano Nacional de Educação (Lei n.
13.005/2014 – PNE 2014-2024), cuja duração é de dez anos.

Assim, de acordo com a CF/1988 e com a sua banca examinadora, em tese, tais planos
e programas, mesmo que de duração superior, devem ser elaborados em consonância com o
PPA, de duração inferior. Na prática, vale a lei que for sancionada primeiro, ou seja, no exemplo
do PNE, ele foi elaborado em consonância com o PPA 2012-2015 da época, mas, após sancio-
nado, passou a condicionar os PPAs seguintes, como o PPA 2016-2019.

007. (CESPE/ENAP/TÉCNICO/2015) Julgue:


Conforme determinação da CF, o Plano Plurianual deve ser elaborado em consonância com os
planos e programas nacionais, regionais e setoriais. A explicação para essa vinculação reside
no fato de que tais planos e programas apresentam maior duração e são mais específicos.

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O CESPE inverteu os aspectos. Assim, são os planos e programas nacionais, regionais e seto-
riais que devem ser elaborados em consonância com o PPA.
Errado.

A Lei n. 13.971/2019, publicada em 27/12/2019, é a lei do PPA federal para o período 2020
a 2023. Apresentamos a seguir, a título ilustrativo, alguns trechos do Manual Técnico do PPA
2020-2023. Destaca-se, desse modo, o seguinte trecho que apresenta a conceituação de al-
guns indicadores importantes:

Economicidade: medem os custos envolvidos na utilização dos insumos (materiais, humanos, finan-
ceiros etc.) necessários às ações que produzirão os resultados pretendidos;
Eficiência: medem a relação entre os produtos/serviços gerados com os insumos utilizados. Pos-
suem estreita relação com produtividade, ou seja, o quanto se consegue produzir com os meios dis-
ponibilizados. Assim, a partir de um padrão ou referencial, a eficiência de uma ação será tanto maior
quanto mais produtos/serviços forem entregues com a mesma quantidade de insumos, ou quando
os mesmos produtos/serviços forem obtidos com menor quantidade de recursos;
Eficácia: medem o grau com que um programa governamental atinge as metas e objetivos plane-
jados, ou seja, uma vez estabelecido o referencial (linha de base) e as metas a serem alcançadas,
avalia-se se estas foram atingidas ou superadas;

Efetividade: medem os efeitos positivos ou negativos na realidade que sofreu a interven-


ção. Indicam se houve mudanças socioeconômicas, ambientais ou institucionais decorrentes
dos resultados produzidos pela intervenção governamental.
É variável chave para aferir os efeitos de transformação social.
Merece destaque também os chamados pilares metodológicos do novo PPA:
• Simplificação metodológica: resumidamente diz que o PPA só deve conter o essencial;
• Realismo fiscal: dar importância para a compatibilidade entre o PPA e o espaço fiscal
(recursos) na conjuntura atual do país. Fatores como o teto de gastos são abordados;
• Integração entre planejamento e avaliação;
• Visão estratégica e foco em resultados.

1.2. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)


A LDO, assim como o PPA, surgiu com a CF/1988 e tem como primordial função o estabe-
lecimento dos parâmetros necessários à alocação dos recursos no orçamento anual, de forma
a garantir, dentro do possível, a realização das metas e dos objetivos contemplados nos programas
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do Plano Plurianual. Veja a sua literalidade, de acordo com o artigo 165, da CF/1988, já com a
redação atualizada até a EC 109/2021 de 15/03/2021:

§ 2º: A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração públi-


ca federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com
trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 109, de 2021).

Veja, agora, o papel da LDO de modo esquematizado:

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O PULO DO GATO
A LDO é o elo de ligação entre o PPA e a LOA.

O papel da LDO é ajustar as ações de governo previstas no PPA, às reais possibilidades


de caixa do Tesouro Nacional, fazendo o “meio campo” entre o planejamento estratégico de
médio prazo (PPA) e o planejamento operacional (LOA). De acordo com a Constituição, a LDO
deve, no mínimo, identificar os seguintes itens:
• Estabelecer as metas e prioridades da administração. Até antes da EC 109/2021, as
metas e prioridades da administração deveriam incluir as despesas de capital previstas
para o exercício seguinte, mas essa incumbência foi suprimida pela referida EC;
• Estabelecer as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com
trajetória sustentável da dívida pública (novidade);
• Estabelecer critérios para elaboração da Lei Orçamentária Anual, explicando onde serão
feitos os maiores investimentos, o valor que caberá ao Legislativo, o percentual para
abertura de créditos suplementares e outras informações prévias sobre o futuro Orça-
mento;
• Estabelecer as alterações programadas na legislação tributária, informando quais as
medidas que pretende aplicar na política de tributos;

DICA!
A CF/1988 determina que a LDO considere as alterações na
legislação tributária, mas a LDO não pode criar, aumentar, su-
primir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por
outras leis. Também não existe regra determinando que tais
leis sejam aprovadas antes da LDO.

• Estabelecer os critérios que pretende implantar na política de Pessoal, na lei de cargos e


salários, no ordenamento salarial, na reestruturação de carreiras etc. Importante ressal-
tar que serão nulas as despesas de pessoal não previstas na LDO.

008. (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO-SUBSTITUTO/2016) Julgue:


De acordo com a CF, alterações na legislação tributária da União devem ser processadas em
conformidade com princípios e determinações contidos na LOA.

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Devem estar de acordo com a LDO e não com a LOA, de acordo com o artigo 165 da CF/1988:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-


blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabe-
lecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Errado.

Obs.:
 merece destaque uma novidade em relação à LDO trazida pela EC 102/2019. Trata-se
do anexo de agregados fiscais, que deve ser elaborado para o exercício a que se refere
e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes. Trata-se de um anexo com
previsão de agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão
alocados na Lei Orçamentária Anual para a continuidade daqueles em andamento.

Confira o parágrafo 12, do artigo 165, na literalidade da CF:

§ 12 Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercício a que se refere e, pelo menos, para os
2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de agregados fiscais e a proporção dos recur-
sos para investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade daqueles
em andamento (Incluído pela Emenda Constitucional n. 102, de 2019) (Produção de efeito).

Importante destacar também que o prazo para encaminhamento da LDO ao Congresso Na-
cional é de oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro, ou seja, precisa
ser enviada até o dia 15 de abril de cada ano, devendo a devolução ao Poder Executivo ocorrer
até o fim do primeiro período da sessão legislativa, ou seja, 17 de julho, já que a sessão legis-
lativa não pode ser interrompida sem a sua aprovação.
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ampliou a importância da LDO, atribuindo à LDO
o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios e formas de limitação de
empenho, condições para transferência de recursos, determinando a previsão de várias outras
situações, além das previstas na Constituição. São elas:
• Estabelecer critérios para congelamento de dotações, quando as receitas não evoluírem
de acordo com a estimativa orçamentária;
• Estabelecer controles operacionais e suas regras de atuação para avaliação das ações
desenvolvidas ou em desenvolvimento;
• Estabelecer as condições de ajudar ou subvencionar financeiramente instituições pri-
vadas, fornecendo o nome da instituição, valor a ser concedido, objetivo etc. Importan-
te ressaltar que serão nulas as subvenções não previstas na LDO, excluindo casos de
emergência;
• Estabelecer critérios para início de novos projetos, após o adequado atendimento dos
que estão em andamento;
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Além do estabelecimento e definição dos itens anteriormente relacionados, a LDO deverá


ser acompanhada do chamado Anexo de Metas Fiscais e do Anexo de Riscos Fiscais (ARF).

009. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do


Orçamento Público, julgue o item subsequente.
As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de elaboração
do orçamento anual.

Na verdade, as metas e os riscos fiscais, documentados no anexo de metas fiscais e de riscos


fiscais, integram a LDO.
Errado.

010. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Em relação ao Orçamento Público brasileiro, julgue o


item que se segue.
A lei de diretrizes orçamentárias deve prever medidas a serem tomadas nos casos de passivos
contingentes capazes de afetar as contas públicas, caso se materializem.

Com o advento da LRF, a LDO ganhou mais atribuições, com destaque para o Anexo de Riscos
Fiscais, onde são avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as con-
tas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se materializem.
Certo.

A Lei n. 13.898/2019, publicada em 11/11/2019, foi a LDO federal que dispôs sobre as dire-
trizes para a elaboração e a execução da LOA para o ano de 2020. Confira a seguir:

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A Lei n. 14.116/2020, publicada em 31/12/2020, é a LDO federal que dispôs sobre as di-
retrizes para a elaboração e a execução da LOA para o ano de 2021. A LDO de 2021 contém
regras sobre a execução provisória (temporária) do orçamento de 2021, pois a Lei Orçamen-
tária Anual (LOA) só foi votada em 25/03/2021, sendo enviada para sanção do Presidente da
República.
Dessa forma, o governo só pode executar um doze avos da previsão orçamentária a cada
mês sem a lei definitiva (janeiro a março). O relator da LDO restringiu essa execução às despe-
sas correntes consideradas inadiáveis.

1.3. Lei Orçamentária Anual (LOA)


Desse modo, a LOA é o Orçamento Público propriamente dito:

A princípio, parece estranho que um orçamento seja uma lei, afinal, frequentemente temos
contato com o orçamento em nosso dia a dia como algo informal, tipo quando precisamos
consertar algo e pedimos um orçamento ou quando fazemos o orçamento de uma festa, ou o
próprio orçamento de uma família.
Quando se trata de dinheiro público, entretanto, algumas regras para o seu uso precisam
ser respeitadas e elas precisam estar previstas na legislação. Assim, esse é um dos principais
objetivos do nosso estudo: conhecer tais regras, já que elas serão cobradas em prova.
Para começo de conversa, guarde que a LOA deve conter exclusivamente duas matérias:
previsão de receita e fixação de despesa. A título de exceção, no entanto, são admitidas autori-
zações para créditos suplementares e operações de crédito, inclusive, por Antecipação de Re-
ceita Orçamentária (ARO), ou seja, um princípio orçamentário constitucional da exclusividade.
A LOA funciona como instrumento de planejamento operacional, expressando a alocação
de recursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversas ações.

É bom lembrar que a LOA é orientada pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreen-
dendo as ações a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO.

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Importante atentarmos para a palavra previsão para receita, já que a receita orçamentária
pode ser arrecadada acima do valor previsto no Orçamento Público por não existir teto para a
receita. Por outro lado, em se tratando da despesa, usamos a expressão fixação, por ser pre-
vista com um limite até o qual poderá ser executada.
A esse limite de autorização de gastos dá-se o nome de dotação orçamentária, que é a
expressão monetária do crédito orçamentário, uma autorização discriminada para se gastar
recursos. Importante destacar que nossa CF/1988 veda o início de programas ou projetos que
não estejam incluídos na LOA e proíbe a consignação de crédito com finalidade imprecisa ou
com dotação ilimitada.
O projeto da LOA deve ser encaminhado ao Congresso Nacional quatro meses antes do tér-
mino do exercício financeiro, ou seja, até o dia 31 de agosto de cada ano, e devolvido ao Poder
Executivo até o final da sessão legislativa, ou seja, aproximadamente até 22 de dezembro do
exercício de sua elaboração. Veja as possíveis consequências inerentes ao descumprimento
dos prazos:

Devolução pelo Poder


Envio pelo Poder Executivo
Legislativo ao Poder
ao Poder Legislativo
Executivo
Até o encerramento da sessão
Até 4 meses antes do
legislativa (22 de dezembro)
Prazo encerramento do exercício
do exercício em que for
financeiro (31 de agosto)
encaminhado
O PL aprecia o PLOA do
A cada mês é liberada a fração
Consequência do ano anterior e o chefe do
1/12 das despesas “inadiáveis”
descumprimento Executivo incorre em crime de
contidas no PLOA
responsabilidade

Importante destacar ainda que nossa Carta Magna, em seu artigo 165, parágrafo 6º, deter-
mina que o projeto da LOA seja acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre
as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.

011. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) A respeito da administração financeira e orçamentária,


julgue o item a seguir.
O efeito regionalizado de benefícios tributários concedidos pelo governo federal que resultem
em isenção ou anistia deverá ser incluído no projeto de Lei Orçamentária Anual.

Sim, a diminuição das desigualdades regionais como um dos objetivos do Orçamento está pre-
vista no artigo, 165, parágrafo 6º. Confira a sua literalidade, com grifos nossos, que confirma a
veracidade da assertiva:

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§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,
sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Certo.

Ainda no mencionado artigo da nossa CF/1988 existe a seguinte determinação (com gri-
fos nossos):

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

Lei Orçamentária Anual (LOA)

Orçamento Fiscal

Orçamento da
Lei Orçamentária Anual
Seguridade Social

Orçamento de
Investimento

Destaque-se que, como visto no desenho anterior, na verdade, trata-se de uma única LOA,
um único documento, mas vamos falar um pouco sobre cada um deles.
No que diz respeito ao orçamento fiscal, que deve ser sempre equilibrado, guarde que ele
deve contemplar as receitas e despesas do Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e dos Tribunais de Contas, incluindo seus fundos, seus órgãos e suas en-
tidades da administração direta e indireta, com exceção apenas das receitas e despesas que
estiverem no orçamento da seguridade social e de investimento das estatais.

LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL


Orçamento fiscal: compreende as demais autorizações e
gastos, financiados com recursos públicos, que não este-
jam inseridos nos orçamentos de investimento ou da seguri-
dade social.
Aqui está incluso o gasto com pessoal ativo, custeio (servi-
ços de terceiros, materiais de consumo), investimento, ju-
ros, amortização da dívida etc.

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012. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) A respeito da administração financeira e orçamentária,


julgue o item a seguir.
As empresas públicas que recebem da União recursos financeiros para pagamento de despe-
sas com pessoal ou de custeio em geral estão obrigatoriamente incluídos no orçamento fiscal.

Vamos aproveitar essa questão para rever o artigo 165, parágrafo 5º, da nossa CF/1988 (com
grifos nossos):

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

Nesse contexto, é importante saber que a LRF apresentou o conceito de Empresa Estatal (inte-
gra a Administração Indireta) dependente:

Empresa estatal dependente é a empresa controlada que receba do ente controlador recursos finan-
ceiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no
último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

Assim, na questão temos uma empresa estatal dependente, que, portanto, estará no orçamen-
to fiscal e não no de investimento em empresas estatais.
Certo.

O orçamento de Investimento das Estatais, que obrigatoriamente deve integrar a LOA, como o
nome já revela, não trata de todas as despesas, mas apenas dos investimentos e não se refere a
todas as estatais, apenas àquelas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto, ou seja, refere-se apenas às empresas controladas pela União.

 Obs.: apenas os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com


o Plano Plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais,
segundo critério populacional. Guarde, portanto, que o orçamento da seguridade social
não tem essa função.

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O PULO DO GATO
Em termo de Constituição os conhecimentos acerca do orçamento de investimento das esta-
tais são esses. Se na prova falar “de acordo com a CF (...) basta saber isso. Se considerarmos,
no entanto, as LDOs de cada ano e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que trazem con-
ceitos como o de empresas estatais dependentes e de não dependentes, isso muda de figura.
Nessa “pegada infraconstitucional”, apenas os investimentos das estatais não dependentes
devem constar no orçamento de investimento, em contraste com as estatais dependentes que
devem constar apenas nos orçamentos fiscal e da seguridade social.
Então, fique atento ao comando da questão na prova!

013. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) A respeito de Orçamento Público, julgue os


itens a seguir.
Além de apresentar harmonia com o Plano Plurianual e estar voltado para a redução de de-
sigualdades entre as diversas regiões brasileiras, o orçamento federal de investimento deve
conter as previsões de receitas e despesas de todas as empresas nas quais a União detenha
participação societária.

Na verdade, o orçamento de investimentos contempla os recursos destinados somente às em-


presas cujo controle (maioria do capital social com direito a voto) pertença ao Governo Federal
e não uma participação societária qualquer.
Errado.

No que diz respeito ao orçamento da seguridade social guarde que ela compreende um
conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
É fundamental frisar que o orçamento da seguridade social deve englobar todos os órgãos
que possuem receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade social (previdência, as-
sistência e saúde). Por exemplo, o Ministério da Economia possui despesas de assistência mé-
dica relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do orçamento da seguridade social,
mas as demais despesas não relacionadas à seguridade social estarão no orçamento fiscal.

O PULO DO GATO
Órgãos e entidades vinculados diretamente à seguridade social, independentemente da natu-
reza da despesa, integram o orçamento da seguridade social. Para os órgãos e entidades não

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vinculados diretamente à seguridade social somente as despesas típicas da seguridade social


integram o orçamento da seguridade social.

No Brasil, o conceito de planejamento de médio prazo, interligado com a LOA (orçamen-


to-programa), foi implementado com a proposta de Plano Plurianual para o período de quatro
anos, cujo grande trunfo reside na introdução do modelo de gerenciamento de programas,
que permite padronizar a linguagem do PPA e da LOA. Dessa forma, o vínculo da LOA com o
PPA se dá por meio dos programas e das iniciativas do plano, que estão associados às ações
constantes da LOA.

A integração do PPA com a LOA

Programa PPA DOTAÇÃO PARA AÇÕES NA LOA

Função:
12. Educação.

Subfunção:
306. Alimentação e Nutrição.
Manutenção
e revitaliza- Atividade
ção do ensino 2. Aquisição de gêneros alimen-
fundamental tícios e preparo de refeições para
alunos do ensino fundamental.

Deve haver, portanto, uma compatibilidade entre o PPA, a LDO e a LOA, contudo, vale ressal-
tar que a abrangência do PPA e da LDO vai além da dimensão orçamentária.

014. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito dos fundamentos da gestão financeira e


orçamentária, julgue o item a seguir.
A elaboração do projeto de lei orçamentária é condicionada à aprovação do Plano Plurianual
do exercício de referência.

Sim, é verdade que o PPA e a LDO são referências para a LOA, entretanto, a sua aprovação não
está condicionada à aprovação do PPA. Em verdade, como os dois projetos são enviados até a
mesma data, não seria razoável condicionar a aprovação da LOA à aprovação do PPA.
Errado.

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A proposta de Plano Plurianual deve ser elaborada pelo Poder Executivo durante o primeiro
ano de mandato do Presidente da República e, após a votação no Congresso e a sanção presi-
dencial, o Plano deve orientar a ação de governo.
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização,
implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Assim, na estrutura atu-
al do Orçamento Público, as programações orçamentárias estão organizadas em programas
de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras.
Toda ação do governo está estruturada em programas orientados para a realização dos ob-
jetivos estratégicos definidos para o período do PPA, ou seja, quatro anos. Logo, a integração
das ações orçamentárias com o PPA é retratada na figura a seguir:

ESTRUTURA DA LOA ESTRUTURA DO PPA CONTEÚDO

Dimensão Visão de futuro.


Estratégica Eixos, diretrizes Estratégicas.

Retratam a agenda do governo,


Programas organizada por recortes de
Programas políticas públicas.

Expressa as escolhas de políticas


Objetivos públicas, orientando a atuação do
governo para que deve ser feito.

Entregas de bens e serviços


Iniciativas
(intermediários ou finais)
resultante da atuação do Estado
ou os arranjos de gestão
Ações
necessários ao alcance dos
objetivos.

Produção pública: bens e serviços


ofertados à sociedade ou ao
Estado.

Subtítulos Localização do gasto.

Aprofundando um pouco mais acerca da LOA em seus aspectos jurídicos, lembre-se: o en-
tendimento predominante é que a LOA é uma lei formal. Nesse sentido, o embasamento desse
entendimento é que, em regra, a simples previsão de despesa na LOA não cria direito subjetivo,
não sendo possível exigir, por via judicial, que uma despesa específica prevista no orçamento
seja executa.

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Desse modo, outra ideia, que reforça a tese de que a LOA é uma lei formal, é a de que di-
versas vezes deixa de possuir uma característica essencial das leis: a coercibilidade. Nesse
contexto, as principais características da LOA, portanto, são:
• É uma lei temporária, pois tem vigência limitada a um ano;
• É uma lei ordinária, visto que não apenas a LOA, mas todas as leis orçamentárias (PPA,
LDO e LOA) são leis ordinárias. Os créditos suplementares e especiais, também são
aprovados como leis ordinárias;
• É uma lei ordinária especial, visto que a LOA possui um processo legislativo próprio,
com iniciativa única do Executivo e processo legislativo peculiar ou especial, conforme
artigo 165, caput, e artigo 166, CF/1988;
• É o programa econômico-financeiro do Estado, sendo o seu plano operacional detalhado
de trabalho, materializando o PPA anualmente;
• É uma lei autorizativa, ou seja, não gera direitos subjetivos para os administrados no que
tange às despesas discricionárias, exceto para os casos previstos na própria CF/1988;
• Tem de ser compatível com o PPA e LDO;
• Pode-se dizer que é composta por três suborçamentos: fiscal de investimento e da se-
guridade social (art. 165, parágrafo 5º, CF/1988);
• Atendendo ao princípio da unidade, temos uma só LOA para cada ente político em cada
exercício;
• É uma lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do artigo 35, ADCT);
• Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral.
• É uma Lei temporária, periódica e de efeitos concretos;
• As suas normas não podem apresentar abstração e generalidade, embora seja admitida
pelo STF a possibilidade de controle concentrado de sua constitucionalidade;
• Quanto ao aspecto material é um ato condição.

 Obs.: é importante reforçar que regra geral, para as despesas discricionárias, é que o Orça-
mento Público no Brasil é autorizativo, ou seja, não impositivo, no qual temos mera
autorização de gastos, que serão efetuados de acordo com a disponibilidade de recur-
sos em função da arrecadação, com exceção das emendas parlamentares relativas às
Emendas Constitucionais (ECs), n. 86, n. 100 e n. 105.

O PULO DO GATO
Assim, embora a regra geral seja a da não obrigatoriedade de efetivação dos gastos autoriza-
dos na LOA, grande parte das receitas do Estado tem destinação própria, ou seja, grande parte
das receitas do Estado está vinculada a finalidades específicas.
Então, sob essa diferente perspectiva, pode-se dizer que o Orçamento Público é impositivo sob
o ponto de vista da aplicação dos recursos arrecadados, nos casos em que existe vinculação
específica à sua finalidade.

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Exemplo: caso das contribuições destinadas ao financiamento da seguridade social, no qual


todos os valores arrecadados devem necessariamente ser gastos com saúde, previdência e
assistência social.

Em suma, guarde, portanto, que, embora o Orçamento Público no Brasil seja, em regra,
autorizativo, apresenta pouca margem de liberdade para o administrador público, já que uma
grande parte das receitas é vinculada às finalidades para as quais foram criadas.
A Lei n. 13.978/2020, publicada em 20/01/2020, é a LOA federal para ano de 2020. Regis-
tre-se que a LOA para o ano de 2021, até 25/03/2021, ainda não foi aprovada. Em função desse
atraso, a LDO, de 2021, trouxe regras sobre a execução provisória do orçamento para o ano de
2021. Dessa forma, o governo só pode executar 1/12 da previsão orçamentária a cada mês
sem a lei definitiva.

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RESUMO
Apresentaremos, a seguir, os instrumentos de planejamento:

PLANO DE AÇÃO

INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO

PPA LDO LOA


Planejar Orientar Executar

Políticas públicas e programas de governo

O PPA constitui-se de progra-


mas com metas e indicadores
para quatro anos.
PPA

A LDO explicará as metas


para cada ano.
LDO

A LOA proverá recursos para a


execução das ações necessá-
rias ao alcance das metas.
LOA

PPA 2020-2023 Planejar

LDO LDO LDO LDO Orientar


2020 2021 2022 2023

LOA LOA LOA LOA Executar


2020 2021 2022 2023

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INSTRUMENTO DE PLANEJAMENTO

PPA: diretrizes, objetivos


e metas quadrienais -
Detalhe das ações define as prioridades. Indicadores
de resultado

LOA: orçamento fis-


LDO: metas e prioridades cal, de investimento e
para o exercício da seguridade social.
preservando o equilíbrio. Valoração Estima as receitas e
das ações autoriza as despesas.

No quadro a seguir, podemos ver a base legal do processo orçamentário brasileiro com
destaque para a LRF e para Lei n. 4.320/1964.
Base Legal

Constituição Federal/Estadual

Lei Complementar de Finanças


LRF
Públicas/Lei n. 4.320/1964

PPA LDO LOA

PPA: define as políticas públicas consubstanciadas nos pro-


gramas, com metas e indicadores, pelo período de quatro
anos.

LDO: estabelece as metas e prioridades da administração


pública para cada ano e orienta a elaboração do orçamento.

LOA: disciplina todos os programas e ações no exercício, pro-


vendo recursos para a execução das ações necessárias ao
alcance das metas.

