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ORÇAMENTO

PÚBLICO
Conceitos, Técnicas e Princípios
Orçamentários

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

Sumário
Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários. ...........................................................................................3
1. Conceitos e Técnicas..................................................................................................................................................3
1.1. Orçamento Autorizativo x Orçamento Impositivo. .................................................................................7

2. Tipos de Orçamento.. ................................................................................................................................................12


3. Princípios Orçamentários. . ....................................................................................................................................12
Resumo................................................................................................................................................................................30
Questões de Concurso................................................................................................................................................32
Gabarito...............................................................................................................................................................................38
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................39
Referências........................................................................................................................................................................49

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

CONCEITOS, TÉCNICAS E PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS


Olá. Tudo bem com você? Vamos para nossa 1ª aula de Orçamento Público? Vamos priori-
zar as bancas que mais fazem provas: FGV, CESPE e FCC. Além disso, a ideia é trazer, sempre
que possível, questões de 2020 e 2021.
Tomamos o cuidado de trazer as atualizações das Emendas Constitucionais n. 100/2019,
102/2019, 103/2019, 105/2019, 106/2020 e 109/2021.
Ah, não se esqueça de avaliar esta aula. O seu feedback é muito importante para o aprimo-
ramento constante deste trabalho.

1. Conceitos e Técnicas
O orçamento público pode ser entendido como um conjunto de informações que eviden-
ciam as ações governamentais, capaz de ligar os sistemas de planejamento e finanças. Tra-
ta-se de um documento em que são previstas (estimadas) as receitas e fixadas as despesas.
O conceito e utilização do orçamento público vêm evoluindo juntamente com a própria
história da sociedade. Inicialmente o orçamento surgiu na Inglaterra como um instrumento
de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do Poder Executivo, fruto das conquistas da
classe burguesa em contraposição ao absolutismo, cabendo ao soberano autorização para
realizar as despesas estatais.
Este orçamento é chamado de ORÇAMENTO TRADICIONAL OU CLÁSSICO, cuja principal
preocupação era relacionada a questões tributárias, deixando de lado aspectos sociais e eco-
nômicos. O foco do orçamento tradicional era no objeto do gasto, sendo as despesas classi-
ficadas apenas por unidades administrativas ou itens de despesa.
Para a prova, lembre-se que o orçamento tradicional ou clássico era uma peça apenas para
controle dos gastos públicos, para controle político.

Orçamento Tradicional

• Mero instrumento contábil;


• Preocupação exclusiva com gastos (foco no objeto do gasto);
• Despesas classificadas apenas por unidades administrativas
ou itens de despesa.

No pós-guerra (Segunda Guerra Mundial), surge uma nova fase de atuação do Estado, à
medida que a sociedade exigia um Estado provedor de serviços públicos, a importância e ob-
jetivos do orçamento foram evoluindo. A fase seguinte ao orçamento tradicional foi o ORÇA-

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MENTO DESEMPENHO ou ORÇAMENTO DE REALIZAÇÕES ou ORÇAMENTO FUNCIONAL, em


que os gastos governamentais eram voltados para o cumprimento de metas preestabelecidas,
no intuito de alcançar resultados específicos.
Esse modelo de orçamento representou uma evolução do orçamento tradicional, pois além
de apresentar o objeto do gasto, como o orçamento tradicional, dispunha de uma nova dimen-
são, o programa de trabalho, com a finalidade de avaliar o desempenho das ações do governo.
Contudo, muita atenção, apesar de nessa fase o orçamento se preocupar em atingir resul-
tados, nesse orçamento ainda não havia a preocupação com o planejamento governamental.

Orçamento Desempenho

• Preocupação com resultados;


• Definição de objetivos e metas;
• Não há vinculação com o planejamento.

A primeira experiência de ligação do orçamento com o planejamento Estatal ocorreu nos


Estados Unidos na década de 60, conhecido como Planning Programming and Budgeting Sys-
tem (PPBS). Contudo, sua operacionalização e implementação se mostraram árduas, tendo
em vista a carência de pessoal qualificado e a resistência dos envolvidos para a sua aceitação.
Fruto da experiência adquirida ao longo dos anos, foi sendo desenvolvida uma nova forma
de orçamento: o ORÇAMENTO-PROGRAMA, que se caracteriza como instrumento de ligação
entre o planejamento e a execução/acompanhamento/controle da ação Governamental.
É o modelo em vigor no Brasil, previsto na Lei n. 4.320/1964. Ponto característico desse
tipo de orçamento é sua vinculação direta com o Planejamento Governamental. Como o pró-
prio nome nos indica, no Orçamento-Programa o foco está nos programas de governo, nos
projetos e atividades necessários para atingir as metas pretendidas.
Com base nesta característica, o orçamento-programa ultrapassa a fronteira do orçamento
com o simples documento financeiro, aumentando seu escopo de atuação. O orçamento pas-
sa a ser um instrumento de operacionalização das diretrizes, objetivos e metas do governo.
São características do orçamento-programa:
• o orçamento é o elo entre o planejamento e as funções executivas da organização;
• a alocação de recursos visa à consecução de objetivos e metas;
• as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações e análises técnicas
das alternativas possíveis;
• na elaboração do orçamento são considerados todos os custos dos programas, inclusi-
ve os que extrapolam o exercício;
• a estrutura do orçamento está voltada para aspectos administrativos e de planejamento;

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• classificação funcional-programática;
• utilização de indicadores de resultados;
• o controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais.

Como se trata de um orçamento-programa, a primeira coisa é definir metas. Só a partir


daí, define-se os recursos necessários (humanos, materiais e financeiros) para a consecução
dessas metas.
Fique atento à diferença entre o orçamento desempenho e o orçamento programa. Já foi
cobrado em prova qual seria o orçamento com preocupação principal no resultado dos gastos,
sem vinculação com o instrumento central do governo. Nesse caso, não confunda, trata-se do
orçamento desempenho, pois conforme já vimos, o Orçamento-Programa se vincula ao instru-
mento central de planejamento do Governo.

De forma resumida, pode-se sintetizar os orçamentos tradicional, de desempenho e programa


de acordo com as seguintes dimensões:

Técnica Dimensões
Orçamento Tradicional 1 dimensão (objeto do gasto ou elemento de despesa)
Orçamento Desempenho 2 dimensões (objeto do gasto e Programa de Trabalho)
3 dimensões (objeto do gasto, Programa de Trabalho e
Orçamento Programa
Objetivo da ação governamental)

001. (FGV/TCE-PI/2021) As práticas orçamentárias evoluíram ao longo do tempo, passando


de uma concepção tradicional para uma visão moderna de orçamento e fazendo surgir mode-
los orçamentários com diferentes lógicas. Uma característica associada à lógica do orçamen-
to-programa é:
a) a alocação de recursos visa à aquisição de meios;
b) as decisões orçamentárias são tomadas com base em avaliações técnicas;
c) as decisões de alocação têm ênfase nas necessidades financeiras das unidades orga-
nizacionais;
d) os principais critérios classificatórios são por unidade e por elemento de despesa;
e) o processo orçamentário é dissociado do processo de planejamento.

Avaliações técnicas embasam as decisões de alocação, que são tomadas em função dos re-
sultados, das finalidades almejadas.
Letra b.

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002. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) O Orçamento público é o instrumento utilizado pelo governo


para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os tributos (impostos, taxas, contribui-
ções de melhoria, entre outros). Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos
adequados, além de especificar gastos e investimentos que foram priorizados pelos poderes.
A respeito desse assunto, julgue o item a seguir.
O orçamento de desempenho é primordialmente calcado nos aspectos contábeis e está dirigi-
do mais para os produtos gerados pela administração pública que para os resultados propria-
mente ditos.

O orçamento tradicional é que é calcado em aspectos contábeis. Além disso o orçamento de


desempenho tem foco nos resultados.
Errado.

Outro tipo de orçamento frequentemente cobrado em provas é o ORÇAMENTO BASE-ZE-


RO (OBZ) ou POR ESTRATÉGIA. Nessa forma de orçamento, devem-se rever todos os valores
consignados no orçamento antecedente. Nenhum programa tem continuidade garantida. To-
dos os programas devem ser revistos, a partir da análise da sua permanência. Assim, como o
próprio nome diz, partindo-se do zero para construção de um novo orçamento.
Esse tipo de orçamento possui alguns entraves para sua implementação, entre eles, a re-
sistência imposta pela burocracia, quando avaliada a eficácia de seus programas, e a dificulda-
de em conciliar esse tipo de orçamento com uma visão de planejamento de longo prazo.
Em oposição ao OBZ, há o ORÇAMENTO INCREMENTAL. Esse orçamento funciona assim:
num determinado ano, são arroladas as despesas e as receitas. No próximo exercício o que é
feito? Apenas a correção/atualização dos valores, mantendo-se a base do ano anterior.
Por fim, como um novo modelo que vem tomando força, está o ORÇAMENTO PARTICIPA-
TIVO, que convoca os cidadãos a participarem da etapa de formulação do orçamento. Cuidado
para o fato de que nem a competência do Executivo para apresentar o Projeto e nem a compe-
tência do Legislativo para aprová-lo são usurpadas.
O que acontece apenas é o chamamento da população para, junto ao Poder Executivo,
estabelecer as prioridades do Orçamento. Atualmente, essa experiência pode ser observada
em alguns municípios brasileiros (Porto Alegre, Belo Horizonte). No âmbito federal, houve uma
tentativa na Lei Orçamentária Anual de 2012 (LOA/2012) de adotar emendas de iniciativa po-
pular. No entanto, não foi uma experiência bem-sucedida.
O orçamento participativo requer mobilização social. Além disso, o governo deve ter dis-
cricionariedade para alocar os recursos e atender aos anseios da sociedade. O que isso quer
dizer? Se o governo tiver vinculações orçamentárias, ele não poderá adequar os gastos para
resolver problemas da população.

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Vale dizer que o orçamento atual é cheio de vinculações orçamentárias que impedem essa
discricionariedade. Cerca de 90% do orçamento da União é vinculado.

003. (CESPE/APEX BRASIL/2021) O orçamento público é um processo dinâmico que evoluiu


com o tempo. Nesse percurso histórico, o orçamento tradicional ficou conhecido por
a) importar-se apenas com as necessidades dos órgãos públicos para realização de suas tare-
fas, sem questionamento sobre objetivos e metas.
b) associar-se necessariamente ao planejamento.
c) ser utilizado como instrumento de administração.
d) ser objeto de controle, com vistas a avaliar a eficiência e eficácia das ações.

