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PÚBLICO
E DIREITO
FINANCEIRO
Ciclo Orçamentário e Créditos
Adicionais
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
AFO, ORÇAMENTO PÚBLICO E DIREITO FINANCEIRO
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Sumário
Manuel Regis Pinon
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais.. ................................................................................. 4
1. Ciclo Orçamentário...................................................................................................................... 4
1.1. Conceitos Introdutórios.. .......................................................................................................... 4
1.2. Ciclo Orçamentário Resumido e Ampliado.......................................................................... 6
1.3. Exercício Financeiro X Ciclo Orçamentário. . ....................................................................... 11
1.4. Planejamento/Elaboração.. ...................................................................................................12
1.5. Elaboração, Discussão e Aprovação do Orçamento.........................................................12
1.6. A Execução do Orçamento.. ................................................................................................... 20
1.7. Avaliação e Controle............................................................................................................... 25
1.8. Prazos do Ciclo Orçamentário.. ............................................................................................ 39
2. Créditos Adicionais. . ..................................................................................................................42
2.1. Créditos Suplementares e Especiais.. .................................................................................46
2.2. Créditos Extraordinários.. .....................................................................................................49
Resumo............................................................................................................................................. 54
Mapas Mentais............................................................................................................................... 58
Questões Comentadas em Aula..................................................................................................60
Questões de Concurso..................................................................................................................64
Gabarito............................................................................................................................................ 77
Referências Bibliográficas. . ......................................................................................................... 78
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AFO, ORÇAMENTO PÚBLICO E DIREITO FINANCEIRO
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Regis Pinon
Apresentação
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
O nosso objetivo, nesta aula, é avançar mais acerca do estudo do Orçamento Público,
detalhando alguns assuntos e conhecendo um pouco mais acerca do Ciclo Orçamentário
(incluindo a fiscalização e o controle interno e externo dos orçamentos) e dos Créditos Orça-
mentários Adicionais.
Hoje você, novamente, verá na prática vários conceitos e informações aprendidos na aula
inaugural. Além disso, vai acertar muitas questões de prova com base naqueles artigos da CF
que estudamos na aula inicial.
Boa aula!
Prof. Manuel Piñon
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AFO, ORÇAMENTO PÚBLICO E DIREITO FINANCEIRO
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Regis Pinon
Elaboração
Execução
Na verdade, o ciclo orçamentário não é estanque, mas sim um processo dinâmico, flexível
e contínuo, que passa pelas etapas de planejamento/elaboração, discussão/aprovação, exe-
cução, controle e avaliação no que diz respeito à programação de gastos do setor público do
ponto de vista físico e financeiro, integrando planejamento e orçamento.
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AFO, ORÇAMENTO PÚBLICO E DIREITO FINANCEIRO
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Regis Pinon
Constituído por diversas etapas, desde a proposta orçamentária até a aprovação da lei orça-
mentária, o ciclo orçamentário é, ao longo de todo exercício, um processo intermitente no que
diz respeito a análises e decisões.
Planos nacionais,
Plano Purianual - PPA
regionais e setoriais
Controle e
Lei de Diretrizes
avaliação da execução
Orçamentárias - LDO
orçamentária e financeira
Lei de Diretrizes
Plano Plurianual – PPA
Orçamentárias – LDO
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AFO, ORÇAMENTO PÚBLICO E DIREITO FINANCEIRO
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Elaboração Aprovação
Avaliação Execução
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Regis Pinon
• Planejamento das
ações governa-
•Controle e avaliação mentais e elabora-
da execução ção das propostas
orçamentárias
Avaliação Elaboração
Planejamento
Controle Elaboração
Execução
Na verdade, NÃO podem ser aglutinadas, já que cada fase tem um responsável próprio, finali-
dade diversa e periodicidade que precisa ser atendida.
Errado.
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
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O PULO DO GATO
No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO são
incorporadas.
De acordo com a teoria defendida pelo doutrinador SANCHES, Osvaldo Maldonado, que
não pode ser considerada como doutrina majoritária, mas que pode ser cobrada em sua prova,
em O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição de 1988: Revista de Adminis-
tração Pública, Rio de Janeiro: FGV, v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993, o ciclo orçamentário
ampliado desdobrar-se em oito fases, quais sejam:
1- formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2 – apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3 – proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de
recursos pelo Executivo;
4 – apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
5 – elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
6 – apreciação, adequação e autorização legislativa;
7 – execução dos orçamentos aprovados;
8 – avaliação da execução e julgamento das contas.
De acordo com a teoria defendida por esse doutrinador, no conceito resumido do Ciclo
Orçamentário existe uma aglutinação inapropriada das fases relativas ao PPA e à LDO, já que
cada uma delas possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.
Aproveite para visualizar graficamente como é o ciclo orçamentário numa visão ampliada:
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Regis Pinon
Discussão, votação
Elaboração Execução Avaliação e controle
e aprovação
1- 2 - Discussão,
Elaboração votação e
do PPA aprovação do
PPA
4 - Discussão, 8 - Avaliação
3-
votação e 7 - Execução e controle
Elaboração
aprovação da orçamentária da execução
da LDO
LDO orçamentária
5- 6 - Discussão,
Elaboração votação e
da LOA aprovação da
LOA
Embora no texto da CF não esteja escrito em sua literalmente que o ciclo orçamentário seja
desdobrado em 8 fases, parte da DOUTRINA, com base no texto da CF, organizou o ciclo orça-
mentário ampliado em 8 fases. Assim, o entendimento do CESPE, nessa questão, foi de que a
divisão do ciclo orçamentário em 8 fases não contraria a CF.
