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AFO
Programação e Execução Orçamentária e Financeira
Sumário
Manuel Piñon
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
Manuel Piñon
Execução Orçamentária
PPA
Planejamento
Programação Arrecadação
LDO
Financeira
Empenhamento Liquidação
Eventos
Contábil
Prestação de Ordens de
Geração
Contas do TCE Pagamento
Integração
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Manuel Piñon
Plano Programas no
Direitos sociais Bens e serviços
Plurianual Orçamento públicos
o o
u içã Plano regionais Programas a çã
tit al i z to
ns der e al irei
o
C Fe R od
d
DICA
Não confundir a execução do orçamento com a execução da
despesa.
A descentralização do crédito orçamentário não é execução
da despesa, mas sim o seu planejamento, que integra, no ci-
clo orçamentário, a fase de execução orçamentária.
Quando estudarmos as fases da despesa isso ficará claro.
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A ideia básica é que as dotações são confiadas diretamente a um Órgão, cujo dirigente
é o titular da responsabilidade pela execução e que, por sua vez, é subdividido em Unidades
Orçamentárias, as quais são responsáveis pela execução das despesas. Já a fiscalização fica
a cargo de um órgão específico, normalmente denominado órgão setorial de controle interno.
Importante ter em mente que os recursos orçamentários seguem o ciclo orçamentário em
sentido amplo, que abrange as etapas do planejamento ao controle, passando pela elaboração
e a própria execução da lei orçamentária anual.
Em verdade, o ciclo orçamentário, também chamado de processo orçamentário, pode ser
definido como um processo contínuo, dinâmico e flexível, por meio do qual se elaboram, apro-
vam, executam, controlam e avaliam os programas do setor público nos aspectos físico e
financeiro. É o período em que se processam as atividades típicas do orçamento público.
Graficamente, o ciclo orçamentário tem a seguinte forma:
Planejamento
Controle Elaboração
Execução
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Atividades de
planejamento, Sistemática
Inovação no
Normas Gerais orçamento e para ordenação
PPA para Criação do
para controle modernização do orçamento
aproximar Sistema de
de orçamentos da a partir de um
planejamento Planejamento
e balanços da administração planejamento
e gestão e Orçamento
União, estados federal a partir de médio prazo:
com foco em Federal (SPOF)
e municípios do Sistema de Plano Plurianual
resultados
Planejamento (PPA)
Federal
Em primeiro lugar, é preciso que você saiba que as atividades do Poder Executivo Federal
estão organizadas sob a forma de sistemas organizacionais. Cada Sistema Organizacional
dispõe de um órgão central e de pelo menos um sistema informatizado estruturante.
O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal - SPOF, assim como os sistemas de
administração financeira federal, de contabilidade federal e de controle interno do Poder Exe-
cutivo Federal são regulados e organizados pela Lei n. 10.180/2001.
Sistema
Sistema
Órgão Central Informatizado
Organizacional
Utilizado Estruturante
CGU – Controladoria-Geral da
Controle Interno Usa todos os sistemas
União
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AFO
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Ato de Gestão: Todo e qualquer ato administrativo que importe alteração de natureza orçamentá-
ria, financeira e patrimonial. São exemplos de atos de gestão: autorização para emissão de ordem
bancária; incorporação e desfazimento de bens; assinatura de contratos, convênios e instrumentos
congêneres; assinatura de ato de admissão e exoneração de servidor etc.
Dessa forma, as atividades de acompanhamento não são definidas pelo TCU como atos de gestão.
Confira, com grifos nossos, os principais trechos dessa norma, que tratam do que foi abordado
na assertiva e em sua correção.
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Nacional
Formular planos de desenvolvimento econômico e social
Setoriais (Poderes)
Regionais
PPA
FINALIDADE Formular Orçamento Anual
Diretrizes orçamentárias
Sistema de Elaboração
Planos, programas e orçamentos
Acompanhamento
Planejamento e de
Avaliação
Orçamento Federal ATIVIDADES
ME – Órgão Central
Ministérios
AGU
Órgãos setoriais: unidades de planejamento e orçamento
Vice-Presidência
INTEGRANTES
Casa Civil
O PULO DO GATO
O órgão setorial da Casa Civil da Presidência da República tem como área de atuação todos os
órgãos integrantes da PR, exceto nos casos previstos em legislação específica.
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DICA
As unidades de planejamento e orçamento dos Poderes Ju-
diciário e Legislativo e do MPU – Ministério Público da União
- também se sujeitam à supervisão técnica e à orientação nor-
mativa do Órgão Central (atualmente o ME).
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De acordo com o artigo 4º, § 1º, da Lei n. 10.180/2001, o órgão setorial da Casa Civil da Presi-
dência da República tem como área de atuação todos os órgãos integrantes da Presidência da
República, ressalvados outros determinados em legislação específica.
Certo.
Art. 6º Sem prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes e órgãos da Ad-
ministração Pública Federal, os órgãos integrantes do Sistema de Planejamento e de Orçamento
Federal e as unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão
o acompanhamento e a avaliação dos planos e programas respectivos.
Errado.
Por seu turno, o artigo 8º da Lei n. 10.180/2001 dispõe acerca das competências do Siste-
ma de Planejamento e de Orçamento Federal no âmbito do ORÇAMENTO. Compete às unida-
des responsáveis pelas atividades de planejamento:
1 - Coordenar, consolidar e supervisionar a elaboração dos projetos da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária da União, compreendendo os orçamentos fiscal, da segu-
ridade social e de investimento das empresas estatais.
2 - Estabelecer normas e procedimentos necessários à elaboração e à implementação dos
orçamentos federais, harmonizando-os com o plano plurianual.
3 - Realizar estudos e pesquisas concernentes ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento
do processo orçamentário federal.
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Orçamento Fiscal e
Orçamento Orçamento de Investimentos
Seguridade Social
Departamento de
Secretaria de Orçamento
Órgão Central Coordenação e Governança de
Federal – SOF
Empresas Estatais – DEST
Somente as despesas de
investimento, de acordo com
Despesas Todas as despesas
a LDO. Despesas operacionais
são desconsideradas
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Elaboração e alterações
Sistema utilizado para: orçamentárias: SIOP
Elaboração
Somente SIOP nas três fases
Execução
Alterações orçamentárias Execução orçamentária:
SIAFI
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pode usar, sendo que essas cotas trimestrais podem ser modificadas durante o ano em fun-
ção, por exemplo, das oscilações na receita pública.
O PULO DO GATO
Quem aprova a LOA é o Poder Legislativo, mas é o Poder Executivo quem aprova o quadro
de cotas trimestrais, logo após a promulgação da LOA e com base nos limites nela fixados.
Assim, cabe ao Poder Executivo aprovar um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada
unidade orçamentária fica autorizada a gastar.
A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal - melhorou ainda mais essa ferramenta orçamentária ao
determinar que a elaboração da programação financeira e do cronograma mensal de desembolso
ocorram no prazo de 30 dias após a publicação da LOA. Veja o artigo 8º da LRF com grifos nossos:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de di-
retrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Ainda nesse artigo, a LRF ordena que os recursos legalmente vinculados à finalidade es-
pecífica devem ser usados somente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diferente daquele em que ocorrer o ingresso.
Mentalize: recurso vinculado é aquele que possui destinação obrigatória a determinada
despesa e, assim, a LRF dispõe que, se é recurso vinculado, continuará vinculado, ainda que em
exercício financeiro diverso daquele em que tenha ocorrido o ingresso.
Nessa pegada, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento da
Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional,
os subprojetos e subatividades constantes da lei orçamentária anual, especificando as Unida-
des Orçamentárias de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade
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social, especificando, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo
de despesa e a modalidade de aplicação.
Nesse sentido, a descentralização orçamentária é fundamental para a execução orça-
mentária. Importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, arrecadar receitas e
realizar as despesas públicas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das
despesas previstos na Lei n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.