Tradicional: necessidades dos órgãos, sem questionar objetivos e metas, sem se associar a
planejamento, sem avaliar eficácia das ações.
Letra a.

004. (CESPE/CODEVASF/2021) Sabendo-se que o orçamento do Departamento Administra-


tivo de Serviço Público (DASP), criado em 1938, caracterizava-se, assim como o orçamento
de outros órgãos públicos, por ser um simples quadro demonstrativo das receitas e despesas
públicas, é correto afirmar que o orçamento do DASP é um exemplo da utilização da técnica do
orçamento base-zero.

O DASP foi extinto na década de 80. Tendo sido criado no final da década de 30, o orçamento
vigente à época era o tradicional. Além disso, o OBZ não se caracteriza por um simples quadro
demonstrativo.
Errado.

1.1. Orçamento Autorizativo x Orçamento Impositivo


No orçamento autorizativo há apenas autorização para realização das despesas, conferin-
do margem de discricionariedade ao gestor para executá-las. Já no orçamento impositivo há
um dever do administrador público em executar os gastos fixados na lei orçamentária.
Historicamente, o orçamento público é autorizativo, não havendo obrigação na execução
dos programas previstos no orçamento, contudo, nos últimos anos tem havido alterações na
nossa Constituição que vem mudando essa dinâmica, de forma que o orçamento público no
Brasil caminha para um Orçamento Impositivo.
Assim, nos termos da CF/1988 (trecho incluído pela EC n. 100/2019), a administração tem
o dever de executar as programações orçamentárias, adotando os meios e as medidas ne-

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cessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. Essa
norma segue os seguintes parâmetros:
• subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam
metas fiscais ou limites de despesas e não impede o cancelamento necessário à aber-
tura de créditos adicionais;
• não se aplica nos casos de impedimentos de ordem técnica devidamente justificados;
• aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias.

Além disso, o dever de execução se aplica apenas aos orçamentos fiscal e da seguridade
social, ou seja, não vincula o orçamento de investimentos (ATENÇÃO: mais a frente veremos o
que são esses orçamentos!).
Veja, que apesar da ideia de um orçamento impositivo/obrigatório, são inúmeras as pos-
sibilidades de se reverem os programas, seja por meio de cancelamentos de dotações ou em
razão de impedimentos técnicos.

1.1.1. Emendas Parlamentares

A partir da Emenda à Constituição (EC) n. 86/2015, tornou-se obrigatória a execução or-


çamentária/financeira das programações oriundas das emendas individuais de deputados e
senadores, o que conferiu caráter impositivo para essas despesas.
Mas o que são essas emendas individuais?
São emendas propostas pelos deputados e senadores. No Congresso, quando a peça orça-
mentária está sendo analisada, são previstas as seguintes modalidades de emenda:
• Emendas Coletivas de Bancada Estadual, elaboradas pelos deputados e senadores de
cada unidade da federação;
• Emendas Coletivas de Comissão, elaboradas pelas diversas comissões existentes na
Câmara e no Senado;
• Emendas Individuais, que cada parlamentar (deputados e senadores) tem direito de pro-
por ao projeto.
• Emendas de Relator, elaboradas pelo parlamentar que é relator do orçamento.

Com a EC n. 100/2019, a garantia de execução orçamentária/financeira passou a ser apli-


cada também a parte das programações incluídas por emendas de iniciativa de bancada de
parlamentares de Estado ou do Distrito Federal. Hoje, nós temos o seguinte:
• Emendas individuais: todas impositivas, sendo metade do valor reservado para ações e
serviços públicos de saúde. Essa metade para a saúde ajuda no cumprimento da aplica-
ção mínima em saúde, ou seja, entra no cômputo da aplicação mínima.
• Emendas de bancada: tem parte impositiva, tem parte não impositiva.
• Emendas de comissão: todas não impositivas.

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O valor das emendas faz referência a uma porcentagem da receita corrente líquida – RCL.
Assim, temos:
• Até 1,2% da RCL para as emendas individuais (0,6% para a saúde).
• Até 1,0% da RCL para as emendas impositivas de bancada (o que passar disso é não
impositivo). Não tem metade obrigatória para saúde aqui.

A regra acima é a que você vai levar para a prova. Agora vou te falar da realidade não para
te confundir, mas para te deixar ciente, porque isso poderia ser explorado pelas bancas: desde
2017 para emendas individuais e desde 2021 para as emendas de bancada, o montante defini-
do não olha mais para a RCL; olha para o IPCA.
Hoje a regra é a seguinte: o valor das emendas equivale ao valor do ano anterior, corrigido
pelo IPCA. Essa é a regra de correção do teto de gastos (novo regime fiscal) para as despesas
primárias. Essa regra está também na Constituição, mas no Ato das Disposições Constitucio-
nais Transitórias. A correção pela RCL acabou? Não. Ela está suspensa enquanto estiver em
vigor o novo regime fiscal. Mas, como eu disse, as bancas não exploram isso. Elas consideram
a regra permanente: porcentagem da RCL.
Você precisa conhecer mais uma coisinha: qual é a RCL que a gente vai olhar? Depende.
Quando está sendo definido o montante de emendas no projeto de lei orçamentária, a refe-
rência é a RCL prevista no projeto. Aprovou o orçamento? Está na hora da execução? Agora a
referência muda: não é mais a RCL projetada; agora é hora de olhar para a RCL executada no
ano anterior.
Um exemplo pra facilitar: estamos fazendo o orçamento para 2023. RCL projetada? 1.000
trilhão. Então, teremos 12 bilhões de emendas individuais (1,2% da RCL), sendo 6 bilhões para
saúde; e 10 bilhões de emendas de bancada (1,0% da RCL). Lembre-se que estamos em 2022,
ou seja, não conhecemos a RCL executada no ano de 2022.
Agora temos o orçamento aprovado e ano de 2023 começou. Precisamos definir o montan-
te novamente. Qual é a base? A RCL que foi observada para 2022. Observou 900 bilhões. Então,
só poderá ser executado 10,8 bilhões nas individuais e 9 bilhões nas de bancada.
Professor, você falou de emendas de relator ali em cima. Tem limite pra essas emendas?
Tem sim: 1,2% + 1,0% da RCL. Ou seja: não pode passar a soma das emendas impositivas (in-
dividuais e de bancada).
Apesar de impositivas, as emendas individuais e parte das emendas de bancada estadual
(aquelas que são impositivas), essas não serão de execução obrigatória nos casos dos impe-
dimentos de ordem técnica.
Além dessa limitação, se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa pode-
rá resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal, os montantes de execução das
emendas poderão ser reduzidos na mesma proporção das demais despesas discricionárias.

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O orçamento traz despesas obrigatórias, que o governo não pode deixar de fazer (ex.: gastos
com saúde, educação e segurança), e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberda-
de de decidir (ex.: gastos com infraestrutura e pesquisa).
No caso das despesas discricionárias, no caso de haver frustração de receitas, elas podem
ser contingenciadas, ou seja, esses gastos não poderão ser executados, até que seja feito o
descontingenciamento.

Por fim, vale dizer que as emendas podem ser pagas posteriormente (após o transcorrer do
ano), gerando restos a pagar.

1.1.2. Alocação de Recursos por Emendas Parlamentares Individuais

As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual po-


derão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios (ATENÇÃO: nesse caso ao
invés do parlamentar da União destinar recursos para órgãos federais, irá destiná-los a outros
Entes), por meio de:
I – transferência especial (só pode ser feita em emendas individuais); ou
II – transferência com finalidade definida.

Em qualquer uma das hipóteses de transferência, é vedada a aplicação dos recursos no paga-
mento de despesas com pessoal e encargos sociais (ativos e inativos), e com encargos refe-
rentes ao serviço da dívida.

Na transferência especial, os recursos serão repassados diretamente ao ente federado be-


neficiado (Estados, DF e Municípios), independentemente de celebração de convênio ou de ins-
trumento congênere. E pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira.
Ademais, nesse tipo de transferência, os recursos serão aplicados em programações fina-
lísticas das áreas de competência do Poder Executivo do ente federado beneficiado, no entan-
to, 70% deverão ser alocados em despesas de capital (investimentos).
Na transferência com finalidade definida, os recursos serão vinculados à programação
estabelecida na emenda parlamentar e aplicados nas áreas de competência constitucio-
nal da União.

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005. (FCC/PGE-GO/2021) Considere que o Governador do Estado pretenda firmar convênio


com município para transferência de recursos destinados a reforma de unidades básicas
de saúde, valendo-se de dotação consignada na Lei Orçamentária do exercício, originária de
emenda impositiva apresentada por determinado parlamentar prevendo referida destinação.
Em tal circunstância, pode-se concluir
a) pela viabilidade da medida, condicionada à anuência prévia do parlamentar autor da emenda
e desde que observado, para a referida ação, o limite de 1,2% do montante global destinado às
emendas impositivas do exercício.
b) que a programação orçamentária obrigatória oriunda da emenda impositiva deverá ser in-
tegralmente cumprida no exercício em curso, incluindo empenho e liquidação, sendo vedada
a geração de restos a pagar.
c) que se trata de medida tendente ao cumprimento de programação orçamentária obrigatória,
podendo, contudo, ser afastada tal obrigatoriedade se comprovada a existência de impedimen-
tos de ordem técnica para sua execução.
d) pelo descabimento da medida, eis que a aplicação de dotações oriundas de emendas im-
positivas somente pode ocorrer em ações executadas diretamente pelo Estado, vedado seu
cumprimento mediante transferências voluntárias.
e) que a utilização de tal fonte de custeio, conquanto viável em tese, impedirá que a despesa
decorrente do convênio seja considerada no cômputo do cumprimento do montante mínimo
de gastos do Estado com Saúde.

Vejamos os erros.
a) Errada. Há vários erros nessa assertiva. Essa porcentagem de 1,2% é em relação à receita
corrente líquida – RCL. Mas cuidado. Primeiro, é o montante de todas as emendas individuais
que deve dar 1,2% da RCL. No entanto, essa regra não está valendo atualmente. O valor para
as emendas individuais é o valor do ano anterior corrigido pelo IPCA, como é a regra para as
despesas primárias.
b) Errada. Pode ser cumprida em ano posterior.
d) Errada. Pode ser firmado convênio.
e) Errada. É considerada no cômputo.
Letra c.