No conceito mais abrangente de ciclo orçamentário, as etapas relativas ao PPA e à LDO são
incorporadas desdobrando-se em oito fases, quais sejam:
1 – formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
2 – apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
3 – proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de re-
cursos pelo Executivo;
4 – apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
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AFO, ORÇAMENTO PÚBLICO E DIREITO FINANCEIRO
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Regis Pinon
Do Exercício Financeiro
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
Guarde, portanto, que enquanto o exercício financeiro atualmente no Brasil coincide com o
ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra em 31 de dezembro de cada ano, o
ciclo orçamentário é mais longo, já que começa no exercício anterior com as etapas de ela-
boração/planejamento da proposta orçamentária e de discussão/estudo/aprovação da Lei
de Orçamento e somente se encerra nos exercícios seguintes com a sua avaliação e controle.
O exercício financeiro coincide com o ano civil, ou seja, inicia-se em 1º de janeiro e se encerra
em 31 de dezembro de cada ano, não tendo início com a aprovação da lei, que ocorre no exer-
cício/ano anterior.
Errado.
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
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Na verdade, quando aprova a LOA o Congresso Nacional emite uma autorização ao Poder
Executivo para que este gaste o dinheiro necessário à manutenção dos serviços públicos ao
longo do exercício financeiro QUE COINCIDE com o ano civil.
Errado.
Amigo(a), agora vamos conhecer um pouco mais acerca de cada uma dessas etapas do
ciclo orçamentário.
1.4. Planejamento/Elaboração
A Constituição Federal determinou a aprovação dos Planos Plurianuais – PPA – que esta-
belecerão, de forma regionalizada, as Diretrizes, Objetivos e Metas – DOM – da administração
pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e as relativas aos programas
de duração continuada.
O legislador cuidou de garantir a aplicação uniforme dos recursos em todo o território
nacional, exigindo a regionalização dos recursos planejados no PPA e executados com base
nas leis orçamentárias anuais.
Além disso, limitou sua abrangência às despesas de capital, ou seja, das quais resulte
um aprimoramento do serviço prestado pelo Estado ou a criação de um novo serviço, como
a construção de rodovias, incluídas as despesas decorrentes, no nosso exemplo, o custo de
manutenção da nova estrada.
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
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Além disso, a LDO deve ressaltar as prioridades para a lei orçamentária do exercício sub-
sequente. Dessa forma, é comum que a LDO preveja a inclusão no orçamento de apenas uma
parcela do previsto no PPA, muito embora não haja dispositivo legal ordenando a matéria.
Em seguida, a proposta para o orçamento do exercício subsequente é encaminhada ao
Congresso, que deve assegurar a compatibilidade com a LDO e com o PPA.
Essa competência é exclusiva do CHEFE DO PODER EXECUTIVO, função essa exercida pelo
Presidente da República (ou Governadores e Prefeitos). Tenha em mente que a iniciativa é
sempre do Poder Executivo.
De acordo com o artigo 22 da Lei n. 4.320/1964, no que diz respeito ao seu conteúdo, a
proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos
estabelecidos nas Constituições federal e estaduais e nas leis orgânicas dos municípios, será
composta por:
1) Mensagem, que conterá exposição circunstanciada da situação econômico-financeira,
documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais,
restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da polí-
tica econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no
tocante ao orçamento de capital.
Importante registrar que essa mensagem presidencial é o instrumento de comunicação
oficial entre o Presidente da República e o Poder Legislativo usado para encaminhar os proje-
tos do PPA, da LDO e da LOA.
2) Projeto de Lei de Orçamento – PLOA.
3) Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vários anos, em colunas distintas e
para fins de comparação.
4) Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais,
em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e
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Todos os Poderes (Legislativo, Judiciário e Ministério Público) elaboram suas propostas or-
çamentárias parciais e encaminham para o Poder Executivo, o qual é o responsável constitu-
cionalmente pelo envio da proposta consolidada ao Legislativo.
Nesse sentido, a LRF reforçou essa autonomia administrativa e financeira dos poderes ao
determinar que o Poder Executivo de cada ente coloque à disposição dos demais Poderes e
do Ministério Público, no mínimo 30 dias antes do prazo final para encaminhamento de suas
propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subse-
quente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.
Entretanto, se tais Poderes/órgãos não encaminharem as respectivas propostas orça-
mentárias dentro do prazo estabelecido na LDO, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA vigente, ajusta-
dos de acordo com os limites estipulados na LDO.
A CF/1988 não traz nenhuma diretriz em termos de orientação do que deve ser feito para
o caso em que o Poder Legislativo não receba a proposta orçamentária no prazo fixado. As-
sim, nos socorremos à velha Lei n. 4.320/1964 que apresenta orientação nesse sentido:
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Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo fixado nas Constituições ou nas Leis
Orgânicas dos Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a Lei de Orçamento
vigente.
JURISPRUDÊNCIA
Registre-se que o Pleno do STF por meio da ADPF 307 determinou a suspensão do
trâmite legislativo do PLOA justamente por ausência de consolidação da proposta da
Defensoria Pública Estadual nos termos em que fora encaminhada, mesmo em conso-
nância com a LDO.
DICA
Não confunda EC – Emenda Constitucional com Emenda ou
Emenda Parlamentar. A EC é uma alteração da Constituição
Federal – CF, enquanto Emenda ou Emenda Parlamentar, aqui
em nossa matéria, é uma modificação nas Leis Orçamentá-
rias.
As emendas aos orçamentos anuais ou aos créditos adicionais, que deverão ser compa-
tíveis com a LDO e com o PPA, podem objetivar o acréscimo de dotação orçamentária inicial-
mente proposta pelo Executivo ou a criação de uma nova despesa, bem como a redução ou
supressão de dotação proposta.
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Nos casos de redução ou supressão de dotação proposta, não há, obviamente, necessi-
dade de indicação de recursos para atender a emenda. Contudo, nos casos em que o parla-
mentar deseje aumentar os recursos destinados a determinada despesa, ou criar despesa
nova, a Constituição Federal, observando o princípio do equilíbrio, determina que devem ser
indicados os recursos necessários para o atendimento à emenda, admitidos apenas os prove-
nientes de anulação de outra despesa, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal
e seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamen-
to anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
Cabe a uma comissão mista permanente composta por senadores e deputados, deno-
minada de CMO – Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, que tem
o papel de examinar e emitir parecer sobre os projetos relativos ao PPA, LDO, LOA, créditos
adicionais e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República, exami-
nar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na
CF/1988 e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.
