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PÚBLICO
Conceitos, Técnicas e Princípios
Orçamentários
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro
Sumário
Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários. ...........................................................................................3
1. Conceitos e Técnicas..................................................................................................................................................3
1.1. Orçamento Autorizativo x Orçamento Impositivo. .................................................................................7
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Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro
1. Conceitos e Técnicas
O orçamento público pode ser entendido como um conjunto de informações que eviden-
ciam as ações governamentais, capaz de ligar os sistemas de planejamento e finanças. Tra-
ta-se de um documento em que são previstas (estimadas) as receitas e fixadas as despesas.
O conceito e utilização do orçamento público vêm evoluindo juntamente com a própria
história da sociedade. Inicialmente o orçamento surgiu na Inglaterra como um instrumento
de controle do Poder Legislativo sobre os gastos do Poder Executivo, fruto das conquistas da
classe burguesa em contraposição ao absolutismo, cabendo ao soberano autorização para
realizar as despesas estatais.
Este orçamento é chamado de ORÇAMENTO TRADICIONAL OU CLÁSSICO, cuja principal
preocupação era relacionada a questões tributárias, deixando de lado aspectos sociais e eco-
nômicos. O foco do orçamento tradicional era no objeto do gasto, sendo as despesas classi-
ficadas apenas por unidades administrativas ou itens de despesa.
Para a prova, lembre-se que o orçamento tradicional ou clássico era uma peça apenas para
controle dos gastos públicos, para controle político.
Orçamento Tradicional
No pós-guerra (Segunda Guerra Mundial), surge uma nova fase de atuação do Estado, à
medida que a sociedade exigia um Estado provedor de serviços públicos, a importância e ob-
jetivos do orçamento foram evoluindo. A fase seguinte ao orçamento tradicional foi o ORÇA-
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Orçamento Desempenho
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• classificação funcional-programática;
• utilização de indicadores de resultados;
• o controle visa avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividade das ações governamentais.
Técnica Dimensões
Orçamento Tradicional 1 dimensão (objeto do gasto ou elemento de despesa)
Orçamento Desempenho 2 dimensões (objeto do gasto e Programa de Trabalho)
3 dimensões (objeto do gasto, Programa de Trabalho e
Orçamento Programa
Objetivo da ação governamental)
Avaliações técnicas embasam as decisões de alocação, que são tomadas em função dos re-
sultados, das finalidades almejadas.
Letra b.
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Vale dizer que o orçamento atual é cheio de vinculações orçamentárias que impedem essa
discricionariedade. Cerca de 90% do orçamento da União é vinculado.
Tradicional: necessidades dos órgãos, sem questionar objetivos e metas, sem se associar a
planejamento, sem avaliar eficácia das ações.
Letra a.
O DASP foi extinto na década de 80. Tendo sido criado no final da década de 30, o orçamento
vigente à época era o tradicional. Além disso, o OBZ não se caracteriza por um simples quadro
demonstrativo.
Errado.
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cessários, com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. Essa
norma segue os seguintes parâmetros:
• subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que estabeleçam
metas fiscais ou limites de despesas e não impede o cancelamento necessário à aber-
tura de créditos adicionais;
• não se aplica nos casos de impedimentos de ordem técnica devidamente justificados;
• aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias.
Além disso, o dever de execução se aplica apenas aos orçamentos fiscal e da seguridade
social, ou seja, não vincula o orçamento de investimentos (ATENÇÃO: mais a frente veremos o
que são esses orçamentos!).
Veja, que apesar da ideia de um orçamento impositivo/obrigatório, são inúmeras as pos-
sibilidades de se reverem os programas, seja por meio de cancelamentos de dotações ou em
razão de impedimentos técnicos.
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O valor das emendas faz referência a uma porcentagem da receita corrente líquida – RCL.
Assim, temos:
• Até 1,2% da RCL para as emendas individuais (0,6% para a saúde).
• Até 1,0% da RCL para as emendas impositivas de bancada (o que passar disso é não
impositivo). Não tem metade obrigatória para saúde aqui.
A regra acima é a que você vai levar para a prova. Agora vou te falar da realidade não para
te confundir, mas para te deixar ciente, porque isso poderia ser explorado pelas bancas: desde
2017 para emendas individuais e desde 2021 para as emendas de bancada, o montante defini-
do não olha mais para a RCL; olha para o IPCA.
Hoje a regra é a seguinte: o valor das emendas equivale ao valor do ano anterior, corrigido
pelo IPCA. Essa é a regra de correção do teto de gastos (novo regime fiscal) para as despesas
primárias. Essa regra está também na Constituição, mas no Ato das Disposições Constitucio-
nais Transitórias. A correção pela RCL acabou? Não. Ela está suspensa enquanto estiver em
vigor o novo regime fiscal. Mas, como eu disse, as bancas não exploram isso. Elas consideram
a regra permanente: porcentagem da RCL.