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Nesse contexto, o embasamento legal das finanças públicas no Brasil, após o advento da
LRF, pode ser assim visualizado:

Constituição Federal

Lei Complementar de
LRF
Finanças Públicas

PPA LDO LOA

• PPA: deve estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da


administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada. Nenhum investimento cuja exe-
cução ultrapasse um exercício financeiro pode ser iniciado sem prévia inclusão no PPA
ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Os planos e
programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF/1988, devem ser elaborados
em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional;
• LDO: deve compreender as metas e prioridades da administração pública federal, esta-
belecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com tra-
jetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de apli-
cação das agências financeiras oficiais de fomento. A CF/1988 determina que a LDO
considere as alterações na legislação tributária, mas a LDO não pode criar, aumentar,
suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras leis. Também não
existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO. A LRF atribuiu
à LDO o papel de dispor sobre equilíbrio entre receita e despesa, critérios e formas de
limitação de empenho, condições para transferência de recursos;
• LOA: a LOA, embora seja um única Lei e um único orçamento, compreende:
− I: o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, aos seus fundos, aos seus ór-
gãos e às suas entidades da administração direta e indireta, inclusive, fundações ins-
tituídas e mantidas pelo Poder Público;
− II: o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamen-
te, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

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− III: o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo Poder Público. Nesse sentido, veja um quadro resumido
acerca da LOA:

Discriminação da receita e
Não poderá ter matérias estra-
despesa de forma a evidenciar Autorização dos créditos,
nhas à previsão de receitas ou
a política econômico-financei- inclusive ARO.
à fixação de despesas.
ra e o programa de governo.

Orçamento Fiscal
Abrange os três Poderes.
Órgão, autarquias, inclusive as fundações instituídas e mantidas pelo poder público.
Empresas públicas, sociedades de economia mista e demais controladas que
recebam quaisquer recursos do Tesouro Nacional (dependentes).
Abrange tudo o que não esteja no orçamento da seguridade social e de
investimentos.
Não integram: fundos de incentivos fiscais, conselhos de profissão e estatais
independentes.

Orçamento Empresas em que a União detenha a maioria do capital social com direito a voto
de Investimento (independentes).
Não entrará aqui despesa com pessoal ou de custeio.

Orçamento da
Saúde, previdência e assistência social.
Seguridade
A Educação faz parte do Orçamento Fiscal.
Social

Guarde que os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com


o Plano Plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segun-
do critério populacional. Assim, o projeto de LOA deve ser acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remis-
sões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
É, portanto, vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empre-
sas, fundações e fundos, inclusive, daqueles que compõem os próprios orçamentos fiscal, de
investimentos das estatais e da seguridade social.
A LOA ou orçamento público é um documento que prevê as quantias de moeda que, em um
período determinado (normalmente um ano), devem entrar e sair dos cofres públicos (receitas
e despesas públicas), com especificação de suas principais fontes de financiamento e das
categorias de despesas mais relevantes:

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• É o programa econômico-financeira do Estado, sendo o seu plano operacional detalhado


de trabalho, materializando o PPA anualmente;
• É uma lei autorizativa, ou seja, em regra, para as despesas discricionárias, não gera di-
reitos subjetivos para os administrados, exceto nos casos previstos na própria CF/1988;
• É rígida em função da forte concentração de receitas vinculadas;
• Tem de ser compatível com o PPA e LDO;
• É composta por três suborçamentos: fiscal de investimento e da seguridade social (art.
165, parágrafo 5º, CF/1988);
• Atendendo ao princípio da unidade, temos uma só LOA para cada ente político em cada
exercício;
• Em regra, deve atender ao princípio da exclusividade, devendo contemplar somente
duas matérias: previsão de receita e fixação de despesa orçamentária, entretanto, pode-
rá conter matérias não relacionadas diretamente a Orçamento Público, de acordo com
o disposto no artigo 165, parágrafo 8º, da CF/1988, sendo um exceção à exclusividade,
nesse caso;
• Engloba três funções: alocativa, distributiva e estabilizadora;
• É lei ordinária especial (iniciativa única do Executivo e processo legislativo peculiar ou
especial, conforme art. 165, caput, e art. 166, CF/1988).
• Lei de Processo Legislativo Vinculado (prazos do art. 35, ADCT).
• Para a União, deve ser aprovada em sessão conjunta e bicameral.
• É uma Lei temporária, periódica e de efeitos concretos.
• É uma Lei quanto à forma, no sentido de ser um ato de natureza concreta, mas não quan-
to à matéria, embora seja admitida pelo STF a possibilidade de controle concentrado de
sua constitucionalidade, normalmente típica de leis materiais;
• As suas normas não podem apresentar abstração e generalidade;
• Quanto ao aspecto material, é um ato condição;
• Deve ser regionalizada (art. 165, parágrafo 6º, CF/1988).

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Como diria Thomas Edison: “gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”. Então, vamos
transpirar agora, colocando em prática tudo que aprendemos. Vamos, juntos, resolver mais
questões de provas de concursos anteriores.

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MAPAS MENTAIS
ASPECTOS GERAIS

•Plano plurianual instru-


mento de planejamento p/ •Estabelece, de forma REGIONALIZADA =
um período de 4 ANOS. •DIRETRIZES
•OBJETIVOS Da administração pública federal
•METAS
•Pode ser REVISADO durante sua vigência
•INCLUSÃO
•EXCLUSÃO De programas •Para as despesas:
•ALTERAÇÃO - De capital e outras delas decorrentes.
- Relativas aos programas de duração continuada.

•Planos e progra- Nacionais


mas previstos na Regionais
CF/1988 Setoriais

Devem ser elaborados em CONSONÂNCIA com o


PPA e apreciados pelo congresso Nacional
PPA
(NA CF/1988)
INVESTIMENTOS

Inclusive com aquisição de imóveis neces-


•DIRETRIZES ➔ Normas gerais, estratégias. sários
•Despesas com:
•OBJETIVOS ➔ O que deve ser feito. Softwares + Planejamento e execução de obras
INSTALAÇÕES
•METAS ➔ Medidas do alcance do objetivo
EQUIPAMENTOS
. + Aquisição de MATERIAL PERMANENTE
•PROGRAMAS
DE DURAÇÃO
CONTINUADA ➔ Programas governamentais sem •Nenhum investimento cuja EXECUÇÃO ULTRAPASSE UM EXERCÍCIO
prazos de conclusão relacionados às FINANCEIRO poderá ser iniciado sem:
suas finalidades. •Prévia inclusão no PPA ou lei que autorize a inclusão
•Sob pena de CRIME DE RESPONSABILIDADE
( não apresentam aqueles das atividades – M)

• (Logo, se sua execução não ultrapassa um exercício financeiro, ele não precisa estar no PPA)

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LINHA DO TEMPO

Sessão legislativa (= 1 ano) 1º período: 2 fev a 17 jul 2º período: 1 Ago a 22 dez

1 ano 2 anos 3 anos 4 anos

LEGISLATIVA
(= 4 ANOS)
Observações:
1 Legislatura = 4 sessões legislativas
1 Sessão legislativa = 2 períodos legisla- •Cada ESTADO/DF e MUNICÍPIO tem seus próprios PPA/LDO/
tivos LOA.

Entre cada período legislativo há um RECESSO LEGISLATIVO. PPA


(NA CF/1988)
A INICIATIVA do PPA é sempre do PODER EXECUTIVO
•A

PRAZOS P/ O PPA "FEDERAL"

O período de VIGÊNCIA DO PPA não se confunde com o MANDATO do chefe


ENCAMINHAMENTO
Poder executivo do Executivo (para manter a continuidade dos programas).
Ele é elaborado no 1º ANO do mandato e entra em vigor no 2º ANO.
Até 4 MESES antes do encerramento
do 1º exercício (31 de agosto)
(1º ano do mandato)

Poder Legislativo
DEVOLUÇÃO

Até o encerramento do 2º período da sessão legislativa


(22 de dezembro)

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ASPECTOS GERAIS
•Surgiu c/ a CF/1988 1. Compreende Metas e
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
prioridades
•É o elo entre PPA LOA 2.. Estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com a trajetória a sustentável da

dívida pública.
ESTRATÉGICO OPERACIONAL
3. Orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual.

4. Disporá sobre as alterações na legislação tributária.


•É ANUAL
5. Estabelecerá a POLÍTICA DE APLICAÇÃO das agências financeiras oficias de FOMENTO
FOMENTO.

Obs.: a LRF previu novas funções para a LDO.


Metas Fiscais
•Obrigatoriedade dos anexos de Riscos Fiscais

•Deve dispor sobre o equilíbrio de receitas e despesas.

PRAZOS P/ a LDO Federal

Poder Executivo ENCAMINHAMENTO


A sessão legislativa NÃO será interrompida sem a
aprovação da LDO.
ATÉ 8 MESES E MEIO antes do encerra-
mento do Exercício (15 de abril)

Poder Legislativo
DEVOLUÇÃO

Até o encerramento do 1º período da sessão legislativa (17 de julho)

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ASPECTOS GERAIS
•É o ORÇAMENTO propriamente dito.
. A LOA compreenderá:
Prevê arrecadação de RECEITAS . Orçamento FISCAL
realização de DESPESAS . Orçamento DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS
Fixa
. Orçamento DA SEGURIDADE SOCIAL

•Diz respeito ao período de 1 ANO.


•Finalidade = concretização de objetivos e metas do PPA = Triparticipação orçamentária

Em consonância c/ o estabelecido na LDO.


Apenas p/ melhor organização da LOA
•O PROJETO da LOA deve ser acompanhado de DEMONSTRATI-
VO REGIONALIZADO do efeito sobre receitas e despesas decor- Integrados
rentes de: São: Organizados e
Consolidados
•Isenções
•Anistias
•Benefícios de natureza

•Remissões FINANCEIRA
•Subsídios TRIBUTÁRIA
CREDITÍCIA Observações

•Não podem existir ORÇAMENTOS PARALELOS!

Prazos p/ a LOA *Federal* É VEDADO

•O início de Programas ou projetos


ENCAMINHAMENTO
Poder Executivo
INCLUÍDOS NA LOA
ATÉ 4 MESES antes do encerramento do •Proíbe a consignação de crédito com:
Exercício (31 de agosto)
Finalidade imprecisa ou
dotação ilimitada

Poder Legislativo
DEVOLUÇÃO

Até o encerramento do 2º período da sessão legislativa (22 de dezembro)

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Orçamento fiscal Orçamento de investimento das estatais

Referente aos Poderes da União INVESTIMENTO DAS EMPRESAS EM QUE A UNIÃO

Fundos Só os investimentos! As despesas de custeio NÃO precisarão estar na LOA


Órgãos
+ Seus Entidades da administra- DIRETA OU INDIRETAMENTE detenha a MAIORIA do capital social COM DIREITO
ção direta ou indireta A VOTO

(Empresas controladas pela União)


Mantidas e instituídas

Inclusive as FUNDAÇÕES pelo poder público Estatais não dependentes Orçamento de investimento das estatais

Estatais dependentes Orçamento fiscal e da seguridade social

Orçamento da seguridade social

Saúde
Seguridade social Previdência
Assistência Social

Educação não faz parte

Abrange TODOS os órgãos e entidades a ela VINCULADOS O da seguridade social, NÃO!


(administração direta e indireta)

Os orçamentos Fiscal e de investimento das estatais


Órgãos VINCULADOS aos ministérios correspondentes:
- Todas as despesas, independentemente da natureza da despesa.
O objetivo é de REDUZIR AS DESIGUALDADES inter-regionais, se-
- Órgãos NÃO VINCULADOS aos ministérios correspondentes.
gundo o critério POPULACIONAL
Só as despesas típicas de seguridade.

+ FUNDOS e FUNDAÇÕES pelo poder público

Mantidos e instituídos

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:
As diretrizes orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do Poder Executivo.

Veja o Cespe cobrando o caput do artigo 165 da CF/1988 (grifos nossos): “Art. 165. Leis de ini-
ciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - O plano plurianual; II - As diretrizes orçamentárias;
III - Os orçamentos anuais.”
Certo.

002. (CESPE/TRT-8/ANALISTA/2016) Julgue:


As alterações na legislação tributária somente podem vigorar após serem incluídas na lei de
diretrizes orçamentárias.

Na verdade, a LDO apenas “disporá sobre as alterações na legislação tributária”, cabendo a


uma lei específica esse papel, já que a LDO não pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou auto-
rizar tributos. Além disso, não se faz necessário que tais leis sejam aprovadas antes ou depois
da LDO, não existindo, portanto, essa vinculação.
Errado.

003. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015-ADAPTADA) Julgue:


Compete ao Poder Legislativo propor metas e prioridades para a administração pública.

Para responder a essa questão é só lembrar do artigo 165, II, da CF/1988: “Art. 165. Leis de
iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: II – as diretrizes orçamentárias”.
Assim, quem propõe a LDO é o Poder Executivo e não o Poder Legislativo, a quem cabe o papel
de discutir e aprovar tal norma.
Errado.

004. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue:


A Lei Orçamentária Anual é composta dos orçamentos: fiscal, seguridade social e investimento
das estatais.

A assertiva resume o parágrafo 5º do artigo 165 da CF/1988 que diz que a Lei Orçamentária
Anual compreenderá:

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I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
Certo.

005. (CESPE/ICMBIO/ANALISTA/2014) Julgue:


O período do Plano Plurianual (PPA) coincide com o período do mandato do chefe do Poder
Executivo.

Esse tema não cai, ele despenca em prova. Não podemos errar se cair na nossa.
O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do Executivo, já que
o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano, somente se
encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.
Errado.

006. (CESPE/MPU/PROCURADOR/2013) A respeito de finanças públicas na CF, julgue o


próximo item.
A Lei Orçamentária Anual deve contemplar apenas dispositivos relacionados à previsão da
receita e à fixação da despesa, ressalvada, nos termos da lei, a autorização para a abertura de
créditos suplementares e a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação
de receita.

A assertiva está de acordo com parágrafo 8º do artigo 165 da CF/1988. Confira:

§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Certo.

007. (CESPE/ECB/ANALISTA/2011) Julgue:


Os gastos de investimentos das empresas nas quais a União detém a maioria do capital social
não integram a Lei Orçamentária Anual.

Essa afirmativa está em desacordo com o artigo 165, parágrafo 5º, incisos I a III, CF/1988,
que diz que a Lei Orçamentária Anual compreenderá: “II – O orçamento de investimento das

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empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto”.
Errado.

008. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Três leis compõem o ciclo orçamentário: o PPA, a LDO e


a LOA. O papel dessas leis é integrar as atividades de planejamento e orçamento para assegu-
rar o sucesso da ação governamental. Com respeito a essas leis, julgue o item seguinte.
O PPA, no Brasil, é uma demonstração da aplicação do sistema de planejamento, programa-
ção e orçamento (PPBS) inspirado no modelo norte-americano de orçamento público. Assim,
na elaboração da lei orçamentária, a ênfase é dada às necessidades financeiras das unidades
organizacionais.

Importante registrar que o chamado sistema de planejamento, programação e orçamento


(PPBS) vem do termo em inglês Planning, Programming and Budgeting System, que é um mo-
delo de planejamento e orçamento com muitos elementos conceituais parecidos com os do
orçamento-programa.
Dessa forma, vemos que a assertiva está errada, já que é o modelo tradicional de orçamento
que enfatiza as necessidades financeiras das unidades organizacionais, pois o orçamento-pro-
grama prioriza atender aos objetivos, às metas e às prioridades definidos no planejamento das
ações do governo.
Errado.

009. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o item seguinte acerca do PPA, da LDO e da LOA,


conforme a CF.
Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser elaborados
em consonância com a LDO e apreciados pelo MPU.

Na verdade, os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem


ser elaborados em consonância com o PPA e apreciados pelo Congresso Nacional, conforme
ordena o parágrafo 4º do artigo 165 da CF/1988.
Errado.

010. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às previsões constitucionais relativas ao or-


çamento público, julgue o item.
O PPA da União será elaborado em um mandato presidencial e terá sua vigência estendida até
o primeiro ano do mandato subsequente.

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A vigência do PPA é de quatro anos, mas se inicia no segundo exercício financeiro do mandato
do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato subsequente,
devendo ser enviado até 31 de agosto do primeiro exercício.
Portanto, guarde que o tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do
Executivo, já que o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo
ano, somente se encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.
Certo.

011. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Em relação às previsões constitucionais relativas ao or-


çamento público, julgue o item.
Na lei que instituir o PPA constarão despesas de capital e outras delas decorrentes.

A resposta dessa questão está na literalidade do parágrafo 1º do artigo 165 da CF/1988. Con-
fira com grifos nossos:

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos
e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.
Certo.

012. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, referente ao orçamento público.


Para que se atinja o equilíbrio distributivo e se reduzam as possíveis desigualdades inter-regio-
nais, o orçamento fiscal deve ser compatível com o Plano Plurianual.

A resposta dessa questão está literalidade do parágrafo 7º do artigo 165 da CF/1988: “§ 7º - Os


orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão
entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional”.
É importante destacar que o parágrafo 5º, I, do artigo 165 da CF/1988 a que se refere o dispo-
sitivo anteriormente reproduzido é justamente aquele relativo orçamento fiscal mencionado
corretamente pela assertiva.
Certo.

013. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) No que se refere aos instrumentos de planejamento in-


troduzidos pela CF, julgue o item que se segue.
Embora deva ser compatível com o PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) contém ma-
térias que, por sua própria natureza, não devem constar do PPA.

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Vamos aproveitar para relembrar o papel da LDO de modo esquematizado:

LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)

Aproximadamente
Duração da LDO 2º semestre Ano subsequente
18 meses

Orienta a LOA
Instrumento de planejamento CP
Alterações na legislação LDO Política de aplicação das Agências Oficiais
tributária de Fomento

Conteúdo principal: metas e prioridades, incluindo despesas de capital para o exercício


subsequente

Assim, não podemos esquecer que a LDO é o elo de ligação entre PPA E A LOA, ajustando
as ações de governo previstas no PPA, às reais possibilidades de caixa do Tesouro Nacional,
fazendo o “meio campo” entre o planejamento estratégico de médio prazo (PPA) e o planeja-
mento operacional (LOA).
Para exercer esse papel, é claro que comporte matérias que, por sua própria natureza, não de-
vem constar do PPA, já que, de acordo com a Constituição, a LDO deve, no mínimo, identificar
os seguintes itens:
• Estabelecer as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capital
previstas para o exercício seguinte;
• Estabelecer critérios para elaboração da Lei Orçamentária Anual, explicando onde serão
feitos os maiores investimentos, o valor que caberá ao Legislativo, o percentual para
abertura de créditos suplementares e outras informações prévias sobre o futuro orça-
mento;
• Estabelecer as alterações programadas na legislação tributária, informando quais as
medidas que pretende aplicar na política de tributos.
Certo.

014. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) No que se refere aos instrumentos de planejamento in-


troduzidos pela CF, julgue o item que se segue.
Os orçamentos fiscais de investimento das empresas estatais e da seguridade social devem
ser compatibilizados com o PPA.

Na verdade, o examinador misturou os conceitos, já que não existe esse tal orçamento fiscal
de investimento das empresas estatais, já uma coisa é o orçamento fiscal e outra o orçamento
de investimento das empresas.
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Tenha em mente o artigo 165, parágrafo 5º, da nossa CF/1988, para não cair em uma pegadi-
nha como essa:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
Errado.

015. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, referente ao orçamento público.


Apesar de possuir três peças − fiscal, da seguridade social e de investimento − o orçamento
geral da União é único e válido para os três poderes.

A LOA, na verdade, é apenas subdividida em orçamentos fiscal, de investimentos e da segurida-


de social para melhor compreensão. Podemos ainda dizer que o princípio da unidade dispensa
unidade documental, já que a totalidade dos três documentos/orçamentos formará a peça
única para cada ente da federação que é a LOA. Veja:

Certo.

016. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o item seguinte acerca do PPA, da LDO e da LOA,


conforme a CF.
A LOA federal compreenderá o orçamento fiscal das empresas estatais nas quais a União de-
tenha a maioria do capital social com direito a voto.

Na verdade, o orçamento que contempla as empresas estatais é o de investimento. Perceba


que o Cespe quis te pegar, tentando misturar os incisos I e II, do parágrafo 5º, do artigo 165, da
nossa Carta Magna. Confira:

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§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto”
Errado.

017. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da elaboração e do controle dos orçamentos e


balanços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, julgue o item.
A lei de orçamento pode conter autorização ao Poder Executivo para que este realize, em qual-
quer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da receita, para aten-
der às insuficiências de caixa.

Verdade. Está em conformidade com o artigo 7º da Lei n. 4.320/1964. Confira com gri-
fos nossos:

Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:


I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo
43;
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da
receita, para atender a insuficiências de caixa.
Certo.

018. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o próximo item, referente ao orçamento público.


O projeto de lei orçamentária deve ser encaminhado, pelo Congresso Nacional, para sanção
presidencial, até o dia 31 de agosto do ano anterior à sua aplicação.

Na verdade, é o Poder Executivo que deve enviar o projeto de LOA ao Congresso Nacional até
o dia 31 de agosto, a fim de que o PLOA seja apreciado, conforme parte do artigo 35, da ADCT,
reproduzido a seguir:

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-
cidas as seguintes normas [...].
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-
mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Errado.

019. (CESPE/TCU/ACE/2007) Julgue:


Os prazos de vigência do Plano Plurianual e os de apresentação e aprovação dos projetos do
Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual da União

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estão definidos no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e deverão ser definitiva-
mente disciplinados em lei complementar.

Vamos aproveitar essa questão para ver os prazos de cada Instrumento e alargar nosso conhe-
cimento sobre o tema.
O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), artigo 35, parágrafo 2º, determina
que até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, parágrafo 9º, I e II,
serão obedecidas as seguintes normas (grifos nossos):

I – O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do manda-
to presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primei-
ro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro perí-
odo da sessão legislativa;
III – O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-
mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

O artigo 165, parágrafo 9º, I e II, da CF/1988 (grifos nossos), dispõe que:

Cabe à lei complementar dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;
Cabe à lei complementar estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração
direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
Certo.

020. (CESPE/TRE-AL/TÉCNICO/2004) Julgue:


O orçamento brasileiro tem alto grau de vinculações, tais como transferências constitucionais
para estados e municípios, manutenção do ensino, seguridade social e receitas próprias de
entidades. Essas vinculações tornam o processo orçamentário extremamente rígido.

Chamamos a atenção para o fato de que, para fins de concurso, o processo orçamentário bra-
sileiro é extremamente rígido, haja vista a maior parte das receitas públicas estar vinculadas a
determinados tipos de gastos ou investimentos. Logo, a Lei orçamentária possui as seguintes
características:
• É uma lei formal: formalmente o orçamento é uma lei, mas, em diversas situações, não
obriga o Poder Público a realizar a despesa, que pode, por exemplo, deixar de realizar um
gasto autorizado pelo legislativo, entretanto, muitos tipos de gastos são obrigatórios, a
exemplo das despesas mínimas com educação, saúde, dentre outras;

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• É uma lei temporária: a lei orçamentária tem vigência limitada (um ano);
• É uma lei ordinária: todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias. Os
créditos suplementares e especiais também são aprovados como leis ordinárias;
• É uma lei especial: é denominada “lei de meios” e possui processo legislativo um pou-
co diferenciado das leis comuns, posto que trata de matéria específica (receitas e
despesas).
Certo.

021. (CESPE/SEAGRI-PA/ADA/2004) Julgue a assertiva:


A LRF (Lei Complementar n. 101/2000) ampliou o significado e a importância da LDO, ao lhe
atribuir a incumbência de disciplinar inúmeros temas específicos. Assim, as LDOs passam a
dispor, também, sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, as metas fiscais e os riscos fis-
cais, entre outros assuntos.

Sim, guarde que a LRF inclui tais atribuições à LDO que ganhou ainda mais importância nas
Finanças Públicas do Brasil.
Certo.

022. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Julgue o item seguinte acerca do PPA, da LDO e da LOA,


conforme a CF.
O orçamento fiscal e o da seguridade social, integrantes da LOA, incluem, entre suas funções,
a de reduzir desigualdades inter-regionais.

Na verdade, cabe aos orçamentos fiscal e de investimentos, integrantes da LOA, a função de


reduzir desigualdades inter-regionais e não ao orçamento da seguridade social.
No parágrafo 7º, do artigo 165, da nossa Carta Magna, temos esta definição. Confira com gri-
fos nossos:

§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades interregionais, segundo critério populacional.

E quem são os orçamentos previstos no parágrafo 5º, I e II, professor?

Vamos a eles:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

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II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
Errado.

023. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o item seguinte com base no que dispõe a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO).
De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), a LDO disporá sobre as alterações na le-
gislação tributária e orientará a elaboração do Plano Plurianual (PPA).

PEGADINHA DA BANCA
Na verdade, a LDO orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual e não do PPA. É só ter em
mente a figura seguinte que demonstra a relação entre os três instrumentos orçamentários:

A INTEGRAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO

Orientação estratégica, diretrizes,


prioridades e metas.
PPA

Prioridades e metas que orientarão a


elaboração do orçamento.
LDO

Dimensão financeira anual.


LOA

Errado.

024. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item, referente ao orçamento público.


De acordo com a Constituição Federal de 1988, o Congresso Nacional pode entrar em recesso
sem que tenha sido aprovado o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

Na verdade, o prazo para encaminhamento da LDO ao Congresso Nacional é de oito meses e


meio antes do encerramento do exercício financeiro, ou seja, precisa ser enviada até o dia 15
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de abril de cada ano, devendo a devolução ao Poder Executivo ocorrer até o fim do primeiro
período da sessão legislativa, ou seja, 17 de julho, pois a sessão legislativa não pode ser inter-
rompida sem a sua aprovação.
Resumindo, o Congresso Nacional não pode entrar em recesso sem que tenha sido aprovado o
projeto de lei de diretrizes orçamentárias, pois a sessão legislativa não pode ser interrompida
sem a sua aprovação.
Errado.

025. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) O orçamento público no Brasil compreende a estimati-


va de arrecadação das receitas federais para o ano seguinte e a autorização para a realização
de despesas do governo. Com base nos princípios de planejamento e orçamento público, jul-
gue o item.
Da perspectiva orçamentária, as metas e objetivos estabelecidos no Plano Plurianual (PPA)
comprometem a continuidade de programas dos poderes Executivo e Legislativo.

Tenha em mente que o PPA é o plano de médio prazo para todos poderes de cada ente da Fe-
deração e, como tal, as Leis Orçamentárias Anuais (LOAs), de acordo com o artigo 5º, da Lei
de Responsabilidade Fiscal, devem ser elaboradas de forma compatível com ele e com a LDO.
Nessa questão, basicamente o Cespe quis dizer que se os programas (relacionados a investi-
mentos) dos Poderes Executivo e Legislativo precisam estar de acordo com o PPA.
Pense em um programa do Ministério da Educação (MEC) de construir piscinas em todas es-
colas públicas do Brasil. Se essa ação contrariar o PPA, a continuidade desse programa fica
comprometida/prejudicada.
Dessa forma, podemos dizer que, ao elaborar um programa governamental na Lei Orçamentá-
ria Anual, este deve estar comprometido com as diretrizes, os objetivos e as metas inseridos
no PPA e, também, com as prioridades e metas da LDO.
Certo.

026. (CESPE/MPU/TÉCNICO/2010) Acerca da elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias


(LDO), no âmbito da União, julgue o item a seguir.
A LDO é responsável pelo estabelecimento de normas, critérios e limitações de empenho para
os entes da Federação.

Na verdade, não é a LDO, mas a LRF, em seus artigos 9 e 31, que estabelecem normas, critérios
e limitações de empenho.
Errado.

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027. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o item que se segue, a respeito da elaboração da


proposta orçamentária.
O PPA é o instrumento que expressa o planejamento do governo federal para um período de
quatro anos. Por sua complexidade, o PPA restringe-se à esfera federal, não contemplando
desdobramentos a níveis estadual e municipal.

Na verdade, embora cada ente tenha seu próprio PPA, o PPA federal desdobra-se nos níveis
estaduais e municipais, em atendimento ao parágrafo 1º, do artigo 165, da CF/1988 (grifos
nossos), que nos diz que:

§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Errado.

028. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Julgue o próximo item relativo ao Plano Plurianual


(PPA) e às diretrizes orçamentárias.
As ações finalísticas do governo federal devem ser estruturadas em programas, que não neces-
sitam ter correlação com o PPA, pois visam atender às necessidades imediatas da sociedade.

Na verdade, a espinha dorsal do PPA é o programa, que nada mais é do que um conjunto arti-
culado de ações orçamentárias, na forma de projetos, atividades e operações especiais, e as
ações não orçamentárias, visando alcançar um objetivo específico.
É por meio de um programa que o planejamento da ação governamental é estruturado para pro-
mover mudanças em uma realidade concreta. Além disso, os programas fazem o “meio campo”
entre o planejamento e o orçamento, ou seja, ligando o PPA à definição de prioridades e metas da
LDO, à elaboração dos Orçamentos Anuais e à programação orçamentária e financeira

 Obs.: não se esqueça: os programas previstos no PPA não visem atender às necessidades
imediatas, já que o seu foco consiste no médio e longo prazo.
Errado.

029. (CESPE/PF/AGENTE/2014) Julgue:


Considerando que João seja responsável pela elaboração da proposta orçamentária de um
tribunal federal, que irá compor o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2014. Se o tri-
bunal pretende inserir na LOA uma despesa, com benefício médico destinado aos servidores,
João deverá classificá-la como constante no orçamento da seguridade social.

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Sim, pois, como sabemos, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações
de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinado a assegurar os direitos relativos
à previdência, à assistência social e à saúde.
Nessa linha de pensamento, o orçamento da seguridade social é aplicado a todos os órgãos e
a todas as entidades da administração indireta, exceto para as chamadas empresas estatais
independentes, desde que possuam receitas e despesas públicas relacionadas à seguridade
social (previdência, assistência e saúde), e não apenas os diretamente relacionados à seguri-
dade social.
Como no caso em tela, o Tribunal Federal banca as despesas de assistência médica relati-
vas aos seus servidores, nesse tocante, tais gastos deverão compor o orçamento da seguri-
dade social.
Certo.

030. (CESPE/PF/AGENTE/2014) Julgue:


No Brasil, a LOA é, de fato, composta por três orçamentos: o fiscal, o da seguridade social e o
orçamento de investimento das empresas estatais.

De fato, segundo o parágrafo 5º, I, II e III, do art. 165, da CF/1988, a LOA conterá o orçamento
fiscal, o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimento das empresas (ou
investimentos das estatais).
Certo.

031. (CESPE/CADE/TÉCNICO/2014) Julgue:


A lei Orçamentária Anual (LOA) pode conter dispositivo que autorize a abertura de crédito des-
tinado a atender à dotação não prevista no programa de trabalho inicialmente aprovado.

Na verdade, a LOA não pode conter dispositivo que autorize a abertura de crédito especial, ou
seja, aquele destinado a atender à dotação não prevista no programa de trabalho inicialmen-
te aprovado.
O Cespe quis te confundir, pois isso é possível, no caso do crédito suplementar, aquela espécie
de crédito adicional (exceto o princípio orçamentário da exclusividade), o qual determina que
a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação
da despesa.
Errado.

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032. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue:


O PPA possui duração de quatro anos, com vigência até o final do mandato presidencial sub-
sequente, devendo ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para a sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Na verdade, a vigência do PPA é de quatro anos, mas se inicia no segundo exercício financeiro
do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato
subsequente, ou seja, não tem vigência apenas até o final do mandato presidencial subsequen-
te, mas no fim do primeiro ano do posterior mandatário, pois começa a vigorar no segundo ano
de mandato de cada governante.
Guarde, portanto, que o tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe
do Executivo, já que o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo
ano, somente se encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.
Errado.

033. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) No que se refere aos planos nacionais, regionais e seto-


riais, julgue o próximo item.
De acordo com a Constituição Federal, os planos e os programas nacionais, regionais e seto-
riais devem ser elaborados em consonância com o plano plurianual (PPA) e apreciados pelo
Congresso Nacional. Devido à sua relação com o PPA, os programas nacionais, regionais e
setoriais não podem ter duração superior a quatro anos.

Realmente, os planos e programas nacionais, regionais e setoriais devem estar compatíveis


com o PPA, de modo que exista coerência entre ambos, entretanto, não existe limitação de
tempo para os programas nacionais, regionais e setoriais, já que própria CF/1988 não traz tal
limitação de prazo de duração.
Errado.

034. (CESPE/TRT-8ª/TÉCNICO/2016) Julgue o item a seguir.


De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), cabe ao Poder Executivo estabelecer o
Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais, bem como publicar um
relatório resumido da execução orçamentária após o encerramento de cada bimestre no prazo
de até trinta dias.

Sim, cabe ao Poder Executivo elaborar o PPA, a LDO e a LOA. No que diz respeito à transparên-
cia, a ideia é que o Poder Executivo dê publicidade da execução orçamentária até 30 dias após
o encerramento de cada bimestre, de modo a viabilizar à sua avaliação por parte da sociedade.
Certo.

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035. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) Considerando as disposições constitucionais e as


normas gerais relativas ao direito financeiro, bem como os princípios orçamentários, julgue o
item a seguir:
Integram o orçamento fiscal, previsto na lei orçamentária anual, os fundos de incentivos fiscais
e o orçamento das empresas públicas independentes.

Na verdade, os investimentos das estatais não dependentes integram o orçamento de investi-


mentos das estatais, já que não recebem recursos públicos para custeio.
Errado.

036. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que diz respeito ao PPA e à LDO, julgue os


itens a seguir.
I – O PPA compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
II – A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – A LDO não trata de normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados
dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Vamos avaliar os itens e marcar a alternativa correspondente:


I – Falsa, já que não é o PPA, mas A LDO que compreenderá tais itens. Confira na CF/1988, com
grifos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-


tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária
e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

II – Verdadeiro. Repare no dispositivo anterior que a LDO deve dispor sobre as alterações na
legislação tributária.
III – Falsa, já que a LDO deve dispor sobre tais normas. Conforme na LRF, com grifos nossos:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição [...].
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos.
Letra b.

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037. (CESPE/SEFAZ-AL/AUDITOR/2020) A respeito de orçamento público, ciclo orçamentá-


rio e créditos adicionais, julgue o item que se segue.
No orçamento público federal, tanto a receita quanto a despesa são programadas, autorizadas
e controladas.

Na verdade, as receitas são previstas e as despesas são fixadas. Assim, as receitas são ape-
nas estimadas, inexistindo autorização para arrecadá-las. Já as despesas realmente são auto-
rizadas (na LOA), programadas e controladas. Confira no artigo 165, parágrafo 8º, da CF/1988
com grifos nossos:

Art. 165, § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplemen-
tares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Errado.

038. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) A respeito de finanças públicas, julgue o item


que se segue.
O orçamento público é um instrumento de planejamento governamental em que constam as
despesas da administração pública em equilíbrio com a arrecadação das receitas previstas
para um período de dois anos.

Na verdade, o Orçamento Público (LOA) é o instrumento que fixa as despesas e estima as


receitas para o período de um ano (um exercício financeiro), e não para um período de dois
anos, como diz a assertiva.
Errado.

039. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA/2020) A respeito de finanças públicas, julgue o item


que se segue.
O sistema de planejamento orçamentário federal segue o PPA, a LDO, a LRF e a LOA, instrumen-
tos legais que se materializam periodicamente após serem propostos pelo Poder Executivo
federal e, posteriormente, aprovados pelo Poder Legislativo.

Na verdade, a LRF é uma lei que estabelece normas de finanças voltadas para a responsabili-
dade na gestão fiscal e apresenta itens que devem ser apresentados pela LDO e LOA.
As leis orçamentárias ou instrumentos orçamentários existentes são PPA, LDO e LOA. Confira
na CF/1988: “Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - O plano plurianu-
al; II - As diretrizes orçamentárias; III - Os orçamentos anuais”.
Errado.

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040. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) A respeito dos mecanismos utilizados na elabo-


ração, execução e controle do orçamento, julgue o item que se segue.
No âmbito do Plano Plurianual, os produtos compreendem as consequências das atividades
realizadas em cada programa, enquanto os resultados são as mudanças na realidade social
observadas no curto prazo.

Vamos confirmar esses conceitos diretamente no Manual Técnico do PPA atualmente em vi-
gência (2020-2023):

Produtos: compreendem as consequências diretas e quantificáveis das atividades e projetos reali-


zados no âmbito do programa, que podem ser entregues à sociedade. Nesta categoria, inserem-se
bens, serviços, medidas normativas ou qualquer outra intervenção cuja entrega contribua para a
consecução dos objetivos da política;
Resultados: são mudanças na realidade social observadas no curto prazo, como efeito dos pro-
dutos entregues. Estas alterações devem ser observáveis e mensuráveis, tendo por referência os
problemas diagnosticados e os beneficiários da política pública.
Certo.

041. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) Em relação aos aspectos constitucionais, le-


gais, doutrinários e jurisprudenciais do direito financeiro, julgue o item subsequente.
Caso o Poder Executivo estadual discorde de proposta orçamentária, encaminhada pelo Tribu-
nal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, que obedece aos limites estipulados na lei de dire-
trizes orçamentárias, o governador não poderá alterar essa proposta ao encaminhar o projeto
de Lei Orçamentária Anual à Assembleia Legislativa.

A CF/1988 garante autonomia administrativa e financeira ao dispor que os Tribunais devem


elaborar suas propostas orçamentárias, segundo os limites estabelecidos na LDO, cabendo ao
Poder Executivo efetuar os ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orça-
mentária anual, caso esteja em desacordo com os limites da LDO.
No caso prático apresentado na assertiva, o simples fato do Poder Executivo discordar da
proposta do TJ-RJ (de acordo com os limites da LDO) não dá direito ao governador de alterar a
proposta orçamentária do TJ-RJ.
Certo.

042. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) Em relação aos recursos de acompanhamento


e modificação do orçamento governamental, julgue o item subsecutivo.
É vedado ao presidente da República propor modificação integral da proposta de Lei Orça-
mentária Anual, se uma parte da referida proposta tiver sido aprovada na comissão mista de
orçamentos.
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Instrumentos de Planejamento – Leis Orçamentárias
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Vamos ver como a CF/1988 aborda tal tema:

Art. 166, § 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para
propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.

Note, portanto, que o Presidente da República (PR) somente pode enviar mensagem ao Con-
gresso Nacional para propor modificação no PLOA enquanto não tenha sido iniciada a votação
da parte, cuja alteração é proposta na comissão mista de orçamentos. Note que o PR quer
propor modificação integral do PLOA, mas uma parte dela já foi aprovada na Comissão Mista,
não sendo, portanto, mais admitida tal mensagem.
Certo.

043. (CESPE/TCE-RJ/ANALISTA-CEX/2021) Acerca de orçamento público, julgue o


item a seguir.
A vigência da Lei Orçamentária Anual deve coincidir com a vigência da respectiva lei de diretri-
zes orçamentárias.

Na verdade, a LDO tem uma vigência de 18 meses a contar da sua aprovação, que ocorre no
mês de julho de um ano, até o mês de dezembro do próximo ano, tendo, portanto, vigência dife-
rente da LOA que é de 12 meses, ou seja, de janeiro a dezembro do exercício seguinte. Confira
no ADCT, com grifos nossos:

Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I – O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do manda-
to presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primei-
ro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro perí-
odo da sessão legislativa;
III – O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-
mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Errado.

044. (CESPE/TC-DF/AUDITOR/2021) O modelo orçamentário brasileiro, definido na Consti-


tuição Federal de 1988, compõe-se de três instrumentos: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a LOA. Quanto a esse assunto, julgue o item a seguir.
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Todos os projetos de lei relacionados ao orçamento devem ser apresentados conjuntamente,


ou seja, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, o de Orçamento Anual e, quando for o
caso, o de Plano Plurianual devem ser apresentados na mesma data ao Poder Legislativo, para
discussão e votação.

Totalmente errada. O PPA só é apresentado a cada quatro anos. A LDO deve ser anualmente
antes da LOA, já que serve para orientá-la. Confira os prazos para envio do PPA, da LDO e da
LOA, conforme disposto no ADCT, com grifos nossos:

Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I – O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do manda-
to presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primei-
ro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – O projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro perí-
odo da sessão legislativa;
III – O projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-
mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Errado.

045. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Em relação ao Orçamento Público no Brasil, jul-


gue o item subsequente.
Vigente por um período de quatro anos, o Plano Plurianual deve estabelecer, em âmbito na-
cional, as diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e os programas de
duração continuada.

Confira diretamente no texto da Constituição Federal de 1988 com grifos nossos:

Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretri-
zes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Errado.

046. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) Orçamento público é o instrumento utilizado


pelo Governo Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos. Esse
planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados, além de especificar gas-
tos e investimentos que foram priorizados pelos poderes. A respeito desse assunto, julgue o
próximo item.

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O Plano Plurianual é o documento que traz as diretrizes, os objetivos e as metas de médio pra-
zo da administração pública, no qual são previstas, por exemplo, as grandes obras públicas a
serem realizadas nos quatro anos seguintes à elaboração do plano.

Basicamente, o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública


Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos progra-
mas de duração continuada para um período de quatro anos. Confira diretamente na CF/1988:

Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas de-
correntes e para as relativas aos programas de duração continuada.

Art. 35, § 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão
obedecidas as seguintes normas:
I – O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do manda-
to presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primei-
ro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Certo.

047. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO/SUPERIOR/2019) Uma das inovações da Constituição da Re-


pública de 1988 em termos de planejamento foi a exigência da elaboração da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO), cujo conteúdo também foi tratado posteriormente na legislação comple-
mentar (LRF). Entre as atribuições da LDO está:
a) apresentar o orçamento fiscal, da seguridade social e de investimentos;
b) definir as políticas de aplicação e de financiamento das agências governamentais;
c) dispor sobre as alterações na legislação orçamentária;
d) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho;
e) orientar a elaboração do plano plurianual.

A LRF ampliou o rol de atribuições da LDO e, dentre elas, incluiu a função de estabelecer crité-
rios e forma de limitação de empenho.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Já que cabe à LOA apresentar o orçamento fiscal, da seguridade social e de investi-
mentos, e não à LDO.
b) Errada. Já que cabe à LDO estabelecer a política de aplicação das agências financeiras ofi-
ciais de fomento. Confira na CF/88, com grifos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administra-


ção pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orien-

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tará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

c) Errada. Já que a LDO dispõe sobre as alterações na legislação tributária.


e) Errada. Já que a LDO orienta a elaboração da LOA.
Letra d.

048. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO/SUPERIOR/2019) Conforme previsto na Constituição da Repú-


blica de 1988, o Plano Plurianual (PPA) é um dos instrumentos do planejamento público, que
estabelece “de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos progra-
mas de duração continuada”.
Em relação ao processo orçamentário do PPA e a sua vigência relativamente ao mandato do
chefe do Poder Executivo, é correto afirmar que:
a) sua vigência se confunde com o mandato, vigendo durante os quatro anos do governo;
b) entra em vigor no segundo ano do mandato, mantendo-se vigente até o final do primeiro ano
do mandato seguinte;
c) entra em vigor no terceiro ano do mandato, mantendo-se vigente até o final do segundo ano
do mandato seguinte;
d) entra em vigor no quarto ano do mandato, mantendo-se vigente até o final do terceiro ano
do mandato seguinte;
e) tem a vigência prescrita em decreto específico do chefe do Poder Executivo, podendo variar
entre dois e quatro anos desde o início do mandato.

O projeto de PPA deve ser enviado ao Congresso Nacional no primeiro ano de mandato do go-
vernante eleito para valer nos 4 anos seguintes. Assim, a vigência do PPA vai do segundo ano
do mandato até o encerramento do primeiro exercício financeiro seguinte (já em outro manda-
to) conforme previsto no ADCT. Confira:

Art. 35, § 2º, I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro
do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento
do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
Letra b.

049. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO/SUPERIOR/2019) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é


uma importante inovação trazida pela Constituição da República de 1988 ao ordenamento
político brasileiro, estipulando metas e prioridades da Administração Pública.
Trata-se de uma de suas atribuições constitucionais:

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a) conter reserva de contingência com a finalidade de atender os passivos contingentes e ou-


tros riscos fiscais imprevistos;
b) fixar prazos para elaboração das leis orçamentárias, enquanto não houver a edição de lei
ordinária específica para a matéria;
c) modificar e atualizar elementos materiais da legislação tributária;
d) dispor sobre alterações nas despesas de capital no exercício corrente;
e) estabelecer políticas de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Confira essa atribuição constitucional da LDO, com grifos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-


tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária
e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

a) Errada. Já que conter reserva de contingência com a finalidade de atender os passivos con-
tingentes e outros riscos fiscais imprevistos é uma das atribuições da LOA e não da LDO.
b) Errada. Já que a LDO, nessa seara, apenas traz orientações para a elaboração da LOA.
c) Errada. Já que a LDO apenas dispõe sobre alterações na legislação tributária.
d) Errada. Já que LDO compreende despesas de capital para o exercício financeiro subse-
quente.
Letra e.

050. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO/SUPERIOR/2019) Em um tribunal de contas há uma equipe téc-


nica responsável por avaliar a qualidade e a adequabilidade do conteúdo das peças orçamen-
tárias dos entes jurisdicionados. Ao analisar a LDO de um ente, um técnico ponderou que um
dos conteúdos não era compatível com a legislação pertinente.
Um item que pode ter chamado a atenção do técnico refere-se a:
a) condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
b) definição de limites para elaboração da proposta orçamentária do Poder Judiciário;
c) parâmetros para fixação das remunerações no âmbito do Poder Legislativo;
d) parâmetros para avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos;
e) proposição de metas de regionalização de despesas relativas aos programas de duração
continuada.

Com exceção do disposto na alternativa E, todas as outras estão corretas. Note, no caso da
letra E, que a proposição de metas de regionalização de despesas relativas aos programas de

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duração continuada não tem compatibilidade com a LDO, mas sim com o PPA, conforme dis-
põe o artigo 165, § 1º, da CF/88. Confira com grifos nossos:

Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretri-
zes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

Letra e.

051. (FGV/CM-SALVADOR/ANALISTA/2018) As ações governamentais em todos os níveis


estão estruturadas em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos defi-
nidos no PPA para o período de quatro anos. Assim, a classificação da despesa em programas
requer a apresentação de elementos para sua caracterização.
Um desses elementos refere-se a instrumentos de programação utilizados para alcançar o ob-
jetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais
resulta um produto para expansão ou aperfeiçoamento da ação pública, o qual é denominado:
a) ação;
b) atividade;
c) projeto;
d) operação especial;
e) unidade orçamentária.

Atualmente, no Brasil usamos o Orçamento Programa no que diz respeito ao planejamento or-
çamentário. O Manual Técnico Orçamentário – MTO informa que “toda ação do Governo está
estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos
para o período do PPA, ou seja, quatro anos”.
Assim, informa o MTO que “os Programas são compostos por ações que resultam em produ-
tos (bens ou serviços). Por sua vez, as ações se subdividem em Projetos, Atividades ou Ope-
rações Especiais”.
Note que o enunciado da questão se refere a Projeto, aquele utilizado para alcançar o objetivo
de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta
um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
Letra c.

052. (FGV/CGM-NITERÓI/ANALISTA/2018) Relacione os diferentes orçamentos da Lei Orça-


mentária Anual aos seus respectivos exemplos.
I – Orçamento Fiscal
II – Orçamento de Investimento das Estatais
III – Orçamento de Seguridade Social

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( ) Aquisição de um ativo imobilizado por uma estatal independente


( ) Pagamento de Bolsa Família
( ) Amortização da Dívida Pública Federal
Assinale a opção que apresenta a relação correta, segundo a ordem apresentada.
a) I – II – III.
b) III – I – II.
c) III – II – I.
d) II – III – I.
e) II – I – III.

(II) Aquisição de um ativo imobilizado por uma estatal independente.


As empresas dependentes constam apenas no orçamento fiscal e as independentes não. Já
os investimentos das empresas estatais independentes figuram apenas no orçamento de in-
vestimento.
(III) Pagamento de Bolsa Família
O bolsa família é um benefício assistencial e, assim, integra o orçamento da seguridade social.
(I) Amortização da Dívida Pública Federal
Fora os investimentos das empresas independentes e as despesas da seguridade social, todas
as outras despesas constam no orçamento fiscal. O orçamento fiscal contém o maior montan-
te de receitas e despesas do Ente, incluindo a amortização da Dívida.
Letra d.

053. (FGV/SEFIN-RO/CONTADOR/2018) O Anexo de Riscos Fiscais é parte da Lei de Diretri-


zes Orçamentárias. Além dos riscos capazes de afetar as contas públicas, nele serão avaliados
a) o risco de inadimplência dos valores a receber.
b) as provisões constituídas.
c) os passivos contingentes.
d) a recuperabilidade dos ativos.
e) o grau de solvência dos entes envolvidos.

A LRF ampliou o rol de atribuições da LDO, incluindo nela o Anexo de Riscos Fiscais, que além
dos riscos capazes de afetar as contas públicas, nele serão avaliados além dos riscos capazes
de afetar as contas públicas, no anexo de riscos fiscais serão avaliados os passivos contin-
gentes, conforme § 3º do art. 4º da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Letra c.

054. (FGV/ALERO/CONSULTOR/2018) Analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a


verdadeira e (F) para a falsa.

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( ) A lei de diretrizes orçamentárias regula a política de aplicações das agência de Fomento.


( ) A lei orçamentária anual disporá sobre a forma de utilização e montante de reservas de
contingência.
( ) O plano plurianual veiculado por lei federal, de caráter nacional, regula as despesas públicas
de capital;
As afirmativas são, respectivamente,
a) V – F – F.
b) F – V – F.
c) V – V – F.
d) F – F – V.
e) F – V – V.

I – Certa. Está de acordo com artigo 165, § 2º, da CF/1988 que diz que a LDO compreenderá as
metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá so-
bre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
II – Errada. Já que é a LOA que deve conter reserva de contingência, enquanto a forma de uti-
lização e o montante estão na LDO.
III – Errada. Já que o PPA não faz tal regulação. Confira no Art. 165, § 1º, que nos revela que a
lei que instituir o PPA deve estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas
da administração pública federal para as despesas de capital.
Letra a.

055. (FGV/IBGE/ANALISTA/2017/ADAPTADA) No Brasil, a elaboração do orçamento público


se dá por meio de instrumentos legalmente definidos, tendo em vista contribuir para a gestão
eficiente dos recursos públicos.
O instrumento de planejamento orçamentário que é organizado em orçamento fiscal, orçamen-
to da seguridade social e orçamento de investimento das empresas é a LOA.

É só lembrar do § 5º do artigo 165 da nossa CF/1988 que nos diz:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
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056. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue o item seguinte.