Similarmente, nos demais entes federados temos uma comissão permanente comum, já
que tem somente uma casa legislativa, sendo composta por deputados nos Estados e no DF
e por vereadores nos Municípios.
Importante registrar ainda que, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Mista (não
é no Plenário) da parte cuja alteração é proposta, o Presidente da República pode enviar men-
sagem para propor modificação nos projetos do PPA, da LDO, da LOA e de Crédito Adicionais.
De acordo com a nossa CF/1988 (artigo 166, § 8º) existe possibilidade de rejeição, ou seja, de
não aceitação do projeto de LOA pelo Poder Legislativo.
Embora muitas vezes tenhamos uma certa antipatia ou insatisfação com atuação dos re-
presentantes do povo, as famosas “emendas parlamentares” tem por objetivo, em tese, servir
para aperfeiçoar o que o Poder Executivo propôs por meio dos instrumentos de planejamento
e orçamento e tem o poder de influenciar no que tange à alocação do dinheiro público.
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O PULO DO GATO
As Emendas Parlamentares devem ser apresentadas na Comissão Mista, que deve emitir um
parecer sobre elas, para depois serem apreciadas no plenário das 2 casas do CN – Congres-
so Nacional.
Além das emendas individuais de cada parlamentar, temos também as emendas apre-
sentadas pelas comissões – emendas de comissões permanentes da Câmara e do Senado
(materialmente ligadas à área de atuação, como educação e saúde) e as apresentadas pelas
bancadas – emendas de bancada – estaduais (para matérias ligadas aos seus estados/DF).
O artigo 63 da nossa CF/1988 regula essa matéria no sentido de que não pode haver
aumento da despesa prevista nos projetos apresentados pelo Poder Executivo. Também as
emendas apresentadas não podem ser incompatíveis com o PPA e com a LDO.
Embora o parlamentar possa apresentar emendas ao projeto de LOA, para que elas sejam
aprovadas pelo CN, existem diversas restrições que precisam ser atendidas, como aquelas
do artigo 63 da nossa CF/1988, que nos diz que não pode haver aumento da despesa prevista
nos projetos apresentados pelo Poder Executivo, não podendo também as emendas apresen-
tadas serem incompatíveis com o PPA e com a LDO. Além disso, temos também as restrições
impostas pelo § 3º do artigo 166 da nossa Carta Magna.
Errado.
§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
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III – sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (são chamadas de emendas de redação, pois vi-
sam melhorar o texto, tornando-lhe mais claro e preciso).
Na verdade, o item está errado, já que uma emenda ao projeto da LOA ou a um projeto que o
modifique somente pode ser aprovada se respeitadas as seguintes condições:
1) seja compatível com o PPA e com a LDO;
2) indique os recursos necessários. Lembrando que são admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
3) seja relacionada:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei (a famosa emenda de redação, já que seu
intuito é melhorar o texto).
Seguindo essa linha de raciocínio, podemos concluir que além de apresentar na Comissão
Mista de Orçamentos e de não anular despesas apontadas, ainda precisa existir compatibili-
dade com o PPA e com a LDO.
Errado.
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DICA
Nossa Carta Magna determina que a sessão legislativa não
seja interrompida sem a aprovação da LDO. Assim, não have-
rá recesso parlamentar se a LDO não for aprovada. Entretan-
to, como tal regra não se aplica à LOA ou ao PPA, pode haver
esse recesso mesmo com a LOA ou PPA ainda pendentes de
aprovação.
Com a sanção presidencial, que é a concordância do Chefe do Poder Executivo com o que
foi aprovado no CN, encerra-se a essa fase. Entretanto, caso haja o veto, que é a discordância
do Chefe do Executivo do que voltou do CN, seja parcial ou total, ele deve ser apreciado pelo
Poder Legislativo, que pode rejeitar ou confirmar o veto.
Anualmente, a LDO determina que se o Projeto de Lei Orçamentária – PLOA – não for
sancionado pelo Presidente da República até 31 de dezembro do ano corrente, parte da pro-
gramação dele constante poderá ser executada até o limite de 1/12 do total de cada ação
prevista no PLOA, multiplicado pelo número de meses decorridos até a sanção da respectiva
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lei. Registre-se, porém, que o limite previsto de 1/12 ao mês não se aplica ao atendimento de
algumas despesas determinadas na própria LDO daquele ano.
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O PULO DO GATO
Quem aprova a LOA é o Poder Legislativo, mas é o Poder Executivo quem aprova o quadro
de cotas trimestrais, logo após a promulgação da LOA e com base nos limites nela fixados.
Assim, cabe ao Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada
unidade orçamentária fica autorizada a gastar.
A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária
ao determinar que a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de de-
sembolso ocorra no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o artigo 8º da LRF, com
grifos nossos:
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Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de di-
retrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Ainda nesse artigo, a LRF ordena que os recursos legalmente vinculados à finalidade es-
pecífica devem ser usados somente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diferente daquele em que ocorrer o ingresso.
Mentalize recurso vinculado como sendo aquele que possui destinação obrigatória a de-
terminada despesa e, assim, a LRF dispõe que se é recurso vinculado, continuará vinculado,
mesmo em exercício financeiro diverso daquele em que tenha ocorrido o ingresso.
Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da
Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional,
os subprojetos e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as Unida-
des Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade
social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o gru-
po de despesa e a modalidade de aplicação.
É o ponto de partida para a execução orçamentária.
Importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, realizar as despesas públi-
cas nele previstas, seguindo os três estágios da execução das despesas previstos na Lei n.
4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.