Você precisa conhecer mais uma coisinha: qual é a RCL que a gente vai olhar? Depende.
Quando está sendo definido o montante de emendas no projeto de lei orçamentária, a refe-
rência é a RCL prevista no projeto. Aprovou o orçamento? Está na hora da execução? Agora a
referência muda: não é mais a RCL projetada; agora é hora de olhar para a RCL executada no
ano anterior.
Um exemplo pra facilitar: estamos fazendo o orçamento para 2023. RCL projetada? 1.000
trilhão. Então, teremos 12 bilhões de emendas individuais (1,2% da RCL), sendo 6 bilhões para
saúde; e 10 bilhões de emendas de bancada (1,0% da RCL). Lembre-se que estamos em 2022,
ou seja, não conhecemos a RCL executada no ano de 2022.
Agora temos o orçamento aprovado e ano de 2023 começou. Precisamos definir o montan-
te novamente. Qual é a base? A RCL que foi observada para 2022. Observou 900 bilhões. Então,
só poderá ser executado 10,8 bilhões nas individuais e 9 bilhões nas de bancada.
Professor, você falou de emendas de relator ali em cima. Tem limite pra essas emendas?
Tem sim: 1,2% + 1,0% da RCL. Ou seja: não pode passar a soma das emendas impositivas (in-
dividuais e de bancada).
Apesar de impositivas, as emendas individuais e parte das emendas de bancada estadual
(aquelas que são impositivas), essas não serão de execução obrigatória nos casos dos impe-
dimentos de ordem técnica.
Além dessa limitação, se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa pode-
rá resultar no não cumprimento da meta de resultado fiscal, os montantes de execução das
emendas poderão ser reduzidos na mesma proporção das demais despesas discricionárias.
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O orçamento traz despesas obrigatórias, que o governo não pode deixar de fazer (ex.: gastos
com saúde, educação e segurança), e despesas discricionárias, sobre as quais ele tem liberda-
de de decidir (ex.: gastos com infraestrutura e pesquisa).
No caso das despesas discricionárias, no caso de haver frustração de receitas, elas podem
ser contingenciadas, ou seja, esses gastos não poderão ser executados, até que seja feito o
descontingenciamento.
Por fim, vale dizer que as emendas podem ser pagas posteriormente (após o transcorrer do
ano), gerando restos a pagar.
Em qualquer uma das hipóteses de transferência, é vedada a aplicação dos recursos no paga-
mento de despesas com pessoal e encargos sociais (ativos e inativos), e com encargos refe-
rentes ao serviço da dívida.
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Vejamos os erros.
a) Errada. Há vários erros nessa assertiva. Essa porcentagem de 1,2% é em relação à receita
corrente líquida – RCL. Mas cuidado. Primeiro, é o montante de todas as emendas individuais
que deve dar 1,2% da RCL. No entanto, essa regra não está valendo atualmente. O valor para
as emendas individuais é o valor do ano anterior corrigido pelo IPCA, como é a regra para as
despesas primárias.
b) Errada. Pode ser cumprida em ano posterior.
d) Errada. Pode ser firmado convênio.
e) Errada. É considerada no cômputo.
Letra c.
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2. Tipos de Orçamento
A doutrina divide o orçamento em três tipos, dependendo dos Poderes que participam da
elaboração, aprovação e execução deste:
Perfeito! As bancadas estaduais não podem fazer emenda por meio de transferência especial.
Certo.
3. Princípios Orçamentários
O orçamento público tem princípios que regem sua elaboração e controle. Esses princípios
orçamentários são regras que norteiam o processo de elaboração, aprovação, execução e con-
trole do orçamento, encontrados na Constituição, na doutrina e em legislação infraconstitucio-
nal, principalmente na Lei n. 4.320/1964.
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Muita atenção a cada detalhe, pois em muitos casos as questões pedem apenas que o candi-
dato correlacione o nome de cada princípio com suas características.
Outro ponto importante: citaremos vários princípios. Mas quando a pergunta se relacionar
ao que está expresso na Lei n. 4.320/1964, temos o seguinte:
Com base no art. 5º da CF/1988, consigna que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
No caso do setor público, o gestor só pode fazer aquilo que está na lei. Isso vale também
para a matéria orçamentária. Diante desse fato, justifica-se a existência das leis orçamentárias:
PPA (Plano Plurianual), LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual).
O orçamento é uma de Lei Ordinária, aprovada pelo Poder Legislativo, sob rito especial,
com iniciativa exclusiva de apresentação do Projeto pelo Chefe do Poder Executivo. Aliás, ti-
rando os créditos extraordinários, que são enviados ao Congresso Nacional por meio Medida
Provisória, as matérias orçamentárias (PPA, LDO, LOA e demais créditos adicionais) são envia-
das ao Poder Legislativo pelo Poder Executivo por meio de Projeto de Lei Ordinária.