De acordo com as disposições constitucionais, compete aos entes públicos desenvolver um
adequado processo de planejamento, que auxilie no cumprimento das suas competências ins-
titucionais. Uma das peculiaridades do processo de planejamento do setor público é que os
instrumentos de planejamento são elaborados de forma independente.

Na verdade, os instrumentos de planejamento NÃO são elaborados de forma independente, já


que precisam estar INTEGRADAS, embora sejam etapas distintas.
Errado.

057. (FGV/ALERJ/ESPECIALISTA/2017/ADAPTADA) Julgue o item seguinte.


De acordo com as disposições constitucionais, compete aos entes públicos desenvolver um
adequado processo de planejamento, que auxilie no cumprimento das suas competências ins-
titucionais. Uma das peculiaridades do processo de planejamento do setor público é que as
prioridades do PPA federal devem ser refletidas nos planos dos entes estaduais e municipais.

Na verdade, como cada ente tem o seu PPA próprio, não existe obrigatoriedade de que as dire-
trizes, os objetivos e as metas do PPA federal sejam refletidos nos planos dos demais entes,
lembrando ainda que no caso dos Municípios, o PPA municipal nem é elaborado no mesmo
ano do PPA federal e dos PPA’s dos Estados, já que o período dos mandatos dos Prefeitos é
diferente do período do mandato do Presidente da República e dos Governadores.
Errado.

058. (FGV/SEPOG-RO/ANALISTA/2017) O documento que estabelece os projetos e os pro-


gramas de longa duração do governo, definindo objetivos e metas da ação pública para um
período de quatro anos, é chamado de
a) Orçamento Público.
b) Plano Plurianual.
c) Plano de Diretrizes Orçamentárias.
d) Controle Interno.
e) Prestação de Contas.

Guarde que o PPA é o instrumento de planejamento de médio prazo (4 anos) do Governo Fe-
deral que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Admi-
nistração Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos programas de duração continuada.
Letra b.

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059. (FGV/IBGE/ANALISTA/2016) Os instrumentos de planejamento orçamentário vigentes


no Brasil devem apresentar conteúdos específicos legalmente definidos. Dados os instrumen-
tos (PPA, LDO e LOA) e os seguintes conteúdos:

( ) Autorização para abertura de créditos adicionais


(1) PPA ( ) Avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes de previdência
( ) Despesas relativas aos programas de duração continuada
(2) LDO ( ) Dotação relativa à reserva de contingência
( ) Evolução do patrimônio líquido
(3) LOA ( ) Normas relativas ao controle de custos

A sequência que apresenta a associação correta é:


a) 1-3-2-1-3-1;
b) 2-1-3-2-1-2;
c) 2-2-1-2-1-3;
d) 3-1-3-3-2-1;
e) 3-2-1-3-2-2.

(3) Autorização para abertura de créditos adicionais


Conforme § 8º do artigo 165 da CF/1988 temos que a lei orçamentária anual não conterá dis-
positivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo a proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,
ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
(2) Avaliação da situação financeira e atuarial dos regimes de previdência
Conforme § 2º do artigo 165 da CF/1988, a LRF atribuiu esse papel à LDO.
(1) Despesas relativas aos programas de duração continuada
Conforme § 1º do artigo 165 da CF/1988 temos que a lei que instituir o plano plurianual es-
tabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos progra-
mas de duração continuada.
(3) Dotação relativa à reserva de contingência
A LRF atribuiu esse papel à LOA.
(2) Evolução do patrimônio líquido
Conforme § 2º do artigo 165 da CF/88, a LRF atribuiu esse papel à LDO.
(2) Normas relativas ao controle de custos
Conforme § 2º do artigo 165 da CF/88, a LRF atribuiu esse papel à LDO.
Letra e.

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060. (FGV/IBGE/ANALISTA/2016) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de um ente da


Federação para um dado exercício continha o seguinte trecho:
“As metas e prioridades da Administração Pública municipal para o exercício financeiro a que
se refere esta lei serão estabelecidas no projeto de lei do Plano Plurianual - PPA para os próxi-
mos quatros anos, a ser enviado ao Poder Legislativo até 31 de agosto do corrente ano”.
A partir da análise do trecho e da legislação aplicável à elaboração e aprovação da LDO, e sa-
bendo que o município obedece aos prazos legais, esta LDO refere-se:
a) ao primeiro ano de mandato do Poder Executivo;
b) ao segundo ano de mandato do Poder Executivo;
c) ao terceiro ano de mandato do Poder Executivo;
d) ao último ano de mandato do Poder Executivo;
e) não é possível definir, por se tratar de conteúdo específico da LDO.

Como a LDO é elaborada e enviada do Poder executivo ao Legislativo no ano anterior a que se
refere e no trecho do enunciado da questão consta que na LDO em tela faz menção o PPA que
será enviado naquele ano, podemos concluir sem medo de errar que a LDO em tela foi elabora-
da e apresentada no primeiro ano de mandato respectivo governante para subsidiar a LOA do
segundo ano de mandato dele.
Letra b.

061. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2015) Os instrumentos de planejamento vigentes no Brasil, PPA,


LDO e LOA, são integrados e devem ser elaborados de acordo com os prazos legais para que
possam contribuir efetivamente no processo de planejamento.
Se na esfera estadual houve eleições no ano de 2010 e os prazos do processo orçamentário
foram obedecidos, é correto afirmar que:
a) em 2011 entrou em vigor um novo PPA;
b) a LOA do segundo ano do mandato foi elaborada pela gestão anterior;
c) a LDO do segundo ano de mandato foi aprovada antes do PPA correspondente;
d) o governo eleito em 2010 foi responsável pela execução de todos os programas do PPA
elaborado na gestão;
e) a LOA do último ano do PPA da gestão foi elaborada pelo governo seguinte.

Vamos analisar cada uma das alternativas e marcar a correta.


a) Errada. Já que como a eleição foi em 2010, o mandato começou em 2011, quando ainda
estava em vigência o PPA para os anos de 2008 a 2011, só entrando em vigor um novo PPA em
2012, ou seja, no 2º ano do mandato em tela.

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b) Errada. Na verdade, a LOA do segundo ano do novo mandato (2012) foi aprovada em 2011
já pelo novo governo.
c) Certa. É verdade, já que o Projeto do PPA para o mandato presidencial seguinte deve ser en-
caminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro, devendo
ser devolvido para sanção do Presidente até o encerramento da sessão legislativa. Já o projeto
da LDO precisa ser encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício
financeiro (15/04) e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão
legislativa. Note que no 1º ano do mandato do Executivo a LDO para o ano seguinte é aprovada
antes mesmo do envio do PPA, o que é, do ponto de vista lógico, UM ABSURDO!
d) Errada. O PPA tem prazo diferente do prazo do mandato do chefe do Executivo.
e) Errada. Já que a LOA do primeiro ano de mandato de um governante foi elaborada pelo man-
dato anterior.
Letra c.

062. (FGV/TJ-SC/ANALISTA/2015) Anexos que contenham o detalhamento de programas te-


máticos, de programas de gestão, manutenção e serviços ao Estado e de órgãos responsáveis
por programas de governo são conteúdos que devem ser apresentados no(a):
a) Lei Orçamentária Anual;
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias;
c) Plano Plurianual;
d) Relatório de Gestão Fiscal;
e) Prestação de Contas Anual.

A questão em tela abordou a dimensão tática do PPA, ou seja, aquela que é expressa nos Pro-
gramas Temáticos e nos Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao Estado, com foco
na entrega de bens e serviços pelo Estado à sociedade, presentes nos seus anexos I e II
Letra c.

063. (FGV/FUNARTE/ANALISTA/2014) A Lei Orçamentária Anual (LOA) estima as receitas


que serão arrecadadas no ano subsequente ao de sua elaboração e fixa as despesas que o
governo pretende realizar com os recursos. Essa lei contém três orçamentos, que são:
a) educação, da seguridade social e de investimento em obras públicas;
b) monetário, da seguridade social e de investimento das empresas estatais;
c) fiscal, monetário e de investimento em obras públicas;
d) saúde, educação e previdência social;
e) fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.

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Orçamento Fiscal

Orçamento da Seguridade Social Lei Orçamentária Anual

Orçamento de investimento

Letra e.

064. (FGV/FUNARTE/ANALISTA/2014) Para responder a questão seguinte, considere o


texto abaixo:
“Depois de meses de expectativas e incertezas dos investidores em relação aos rumos da po-
lítica fiscal, o governo anunciou nesta quinta-feira, 20 (20/02/2014), corte de R$ 44 bilhões no
Orçamento da União deste ano. O governo vai perseguir uma meta de superávit primário das
contas do setor público de R$ 99 bilhões, o equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) -
proporcionalmente, o mesmo obtido no último ano.”
O documento que definiu os valores do Orçamento da União para 2014 foi:
a) Lei de Responsabilidade Fiscal;
b) Lei Orçamentária Anual;
c) Lei de Diretrizes Orçamentárias;
d) Plano Plurianual;
e) Plano Orçamentário Anual.

Observe que a LOA é o instrumento pelo qual o Poder Público estima a arrecadação de receitas
e fixa a realização de despesas para o período de um ano, não devendo ter dispositivo estranho
à previsão da receita e à fixação da despesa, com exceções admitidas.
Letra b.

065. (FGV/FUNARTE/ANALISTA/2014) O documento que contém as metas do orçamento


anual, em consonância com o Plano Plurianual, é:
a) Lei de Responsabilidade Fiscal;
b) Lei Orçamentária Anual;
c) Lei de Diretrizes Orçamentárias;
d) Legislação Tributária;
e) Plano Orçamentário Anual

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A LDO serve também para garantir, dentro do possível, a realização das metas e objetivos con-
templados nos programas do plano plurianual. Confira com grifos nossos a literalidade do § 2
do artigo 165 da CF/1988:

Art. 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração


pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará
a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-
belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento”.
Letra c.

066. (FGV/FUNARTE/ANALISTA/2014) Conforme disposto no Artigo 165 da Constituição Fe-


deral, o Poder Executivo deve elaborar e apresentar, na forma de projeto de lei, plano onde são
estabelecidas as diretrizes, objetivos e metas a serem seguidos pelo governo, com vigência de
4 anos e início no 2º ano do mandato. Esse plano é denominado:
a) Plano de Metas;
b) Plano Estratégico;
c) Plano de Governo Integrado;
d) Plano Plurianual;
e) Plano Quadrienal de Governança.

Lembre-se de que o instrumento previsto no artigo 165 da CF/1988 destinado a organizar e


viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os objetivos da República,
servindo como instrumento de planejamento de médio prazo do Governo Federal que estabe-
lece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública
Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos progra-
mas de duração continuada é o PPA e que ele tem vigência de 4 anos, iniciando-a no 2º ano do
mandato do governante.
Letra d.

067. (FGV/TJ-GO/ANALISTA/2014) A Constituição previu que a realização da despesa pú-


blica será precedida pela apreciação de três leis orçamentárias, das quais o Plano Plurianual
(PPA) é a mais estratégica. O PPA foi concebido para ser um instrumento de planejamento
estratégico na medida em que:
a) dispensa as metas e objetivos da Administração Pública Federal de aprovação pelo Con-
gresso Nacional;

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b) estabelece um acordo político para além do mandato presidencial, que vai orientar a formu-
lação das leis orçamentárias e os planos setoriais e regionais;
c) dificulta a execução das políticas públicas por parte dos órgãos da Administração Públi-
ca Federal;
d) estabelece um prazo-limite de noventa dias para que todas as verbas sejam executadas por
parte dos órgãos da Administração Pública Federal;
e) constrói um compromisso político entre os Poderes Executivo e Judiciário.

a) Errada. Já que o PPA, aprovado pelo Poder Legislativo, dispõe (e não dispensa) sobre as
metas e objetivos da Administração Pública Federal.
b) Certa. Cabe ao PPA o papel de orientar a formulação das leis orçamentárias e os planos
setoriais e regionais. Como a ideia é manter a continuidade dos programas, ele fica vigendo
até o fim do primeiro ano do mandato do governante seguinte, exercendo, assim, um papel de
acordo em termos de continuidade programática para além do fim mandato antecedente.
c) Errada. Já que o PPA não dificulta a execução de políticas públicas, mas sim as ajuda a pla-
nejá-las e a organizá-las.
d) Errada. Já que estabelecer prazo para a execução de despesas não faz parte do seu escopo.
e) Errada. Nada a ver!
Letra b.

068. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS/TÉCNICO/2019) No que se refere aos instrumentos


de planejamento de um ente público municipal, de acordo com a Constituição Federal de 1988,
a) a Lei Orçamentária Anual do referido ente deve compreender o Orçamento Fiscal, o Orçamen-
to de Investimento das Empresas Dependentes e o Anexo das Metas Anuais, sendo que tal lei
não deve apresentar dispositivos estranhos à previsão das receitas e das despesas públicas.
b) a avaliação dos passivos contingentes referentes às demandas judiciais capazes de afetar
as contas públicas, informando sobre as providências a serem tomadas, caso se concretizem,
deve ser apresentada no Anexo de Riscos Fiscais contido na Lei Orçamentária Anual do re-
ferido ente.
c) a Lei de Diretrizes Orçamentárias do referido ente deve conter reserva de contingência, cuja
forma de utilização e montante devem ser estabelecidos na Lei Orçamentária Anual, sendo que
tal reserva deve ser destinada ao atendimento de passivos contingentes trabalhistas.
d) a construção de uma escola para a abertura de 750 vagas no ensino fundamental, com início
das obras em outubro de 2019 e conclusão das mesmas prevista para outubro de 2023, não
poderá ser iniciada sem sua prévia inclusão no Plano Plurianual vigente do referido ente, ou em
lei que autorize a sua inclusão.

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e) o Anexo de Metas Fiscais, contido na Lei Orçamentária Anual, deve apresentar a avaliação
da situação atuarial e o resultado patrimonial dos fundos públicos, bem como a compatibili-
dade da programação financeira com os objetivos e metas constantes no Demonstrativo de
Projeção de Resultados.

A situação apresentada na alternativa D refere-se a um investimento (execução de obras) com


prazo superior a um exercício financeiro (2019 a 2023). Seguindo o que determina a CF/88,
essa obra não poderá ser iniciada sem sua prévia inclusão no PPA vigente do referido ente, ou
ainda em lei que autorize a sua inclusão. Confira o comendo constitucional:

Art. 167, § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
Letra d.

069. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS/TÉCNICO/2019) A Lei de Diretrizes Orçamentárias de


um determinado ente público municipal, de acordo com a Lei Complementar no 101/2000, deve
a) conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com
os objetivos e metas constantes no Demonstrativo da Projeção de Resultados do referido ente.
b) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas bem como sobre normas relativas ao
controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos.
c) dispor sobre os procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e
técnicos decorrentes da execução orçamentária e financeira, sobre o exercício financeiro bem
como sobre a organização da Lei Orçamentária Anual do referido ente.
d) compreender o Orçamento de Investimento das Empresas em que o referido ente, direta ou
indiretamente, detenha a maior parte do patrimônio.
e) compreender o demonstrativo relativo à apuração da receita corrente líquida bem como à
previsão de seu desempenho até o final do exercício a que se refere tal Lei de Diretrizes Or-
çamentárias.

A LRF ampliou as atribuições da LDO e, nessa toada, a LDO de um determinado ente público
municipal deve dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas bem como sobre normas
relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos. Confira diretamente na LRF, com grifos nossos:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:

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I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
Letra b.

070. (FCC/PGE-AP/PROCURADOR/2018) Considere hipoteticamente que a Assembleia Le-


gislativa do Estado do Amapá, em sua última sessão no ano, tem como único item da pauta o
Projeto de Lei Orçamentária Anual. Iniciada a sessão, o relatório da Comissão é debatido, vo-
tado e o projeto é rejeitado. Concluída a sessão, a Assembleia entra em recesso parlamentar.
Nessa situação
a) não seria possível arrecadar impostos no exercício financeiro a que o projeto rejeitado se
refere enquanto a receita pública não seja devidamente autorizada com a aprovação da LOA.
b) constitui crime de responsabilidade dos Parlamentares não aprovar o projeto de lei orça-
mentária até o encerramento da sessão legislativa.
c) a Assembleia Legislativa não poderia ter entrado em recesso sem antes aprovar o Projeto
de Lei Orçamentária.
d) a LDO pode prever a execução do projeto não aprovado, à razão de um doze avos por mês,
para atendimento de certas despesas, tais como os débitos de precatórios.
e) se, até trinta dias antes do encerramento do exercício financeiro, o Poder Legislativo não
devolve o projeto de Lei Orçamentária para sanção, ele é promulgado como lei.

a) Errada. Já que a autorização para arrecadação de impostos é feita pela Lei que cria o im-
posto, cabendo a LOA apenas fazer a previsão de receitas para suportar as despesas fixadas.
b) Errada. Já que, em verdade, não existe previsão de crime de responsabilidade pela não apro-
vação da LOA no prazo.
c) Errada. Já que, em verdade, a não aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias que impede
o recesso do Legislativo, não existe tal previsão para a LOA.
d) Certa. Já que a LDO orienta a elaboração da LOA e estabelece as regras para a execução do
orçamento enquanto a LOA não é aprovada.
e) Errada. Já que não existe tal previsão, ou seja, a LOA deve ser aprovada pelo Legislativo.
Letra d.

071. (FCC/TRT-6/TÉCNICO/2018) De acordo com o disposto na Constituição Federal, a Lei de


Diretrizes Orçamentárias deve contemplar:
I – as metas e prioridades da Administração para o exercício subsequente.
II – a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
III – demonstrativo dos efeitos de anistias, isenções e outros atos de renúncia fiscal.
Está correto o que se afirma APENAS

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a) I e II.
b) I.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

Tenha sempre em mente aquele artigo 165 da nossa Carta Magna que é o pai dos nossos
instrumentos orçamentários. Lembre-se de que foi o seu § 2º que estabeleceu as funções da
Lei de Diretrizes Orçamentárias. Agora vamos julgar as assertivas e marcar a alternativa cor-
respondente
I – Verdadeira. Já que está de acordo com o mencionado dispositivo da CF/1988. Confira:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-


blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabe-
lecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

II – Verdadeira. Já que também está de acordo com o mencionado dispositivo da CF/1988:


III – Errada. Já que a CF/1988 determina que o projeto de lei orçamentária seja acompanhado
pelo demonstrativo dos efeitos de anistias, isenções e outros atos de renúncia fiscal. Confira:

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Letra a.

072. (FCC/TRT-15ª/ANALISTA/2018) Considere:


I – Diretrizes, objetivos e metas da Administração pública federal para as despesas de capital.
II – Despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
III – Demonstrativo regionalizado do efeito decorrente de isenções, anistias, remissões e
subsídios.
É estabelecido pela Constituição Federal para constar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
o que consta APENAS de
a) I e III.
b) I.
c) III.
d) I e II.
e) II.

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Vamos analisar as assertivas e marcar a alternativa correspondente.


I – Errada. Já que essa é uma característica do PPA e não da LDO, conforme dispõe a CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.

II – Verdadeira. Considerando o disposto na CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-
blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabe-
lecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

III – Errada. já que essa é uma característica da Lei Orçamentária Anual. Senão, vejamos, se-
gundo o esposado na CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,
sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Letra e.

073. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Suponha que o projeto de Lei Orçamentária Anual, em-


bora apresentado e apreciado, tenha sido rejeitado na votação em Plenário. Nesse caso, o
tratamento que o nosso ordenamento jurídico oferece para o impasse é:
a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias pode estabelecer regras para a execução provisória de
orçamento não sancionado.

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b) O orçamento do ano anterior pode ser corrigido pelo índice oficial de inflação e executado à
razão de um doze avos ao mês.
c) Não é possível ao Poder Legislativo rejeitar o projeto de Lei Orçamentária.
d) O projeto de Lei Orçamentária fica tacitamente aprovado se não for apreciado até o final da
sessão legislativa.
e) A Lei Orçamentária anterior permanece em vigor, sem qualquer prejuízo para arrecadação e
gastos públicos.

Tenha em mente que as regras para a execução provisória do orçamento não sancionado
são determinadas SOMENTE pela LDO do ano em referência, excluindo, assim, as demais al-
ternativas.
Dessa forma, a LDO Federal de 2018, ou seja, a Lei n. 13.473/2017, determina as regras de
execução provisória do orçamento não sancionado no artigo 57. Confira com grifos nossos:

Art. 57. Se o Projeto de Lei Orçamentária de 2018 não for sancionado pelo Presidente da República
até 31 de dezembro de 2017, a programação dele constante poderá ser executada para o atendi-
mento de:
I – despesas com obrigações constitucionais ou legais da União relacionadas na Seção I do Anexo
III
II – ações de prevenção a desastres classificadas na subfunção Defesa Civil;
III – concessão de financiamento ao estudante;
IV – dotações destinadas à aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde, classificadas
com o Identificador de Uso 6 - IU 6;
V – outras despesas correntes de caráter inadiável, até o limite de um doze avos do valor previsto
para cada órgão no Projeto de Lei Orçamentária de 2018, multiplicado pelo número de meses decor-
ridos até a data de publicação da respectiva Lei; e
VI – realização de eleições e continuidade da implantação do sistema de automação de identifica-
ção biométrica de eleitores pela Justiça Eleitoral.
Letra a.

074. (FCC/DPE-AM/ATA/2018) Entre os elementos que devem compor, necessariamente, a


Lei de Diretrizes Orçamentárias se inclui
a) passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas.
b) projetos cuja execução se projete por mais de 2 exercícios, salvo se já previstos no Plano
Plurianual.
c) medidas compensatórias à renúncia fiscal decorrente de desonerações, anistias e isenções.
d) limites para gastos com despesas correntes primárias no próximo exercício.
e) autorização para operações de antecipação de receita orçamentária que se pretenda realizar.

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a) Certa. A inclusão de passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pú-
blicas devem compor a LDO conforme determina o Art. 4º, § 3º, da LRF. Confira:

Art. 4º, § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados
os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as pro-
vidências a serem tomadas, caso se concretizem.

b) Errada. Já que não existe essa previsão na LRF.


c) Errada. Já que certo de acordo com o artigo 5º da LRF é:

Art. 5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual,
com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:

II – será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem como
das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de
caráter continuado;

d) Errada. Já que, na verdade, o teto (limite superior) para gastos de despesas primárias, que
foi instituído pela EC 95/2016, não determinou a separação de limites na LDO, mas sim na LOA.
e) Errada. Já que é a LOA, e não a LDO, que pode conter autorização para operações de anteci-
pação de receita.
Letra a.

075. (FCC/TRF-5ª/ANALISTA/2017) Em 05/01/2017, um ente público promulgou e publicou


dispositivo legal que compreendia, entre outros conteúdos, o orçamento fiscal e o orçamento
de investimento das empresas em que detinha a maioria do capital social com direito a voto.
Estes orçamentos foram apresentados com as funções de reduzir desigualdades inter-regio-
nais, segundo critério populacional, conforme dispõe a Constituição Federal de 1988. O dispo-
sitivo legal promulgado e publicado corresponde
a) ao Plano Plurianual.
b) ao Relatório de Gestão Fiscal.
c) ao Relatório Resumido de Execução Orçamentária.
d) à Lei Orçamentária Anual.
e) à Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Para resolver esta questão vamos conjugar os parágrafos 5º e 7º do artigo 165 da nossa
Constituição Cidadã, que nos trazem importantes informações acerca da LOA. Confira com
grifos nossos:

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5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Note ainda que o Orçamento da Seguridade Social não tem essa função.
Letra d.

076. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) No ciclo orçamentário do setor público,


a) as metas fiscais são estabelecidas na Lei Orçamentária Anual e cumpridas na execução da
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
b) o Plano Plurianual fixa o planejamento para o curto e médio prazos.
c) o Plano Plurianual considera as despesas de duração continuada.
d) as metas fiscais são estabelecidas para os quatro anos seguintes, na Lei de Diretrizes Or-
çamentárias.
e) a Lei de Diretrizes Orçamentárias não se comunica com a Lei Orçamentária Anual.

a) Errada. Já que inverteu os conceitos, ou seja, a LDO estabelece as metas fiscais e a execu-
ção que é cumprida pela LOA.
b) Errada. Já que o PPA fixa o planejamento para o médio e o longo prazos, sendo o planeja-
mento de curto prazo (1 ANO) fixado pela LDO e LOA.
c) Certa. Já que está de acordo com o disposto no artigo 165 da CF/1988:

Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas de-
correntes e para as relativas aos programas de duração continuada.
d) Errada. Já que a LDO fixa a meta para o exercício subsequente e o PPA que aos quatro anos
seguintes.
e) Errada. Já que uma das funções constitucionais da LDO é orientar a elaboração da Lei Orça-
mentária Anual. Confira:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-


tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária
e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra c.
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077. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) O Governo da União promoveu isenção, anistia, remissão e


subsídios para estimular a economia. Nesse caso, a Constituição Federal estabelece como
condição prévia
a) elaboração de demonstrativo regionalizado do efeito sobre as receitas e despesas, que deve
acompanhar o projeto da Lei Orçamentária Anual.
b) o limite de 0,5% da receita corrente líquida para isenção e anistia e de 1% para remissão e
subsídios.
c) a espera de 180 dias para a entrada em vigor dessa medida.
d) ter como beneficiários imediatos micro e pequenas empresas.
e) o limite de 1000 salários mínimos nacionais para a concessão dos benefícios.