Aqui entra em cena uma ferramenta usada para limitação dos gastos do Governo Federal:
o famoso “Decreto de contingenciamento dos gastos”, que na mais é do que o Decreto de
Programação Orçamentária e Financeira juntamente com a Portaria Interministerial que deta-
lha os valores autorizados para movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do
exercício, tendo como suporte legal além da Lei n. 4.320/1964 e da LRF, a LDO de cada ano.
Após a entrada em vigor da LRF com seu foco no atendimento das metas fiscais e do
maior controle sobre os gastos públicos, tanto para equilibrar os orçamentos, como para
indicar transparência dos compromissos governamentais com a dívida pública, de modo a
fomentar e manter expectativas claras e objetivas, a administração pública buscou melhor
programar financeiramente a execução das suas despesas.
Na prática, a execução do orçamento deve estar atrelada ao real ingresso de recursos, ou
seja, à medida que os recursos financeiros vão ingressando nos cofres do governo, eles são
liberados para os órgãos setoriais baseado na programação financeira para a execução dos
seus programas de trabalho. Nessa pegada, acaba ficando a critério do Governo executar este
ou aquele projeto, sem obedecer a qualquer hierarquia orçamentária.
A execução orçamentária completa-se com a execução financeira, que passa pela progra-
mação dos recursos financeiros de forma a garantir o atendimento à demanda de recursos
aos órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta.
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DICA
Sinteticamente falando, a execução orçamentária é a utiliza-
ção das dotações dos créditos consignados na LOA, enquanto
a execução financeira é a utilização de recursos financeiros.
Volto a destacar que, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento
da Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível opera-
cional, os subprojetos e subatividades constantes da LOA, especificando as Unidades Orça-
mentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade social,
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Não é demais reforçar que as dotações orçamentárias são classificadas de forma a ex-
plicitar o montante de recursos empregados nas principais atividades do Estado sob vá-
rias óticas.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existen-
tes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República,
ainda que para os créditos que visem a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem
como o Ministério Público da União.
Vale revermos agora a CF/1988 em seu artigo 168:
Ainda falando em execução orçamentária, vale informar que com a entrada da Emenda
Constitucional – EC n. 86/2015, apelidada de “EC do orçamento impositivo”, tornou obrigató-
ria a execução da programação orçamentária relativas às emendas individuais à LOA por par-
te dos congressistas, sendo que tais emendas serão aprovadas até 1,2% da Receita Corrente
Líquida – RCL prevista no projeto de LOA encaminhado ao Congresso Nacional.
Depois tivemos a promulgação da EC n. 100/2019, por meio das quais as emendas de
bancada também passaram a ser obrigatórias (limite para a execução de 0,8% em 2020 e, a
partir de 2021, de 1% da RCL) e houve a revogação dos incisos I a IV do § 14, que tratavam das
medidas a serem tomadas em caso de impedimento de ordem técnica que inviabilizassem a
execução das emendas.
No dia 12/12/2019, o Congresso Nacional promulgou a EC – Emenda Constitucional n.
105/2019, acrescentando o artigo 166-A em nossa Carta Magna, tratando das emendas indi-
viduais impositivas.
Vale ressaltar que tais Emendas Constitucionais são estudadas com mais detalhes em aula
específica no tópico orçamento autorizativo x orçamento impositivo.
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Superada a fase de execução, cabe agora ao Poder Executivo a obrigação de dar publici-
dade da execução orçamentária até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, sub-
metendo todo o processo à avaliação da sociedade.
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arre-
cade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens ou valores públicos, ou sobre os quais
a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Essa
ideia é válida para Estados, DF e Municípios.
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Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
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utilizar produtividade
capacidade de atingir objetivos
os recursos transformar a
situação existente
mínimo de perdas
realiza o que foi proposto
e/ou desperdícios relação entre a produção
e capacidade de produzir
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
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DICA:
Legalidade = observância dos requisitos normativos.
Legitimidade = eficiência do gasto.
Economicidade = custo x benefício.
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Vale destacar que o foco dessa fiscalização é contábil, financeiro, orçamentária, operacio-
nal e patrimonial da Fazenda Pública do Estado, nas 3 esferas: federal, estadual e municipal.
A fiscalização com foco no aspecto da legalidade visa verificar se a despesa está acordo
com as normas previstas na Constituição, na Lei n. 4.320/1964 e na LRF – Lei de Responsa-
bilidade Fiscal.
A fiscalização operacional é relacionada ao procedimento de arrecadação e liberação
de verbas.
Vale destacar, na fiscalização financeira, temos a verificação da entrada e da saída de di-
nheiro, enquanto na fiscalização orçamentária fiscaliza-se a correta execução do orçamento.
O PULO DO GATO
Importante destacar que a fiscalização orçamentária envolve todas as etapas do ciclo or-
çamentário, ou seja, todas as etapas do ciclo orçamentário devem ser objeto de controle e
fiscalização.
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As contas podem ser aprovadas ou rejeitadas. Se forem rejeitadas, o Senado Federal irá
processar e julgar o Presidente da República, funcionando como presidente, o do Supremo
Tribunal Federal, exigindo-se quórum de dois terços dos votos do Senado.
Tanto a nossa Carta Magna quanto a própria Lei n. 4320/1964 determinam a coexistência
de dois sistemas de controle: interno e externo. O controle interno é aquele realizado pelo ór-
gão no âmbito da própria Administração, do próprio Poder, dentro de sua estrutura. O controle
externo é aquele realizado por uma instituição independente e autônoma.
Veja o dispositivo da Lei n. 4.320/1964:
Pelo Controle Interno, quando o controle é feito pelos órgãos do próprio Poder Executivo,
especialmente pela Controladoria-Geral da União – CGU e, ainda, cada Ministério possui um
Assessor de Controle Interno, vinculado tecnicamente à CGU.
O controle interno tem previsão constitucional no artigo 74 da CF/1988, e consiste em um
sistema integrado de fiscalização dos três Poderes com o objetivo de apoiar o controle exter-
no em sua missão institucional.