Apesar de ser uma lei ordinária, o orçamento público não cria nem gera direitos e deveres,
não inovando na ordem jurídica. Dessa forma, materialmente, o Orçamento Público é conside-
rado uma lei de efeitos concretos, logo, com natureza de ato administrativo.
Podemos então dar as seguintes características para a lei orçamentária:
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Há duas correntes doutrinárias sobre a natureza da lei orçamentária, uma defende que
essa tem apenas forma de Lei, mas conteúdo de ato administrativo (Mayer), e outra corrente
classifica a lei orçamentária como lei material, emanada do Poder Legislativo, no exercício de
suas funções (Hoennel).
Como a impositividade do orçamento vem ganhando força nos últimos anos, há quem de-
fenda que essa característica faz o orçamento ser, de fato, uma lei material.
Prestem atenção! Apesar do fato de ser uma lei formal, isso não impede o controle abstra-
to de constitucionalidade sobre as normas orçamentárias, conforme jurisprudência atual do
Supremo Tribunal Federal (STF). Esse tema é mais facilmente observado na Prova de Constitu-
cional, mas é bom ficar atento, uma vez que tem sido tema em provas!
007. (CESPE/APEX BRASIL/2021) Para que o poder público possa desempenhar suas funções
com critério, é necessário que haja um planejamento orçamentário consistente que estabeleça
com clareza as prioridades da gestão. A respeito desse assunto, assinale a opção correta.
a) Orçamento público é um conceito estático cujas funções têm permanecido inalteradas des-
de a sua criação.
b) O orçamento público constitui norma legal a ser aplicada integralmente e contém a fixação
das receitas e a estimativa/previsão das despesas a serem realizadas pelo governo em deter-
minado exercício financeiro.
c) O orçamento público é um documento contábil e financeiro desvinculado do planejamento
governamental.
d) A Constituição Federal de 1988 introduziu um modelo orçamentário para a gestão do dinhei-
ro público no Brasil, o qual consiste basicamente em três documentos: plano plurianual (PPA),
lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e lei orçamentária anual (LOA).
Aos erros.
a) Errada. Já foi tradicional, hoje é orçamento-programa, com outro foco.
b) Errada. A aplicação não necessariamente é integral. Além disso, receitas são previstas e
despesas são fixadas.
c) Errada. É vinculado ao planejamento.
Letra d.
• UNIDADE/TOTALIDADE
De acordo com esse princípio, não poderão coexistir diferentes orçamentos para um mes-
mo ente da federação. Esse princípio buscar evitar a proliferação de orçamentos paralelos em
um mesmo ente da federação, determinando que haja um só orçamento.
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De acordo com a Constituição, a Lei Orçamentária Anual será composta pelo orçamento
fiscal, pelo orçamento da seguridade social e pelo orçamento de investimento de empresas.
Conforme CF/1988, Art. 165:
A despeito da existência desses orçamentos, esse fato não representa exceção ou quebra
do princípio da unidade, eis que, a peça orçamentária está unificada em um único documento,
atendendo ao comando principiológico. Inclusive esse princípio pode vir definido como Princí-
pio da Totalidade, no sentido da coexistência de múltiplos orçamentos que devem ser consoli-
dados em uma só Lei Orçamentária Anual.
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vantes da França. Nos diferentes cenários com os quais se deparam os entes públicos, alguns
princípios podem ganhar maior destaque, como, por exemplo, na estrutura descentralizada
do governo federal, com órgãos espalhados por todo o território nacional. Nesse contexto, o
princípio que possibilita a coexistência de vários orçamentos autônomos, mas que podem ser
vistos de forma consolidada, permitindo-se assim uma visão ao mesmo tempo segregada e
geral das finanças públicas, é o da:
a) exatidão;
b) especialização;
c) exclusividade;
d) regionalização;
e) totalidade.
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• UNIVERSALIDADE
Determina que a Lei Orçamentária Anual compreenderá todas as despesas e receitas, in-
clusive as provenientes de operações de crédito, referentes a todos os Poderes do Ente da
Federação (União, Estados, Munícipios e Distrito Federal), seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta.
Esse princípio não se aplica às operações de crédito por antecipação da receita, as emis-
sões de papel-moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.
“Art. 3º. A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito
autorizadas em lei.
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por antecipa-
ção da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo
financeiros.
Art. 4º. A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo e da
administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o disposto
no artigo 2º.”
Diferentemente das operações de crédito, que se originam de obrigações assumidas pelo Esta-
do em razão de um recurso disponibilizado por terceiros, as operações de créditos por anteci-
pação de receita tratam de um mecanismo de execução de despesas do Estado, que, prevendo
a realização de uma receita, já realiza o respectivo gasto. Logo, a necessidade do tratamento
diferenciado.
Cuidado que a universalidade não tem nada a ver com o princípio da totalidade (unidade).