A descentralização dos créditos orçamentários corresponde às movimentações de parte
do orçamento para que outras unidades administrativas possam executar a despesa orçamen-
tária. Registre-se que devem ser mantidas as classificações institucional, funcional, progra-
mática e econômica.
Importante saber que as descentralizações de créditos orçamentários NÃO se confundem com
transferências ou transposições, já que NÃO modificam a programação ou o valor de suas dotações
orçamentárias e não alteram classificação institucional (de um órgão para outro) do crédito orçamen-
tário aprovado pelo CN na LOA ou em Créditos Adicionais. Assim, tanto a descentralização de crédito
quanto a descentralização de recursos NÃO estão vedadas pelo artigo 167 da CF/1988.
O PULO DO GATO
Importante que você saiba ainda que a descentralização de crédito e a descentralização de
recursos estão relacionadas aos estágios da despesa. Enquanto a descentralização dos cré-
ditos orçamentários (dotação, provisão e destaque) ocorre entre as fases da fixação e do
empenho da despesa, a descentralização dos recursos (cota, sub-repasse e repasse) ocorre
entre as fases da liquidação e do pagamento da despesa.
Merece destaque a ferramenta usada para limitação dos gastos do Governo Federal, o
famoso “Decreto de contingenciamento dos gastos”, que nada mais é do que o Decreto de
Programação Orçamentária e Financeira juntamente com a Portaria Interministerial que deta-
lha os valores autorizados para movimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do
exercício, tendo como suporte legal, além da Lei n. 4.320/1964 e da LRF, as LDOs de cada ano.
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ROGRAMAÇÃO FINANCEIRA
P
Aprovação até 30 dias após a publicação dos orçamentos:
- metas bimestrais de arrecadação;
- programação financeira e o cronograma da execução mensal de
desembolso.
LRF: arts. 8º e 13, caput
Importante registrar ainda que, como a entrada das receitas arrecadadas dos contribuintes
nem sempre coincide, temporalmente, com as necessidades de realização de despesas públi-
cas, existe um conjunto de atividades que têm o objetivo de ajustar o ritmo da execução do
orçamento ao fluxo provável de entrada de recursos financeiros que vão assegurar a realização
dos programas anuais de trabalho e, consequentemente, impedir eventuais insuficiências de
tesouraria. A esse conjunto de atividades chamamos de Programação Financeira.
A seguir, um resumo sistematizado da programação financeira:
Programação Financeira
Órgão central
ME Disposição dos recursos $ aos
órgãos setoriais em suas contas-
correntes do BB (S\A)
STN
COTA(OB) COTA(OB)
Órgão setorial
MIN. “A” MIN. “B” Sec. de Administração-Geral
REPASSE (OB)
Órgão Órgão dos Ministérios Civis e órgãos
Setorial Setorial equivalentes da PR e dos
Comandos Militares
*Transferência de recursos
SUB-REPASSE SUB-REPASSE
$ entre órgão de estruturas
(OB) (OB)
administrativas diferentes
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Importante destacar que a programação financeira se realiza em três níveis distintos, exis-
tindo uma hierarquia entre eles:
1 - Secretaria do Tesouro Nacional – STN -, o órgão central.
2 - Subsecretarias de Planejamento, Orçamento e Administração – SPOAs (ou equivalen-
tes, os chamados órgãos setoriais de programação financeira – OSPF).
3 - Unidades Gestoras Executoras (UG).
Nessa toada, podemos ver que quem realmente recebe a descentralização do órgão cen-
tral é o órgão setorial, que pode descentralizar ainda para a UG, ou seja, quem realiza as des-
centralizações são o órgão central e o órgão setorial.
Vale a pena lermos juntos o artigo 9º do Decreto n. 93.872/1986, que trata da programação
financeira federal:
Da Programação Financeira
Art. 9º As diretrizes gerais da programação financeira da despesa autorizada na Lei de Orçamento
anual serão fixadas em decreto, cabendo à Secretaria do Tesouro Nacional, em ato próprio, aprovar
o limite global de saques de cada Ministério ou Órgão, tendo em vista o montante das dotações e a
previsão do fluxo de caixa do Tesouro Nacional (Decreto-lei n. 200/67, art. 72).
§ 1º Na alteração do limite global de saques, observar-se-ão o quantitativo das dotações orçamen-
tárias e o comportamento da execução orçamentária.
§ 2º Serão considerados, na execução da programação financeira de que trata este artigo, os cré-
ditos adicionais, as restituições de receitas e o ressarcimento em espécie a título de incentivo ou
benefício fiscal e os Restos a Pagar, além das despesas autorizadas na Lei de Orçamento anual.
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com a dívida pública, de modo a fomentar e manter expectativas claras e objetivas, a administração
pública buscou melhor programar financeiramente a execução das suas despesas.
Esse processo atende a dispositivos legais que exigem o pronto conhecimento e correção
das discrepâncias entre receita e despesas primárias, bem como monitora o cumprimento das
metas de resultado estabelecidas para determinado exercício, projetando ainda seu comporta-
mento para os dois subsequentes.
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Importante informar ainda que, como cada secretaria ou órgão tem um prazo determinado
para a elaboração de seu próprio cronograma de desembolsos - que reflete as saídas de recursos
financeiros -, a Secretaria de Tesouro, ou correspondente Estadual, Distrital ou Municipal, deve con-
solidar e aprovar toda a programação financeira de desembolso para o governo, procurando ajustar
as necessidades da execução do orçamento ao fluxo de caixa do Tesouro (despesas e receitas), a
fim de obter um fluxo de caixa mais de acordo com a política fiscal e monetária do governo.
Todo esse processo, em realidade, ocorre dentro de sistema informatizado, sendo tarefa
de cada Unidade Gestora (UG) elaborar sua programação financeira e submetê-la ao seu ór-
gão setorial de programação.
O órgão, por sua vez, deve consolidá-la e submetê-la ao órgão central de programação
financeira. Dessa forma o sistema permite um acompanhamento preciso do cronograma de
desembolso dos recursos financeiros de cada UG e de sua execução.
O cronograma de desembolso é parte da programação financeira de desembolso, já que
representa as despesas decorrentes da execução física dos projetos e atividades a cargo dos
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Lei de Diretrizes
Plano Plurianual (PPA)
Orçamentárias (LDO)
Discussão, votação e
Execução orçamentária e
aprovação da Lei Orçamentária
financeira
Anual
Obs.: OBSERVAÇÃO
Tenha em mente que a etapa do planejamento, que antecede a etapa de execução
orçamentária, abrange, de modo geral, a fixação da despesa orçamentária, a descen-
tralização/movimentação de créditos, a programação orçamentária e financeira e o
processo de licitação e contratação, sendo o nosso foco agora a programação orça-
mentária e financeira e a descentralização/movimentação de créditos e recursos.
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ORÇAMENTÁRIO FINANCEIRO
Descentralização de Crédito Movimentação de Recurso
SOF STN
Cota
Desc.
Desc. interna Repasse Sub-repasse
Externa
UG UG UG Entidade Entidade UG UG UG
Desc. interna Supervisionada Supervisionada Sub-repasse
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Ministério da Economia/
Nível de Órgão Central Secretaria de Orçamento Federal
Dotação Dotação
Unidade Destaque
(UO)
Nível de Órgão Setorial Orçamentária (UO)
Provisão Provisão
Unidade Destaque
Nível de Unidade UG
Gestora (UG)
Executora
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Fluxo Financeiro
Ministério X Ministério Y
Repasse
Unidade Orçamentária Unidade Orçamentária
Sub-repasse Sub-repasse
Ministério X Ministério Y
Unidade Orçamentária Repasse Unidade Orçamentária
O controle sobre os ingressos e dispêndios é feito por meio das metas bimestrais de ar-
recadação e do cronograma mensal de desembolsos, de modo a chegar-se ao fluxo de caixa
projetado e realizado. Importante destacar que se a meta de arrecadação não for alcançada,
aplica-se o disposto no artigo 9º da LRF:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fis-
cais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários,
nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os crité-
rios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a recomposição das dota-
ções cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais
do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas à inovação e
ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade e as res-
salvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. (Redação dada pela Lei Complementar n. 177, de 2021)
Em outras palavras, se estiver entrando menos dinheiro do que o previsto, os Poderes e o Mi-
nistério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subse-
quentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados na LDO.