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Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-
res da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
a) o cumprimento das metas previstas pelo Plano Plurianual, a execução dos programas de gover-
no e dos orçamentos da União;
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b) a legalidade e resultados, quanto à eficácia e à eficiência, relativos aos gastos públicos realiza-
dos por órgãos e entidades federais e também referentes à aplicação de recursos provenientes de
subvenções; e
c) o cumprimento dos limites e condições de operações de crédito, avais e garantias, além de di-
reitos e deveres da União.
Assertiva de acordo com o artigo 74 da Constituição Federal, que trata do controle interno.
Confira, com grifos nossos:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
controle interno com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III – exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e have-
res da União;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Certo.
Pelo Controle Externo, que, em nível federal, é exercido pelo Poder Legislativo, com o au-
xílio do Tribunal de Contas da União – TCU.
Registre-se que nos outros entes que integram o nosso Brasil, o controle externo é exer-
cido de forma similar, aplicando as disposições federais naquilo que couber.
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Nessa toada, para os estados, cabe a sua realização à Assembleia Legislativa, com auxílio
do TCE – Tribunal de Contas do Estado.
Já em âmbito municipal, é exercido pela Câmara Municipal, com auxílio também do TCE
– Tribunal de Contas do Estado (regra geral) ou do Tribunal de Contas do Município (São Pau-
lo – TCM-SP e Rio de Janeiro – TCM-RJ) ou, quando for o caso, do Tribunal de Contas dos
Municípios, no caso da Bahia – TCM-BA, Pará – TCM-PA e Goiás – TCM-GO.
Dessa mesma forma, no DF o Controle Externo é exercido pela Câmara Legislativa com o
auxílio do TCDF – Tribunal de Contas do Distrito Federal.
Confira na diretamente na CF/1988:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
de Contas da União, ao qual compete:
I – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer pré-
vio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores pú-
blicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e man-
tidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III – apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer tí-
tulo, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das con-
cessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não
alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão téc-
nica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, opera-
cional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,
e demais entidades referidas no inciso II;
V – fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acor-
do, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário;
IX – assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cum-
primento da lei, se verificada ilegalidade;
X – sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos
Deputados e ao Senado Federal;
XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
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§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional,
que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as me-
didas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.
Controle
Institucional
Controle Externo Controle Interno
O item está errado, pois a CGU é um órgão de Controle Interno, sendo o Controle Externo atri-
buição do Congresso Nacional com o auxílio do TCU.
Errado.
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Art. 72. A Comissão mista permanente a que se refere o art. 166, §1º, diante de indícios de des-
pesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios
não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco
dias, preste os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão solicitará
ao Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa causar
dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
Vamos agora conhecer um pouco mais sobre o TCU no artigo 73 da nossa CF/1988:
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no art. 96.
§ 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão nomeados dentre brasileiros que satisfa-
çam os seguintes requisitos:
I – mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade;
II – idoneidade moral e reputação ilibada;
III – notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração
pública;
IV – mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os co-
nhecimentos mencionados no inciso anterior.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I – um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois alterna-
damente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista
tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;
II – dois terços pelo Congresso Nacional.
§ 3º Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impe-
dimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-lhes,
quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.
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§ 4º O auditor, quando em substituição a Ministro, terá as mesmas garantias e impedimentos do
titular e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional
Federal.
Perceba que o TCU, mesmo sendo um órgão que auxilia o Congresso Nacional no Controle
Externo, possui atribuições constitucionais próprias, as quais não dependem de autorização
ou necessariamente de provocação do Poder Legislativo.
DICA
Fique atento ao fato de que compete ao TCU apreciar (e não
julgar) as contas prestadas anualmente pelo Presidente da
República, mediante parecer prévio (inciso I).
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, com-
posição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos
Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos,
que serão integrados por sete Conselheiros.
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O PULO DO GATO
Alguns autores classificam o controle social como controle privado ou popular, sendo efe-
tivado por meio de denúncias ao TCU, como determina o artigo 74 da CF/1988 em seu pa-
rágrafo 2º.
Nessa linha, temos ainda o artigo 73-A da LRF, introduzido pela LC n. 131/2009, que de-
terminou ser qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato parte legítima para
apresentar denúncia junto ao respectivo Tribunal de Contas (não só ao TCU) e ao órgão com-
petente do Ministério Público.
Podemos dizer que Controle Social é a integração da sociedade com a administração pú-
blica, com a finalidade de solucionar problemas e as deficiências sociais com mais eficiência.
Assim, o controle social efetiva a participação do cidadão na gestão pública e acaba sen-
do um mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania.
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O ciclo orçamentário foi afetado pela EC n. 95/2016, que instituiu o NOVO REGIME FISCAL
que é estudado em tópico específico de aula posterior. Por enquanto, guarde apenas que,
após a sua entrada em vigor, durante a elaboração da LOA, na mensagem presidencial devem
ser demonstrados os valores máximos de programação compatíveis com os limites indivi-
dualizados. Além disso, na execução da LOA fica vedada a abertura de crédito suplementar ou
especial que amplie o montante total autorizado de despesas primárias que na LOA, sujeitas
aos limites individuais, não podem exceder os valores máximos constantes da mensagem
presidencial.
§ 2º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obede-
cidas as seguintes normas:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do man-
dato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do
primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes
do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro
período da sessão legislativa;
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-
mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Ciclo Orçamentá-
LDO: LOA:
Prioriza as ações do executivo Esta é a Lei do Orçamento propria-
Indica as despesas de caplital e mente. A LOA autoriza a execução
orienta a LOA das despesas
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Guarde que o prazo para a submissão da proposta orçamentária ao Legislativo foi definido
pelo artigo 35 do ADCT da CF/1988. Confira:
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses antes do encerra-
mento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
Assim, a proposta orçamentária deve ser submetida ao Legislativo até quatro meses antes do
encerramento do exercício, que é dia 31/08.
Letra c.