Em algumas questões de prova o examinador tenta confundir o candidato quantos aos princí-
pios da unidade e da universalidade. Por isso, fique atento: quando a questão tratar da apresen-
tação de todas as receitas e despesas, o princípio citado é o da universalidade.
011. (FGV/IMBEL/2021) Assinale a opção que indica o princípio segundo o qual o orçamento
deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado.
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a) Totalidade.
b) Universalidade.
c) Unidade.
d) Exclusividade.
e) Equilíbrio.
• EXCLUSIVIDADE
A lei orçamentária anual não deve conter dispositivo estranho à previsão da receita e fi-
xação da despesa, com exceção da autorização para a abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, inclusive as de antecipação de receita.
Esse princípio busca evitar que matérias diversas ao orçamento sejam tratadas nessa Lei
e da mesma forma que normas sobre orçamento constem de dispositivos com outras finalida-
des, ou seja, as leis orçamentárias devem ser tratadas especificamente.
A ideia, como bem cita o Consultor de Orçamentos da Câmara dos Deputados Eber Zoehler
Santa Helena, é evitar a existência de caudas e rabilongos, como a inclusão em lei orçamentá-
ria de procedimentos de ação de desquite!!! Tem base? Pois isso já ocorreu. Veja as denomina-
ções das caudas em outros países: tackings (Inglaterra), riders (EUA), bepckung (Alemanha) e
cavaliers budgetaries (França).
Sobre as autorizações que poderão constar do Orçamento, o artigo 7º da Lei n.
4.320/1964, dispõe:
Vejam que a Lei n. 4.320/1964 somente autorizou o Poder Executivo a abrir crédito
suplementar.
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013. (FGV/TCE-PI/2021) O Chefe do Poder Executivo do Estado Beta, com o objetivo de ampliar
o direito fundamental à informação, inseriu, no projeto de lei orçamentária anual, comando que
disciplinava o acesso, por qualquer do povo, às informações de natureza administrativa, finan-
ceira e orçamentária. A inserção do referido comando no projeto de lei orçamentária anual é:
a) compatível com a ordem constitucional, em razão da pertinência temática;
b) incompatível com a ordem constitucional, pois a iniciativa legislativa é exclusiva do Poder
Legislativo;
c) compatível com a ordem constitucional, desde que haja autorização na lei de diretrizes or-
çamentárias;
d) incompatível com a ordem constitucional, pois não versa sobre a previsão da receita e a
fixação da despesa;
e) compatível com a ordem constitucional, desde que o projeto seja aprovado por maioria ab-
soluta no Poder Legislativo.
Esse comando não é previsão de receita nem fixação de despesa. É incompatível porque viola
o princípio da exclusividade.
Letra d.
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Só pode ter receita e despesa. Não pode ter outro assunto, dar outras providências. É comum
uma lei, em sua ementa, tratar do assunto x e dar outras providências. Na LOA, isso não é
permitido.
Letra b.
• ANUALIDADE/PERIODICIDADE
“Lei n. 4.320/1964 – Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”
Na exclusividade, só pode previsão de receita e fixação da despesa, além das exceções: crédi-
to suplementar e operações de crédito.
Letra a.
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Tabela 1A16-I
Tabela 1A16-II
Se a soma das esferas dá 28,4 bilhões, então a receita também terá esse montante. A segunda
tabela, com total de 15,8 bilhões mostra apenas parte das despesas. Assim, considerando o
princípio da universalidade (todas as despesas e receitas), tá faltando coisa aí.
Errado.
• ORÇAMENTO BRUTO
“Art. 6º Todas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções.
§ 1º As cotas de receitas que uma entidade pública deva transferir a outra incluir-se-ão, como des-
pesa, no orçamento da entidade obrigada a transferência e, como receita, no orçamento da que as
deva receber.
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§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo anterior, o cálculo das cotas terá por base os da-
dos apurados no balanço do exercício anterior aquele em que se elaborar a proposta orçamentária
do governo obrigado a transferência.”
Esse princípio se aplica inclusive para transferências obrigatórias que um ente faça para
outro, em razão de um dispositivo legal ou constitucional (como o Fundo de Participação dos
Estados – FPE). Assim, mesmo que parcela da arrecadação de um tributo deva ser transferida
a outro ente, por determinação constitucional, essa parcela que será transferida deverá ser
apresentada pelo seu valor bruto como receita.
Como ocorrerá a transferência e em respeito ao princípio do orçamento bruto, a parcela
transferida será registrada como uma despesa no orçamento do ente transferidor.
• DISCRIMINAÇÃO/ESPECIALIZAÇÃO
“Lei n. 4.320/1964 Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a aten-
der indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou quais-
quer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único.
Art. 20. Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento segundo os projetos de obras
e de outras aplicações.
Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, não possam cumprir-se
subordinadamente às normas gerais de execução da despesa poderão ser custeadas por dotações
globais, classificadas entre as Despesas de Capital.”
O orçamento será composto por quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva
legislação.