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2. Tipos de Orçamento
A doutrina divide o orçamento em três tipos, dependendo dos Poderes que participam da
elaboração, aprovação e execução deste:

Orçamento •Poder Legislativo é responsável pela elaboração, a


votação e o controle do orçamento, cabendo ao Poder
Legislativo Executivo apenas a execução. Ex: CF 1891.

Orçamento •Poder Executivo é responsável pela elaboração, a


votação, o controle e a execução do orçamento. Ex:
Executivo CF 1937.

•Poder Executivo é reponsável pela elaboração/


Orçamento execução, enquanto a votação e controle são
Misto responsabilidade do Legislativo. Trata-se do modelo
adotado pela nossa Constituição Federal de 1988.

O Brasil já utilizou o orçamento legislativo, o executivo e o misto ao longo de sua história!

006. (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2021) A possibilidade de a emenda parlamentar impositiva


alocar recursos a estados e municípios, por meio da transferência especial constitucional, a
qual permite o repasse direto sem convênio, só é cabível no caso de emenda individual, e não
de emenda de bancada.

Perfeito! As bancadas estaduais não podem fazer emenda por meio de transferência especial.
Certo.

3. Princípios Orçamentários
O orçamento público tem princípios que regem sua elaboração e controle. Esses princípios
orçamentários são regras que norteiam o processo de elaboração, aprovação, execução e con-
trole do orçamento, encontrados na Constituição, na doutrina e em legislação infraconstitucio-
nal, principalmente na Lei n. 4.320/1964.

A Lei n. 4.320/1964, abaixo da Constituição, é um dos principais instrumentos legislativos so-


bre orçamento e contabilidade pública. Essa lei estatui normas gerais de direito financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do
Distrito Federal.

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Muita atenção a cada detalhe, pois em muitos casos as questões pedem apenas que o candi-
dato correlacione o nome de cada princípio com suas características.

Outro ponto importante: citaremos vários princípios. Mas quando a pergunta se relacionar
ao que está expresso na Lei n. 4.320/1964, temos o seguinte:

Art. 2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a


política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de
unidade universalidade e anualidade.
• LEGALIDADE

Com base no art. 5º da CF/1988, consigna que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
No caso do setor público, o gestor só pode fazer aquilo que está na lei. Isso vale também
para a matéria orçamentária. Diante desse fato, justifica-se a existência das leis orçamentárias:
PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual).
O orçamento é uma de Lei Ordinária, aprovada pelo Poder Legislativo, sob rito especial,
com iniciativa exclusiva de apresentação do Projeto pelo Chefe do Poder Executivo. Aliás, ti-
rando os créditos extraordinários, que são enviados ao Congresso Nacional por meio Medida
Provisória, as matérias orçamentárias (PPA, LDO, LOA e demais créditos adicionais) são envia-
das ao Poder Legislativo pelo Poder Executivo por meio de Projeto de Lei Ordinária.
Apesar de ser uma lei ordinária, o orçamento público não cria nem gera direitos e deveres,
não inovando na ordem jurídica. Dessa forma, materialmente, o Orçamento Público é conside-
rado uma lei de efeitos concretos, logo, com natureza de ato administrativo.
Podemos então dar as seguintes características para a lei orçamentária:

•Formalmente o orçamento é uma lei, mas não há o caráter da


coercibilidade. Em vários casos, o orçamento não obriga o Poder
É uma Lei Público, que pode, por exemplo, deixar de realizar uma despesa
formal autorizada pelo legislativo.

•Todas as leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) são leis ordinárias.


Lei
ordinária

•A lei orçamentária tem vigência limitada (um ano).


Lei
temporária

•Possui processo legislativo diferenciado e trata de matéria específica.


Lei
especial

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

Há duas correntes doutrinárias sobre a natureza da lei orçamentária, uma defende que
essa tem apenas forma de Lei, mas conteúdo de ato administrativo (Mayer), e outra corrente
classifica a lei orçamentária como lei material, emanada do Poder Legislativo, no exercício de
suas funções (Hoennel).
Como a impositividade do orçamento vem ganhando força nos últimos anos, há quem de-
fenda que essa característica faz o orçamento ser, de fato, uma lei material.
Prestem atenção! Apesar do fato de ser uma lei formal, isso não impede o controle abstra-
to de constitucionalidade sobre as normas orçamentárias, conforme jurisprudência atual do
Supremo Tribunal Federal (STF). Esse tema é mais facilmente observado na Prova de Constitu-
cional, mas é bom ficar atento, uma vez que tem sido tema em provas!

007. (CESPE/APEX BRASIL/2021) Para que o poder público possa desempenhar suas funções
com critério, é necessário que haja um planejamento orçamentário consistente que estabeleça
com clareza as prioridades da gestão. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a) Orçamento público é um conceito estático cujas funções têm permanecido inalteradas des-
de a sua criação.
b) O orçamento público constitui norma legal a ser aplicada integralmente e contém a fixação
das receitas e a estimativa/previsão das despesas a serem realizadas pelo governo em deter-
minado exercício financeiro.
c) O orçamento público é um documento contábil e financeiro desvinculado do planejamento
governamental.
d) A Constituição Federal de 1988 introduziu um modelo orçamentário para a gestão do dinhei-
ro público no Brasil, o qual consiste basicamente em três documentos: plano plurianual (PPA),
lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA).

Aos erros.
a) Errada. Já foi tradicional, hoje é orçamento-programa, com outro foco.
b) Errada. A aplicação não necessariamente é integral. Além disso, receitas são previstas e
despesas são fixadas.
c) Errada. É vinculado ao planejamento.
Letra d.

• UNIDADE/TOTALIDADE

De acordo com esse princípio, não poderão coexistir diferentes orçamentos para um mes-
mo ente da federação. Esse princípio buscar evitar a proliferação de orçamentos paralelos em
um mesmo ente da federação, determinando que haja um só orçamento.

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro

De acordo com a Constituição, a Lei Orçamentária Anual será composta pelo orçamento
fiscal, pelo orçamento da seguridade social e pelo orçamento de investimento de empresas.
Conforme CF/1988, Art. 165:

“§ 5º – A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da adminis-
tração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados,
da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
Poder Público.”

• Representa todas as receitas e despesas de


fundos, órgãos da administração direta e indireta,
Fiscal que necessitam desses recursos para manutenção
de suas atividades

• Envolve os mesmos órgãos do orçamento fiscal,


Seguridade contudo, refere-se às despesas e receitas
Social vinculadas à seguridade social, compreendendo
saúde, previdência e assistência social

• Compreende os valores transferidos para as


empresas em que a União, direta ou indiretamente,
Investimento detenha a maioria do capital social com direito a
de empresas voto, que não pertençam ao orçamento Fiscal e da
Seguridade Social

A despeito da existência desses orçamentos, esse fato não representa exceção ou quebra
do princípio da unidade, eis que, a peça orçamentária está unificada em um único documento,
atendendo ao comando principiológico. Inclusive esse princípio pode vir definido como Princí-
pio da Totalidade, no sentido da coexistência de múltiplos orçamentos que devem ser consoli-
dados em uma só Lei Orçamentária Anual.

008. (FGV/TJ-RO/2021) Desde os primórdios da prática orçamentária na administração públi-


ca, registra-se a existência de princípios norteadores desse processo, com contribuições rele-

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ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
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vantes da França. Nos diferentes cenários com os quais se deparam os entes públicos, alguns
princípios podem ganhar maior destaque, como, por exemplo, na estrutura descentralizada
do governo federal, com órgãos espalhados por todo o território nacional. Nesse contexto, o
princípio que possibilita a coexistência de vários orçamentos autônomos, mas que podem ser
vistos de forma consolidada, permitindo-se assim uma visão ao mesmo tempo segregada e
geral das finanças públicas, é o da:
a) exatidão;
b) especialização;
c) exclusividade;
d) regionalização;
e) totalidade.

Esse é o princípio da totalidade, que envolve a consolidação da peça orçamentária.


Errado.

009. (FGV/TCE-PI/2021) O aperfeiçoamento das práticas orçamentárias ao longo do tempo


se refletiu, entre outros aspectos, na consolidação dos princípios orçamentários.
O princípio que tem como finalidade evitar a ocorrência de múltiplos orçamentos paralelos em
um mesmo ente para um dado período é:
a) anualidade;
b) equilíbrio;
c) exclusividade;
d) legalidade;
e) unidade.

Esse é o princípio da unidade: evita múltiplos orçamentos.


Letra e.

010. (CESPE/CODEVASF/2021) O princípio orçamentário da universalidade consiste em inte-


grar, em um único documento legal, todas as receitas previstas e todas as despesas fixadas
para cada esfera de poder e em cada exercício financeiro.

Esse é o princípio da unidade/totalidade.


Errado.

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• UNIVERSALIDADE

Determina que a Lei Orçamentária Anual compreenderá todas as despesas e receitas, in-
clusive as provenientes de operações de crédito, referentes a todos os Poderes do Ente da
Federação (União, Estados, Munícipios e Distrito Federal), seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta.
Esse princípio não se aplica às operações de crédito por antecipação da receita, as emis-
sões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.

Operações de Crédito são compromissos financeiros em razão de empréstimo (mútuo), aber-


tura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipa-
do de valores oriundo de vendas com fornecimento parcelado, etc.

Esse princípio está previsto na Constituição Federal e no artigo 3º e 4º da Lei n. 4.320/1964:

“Art. 3º. A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito
autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipa-
ção da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo
financeiros.
Art. 4º. A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto
no artigo 2º.”

Diferentemente das operações de crédito, que se originam de obrigações assumidas pelo Esta-
do em razão de um recurso disponibilizado por terceiros, as operações de créditos por anteci-
pação de receita tratam de um mecanismo de execução de despesas do Estado, que, prevendo
a realização de uma receita, já realiza o respectivo gasto. Logo, a necessidade do tratamento
diferenciado.

Cuidado que a universalidade não tem nada a ver com o princípio da totalidade (unidade).
Em algumas questões de prova o examinador tenta confundir o candidato quantos aos princí-
pios da unidade e da universalidade. Por isso, fique atento: quando a questão tratar da apresen-
tação de todas as receitas e despesas, o princípio citado é o da universalidade.

011. (FGV/IMBEL/2021) Assinale a opção que indica o princípio segundo o qual o orçamento
deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado.

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a) Totalidade.
b) Universalidade.
c) Unidade.
d) Exclusividade.
e) Equilíbrio.

Todo o universo de receitas e despesas deve ser contemplado no orçamento.


Letra b.