Guarde também que, conforme dispõe o parágrafo 2º, não podem ser objeto de contingen-
ciamento as despesas com obrigações constitucionais e legais, como despesa com salário dos
servidores públicos, as despesas com serviço da dívida e outras despesas especificadas na LDO.
Assim, mesmo se, após o “corte das despesas possíveis”, continuar a falta de recursos
para “pagar as contas que não podem ser contingenciadas”, a solução é a contratação de ARO
– Antecipação de Receita Orçamentária.
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E se um Poder não contingenciar despesas quando devia fazê-lo? Pode um Poder fazer
esse contingenciamento de gastos de outro Poder?
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Registre-se ainda que essas movimentações ocorrem em tempo real no âmbito do SIAFI.
Guarde, portanto, que a execução orçamentária pode ser definida simplesmente como a
utilização dos créditos consignados na Lei Orçamentária Anual – LOA, ou seja, a execução
orçamentária é a utilização dos CRÉDITOS consignados no orçamento.
Por seu turno, a execução financeira, de modo distinto, representa a utilização de recursos
financeiros, visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades
Orçamentárias pelo Orçamento.
As etapas seguintes à publicação da LOA, em nível federal, devem estar em consonância
com as normas de execução orçamentária e de programação financeira da União.
Volto a destacar que, após a LOA ter sido aprovada e sancionada, o Quadro de Detalhamento
da Despesa (QDD) será definido como sendo um instrumento que detalha, em nível operacional,
os subprojetos e subatividades constantes da LOA, especificando as Unidades Orçamentárias
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de cada órgão, fundo ou entidades dos orçamentos fiscal e da seguridade social, especificando
também, para cada categoria, a fonte de recursos, a categoria econômica, o grupo de despesa e
a modalidade de aplicação. É o ponto de partida para a execução orçamentária.
De acordo com a Portaria MPOG 42/1999, projeto é um instrumento de programação para al-
cançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, do
qual resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo.
Essa Portaria define como atividade um instrumento de programação para alcançar o ob-
jetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realizam de modo contí-
nuo e permanente, do qual resulta um produto necessário à manutenção da ação de governo.
Em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público têm as informações orça-
mentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lançadas no SIAFI, por intermédio
da geração automática do documento Nota de Dotação – ND, criando-se assim o crédito orça-
mentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamentária propriamente dita.
Nesse sentido, existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária exis-
tente no QDD com uma unidade gestora do SIAFI. Essa unidade gestora será responsável pela
descentralização e/ou pela execução desses créditos recebidos.
O SIAFEM, SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA PARA ESTADOS E
MUNICÍPIOS, por sua vez, é um sistema desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento
de Dados - SERPRO, baseado no SIAFI - Sistema Integrado de Administração Financeira do Go-
verno Federal, customizado para atender os estados e municípios.
É utilizado para otimizar e uniformizar a execução orçamentária, financeira, patrimonial e
contábil, de forma integrada, minimizando os custos, proporcionando maior transparência, efi-
ciência e eficácia na gestão dos recursos públicos, facilitando, assim, a apreciação de contas
do Governo pelos Órgãos de Controle Interno do Poder Executivo e de Controle Externo, repre-
sentados pela Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas.
Seguindo adiante, a próxima etapa é a do detalhamento do crédito orçamentário. Esse
procedimento normalmente é efetuado pela unidade gestora responsável pela supervisão fun-
cional dos atos de execução orçamentária. Existem quatro tipos de detalhamento de crédito
no SIAFI: de fonte de recursos – FR; de natureza da despesa – ND; de Unidade Gestora respon-
sável – UGR e de plano interno – PI, formando, em seguida, a chamada “célula orçamentária”.
Importante guardar que Executar o Orçamento é, em verdade, realizar as despesas públi-
cas nele previstas, seguindo aqueles três estágios da execução das despesas previstos na Lei
n. 4.320/1964: empenho, liquidação e pagamento.
Não é demais reforçar que as dotações orçamentárias são classificadas de forma a expli-
citar o montante de recursos empregado nas principais atividades do Estado sob várias óticas.
Caso haja necessidade de criação de dotação ou complementação de dotações existen-
tes, pode-se abrir créditos adicionais, cuja iniciativa é sempre do Presidente da República,
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ainda que para os créditos que visem a atender os Poderes Legislativo e Judiciário, bem
como o Ministério Público da União.
Execução Financeira
O PULO DO GATO
Importante destacar que, em termos de execução financeira, quando falamos em RECURSO,
estamos falando de dinheiro ou saldo de disponibilidade bancária (enfoque da execução finan-
ceira), que tem sentido diferente do termo CRÉDITO, que é dotação ou autorização de gasto ou
sua descentralização (enfoque da execução orçamentária).
Lembrando que, nos termos da Lei n. 4.320/1964, o exercício financeiro é o tempo compre-
endido entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de cada ano, no qual a administração promove a
execução orçamentária e demais fatos relacionados com as variações qualitativas e quantita-
tivas que tocam os elementos patrimoniais da entidade ou órgão público.
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SIAFI
CONTA ÚNICA
RECOLHIMENTOS
GOVERNO EMPRESA
PAGAMENTOS
PAGAMENTOS/RECEBIMENTOS EXTERNOS
RECEBIMENTOS
ENTIDADES
BANCO
EXTERNAS
PAGAMENTOS
Registre-se ainda que regras dispondo sobre a unificação dos recursos do Tesouro Nacio-
nal em Conta Única também foram estabelecidas pelo Decreto n. 93.872/1986.
Ainda no âmbito da execução orçamentária e financeira, merece destaque a figura do
Ordenador de Despesas, que é aquela autoridade responsável pela emissão de empenho, au-
torização de pagamento, suprimento ou dispêndio, conforme dispõe o § 1º do artigo n. 80 do
Decreto-Lei n. 200/1967.
Em outras palavras, o Ordenador de Despesas tem como atribuições movimentar créditos
orçamentários, empenhar despesa e efetuar pagamentos.
Trata-se de profissional com elevado nível de responsabilidade que deve possuir capaci-
tação em áreas como administração financeira e orçamentária, licitações e contratos, obras,
recursos humanos, contabilidade pública, transparência, controle patrimonial etc.
Pode-se dizer ainda que o Ordenador de Despesas acaba por centralizar as decisões finais
sobre diversas áreas administrativas, exercendo um papel de liderança na gestão de uma en-
tidade pública.
Interessante destacar que não existe o cargo “Ordenador de Despesas”, sendo esse papel
exercido, por exemplo, por um Diretor-Financeiro, um Diretor-Executivo ou até mesmo por um
Presidente de órgão ou entidade.
Entretanto, em função da natureza inerente a essa função, o Ordenador de Despesas é re-
gistrado com esse título no rol de responsáveis nos órgãos que gerem o sistema financeiro da
entidade e também nos Tribunais de Contas. Com entrada em vigor da LRF – Lei de Respon-
sabilidade Fiscal, a importância do Ordenador de Despesas aumentou ainda mais.
Deve-se destacar ainda que o Ordenador de Despesas necessariamente precisa ser um
servidor público, seja ocupante de cargo público, titular de cargo de confiança com ou sem vín-
culo efetivo, ou mesmo empregado público, sendo, em regra, o responsável pelo recebimento,
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3. Sistemas de Informações
No âmbito federal, existem alguns sistemas de informações fundamentais em nossa ges-
tão pública, conhecidos como sistemas estruturadores. Os principais são:
SIAFI - Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal –, tendo a STN -
Secretaria do Tesouro Nacional – como responsável, é usado para registro, acompanhamento
e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial da União.