Na verdade, LOA, ainda na forma de projeto de lei, deve ser encaminhada ao Congresso Nacio-
nal até 31/08 e deve ser devolvida ao Poder Executivo até fim da respectiva sessão legislativa.
Errado.
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Registre-se ainda que, para os Estados, DF e Municípios, valem os prazos dispostos res-
pectivamente nas suas Constituições Estaduais e nas Leis Orgânicas.
Vele reforçar ainda, no que diz respeito aos prazos do Ciclo Orçamentário, que caso o Con-
gresso Nacional não receba a proposta orçamentária no prazo fixado, caberá ao CN apreciar
novamente o orçamento em vigência e já em execução como se fosse uma nova proposta
orçamentária.
Como os prazos do Ciclo Orçamentário ainda tem uma regulação provisória via ADCT, em fun-
ção da necessidade ainda não satisfeita de se editar uma Lei Complementar específica para
regular, dentre outras coisas, os mencionados prazos, vivemos hoje, em matéria orçamentá-
ria, a possibilidade de termos algumas incongruências.
Repare que no 1º ano de mandato de um Chefe do Poder Executivo a LDO para o ano se-
guinte é aprovada até o fim da primeira sessão legislativa ainda no primeiro semestre, ou seja,
antes do envio do PPA, que pode ser enviado até 31/08, não havendo neste primeiro ano de
envio e segundo de execução a integração com o PPA.
Outra possível fonte de descoordenação pode ocorrer nesse ano, com PPA sendo enviado
e aprovado nos mesmos prazos da LOA, o que possibilita que a LOA seja aprovada no prazo
correto e o PPA não, fazendo com que a LOA do segundo exercício do mandato presidencial
possa ser executada antes da aprovação do PPA que a orientaria.
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2. Créditos Adicionais
Os créditos orçamentários se dividem em créditos iniciais e créditos adicionais.
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Para aquelas situações em que existe a necessidade de nova dotação ou apenas de comple-
mentação de dotações existentes, é plenamente possível a abertura de créditos adicionais,
para a qual a iniciativa é sempre do Presidente da República, até mesmo que para aque-
les créditos que atendam os Poderes Judiciário e Legislativo, bem como o Ministério Públi-
co da União.
Especiais
Créditos
Extraordinário
Adicionais
Suplementares
Orçamento Orçamento
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No que diz respeito ainda as emendas à LOA e os créditos adicionais, importante deixar regis-
trado que elas precisam ser compatíveis com o PPA e com a LDO.
Colega, já sabemos que as leis orçamentárias fixam o limite máximo que pode ser gasto
pela Administração Pública em cada dotação. Entretanto, podem ocorrer, entretanto, omis-
sões de ações necessárias, falhas na previsão de gastos, fatos posteriores que exijam mu-
danças de prioridades, ou mesmo arrecadação superior à prevista, que requeiram do Governo
ações rápidas, tanto para adequar a fixação da despesa a ações e valores que permitam a
consecução dos objetivos e metas almejados, quanto para dar destino às receitas públicas
cuja arrecadação supere a previsão inicial.
Então guarde que as adequações das dotações orçamentárias constantes da lei orçamen-
tária anual são feitas por meio dos créditos adicionais.
Em outras palavras, são créditos adicionais as despesas não computadas ou insuficiente
dotadas na lei de orçamento.
Créditos adicionais
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Importante ter em mente que as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos
projetos que o modifiquem (créditos adicionais) somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
• dotações para pessoal e seus encargos;
• serviço da dívida;
• transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e o Distrito Federal;
ou
O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a sua espécie e a classificação da
despesa, até onde for possível.
Atente ao fato de que apenas nos créditos extraordinários e especiais que se cria um pro-
grama de trabalho, de uma ação com todos os seus atributos e de um novo subtítulo de uma
ação já existente. Confira diretamente no MTO, com grifos nossos:
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Em verdade, o único crédito adicional que pode estar autorizado na LOA é o crédito suplemen-
tar, constituindo-se, assim, em verdadeira exceção ao princípio da exclusividade.
Certo.
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De modo distinto, os créditos especiais são destinados a despesas para as quais não haja
dotação orçamentária específica.
Créditos Especiais
Tanto os créditos suplementares quanto os especiais serão autorizados por lei e abertos
por decreto executivo.
É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa
e sem indicação dos recursos correspondentes.
A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos
disponíveis para acorrer à despesa e será precedida de exposição justificativa.
Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior, entendido
com a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda,
os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas;
II – os provenientes de excesso de arrecadação, entendido como o saldo positivo das di-
ferenças acumuladas mês a mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se,
ainda, a tendência do exercício. Para o fim de apurar os recursos utilizáveis, provenientes de
excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos créditos extraordinários abertos no
exercício.
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibi-
lite ao poder executivo realizá-las.
DICA
A reserva de contingência é fonte para abertura de créditos
adicionais de acordo com o artigo 8º da portaria STN/SOF n.
163/2001.
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Exercício 1 Exercício 2
Autorizado Término
Na verdade, os créditos adicionais especiais são destinados a despesas para as quais não
haja dotação orçamentária específica. Já para as despesas urgentes e imprevisíveis deve ser
usado o crédito adicional extraordinário.
Errado.
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O PULO DO GATO
Note uma pequena diferença entre as conceituações da CF/1988 e da Lei n. 4.320/1964:
Créditos Extraordinários
Créditos Extraordinários
Os destinados a despesas urgentes
e imprevistas, em caso de guerra,
comoção intestina ou calamidade
pública.
(Lei n. 4.320/1964: art. 41, III)
Importante saber que despesas imprevisíveis não são despesas imprevistas, já que no
caso das imprevistas elas, por uma falha humana, poderiam estar presentes na LOA, mas não
o foram, diferentemente daquelas decorrentes de calamidade pública, de comoção interna
ou de guerra, já que eventos como esses dificilmente seriam previstos de modo a que suas
respectivas despesas possam constar na LOA, como foi o caso do CORONAVÍRUS para o Or-
çamento de 2020.