• EXCLUSIVIDADE

A lei orçamentária anual não deve conter dispositivo estranho à previsão da receita e fi-
xação da despesa, com exceção da autorização para a abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, inclusive as de antecipação de receita.
Esse princípio busca evitar que matérias diversas ao orçamento sejam tratadas nessa Lei
e da mesma forma que normas sobre orçamento constem de dispositivos com outras finalida-
des, ou seja, as leis orçamentárias devem ser tratadas especificamente.
A ideia, como bem cita o Consultor de Orçamentos da Câmara dos Deputados Eber Zoehler
Santa Helena, é evitar a existência de caudas e rabilongos, como a inclusão em lei orçamentá-
ria de procedimentos de ação de desquite!!! Tem base? Pois isso já ocorreu. Veja as denomina-
ções das caudas em outros países: tackings (Inglaterra), riders (EUA), bepckung (Alemanha) e
cavaliers budgetaries (França).
Sobre as autorizações que poderão constar do Orçamento, o artigo 7º da Lei n.
4.320/1964, dispõe:

“Art. 7º A Lei de Orçamento poderá conter autorização ao Executivo para:


I – Abrir créditos suplementares até determinada importância obedecidas as disposições do artigo
43;
II – Realizar em qualquer mês do exercício financeiro, operações de crédito por antecipação da re-
ceita, para atender a insuficiências de caixa.
§ 1º Em casos de déficit, a Lei de Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo
fica autorizado a utilizar para atender a sua cobertura.
§ 2º O produto estimado de operações de crédito e de alienação de bens imóveis somente se inclui-
rá na receita quando umas e outras forem especificamente autorizadas pelo Poder Legislativo em
forma que juridicamente possibilite ao Poder Executivo realizá-las no exercício.
§ 3º A autorização legislativa a que se refere o parágrafo anterior, no tocante a operações de crédito,
poderá constar da própria Lei de Orçamento.”

Vejam que a Lei n. 4.320/1964 somente autorizou o Poder Executivo a abrir crédito
suplementar.

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012. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) De acordo com o princípio da unidade orçamentária, é vedada a


inclusão, na lei orçamentária, de matéria estranha à previsão de receita e à fixação de despesa.

Esse é o princípio da exclusividade.


Errado.

013. (FGV/TCE-PI/2021) O Chefe do Poder Executivo do Estado Beta, com o objetivo de ampliar
o direito fundamental à informação, inseriu, no projeto de lei orçamentária anual, comando que
disciplinava o acesso, por qualquer do povo, às informações de natureza administrativa, finan-
ceira e orçamentária. A inserção do referido comando no projeto de lei orçamentária anual é:
a) compatível com a ordem constitucional, em razão da pertinência temática;
b) incompatível com a ordem constitucional, pois a iniciativa legislativa é exclusiva do Poder
Legislativo;
c) compatível com a ordem constitucional, desde que haja autorização na lei de diretrizes or-
çamentárias;
d) incompatível com a ordem constitucional, pois não versa sobre a previsão da receita e a
fixação da despesa;
e) compatível com a ordem constitucional, desde que o projeto seja aprovado por maioria ab-
soluta no Poder Legislativo.

Esse comando não é previsão de receita nem fixação de despesa. É incompatível porque viola
o princípio da exclusividade.
Letra d.

014. (FGV/TCE-PI/2021) Os princípios orçamentários contribuem para a consistência e a re-


gularidade das práticas orçamentárias ao longo do tempo e permitem identificar eventuais
desvios de conformidade. Quanto ao princípio da exclusividade, uma característica que pode
ser associada a ele é:
a) a lei orçamentária não consignará dotações globais para atender a despesas diversas;
b) a lei orçamentária não pode “dar outras providências”;
c) a lei orçamentária registrará receitas e despesas em deduções;
d) as leis orçamentárias necessitam de formalização legal;
e) receitas de impostos não devem ser vinculadas a despesas específicas.

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Só pode ter receita e despesa. Não pode ter outro assunto, dar outras providências. É comum
uma lei, em sua ementa, tratar do assunto x e dar outras providências. Na LOA, isso não é
permitido.
Letra b.

• ANUALIDADE/PERIODICIDADE

O orçamento deve abranger um período definido no tempo. No Brasil, o orçamento coincide


com o ano civil, período de um ano. Assim, as autorizações para gastos terão validade apenas
para o exercício financeiro da sua autorização, salvo algumas exceções, como os créditos es-
peciais e extraordinários.

“Lei n. 4.320/1964 – Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”

015. (FCC/DPE-BA/2021) No que diz respeito ao orçamento público, o princípio da exclusivi-


dade diz respeito à lei orçamentária anual
a) não conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
b) constar despesas e receitas em seus valores brutos, sem deduções tributárias.
c) não conter dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal,
material, serviços de terceiros ou quaisquer outras.
d) não fixar despesas em montante maior que as receitas previstas.
e) limitar-se a apenas um exercício financeiro.

Na exclusividade, só pode previsão de receita e fixação da despesa, além das exceções: crédi-
to suplementar e operações de crédito.
Letra a.

016. (CESPE/TC-DF/2021) As tabelas a seguir, extraídas de projeto de lei orçamentária que


estima a receita e fixa a despesa do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2021, apre-
sentam, respectivamente, a distribuição do orçamento por esfera orçamentária e a distribuição
do fundo constitucional do Distrito Federal.

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Tabela 1A16-I

esfera valor (em reais)


fiscal 17.906.421.036
seguridade 8.997.021.291
investimentos das empresas estatais 1.512.982.019
total 28.416.424.346
Internet:<www.economia.df.gov.br> (com adaptações).

Tabela 1A16-II

área valor (em reais) %


segurança pública 8.346.317.628 52,92
saúde 4.081.820.588 25,88
educação 3.343.282.028 21,20
total 15.771.420.244 100,00
Internet: <www.economia.df.gov.br> (com adaptações).

Considerando as informações apresentadas, julgue o item a seguir.


De acordo com o princípio da universalidade do orçamento, o montante da receita estimada
para o orçamento de 2021 do Distrito Federal será de R$ 15.771.420.244.

Se a soma das esferas dá 28,4 bilhões, então a receita também terá esse montante. A segunda
tabela, com total de 15,8 bilhões mostra apenas parte das despesas. Assim, considerando o
princípio da universalidade (todas as despesas e receitas), tá faltando coisa aí.
Errado.

• ORÇAMENTO BRUTO

As receitas e despesas consignadas no orçamento devem ser apresentadas pelos seus


valores brutos, sendo vedada a apresentação desses créditos deduzidos por algum valor. Esse
princípio está previsto no art. 6º da Lei n. 4.320/1964:

“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como des-
pesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as
deva receber.

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§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o cálculo das cotas terá por base os da-
dos apurados no balanço do exercício anterior aquele em que se elaborar a proposta orçamentária
do governo obrigado a transferência.”

Esse princípio se aplica inclusive para transferências obrigatórias que um ente faça para
outro, em razão de um dispositivo legal ou constitucional (como o Fundo de Participação dos
Estados – FPE). Assim, mesmo que parcela da arrecadação de um tributo deva ser transferida
a outro ente, por determinação constitucional, essa parcela que será transferida deverá ser
apresentada pelo seu valor bruto como receita.
Como ocorrerá a transferência e em respeito ao princípio do orçamento bruto, a parcela
transferida será registrada como uma despesa no orçamento do ente transferidor.

017. (CESPE/TCE-RJ/2021) O princípio orçamentário da programação determina que as


receitas e despesas sejam integralmente programadas no orçamento, sendo vedada qual-
quer dedução.

Esse é o princípio do orçamento bruto.


Errado.

• DISCRIMINAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO

As dotações previstas no orçamento devem ser especificadas, sendo vedado prever no


orçamento, dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal,
material, serviços de terceiros ou quaisquer outras. Tem como finalidade dar transparência aos
gastos do governo, facilitando a função de acompanhamento e controle do gasto público pelos
órgãos de controle e pela sociedade.
Excepciona-se nesses casos a possiblidade de consignação de dotações globais para pro-
gramas especiais de trabalho e a reserva de contingência.

“Lei n. 4.320/1964 Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a aten-
der indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quais-
quer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único.
Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras
e de outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações
globais, classificadas entre as Despesas de Capital.”

O orçamento será composto por quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva
legislação.

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018. (FGV/TJ-RO/2021) Na apresentação da lei orçamentária, as receitas e as despesas de-


vem ser evidenciadas de tal forma que se possa identificar as origens dos recursos e sua apli-
cação. Essa orientação favorece o controle político do gasto público, pois inibe autorizações
genéricas, com finalidade aberta, e que propiciam demasiada flexibilidade e arbítrio ao Poder
Executivo.
Essa orientação está intimamente relacionada ao princípio orçamentário da:
a) exatidão;
b) exclusividade;
c) especialização;
d) totalidade;
e) universalidade.

Esse é o princípio da discriminação ou especialização. A expressão-chave aí é: inibe autoriza-


ções genéricas.
Letra c.

019. (CESPE/PG-DF/2021) Em consonância com o princípio orçamentário da discriminação,


a lei de diretrizes orçamentárias da União de 2020 veda a execução orçamentária de progra-
mação que empregue a designação “a definir” bem como designações que não permitam sua
identificação precisa.

Perfeito! Designação a definir é o que há de mais genérico neh?


Certo.

020. (CESPE/TCE-RJ/2021) As cotas de receitas de transferência obrigatória entre entes pú-


blicos devem ser incluídas como despesa no orçamento do ente transferidor.

Perfeito! Despesa para quem transfere; receita para quem recebe.


Certo.

• NÃO AFETAÇÃO/NÃO VINCULAÇÃO

A receita de impostos não deve ser vinculada a órgãos, fundos e despesas, ressalvando-se
as seguintes exceções previstas na Constituição Federal de 88:

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− Transferências constitucionais/Repartição das receitas tributárias (Fundos de Par-


ticipação dos Estados e dos Municípios, Fundos de Desenvolvimento do Norte, Nor-
deste e Centro-Oeste);
− Garantia e contragarantia de operações de crédito por antecipação de receita junto à
União;
− Ações e serviços públicos de saúde;
− Desenvolvimento e manutenção do ensino;
− Realização de atividades da administração tributária.
− Empréstimos para pagamento de débito de precatórios.