A resposta da questão está no § 6º do artigo 165 da CF/1988:

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Letra a.

078. (FCC/TST/ANALISTA/2017) A Constituição Federal dita a tramitação de projetos de lei


relativos ao Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e crédi-
tos adicionais e dispõe que
a) cabe ao Senado examinar e emitir parecer sobre esses projetos.
b) as emendas devem ser apresentadas no Plenário das duas casas do Congresso Nacional e
serão apreciadas na Comissão Mista permanente de Senadores e Deputados.
c) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja
alteração é proposta.
d) as emendas aos projetos somente podem ser aprovadas com a indicação dos recursos ne-
cessários, requisito dispensado no caso de despesa para educação e saúde.
e) a anulação de despesa não é considerada fonte de recursos para fins de aprovação
de emendas.

De acordo com parágrafo 5º do artigo 166 da nossa Carta Magna, “o Presidente da República
poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos en-
quanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta”.
a) Na verdade, a emissão de parecer cabe a comissão mista permanente de Senadores e De-
putados – CMO.
b) Na verdade, as emendas são apresentadas na Comissão mista

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d) Inexiste a exceção para despesas com educação e saúde


e) Sim, é admitida a anulação de despesa para emendas
Letra c.

079. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) Em uma situação de crise fiscal, um dos efeitos mais senti-
dos é a queda da arrecadação tributária, fato que atinge todas as esferas de poder dos entes
federativos. Diante dessa situação, a Administração promoveu a alteração da legislação tribu-
tária por meio da lei orçamentária anual. Essa medida contrariou formalmente a Constituição
Federal que determina que
a) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é o
Plano Plurianual.
b) déficit de arrecadação não é fundamento legal para essa alteração.
c) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é a
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) a alteração na legislação tributária somente seria possível no caso de criação de novo tributo.
e) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é o
Demonstrativo da Execução Orçamentária.

A nossa CF/1988 atribuiu à Lei de Diretrizes Orçamentárias a função de dispor sobre as altera-
ções na legislação tributária. Confira com grifos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administra-


ção pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orien-
tará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra c.

080. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) Considere:


I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, dete-
nha a maioria do capital social com direito a voto.
Conforme estabelecido na Constituição Federal, uma das funções desses orçamentos, compa-
tibilizados com o Plano Plurianual, é
a) estabelecer benefícios fiscais aos entes federativos com menor arrecadação.
b) promover o orçamento sustentável dos órgãos da Administração direta e indireta da União.
c) priorizar a alocação de verbas a fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
d) indicar parâmetros para o estabelecimento de metas fiscais.
e) reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

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O § 5º do artigo 165 da CF/1988 nos revela que a LOA é formada pelos orçamentos fiscal, de
investimentos e da seguridade social. Confira com grifos nossos:

5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

Além disso, o § 7º do mesmo artigo nos diz que:

§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Assim, podemos concluir tranquilamente que uma das funções do PPA em conjunto com o
orçamento fiscal e de investimentos é reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
Letra e.

081. (FCC/TRT-14ª/ANALISTA/2016) Em relação à iniciativa e aos prazos de tramitação do


projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO na esfera federal, a iniciativa é
a) do Poder Executivo e deve ser encaminhado ao Poder Legislativo até o dia 15 de abril
de cada ano.
b) do Poder Legislativo e deve ser aprovado até o dia 15 de abril de cada ano.
c) compartilhada entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo e deve ser votado até o dia 31
de agosto de cada ano.
d) do Poder Executivo e deve ser aprovado até o dia 30 de novembro de cada ano.
e) do Poder Legislativo e deve ser devolvido para sanção até o dia 31 de agosto de cada ano.

Seguindo os ditames do artigo 35, § 2º, inciso II, do ADCT (que de transitório não está sendo
nada, já que já se passaram mais de 30 anos), o PLDO da União deve ser encaminhado pelo
Poder Executivo até oito meses e meio antes do encerramento do exercício ao Poder Legisla-
tivo, ou seja, até o dia 15/04, e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período
da sessão legislativa, ou seja, até o dia 17/07.
Letra a.

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082. (FCC/TRF-3ª/ANALISTA/2016) Nos termos da Constituição Federal é conteúdo da Lei


Orçamentária Anual:
I – Orçamento fiscal referente aos fundos da União.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, dete-
nha a maioria do capital social com direito a voto.
III – Autorização para abertura de créditos suplementares.
IV – Autorização para contratação de operação de crédito por antecipação de receita.
V – Critérios e formas para limitação de empenho.
Está correto o que consta APENAS em
a) I, II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) I, III, IV e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, II, III e V.

Vamos avaliar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:


I – Certa. De acordo com o inciso I do parágrafo 5º do artigo 165 da CF/1988, o orçamento
fiscal referente aos fundos da União faz parte da Lei Orçamentária Anual.
II – Certa. De acordo com o inciso II do parágrafo 5º do artigo 165 da CF/1988, o orçamento
de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto.
III – Certa. Veja o que diz parágrafo 8º do artigo 165 da CF/1988, com grifos nossos:

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-
sa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contrata-
ção de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

IV – Certa. A autorização para contratação de operação de crédito por antecipação de recei-


ta é uma exceção ao princípio da exclusividade, como diz o parágrafo o 8º do artigo 165 da
CF/1988, com grifos nossos:

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-
sa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contrata-
ção de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

V – Errada. Já que é a LDO que dispõe sobre os critérios e formas para limitação de empenho,
e não a LOA.
Letra a.

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083. (VUNESP/TJ-SP/ADMINISTRADOR/2019) Em termos legais, conforme a Constituição


Federal de 1988, art. 165, os planos orçamentários serão estabelecidos pelo Poder Executi-
vo. Nesse sentido, a Lei que compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública
Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e es-
tabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, é a
a) do Orçamento Anual.
b) do Plano Plurianual.
c) do Plano de Diretrizes e Planejamento.
d) de Diretrizes Orçamentárias.
e) de Responsabilidade Fiscal.

Essa é resolvida de acordo com o disposto no artigo 165, § 2º, da CF/1988. Confira com gri-
fos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-


tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequen-
te, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra d.

084. (VUNESP/CM SERRANA/CONTADOR/2019) Estabelece a Constituição Federal que o


orçamento fiscal e o orçamento de investimento, ambos compreendidos na lei orçamentária
anual e compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desi-
gualdades inter-regionais, segundo critério
a) econômico.
b) populacional.
c) social.
d) eleitoral.
e) seletivo.

Note que, de acordo com o dispositivo da CF/1988 abaixo reproduzido, deve ser utilizado o
critério populacional:

Art. 165, § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano
plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério po-
pulacional.
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:

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I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
Letra b.

085. (VUNESP/UNIFAI/CONTROLADOR INTERNO/2019) Sobre a iniciativa dos projetos de


leis orçamentárias, pode-se afirmar que
a) lei de iniciativa do Poder Legislativo estabelecerá o plano plurianual.
b) os Poderes Executivo, Judiciário e o Ministério Público encaminharão suas propostas orça-
mentárias anuais para apreciação do Poder Legislativo.
c) lei de iniciativa do Poder Legislativo estabelecerá as diretrizes orçamentárias, e lei de ini-
ciativa do Poder Executivo os orçamentos anuais.
d) compete ao Poder Executivo elaborar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os
orçamentos anuais.
e) compete aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário a iniciativa da lei orçamentária
anual.

O Poder Executivo é quem tem a competência constitucional para fazer a elaboração do PPA,
da LDO e da LOA, conforme artigo 165 da CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Letra d.

086. (VUNESP/PREFEITURA DE ITAPEVI/ANALISTA/2019) O processo de planejamento do


orçamento público envolve três etapas, as quais ocorrem em sequência, conforme expresso,
correta e respectivamente, na alternativa:
a) Lei Orçamentária Anual (LOA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei do Plano Pluria-
nual (PPA).
b) Lei do Plano Plurianual (PPA), Lei Orçamentária Anual (LOA) e Lei de Diretrizes Orçamentá-
rias (LDO).
c) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei do Plano Plurianual (PPA) e Lei Orçamentária
Anual (LOA).
d) Lei Orçamentária Anual (LOA), Lei do Plano Plurianual (PPA) e Lei de Diretrizes Orçamentá-
rias (LDO).

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e) Lei do Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária
Anual (LOA).

Essa questão deveria ter sido anulada. Na verdade, o PPA, LDO e LOA são três instrumentos
orçamentários e não três etapas como disse no cabeçalho a VUNESP.
Deixando isso de lado, a resposta da questão levou em conta a função da LDO de garantir a
realização das metas e objetivos previstos no PPA e de orientar a elaboração da LOA, servindo
como elo de ligação entre ambos.
Tenha em mente que o PPA é realizado a cada quatro anos, enquanto a LOA e a LDO são elabo-
radas anualmente, não nos permitindo afirmar categoricamente que PPA, LDO e LOA ocorrem
nesta sequência.
Letra e.

087. (VUNESP/CM SERRANA/CONTADOR/2019) De acordo com a Constituição Federal de


1988, em seu artigo 165, ocorre o processo de integração entre o planejamento e o orçamento
por intermédio da lei
a) de Diretrizes Orçamentárias – LDO.
b) do Plano Plurianual – PPA.
c) do Orçamento Anual – LOA.
d) de Responsabilidade Fiscal – LRF.
e) de Licitações Públicas – Lei n. 8.666/1993.

Guarde que cabe à LDO exercer o papel de elo entre o Planejamento estabelecido nas diretri-
zes do PPA e a Execução desse planejamento por meio da LOA.
Letra a.

088. (VUNESP/CM SERRANA/CONTADOR/2019) A Lei de Diretrizes Orçamentárias atenderá


ao disposto na Constituição Federal, da seguinte forma:
a) compreenderá o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
poder público.
b) compreenderá o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indi-
retamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
c) determinará que as diretrizes orçamentárias, o orçamento anual e os créditos adicionais
serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.

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d) disporá sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que serão adota-
dos quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação
das programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto em lei específica.
e) compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as des-
pesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orça-
mentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Essa é resolvida de acordo com o disposto no artigo 165, § 2º, da CF/1988. Confira com gri-
fos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-


tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequen-
te, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação
tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Já que trata de um dos orçamentos da LOA.
b) Errada. Já que trata de um dos orçamentos da LOA.
c) Errada. Já que não é a LDO que efetuará tal determinação.
d) Errada. Já que trata de assunto que deve ser elaborado por Lei Complementar.
Letra e.

089. (VUNESP/CM ORLÂNDIA/CONTADOR/2019) A Lei de Diretrizes Orçamentárias, entre


outras ações,
a) disporá sobre as alterações na legislação previdenciária.
b) orientará a elaboração da lei orçamentária anual.
c) fixará limites de despesas por inversões financeiras para os quatro exercícios financeiros
de mandato.
d) estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas das gestões
públicas.
e) estabelecerá limites de compensação da renúncia da receita, conforme preconiza a lei plu-
rianual.

Vamos reler o § 2º do art. 165 da CF/1988, com grifos nossos:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-


blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a

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elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabe-
lecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Dessa leitura, podemos destacar que a LDO apresenta quatro funções principais:
1) estabelecer metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas
de capital para o exercício subsequente;
2) orientar a elaboração da lei orçamentária anual;
3) dispor sobre as alterações da legislação tributária;
4) estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Assim, a única alternativa correta é a letra b!
Letra b.

090. (VUNESP/PREFEITURA DE POÁ/PROCURADOR/2014) Complete a lacuna:


______________________ compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Muni-
cipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que orientará
a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de fomento. Nos termos da Lei Orgânica do Município de Poá, completa
corretamente a lacuna a expressão
a) O Plano Diretor
b) O Plano Regional
c) A lei Geral do Orçamento
d) A lei do Plano Plurianual
e) A Lei de Diretrizes Orçamentárias

A LDO deve compreender as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluin-


do as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que deverão ser compa-
tíveis com o PPA, orientará a elaboração da lei orçamentária, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento.
Letra e.

091. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) As disposições sobre as alterações na legislação


tributária e o estabelecimento da política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento serão estabelecidas pela lei de
a) planejamento tributário.
b) responsabilidade fiscal.
c) controle orçamentário e fiscal.
d) diretrizes orçamentárias.
e) financiamento e tributação anual.

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Dentre outras incumbências, a LDO disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-
belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra d.

092. (VUNESP/TJ-PA/ANALISTA/2014) De acordo com a Lei n. 4.320/1964, o quadro discri-


minativo da receita por fontes e respectiva legislação integrará a (o)
a) programa anual de trabalho do governo, em termos de realização de obras e de prestação
de serviços.
b) plano de aplicação dos fundos especiais.
c) lei do orçamento.
d) sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do governo.
e) sumário das dotações por órgãos do governo e da administração.

A resposta dessa questão está no artigo 2º da Lei n. 4.320/1964. Reveja com grifos nossos.

Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a


política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade universalidade e anualidade.
§ 1º Integrarão a Lei de Orçamento:
I – Sumário geral da receita por fontes e da despesa por funções do Governo;
II – Quadro demonstrativo da Receita e Despesa segundo as Categorias Econômicas, na forma
do Anexo n. 1;
III – Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislação;
IV – Quadro das dotações por órgãos do Governo e da Administração.
§ 2º Acompanharão a Lei de Orçamento:
I – Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicação dos fundos especiais;
II – Quadros demonstrativos da despesa, na forma dos Anexos n.s 6 a 9;
III – Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realização de
obras e de prestação de serviços.
Letra c.

093. (VUNESP/PROCON-SP/ANALISTA/2013) A lei de diretrizes orçamentárias


a) compreende as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despe-
sas de capital para o exercício financeiro subsequente.
b) estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pú-
blica Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para as relati-
vas aos programas de duração continuada.

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c) disciplina, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incen-


tiva os reinvestimentos e regula a remessa de lucros.
d) compreende o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
poder público.
e) estabelece normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta,
bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

Em verdade, a LDO compreende as metas e prioridades da Administração Pública Federal, in-


cluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que deverão ser com-
patíveis com o PPA, orientará a elaboração da lei orçamentária, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento.
Letra a.

094. (VUNESP/PREFEITURA SJC/ANALISTA/2012) A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem


iniciativa de competência do
a) Poder Executivo.
b) Poder Legislativo.
c) Ministro da Fazenda.
d) Ministro da Economia.
e) Presidente do Banco Central.

Veja o artigo 165 da CF/1988 que responde à questão.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Letra a.

095. (VUNESP/PREFEITURA SJC/ANALISTA/2012) A proposta da Lei Orçamentária Anual


– LOA compreende os três tipos distintos de orçamentos da União: o Orçamento fiscal, o Or-
çamento de investimento e o
a) Orçamento da seguridade social.
b) Orçamento da previdência social.
c) Orçamento das despesas das empresas estatais.
d) Orçamento das receitas das empresas estatais.
e) Orçamento dos investimentos das secretarias municipais.

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Para responder essa questão com segurança, é necessário conhecer o § 5º do artigo 165 da
CF/1988. Confira com grifos nossos:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
poder público.
Letra a.

096. (FCC/TRT 6/TÉCNICO/2018) De acordo com o disposto na Constituição Federal, a Lei de


Diretrizes Orçamentárias deve contemplar:
I – as metas e prioridades da Administração para o exercício subsequente.
II – a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
III – demonstrativo dos efeitos de anistias, isenções e outros atos de renúncia fiscal.

Está correto o que se afirma APENAS


a) I e II.
b) I.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

Tenha sempre em mente aquele artigo 165 da nossa Carta Magna que é o pai dos nossos
instrumentos orçamentários. Lembre-se de que foi o seu § 2º que estabeleceu as funções da
Lei de Diretrizes Orçamentárias. Agora vamos julgar as assertivas e marcar a alternativa cor-
respondente
I – Certo. Já que está de acordo com o mencionado dispositivo da CF/1988. Confira:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-


blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabe-
lecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

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II – Certo. Já que também está de acordo com o mencionado dispositivo da CF/1988.


III – Errado. Já que a CF/1988 determina que o projeto de lei orçamentária seja acompanhado
pelo demonstrativo dos efeitos de anistias, isenções e outros atos de renúncia fiscal. Confira:

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Letra a.

097. (FCC/TRT 15/ANALISTA/2018) Considere:


I – Diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de
capital.
II – Despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
III – Demonstrativo regionalizado do efeito decorrente de isenções, anistias, remissões e
subsídios.

É estabelecido pela Constituição Federal para constar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
o que consta APENAS de
a) I e III.
b) I.
c) III.
d) I e II.
e) II.

Vamos analisar as assertivas e marcar a alternativa correspondente.


I – Errado. Já que essa é uma característica do PPA e não da LDO, conforme dispõe a CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
II – Certo. Considerando o disposto na CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

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(...)
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-
blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabe-
lecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
III – Errado. Já que essa é uma característica da Lei Orçamentária Anual. Senão, vejamos, se-
gundo o esposado na CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
(...)
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, so-
bre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Letra e.

098. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Suponha que o projeto de Lei Orçamentária Anual, embo-


ra apresentado e apreciado, tenha sido rejeitado na votação em Plenário. Nesse caso, o trata-
mento que o nosso ordenamento jurídico oferece para o impasse é:
a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias pode estabelecer regras para a execução provisória de
orçamento não sancionado.
b) O orçamento do ano anterior pode ser corrigido pelo índice oficial de inflação e executado
à razão de um doze avos ao mês.
c) Não é possível ao Poder Legislativo rejeitar o projeto de Lei Orçamentária.
d) O projeto de Lei Orçamentária fica tacitamente aprovado se não for apreciado até o final da
sessão legislativa.
e) A Lei Orçamentária anterior permanece em vigor, sem qualquer prejuízo para arrecadação
e gastos públicos.

Tenha em mente que as regras para a execução provisória do orçamento não sancionado são
determinadas SOMENTE pela LDO do ano em referência, excluindo, assim, as demais al-
ternativas.
Dessa forma, a LDO Federal de 2018 (Lei n. 13.473/2017) determina as regras de execução
provisória do orçamento não sancionado no artigo 57. Confira com grifos nossos:

Art. 57. Se o Projeto de Lei Orçamentária de 2018 não for sancionado pelo Presidente da República
até 31 de dezembro de 2017, a programação dele constante poderá ser executada para o atendi-
mento de:

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I – despesas com obrigações constitucionais ou legais da União relacionadas na Seção I do Anexo III;
II – ações de prevenção a desastres classificadas na subfunção Defesa Civil;
III – concessão de financiamento ao estudante;
IV – dotações destinadas à aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde, classificadas
com o Identificador de Uso 6 - IU 6;
V – outras despesas correntes de caráter inadiável, até o limite de um doze avos do valor previsto
para cada órgão no Projeto de Lei Orçamentária de 2018, multiplicado pelo número de meses de-
corridos até a data de publicação da respectiva Lei; e
VI – realização de eleições e continuidade da implantação do sistema de automação de identifica-
ção biométrica de eleitores pela Justiça Eleitoral.
Letra a.

099. (FCC/TRF 5/ANALISTA/2017) Em 05/01/2017, um ente público promulgou e publicou


dispositivo legal que compreendia, entre outros conteúdos, o orçamento fiscal e o orçamento
de investimento das empresas em que detinha a maioria do capital social com direito a voto.
Estes orçamentos foram apresentados com as funções de reduzir desigualdades inter-regio-
nais, segundo critério populacional, conforme dispõe a Constituição Federal de 1988. O dispo-
sitivo legal promulgado e publicado corresponde
a) ao Plano Plurianual.
b) ao Relatório de Gestão Fiscal.
c) ao Relatório Resumido de Execução Orçamentária.
d) à Lei Orçamentária Anual.
e) à Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Para resolver essa questão, vamos conjugar os parágrafos 5º e 7º do artigo 165 da nossa
Constituição Cidadã, que nos trazem importantes informações acerca da LOA. Confira com
grifos nossos:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
poder público.
(...)
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Note ainda que o orçamento da Seguridade Social não tem essa função!
Letra d.
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100. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) No ciclo orçamentário do setor público,


a) as metas fiscais são estabelecidas na Lei Orçamentária Anual e cumpridas na execução da
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
b) o Plano Plurianual fixa o planejamento para o curto e médio prazos.
c) o Plano Plurianual considera as despesas de duração continuada.
d) as metas fiscais são estabelecidas para os quatro anos seguintes, na Lei de Diretrizes Or-
çamentárias.
e) a Lei de Diretrizes Orçamentárias não se comunica com a Lei Orçamentária Anual.

Vamos julgar as alternativas:


a) Errada. Já que inverteu os conceitos, ou seja, a LDO estabelece as metas fiscais e a execu-
ção que é cumprida pela LOA.
b) Errada. Já que o PPA fixa o planejamento para o médio e longo prazos, sendo o planejamen-
to de curto prazo (1 ANO) fixado pela LDO e LOA.
c) Certa. Já que está de acordo com o disposto no artigo 165 da CF/1988:

Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas de-
correntes e para as relativas aos programas de duração continuada.
d) Errada. Já que a LDO fixa a meta para o exercício subsequente e o PPA para os quatro anos
seguintes.
e) Errada. Já que uma das funções constitucionais da LDO é orientar a elaboração da Lei Orça-
mentária Anual. Confira:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administra-


ção pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orien-
tará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra c.

101. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) O Governo da União promoveu isenção, anistia, remissão e


subsídios para estimular a economia. Nesse caso, a Constituição Federal estabelece como
condição prévia
a) elaboração de demonstrativo regionalizado do efeito sobre as receitas e despesas, que
deve acompanhar o projeto da Lei Orçamentária Anual.
b) o limite de 0,5% da receita corrente líquida para isenção e anistia e de 1% para remissão e
subsídios.
c) a espera de 180 dias para a entrada em vigor dessa medida.
d) ter como beneficiários imediatos micro e pequenas empresas.
e) o limite de 1000 salários mínimos nacionais para a concessão dos benefícios.
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A resposta da questão está no § 6º do artigo 165 da CF/1988:

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Letra a.

102. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) Em uma situação de crise fiscal, um dos efeitos mais senti-
dos é a queda da arrecadação tributária, fato que atinge todas as esferas de poder dos entes
federativos. Diante dessa situação, a Administração promoveu a alteração da legislação tribu-
tária por meio da lei orçamentária anual. Essa medida contrariou formalmente a Constituição
Federal que determina que
a) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é o
Plano Plurianual.
b) deficit de arrecadação não é fundamento legal para essa alteração.
c) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é a
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) a alteração na legislação tributária somente seria possível no caso de criação de novo
tributo.
e) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é o
Demonstrativo da Execução Orçamentária.

A nossa CF/1988 atribuiu à Lei de Diretrizes Orçamentárias a função de dispor sobre as altera-
ções na legislação tributária. Confira com grifos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administra-


ção pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orien-
tará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra c.

103. (FCC/TST/ANALISTA/2017) A Constituição Federal dita a tramitação de projetos de lei


relativos ao Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e crédi-
tos adicionais e dispõe que
a) cabe ao Senado examinar e emitir parecer sobre esses projetos.
b) as emendas devem ser apresentadas no Plenário das duas casas do Congresso Nacional
e serão apreciadas na Comissão Mista permanente de Senadores e Deputados.

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c) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor


modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja
alteração é proposta.
d) as emendas aos projetos somente podem ser aprovadas com a indicação dos recursos
necessários, requisito dispensado no caso de despesa para educação e saúde.
e) a anulação de despesa não é considerada fonte de recursos para fins de aprovação de
emendas.

De acordo com parágrafo 5º do artigo 166 da nossa Carta Magna, “o Presidente da República
poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos en-
quanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta”.
Vamos apontar os erros das outras alternativas:
a) Errada. Na verdade, a emissão de parecer cabe à Comissão Mista Permanente de Senadores
e Deputados – CMO.
b) Errada. Na verdade, as emendas são apresentadas na Comissão Mista.
d) Errada. Inexiste a exceção para despesas com educação e saúde.
e) Errada. Sim, é admitida a anulação de despesa para emendas.
Letra c.

104. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) Considere:


I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da
Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto.

Conforme estabelecido na Constituição Federal, uma das funções desses orçamentos, compa-
tibilizados com o Plano Plurianual, é
a) estabelecer benefícios fiscais aos entes federativos com menor arrecadação.
b) promover o orçamento sustentável dos órgãos da Administração direta e indireta da União.
c) priorizar a alocação de verbas a fundos e fundações instituídas e mantidas pelo poder
público.
d) indicar parâmetros para o estabelecimento de metas fiscais.
e) reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

O § 5º do artigo 165 da CF/1988 nos revela que a LOA é formada pelos orçamentos fiscal, de
investimentos e da seguridade social. Confira com grifos nossos:

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§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
poder público.
Além disso, o § 7º do mesmo artigo nos diz que:

§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.
Assim, podemos concluir tranquilamente que uma das funções do PPA, em conjunto com o
orçamento fiscal e de investimentos, é reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.
Letra e.

105. (FCC/TRF 3/ANALISTA/2016) Nos termos da Constituição Federal é conteúdo da Lei


Orçamentária Anual:
I – Orçamento fiscal referente aos fundos da União.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto.
III – Autorização para abertura de créditos suplementares.
IV – Autorização para contratação de operação de crédito por antecipação de receita.
V – Critérios e formas para limitação de empenho.

Está correto o que consta APENAS em


a) I, II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) I, III, IV e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, II, III e V.