SIOP - Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal –, tendo a SOF
- Secretaria de Orçamento Federal - como responsável, resulta da integração dos sistemas
SIDOR e SIGPLAN e dos processos de Planejamento e Orçamento Federais.
SIASG - Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais –, tendo a Secretaria de Lo-
gística e Tecnologia da Informação como responsável, funciona como um conjunto informatizado
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ORÇAMENTO SIOP
PAGAMENTO COMPRA
SIASG
LIQUIDAÇÃO CONTRATO
SIAFI EMPENHO
3.1. SIAFI
O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI - é o sistema
de informações usado para fins de registro, acompanhamento e controle da execução orça-
mentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.
DICA
No Manual do SIAFI, que pode ser encontrado no site do Te-
souro Nacional (https://conteudo.tesouro.gov.br/manuais/),
temos todas as informações detalhadas sobre esse importan-
te sistema. Tem sido cada vez mais comum as bancas elabo-
rarem questões de prova com trechos desse manual. Se você
tiver tempo, vale a pena dar uma olhada nesse Manual.
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SISTEMA SIAFI
SUBSISTEMAS
- Administração
- Dívida Pública
do Sistema - Contábil
- Haveres
- Auditoria - Documentos do Siafi
- Controle
- Centro de Informação - Orçamentário e
- Operações Oficiais
- Conformidade Financeiro
de Crédito
- Manual
Está no ar a versão web do SIAFI. A aplicação consiste no primeiro produto do projeto Novo
SIAFI, que está estruturado em fases e prevê a convivência do SIAFI Operacional e do novo SIA-
FI. As funcionalidades serão migradas gradualmente para a versão web do sistema, até que o
SIAFI Operacional seja totalmente descontinuado.
Podemos dizer que o SIAFI operacionaliza, ou melhor, viabiliza a centralização e a uniformi-
zação do processamento da execução orçamentária, em parceria com as unidades executoras
e setoriais, gerando integração dos procedimentos relativos à programação financeira, à con-
tabilidade e à Administração Financeira e Orçamentária.
Podemos dizer ainda que o SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por
meio de terminais instalados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financei-
ra, patrimonial e contábil dos órgãos da Administração Pública direta federal, das autarquias,
fundações e empresas públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem
contempladas no Orçamento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
O sistema pode ser utilizado pelas Entidades Públicas Federais, Estaduais e Municipais
apenas para receberem, pela Conta Única do Governo Federal, suas receitas (taxas de água,
energia elétrica, telefone etc.) e dos Órgãos que utilizam o sistema.
Muitas são as facilidades que o SIAFI oferece a toda Administração Pública que dele faz
uso, mas podemos dizer que essas facilidades foram desenvolvidas para registrar as infor-
mações pertinentes, as tarefas básicas da gestão pública federal dos recursos arrecadados
legalmente da sociedade, que são a Execução Orçamentária, a Execução Financeira, a Progra-
mação Financeira e a Prestação de Contas consolidadas da União (antigo BGU).
Devemos destacar ainda que o SIAFI abarca as informações pertinentes às três tarefas
básicas da gestão pública federal dos recursos
arrecadados legalmente da sociedade:
1 - Execução orçamentária.
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2 - Execução financeira.
3 - Elaboração das demonstrações contábeis consolidadas na prestação de contas anual
do Presidente da República, que substituiu o antigo BGU - Balanço Geral da União.
Cabe ao SIAFI, por exemplo, efetuar o controle dos saldos e a transferência de recursos
entre as UGs - Unidades Gestoras.
O PULO DO GATO
Uma UG pode ser uma UA, cabendo ao SIAFI, nesse caso, controlar os saldos e a transferência
de recursos entre as UGs.
Nos primórdios, o SIAFI era usado apenas pelo Poder Executivo, mas, hoje em dia, é um sis-
tema informatizado que processa e controla, por meio de terminais instalados em todo o terri-
tório nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil dos órgãos da Admi-
nistração Pública direta federal, das autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.
Por meio de convênio ou de termo de cooperação técnica entre interessados e a STN – Secre-
taria do Tesouro Nacional, entidades de caráter privado também podem utilizar o SIAFI.
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Segundo o próprio site da STN – Secretaria do Tesouro Nacional, os objetivos do SIAFI são
os seguintes:
Ainda segundo o próprio site da STN, o SIAFI trouxe as seguintes vantagens para a Admi-
nistração Financeira, Orçamentária e Patrimonial Pública:
Contabilidade: o gestor ganha rapidez na informação, qualidade e precisão em seu trabalho.
Finanças: agilização da programação financeira, otimizando a utilização dos recursos do
Tesouro Nacional, por meio da unificação dos recursos de caixa do Governo Federal na Conta
Única no Banco Central.
Orçamento: a execução orçamentária passou a ser realizada dentro do prazo e com trans-
parência, completamente integrada à execução patrimonial e financeira. Visão clara de quan-
tos e quais são os gestores que executam o orçamento: são mais de 4.000 gestores cadastra-
dos, que executam seus gastos através do sistema de forma “on-line”.
Desconto na fonte de impostos: no momento do pagamento, já é recolhido o imposto devido.
Auditoria: facilidade na apuração de irregularidades com o dinheiro público.
Transparência: detalhamento total do emprego dos gastos públicos disponível em relató-
rios publicados no site.
Fim da multiplicidade de contas bancárias: os números da época indicavam 3.700 contas
bancárias e o registro de aproximadamente 9.000 documentos por dia. Com a implantação do
SIAFI, constatou-se que existiam em torno de 12.000 contas bancárias e se registravam em
média 33.000 documentos diariamente. Hoje, 98% dos pagamentos são identificados de modo
instantâneo na Conta Única e 2% deles com uma defasagem de, no máximo, cinco dias.
Além disso, segundo a STN, o SIAFI apresenta ainda inúmeras vantagens que o distinguem
de outros sistemas em uso no âmbito do Governo Federal:
• Sistema disponível 100% do tempo e on-line.
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6) NL - Nota de Lançamento por Evento: é o documento que permite registrar eventos con-
tábeis não vinculados a documentos específicos.
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Por sua vez, cada sistema está organizado por subsistemas - atualmente são 21 - e estes,
por módulos. Dentro de cada módulo estão agregadas inúmeras transações, que guardam en-
tre si características em comum. Nesse nível de transação é que são efetivamente executadas
as diversas operações do SIAFI, desde entrada de dados até consultas.
Um dos subsistemas do SIAFI mais importantes é o de contas a pagar e a receber – CPR,
que será estudado no tópico seguinte.
Existe uma forte preocupação com a segurança do sistema. Vamos conhecer agora seus
principais aspectos.
Um dos mecanismos mais importantes de segurança é o controle da habilitação e a iden-
tificação do usuário. Assim, para utilizar o SIAFI, os usuários são habilitados formalmente,
por meio do cadastramento de uma senha, quando são especificados os perfis e os níveis de
acesso de cada usuário.
Perfil é o conjunto de determinadas transações atribuídas a cada Operador, para atender às
necessidades de execução e consulta ao Sistema.
O nível de acesso determina o grau de inclusão de dados e a abrangência das consultas fei-
tas pelo usuário no sistema SIAFI. O usuário responde integralmente pelo uso do sistema sob a
sua senha e obriga- se a cumprir os requisitos de segurança instituídos pela STN, sujeitando-se
às consequências das sanções penais ou administrativas cabíveis em decorrência do mau uso.
Assim, quando um usuário qualquer acessa o SIAFI, automaticamente são registrados o
seu CPF, a hora e de qual terminal foi feito o acesso. Essa medida tem o objetivo de monitorar
as ações danosas ou fraudulentas executadas utilizando-se o sistema. Da mesma forma, a
inclusão e/ou modificação de dados no sistema também são registradas com a identificação
do CPF, da hora e do nome do autor da operação.