“CF 88 Art. 167. São vedados:


IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para
realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos
arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;” (grifo nosso)
ADCT da CF/1988
Art. 101
§ 2º O débito de precatórios será pago com recursos orçamentários próprios provenientes das fon-
tes de receita corrente líquida referidas no § 1º deste artigo e, adicionalmente, poderão ser utiliza-
dos recursos dos seguintes instrumentos:
III – empréstimos, excetuados para esse fim os limites de endividamento de que tratam os incisos
VI e VII do caput do art. 52 da Constituição Federal e quaisquer outros limites de endividamento
previstos em lei, não se aplicando a esses empréstimos a vedação de vinculação de receita prevista
no inciso IV do caput do art. 167 da Constituição Federal.

PEGADINHA DA BANCA
O Princípio da Não Afetação veda a vinculação da receita de IMPOSTOS, logo, não se aplica
à receita de taxas, contribuições, empréstimos compulsórios e contribuições de melhoria, que
são as demais espécies de tributo.

021. (FGV/TCE-AM/2021) Estabelecidos e disciplinados por normas constitucionais, infra-


constitucionais e pela doutrina, os princípios orçamentários visam a estabelecer diretrizes nor-
teadoras básicas para o processo orçamentário. Nesse contexto, a destinação de recursos
para atividades da administração tributária constitui uma exceção ao princípio do(a):
a) especificação;
b) exclusividade;
c) não afetação de receitas;

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d) orçamento bruto;
e) universalidade.

Isso é uma das exceções ao princípio da não vinculação ou não afetação de impostos.
Letra c.

• EQUILÍBRIO

Possui duas vertentes, a formal e a material. A formal indica que o total de despesas deve
ser igual ao total das receitas na Lei Orçamentária, ou seja, a despesa autorizada deve ser
equivalente a receita estimada. Já a material é mais específica e significa a busca do equilíbrio
na execução do orçamento, como por exemplo, a utilização de receitas de capital para o finan-
ciamento de despesas desse mesmo gênero e não para pagamento de despesas de custeio
(regra de ouro).
Esse princípio do equilíbrio, ao estabelecer compatibilização entre receitas e despesas,
é fundamental no controle dos gastos públicos, evitando a ocorrência de déficits nas contas
públicas, tanto na sua concepção formal quanto material.
Você deve estar acompanhando as contas públicas no Brasil nos últimos anos. O controle
dos gastos não vem sendo bem feito e o déficit é a consequência.

Formal Material

Equilíbrio na
Total de execução do
Despesas orçamento

= ↑↓

Receitas de
Total de Capital -->
Receitas Despesas de
Capital

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022. (FGV/IMBEL/2021) Assinale a opção que indica o princípio orçamentário segundo o qual
os valores autorizados para a realização das despesas no exercício deverão ser compatíveis
com os valores previstos para a arrecadação das receitas.
a) Princípio da uniformidade.
b) Princípio do orçamento bruto.
c) Princípio da unidade orçamentária.
d) Princípio do equilíbrio orçamentário.
e) Princípio da não vinculação das receitas.

Valores da despesa compatíveis com arrecadação das receitas denota equilíbrio.


Letra d.

• UNIFORMIDADE

Tem como objetivo permitir a comparação de orçamentos de diversos anos. Os aspectos


formais de apresentação da lei orçamentária anual devem ser uniformes ao longo do tempo,
possibilitando comparações entre orçamentos de vários períodos.
• CLAREZA

Determina que o orçamento deve ser de fácil compreensão. Trata-se de um princípio volta-
do para quem tiver contato com o orçamento, sendo necessário que o documento seja com-
preensível, objetivo e claro para todos, evitando-se que termos técnicos inviabilizem a leitura.
• PUBLICIDADE

Como qualquer outro ato emanado pelo poder público, ao Orçamento deve ser garantida a
sua publicidade.
Um princípio que se relaciona com a publicidade é o da Transparência. A Lei de Responsa-
bilidade Fiscal (LC n. 101/2000) traz o seguinte:

Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orça-
mentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execu-
ção Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
§ 1º A transparência será assegurada também mediante:
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de
elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei
Complementar n. 131, de 2009).

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II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informa-
ções pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso
público; e (Redação dada pela Lei Complementar n. 156, de 2016)
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão míni-
mo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.
• EXATIDÃO

De acordo com esse princípio, as estimativas constantes do orçamento devem buscar a


exatidão o tanto quanto possível. Isso facilita a gestão e o controle posterior, por exemplo. Não
dá pra estimar que se gastará R$ 3 bilhões com seguro-desemprego quando essa programa-
ção é, na verdade, cerca de R$ 40 bilhões.
• PROIBIÇÃO DO ESTORNO

De acordo com esse princípio, é vedada a transposição, remanejamento ou transferência


de recursos sem autorização legislativa. No entanto, pode ser admitida a transposição, o re-
manejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra, no
âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação.
• PROGRAMAÇÃO

Esse princípio não é muito visto na doutrina, mas vem sendo cobrado ultimamente em pro-
vas de concurso. Ele se relaciona com o orçamento-programa, adotado no Brasil, que determi-
na que o orçamento deva viabilizar o planejamento governamental, por meio de ações voltadas
para alcance desse fim.

023. (FGV/IMBEL/2021) Em relação à Lei de Orçamentos, de acordo com a Lei n. 4.320/1964,


assinale a afirmativa correta.
a) Compreende todas as receitas, exceto as operações de crédito autorizadas em Lei.
b) Contém a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade, de uni-
versalidade e de anualidade.
c) Consignará dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal,
material, serviços de terceiros e transferências.
d) As receitas e as despesas são apresentadas deduzidas dos custos estimados de realização.
e) As cotas de receitas que uma entidade pública deve transferir são registradas como “perda”
no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como “ganho”, no orçamento da que as
deva receber.

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Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
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Vejamos os erros.
a) Errada. Operação de crédito deve constar também.
c) Errada. É vedado prever dotação global.
d) Errada. Vedadas as deduções.
e) Errada. Não é perda; é despesa. Não é ganho; é receita.
Letra b.

• DESCENTRALIZAÇÃO

Esse princípio também não é muito visto na doutrina, mas já foi cobrado em prova. Ele
prescreve o seguinte: é desejável que a execução das ações orçamentárias aconteça de ma-
neira mais próxima dos beneficiários da política pública relacionada.
Por fim, vale citar quais princípios que são explicitados pelo Manual de Contabilidade Apli-
cada ao Setor Público – 8ª Edição:
− Unidade ou totalidade
− Universalidade
− Anualidade ou periodicidade
− Exclusividade
− Orçamento bruto
− Legalidade
− Publicidade
− Transparência
− Não-vinculação (não afetação) da receita de impostos
• VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS

Além dos princípios relacionados acima, a Constituição ainda prevê, nos incisos do artigo
167, situações vedadas pela Carta Magna. Esses casos não são considerados pela Doutrina
em geral como princípios, mas pela força e generalidade de suas disposições, achamos impor-
tante enumerá-las.
Dessa forma, são vedados:
− O início de programas e projetos não previstos na Lei Orçamentária;
− Despesas ou obrigações que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
− Operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas
as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (Regra de Ouro);

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Essa vedação relativa a operações de crédito será dispensada durante a vigência da calamida-
de pública nacional decorrente do novo Corona Vírus (EC n. 106/2020)
− Vinculação da receita de impostos (Princípio da não afetação);
− Abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
− Transposição, remanejamento ou transferência de recursos sem autorização legisla-
tiva. No entanto, pode ser admitida a transposição, o remanejamento ou a transferên-
cia de recursos de uma categoria de programação para outra, no âmbito das ativida-
des de ciência, tecnologia e inovação (PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO);
− Créditos ilimitados;
− Destinação de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para cobrir o défi-
cit de fundos, empresas e fundações, salvo autorização legislativa;
− Instituição de fundos, de qualquer natureza, sem autorização legislativa prévia;
− Pagamento de despesas com pessoal de outros entes federados, por meio de trans-
ferências voluntárias ou empréstimos (inclusive antecipação de receita), pela União e
Estados e suas instituições financeiras;
− Utilização de recursos do regime próprio de previdência social dos servidores para
a realização de despesas distintas do pagamento dos benefícios previdenciários do
respectivo fundo vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua organi-
zação e ao seu funcionamento;
− Transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e as subven-
ções pela União e a concessão de empréstimos e de financiamentos por instituições
financeiras federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na hipótese de
descumprimento das regras gerais de organização e de funcionamento de regime
próprio de previdência social;
− Criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante
a vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta
por programação orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração
pública. (Vedação incluída pela EC n. 109/2021)

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RESUMO
Técnicas Orçamentárias

Técnica Definição

Orçamento O foco do orçamento tradicional era no objeto do gasto, sendo as despesas


tradicional ou classificadas apenas por unidades administrativas ou itens de despesa. Era uma
clássico peça apenas para controle dos gastos públicos.

Esse modelo de orçamento representou uma evolução do orçamento


Orçamento tradicional, pois além de apresentar o objeto do gasto, como o orçamento
desempenho tradicional, dispunha de uma nova dimensão, o programa de trabalho, com a
finalidade de avaliar o desempenho das ações do governo.

É o modelo em vigor no Brasil. Ponto característico desse tipo de orçamento


é sua vinculação direta com o Planejamento Governamental. Como o próprio
Orçamento-
nome nos indica, no Orçamento-Programa o foco está nos programas
programa
de governo, nos projetos e atividades necessários para atingir as metas
pretendidas.

Nessa forma de orçamento, devem-se rever todos os valores consignados


Orçamento
no orçamento antecedente. Nenhum programa tem continuidade garantida.
base-zero
Todos os programas devem ser revistos, a partir da análise da sua permanência.

Esse orçamento funciona assim: num determinado ano, são arroladas as


Orçamento
despesas e as receitas. No próximo exercício o que é feito? Apenas a correção/
incremental
atualização dos valores, mantendo-se a base do ano anterior.

Convoca os cidadãos a participarem da etapa de formulação do orçamento. É


Orçamento
o chamamento da população para, junto ao Poder Executivo, estabelecer as
participativo
prioridades do Orçamento.

Princípios

Princípios Orçamentários
No caso do setor público, o gestor só pode fazer aquilo que está na
lei. Isso vale também para a matéria orçamentária. Diante desse fato,
Legalidade
justifica-se a existência das leis orçamentárias: PPA (Plano Plurianual),
LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual).
O orçamento deve ser uno, uma só peça. Assim, não poderão coexistir
Unidade/ diferentes orçamentos para um mesmo ente da federação. Esse princípio
Totalidade buscar evitar a proliferação de orçamentos paralelos em um mesmo ente
da federação, determinando que haja um só orçamento.