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Sim, já que os créditos extraordinários são utilizados para despesas imprevistas e urgentes.
Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na Lei de Orçamento.
Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em:
III – extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, como-
ção intestina ou calamidade pública.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-
poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa”.
Certo.
DICA
Guarde, portanto, que a abertura de créditos extraordinários
por meio de medidas provisórias somente deve usado nas si-
tuações imprevisíveis, urgentes e relevantes.
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O que acontece e gera essa confusão é que na Lei n. 4.320/1964, fala que os “Créditos Ex-
traordinários devem ser abertos por Decreto do Executivo que deles dará conhecimento ao Poder
Legislativo”, diferentemente dos créditos suplementares e especiais que são autorizados por
lei e abertos por Decreto do Executivo.
Importante destacar que a lei de conversão não tem o condão de convalidar eventuais
vícios da respectiva medida provisória.
Na verdade, são os créditos extraordinários que são abertos para despesas não previstas
decorrentes de calamidade pública, enquanto os créditos especiais servem novas despesas.
Errado.
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JURISPRUDÊNCIA
O STF firmou entendimento (ADI 408) de que termos como “Guerra”, “comoção interna”
e “calamidade pública” são situações extremas e graves, com consequências imprevi-
síveis para a ordem pública e a paz social, requerendo a adoção de medidas urgentes e
extraordinárias. Seguindo essa premissa jurisprudencial, podemos afirmar que despe-
sas correntes que não estejam qualificadas pela imprevisibilidade ou pela urgência, não
justificam a abertura de créditos, sob pena de desvio dos referidos preceitos constitu-
cionais.
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RESUMO
Começa no ano anterior,
com as fases de
planejamento, elaboração, discus-
Tem duração maior são e aprovação.
do que um ano
(um exercício financeiro).
Só termina depois do fim
do exercício financeiro em que
é executada, com a sua
avaliação e controle.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
Resumido x Ampliado
Planejamento
Controle Elaboração
Execução
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Discussão, votação
Elaboração Execução Avaliação e controle
e aprovação
1- 2 - Discussão,
Elaboração votação e
do PPA aprovação do
PPA
4 - Discussão, 8 - Avaliação
3-
votação e 7 - Execução e controle
Elaboração
aprovação da orçamentária da execução
da LDO
LDO orçamentária
5- 6 - Discussão,
Elaboração votação e
da LOA aprovação da
LOA
Lembre-se de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exercício
financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração, dis-
cussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa, com
a sua avaliação e controle.
ÚTIMO ANO DO
PPA 4 ANOS
PPA ANTERIOR
1º ANO 2º 3º 4º 1º
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Quadro Resumo
Poder Dispensar a
Recursos Requer indicação de recursos indicação de
Disponíveis disponíveis para abertura. recursos.
Espero que você tenha gostado desta aula e que me dê 5 estrelas na avaliação. Se não
gostou, registre onde podemos melhorar.
Como diria Thomas Edison: “Gênio é 1% inspiração e 99% transpiração”.
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MAPAS MENTAIS
Ciclo Orçamentário
Planejamento e elaboração
Discussão e aprovação
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Créditos Orçamentários
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QUESTÕES DE CONCURSO
024. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) O orçamento público, um instrumento fundamental
de governo, constitui o principal documento de políticas públicas. A respeito desse assunto,
julgue o seguinte item.
O ciclo orçamentário, período de tempo em que se processam as atividades típicas do orça-
mento público, é constituído das seguintes fases: planejamento, elaboração e aprovação.
Sim, o produto de operações de crédito autorizadas pode ser utilizado como fonte de abertura
para créditos suplementares. Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos:
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-
poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-
nais, autorizados em Lei;
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realiza-las.
Certo.
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Na verdade, tais alterações são autorizadas por atos infra legais. Confira no MCASP, com gri-
fos nossos:
Ressalte-se que, na União, as alterações dos atributos do crédito orçamentário, constantes da Lei
Orçamentária da União, tais como modalidade de aplicação, identificador de resultado primário
(RP), identificador de uso (IU) e fonte de recursos (FR) não são caracterizadas como créditos adi-
cionais por não alterarem o valor das dotações. Essas alterações são denominadas “outras alte-
rações orçamentárias” e são realizadas por meio de atos infra legais, observadas as autorizações
constantes da Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício financeiro correspondente.
Errado.
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PEGADINHA DA BANCA
Nessa o CESPE quis pegar os desatentos. Pode ser apresentada sim, mas se vai ser aprovada
aí é outra história, já que para a aprovação é que existem restrições. Entretanto, não devem
ser apresentadas emendas como essa.
Certo.
O Artigo 74 da CF/1988, em seu parágrafo 2º, prevê o Controle Social por meio do TCU. Veja:
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§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.
Certo.
Na verdade, nesse caso, o governo federal dispõe de dois instrumentos, caso precise realizar
uma nova despesa não prevista na LOA, já que, além dos créditos especiais, pode usar tam-
bém os créditos extraordinários, destinados a despesas urgentes/imprevistas e novas.
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Errado.
Na verdade, enquanto não iniciada a votação na Comissão Mista, poderá o Presidente apre-
sentar proposta de mudanças no projeto entregue, conforme nos diz o parágrafo 5º do artigo
166 da CF/1988. Confira comigo com grifos nossos:
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
§ 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor mo-
dificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
Errado.
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Errado.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na
forma do regimento comum.
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...
§ 5º – O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta.
Certo.
Embora esses créditos possam ter sua vigência prorrogada para o exercício seguinte, se fo-
rem promulgados nos últimos quatro meses do exercício financeiro, isso não acontece auto-
maticamente, já que, para reabri-los faz-se necessário novo ato administrativo. Confira no §
2º do artigo 167 da nossa CF/1988, com grifos nossos:
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Desde que devidamente justificada, será admitida emenda ao projeto de lei de orçamento que
vise conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anterior-
mente criado.