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A receita de impostos não deve ser vinculada a órgãos, fundos e despesas, ressalvando-se
as seguintes exceções previstas na Constituição Federal de 88:
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PEGADINHA DA BANCA
O Princípio da Não Afetação veda a vinculação da receita de IMPOSTOS, logo, não se aplica
à receita de taxas, contribuições, empréstimos compulsórios e contribuições de melhoria, que
são as demais espécies de tributo.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
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d) orçamento bruto;
e) universalidade.
Isso é uma das exceções ao princípio da não vinculação ou não afetação de impostos.
Letra c.
• EQUILÍBRIO
Possui duas vertentes, a formal e a material. A formal indica que o total de despesas deve
ser igual ao total das receitas na Lei Orçamentária, ou seja, a despesa autorizada deve ser
equivalente a receita estimada. Já a material é mais específica e significa a busca do equilíbrio
na execução do orçamento, como por exemplo, a utilização de receitas de capital para o finan-
ciamento de despesas desse mesmo gênero e não para pagamento de despesas de custeio
(regra de ouro).
Esse princípio do equilíbrio, ao estabelecer compatibilização entre receitas e despesas,
é fundamental no controle dos gastos públicos, evitando a ocorrência de déficits nas contas
públicas, tanto na sua concepção formal quanto material.
Você deve estar acompanhando as contas públicas no Brasil nos últimos anos. O controle
dos gastos não vem sendo bem feito e o déficit é a consequência.
Formal Material
Equilíbrio na
Total de execução do
Despesas orçamento
= ↑↓
Receitas de
Total de Capital -->
Receitas Despesas de
Capital
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ORÇAMENTO PÚBLICO
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022. (FGV/IMBEL/2021) Assinale a opção que indica o princípio orçamentário segundo o qual
os valores autorizados para a realização das despesas no exercício deverão ser compatíveis
com os valores previstos para a arrecadação das receitas.
a) Princípio da uniformidade.
b) Princípio do orçamento bruto.
c) Princípio da unidade orçamentária.
d) Princípio do equilíbrio orçamentário.
e) Princípio da não vinculação das receitas.
• UNIFORMIDADE
Determina que o orçamento deve ser de fácil compreensão. Trata-se de um princípio volta-
do para quem tiver contato com o orçamento, sendo necessário que o documento seja com-
preensível, objetivo e claro para todos, evitando-se que termos técnicos inviabilizem a leitura.
• PUBLICIDADE
Como qualquer outro ato emanado pelo poder público, ao Orçamento deve ser garantida a
sua publicidade.
Um princípio que se relaciona com a publicidade é o da Transparência. A Lei de Responsa-
bilidade Fiscal (LC n. 101/2000) traz o seguinte:
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação,
inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orça-
mentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execu-
ção Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.
§ 1º A transparência será assegurada também mediante:
I – incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de
elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; (Incluído pela Lei
Complementar n. 131, de 2009).
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ORÇAMENTO PÚBLICO
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II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informa-
ções pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso
público; e (Redação dada pela Lei Complementar n. 156, de 2016)
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão míni-
mo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A.
• EXATIDÃO
Esse princípio não é muito visto na doutrina, mas vem sendo cobrado ultimamente em pro-
vas de concurso. Ele se relaciona com o orçamento-programa, adotado no Brasil, que determi-
na que o orçamento deva viabilizar o planejamento governamental, por meio de ações voltadas
para alcance desse fim.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
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Vejamos os erros.
a) Errada. Operação de crédito deve constar também.
c) Errada. É vedado prever dotação global.
d) Errada. Vedadas as deduções.
e) Errada. Não é perda; é despesa. Não é ganho; é receita.
Letra b.
• DESCENTRALIZAÇÃO
Esse princípio também não é muito visto na doutrina, mas já foi cobrado em prova. Ele
prescreve o seguinte: é desejável que a execução das ações orçamentárias aconteça de ma-
neira mais próxima dos beneficiários da política pública relacionada.
Por fim, vale citar quais princípios que são explicitados pelo Manual de Contabilidade Apli-
cada ao Setor Público – 8ª Edição:
− Unidade ou totalidade
− Universalidade
− Anualidade ou periodicidade
− Exclusividade
− Orçamento bruto
− Legalidade
− Publicidade
− Transparência
− Não-vinculação (não afetação) da receita de impostos
• VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS
Além dos princípios relacionados acima, a Constituição ainda prevê, nos incisos do artigo
167, situações vedadas pela Carta Magna. Esses casos não são considerados pela Doutrina
em geral como princípios, mas pela força e generalidade de suas disposições, achamos impor-
tante enumerá-las.