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Princípios Orçamentários
Determina que a Lei Orçamentária Anual compreenderá todas as
despesas e receitas, inclusive as provenientes de operações de crédito,
referentes a todos os Poderes do Ente da Federação (União, Estados,
Universalidade Munícipios e Distrito Federal), seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta. Esse princípio não se aplica às operações
de crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e
outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.
A lei orçamentária anual não deve conter dispositivo estranho à previsão
da receita e fixação da despesa, com exceção da autorização para a
Exclusividade
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, inclusive as de antecipação de receita.
Anualidade/ O orçamento deve abranger um período definido no tempo. No Brasil, o
Periodicidade orçamento coincide com o ano civil, período de um ano.
As receitas e despesas consignadas no orçamento devem ser
Orçamento Bruto apresentadas pelos seus valores brutos, sendo vedada a apresentação
desses créditos deduzidos por algum valor.
A receita de impostos não deve ser vinculada a órgãos, fundos e
Não Afetação/Não
despesas, ressalvando-se as exceções previstas na Constituição Federal
Vinculação
de 88.
Como qualquer outro ato emanado pelo poder público, ao Orçamento
Publicidade
deve ser garantida a sua publicidade.
O Governo deve divulgar o orçamento público de forma ampla à
sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a
Transparência
gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a
arrecadação da receita e a execução da despesa.

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Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/PGE-PB/2021) De acordo com as normas de direito financeiro previstas na
Constituição Federal de 1988, é possível a
a) transposição, sem prévia autorização legislativa, de recursos de uma categoria de progra-
mação para outra, no âmbito das atividades de ciência e tecnologia, desde que o objetivo seja
viabilizar os resultados de projetos dessas funções.
b) realização de operação de crédito em valor superior ao montante total das despesas de ca-
pital do exercício, ainda que a operação não esteja autorizada por créditos suplementares ou
especiais.
c) criação de fundo público cujos objetivos possam ser alcançados mediante a execução dire-
ta por programação orçamentária e financeira de órgão da administração pública.
d) utilização, sem autorização legislativa, de recursos do orçamento fiscal que sejam necessá-
rios para cobrir o déficit de empresas estatais prestadoras de serviço público.
e) concessão de empréstimos a estados e municípios que descumpram as regras gerais de
organização ou de funcionamento de regime próprio de previdência social, se concedidos por
instituição financeira federal.

002. (FGV/TCE-AM/2021) A realização de audiências públicas durante os processos de ela-


boração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos é um mecanis-
mo associado ao princípio do(a):
a) equilíbrio orçamentário;
b) exclusividade orçamentária;
c) realismo orçamentário;
d) transparência;
e) universalidade.

003. (FGV/TCE-AM/2021) Por ocasião das discussões a respeito do projeto de lei orçamen-
tária anual, encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, os parlamen-
tares dos partidos políticos Alfa e Beta deliberaram que as emendas individuais impositivas
iriam alocar recursos, para os Municípios escolhidos, por meio de transferência especial. Ao
tomar conhecimento dessa deliberação, um jornal de grande circulação afirmou que essa es-
pécie de transferência (1) exigia a celebração de convênio ou instrumento congênere para a
sua efetivação; (2) pertenceria ao respectivo Município no ato da efetiva transferência finan-
ceira; e (3) seria aplicada em programações finalísticas das áreas de competência do Poder
Executivo municipal, sendo uma parte em despesas de capital, observados os balizamentos
constitucionais. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar, quanto às informações
veiculadas, que:
a) todas estão corretas;
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b) apenas a 1 está correta;


c) apenas a 2 está correta;
d) apenas a 1 e a 3 estão corretas;
e) apenas a 2 e a 3 estão corretas.

004. (CESPE/APEX BRASIL/2021) Com relação aos princípios que regem a atividade finan-
ceira e orçamentária do Estado, assinale a opção correta.
a) Segundo o princípio da exclusividade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas
um orçamento para determinado exercício financeiro.
b) O princípio da exatidão determina que o orçamento público seja apresentado em linguagem
compreensível por todas as pessoas que precisem ou desejem acompanhá-lo.
c) De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em
um único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
d) Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um
orçamento para dado exercício financeiro e para determinado ente, e ele deve conter todas as
receitas e despesas.

005. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) De acordo com o princípio da unidade, os programas e proje-


tos devem ser estabelecidos em um único sistema ou método orçamentário, ainda que não
haja unidade documental.

006. (CESPE/TC-DF/2021) Em razão do princípio orçamentário da especialização ou da dis-


criminação, as despesas deverão ser apresentadas, na lei orçamentária anual, com suas res-
pectivas categorias de programação, somente sendo admitida a transposição de uma catego-
ria para outra por meio de lei, salvo se relativas à saúde.

007. (CESPE/TCE-RJ/2021) Acerca de orçamento público, julgue o item a seguir.


O governo pode deixar de executar despesas fixadas na lei orçamentária anual, à exceção de
casos específicos previstos na legislação vigente.

008. (CESPE/CODEVASF/2021) Segundo a Constituição Federal de 1988, a instituição de fun-


dos de natureza contábil depende de prévia autorização legislativa.

009. (CESPE/CODEVASF/2021) A definição prévia e clara dos objetivos governamentais é


condição para a adoção de um orçamento-programa.

010. (FCC/AL-AP/2020) Todas as receitas e despesas orçamentárias do Poder Legislativo


Estadual devem ser, respectivamente, previstas e fixadas na Lei Orçamentária Anual do
a) Poder Legislativo, em atendimento ao princípio orçamentário da exclusividade.
b) ente estadual do qual é parte, em atendimento ao princípio orçamentário da universalidade.

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c) ente estadual do qual é parte, em atendimento ao princípio orçamentário da eficiência.


d) Poder Legislativo, em atendimento ao princípio orçamentário da transparência.
e) Poder Legislativo, em atendimento ao princípio orçamentário da não vinculação da receita
de impostos.

011. (FCC/AL-AP/2020) A Lei Orçamentária Anual de um ente público estadual


a) pode conter dispositivo que regula a instituição e o funcionamento de fundos.
b) é específica para cada um dos poderes, ou seja, um ente estadual tem três leis orçamentá-
rias diferentes.
c) pode conter dispositivo que garanta a aplicação de, no mínimo, 10% da arrecadação do Im-
posto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em ações de urbanismo.
d) pode deixar de computar os recursos oriundos das operações de crédito com vencimento
no longo prazo no total das receitas orçamentárias.
e) deve computar a receita de alienação de bens pelo valor total e bruto a ser recebido e não
pelo resultado a ser obtido com a alienação.

012. (CESPE/MPE-CE/2020) A técnica orçamentária do orçamento clássico ou tradicional


caracteriza-se por uma acentuada preocupação com o atendimento das necessidades da co-
letividade.

013. (CESPE/MPE-CE/2020) O orçamento público é um instrumento de planejamento gover-


namental em que constam as despesas da administração pública em equilíbrio com a arreca-
dação das receitas previstas para um período de dois anos.

014. (CESPE/MPE-CE/2020) Informações sobre a execução orçamentária e financeira devem


ser liberadas para o conhecimento da sociedade em meios eletrônicos de acesso público.

015. (CESPE/MPE-CE/2020) No Brasil, por meio do orçamento participativo, a população


pode definir, de forma flexível, onde será alocada a maior parte dos recursos orçamentários.

016. (CESPE/MPE-CE/2020) A LOA de 2020 prevê crédito para a construção de um presídio


federal com custo total previsto de R$ 11 milhões. Os pagamentos serão realizados em par-
celas durante a execução da obra, que será desenvolvida em dois anos, com expectativa de
conclusão para 2021, conforme previsto no PPA.
Considerando a situação hipotética precedente, julgue o próximo item.
A vigência do crédito disponibilizado na LOA de 2020 terá duração de dois anos e findará ao
final de 2021.

017. (CESPE/SEFAZ-AL/2020) Define-se regra de ouro como o instrumento de controle dos


gastos públicos federais que estabelece um limite ao crescimento das despesas do governo
durante vinte anos.

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Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
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018. (CESPE/SEFAZ-AL/2020) A emissão de dívida pública para o financiamento de despe-


sas correntes que não seja respaldada por créditos suplementares ou especiais viola a regra
de ouro, que tem previsão constitucional.

019. (CESPE/SEFAZ-DF/2020) Emenda parlamentar ao projeto de lei orçamentária destinada


a reforçar a dotação para os serviços da dívida correspondentes a determinada operação de
crédito deve ser rejeitada por inconstitucionalidade se apresentar como fonte de recursos a
anulação das despesas com serviços da dívida correspondentes a outra operação de crédito.

020. (CESPE/SEFAZ-DF/2020) A arrecadação de impostos compartilhados com diversos en-


tes da Federação deve ser contabilizada no âmbito do ente arrecadador pelo seu valor líquido,
descontados os valores pertencentes aos demais entes.

021. (CESPE/TJ-PA/2020) A técnica-orçamentária que utiliza o orçamento com função precí-


pua de controle político é chamada de
a) orçamento clássico.
b) orçamento por desempenho.
c) orçamento por resultados.
d) orçamento burocrático.
e) orçamento-programa.

022. (CESPE/TJ-PA/2020) Assinale a opção que indica o princípio orçamentário que permite
ao Poder Legislativo ter conhecimento do valor global das despesas projetadas pelo governo.
a) princípio do orçamento bruto
b) princípio da universalidade
c) princípio da unidade
d) princípio da não afetação das receitas
e) princípio do equilíbrio.

023. (CESPE/TJ-PA/2020) No que tange ao orçamento-programa, assinale a opção correta.


a) A alocação de recursos visa exclusivamente à aquisição de insumos para a execução orça-
mentária dos programas.
b) O principal critério para classificação orçamentária é o que indica a entidade responsável
pela execução do programa.
c) É necessária a criação de alternativas para se determinar uma escala de prioridades a serem
executadas.
d) O orçamento-programa apresenta vinculação com o planejamento governamental na execu-
ção de programas, projetos e atividades do Estado.
e) Metas e resultados a serem alcançados devem ser estabelecidos necessariamente com
base no menor custo das ações e aquisições demandadas pelos programas.