Vamos avaliar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:


I – Certo. De acordo com o inciso I do parágrafo 5º do artigo 165 da CF/1988, o orçamento
fiscal referente aos fundos da União faz parte da Lei Orçamentária Anual.
II – Certo. De acordo com o inciso II do parágrafo 5º do artigo 165 da CF/1988, o orçamento
de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto.

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III – Certo. Veja o que diz parágrafo 8º do artigo 165 da CF/1988, com grifos nossos:

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-
sa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contrata-
ção de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
IV – Certo. A autorização para contratação de operação de crédito por antecipação de recei-
ta é uma exceção ao princípio da exclusividade, como diz o parágrafo o 8º do artigo 165 da
CF/1988, com grifos nossos:

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-
sa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contrata-
ção de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
V – Errado. Já que é a LDO que dispõe sobre os critérios e formas para limitação de empenho,
e não a LOA.
Letra a.

106. (FCC/TRT 14/ANALISTA/2016) Em relação à Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO,


é correto afirmar:
a) Compreende todas as receitas e despesas para o período de um ano, sendo considerada
instrumento de planejamento operacional.
b) Consolida, qualifica e dimensiona a programação de governo para os quatro anos subse-
quentes.
c) Estabelece metas e prioridades, na programação de governo, para o ano subsequente.
d) É o documento básico para o exercício da atividade financeira e integra os orçamentos
fiscal, da seguridade social e de investimentos.
e) Sua vigência é de quatro anos e tem a função de orientar a elaboração dos demais planos
e programas de governo.

A questão exigiu do candidato a noção da literalidade do § 2º do artigo 165 da CF/1988, que


nos diz que

a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública


federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elabo-
ração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Vamos agora comentar as demais alternativas:
a) Errada. Já que essa é uma atribuição da LOA e não da LDO.
b) Errada. Já que quem dura quatro anos é o PPA e não a LDO.

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d) Errada. Já que esse documento é a LOA e não a LDO.


e) Errada. Já que quem dura quatro anos é o PPA e não a LDO.
Letra c.

107. (FCC/TRT 20/ANALISTA/2016) De acordo com a Constituição Federal, o diploma legal


que, entre outras coisas, compreende as metas e prioridades da Administração Pública Fede-
ral, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que dispõe sobre
as alterações na legislação tributária e que estabelece a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento é
a) a Lei de Responsabilidade Fiscal.
b) a Lei que institui o Plano Plurianual.
c) a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) o Código Tributário Nacional.
e) a Lei Orçamentária Anual.

Basta saber a literalidade do § 2º do artigo 165 da CF/1988 para responder essa questão. Con-
fira com grifos nossos:

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública


federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elabo-
ração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Já que, em verdade, a LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
b) Errada. Já que a definição do PPA é a que consta no o § 1º do artigo 165 da CF/1988:

A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.
d) Errada. Já que, em verdade, o CTN “dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui
normas gerais de Direito Tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios”.
e) Errada. Já que a LOA, conforme o § 5º do artigo 165 da CF/1988, compreende:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;

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III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
poder público.
Letra c.

108. (FCC/TRT 23/ANALISTA/2016) A Lei de Diretrizes Orçamentárias, instituída pela Cons-


tituição Federal, é o instrumento norteador da elaboração da Lei Orçamentária Anual, quando
dispõe, no âmbito da União, para cada exercício financeiro sobre:
I – As diretrizes, os objetivos e as metas da Administração pública.
II – A fixação de percentual máximo de endividamento para cada mandato presidencial.
III – As alterações na legislação tributária.
IV – A política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento.
V – As despesas com pessoal e encargos sociais.

Está correto o que consta APENAS em


a) II e IV.
b) III e IV.
c) III, IV e V.
d) I, II e V.
e) I, III e V.

Podemos usar a literalidade do MTO (Manual Técnico de Orçamento) para resolver essa ques-
tão. Veja em negrito a resposta da questão, onde destacamos os trechos correspondentes às
assertivas III, IV e V:

Instituída pela CF, a LDO é o instrumento norteador da elaboração da LOA na medida em que dispõe,
para cada exercício financeiro sobre:
- as prioridades e metas da Administração Pública Federal;
- a estrutura e organização dos orçamentos;
- as diretrizes para elaboração e execução dos orçamentos da União e suas alterações;
- a dívida pública federal;
- as despesas da União com pessoal e encargos sociais;
- a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento;
- as alterações na legislação tributária da União; e
- a fiscalização pelo Poder Legislativo sobre as obras e os serviços com indícios de irregularidades
graves.
Letra c.

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109. (FCC/PGE-MT/ANALISTA/2016) Considerando os termos da Constituição Federal e dos


demais atos do atual ordenamento jurídico no Brasil, a iniciativa para a proposta do Conjunto
de Leis que estruturam e definem os planos, as diretrizes e o orçamento público é do
a) Poder Judiciário.
b) Poder Legislativo.
c) Poder Executivo.
d) Ministério Público de Contas.
e) Tribunal de Contas.

Os chamados instrumentos orçamentários, previstos no artigo 165, incisos I a III da Constitui-


ção Federal de 1988, deixam claro que a sua iniciativa legislativa é do Poder Executivo. Confira
com grifos nossos:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Letra c.

110. (FCC/CREMESP/ANALISTA/2016) De acordo com as disposições da Constituição Fe-


deral, a Lei Orçamentária Anual não poderá conter dispositivo estranho à previsão de receita
e à fixação de despesa. Estabelece, contudo, algumas exceções a tal vedação, entre as quais,
a) hipóteses de utilização da reserva de contingência.
b) limites e critérios para concessão de benefícios fiscais.
c) autorização para cancelamento de restos a pagar.
d) fixação de limites para ampliação de gastos com pessoal.
e) autorização para abertura de créditos suplementares.

A resposta da questão está no § 8º do artigo 165 da CF/1988. Confira com grifos nossos:

a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-
sa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contrata-
ção de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Note que as demais situações previstas nas demais alternativas não estão presentes no dispo-
sitivo que nos apresenta o princípio da exclusividade e suas duas exceções.
Letra e.

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111. (FCC/SEMPLAN TERESINA/ANALISTA/2016) A Lei de Diretrizes Orçamentárias é um


elemento fundamental para as atividades financeiras públicas. No campo federal, ela
a) estabelece diretrizes para a Administração Pública observar nos quatro anos seguintes.
b) mantém independência do Plano Plurianual, tendo em vista que as prioridades contidas
nas duas não se comunicam.
c) fixa as metas e prioridades da Administração Pública Federal para o exercício financeiro
subsequente.
d) inclui a fixação das despesas correntes e exclui as despesas de capital, que estão fixadas
no Plano Plurianual.
e) deve contemplar o resultado fiscal nominal, que considera as receitas e as despesas, ex-
cluindo as despesas com juros da dívida pública.

Vamos responder com base na literalidade do § 2º do artigo 165 da nossa CF/1988. Confira
novamente tal dispositivo, com grifos nossos:

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública


federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elabo-
ração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Vamos agora comentar as demais alternativas:
a) Errada. Já que se refere ao PPA (quatro anos) e não à LDO (anual).
b) Errada. Já que existe dependência (um PPA gera quatro LDOs).
d) Errada. Já que se refere à LOA e não à LDO.
e) Errada. Já que o resultado primário que exclui as despesas com juros da dívida pública, en-
quanto o resultado nominal não.
Letra c.

112. (FCC/DPE-SP/AGENTE/2015) No que tange aos instrumentos de planejamento e orça-


mento, segundo a Constituição Federal, o Plano Plurianual
a) será elaborado no primeiro ano de mandato presidencial e terá vigência até o final do pri-
meiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente.
b) estabelecerá, para cada exercício financeiro, todas as despesas relativas às dívidas públi-
cas interna e externa e as receitas que as atenderão.
c) estabelecerá as metas e prioridades da Administração pública, orientando a elaboração da
Lei Orçamentária Anual e as alterações na legislação tributária.
d) compreenderá o orçamento fiscal referente aos três Poderes, seus fundos, órgãos e entida-
des da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público.

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e) será elaborado no último ano de mandato presidencial, para vigorar no primeiro ano de
mandato presidencial subsequente, com vigência de quatro anos.

Como prevê o artigo 35, § 2º, I, do ADCT da nossa CF/1988:

o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Vamos apontar as incorreções das demais alternativas:
b) Errada. Já que inexiste essa definição no PPA.
c) Errada. Já que essas são matérias tratadas na LDO e não no PPA.
d) Errada. Já que essas são matérias tratadas na LOA e não no PPA.
e) Errada. Já que, em verdade, é elaborado no primeiro ano de mandato do presidente, para
vigorar no segundo ano de mandato presidencial, com vigência de quatro anos.
Letra a.

113. (FCC/DPE-SP/AGENTE/2015) Os instrumentos de planejamento público estão previstos


na Constituição Federal, entre eles, a Lei de Diretrizes Orçamentárias. As emendas ao projeto
de lei de diretrizes orçamentárias, segundo a Constituição Federal, não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com
a) a Lei Orçamentária Anual.
b) o Plano Plurianual.
c) a Lei de Responsabilidade Fiscal.
d) o anexo de metas fiscais.
e) a política de equilíbrio das contas públicas.

Repare que a FCC cobrou a literalidade do artigo 166, § 4º, da Constituição Federal de 1988. Confira:

§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
Letra b.

114. (FCC/MPE-PB/ANALISTA/2015) O instrumento de planejamento pelo qual devem ser


previstos os objetivos, diretrizes e metas da Administração pública para as despesas relativas
aos programas de duração continuada é o
a) Plano Plurianual.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) Lei Orçamentária Anual.

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d) Plano Diretor.
e) Anexo de Riscos Fiscais.

Trata-se do PPA, que é o instrumento orçamentário responsável por estabelecer as diretrizes,


objetivos e metas para Administração Pública para as despesas relativas aos programas de
duração continuada.
Letra a.

115. (FCC/DPE-RR/TÉCNICO/2015) Acerca dos Instrumentos de Planejamento previstos na


Constituição Federal, as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capi-
tal para o exercício financeiro subsequente, serão estabelecidas
a) na lei do Plano Plurianual.
b) no anexo de riscos fiscais.
c) na Lei Orçamentária Anual.
d) na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) no plano de investimentos.

Falou em metas e prioridades, falou em LDO! Veja no quadro a seguir o comparativo resumido
dos três instrumentos orçamentários:

Base Legal

Constituição Federal/Estadual

Lei Complementar de Finanças


LRF
Públicas/Lei n. 4.320/1964

PPA LDO LOA

PPA – Define as políticas LDO – Estabelece as metas LOA – Disciplina todos os


públicas consubstanciadas e prioridades da administra- programas e ações no exercí-
nos programas, com metas e ção pública para cada ano e cio, provendo recursos para a
indicadores, pelo período de orienta a elaboração do Orça- execução das ações necessá-
quatro anos. mento. rias ao alcance das metas.

Letra d.

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116. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) De acordo com a Constituição Federal, a atribuição para


I – estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração
Pública Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relati-
vas aos programas de duração continuada, bem como
II – fixar as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as despesas
de capital para o exercício financeiro subsequente, orientar a elaboração da lei orça-
mentária anual, dispor sobre as alterações na legislação tributária e estabelecer a polí-
tica de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento

São, respectivamente, da
a) I. Lei de Diretrizes Orçamentárias e da
II – Lei que institui o Plano Plurianual.
b) I. Lei que estabelece Orçamento Anual e da
II – Lei que institui o Plano Plurianual.
c) I. Lei que institui o Plano Plurianual e da
II – Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) I. Lei de Diretrizes Orçamentárias e da
II – Lei que estabelece Orçamento Anual.
e) I. Lei que institui o Plano Plurianual e da
II – Lei que estabelece Orçamento Anual.

A resposta está nos §s 1º e 2º do artigo 165 da CF/1988. Confira com grifos nossos:

Art. 165. (...)


§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-
blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabe-
lecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra c.

117. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) Considerando o Plano Plurianual − PPA, a Lei de Diretri-


zes Orçamentárias − LDO e a Lei Orçamentária Anual − LOA, é correto afirmar que:
a) O PPA evidencia, para 4 anos, programas de duração continuada;
O Legislativo não entra em recesso sem antes aprovar a LDO;
O orçamento anual − LOA pode autorizar operações de crédito por antecipação da receita.
b) O PPA apresenta as despesas de capital para os próximos 4 anos;

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A LDO apresenta critérios para subvencionar entidades do 3º setor;


A LOA evidencia as formas de limitação de empenho caso haja queda na receita prevista.
c) O PPA concede autorização para aumentar a remuneração dos servidores;
A LDO permite que o Município custeie serviços da competência da União;
A LOA contém o orçamento de investimentos das empresas estatais.
d) O PPA apresenta gastos decorrentes dos novos investimentos;
A LDO prevê horas extras quando superado o limite prudencial da despesa com pessoal;
O Legislativo não entra em recesso sem antes aprovar a LOA.
e) O PPA sinaliza as alterações na política tributária;
A LDO agrega o orçamento da seguridade social;
A LOA deve estar compatível com o PPA e a LDO.

De acordo com o § 1º do artigo 165 da CF/1988, o PPA apresenta os programas de duração


continuada, de quatro em quatro anos, como dispõe o § 2º, I do artigo 35 dos ADCTs.
Guarde também que os membros do Poder Legislativo (Deputados e Senadores) não podem
iniciar o recesso de julho sem antes aprovar a LDO. Tenha em mente que, no § 2º, II, do artigo
35 dos ADCTs, a LDO deve ser devolvida para sanção presidencial até o fim do primeiro período
da sessão legislativa. Nos termos do artigo 57 da CF/1988, especialmente em seu § 2º, isso
fica claro:

O Congresso nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de


1º de agosto a 22 de dezembro... § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação
do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
No que diz respeito à LOA, realmente ela pode trazer autorização para operações de crédito
por antecipação de receita, sendo uma das exceções ao princípio da exclusividade trazido pelo
§ 8º do art. 165 da Constituição.
Letra a.

118. (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR/2015) O orçamento é conceituado pela doutrina como


uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito concreto e com certo prazo de
vigência. Por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma lei autorizativa, porque autoriza a
Administração a praticar atos administrativos, assim como cobrar tributos e efetuar despesas.
Sobre as espécies de orçamento, é correto afirmar:
a) A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Orçamento Mis-
to, em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orça-
mentárias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para sua discussão e aprovação.
b) A Constituição Federal consagrou três espécies de leis orçamentárias, ou seja, Plano Plu-
rianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual, todas com a mesma duração

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no tempo, pois todas têm vigência de um ano, diferenciando, apenas, quanto ao conteúdo de
cada uma delas.
c) O Brasil adotou, em sua Constituição, o orçamento legislativo, cuja elaboração, discussão e
votação competem ao Poder Legislativo, cabendo ao Poder Executivo apenas a sua realização.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias se desdobra em três subespécies, a saber: lei de orça-
mento fiscal, lei de orçamento das empresas estatais e lei de orçamento da seguridade social.
e) A lei que instituir o Plano Plurianual compreenderá as metas de prioridade da Administra-
ção Federal, vedando, entretanto, a inclusão das despesas de capital para o exercício financei-
ro subsequente e consagrando, assim, o princípio da anualidade orçamentária.

Excelente questão para confirmar que o entendimento da FCC acompanha a doutrina no sen-
tido de que o Orçamento é uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito con-
creto e com certo prazo de vigência e que, por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma
lei autorizativa, porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim como
cobrar tributos e efetuar despesas.
Nessa linha de raciocínio, vamos analisar as alternativas e marcar a correta.
a) Certa. Realmente a Doutrina entende que o orçamento brasileiro é misto, já que o Poder
Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentárias e ao Poder
Legislativo cabe a sua discussão e aprovação, diferentemente dos modelos Legislativo e Exe-
cutivo, em que apenas um dos Poderes atua.
b) Errada. O PPA tem vigência de 4 anos, nos termos inciso I do § 2º do artigo 35 da ADCT
da CF/1988.
c) Errada. Como exposto antes, o modelo pátrio é o misto.
d) Errada. Quem se subdivide desse modo é a LOA e não a LDO, conforme § 5º do artigo 165
da CF/1988.
e) Errada. Quem tem essa incumbência é a LDO e não a LOA, conforme § 5º do artigo 165
da CF/1988.
Letra a.

119. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS/TÉCNICO/2019) No que se refere aos instrumentos


de planejamento de um ente público municipal, de acordo com a Constituição Federal de 1988,
a) a Lei Orçamentária Anual do referido ente deve compreender o Orçamento Fiscal, o Orça-
mento de Investimento das Empresas Dependentes e o Anexo das Metas Anuais, sendo que tal
lei não deve apresentar dispositivos estranhos à previsão das receitas e das despesas públicas.
b) a avaliação dos passivos contingentes referentes às demandas judiciais capazes de afetar as
contas públicas, informando sobre as providências a serem tomadas, caso se concretizem, deve
ser apresentada no Anexo de Riscos Fiscais contido na Lei Orçamentária Anual do referido ente.

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c) a Lei de Diretrizes Orçamentárias do referido ente deve conter reserva de contingência, cuja
forma de utilização e montante devem ser estabelecidos na Lei Orçamentária Anual, sendo que
tal reserva deve ser destinada ao atendimento de passivos contingentes trabalhistas.
d) a construção de uma escola para a abertura de 750 vagas no ensino fundamental, com
início das obras em outubro de 2019 e conclusão das mesmas prevista para outubro de 2023,
não poderá ser iniciada sem sua prévia inclusão no Plano Plurianual vigente do referido ente,
ou em lei que autorize a sua inclusão.
e) o Anexo de Metas Fiscais, contido na Lei Orçamentária Anual, deve apresentar a avaliação
da situação atuarial e o resultado patrimonial dos fundos públicos, bem como a compatibili-
dade da programação financeira com os objetivos e metas constantes no Demonstrativo de
Projeção de Resultados.

A situação apresentada na alternativa D refere-se a um investimento (execução de obras) com


prazo superior a um exercício financeiro (2019 a 2023). Seguindo o que determina a CF/1988,
essa obra não poderá ser iniciada sem sua prévia inclusão no PPA vigente do referido ente, ou
ainda em lei que autorize a sua inclusão. Confira o comendo constitucional:

Art. 167, § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
Letra d.

120. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS/TÉCNICO/2019) A Lei de Diretrizes Orçamentárias de


um determinado ente público municipal, de acordo com a Lei Complementar n. 101/2000, deve
a) conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com
os objetivos e metas constantes no Demonstrativo da Projeção de Resultados do referido ente.
b) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, bem como sobre normas relativas ao
controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos.
c) dispor sobre os procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e
técnicos decorrentes da execução orçamentária e financeira, sobre o exercício financeiro, bem
como sobre a organização da Lei Orçamentária Anual do referido ente.
d) compreender o Orçamento de Investimento das Empresas em que o referido ente, direta ou
indiretamente, detenha a maior parte do patrimônio.
e) compreender o demonstrativo relativo à apuração da receita corrente líquida bem como à
previsão de seu desempenho até o final do exercício a que se refere tal Lei de Diretrizes Orça-
mentárias.

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A LRF ampliou as atribuições da LDO e, nessa toada, a LDO de um determinado ente público
municipal deve dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, bem como sobre normas
relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos. Confira diretamente na LRF, com grifos nossos:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:


I – disporá também sobre:
a) equilíbrio entre receitas e despesas;
Letra b.

121. (FCC/PGE-AP/PROCURADOR/2018) Considere hipoteticamente que a Assembleia Le-


gislativa do Estado do Amapá, em sua última sessão no ano, tem como único item da pauta o
Projeto de Lei Orçamentária Anual. Iniciada a sessão, o relatório da Comissão é debatido, vo-
tado e o projeto é rejeitado. Concluída a sessão, a Assembleia entra em recesso parlamentar.
Nessa situação
a) não seria possível arrecadar impostos no exercício financeiro a que o projeto rejeitado se
refere enquanto a receita pública não seja devidamente autorizada com a aprovação da LOA.
b) constitui crime de responsabilidade dos Parlamentares não aprovar o projeto de lei orça-
mentária até o encerramento da sessão legislativa.
c) a Assembleia Legislativa não poderia ter entrado em recesso sem antes aprovar o Projeto
de Lei Orçamentária.
d) a LDO pode prever a execução do projeto não aprovado, à razão de um doze avos por mês,
para atendimento de certas despesas, tais como os débitos de precatórios.
e) se, até trinta dias antes do encerramento do exercício financeiro, o Poder Legislativo não
devolve o projeto de Lei Orçamentária para sanção, ele é promulgado como lei.

Vamos analisar as alternativas e marcar a correta.


a) Errada. Já que a autorização para arrecadação de impostos é feita pela Lei que cria o im-
posto, cabendo à LOA apenas fazer a previsão de receitas para suportar as despesas fixadas.
b) Errada. Já que, em verdade, não existe previsão de crime de responsabilidade pela não apro-
vação da LOA no prazo.
c) Errada. Já que, em verdade, a não aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias que impede
o recesso do Legislativo, não existe tal previsão para a LOA.
d) Certa. Já que a LDO orienta a elaboração da LOA e estabelece as regras para a execução do
orçamento enquanto a LOA não é aprovada.
e) Errada. Já que não existe tal previsão, ou seja, a LOA deve ser aprovada pelo Legislativo.
Letra d.

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122. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) A exclusão ou alteração de programas constantes da


Lei Estadual n. 17.543/2012 (Plano Plurianual do Estado de Goiás), ou a inclusão de novos
programas, será proposta pelo
a) Poder Executivo, por meio de projeto de lei de revisão global ou mediante leis específicas,
observadas as codificações de programas e ações do plano instituído pela referida Lei.
b) Poder Executivo, por meio de projeto de lei complementar de revisão parcial ou mediante
leis ordinárias específicas, observadas as codificações de programas e ações do plano institu-
ído pela referida Lei.
c) Poder Legislativo, por meio de Emenda à Constituição Estadual ou mediante leis comple-
mentares específicas, observadas as codificações de programas e ações do plano instituído
pela referida Lei.
d) Poder Legislativo, sendo que o projeto de inclusão de programas conterá, dentre outros
requisitos, a demonstração da compatibilidade com as diretrizes definidas no Plano Plurianual.
e) Poder Executivo, sendo que o projeto de inclusão de programas conterá, dentre outros re-
quisitos, a indicação, ainda que parcial, dos recursos que financiarão o programa no período de
vigência do Plano Plurianual.

Independente de conhecermos a mencionada Lei do Estado de Goiás, sabendo que a iniciativa


em matéria orçamentária é do Poder Executivo, podemos dizer que a ele cabe, por meio de pro-
jeto de lei de revisão global ou leis específicas, excluir ou alterar programas constantes no PPA.
Letra a.

123. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que diz respeito ao PPA e à LDO, julgue os


itens a seguir.
I – O PPA compreende as metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo
as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
II – A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – A LDO não trata de normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados
dos programas financiados com recursos dos orçamentos.

Assinale a opção correta.


a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

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Vamos avaliar os itens e marcar a alternativa correspondente:


I – Errado. Já que não é o PPA, mas a LDO que compreenderá tais itens. Confira na CF/1988,
com grifos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administra-


ção pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orien-
tará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
II – Certo. Veja acima que a LDO deve SIM dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – Errado. Já que a LDO deve sim dispor sobre tais normas. Conforme na LRF, com gri-
fos nossos:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição ...
(...)
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos;
Letra b.

124. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR/2019) A Emenda Constitucional (EC) n. 86/2015


criou dispositivos para regular a aprovação e a execução de emendas individuais ao projeto de
lei orçamentária.
De acordo com os dispositivos da EC n. 86/2015, o limite para aprovação das emendas indivi-
duais ao projeto de lei orçamentária corresponde a 1,2% da receita corrente líquida:
a) prevista no projeto de LOA;
b) prevista no projeto de LOA, corrigida pela meta de inflação;
c) realizada no exercício anterior;
d) realizada no exercício anterior, corrigida pela inflação do período;
e) sendo 50% para ações e serviços públicos de saúde.

O limite para aprovação das emendas individuais ao projeto de lei orçamentária corresponde a
1,2% da receita corrente líquida prevista no projeto de LOA. Confira na letra da CF/1988, com
grifos nossos:

Art. 166 § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de
1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encami-
nhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e servi-
ços públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 86, de 2015).
Letra a.
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125. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR/2019) Uma das inovações da Constituição da Re-


pública de 1988 em termos de planejamento foi a exigência da elaboração da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO), cujo conteúdo também foi tratado posteriormente na legislação comple-
mentar (LRF). Entre as atribuições da LDO está:
a) apresentar o orçamento fiscal, da seguridade social e de investimentos;
b) definir as políticas de aplicação e de financiamento das agências governamentais;
c) dispor sobre as alterações na legislação orçamentária;
d) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho;
e) orientar a elaboração do plano plurianual.

A LRF ampliou o rol de atribuições da LDO e, dentre elas, incluiu a função de estabelecer crité-
rios e forma de limitação de empenho.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Já que cabe à LOA apresentar o orçamento fiscal, da seguridade social e de investi-
mentos, e não à LDO.
b) Errada. Já que cabe à LDO estabelecer a política de aplicação das agências financeiras ofi-
ciais de fomento. Confira na CF/1988, com grifos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administra-


ção pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orien-
tará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
c) Errada. Já que a LDO dispõe sobre as alterações na legislação tributária.
e) Errada. Já que a LDO orienta a elaboração da LOA.
Letra d.

126. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR/2019) Conforme previsto na Constituição da Repú-


blica de 1988, o Plano Plurianual (PPA) é um dos instrumentos do planejamento público, que
estabelece “de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública
Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos progra-
mas de duração continuada”.
Em relação ao processo orçamentário do PPA e a sua vigência relativamente ao mandato do
chefe do Poder Executivo, é correto afirmar que:
a) sua vigência se confunde com o mandato, vigendo durante os quatro anos do governo;
b) entra em vigor no segundo ano do mandato, mantendo-se vigente até o final do primeiro
ano do mandato seguinte;
c) entra em vigor no terceiro ano do mandato, mantendo-se vigente até o final do segundo ano
do mandato seguinte;

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d) entra em vigor no quarto ano do mandato, mantendo-se vigente até o final do terceiro ano
do mandato seguinte;
e) tem a vigência prescrita em decreto específico do chefe do Poder Executivo, podendo va-
riar entre dois e quatro anos desde o início do mandato.

O projeto de PPA deve ser enviado ao Congresso Nacional no primeiro ano de mandato do go-
vernante eleito para valer nos 4 anos seguintes. Assim, a vigência do PPA vai do segundo ano
do mandato até o encerramento do primeiro exercício financeiro seguinte (já em outro manda-
to), conforme previsto no ADCT. Confira:

Art. 35. [...]


§ 2º, I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do man-
dato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do pri-
meiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
Letra b.

127. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR/2019) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)


é uma importante inovação trazida pela Constituição da República de 1988 ao ordena-
mento político brasileiro, estipulando metas e prioridades da Administração Pública.
Trata-se de uma de suas atribuições constitucionais:
a) conter reserva de contingência com a finalidade de atender aos passivos contingentes e
outros riscos fiscais imprevistos;
b) fixar prazos para elaboração das leis orçamentárias, enquanto não houver a edição de lei
ordinária específica para a matéria;
c) modificar e atualizar elementos materiais da legislação tributária;
d) dispor sobre alterações nas despesas de capital no exercício corrente;
e) estabelecer políticas de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Confira essa atribuição constitucional da LDO, com grifos nossos:

Art. 165, § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-


tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária
e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

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Agora vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. Já que conter reserva de contingência com a finalidade de atender aos passivos
contingentes e outros riscos fiscais imprevistos é uma das atribuições da LOA e não da LDO.
b) Errada. Já que a LDO, nessa seara, apenas traz orientações para a elaboração da LOA.
c) Errada. Já que a LDO apenas dispõe sobre alterações na legislação tributária.
d) Errada. Já que LDO compreende despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
Letra e.

128. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR/2019) Em um tribunal de contas há uma equi-


pe técnica responsável por avaliar a qualidade e a adequabilidade do conteúdo das pe-
ças orçamentárias dos entes jurisdicionados. Ao analisar a LDO de um ente, um técni-
co ponderou que um dos conteúdos não era compatível com a legislação pertinente.
Um item que pode ter chamado a atenção do técnico refere-se a:
a) condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas;
b) definição de limites para elaboração da proposta orçamentária do Poder Judiciário;
c) parâmetros para fixação das remunerações no âmbito do Poder Legislativo;
d) parâmetros para avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos
orçamentos;
e) proposição de metas de regionalização de despesas relativas aos programas de duração
continuada.

Com exceção do disposto na alternativa e, todas as outras estão corretas. Note, no caso da
letra E, que a proposição de metas de regionalização de despesas relativas aos programas de
duração continuada não tem compatibilidade com a LDO, mas sim com o PPA, conforme dis-
põe o artigo 165, § 1º, da CF/1988. Confira com grifos nossos:

Art. 165, § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretri-
zes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
Letra e.

129. (FCC/TRT6/TÉCNICO/2018) De acordo com o disposto na Constituição Federal, a Lei de


Diretrizes Orçamentárias deve contemplar:
I – as metas e prioridades da Administração para o exercício subsequente.
II – a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
III – demonstrativo dos efeitos de anistias, isenções e outros atos de renúncia fiscal.
Está correto o que se afirma APENAS
a) I e II.
b) I.
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c) III.
d) I e III.
e) II e III.

Tenha sempre em mente aquele artigo 165 da nossa Carta Magna que é o pai dos nossos
instrumentos orçamentários. Lembre-se de que foi o seu § 2º que estabeleceu as funções
da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Agora vamos julgar as assertivas e marcar a alterna-
tiva correspondente
I – Certa. Já que está de acordo com o mencionado dispositivo da CF/1988. Confira:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-


blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabe-
lecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

II – Certa. Já que também está de acordo com o mencionado dispositivo da CF/1988.


III – Errada. Já que a CF/1988 determina que o projeto de lei orçamentária seja acompanhado
pelo demonstrativo dos efeitos de anistias, isenções e outros atos de renúncia fiscal. Confira:

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Letra a.

130. (FCC/TRT15/ANALISTA/2018) Considere:


I – Diretrizes, objetivos e metas da Administração pública federal para as despesas de capital.
II – Despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
III – Demonstrativo regionalizado do efeito decorrente de isenções, anistias, remissões e subsídios.
É estabelecido pela Constituição Federal para constar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
o que consta APENAS de
a) I e III.
b) I.
c) III.
d) I e II.
e) II.

Vamos analisar as assertivas e marcar a alternativa correspondente.


I – Errada. Já que essa é uma característica do PPA e não da LDO, conforme dispõe a CF/1988:

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Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objeti-
vos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.

II – Certa. Considerando o disposto na CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
(…)
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-
blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabe-
lecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
III – Errada. Já que essa é uma característica da Lei Orçamentária Anual. Senão, vejamos, se-
gundo o esposado na CF 88:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
(…)
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,
sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
Letra e.

131. (FCC/ALESE/ANALISTA/2018) Suponha que o projeto de Lei Orçamentária Anual, em-


bora apresentado e apreciado, tenha sido rejeitado na votação em Plenário. Nesse caso, o
tratamento que o nosso ordenamento jurídico oferece para o impasse é:
a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias pode estabelecer regras para a execução provisória de
orçamento não sancionado.
b) O orçamento do ano anterior pode ser corrigido pelo índice oficial de inflação e executado à
razão de um doze avos ao mês.
c) Não é possível ao Poder Legislativo rejeitar o projeto de Lei Orçamentária.
d) O projeto de Lei Orçamentária fica tacitamente aprovado se não for apreciado até o final da
sessão legislativa.

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e) A Lei Orçamentária anterior permanece em vigor, sem qualquer prejuízo para arrecadação e
gastos públicos.

Tenha em mente que as regras para a execução provisória do orçamento não sancionado são
determinadas SOMENTE pela LDO do ano em referência, excluindo, assim, as demais alternativas.
Dessa forma, a LDO Federal de 2018, ou seja, a Lei n. 13.473/2017, determina as regras de
execução provisória do orçamento não sancionado no artigo 57. Confira:

Art. 57. Se o Projeto de Lei Orçamentária de 2018 não for sancionado pelo Presidente da Repú-
blica até 31 de dezembro de 2017, a programação dele constante poderá ser executada para o
atendimento de:
I – despesas com obrigações constitucionais ou legais da União relacionadas na Seção I do Anexo III
II – ações de prevenção a desastres classificadas na subfunção Defesa Civil;
III – concessão de financiamento ao estudante;
IV – dotações destinadas à aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde, classificadas
com o Identificador de Uso 6 – IU 6;
V – outras despesas correntes de caráter inadiável, até o limite de um doze avos do valor previsto
para cada órgão no Projeto de Lei Orçamentária de 2018, multiplicado pelo número de meses decor-
ridos até a data de publicação da respectiva Lei; e
VI – realização de eleições e continuidade da implantação do sistema de automação de identifica-
ção biométrica de eleitores pela Justiça Eleitoral.
Letra a.

132. (FCC/TRF5/ANALISTA/2017) Em 05/01/2017, um ente público promulgou e publicou


dispositivo legal que compreendia, entre outros conteúdos, o orçamento fiscal e o orçamento
de investimento das empresas em que detinha a maioria do capital social com direito a voto.
Estes orçamentos foram apresentados com as funções de reduzir desigualdades inter-regio-
nais, segundo critério populacional, conforme dispõe a Constituição Federal de 1988. O dispo-
sitivo legal promulgado e publicado corresponde
a) ao Plano Plurianual.
b) ao Relatório de Gestão Fiscal.
c) ao Relatório Resumido de Execução Orçamentária.
d) à Lei Orçamentária Anual.
e) à Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Para resolver essa questão vamos conjugar os parágrafos 5º e 7º do artigo 165 da nossa
Constituição Cidadã, que nos trazem importantes informações acerca da LOA. Confira:

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§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
(…)
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Note ainda que o Orçamento da Seguridade Social não tem essa função!
Letra d.

133. (FCC/ARTESP/ESPECIALISTA/2017) No ciclo orçamentário do setor público,


a) as metas fiscais são estabelecidas na Lei Orçamentária Anual e cumpridas na execução da
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
b) o Plano Plurianual fixa o planejamento para o curto e médio prazos.
c) o Plano Plurianual considera as despesas de duração continuada.
d) as metas fiscais são estabelecidas para os quatro anos seguintes, na Lei de Diretrizes
Orçamentárias.
e) a Lei de Diretrizes Orçamentárias não se comunica com a Lei Orçamentária Anual.

Vamos julgar as alternativas:


a) Errada. Inverteu os conceitos, ou seja, a LDO estabelece as metas fiscais e a execução que
é cumprida pela LOA.
b) Errada. O PPA fixa o planejamento para o médio e longo prazos, sendo o planejamento de
curto prazo (1 ANO) fixado pela LDO e LOA.
c) Certa. Está de acordo com o disposto no artigo 165 da CF/1988:

Art. 165. § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretri-
zes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.
d) Errada. A LDO fixa a meta para o exercício subsequente e o PPA que aos quatro anos
seguintes.
e) Errada. Uma das funções constitucionais da LDO é orientar a elaboração da Lei Orçamentá-
ria Anual. Confira:

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Art. 165. § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-
tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária
e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra c.

134. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) O Governo da União promoveu isenção, anistia, remissão e


subsídios para estimular a economia. Nesse caso, a Constituição Federal estabelece como
condição prévia
a) elaboração de demonstrativo regionalizado do efeito sobre as receitas e despesas, que deve
acompanhar o projeto da Lei Orçamentária Anual.
b) o limite de 0,5% da receita corrente líquida para isenção e anistia e de 1% para remissão
e subsídios.
c) a espera de 180 dias para a entrada em vigor dessa medida.
d) ter como beneficiários imediatos micro e pequenas empresas.
e) o limite de 1000 salários mínimos nacionais para a concessão dos benefícios.

A resposta da questão está no § 6º do artigo 165 da CF/1988:

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Letra a.

135. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) Em uma situação de crise fiscal, um dos efeitos mais senti-
dos é a queda da arrecadação tributária, fato que atinge todas as esferas de poder dos entes
federativos. Diante dessa situação, a Administração promoveu a alteração da legislação tribu-
tária por meio da lei orçamentária anual. Essa medida contrariou formalmente a Constituição
Federal que determina que
a) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é o
Plano Plurianual.
b) deficit de arrecadação não é fundamento legal para essa alteração.
c) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é a
Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) a alteração na legislação tributária somente seria possível no caso de criação de novo tributo.
e) o instrumento de planejamento correto para dispor acerca dessa espécie de alteração é o
Demonstrativo da Execução Orçamentária.

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A nossa CF/1988 atribuiu à Lei de Diretrizes Orçamentárias a função de dispor sobre as altera-
ções na legislação tributária. Confira com grifos nossos:

Art. 165. § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administra-


ção pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orien-
tará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra c.

136. (FCC/TST/ANALISTA/2017) A Constituição Federal dita a tramitação de projetos de lei


relativos ao Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e crédi-
tos adicionais e dispõe que
a) cabe ao Senado examinar e emitir parecer sobre esses projetos.
b) as emendas devem ser apresentadas no Plenário das duas casas do Congresso Nacional e
serão apreciadas na Comissão Mista permanente de Senadores e Deputados.
c) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja
alteração é proposta.
d) as emendas aos projetos somente podem ser aprovadas com a indicação dos recursos ne-
cessários, requisito dispensado no caso de despesa para educação e saúde.
e) a anulação de despesa não é considerada fonte de recursos para fins de aprovação
de emendas.

De acordo com parágrafo 5º do artigo 166 da nossa Carta Magna, “o Presidente da República
poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos en-
quanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta”.
Vamos apontar os erros das outras alternativas:
a) Errada. Na verdade, a emissão de parecer cabe a comissão mista permanente de Senadores
e Deputados – CMO.
b) Errada. Na verdade, as emendas são apresentadas na Comissão mista.
d) Errada. Inexiste a exceção para despesas com educação e saúde.
e) Errada. Sim, é admitida a anulação de despesa para emendas.
Letra c.

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137. (FCC/TST/TÉCNICO/2017) Considere:


I – O orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Admi-
nistração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto.
Conforme estabelecido na Constituição Federal, uma das funções desses orçamentos,
compatibilizados com o Plano Plurianual, é
a) estabelecer benefícios fiscais aos entes federativos com menor arrecadação.
b) promover o orçamento sustentável dos órgãos da Administração direta e indireta da União.
c) priorizar a alocação de verbas a fundos e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
d) indicar parâmetros para o estabelecimento de metas fiscais.
e) reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

O § 5º do artigo 165 da CF/1988 nos revela que a LOA é formada pelos orçamentos fiscal, de
investimentos e da seguridade social. Confira com grifos nossos:

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

Além disso, o § 7º do mesmo artigo nos diz que:

§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional.

Assim, podemos concluir tranquilamente que uma das funções do PPA em conjunto com
o orçamento fiscal e de investimentos é reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.
Letra e.

138. (FCC/TRF3/ANALISTA/2016) Nos termos da Constituição Federal é conteúdo da Lei Or-


çamentária Anual:
I – Orçamento fiscal referente aos fundos da União.
II – O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, dete-
nha a maioria do capital social com direito a voto.
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III – Autorização para abertura de créditos suplementares.


IV – Autorização para contratação de operação de crédito por antecipação de receita.
V – Critérios e formas para limitação de empenho.
Está correto o que consta APENAS em
a) I, II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) I, III, IV e V.
d) I, II, IV e V.
e) I, II, III e V.

Vamos avaliar as assertivas e marcar a alternativa correspondente:


I – Certa. De acordo com o inciso I do parágrafo 5º do artigo 165 da CF/1988, o orçamento
fiscal referente aos fundos da União faz parte da Lei Orçamentária Anual.
II – Certa. De acordo com o inciso II do parágrafo 5º do artigo 165 da CF/1988, o orçamento
de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto.
III – Certa. Veja o que diz parágrafo 8º do artigo 165 da CF/1988, com grifos nossos:

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-
sa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contrata-
ção de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

IV – Certa. A autorização para contratação de operação de crédito por antecipação de recei-


ta é uma exceção ao princípio da exclusividade, como diz o parágrafo o 8º do artigo 165 da
CF/1988, com grifos nossos:

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despe-
sa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contrata-
ção de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

V – Errada. Já que é a LDO que dispõe sobre os critérios e formas para limitação de empenho,
e não a LOA.
Letra a.

139. (FCC/TRT14/ANALISTA/2016) Em relação à Lei de Diretrizes Orçamentárias − LDO, é


correto afirmar:
a) Compreende todas as receitas e despesas para o período de um ano, sendo considerada
instrumento de planejamento operacional.
b) Consolida, qualifica e dimensiona a programação de governo para os quatro anos subsequentes.

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c) Estabelece metas e prioridades, na programação de governo, para o ano subsequente.


d) É o documento básico para o exercício da atividade financeira e integra os orçamentos fis-
cal, da seguridade social e de investimentos.
e) Sua vigência é de quatro anos e tem a função de orientar a elaboração dos demais planos e
programas de governo.

A questão exigiu do candidato a noção da literalidade do § 2º do artigo 165 da CF/1988, que


nos diz que

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública


federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elabo-
ração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Vamos agora comentar as demais alternativas:


a) Errada. Essa é uma atribuição da LOA e não da LDO.
b) Errada. Quem dura 4 anos é o PPA e não a LDO.
d) Errada. Esse documento é a LOA e não a LDO.
e) Errada. Quem dura 4 anos é o PPA e não a LDO.
Letra c.

140. (FCC/TRT20/ANALISTA/2016) De acordo com a Constituição Federal, o diploma legal


que, entre outras coisas, compreende as metas e prioridades da administração pública federal,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, que dispõe sobre as
alterações na legislação tributária e que estabelece a política de aplicação das agências finan-
ceiras oficiais de fomento é
a) a Lei de Responsabilidade Fiscal.
b) a Lei que institui o Plano Plurianual.
c) a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) o Código Tributário Nacional.
e) a Lei Orçamentária Anual.

Basta saber a literalidade do § 2º do artigo 165 da CF/1988 para responder essa ques-
tão. Confira:

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública


federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elabo-
ração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

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Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. Em verdade, a LRF estabelece normas de finanças públicas voltadas para a respon-
sabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
b) Errada. A definição do PPA é a que consta no o § 1º do artigo 165 da CF/1988:

A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e
para as relativas aos programas de duração continuada.
d) Errada. Em verdade, o CTN “dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas
gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios”.
e) Errada. A LOA, conforme o § 5º do artigo 165 da CF/1988, compreende:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
Letra c.

141. (FCC/TRT23/ANALISTA/2016) A Lei de Diretrizes Orçamentárias, instituída pela Cons-


tituição Federal, é o instrumento norteador da elaboração da Lei Orçamentária Anual, quando
dispõe, no âmbito da União, para cada exercício financeiro sobre:
I – As diretrizes, os objetivos e as metas da Administração pública.
II – A fixação de percentual máximo de endividamento para cada mandato presidencial.
III – As alterações na legislação tributária.
IV – A política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento.
V – As despesas com pessoal e encargos sociais.
Está correto o que consta APENAS em
a) II e IV.
b) III e IV.
c) III, IV e V.
d) I, II e V.
e) I, III e V.

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Podemos usar a literalidade do MTO – Manual Técnico de Orçamento para resolver essa ques-
tão. Veja em negrito a resposta da questão, onde destacamos os trechos correspondentes às
assertivas III, IV e V:

Instituída pela CF, a LDO é o instrumento norteador da elaboração da LOA na medida em que dispõe,
para cada exercício financeiro sobre:
– as prioridades e metas da Administração Pública Federal;
– a estrutura e organização dos orçamentos;
– as diretrizes para elaboração e execução dos orçamentos da União e suas alterações;
– a dívida pública federal;
– as despesas da União com pessoal e encargos sociais;
– a política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento;
– as alterações na legislação tributária da União; e
– a fiscalização pelo Poder Legislativo sobre as obras e os serviços com indícios de irregularidades graves.
Letra c.

142. (FCC/PGE-MT/ANALISTA/2016) Considerando os termos da Constituição Federal e dos


demais atos do atual ordenamento jurídico no Brasil, a iniciativa para a proposta do Conjunto
de Leis que estruturam e definem os planos, as diretrizes e o orçamento público é do
a) Poder Judiciário.
b) Poder Legislativo.
c) Poder Executivo.
d) Ministério Público de Contas.
e) Tribunal de Contas.

Os chamados instrumentos orçamentários, previstos no artigo 165, incisos I a III da Constitui-


ção Federal de 1988, deixa claro que a sua iniciativa legislativa é do Poder Executivo. Confira:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Letra c.

143. (FCC/CREMESP/ANALISTA/2016) De acordo com as disposições da Constituição Federal,


a Lei Orçamentária Anual não poderá conter dispositivo estranho à previsão de receita e à fixação
de despesa. Estabelece, contudo, algumas exceções a tal vedação, entre as quais,

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a) hipóteses de utilização da reserva de contingência.


b) limites e critérios para concessão de benefícios fiscais.
c) autorização para cancelamento de restos a pagar.
d) fixação de limites para ampliação de gastos com pessoal.
e) autorização para abertura de créditos suplementares.

A resposta da questão está no § 8º do artigo 165 da CF/1988. Confira:

A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da des-
pesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contra-
tação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Note que as demais situações previstas nas demais alternativas não estão presentes no dispo-
sitivo que nos apresenta o princípio da exclusividade e suas 2 exceções.
Letra e.

144. (FCC/SEMPLAN-TERESINA/ANALISTA/2016) A Lei de Diretrizes Orçamentárias é um


elemento fundamental para as atividades financeiras públicas. No campo federal, ela
a) estabelece diretrizes para a Administração pública observar nos quatro anos seguintes.
b) mantém independência do Plano Plurianual, tendo em vista que as prioridades contidas nas
duas não se comunicam.
c) fixa as metas e prioridades da Administração pública Federal para o exercício financeiro
subsequente.
d) inclui a fixação das despesas correntes e exclui as despesas de capital, que estão fixadas
no Plano Plurianual.
e) deve contemplar o resultado fiscal nominal, que considera as receitas e as despesas, ex-
cluindo as despesas com juros da dívida pública.

Vamos responder com base na literalidade do § 2º do artigo 165 da nossa CF/1988. Confira
novamente tal dispositivo:

A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública


federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elabo-
ração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá
a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

Vamos agora comentar as demais alternativas:


a) Errada. Refere-se ao PPA (4 anos) e não à LDO (anual).
b) Errada. Existe dependência (1 PPA gera 4 LDOs).

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d) Errada. Refere-se a LOA e não à LDO.


e) Errada. O resultado primário que exclui as despesas com juros da dívida pública, enquanto
o resultado nominal não.
Letra c.

145. (FCC/DPE-SP/AGENTE/2015) No que tange aos instrumentos de planejamento e orça-


mento, segundo a Constituição Federal, o Plano Plurianual
a) será elaborado no primeiro ano de mandato presidencial e terá vigência até o final do primei-
ro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente.
b) estabelecerá, para cada exercício financeiro, todas as despesas relativas às dívidas públicas
interna e externa e as receitas que as atenderão.
c) estabelecerá as metas e prioridades da Administração pública, orientando a elaboração da
Lei Orçamentária Anual e as alterações na legislação tributária.
d) compreenderá o orçamento fiscal referente aos três Poderes, seus fundos, órgãos e entidades
da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.
e) será elaborado no último ano de mandato presidencial, para vigorar no primeiro ano de man-
dato presidencial subsequente, com vigência de quatro anos.

Como prevê o artigo 35, § 2º, I do ADCT da nossa CF/1988:

O projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Vamos apontar as incorreções das demais alternativas:


b) Errada. Inexiste essa definição no PPA.
c) Errada. Essas são matérias tratadas na LDO e não no PPA.
d) Errada. Essas são matérias tratadas na LOA e não no PPA.
e) Errada. Em verdade, é elaborado no primeiro ano de mandato do presidente, para vigorar no
segundo ano de mandato presidencial, com vigência de quatro anos.
Letra a.

146. (FCC/DPE-SP/AGENTE/2015) Os instrumentos de planejamento público estão previstos


na Constituição Federal, entre eles, a Lei de Diretrizes Orçamentárias. As emendas ao projeto
de lei de diretrizes orçamentárias, segundo a Constituição Federal, não poderão ser aprovadas
quando incompatíveis com
a) a Lei Orçamentária Anual.
b) o Plano Plurianual.
c) a Lei de Responsabilidade Fiscal.

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d) o anexo de metas fiscais.


e) a política de equilíbrio das contas públicas.

Repare que a FCC cobrou a literalidade do artigo 166, § 4º da Constituição Federal de


1988. Confira:

§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
Letra b.

147. (FCC/MPE-PB/ANALISTA/2015) O instrumento de planejamento pelo qual devem ser


previstos os objetivos, diretrizes e metas da Administração pública para as despesas relativas
aos programas de duração continuada é o
a) Plano Plurianual.
b) Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) Lei Orçamentária Anual.
d) Plano Diretor.
e) Anexo de Riscos Fiscais.

Trata-se do PPA, que é o instrumento orçamentário responsável por estabelece as diretrizes,


objetivos e metas para administração pública para as despesas relativas aos programas de
duração continuada.
Letra a.

148. (FCC/DPE-RR/TÉCNICO/2015) Acerca dos Instrumentos de Planejamento previstos na


Constituição Federal, as metas e prioridades da administração, incluindo as despesas de capi-
tal para o exercício financeiro subsequente, serão estabelecidas
a) na lei do Plano Plurianual.
b) no anexo de riscos fiscais.
c) na Lei Orçamentária Anual.
d) na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
e) no plano de investimentos.

Falou em metas e prioridades, falou em LDO! Veja no quadro abaixo o comparativo resumido
dos 3 instrumentos orçamentários:

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Base Legal

Constituição Federal/Estadual

Lei Complementar de Finanças


LRF
Públicas/Lei n. 4.320/1964

PPA LDO LOA

PPA - Define as políticas públicas consubstanciadas nos


programas, com metas e indicadores, pelo período de 4 anos.

LDO – Estabelece as metas e prioridades da administração pública para


cada ano e orienta a elaboração do Orçamento.

LOA - Disciplina todos os programas e ações no exercício, provendo recur-


sos para a execução das ações necessárias ao alcance das metas.