Dessa forma, são vedados:
− O início de programas e projetos não previstos na Lei Orçamentária;
− Despesas ou obrigações que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
− Operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas
as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (Regra de Ouro);
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Essa vedação relativa a operações de crédito será dispensada durante a vigência da calamida-
de pública nacional decorrente do novo Corona Vírus (EC n. 106/2020)
− Vinculação da receita de impostos (Princípio da não afetação);
− Abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem
indicação dos recursos correspondentes;
− Transposição, remanejamento ou transferência de recursos sem autorização legisla-
tiva. No entanto, pode ser admitida a transposição, o remanejamento ou a transferên-
cia de recursos de uma categoria de programação para outra, no âmbito das ativida-
des de ciência, tecnologia e inovação (PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO ESTORNO);
− Créditos ilimitados;
− Destinação de recursos do orçamento fiscal e da seguridade social para cobrir o défi-
cit de fundos, empresas e fundações, salvo autorização legislativa;
− Instituição de fundos, de qualquer natureza, sem autorização legislativa prévia;
− Pagamento de despesas com pessoal de outros entes federados, por meio de trans-
ferências voluntárias ou empréstimos (inclusive antecipação de receita), pela União e
Estados e suas instituições financeiras;
− Utilização de recursos do regime próprio de previdência social dos servidores para
a realização de despesas distintas do pagamento dos benefícios previdenciários do
respectivo fundo vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua organi-
zação e ao seu funcionamento;
− Transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e as subven-
ções pela União e a concessão de empréstimos e de financiamentos por instituições
financeiras federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na hipótese de
descumprimento das regras gerais de organização e de funcionamento de regime
próprio de previdência social;
− Criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante
a vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta
por programação orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração
pública. (Vedação incluída pela EC n. 109/2021)
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RESUMO
Técnicas Orçamentárias
Técnica Definição
Princípios
Princípios Orçamentários
No caso do setor público, o gestor só pode fazer aquilo que está na
lei. Isso vale também para a matéria orçamentária. Diante desse fato,
Legalidade
justifica-se a existência das leis orçamentárias: PPA (Plano Plurianual),
LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e LOA (Lei Orçamentária Anual).
O orçamento deve ser uno, uma só peça. Assim, não poderão coexistir
Unidade/ diferentes orçamentos para um mesmo ente da federação. Esse princípio
Totalidade buscar evitar a proliferação de orçamentos paralelos em um mesmo ente
da federação, determinando que haja um só orçamento.
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Princípios Orçamentários
Determina que a Lei Orçamentária Anual compreenderá todas as
despesas e receitas, inclusive as provenientes de operações de crédito,
referentes a todos os Poderes do Ente da Federação (União, Estados,
Universalidade Munícipios e Distrito Federal), seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta. Esse princípio não se aplica às operações
de crédito por antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e
outras entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro.
A lei orçamentária anual não deve conter dispositivo estranho à previsão
da receita e fixação da despesa, com exceção da autorização para a
Exclusividade
abertura de créditos suplementares e contratação de operações de
crédito, inclusive as de antecipação de receita.
Anualidade/ O orçamento deve abranger um período definido no tempo. No Brasil, o
Periodicidade orçamento coincide com o ano civil, período de um ano.
As receitas e despesas consignadas no orçamento devem ser
Orçamento Bruto apresentadas pelos seus valores brutos, sendo vedada a apresentação
desses créditos deduzidos por algum valor.
A receita de impostos não deve ser vinculada a órgãos, fundos e
Não Afetação/Não
despesas, ressalvando-se as exceções previstas na Constituição Federal
Vinculação
de 88.
Como qualquer outro ato emanado pelo poder público, ao Orçamento
Publicidade
deve ser garantida a sua publicidade.
O Governo deve divulgar o orçamento público de forma ampla à
sociedade; publicar relatórios sobre a execução orçamentária e a
Transparência
gestão fiscal; disponibilizar, para qualquer pessoa, informações sobre a
arrecadação da receita e a execução da despesa.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/PGE-PB/2021) De acordo com as normas de direito financeiro previstas na
Constituição Federal de 1988, é possível a
a) transposição, sem prévia autorização legislativa, de recursos de uma categoria de progra-
mação para outra, no âmbito das atividades de ciência e tecnologia, desde que o objetivo seja
viabilizar os resultados de projetos dessas funções.
b) realização de operação de crédito em valor superior ao montante total das despesas de ca-
pital do exercício, ainda que a operação não esteja autorizada por créditos suplementares ou
especiais.
c) criação de fundo público cujos objetivos possam ser alcançados mediante a execução dire-
ta por programação orçamentária e financeira de órgão da administração pública.
d) utilização, sem autorização legislativa, de recursos do orçamento fiscal que sejam necessá-
rios para cobrir o déficit de empresas estatais prestadoras de serviço público.
e) concessão de empréstimos a estados e municípios que descumpram as regras gerais de
organização ou de funcionamento de regime próprio de previdência social, se concedidos por
instituição financeira federal.