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Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
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024. (FUNDATEC/CRA-RS/2021) Sobre um determinado orçamento, analise as característi-


cas abaixo:
Não é levado em consideração o passado, especialmente para não carregar para o período
futuro eventuais ineficiências que possam existir na empresa. Em sua elaboração, analisa-se a
real necessidade de cada gasto ou estrutura sempre que se elabora um novo orçamento. Tem
a vantagem de ser uma solução negociada de baixo para cima, obtida por consenso, transpa-
rente e, por isso mesmo, altamente motivadora. Com a eliminação de focos de desperdício, os
recursos são adequadamente alocados, impactando positivamente os resultados.
As características acima definem o orçamento do tipo:
a) Estático.
b) Flexível.
c) Base-Zero.
d) Baseado em atividades.
e) Colaborativo.

025. (FUNDATEC/CÂMARA DE CANDELÁRIA-RS/2021) De acordo com a Lei do Orçamento,


Lei n. 4.320/1964, analise as seguintes assertivas:
I – A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a
política econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios
de unidade, universalidade e anualidade.
II – As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como
despesa, no orçamento da entidade obrigada à transferência e, como receita, no orçamento da
que as deva receber.
III – Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo
os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em ma-
téria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas
exercidas por essas entidades.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

026. (FUNDATEC/PREFEITURA DE TRAMANDAÍ-RS/2021) Em relação aos princípios orça-


mentários, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O princípio orçamentário da legalidade determina que a Administração Pública realize suas
atividades segundo as previsões das leis orçamentárias.

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b) O princípio orçamentário da anualidade indica que o prazo de vigência da lei orçamentária


será anual, devendo esta ser elaborada e aprovada anualmente, refletindo a periodicidade do
orçamento, não se exigindo, contudo, que tal periodicidade coincida com o ano civil.
c) O princípio da exclusividade veda que a lei orçamentária trate de outra matéria que não diga
respeito a receitas e despesas.
d) O princípio orçamentário da programação, ou do planejamento, revela o atributo de instru-
mento de gestão que o orçamento possui, devendo apresentar programaticamente o plano de
ação do governo para o período a que se refere, integrando, de modo harmônico, as previsões
da lei orçamentária, da lei do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.

027. (FUNDATEC/CRA-RS/2021) O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (2019)


define que os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes norteadoras básicas, a fim
de conferir racionalidade, eficiência e transparência para os processos de elaboração, execu-
ção e controle do orçamento público. Assim sendo, segundo o referido Manual, são princípios
orçamentários cuja existência e aplicação derivam da Lei n. 4.320/1964:
I – Unidade ou totalidade.
II – Universalidade.
III – Anualidade ou periodicidade.
IV – Publicidade.
Quais estão corretos?
a) Apenas I.
b) Apenas IV.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I, II e III.
e) Apenas I, II e IV.

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GABARITO
1. a
2. d
3. e
4. d
5. Anulada
6. E
7. C
8. C
9. C
10. b
11. e
12. E
13. E
14. C
15. E
16. E
17. E
18. Anulada
19. C
20. E
21. a
22. b
23. d
24. c
25. e
26. b
27. d

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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/PGE-PB/2021) De acordo com as normas de direito financeiro previstas na
Constituição Federal de 1988, é possível a
a) transposição, sem prévia autorização legislativa, de recursos de uma categoria de progra-
mação para outra, no âmbito das atividades de ciência e tecnologia, desde que o objetivo seja
viabilizar os resultados de projetos dessas funções.
b) realização de operação de crédito em valor superior ao montante total das despesas de ca-
pital do exercício, ainda que a operação não esteja autorizada por créditos suplementares ou
especiais.
c) criação de fundo público cujos objetivos possam ser alcançados mediante a execução dire-
ta por programação orçamentária e financeira de órgão da administração pública.
d) utilização, sem autorização legislativa, de recursos do orçamento fiscal que sejam necessá-
rios para cobrir o déficit de empresas estatais prestadoras de serviço público.
e) concessão de empréstimos a estados e municípios que descumpram as regras gerais de
organização ou de funcionamento de regime próprio de previdência social, se concedidos por
instituição financeira federal.

A letra a é a única possibilidade permitida entre as assertivas. Essa transposição representa


exceção à regra.
Letra a.

002. (FGV/TCE-AM/2021) A realização de audiências públicas durante os processos de ela-


boração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos é um mecanis-
mo associado ao princípio do(a):
a) equilíbrio orçamentário;
b) exclusividade orçamentária;
c) realismo orçamentário;
d) transparência;
e) universalidade.

Quando se realiza uma audiência pública, o debate se amplia e chega ao conhecimento de


mais cidadãos, o que torna o processo mais transparente.
Letra d.

003. (FGV/TCE-AM/2021) Por ocasião das discussões a respeito do projeto de lei orçamen-
tária anual, encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, os parlamen-

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tares dos partidos políticos Alfa e Beta deliberaram que as emendas individuais impositivas
iriam alocar recursos, para os Municípios escolhidos, por meio de transferência especial. Ao
tomar conhecimento dessa deliberação, um jornal de grande circulação afirmou que essa es-
pécie de transferência (1) exigia a celebração de convênio ou instrumento congênere para a
sua efetivação; (2) pertenceria ao respectivo Município no ato da efetiva transferência finan-
ceira; e (3) seria aplicada em programações finalísticas das áreas de competência do Poder
Executivo municipal, sendo uma parte em despesas de capital, observados os balizamentos
constitucionais. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar, quanto às informações
veiculadas, que:
a) todas estão corretas;
b) apenas a 1 está correta;
c) apenas a 2 está correta;
d) apenas a 1 e a 3 estão corretas;
e) apenas a 2 e a 3 estão corretas.

Apenas a assertiva 1 está errada. O repasse ocorre independentemente de celebração de con-


vênio ou de instrumento congênere.
Letra e.

004. (CESPE/APEX BRASIL/2021) Com relação aos princípios que regem a atividade finan-
ceira e orçamentária do Estado, assinale a opção correta.
a) Segundo o princípio da exclusividade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas
um orçamento para determinado exercício financeiro.
b) O princípio da exatidão determina que o orçamento público seja apresentado em linguagem
compreensível por todas as pessoas que precisem ou desejem acompanhá-lo.
c) De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em
um único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
d) Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um
orçamento para dado exercício financeiro e para determinado ente, e ele deve conter todas as
receitas e despesas.

Aos erros.
a) Errada. Princípio da unidade.
b) Errada. Princípio da clareza.
c) Errada. Aqui o correto é princípio da totalidade. Importante dizer que o Cespe recentemente
(2021 também) anulou a assertiva abaixo:

De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em um


único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.

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Como justificativa, disse que a necessidade de unidade documental havia sido abolida.
Em 2018, no entanto, a assertiva abaixo, com o mesmo teor, foi o gabarito de uma questão de
múltipla escolha para o TCE-PB:

Com relação aos princípios que regem a atividade financeira do Estado, assinale a opção correta.
De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em um
único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
O que a gente pode concluir: unidade documental é princípio da unidade; não haver neces-
sariamente unidade documental é princípio da totalidade, mas antes (até 2018) o Cespe não
distinguia entre totalidade e unidade em relação a esse tema.
Letra d.

005. (CESPE/SEFAZ-CE/2021) De acordo com o princípio da unidade, os programas e proje-


tos devem ser estabelecidos em um único sistema ou método orçamentário, ainda que não
haja unidade documental.

Essa questão foi anulada. Como justificativa, a banca disse que a necessidade de unidade do-
cumental havia sido abolida.
Vale mencionar que também em 2021, em uma questão de múltipla escolha para APEX BRA-
SIL, essa assertiva foi dada como errada:

Com relação aos princípios que regem a atividade financeira e orçamentária do Estado, assinale a
opção correta.
C) De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em um
único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
Em 2018, no entanto, a assertiva abaixo, com o mesmo teor, foi o gabarito de uma questão de
múltipla escolha para o TCE-PB:

Com relação aos princípios que regem a atividade financeira do Estado, assinale a opção correta.
De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em um
único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
O que a gente pode concluir: unidade documental é princípio da unidade; não haver neces-
sariamente unidade documental é princípio da totalidade, mas antes (até 2018) o Cespe não
distinguia entre totalidade e unidade em relação a esse tema.
Anulada.

006. (CESPE/TC-DF/2021) Em razão do princípio orçamentário da especialização ou da dis-


criminação, as despesas deverão ser apresentadas, na lei orçamentária anual, com suas res-
pectivas categorias de programação, somente sendo admitida a transposição de uma catego-
ria para outra por meio de lei, salvo se relativas à saúde.

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Essa parte sobre transposição não guarda ligação com o princípio da especialização. Esse é
um tema que se relaciona com outro princípio: do estorno. No entanto, a exceção não é saúde,
é ciência, tecnologia e inovação.
Errado.

007. (CESPE/TCE-RJ/2021) Acerca de orçamento público, julgue o item a seguir.


O governo pode deixar de executar despesas fixadas na lei orçamentária anual, à exceção de
casos específicos previstos na legislação vigente.

É isso! Há despesas obrigatórias, mas há também despesas discricionárias. O nosso orçamen-


to ainda tem uma parcela autorizativa, embora o caráter impositivo vem avançando, tomando
fatias cada vez maiores do todo.
Certo.

008. (CESPE/CODEVASF/2021) Segundo a Constituição Federal de 1988, a instituição de fun-


dos de natureza contábil depende de prévia autorização legislativa.

Perfeito! É vedado instituir fundo sem prévia autorização legislativa.


Certo.

009. (CESPE/CODEVASF/2021) A definição prévia e clara dos objetivos governamentais é


condição para a adoção de um orçamento-programa.

Perfeito! No orçamento-programa, é preciso ter um olhar sobre os objetivos governamentais.


Certo.

010. (FCC/AL-AP/2020) Todas as receitas e despesas orçamentárias do Poder Legislativo


Estadual devem ser, respectivamente, previstas e fixadas na Lei Orçamentária Anual do
a) Poder Legislativo, em atendimento ao princípio orçamentário da exclusividade.
b) ente estadual do qual é parte, em atendimento ao princípio orçamentário da universalidade.
c) ente estadual do qual é parte, em atendimento ao princípio orçamentário da eficiência.
d) Poder Legislativo, em atendimento ao princípio orçamentário da transparência.
e) Poder Legislativo, em atendimento ao princípio orçamentário da não vinculação da receita
de impostos.

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Constar todas as receitas e despesas é universalidade.


Letra b.