Letra d.

149. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) De acordo com a Constituição Federal, a atribuição para


I – estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pú-
blica federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada, bem como
II – fixar as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de ca-
pital para o exercício financeiro subsequente, orientar a elaboração da lei orçamentária anual,
dispor sobre as alterações na legislação tributária e estabelecer a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento
São, respectivamente, da
a) I. Lei de Diretrizes Orçamentárias e da
II – Lei que institui o Plano Plurianual.
b) I. Lei que estabelece Orçamento Anual e da
II – Lei que institui o Plano Plurianual.
c) I. Lei que institui o Plano Plurianual e da
II – Lei de Diretrizes Orçamentárias.
d) I. Lei de Diretrizes Orçamentárias e da
II – Lei que estabelece Orçamento Anual.

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e) I. Lei que institui o Plano Plurianual e da


II – Lei que estabelece Orçamento Anual.

A resposta está nos § s 1º e 2º do artigo 165 da CF/1988. Confira com grifos nossos:

Art. 165. (…)


§ 1º – A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, obje-
tivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2º – A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará
a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-
belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Letra c.

150. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) Considerando o Plano Plurianual − PPA, a Lei de Diretri-


zes Orçamentárias − LDO e a Lei Orçamentária Anual − LOA, é correto afirmar que:
a) O PPA evidencia, para 4 anos, programas de duração continuada;
O Legislativo não entra em recesso sem antes aprovar a LDO;
O orçamento anual − LOA pode autorizar operações de crédito por antecipação da receita.
b) O PPA apresenta as despesas de capital para os próximos 4 anos;
A LDO apresenta critérios para subvencionar entidades do 3º setor;
A LOA evidencia as formas de limitação de empenho caso haja queda na receita prevista.
c) O PPA concede autorização para aumentar a remuneração dos servidores;
A LDO permite que o Município custeie serviços da competência da União;
A LOA contém o orçamento de investimentos das empresas estatais.
d) O PPA apresenta gastos decorrentes dos novos investimentos;
A LDO prevê horas extras quando superado o limite prudencial da despesa com pessoal;
O Legislativo não entra em recesso sem antes aprovar a LOA.
e) O PPA sinaliza as alterações na política tributária;
A LDO agrega o orçamento da seguridade social;
A LOA deve estar compatível com o PPA e a LDO.

De acordo com o § 1º do artigo 165 da CF/1988, o PPA apresenta os programas de duração


continuada, de quatro em quatro anos, como dispõe o § 2º, I, do artigo 35 dos ADCTs.
Guarde também que os membros do Poder Legislativo (Deputados e Senadores) não podem
iniciar o recesso de julho sem antes aprovar a LDO. Tenha em mente que, no § 2º, II, do arti-
go 35 dos ADCTs, a LDO deve ser devolvida para sanção presidencial até o fim do primeiro

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período da sessão legislativa. Nos termos do artigo 57 da CF/1988, especialmente em seu


§ 2º, isso fica claro:

O Congresso nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de


1º de agosto a 22 de dezembro… § 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação
do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

No que diz respeito à LOA, realmente, ela pode trazer autorização para operações de crédito
por antecipação de receita, sendo uma das exceções ao princípio da exclusividade trazido pelo
§ 8º do art. 165 da Constituição.
Letra a.

151. (FCC/TCM-RJ/PROCURADOR/2015) O orçamento é conceituado pela doutrina como


uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito concreto e com certo prazo de
vigência. Por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma lei autorizativa, porque autoriza a
Administração a praticar atos administrativos, assim como cobrar tributos e efetuar despesas.
Sobre as espécies de orçamento, é correto afirmar:
a) A doutrina afirma que a Constituição Federal brasileira adotou o chamado Orçamento Misto,
em que o Poder Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentá-
rias e o envio destes projetos ao Poder Legislativo, para sua discussão e aprovação.
b) A Constituição Federal consagrou três espécies de leis orçamentárias, ou seja, Plano Pluria-
nual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual, todas com a mesma duração
no tempo, pois todas têm vigência de um ano, diferenciando, apenas, quanto ao conteúdo de
cada uma delas.
c) O Brasil adotou, em sua Constituição, o orçamento legislativo, cuja elaboração, discussão e
votação competem ao Poder Legislativo, cabendo ao Poder Executivo apenas a sua realização.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias se desdobra em três subespécies, a saber: lei de orçamen-
to fiscal, lei de orçamento das empresas estatais e lei de orçamento da seguridade social.
e) A lei que instituir o Plano Plurianual compreenderá as metas de prioridade da Administração
federal, vedando, entretanto, a inclusão das despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente e consagrando, assim, o princípio da anualidade orçamentária.

Excelente questão para confirmar que o entendimento da FCC acompanha a doutrina no sen-
tido de que o Orçamento é uma lei formal, especial (trata de matéria específica), de efeito con-
creto e com certo prazo de vigência e que, por isso, sua natureza jurídica é de “lei”, sendo uma
lei autorizativa, porque autoriza a Administração a praticar atos administrativos, assim como
cobrar tributos e efetuar despesas.
Nessa linha de raciocínio, vamos analisar as alternativas e marcar a correta.

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a) Certa. Realmente a Doutrina entende que o Orçamento brasileiro é Misto, já que o Poder
Executivo tem a competência para elaboração dos projetos de leis orçamentárias e ao Poder
Legislativo cabe a sua discussão e aprovação, diferentemente dos modelos Legislativo e Exe-
cutivo, em que apenas um dos Poderes atua.
b) Errada. O PPA tem vigência de 4 anos, nos termos inciso I do § 2º do artigo 35 da ADCT
da CF/1988.
c) Errada. Como exposto antes, o modelo pátrio é o misto.
d) Errada. Quem se subdivide desse modo é a LOA e não a LDO, conforme § 5º do artigo 165
da CF/1988.
e) Errada. Quem tem essa incumbência é a LDO e não a LOA, conforme § 5º do artigo 165
da CF/1988.
Letra a.

152. (FCC/TRE-PE/ANALISTA) O instrumento que contém a previsão de receita e a fixação


da despesa para um determinado exercício, elaborado em consonância com a LDO – Lei de
Diretrizes Orçamentárias, é denominado
a) leverage financeiro.
b) cash-flow.
c) orçamento público.
d) contabilidade pública.
e) programa de governo.

Sem dúvida é o orçamento público é o instrumento que contém a previsão da receita e a fixa-
ção da despesa. Ele deve ser elaborado em consonância com o PPA e com a LDO, já que as
autorizações de gastos se vinculam às diretrizes, aos objetivos e às metas estipuladas no PPA
e às metas e prioridades da LDO.
Letra c.

153. (FCC/TRF1/ANALISTA/2011) O Plano Plurianual é um instrumento que expressa o pla-


nejamento para quatro anos. Assim, no âmbito federal, o projeto do Plano Plurianual será en-
caminhado até
a) quatro meses antes do encerramento do segundo exercício financeiro de mandato presiden-
cial e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
b) três meses antes do encerramento do segundo exercício financeiro de mandato presidencial
e devolvido para sanção até trinta dias do encerramento da sessão legislativa.
c) quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro de mandato presiden-
cial e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

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d) cento e oito dias antes do encerramento do primeiro exercício financeiro de mandato presi-
dencial e devolvido para sanção até trinta dias do encerramento da sessão legislativa.
e) quatro meses antes do encerramento do último ano de mandato presidencial e devolvido
para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Importante destacar que em âmbito federal os prazos relativos ao ciclo orçamentário estão
dispostos no § 2º, incisos I a III, do artigo 35 do Ato das Disposições Constitucionais Transitó-
rias (ADCT). Confira com grifos nossos:

§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-
cidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do man-
dato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro perí-
odo da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-
mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Assim, não resta dúvida que o Plano Plurianual é um instrumento que expressa o planejamen-
to para quatro anos e, no âmbito federal, o projeto do Plano Plurianual será encaminhado até
quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro de mandato presidencial
e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Letra c.

154. (FCC/PREF MANAUS/TÉCNICO/2019) No que se refere aos instrumentos de planeja-


mento de um ente público municipal, de acordo com a Constituição Federal de 1988,
a) a Lei Orçamentária Anual do referido ente deve compreender o Orçamento Fiscal, o Orçamento
de Investimento das Empresas Dependentes e o Anexo das Metas Anuais, sendo que tal lei não
deve apresentar dispositivos estranhos à previsão das receitas e das despesas públicas.
b) a avaliação dos passivos contingentes referentes às demandas judiciais capazes de afetar as
contas públicas, informando sobre as providências a serem tomadas, caso se concretizem, deve
ser apresentada no Anexo de Riscos Fiscais contido na Lei Orçamentária Anual do referido ente.
c) a Lei de Diretrizes Orçamentárias do referido ente deve conter reserva de contingência, cuja
forma de utilização e montante devem ser estabelecidos na Lei Orçamentária Anual, sendo que
tal reserva deve ser destinada ao atendimento de passivos contingentes trabalhistas.
d) a construção de uma escola para a abertura de 750 vagas no ensino fundamental, com início
das obras em outubro de 2019 e conclusão das mesmas prevista para outubro de 2023, não

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poderá ser iniciada sem sua prévia inclusão no Plano Plurianual vigente do referido ente, ou em
lei que autorize a sua inclusão.
e) o Anexo de Metas Fiscais, contido na Lei Orçamentária Anual, deve apresentar a avaliação
da situação atuarial e o resultado patrimonial dos fundos públicos, bem como a compatibili-
dade da programação financeira com os objetivos e metas constantes no Demonstrativo de
Projeção de Resultados.

A situação apresentada na alternativa D refere-se a um investimento (execução de obras) com


prazo superior a um exercício financeiro (2019 a 2023). Seguindo o que determina a CF/1988,
essa obra não poderá ser iniciada sem sua prévia inclusão no PPA vigente do referido ente, ou
ainda em lei que autorize a sua inclusão. Confira o comendo constitucional:

Art. 167. § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
Letra d.

155. (FCC/PREF MANAUS/TÉCNICO/2019) A Lei de Diretrizes Orçamentárias de um determi-


nado ente público municipal, de acordo com a Lei Complementar no 101/2000, deve
a) conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os
objetivos e metas constantes no Demonstrativo da Projeção de Resultados do referido ente.
b) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas bem como sobre normas relativas ao
controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos
dos orçamentos.
c) dispor sobre os procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e
técnicos decorrentes da execução orçamentária e financeira, sobre o exercício financeiro bem
como sobre a organização da Lei Orçamentária Anual do referido ente.
d) compreender o Orçamento de Investimento das Empresas em que o referido ente, direta ou
indiretamente, detenha a maior parte do patrimônio.
e) compreender o demonstrativo relativo à apuração da receita corrente líquida bem como
à previsão de seu desempenho até o final do exercício a que se refere tal Lei de Diretrizes
Orçamentárias.

A LRF ampliou as atribuições da LDO e, nessa toada, a LDO de um determinado ente público
municipal deve dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas bem como sobre normas
relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com
recursos dos orçamentos. Confira diretamente na LRF, com grifos nossos:

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Art. 4 A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2 do art. 165 da Constituição e:
º º

I – disporá também sobre:


a) equilíbrio entre receitas e despesas;
Letra b.

156. (FCC/PGE-AP/PROCURADOR/2018) Considere hipoteticamente que a Assembleia Le-


gislativa do Estado do Amapá, em sua última sessão no ano, tem como único item da pauta o
Projeto de Lei Orçamentária Anual. Iniciada a sessão, o relatório da Comissão é debatido, vo-
tado e o projeto é rejeitado. Concluída a sessão, a Assembleia entra em recesso parlamentar.
Nessa situação
a) não seria possível arrecadar impostos no exercício financeiro a que o projeto rejeitado se
refere enquanto a receita pública não seja devidamente autorizada com a aprovação da LOA.
b) constitui crime de responsabilidade dos Parlamentares não aprovar o projeto de lei orça-
mentária até o encerramento da sessão legislativa.
c) a Assembleia Legislativa não poderia ter entrado em recesso sem antes aprovar o Projeto
de Lei Orçamentária.
d) a LDO pode prever a execução do projeto não aprovado, à razão de um doze avos por mês,
para atendimento de certas despesas, tais como os débitos de precatórios.
e) se, até trinta dias antes do encerramento do exercício financeiro, o Poder Legislativo não
devolve o projeto de Lei Orçamentária para sanção, ele é promulgado como lei.

Vamos analisar as alternativas e marcar a correta.


a) Errada. A autorização para arrecadação de impostos é feita pela Lei que cria o imposto, ca-
bendo a LOA apenas fazer a previsão de receitas para suportar as despesas fixadas.
b) Errada. Em verdade, não existe previsão de crime de responsabilidade pela não aprovação
da LOA no prazo.
c) Errada. Em verdade, a não aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias que impede o reces-
so do Legislativo, não existe tal previsão para a LOA.
d) Certa. A LDO orienta a elaboração da LOA e estabelece as regras para a execução do orça-
mento enquanto a LOA não é aprovada.
e) Errada. Não existe tal previsão, ou seja, a LOA deve ser aprovada pelo Legislativo.
Letra d.

157. (FCC/TCM-GO/AUDITOR/2015) A exclusão ou alteração de programas constantes da


Lei Estadual n. 17.543/2012 (Plano Plurianual do Estado de Goiás), ou a inclusão de novos
programas, será proposta pelo
a) Poder Executivo, por meio de projeto de lei de revisão global ou mediante leis específicas,
observadas as codificações de programas e ações do plano instituído pela referida Lei.

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b) Poder Executivo, por meio de projeto de lei complementar de revisão parcial ou mediante leis
ordinárias específicas, observadas as codificações de programas e ações do plano instituído
pela referida Lei.
c) Poder Legislativo, por meio de Emenda à Constituição Estadual ou mediante leis comple-
mentares específicas, observadas as codificações de programas e ações do plano instituído
pela referida Lei.
d) Poder Legislativo, sendo que o projeto de inclusão de programas conterá, dentre outros re-
quisitos, a demonstração da compatibilidade com as diretrizes definidas no Plano Plurianual.
e) Poder Executivo, sendo que o projeto de inclusão de programas conterá, dentre outros requi-
sitos, a indicação, ainda que parcial, dos recursos que financiarão o programa no período de
vigência do Plano Plurianual.

Independente de conhecermos a mencionada Lei do Estado de Goiás, sabendo que a iniciativa


em matéria orçamentária é do Poder Executivo, podemos dizer que a ele cabe, por meio de pro-
jeto de lei de revisão global ou leis específicas, excluir ou alterar programas constantes no PPA.
Letra a.

158. (CESPE/COGE-CE/AUDITOR/2019) No que diz respeito ao PPA e à LDO, julgue os


itens a seguir.
I – O PPA compreende as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
II – A LDO deve dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – A LDO não trata de normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados
dos programas financiados com recursos dos orçamentos.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

Vamos avaliar os itens e marcar a alternativa correspondente:


I – Errado. Já que não é o PPA, mas A LDO que compreenderá tais itens. Confira na CF/1988,
com grifos nossos:

Art. 165. § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da adminis-


tração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,

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orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária
e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento”.

II – Certo. Veja acima que a LDO deve SIM dispor sobre as alterações na legislação tributária.
III – Errado. Já que a LDO deve sim dispor sobre tais normas. Conforme na LRF, com grifos nossos:

Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição…


e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados
com recursos dos orçamentos;
Letra b.

159. (CESPE/TCE-PE/ANALISTA/2017) A respeito do ciclo, do processo e dos princípios do


orçamento público, julgue o item subsequente.
As metas e os riscos fiscais são gerados na etapa de planejamento do processo de elaboração
do orçamento anual.

Na verdade, as metas e os riscos fiscais, documentados no anexo de metas fiscais e de riscos


fiscais, integram a LDO.
Errado.

160. (CESPE/TCE-PE/AUDITOR/2017) Acerca dos instrumentos de planejamento e orçamen-


to, julgue o item a seguir.
No plano plurianual, é vedada a regionalização de metas por meio de critérios que abranjam
territórios maiores que as macrorregiões econômicas.

Em verdade, não existe essa vedação, existindo inclusive no manual de elaboração do PPA
federal uma indicação para que os programas possuam metas regionalizadas, sendo que a
regionalização será expressa em macrorregiões, estados ou municípios.
Errado.

161. (CESPE/TRE-PE/ANALISTA/2017) Julgue:


O plano plurianual estabelece diretrizes nacionais para as despesas de capital e para os pro-
gramas de duração continuada.

Importante destacar que o PPA federal não contempla Diretrizes, nacionais, já que não contem-
pla as Diretrizes das demais esferas de governo, já que cada ente possui seu respectivo PPA.
Errado.

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162. (CESPE/PREF FORTALEZA/PROCURADOR/2017) Julgue:


Na LDO será estabelecida a política de aplicação a ser executada pelas agências oficiais de fomento.

Verdade, de acordo § 2º do artigo 165 da CF/1988:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pú-


blica federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabe-
lecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Certo.

163. (CESPE/TCE-PR/CONSELHEIRO SUBSTITUTO/2016) Julgue:


De acordo com a CF, alterações na legislação tributária da União devem ser processadas em
conformidade com princípios e determinações contidos na LOA.

Opa! Devem estar de acordo com a LDO e não com a LOA, de acordo com o artigo 165
da CF/1988:

§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração


pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará
a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e esta-
belecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
Errado.

164. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) No que se refere aos planos nacionais, regionais e seto-


riais, julgue o próximo item.
De acordo com a Constituição Federal, os planos e os programas nacionais, regionais e seto-
riais devem ser elaborados em consonância com o plano plurianual (PPA) e apreciados pelo
Congresso Nacional. Devido à sua relação com o PPA, os programas nacionais, regionais e
setoriais não podem ter duração superior a quatro anos.

Realmente, os planos e programas nacionais, regionais e setoriais devem estar compatíveis


com o PPA, de modo que exista coerência entre ambos, entretanto, não existe limitação de
tempo para os programas nacionais, regionais e setoriais, já que própria CF/1988 não traz tal
limitação de prazo de duração.
Errado.

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165. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) Julgue:


O PPA possui duração de quatro anos, com vigência até o final do mandato presidencial sub-
sequente, devendo ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvido para a sanção até o encerramento da sessão legislativa.

Na verdade, a vigência do PPA é de quatro anos, mas inicia-se no segundo exercício financeiro
do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exercício financeiro do mandato
subsequente, ou seja, não tem vigência apenas até o final do mandato presidencial subsequen-
te, mas sim no fim do primeiro ano do posterior mandatário, pois começa a vigorar no segundo
ano de mandato de cada governante.
Guarde, portanto, que o tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe
do Executivo, já que o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segun-
do ano, somente se encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.
Errado.

166. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) A respeito da administração financeira e orçamentária,


julgue o item a seguir.
As empresas públicas que recebem da União recursos financeiros para pagamento de despesas
com pessoal ou de custeio em geral estão obrigatoriamente incluídas no orçamento fiscal.

Vamos aproveitar essa questão para rever o artigo 165, § 5º, da nossa CF/1988 (com gri-
fos nossos):

§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.

Nesse contexto, é importante saber que a LRF apresentou o conceito de Empresa Estatal
(integra a Administração Indireta) dependente:

Empresa estatal dependente é a empresa controlada que receba do ente controlador recursos fi-
nanceiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital,
excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária.

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Assim, na questão temos uma empresa estatal dependente, que, portanto, estará no orçamen-
to fiscal e não no de investimento em empresas estatais.
Certo.

167. (CESPE/MPU/ANALISTA/2015) A respeito da administração financeira e orçamentária,


julgue o item a seguir.
O efeito regionalizado de benefícios tributários concedidos pelo governo federal que resultem
em isenção ou anistia deverá ser incluído no projeto de lei orçamentária anual.

Sim, a diminuição das desigualdades regionais como um dos objetivos do Orçamento está
prevista no artigo, 165, § 6º. Confira a sua literalidade, com grifos nossos, que confirma a ve-
racidade da assertiva:

§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito,


sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Certo.

168. (CESPE/DPU/AGENTE/2016) Julgue:


As diretrizes orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do Poder Executivo.

Cobra o caput do artigo 165 da CF/1988. Veja:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
Certo.

169. (CESPE/ICMBIO/ANALISTA/2014) Julgue:


O período do plano plurianual (PPA) coincide com o período do mandato do chefe do Poder
Executivo.

Esse tema não cai, ele despenca em prova!


Não podemos errar se cair na nossa!
O tempo de vigência de um PPA não coincide com o mandato do chefe do Executivo, já que
o PPA é elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano, somente se
encerrando no fim do primeiro ano do governo seguinte.
Errado.
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170. (CESPE/CADE/TÉCNICO/2014) Julgue:


A lei orçamentária anual (LOA) pode conter dispositivo que autorize a abertura de crédito des-
tinado a atender a dotação não prevista no programa de trabalho inicialmente aprovado.

Na verdade, a LOA não pode conter dispositivo que autorize a abertura de crédito especial,
ou seja, aquele destinado a atender a dotação não prevista no programa de trabalho inicial-
mente aprovado.
O examinador quis te confundir, pois isso é possível no caso do Crédito suplementar, aquela
espécie de crédito adicional que é exceção ao princípio orçamentário da exclusividade, o qual
determina que a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa.
Errado.

171. (CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/CONSULTOR/2014) Julgue os itens a seguir.


É imprescindível que a emenda a projeto de lei do orçamento anual que o modifique seja com-
patível com o plano plurianual (PPA) e com as leis de diretrizes orçamentárias (LDOs).

Isso é o mínimo, condição básica e essencial para que possa ser analisada no que diz respeito
ao atendimento às demais restrições.
Certo.

172. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015) Julgue o item a seguir.


Em observância ao princípio da separação de poderes, o presidente da República não poderá
propor modificações no projeto de lei relativo ao PPA.

Opa, pode sim o Presidente da República propor modificações no projeto de lei relativo ao PPA,
desde que não iniciada a votação, na Comissão Mista, da parte cuja alteração é proposta.
Errado.

173. (CESPE/DEPEN/AGENTE/2015/ADAPTADA) Julgue:


Compete ao Poder Legislativo propor metas e prioridades para a administração pública.

Para responder essa questão é só lembrar do artigo 165, II, da CF/1988:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


II – as diretrizes orçamentárias;

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Assim, quem propõe a LDO é o Poder Executivo e não o Poder Legislativo, a quem cabe o papel
de discutir e aprovar a mesma.
Errado.

174. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) Julgue:


A lei orçamentária anual é composta dos orçamentos: fiscal, seguridade social e investimento
das estatais.

A assertiva resume o § 5º do artigo 165 da CF/1988 que diz que A lei orçamentária anual
compreenderá:

I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.
Certo.

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Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso. Pode ser? Muito obrigado. Siga-me (@
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Professor Manuel Piñon


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GABARITO

1. C 36. b 71. a
2. E 37. E 72. e
3. E 38. E 73. a
4. C 39. E 74. a
5. E 40. C 75. d
6. C 41. C 76. c
7. E 42. C 77. a
8. E 43. E 78. c
9. E 44. E 79. c
10. C 45. E 80. e
11. C 46. C 81. a
12. C 47. d 82. a
13. C 48. b 83. d
14. E 49. e 84. b
15. C 50. e 85. d
16. E 51. c 86. e
17. C 52. d 87. a
18. E 53. c 88. e
19. C 54. a 89. b
20. C 55. C 90. e
21. C 56. E 91. d
22. E 57. E 92. c
23. E 58. b 93. a
24. E 59. e 94. a
25. C 60. b 95. a
26. E 61. c 96. a
27. E 62. c 97. e
28. E 63. e 98. a
29. C 64. b 99. d
30. C 65. c 100. c
31. E 66. d 101. a
32. E 67. b 102. c
33. E 68. d 103. c
34. C 69. b 104. e
35. E 70. d 105. a

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106. c 144. c
107. c 145. a
108. c 146. b
109. c 147. a
110. e 148. d
111. c 149. c
112. a 150. a
113. b 151. a
114. a 152. c
115. d 153. c
116. c 154. d
117. a 155. b
118. a 156. d
119. d 157. a
120. b 158. b
121. d 159. E
122. a 160. E
123. b 161. E
124. a 162. C
125. d 163. E
126. b 164. E
127. e 165. E
128. e 166. C
129. a 167. C
130. e 168. C
131. a 169. E
132. d 170. E
133. c 171. C
134. a 172. E
135. c 173. E
136. c 174. C
137. e
138. a
139. c
140. c
141. c
142. c
143. e

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REFERÊNCIAS

PALUDO, A. Orçamento Público (AFO e LRF). 10 ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2020.

GIAMBIAGI, f.; DE ALÉM, A. C. D. Finanças Públicas. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999.

GIACOMONI, J. Orçamento Público. São Paulo: Editora Atlas, 2017.

PISCITELLI, T. Direito Financeiro. 6. ed. São Paulo: Editora Método, 2018.

HARADA, K. Direito Financeiro e Tributário. São Paulo: Editora Atlas, 2018.

PASCOAL, V. Direito Financeiro e Controle Externo. 10 ed. São Paulo: Editora Método, 2019.

PACELLI, G. Administração Financeira e Orçamentária. 2. ed. Salvador: Editora Juspodivm,


2018.

LEITE, H. Manual de Direito Financeiro. 9. ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2021.

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Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a área
de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.

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