Outro aspecto relevante em termos de segurança são os procedimentos para garantir a
integridade e a confiabilidade do SIAFI, em referência aos dados oficiais e à imutabilidade dos
seus documentos. Assim, deve ser reconhecido como dado oficial o que for extraído do SIAFI
e autenticado pelo titular da unidade responsável ou pelo titular da STN, sendo que, após o re-
gistro do documento no sistema, não é mais possível a sua alteração. Nessa toada, são acom-
panhadas as modificações nos dados do sistema, sendo que, para a correção ou anulação de
um documento já registrado, é preciso a inclusão de novo documento para modificar o anterior.
A Conformidade de Registros de Gestão consiste na certificação diária dos registros dos
atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial incluídos no SIAFI e da existên-
cia de documentos hábeis que comprovem as operações, de modo a verificar se os registros
dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial efetuados pela Unidade
Gestora Executora foram realizado em observância às normas vigentes e também à existência
de documentação que suporte as operações registradas.
Além disso, guarde que a Conformidade dos Registros de Gestão serve como suporte ao
registro da Conformidade Contábil, servindo como um procedimento que atesta a conformidade
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dos documentos emitidos no SIAFI com a documentação suporte, não se confundindo com a
análise da legalidade do ato, cuja responsabilidade é de quem o ordenou.
Tal procedimento de conferência pode ter como resultado uma das seguintes situações:
“sem restrição” ou “com restrição”.
Dizemos que o resultado é “sem restrição” quando a documentação, física ou eletrônica,
comprova os atos de gestão realizados, sendo que na forma eletrônica deve ter certificação
digital emitida no âmbito da ICP -Brasil - Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira.
Dizemos, por outro lado, que o resultado é com restrição quando:
• A documentação não comprovar de forma fidedigna os atos e fatos de gestão realizados.
• Não existir documentação que dê suporte aos registros efetuados.
• O registro não espelhar os atos e fatos de gestão realizados, e não for corrigida pelo
responsável.
• Ocorrerem registros não autorizados pelos responsáveis por atos e fatos de gestão.
Dizemos, por outro lado, que o resultado é com ocorrência quando ocorrer pelo menos
uma das seguintes situações:
• Inconsistências ou desequilíbrios apresentados nas Demonstrações Contábeis.
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Plano de Contas
Passivo
Ativo
Circulante
Circulante
Exigível a longo prazo
Realizável a longo prazo
Resultado de exercícios futuros
Permanente
Patrimônio líquido
Compensado
Compensado
Receita
Despesa
Corrente
Corrente
De capital
De capital
Deduções da receita
Resultado aumentativo
Resultado diminutivo
do exercício
do exercício
Orçamentário
Orçamentário
Extraorçamentário
Extraorçamentário
Resultado apurado
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Como são numerosas as contas do Plano de Contas e muitos gestores públicos não têm co-
nhecimentos aprofundados sobre contabilidade pública, foi essencial que se criasse um outro me-
canismo dentro do SIAFI que pudesse facilitar o trabalho de registro dos atos e fatos de gestão.
Assim, surgiu o EVENTO, que é um código associado a cada tipo de ato ou fato que deva
ser registrado contabilmente pelo sistema e ao qual se associa, por sua vez, um roteiro con-
tábil, ou seja, uma lista das contas de débito e crédito que devam ser afetadas, de forma que
todos os operadores do SIAFI possam efetuar lançamentos contábeis, ainda que absolutamen-
te nada saibam sobre contabilidade.
A tabela de eventos, que está sob a “batuta” da STN, é o instrumento utilizado pelas UGs - Unida-
des Gestoras - para preenchimento das telas e/ou documentos de entrada no SIAFI. Serve para
transformar os atos e fatos administrativos rotineiros em registros contábeis automáticos.
Por fim, registre-se que, em termos de União, os valores previstos no Orçamento Público
têm as informações orçamentárias, fornecidas pela Secretaria de Orçamento Federal, lança-
das no SIAFI, por intermédio da geração automática do documento Nota de Dotação – ND,
criando-se assim o crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execução orçamen-
tária propriamente dita.
Nesse sentido, existe no SIAFI uma tabela que vincula cada unidade orçamentária exis-
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A seguir, apresento alguns conceitos básicos presentes no manual do SIAFI acerca do CPR.
O CPR - Contas a Pagar e a Receber - é um subsistema do SIAFI-WEB que permite o geren-
ciamento de compromissos de pagamento e recebimento, a partir do registro dos documentos
que os originam, tais como notas fiscais, recibos, autorizações de diárias e suprimentos de
fundos. O CPR possibilita ainda a emissão automática das ordens bancárias e dos documen-
tos de recolhimento de tributos e contribuições correspondentes aos compromissos.
O CPR permite o cadastramento de contratos, notas fiscais, recibos e outros documentos
origem, cuja contabilização é efetuada por eventos de sistema após o efetivo registro dos do-
cumentos hábeis. Esses documentos geram compromissos de pagamento e de recebimento
que montarão o fluxo financeiro.
As consultas, tanto ao fluxo de caixa quanto ao demonstrativo consolidado dos compro-
missos, podem ser direcionadas por diversas chaves de seleção e classificação (fonte/cate-
goria de gasto, credor/devedor, UGR, Recurso, Natureza da Despesa, PTRES, Vinculação etc.)
por meio das transações DEMCOMP – Demonstrativo de Compromissos - e GERCOMP – Ge-
renciar Compromissos. A partir da consulta ao demonstrativo dos compromissos, o usuário
poderá comandar os pagamentos e recebimentos, em modo “batch”(programado) ou on-line,
gerando automaticamente os documentos OB, NS, GPS ou DARF.
O CPR - Contas a Pagar e a Receber - é um subsistema do SIAFI que faz parte do grupo Re-
cursos Complementares com Aplicação Específica do SIAFI, de modo a otimizar o processo
de programação financeira dos órgãos e das entidades ligadas ao sistema, proporcionando
informações em nível analítico e gerencial do fluxo de caixa.
Na verdade, por meio do CPR, podemos cadastrar contratos, notas fiscais, recibos e outros
documentos, cuja contabilização é efetuada por eventos de sistema.
Nessa esteira, esses documentos geram compromissos de pagamento e de recebimento que
compõem o fluxo de caixa montado pelo SIAFI.
Além disso, o CPR ainda permite a emissão automática das ordens bancárias e dos documen-
tos de recolhimento de tributos e contribuições correspondentes aos compromissos.
Certo.
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Por exemplo: nota fiscal, recibo de pagamento ou qualquer outro documento emitido pela uni-
dade ou pelo fornecedor, que será cadastrado no sistema.
Obs.: Observação
O CPR permite que uma UG emita a nota de empenho, outra cadastre o documento
e uma terceira pague o compromisso. Quando as UGs forem diferentes, os registros
orçamentários sempre ocorrerão na UG do Empenho; o registro contábil da liquidação
da despesa sempre ocorrerá na UG emitente do documento hábil e, por fim, os regis-
tros de pagamento sempre ocorrerão na UG Pagadora do compromisso.
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3.3. SIOP
O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal – SIOP - surgiu
com a integração dos sistemas existentes até então no âmbito do Planejamento e Orçamento
Federais denominados SIDOR e SIGPLAN, tendo como ideais a otimização de procedimentos,
a redução de custos e a integração de informações fundamentais para a gestão pública, sendo
de responsabilidade da SOF - Secretaria de Orçamento Federal -, órgão integrante do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão (atual Ministério da Economia).
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AFO
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SIOP Gerencial - BI: funciona como uma ferramenta de consulta do tipo “Business Intelli-
gence – BI”, disponibilizando informações do Orçamento da União, suas alterações, a execu-
ção do ano corrente e restos a pagar etc.