011. (FCC/AL-AP/2020) A Lei Orçamentária Anual de um ente público estadual


a) pode conter dispositivo que regula a instituição e o funcionamento de fundos.
b) é específica para cada um dos poderes, ou seja, um ente estadual tem três leis orçamentá-
rias diferentes.
c) pode conter dispositivo que garanta a aplicação de, no mínimo, 10% da arrecadação do Im-
posto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em ações de urbanismo.
d) pode deixar de computar os recursos oriundos das operações de crédito com vencimento
no longo prazo no total das receitas orçamentárias.
e) deve computar a receita de alienação de bens pelo valor total e bruto a ser recebido e não
pelo resultado a ser obtido com a alienação.

Aos erros.
a) Errada. Princípio da exclusividade não foi observado.
b) Errada. Princípio da unidade tá off.
c) Errada. Tem que observar a não afetação. Além disso, esse dispositivo feriria a exclusividade.
d) Errada. Tem que observar a universalidade.
Letra e.

012. (CESPE/MPE-CE/2020) A técnica orçamentária do orçamento clássico ou tradicional


caracteriza-se por uma acentuada preocupação com o atendimento das necessidades da co-
letividade.

A preocupação é com os meios.


Errado.

013. (CESPE/MPE-CE/2020) O orçamento público é um instrumento de planejamento gover-


namental em que constam as despesas da administração pública em equilíbrio com a arreca-
dação das receitas previstas para um período de dois anos.

Em atendimento à anualidade, o período correto é 1 ano.


Errado.

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014. (CESPE/MPE-CE/2020) Informações sobre a execução orçamentária e financeira devem


ser liberadas para o conhecimento da sociedade em meios eletrônicos de acesso público.

Em homenagem ao princípio da transparência.


Certo.

015. (CESPE/MPE-CE/2020) No Brasil, por meio do orçamento participativo, a população


pode definir, de forma flexível, onde será alocada a maior parte dos recursos orçamentários.

A população opina, mas o legislativo define. Além disso, não há de se falar em flexibilidade.
Errado.

016. (CESPE/MPE-CE/2020) A LOA de 2020 prevê crédito para a construção de um presídio


federal com custo total previsto de R$ 11 milhões. Os pagamentos serão realizados em par-
celas durante a execução da obra, que será desenvolvida em dois anos, com expectativa de
conclusão para 2021, conforme previsto no PPA.
Considerando a situação hipotética precedente, julgue o próximo item.
A vigência do crédito disponibilizado na LOA de 2020 terá duração de dois anos e findará ao
final de 2021.

Isso infringe o princípio da anualidade.


Errado.

017. (CESPE/SEFAZ-AL/2020) Define-se regra de ouro como o instrumento de controle dos


gastos públicos federais que estabelece um limite ao crescimento das despesas do governo
durante vinte anos.

O limite de crescimento de despesas está no teto de gastos ou novo regime fiscal. A regra de
ouro refere-se à relação entre operações de crédito e despesas de capital: operação de crédito
não pode exceder as despesas de capital.
Errado.

018. (CESPE/SEFAZ-AL/2020) A emissão de dívida pública para o financiamento de despe-


sas correntes que não seja respaldada por créditos suplementares ou especiais viola a regra
de ouro, que tem previsão constitucional.

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A banca decidiu anular a questão, já que não foi mencionado se o montante de operação de
crédito estava ultrapassando as despesas de capital.
Anulada.

019. (CESPE/SEFAZ-DF/2020) Emenda parlamentar ao projeto de lei orçamentária destinada


a reforçar a dotação para os serviços da dívida correspondentes a determinada operação de
crédito deve ser rejeitada por inconstitucionalidade se apresentar como fonte de recursos a
anulação das despesas com serviços da dívida correspondentes a outra operação de crédito.

Perfeito! No caso de emendas parlamentares, é vedada a aplicação dos recursos no pagamen-


to de despesas com pessoal e encargos sociais (ativos e inativos), e com encargos referentes
ao serviço da dívida.
Certo.

020. (CESPE/SEFAZ-DF/2020) A arrecadação de impostos compartilhados com diversos en-


tes da Federação deve ser contabilizada no âmbito do ente arrecadador pelo seu valor líquido,
descontados os valores pertencentes aos demais entes.

Tem que ser valor bruto.


Errado.

021. (CESPE/TJ-PA/2020) A técnica-orçamentária que utiliza o orçamento com função precí-


pua de controle político é chamada de
a) orçamento clássico.
b) orçamento por desempenho.
c) orçamento por resultados.
d) orçamento burocrático.
e) orçamento-programa.

O controle político está presente no orçamento clássico ou tradicional.


Letra a.

022. (CESPE/TJ-PA/2020) Assinale a opção que indica o princípio orçamentário que permite
ao Poder Legislativo ter conhecimento do valor global das despesas projetadas pelo governo.
a) princípio do orçamento bruto

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b) princípio da universalidade
c) princípio da unidade
d) princípio da não afetação das receitas
e) princípio do equilíbrio.

O valor global só é obtida quando todas as despesas e receitas estiverem no orçamento, em


respeito ao princípio da universalidade.
Letra b.

023. (CESPE/TJ-PA/2020) No que tange ao orçamento-programa, assinale a opção correta.


a) A alocação de recursos visa exclusivamente à aquisição de insumos para a execução orça-
mentária dos programas.
b) O principal critério para classificação orçamentária é o que indica a entidade responsável
pela execução do programa.
c) É necessária a criação de alternativas para se determinar uma escala de prioridades a serem
executadas.
d) O orçamento-programa apresenta vinculação com o planejamento governamental na execu-
ção de programas, projetos e atividades do Estado.
e) Metas e resultados a serem alcançados devem ser estabelecidos necessariamente com
base no menor custo das ações e aquisições demandadas pelos programas.

No orçamento-programa, temos a vinculação com o planejamento na execução de programas.


Letra d.

024. (FUNDATEC/CRA-RS/2021) Sobre um determinado orçamento, analise as característi-


cas abaixo:
Não é levado em consideração o passado, especialmente para não carregar para o período
futuro eventuais ineficiências que possam existir na empresa. Em sua elaboração, analisa-se a
real necessidade de cada gasto ou estrutura sempre que se elabora um novo orçamento. Tem
a vantagem de ser uma solução negociada de baixo para cima, obtida por consenso, transpa-
rente e, por isso mesmo, altamente motivadora. Com a eliminação de focos de desperdício, os
recursos são adequadamente alocados, impactando positivamente os resultados.
As características acima definem o orçamento do tipo:
a) Estático.
b) Flexível.
c) Base-Zero.
d) Baseado em atividades.
e) Colaborativo.

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É o OBZ que não leva em consideração o passado. Sua base é zero. É preciso provar as neces-
sidades dos gastos tudo de novo.
Letra c.

025. (FUNDATEC/CÂMARA DE CANDELÁRIA-RS/2021) De acordo com a Lei do Orçamento,


Lei n. 4.320/1964, analise as seguintes assertivas:
I – A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a
política econômica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios
de unidade, universalidade e anualidade.
II – As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como
despesa, no orçamento da entidade obrigada à transferência e, como receita, no orçamento da
que as deva receber.
III – Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo
os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em ma-
téria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas
exercidas por essas entidades.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Todos os itens estão corretos.


Item I trata traz excerto da Lei n. 4.320/1964 em que os 3 princípios são citados.
Item II relaciona-se ao princípio do orçamento bruto.
Item III refere-se à aula de receita, mas traz conceito correto de tributo.
Letra e.

026. (FUNDATEC/PREFEITURA DE TRAMANDAÍ-RS/2021) Em relação aos princípios orça-


mentários, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O princípio orçamentário da legalidade determina que a Administração Pública realize suas
atividades segundo as previsões das leis orçamentárias.
b) O princípio orçamentário da anualidade indica que o prazo de vigência da lei orçamentária
será anual, devendo esta ser elaborada e aprovada anualmente, refletindo a periodicidade do
orçamento, não se exigindo, contudo, que tal periodicidade coincida com o ano civil.

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c) O princípio da exclusividade veda que a lei orçamentária trate de outra matéria que não diga
respeito a receitas e despesas.
d) O princípio orçamentário da programação, ou do planejamento, revela o atributo de instru-
mento de gestão que o orçamento possui, devendo apresentar programaticamente o plano de
ação do governo para o período a que se refere, integrando, de modo harmônico, as previsões
da lei orçamentária, da lei do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.

A alternativa incorreta é a b), já que o exercício financeiro coincide com o ano civil.

Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.


Letra b.

027. (FUNDATEC/CRA-RS/2021) O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (2019)


define que os Princípios Orçamentários visam estabelecer diretrizes norteadoras básicas, a fim
de conferir racionalidade, eficiência e transparência para os processos de elaboração, execu-
ção e controle do orçamento público. Assim sendo, segundo o referido Manual, são princípios
orçamentários cuja existência e aplicação derivam da Lei n. 4.320/1964:
I – Unidade ou totalidade.
II – Universalidade.
III – Anualidade ou periodicidade.
IV – Publicidade.
Quais estão corretos?
a) Apenas I.
b) Apenas IV.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I, II e III.
e) Apenas I, II e IV.

No art. 2º da Lei n. 4.320/1964, são citados: unidade, universalidade e anualidade.


Letra d.

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REFERÊNCIAS
Livro/Texto Autor

Orçamento Público Giacomoni

Manual Técnico de Orçamento SOF

Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público STN


Ah, não se esqueça de avaliar esta aula. O seu feedback é muito importante para o aprimo-
ramento constante deste trabalho.

Allan Mendes
Auditor de Controle Interno do Distrito Federal. Ex-servidor do Ministério Público da União (MPU), onde
atuou como diretor administrativo e financeiro do Programa de Saúde dos Membros e Servidores. Ex-
servidor do Fundo Nacional de Educação (FNDE), onde atuou como chefe da Divisão de Prestação de
Contas de Convênios. Graduado em Ciências Contábeis pela UnB e em Direito pela UPIS. Pós-graduado em
Contabilidade Pública na WPÓS e mestre em Direito pela Universidade Católica de Brasília.

Vinicius Ribeiro
Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, onde trabalha com as leis orçamentárias. Aprovado
no concurso de Consultor de Orçamento na Câmara dos Deputados. Formado em Administração na
Universidade Federal de Uberlândia. É autor do livro Administração para Concursos, publicado pela
editora GEN. Professor de cursos online para concursos há 7 anos. Foi, ainda, Analista de Planejamento e
Orçamento no Ministério do Planejamento; Analista Judiciário – Área Administrativa no CNJ e no STF; e
Especialista no FNDE. Possui pós-graduação – MBA em Negócios Internacionais e Comércio Exterior na
FGV.

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