003. (FGV/TCE-AM/2021) Por ocasião das discussões a respeito do projeto de lei orçamen-
tária anual, encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, os parlamen-
tares dos partidos políticos Alfa e Beta deliberaram que as emendas individuais impositivas
iriam alocar recursos, para os Municípios escolhidos, por meio de transferência especial. Ao
tomar conhecimento dessa deliberação, um jornal de grande circulação afirmou que essa es-
pécie de transferência (1) exigia a celebração de convênio ou instrumento congênere para a
sua efetivação; (2) pertenceria ao respectivo Município no ato da efetiva transferência finan-
ceira; e (3) seria aplicada em programações finalísticas das áreas de competência do Poder
Executivo municipal, sendo uma parte em despesas de capital, observados os balizamentos
constitucionais. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar, quanto às informações
veiculadas, que:
a) todas estão corretas;
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004. (CESPE/APEX BRASIL/2021) Com relação aos princípios que regem a atividade finan-
ceira e orçamentária do Estado, assinale a opção correta.
a) Segundo o princípio da exclusividade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas
um orçamento para determinado exercício financeiro.
b) O princípio da exatidão determina que o orçamento público seja apresentado em linguagem
compreensível por todas as pessoas que precisem ou desejem acompanhá-lo.
c) De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em
um único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
d) Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um
orçamento para dado exercício financeiro e para determinado ente, e ele deve conter todas as
receitas e despesas.
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022. (CESPE/TJ-PA/2020) Assinale a opção que indica o princípio orçamentário que permite
ao Poder Legislativo ter conhecimento do valor global das despesas projetadas pelo governo.
a) princípio do orçamento bruto
b) princípio da universalidade
c) princípio da unidade
d) princípio da não afetação das receitas
e) princípio do equilíbrio.
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GABARITO
1. a
2. d
3. e
4. d
5. Anulada
6. E
7. C
8. C
9. C
10. b
11. e
12. E
13. E
14. C
15. E
16. E
17. E
18. Anulada
19. C
20. E
21. a
22. b
23. d
24. c
25. e
26. b
27. d
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/PGE-PB/2021) De acordo com as normas de direito financeiro previstas na
Constituição Federal de 1988, é possível a
a) transposição, sem prévia autorização legislativa, de recursos de uma categoria de progra-
mação para outra, no âmbito das atividades de ciência e tecnologia, desde que o objetivo seja
viabilizar os resultados de projetos dessas funções.
b) realização de operação de crédito em valor superior ao montante total das despesas de ca-
pital do exercício, ainda que a operação não esteja autorizada por créditos suplementares ou
especiais.
c) criação de fundo público cujos objetivos possam ser alcançados mediante a execução dire-
ta por programação orçamentária e financeira de órgão da administração pública.
d) utilização, sem autorização legislativa, de recursos do orçamento fiscal que sejam necessá-
rios para cobrir o déficit de empresas estatais prestadoras de serviço público.
e) concessão de empréstimos a estados e municípios que descumpram as regras gerais de
organização ou de funcionamento de regime próprio de previdência social, se concedidos por
instituição financeira federal.
003. (FGV/TCE-AM/2021) Por ocasião das discussões a respeito do projeto de lei orçamen-
tária anual, encaminhado pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, os parlamen-
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Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
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tares dos partidos políticos Alfa e Beta deliberaram que as emendas individuais impositivas
iriam alocar recursos, para os Municípios escolhidos, por meio de transferência especial. Ao
tomar conhecimento dessa deliberação, um jornal de grande circulação afirmou que essa es-
pécie de transferência (1) exigia a celebração de convênio ou instrumento congênere para a
sua efetivação; (2) pertenceria ao respectivo Município no ato da efetiva transferência finan-
ceira; e (3) seria aplicada em programações finalísticas das áreas de competência do Poder
Executivo municipal, sendo uma parte em despesas de capital, observados os balizamentos
constitucionais. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar, quanto às informações
veiculadas, que:
a) todas estão corretas;
b) apenas a 1 está correta;
c) apenas a 2 está correta;
d) apenas a 1 e a 3 estão corretas;
e) apenas a 2 e a 3 estão corretas.
004. (CESPE/APEX BRASIL/2021) Com relação aos princípios que regem a atividade finan-
ceira e orçamentária do Estado, assinale a opção correta.
a) Segundo o princípio da exclusividade, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas
um orçamento para determinado exercício financeiro.
b) O princípio da exatidão determina que o orçamento público seja apresentado em linguagem
compreensível por todas as pessoas que precisem ou desejem acompanhá-lo.
c) De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em
um único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
d) Segundo o princípio da unidade, o orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um
orçamento para dado exercício financeiro e para determinado ente, e ele deve conter todas as
receitas e despesas.
Aos erros.
a) Errada. Princípio da unidade.
b) Errada. Princípio da clareza.
c) Errada. Aqui o correto é princípio da totalidade. Importante dizer que o Cespe recentemente
(2021 também) anulou a assertiva abaixo:
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Como justificativa, disse que a necessidade de unidade documental havia sido abolida.