SIOP Acesso Público: usando a base de dados do SIOP, fornece acesso a todos os cida-
dãos interessados nas informações sobre a Lei Orçamentária Anual - LOA, não sendo necessá-
rio nenhum tipo de autenticação, autorização ou cadastro prévio.
Órgão central
Órgãos
setoriais
Unidades
orçamentárias
No que diz respeito ao aspecto qualitativo da LOA e do PPA, considerando o papel integra-
tivo entre PPA e LOA exercido pelo SIOP durante o ciclo orçamentário, vários “atores” atuam
em alguns de seus “momentos”, denominação essa usada para especificar cada etapa de sua
tramitação, conforme a seguir:
1 – Momento inicial (carga original dos dados).
2 – Momento UO: unidade orçamentária.
3 – Momento OS: órgão setorial (liga a unidade orçamentária à SOF)
4 – Momento Órgão Central: (SOF, DEST e SPI)
5 – Momento controle de qualidade: (SOF, DEST e SPI)
No SIOP, temos um módulo denominado “alterações orçamentárias”, usado para processar
os ajustes necessários ao orçamento durante a execução, como os ajustes classificatórios e
os decorrentes de créditos suplementares, créditos especiais e créditos extraordinários.
Importante deixar registrado que, de acordo com o MTO – Manual Técnico do Orçamento -, que
orienta a elaboração da proposta orçamentária, o sistema de informação a ser utilizado é o SIOP.
Nessa pegada, com base nos referenciais monetários, os órgãos setoriais detalham a pro-
posta orçamentária no SIOP, com a abertura dos limites de despesa no âmbito da estrutura pro-
gramática da despesa, com exceção do detalhamento da proposta orçamentária para as despe-
sas com sentenças/precatórios e com a parcela da dívida contratual, que não diz respeito aos
encargos financeiros da União, que é realizada diretamente pela SOF de forma centralizada.
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RESUMO
O SPOF - Sistema de Planejamento e Orçamento Federal -, que tem o Ministério do Planeja-
mento, Orçamento e Gestão como órgão central, é regulado e organizado pela Lei n. 10.180/2001
e compreende as atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos, programas
e orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas socioeconômicas. Integram o SPOF:
1 – Órgão Central – Ministério da Economia.
2 - Órgãos Setoriais – Unidades de Planejamento e Orçamento dos Ministérios, da AGU, da
Vice-Presidência da República e da Casa Civil da Presidência da República.
3 - Órgãos Específicos – vinculados ou subordinados ao órgão central, cuja missão com-
preenda atividades de planejamento e orçamento.
4 - UOs -Unidades Orçamentárias - atuam coordenando o processo de elaboração da pro-
posta orçamentária, de modo a integrar as unidades administrativas do órgão.
Nacional
Formular planos de desenvolvimento econômico e social
Setoriais (Poderes)
Regionais
PPA
FINALIDADE Formular Orçamento Anual
Diretrizes orçamentárias
Sistema de Elaboração
Planos, programas e orçamentos
Acompanhamento
Planejamento e de
Avaliação
Orçamento Federal ATIVIDADES
ME – Órgão Central
Ministérios
AGU
Órgãos setoriais: unidades de planejamento e orçamento
Vice-Presidência
INTEGRANTES
Casa Civil
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Orçamentário
Dotação
Crédito Disponível
(ND)
Provisão Provisão
MOVIMENTAÇÃO DE RECURSOS
Cota Cota
Repasse
Sub-repasse
Entidade UG UG
Supervisionada
Sub-repasse
UG
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A execução orçamentária pode ser definida simplesmente como a utilização dos créditos
consignados na Lei Orçamentária Anual – LOA -, ou seja, a execução orçamentária é a utiliza-
ção dos CRÉDITOS consignados no orçamento.
A execução financeira, de modo distinto, representa a utilização de recursos financeiros,
visando atender à realização dos projetos e/ou atividades atribuídas às Unidades Orçamentá-
rias pelo Orçamento.
ORÇAMENTÁRIO FINANCEIRO
Descentralização de Crédito Movimentação de Recurso
SOF STN
Cota
Desc.
Desc. interna Repasse Sub-repasse
Externa
UG UG UG Entidade Entidade UG UG UG
Desc. interna Supervisionada Supervisionada Sub-repasse
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Até 31/08
Congresso
Chefe do Poder
Até 22/12 Nacional
Executivo
Comissão Mista
(discussão,
votação e
aprovação)
Proposta
Projeto de Lei
Orçamentária
LOA ou Lei de
Meios
Consolidação ME/SOF
Geral Publicação da
LOA no DOU
Proposta UO
UG
Parciais
UA
INÍCIO EXECUÇÃO
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Lei Orçamentária
(Lei de Meios)
Orçamentário Financeiro
Programação
Financeira
(decreto)
Quadro de Cronograma de
Detalhamento da Desembolso
Despesa
STN
Liberação de
UO Cotas
Descentralização Movimentação
de Crédito Interna e de Recursos
Externa Financeiros
L (repasse e
I sub-repasse)
C
UO
I
UA
T
Empenho
A
Ç UA
Ã
Liquidação Pagamento
O
Sistemas de Informações
SIAFI
O SIAFI é um sistema informatizado que processa e controla, por meio de terminais insta-
lados em todo o território nacional, a execução orçamentária, financeira, patrimonial e contábil
dos órgãos da Administração Pública direta federal, das autarquias, fundações e empresas
públicas federais e das sociedades de economia mista que estiverem contempladas no Orça-
mento Fiscal e/ou no Orçamento da Seguridade Social da União.
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MAPAS MENTAIS
Integração do planejamento à execução do orçamento público
Provisão ou descentralização
interna – de um órgão para as
unidades vinculadas
Execução
Financeira Cota – do Órgão Central para os Órgãos Setoriais
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GABARITO
1. E 7. E 13. E
2. C 8. C 14. E
3. E 9. C 15. C
4. C 10. E 16. C
5. E 11. E
6. E 12. E
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047. (INÉDITA/2021) Nos casos em que a descentralização dos recursos financeiros aconte-
ça entre órgãos de mesma estrutura administrativa, por exemplo, ambos no âmbito do Ministé-
rio da Saúde, essa movimentação interna configura um repasse de recursos.
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GABARITO
1. C 37. C
2. E 38. E
3. C 39. E
4. C 40. E
5. C 41. E
6. C 42. C
7. E 43. C
8. E 44. C
9. C 45. d
10. E 46. d
11. C 47. E
12. C 48. E
13. C
14. E
15. E
16. E
17. E
18. C
19. C
20. E
21. E
22. E
23. E
24. C
25. C
26. E
27. a
28. E
29. E
30. C
31. C
32. E
33. C
34. e
35. C
36. C
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/PGE-PE/ASSISTENTE/2019) Para limitar os gastos do governo, um dos meca-
nismos utilizados é a publicação de decreto que disponha sobre a programação orçamentária
e financeira bem como o cronograma mensal de desembolso. Acerca desse assunto, julgue o
item subsequente.
Alterações orçamentárias, que se dividem em créditos adicionais e outras alterações orçamen-
tárias, constituem formas de modificar a lei orçamentária originalmente aprovada, a fim de
adequá-la à real necessidade de execução.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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É isso mesmo, já que, como a programação financeira serve para atender às dotações des-
centralizadas, quando elas forem decorrentes de termo de convênio ou similar, a competência
deve ser do órgão responsável pela descentralização do crédito.
Certo.
Não se esqueça que a movimentação de créditos orçamentários pode ser dotação, provisão
ou destaque.
Vamos relembrar cada um deles.
A dotação refere-se ao montante de créditos autorizados na LOA, que é descentralizado pelo
órgão central (Secretaria de Orçamento Federal) para as unidades setoriais.
A provisão é a descentralização interna de créditos e o destaque é a descentralização externa
de créditos.
Certo.