Na verdade, de acordo com a Lei n. 4.320/1964, não pode ser admitida emenda ao projeto de
lei de orçamento que vise conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que
não esteja anteriormente criado.
Confira a literalidade do seu artigo 33, com grifos nossos:
Art. 33. Não se admitirão emendas ao projeto de Lei de Orçamento que visem a:
a) alterar a dotação solicitada para despesa de custeio, salvo quando provada, nesse ponto a ine-
xatidão da proposta;
b) conceder dotação para o início de obra cujo projeto não esteja aprovado pelos órgãos compe-
tentes;
c) conceder dotação para instalação ou funcionamento de serviço que não esteja anteriormente
criado;
d) conceder dotação superior aos quantitativos previamente fixados em resolução do Poder Legis-
lativo para concessão de auxílios e subvenções.
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de entes que possuem tal instrumento, e para entes que não dispõem desse instrumento legal
usa-se decreto do Poder Executivo, dando imediato conhecimento deles ao Poder Legislativo.
De qualquer forma, atente ao fato de que o artigo 44 da Lei n. 4.320/1964 determina que serão
os créditos extraordinários devem ser abertos por decreto executivo. Confira:
Art. 44. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder Executivo, que deles dará
imediato conhecimento ao Poder Legislativo.
Entretanto, posteriormente, com a entrada em vigor da CF/1988, passamos a ter a possibi-
lidade de edição de medida provisória para abertura de créditos extraordinários. Confira os
dispositivos:
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Note que como já temos autorização na Lei Orçamentária, cumprindo a previsão de autoriza-
ção legal do artigo 42 da Lei n. 4.320/1964, só falta mesmo a abertura por decreto executivo.
Confira na mencionada Lei e na CF/1088, com grifos nossos:
LEI n. 4.320/1964
Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e abertos por decreto
executivo.
CF/1988
Art. 165 – § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suple-
mentares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos
da lei.
Certo.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-
poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior;
II – os provenientes de excesso de arrecadação;
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-
nais, autorizados em Lei;
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É vedada a utilização dos recursos provenientes de excesso de arrecadação como fonte para
a abertura de créditos suplementares ou especiais.
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da existência de recursos dis-
poníveis para ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa.
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior
II – os provenientes de excesso de arrecadação
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-
nais, autorizados em Lei
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realizá-las.
Errado.
Planejamento
Controle Elaboração
Execução
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Regis Pinon
Discussão, votação
Elaboração Execução Avaliação e controle
e aprovação
1- 2 - Discussão,
Elaboração votação e
do PPA aprovação do
PPA
4 - Discussão, 8 - Avaliação
3-
votação e 7 - Execução e controle
Elaboração
aprovação da orçamentária da execução
da LDO
LDO orçamentária
5- 6 - Discussão,
Elaboração votação e
da LOA aprovação da
LOA
Lembre-se ainda de que o ciclo orçamentário tem duração maior do que um ano (um exer-
cício financeiro), já que começa no ano anterior, com as fases de planejamento, elaboração,
discussão e aprovação, e só termina depois do fim do exercício financeiro em que é executa,
com a sua avaliação e controle.
Errado.
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Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Manuel Regis Pinon
Art. 166 § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite
de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto en-
caminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e
serviços públicos de saúde.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Serão admitidos apenas aqueles que forem provenientes de anulação de despesa,
considerando as ressalvas constitucionais do artigo 166, § 3º.
b) Errada. Em verdade, esse prazo se encerra enquanto não iniciada a votação, na Comissão
mista, da parte cuja alteração é proposta, conforme determina o artigo 166, § 5º, da CF/1988.
c) Errada. As emendas devem ser apresentadas na Comissão mista que possui a respon-
sabilidade de emitir parecer, que será apreciado no plenário das duas casas do Congres-
so Nacional.
e) Errada. É de execução obrigatória, conforme disposto no artigo 166, § 11, da CF/1988.
Letra d.
Dentre as alternativas, apenas os restos a pagar liquidados não são fontes de recursos para
abertura de créditos suplementares. Confira na Lei n. 4.320/1964, com grifos nossos e corre-
lação com as outras alternativas:
Art. 43 § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não comprometidos:
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior; (B)
II – os provenientes de excesso de arrecadação; (C)
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicio-
nais, autorizados em Lei; (D)
IV – o produto de operações de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao
poder executivo realizá-las. (E)
Letra a.
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GABARITO
1. E 37. E
2. C 38. E
3. E 39. C
4. C 40. E
5. E 41. E
6. E 42. E
7. E 43. C
8. E 44. C
9. E 45. C
10. C 46. E
11. C 47. E
12. E 48. E
13. C 49. d
14. E 50. a
15. C
16. C
17. C
18. C
19. C
20. E
21. C
22. E
23. E
24. E
25. C
26. E
27. C
28. E
29. C
30. C
31. E
32. C
33. E
34. C
35. E
36. E
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Manuel Regis Pinon
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Administração Financeira e Orçamentária – 2ª Edição – Editora Juspodium – Autor Giovanni
Pacelli.
Direito Financeiro e Controle Externo – 10ª Edição – Editora Método – Autor Valdecir Pascoal.
Finanças Públicas– Editora Campus – Autores Fábio Giambiagi e Ana Cláudia Duarte de Além.
Orçamento Público (AFO e LRF) – 10ª Edição – Editora Juspodium – Autor Augustinho Palu-
do.
Agora, quero pedir um favor: avalie nossa aula, é rápido e fácil, e deixe sugestões de
melhoria. Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor. Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso. Pode ser?
Muito obrigado.
Siga-me (profmanuelpinon) no Instauram e Facebook. Temos excelentes cards para revisão.
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas.
Professor Manuel Piñon
manuelpinon@hotmail.com
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Manuel Regis Pinon
Manuel Piñon
Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é Professor, voltado para a
área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e Controle) da Controladoria-
Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência) em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil) em 1998.
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