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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CAROLINA DE ALMEIDA COELHO
IRIS SAMARA DE SÁ COSTA

Síntese Dissertativa Acerca da Lei de Responsabilidade Fiscal

Montes Claros/MG
Dezembro/2023
Sabe-se que LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) tem como objetivo maior a
responsabilidade, transparência e equilíbrio orçamentário. Nesse sentido, criou-se meios
eficientes de atingir tais metas estabelecidas, sendo um deles o planejamento orçamentário.
No planejamento, é necessário implementações efetivas de ações bem ditas, que é feito por
meio de três instrumentos: (1) o Plano Plurianual – PPA, que possui vigência de 4 anos e
estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração pública; (2) a Lei das Diretrizes
Orçamentárias – LDO, que a cada ano enuncia as políticas públicas e respectivas prioridades
para o mandamento seguinte; (3) a Lei Orçamentária Anual – LOA, que faz a estimativa da
receita e fixa a programação das despesas para o exercício financeiro. Na teoria, funcionam
em comunhão pois quando a LDO analisa as atividades que terão prioridade no PPA, fará um
elo entre o PPO que age como um plano de médio prazo do governo e a Loa que viabiliza a
execução do plano. Assim, nesse aspecto do planejamento, os impactos são vistos nas
atividades primordiais do governo, como na alocação de recursos, que irá definir como os
recursos serão distribuídos de acordo com os objetivos estabelecidos, no controle financeiro,
pois o planejamento permite a monitoração e o controle das despesas visando gastos
desnecessários, na tomada de decisões, notando as informações vitais que os gestores avaliam
para negociar novos projetos e dar atenção às áreas que necessitam de ajuda; na
previsibilidade, proporcionando uma visão clara da situação atual entre receita e despesa e
provisionando recursos, o que será importante para gerar uma economia estável; e por fim, a
transparência, para todos os envolvidos, seja direta ou indiretamente.

Além disso, para atingir um equilíbrio financeiro, a LRF estabelece regras para
aumentos de gastos, ligando-os a alterações nas receitas, que como consequência há a
imposição de controles mais rígidos sobre a gestão fiscal. Faz isso, por determinar limites de
despesas com pessoal em relação às receitas líquidas correntes, destinados a evitar
compromissos orçamentários excessivos com salários e despesas. Nesse contexto de cortes, a
LRF exige que as renúncias fiscais sejam acompanhadas de medidas compensatórias para
garantir que as contas públicas não sejam afetadas negativamente. Por isso que os benefícios
fiscais são agora tidos em conta no cálculo das principais metas de resultados, afetando a
avaliação do cumprimento dessas metas.

Também, a LRF propôs uma maior adequação das despesas com a expectativa de
obtenção de receita e dentro dos limites legais, controlar o nível de endividamento público.
Diante do exposto, os gestores das esferas públicas, devem direcionar suas ações e tomadas de
decisão em prol do equilíbrio das contas públicas, sem assumir compromissos ou
financiamentos, sem que esteja definido em seu planejamento a fonte da receita ou a redução
da despesa que justifique tal movimento. Sendo assim, fica evidente que a Lei de
Responsabilidade está diretamente ligada ao endividamento público, ao tratar da equiparação
das despesas e receitas, bem como agir dentro das condições permitidas pela legislação.

Ademais, o artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal discorre a respeito dos pilares


fundamentais para o equilíbrio das contas públicas, e entre eles trata sobre a transparência,
que é indispensável para a aplicação da lei. No âmbito da gestão pública à luz da LRF, ser
transparente é garantir que todos os usuários, principalmente os cidadãos, tenham acesso e
compreendam as informações presentes nos relatórios, e para que isso aconteça é definido
instrumentos da transparência da gestão fiscal, tais como planos, orçamentos, leis de diretrizes
orçamentárias, prestações de contas, que devem ser divulgados para que possibilitem a
discussão da sociedade, inclusive a respeito do PPA, LDO e LOA, em audiências públicas
assegurada na LRF.

Conclui-se então, que a LRF quando posta à prática de maneira efetiva, contribui para
a eficácia operacional do país, pois ao existir a sustentabilidade financeira tendo controles
sobre as receitas e gastos, há ali uma administração responsável, sustentável e transparente.

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