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Verdade, pois, de acordo com o artigo 4º, § 1º, da Lei n. 10.180/2001, os órgãos setoriais são
as unidades de planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da
Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República.
Certo.
De acordo com o artigo 8º, caput, I, da Lei n. 10.180/2001, compete às unidades responsáveis
pelas atividades de orçamento, entre outros, coordenar, consolidar e supervisionar a elabora-
ção dos projetos da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária da União, compreen-
dendo os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento das empresas estatais.
Errado.
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A questão aborda o cálculo da NFGC (Necessidade de financiamento do governo central), que ser-
ve como guia para acompanhamento dos principais agregados de receita e de despesa públicas
primárias. Nesse sentido, a meta de resultado primário, a previsão das receitas e as estimativas
das despesas primárias obrigatórias limitarão a fixação do nível das demais despesas públicas.
Em nível Federal, a limitação dos gatos é feita via decreto de programação orçamentária e
financeira, também chamado contingenciamento, que detalha os valores autorizados para mo-
vimentação e empenho e para pagamentos no decorrer do exercício, que leva em conta a defi-
nição das necessidades de financiamento do governo central.
Certo.
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N
a verdade, existe uma centralização do detalhamento para as despesas com precatórios e com
a parcela da dívida contratual que não diz respeito aos Encargos Financeiros da União no âmbito
da Secretaria de Orçamento Federal – SOF -, e NÃO nos órgãos setoriais de planejamento.
Errado.
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Art. 2º O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal tem por finalidade:
I – formular o planejamento estratégico nacional;
II – formular planos nacionais, setoriais e regionais de desenvolvimento econômico e social;
III – formular o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais;
IV – gerenciar o processo de planejamento e orçamento federal;
V – promover a articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, visando a compatibiliza-
ção de normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos federal, estadual, distrital e municipal.
Certo.
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Guarde que as unidades responsáveis pelos seus orçamentos ficam sujeitas à orientação nor-
mativa do órgão central do Sistema, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sem
prejuízo das competências constitucionais e legais de outros Poderes. Em 2019, o Ministério
da Economia absorveu o Ministério do Planejamento – MPOG.
Certo.
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Programação e Execução Orçamentária e Financeira
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Em outras palavras, o CESPE afirmou na assertiva que será liberada mensalmente ao MPU a
parcela correspondente ao duodécimo de suas dotações em proporção não superior ao aplica-
do para os demais poderes.
A assertiva está errada, já que, na verdade, o MPU pode receber proporcionalmente menos que
o Poder Legislativo, por exemplo, se a Lei de Diretrizes Orçamentárias assim determinar, já que
cabe à LDO, dentre outras incumbências, definir esse montante proporcional.
Errado.
Na verdade, com base no descrito no MTO, podemos dizer que a revisão da estrutura programática
do projeto da lei orçamentária anual deve ser feita antes da definição e da divulgação dos limites
das propostas setoriais. Como as propostas setoriais devem ser elaboradas segundo a estrutura
programática, não faz sentido que os órgãos enviem suas propostas somente depois dessa estru-
tura ser revista, já que, em tese, todas as propostas estariam em desacordo com a nova estrutura.
Errado.
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De acordo com o artigo 4º, § 1º, da Lei n. 10.180/2001, os órgãos setoriais são as unidades de
planejamento e orçamento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da Vice-Presidência
e da Casa Civil da Presidência da República.
Errado.
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Na verdade, pode sim ocorrer a execução de uma descentralização financeira sem a realização
de descentralização orçamentária, como nos convênios firmados entre entes públicos.
Errado.
O Decreto n. 6.976/2009 detalha o Sistema de Contabilidade Federal e, em seu artigo 7º, deter-
mina que é competência do órgão central do Sistema manter e aprimorar o Plano de Contas
Aplicado ao Setor Público. Confira, com grifos nossos:
Além disso, o mencionado Decreto definiu a STN - Secretaria do Tesouro Nacional - como ór-
gão central do Sistema de Contabilidade Federal. Confira o seu artigo 6º, com grifos nossos:
“Art. 6º Integram o Sistema de Contabilidade Federal: I - a Secretaria do Tesouro Nacional do
Ministério da Fazenda, como órgão central”;
Letra a.
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Na verdade, a execução orçamentária por meio de descentralização interna pode acontecer via
descentralização de créditos entre unidades gestoras de um mesmo órgão/ministério ou entre
entidades integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social.
Errado.
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De acordo com o artigo 2º da Lei n. 10.180/2001, a articulação com os Estados para compa-
tibilização das normas e tarefas dos sistemas de planejamento é uma das finalidades do Sis-
tema de Planejamento e de Orçamento Federal. Confira com grifos nossos a sua literalidade:
Na verdade, tais alterações são autorizadas por atos infralegais. Confira no MCASP, com gri-
fos nossos:
Ressalte-se que, na União, as alterações dos atributos do crédito orçamentário, constantes da Lei
Orçamentária da União, tais como modalidade de aplicação, identificador de resultado primário (RP),
identificador de uso (IU) e fonte de recursos (FR) não são caracterizadas como créditos adicionais
por não alterarem o valor das dotações. Essas alterações são denominadas “outras alterações orça-
mentárias” e são realizadas por meio de atos infra legais, observadas as autorizações constantes
da Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício financeiro correspondente.
Errado.
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Note que, quando um ministério efetua uma descentralização de créditos orçamentários, por
meio da sua unidade orçamentária, para uma de suas unidades administrativas, temos uma
descentralização de créditos orçamentários entre órgãos da mesma estrutura, ou seja, ocorre
entre unidades administrativas desse mesmo ministério, sendo caso de provisão.
Por outro lado, quando esse ministério autoriza a liberação de recursos financeiros para uma
entidade da administração indireta a ele vinculada, estamos diante de um caso de repasse de
recursos financeiros, já que eles seguem para unidades de outra estrutura.
Letra e.
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Dessa forma, podemos dizer que o destaque é uma descentralização de créditos orçamentá-
rios entre órgãos de estrutura diferente, não sendo necessária a autorização específica na LOA
para realização de destaque, pois se trata apenas de uma movimentação de créditos orçamen-
tários para que outra unidade possa executar uma despesa orçamentária.
Certo.
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Art. 1º Este Decreto regulamenta os convênios, contratos de repasse e termos de execução des-
centralizada celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública federal com órgãos ou
entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, para a execução de programas, projetos e ati-
vidades que envolvam a transferência de recursos ou a descentralização de créditos oriundos dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União.
III – termo de execução descentralizada - instrumento por meio do qual é ajustada a descentralização
de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da
União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora e consecução
do objeto previsto no programa de trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática.
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Federal e as unidades responsáveis pelo planejamento e orçamento dos demais Poderes realizarão
o acompanhamento e a avaliação dos planos e programas respectivos.
Errado.
Na verdade, cada Unidade Orçamentária é responsável pela elaboração das propostas orça-
mentárias das suas unidades administrativas, cabendo ao órgão setorial a análise e a valida-
ção das propostas orçamentárias de suas Unidades Orçamentárias.
Para que você fixe esse entendimento e consolide a compreensão do papel dos órgãos seto-
riais de planejamento e orçamento e das UOs - Unidades Orçamentárias -, vamos ler um trecho
do MTO 2021, que trata do tema, com grifos nossos:
O órgão setorial desempenha o papel de articulador no âmbito da sua estrutura, coordenando o pro-
cesso decisório no nível subsetorial (UO). Sua atuação no processo orçamentário envolve:
- estabelecimento de diretrizes setoriais para elaboração e alterações orçamentárias;
- definição e divulgação de instruções, normas e procedimentos a serem observados no âmbito do
órgão durante o processo de elaboração e alteração orçamentária;
- avaliação da adequação da estrutura programática e mapeamento das alterações necessárias;
- coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do ca-
dastro de programas e ações;
- fixação, de acordo com as prioridades setoriais, dos referenciais monetários para apresentação
das propostas orçamentárias e dos limites de movimentação e empenho e de pagamento de suas
respectivas UO;
- análise e validação das propostas e das alterações orçamentárias de suas UOs; e
- consolidação e formalização da proposta e das alterações orçamentárias do órgão.