Em 2018, no entanto, a assertiva abaixo, com o mesmo teor, foi o gabarito de uma questão de
múltipla escolha para o TCE-PB:
Com relação aos princípios que regem a atividade financeira do Estado, assinale a opção correta.
De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em um
único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
O que a gente pode concluir: unidade documental é princípio da unidade; não haver neces-
sariamente unidade documental é princípio da totalidade, mas antes (até 2018) o Cespe não
distinguia entre totalidade e unidade em relação a esse tema.
Letra d.
Essa questão foi anulada. Como justificativa, a banca disse que a necessidade de unidade do-
cumental havia sido abolida.
Vale mencionar que também em 2021, em uma questão de múltipla escolha para APEX BRA-
SIL, essa assertiva foi dada como errada:
Com relação aos princípios que regem a atividade financeira e orçamentária do Estado, assinale a
opção correta.
C) De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em um
único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
Em 2018, no entanto, a assertiva abaixo, com o mesmo teor, foi o gabarito de uma questão de
múltipla escolha para o TCE-PB:
Com relação aos princípios que regem a atividade financeira do Estado, assinale a opção correta.
De acordo com o princípio da unidade, os programas e projetos devem ser estabelecidos em um
único sistema ou método orçamentário, ainda que não haja unidade documental.
O que a gente pode concluir: unidade documental é princípio da unidade; não haver neces-
sariamente unidade documental é princípio da totalidade, mas antes (até 2018) o Cespe não
distinguia entre totalidade e unidade em relação a esse tema.
Anulada.
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Essa parte sobre transposição não guarda ligação com o princípio da especialização. Esse é
um tema que se relaciona com outro princípio: do estorno. No entanto, a exceção não é saúde,
é ciência, tecnologia e inovação.
Errado.
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Aos erros.
a) Errada. Princípio da exclusividade não foi observado.
b) Errada. Princípio da unidade tá off.
c) Errada. Tem que observar a não afetação. Além disso, esse dispositivo feriria a exclusividade.
d) Errada. Tem que observar a universalidade.
Letra e.
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A população opina, mas o legislativo define. Além disso, não há de se falar em flexibilidade.
Errado.
O limite de crescimento de despesas está no teto de gastos ou novo regime fiscal. A regra de
ouro refere-se à relação entre operações de crédito e despesas de capital: operação de crédito
não pode exceder as despesas de capital.
Errado.
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A banca decidiu anular a questão, já que não foi mencionado se o montante de operação de
crédito estava ultrapassando as despesas de capital.
Anulada.
022. (CESPE/TJ-PA/2020) Assinale a opção que indica o princípio orçamentário que permite
ao Poder Legislativo ter conhecimento do valor global das despesas projetadas pelo governo.
a) princípio do orçamento bruto
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b) princípio da universalidade
c) princípio da unidade
d) princípio da não afetação das receitas
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É o OBZ que não leva em consideração o passado. Sua base é zero. É preciso provar as neces-
sidades dos gastos tudo de novo.
Letra c.
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c) O princípio da exclusividade veda que a lei orçamentária trate de outra matéria que não diga
respeito a receitas e despesas.
d) O princípio orçamentário da programação, ou do planejamento, revela o atributo de instru-
mento de gestão que o orçamento possui, devendo apresentar programaticamente o plano de
ação do governo para o período a que se refere, integrando, de modo harmônico, as previsões
da lei orçamentária, da lei do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.
A alternativa incorreta é a b), já que o exercício financeiro coincide com o ano civil.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
Conceitos, Técnicas e Princípios Orçamentários
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro
REFERÊNCIAS
Livro/Texto Autor
Allan Mendes
Auditor de Controle Interno do Distrito Federal. Ex-servidor do Ministério Público da União (MPU), onde
atuou como diretor administrativo e financeiro do Programa de Saúde dos Membros e Servidores. Ex-
servidor do Fundo Nacional de Educação (FNDE), onde atuou como chefe da Divisão de Prestação de
Contas de Convênios. Graduado em Ciências Contábeis pela UnB e em Direito pela UPIS. Pós-graduado em
Contabilidade Pública na WPÓS e mestre em Direito pela Universidade Católica de Brasília.
Vinicius Ribeiro
Analista Legislativo na Câmara dos Deputados, onde trabalha com as leis orçamentárias. Aprovado
no concurso de Consultor de Orçamento na Câmara dos Deputados. Formado em Administração na
Universidade Federal de Uberlândia. É autor do livro Administração para Concursos, publicado pela
editora GEN. Professor de cursos online para concursos há 7 anos. Foi, ainda, Analista de Planejamento e
Orçamento no Ministério do Planejamento; Analista Judiciário – Área Administrativa no CNJ e no STF; e
Especialista no FNDE. Possui pós-graduação – MBA em Negócios Internacionais e Comércio Exterior na
FGV.
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