As UOs são responsáveis pela apresentação da programação orçamentária detalhada da despesa
por programa, ação e subtítulo. Sua atuação no processo orçamentário compreende:
- estabelecimento de diretrizes no âmbito da UO para elaboração da proposta e alterações orçamentárias;
- estudos de adequação da estrutura programática;
- formalização, ao órgão setorial, da proposta de alteração da estrutura programática sob a respon-
sabilidade de suas unidades administrativas;
- coordenação do processo de atualização e aperfeiçoamento das informações constantes do ca-
dastro de ações orçamentárias;
- fixação dos referenciais monetários para apresentação das propostas orçamentárias e dos limi-
tes de movimentação e empenho e de pagamento de suas respectivas unidades administrativas;
- análise e validação das propostas orçamentárias das unidades administrativas; e
- consolidação e formalização de sua proposta orçamentária.
Errado.
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Na verdade, inexiste essa garantia em relação à parcela do PPA, como diz a assertiva.
A programação orçamentária busca compatibilizar o fluxo dos recebimentos com o dos paga-
mentos, sendo que a Lei Orçamentária Anual é responsável pela fixação da despesa e previsão
da receita, com as metas de resultado primário e nominal sendo estabelecidas na LDO.
Errado.
Na verdade, somente o Poder Executivo é obrigado a utilizar o SIAFI na modalidade de uso total. Em
contraste, os órgãos e entidades dos Poderes Legislativo e Judiciário podem utilizar a modalidade
de uso total, mas não de maneira obrigatória. Confira no Manual do SIAFI, com grifos nossos:
CAPÍTULO IV
MODALIDADE DE USO
12. O SIAFI permite aos órgãos a sua utilização nas modalidades total ou parcial.
13. As principais características da utilização do sistema na modalidade de uso total são as seguintes:
13.1 - Processamento de todos atos e fatos de determinado órgão pelo SIAFI, incluindo as eventuais
receitas próprias;
13.2 - Identificação de todas as disponibilidades financeiras do órgão por meio da Conta Única do
Governo Federal ou das contas fisicamente existentes na rede bancária;
13.3 - Sujeição dos procedimentos orçamentários e financeiros do órgão ao tratamento padrão do
SIAFI, incluindo o uso do Plano de Contas do Governo Federal; e
13.4 - O SIAFI se constituir na base de dados orçamentários, financeiros e contábeis para todos os
efeitos legais.
14. As principais características da utilização do sistema na modalidade de uso parcial são as se-
guintes:
14.1 - Execução financeira dos recursos previstos no Orçamento Geral da União efetuada pelo SIAFI;
14.2 - Não permitir tratamento de recursos próprios do órgão; e
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14.3 - Não substituir a contabilidade do órgão, sendo necessário, portanto, o envio de balancetes
para incorporação de saldos.
15. Os órgãos que se valem da utilização do sistema na modalidade parcial farão uso somente dos
grupos de eventos próprios para essa modalidade.
16. É obrigatória a utilização do sistema na modalidade de uso total por parte dos órgãos e entida-
des do Poder Executivo que integram os Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, ressalvadas as
entidades de caráter financeiro.
17. Os órgãos dos Poderes Legislativos e Judiciário poderão, também, fazer uso do sistema na
modalidade total.
Errado.
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Orçamentário
Dotação
Crédito Disponível
(ND)
Provisão Provisão
Certo.
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e) O ente federativo pode ser alterado, já que é possível a descentralização de crédito entre os
entes federativos.
Letra d.
047. (INÉDITA/2021) Nos casos em que a descentralização dos recursos financeiros aconte-
ça entre órgãos de mesma estrutura administrativa, por exemplo, ambos no âmbito do Ministé-
rio da Saúde, essa movimentação interna configura um repasse de recursos.
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c) Provisão e Repasse.
d) Repasse e Sub-Repasse.
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Considere ainda que as unidades orçamentárias são também unidades gestoras. As descen-
tralizações de créditos orçamentários da unidade orçamentária 11046 para a 12055 e da uni-
dade orçamentária 12056 para a 12055 correspondem, respectivamente, a
a) um destaque e uma provisão.
b) um destaque e uma cota.
c) uma provisão e um destaque.
d) uma transferência e um repasse.
e) uma transferência e um sub-repasse.
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Considere ainda que as unidades orçamentárias são também unidades gestoras. A liberação
de recursos financeiros da unidade gestora 12055 para a 12056 corresponde a
a) uma provisão.
b) uma transferência.
c) um repasse.
d) um destaque.
e) um sub-repasse.
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c) 10 de dezembro.
d) 30 de dezembro.
e) a data de aprovação dos valores empenhados.
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Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodéci-
mos, na forma da lei ordinária.
d) Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos su-
plementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Mi-
nistério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
duodécimos, na forma da lei complementar.
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GABARITO
1. e 16. E 31. d
2. d 17. E 32. d
3. b 18. E 33. a
4. c 19. E 34. b
5. e 20. a 35. C
6. c 21. C 36. c
7. b 22. b 37. d
8. e 23. d 38. a
9. b 24. C 39. C
10. C 25. C 40. C
11. C 26. E 41. C
12. E 27. a 42. c
13. b 28. e 43. d
14. E 29. e 44. d
15. C 30. e
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GABARITO COMENTADO
001. (FGV/TCE-AM/AUDITOR/2021) No caso de o Estado do Amazonas receber uma descen-
tralização de créditos orçamentários da União, a aplicação do recurso:
a) deverá ser classificada como operações especiais;
b) poderá alterar a subfunção na classificação funcional;
c) poderá alterar apenas a estrutura programática;
d) será considerada como uma provisão;
e) será processada de acordo com os mesmos procedimentos das transferências voluntárias.
Quando envolver unidades gestoras de um mesmo órgão tem-se a descentralização interna, tam-
bém chamada de provisão. Se, porventura, ocorrer entre unidades gestoras de órgãos ou entidades
de estrutura diferente, ter-se-á uma descentralização externa, também denominada de destaque.
Na descentralização, as dotações serão empregadas obrigatória e integralmente na consecução do
objetivo previsto pelo programa de trabalho pertinente, respeitadas fielmente a classificação funcio-
nal e a estrutura programática. Portanto, a única diferença é que a execução da despesa orçamen-
tária será realizada por outro órgão ou entidade.
Tendo em vista o disposto no art. 35 da Lei n. 10.180, de 6 de fevereiro de 2001, a execução de
despesas mediante descentralização a outro ente da Federação processar-se-á de acordo com os
mesmos procedimentos adotados para as transferências voluntárias, ou seja, com realização de
empenho, liquidação e pagamento na unidade descentralizadora do crédito orçamentário e inclusão
na receita e na despesa do ente recebedor dos recursos-objeto da descentralização, identificando-
-se como recursos de convênios ou similares.
Letra e.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de di-
retrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Letra d.
Note que o tipo de descentralização de crédito a que se refere o enunciado da questão se re-
fere à dotação, aquele tipo de descentralização em que o órgão central de programação finan-
ceira descentraliza os créditos orçamentários aos órgãos Setoriais para a execução dos seus
programas de trabalho.
Em termos federais, é a Secretaria de Orçamento Federal do Ministério da Economia, que reali-
za essa tarefa por meio do instrumento denominado Nota de Dotação - ND.
Letra b.
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A Lei n. 4.320/1964, em seu art. 35, I, dispõe que pertencem ao exercício financeiro as receitas
nele arrecadadas e que os agentes da arrecadação devem fornecer recibos das importâncias que
arrecadarem, em uma única via, os quais devem conter o nome da pessoa que paga a soma arre-
cadada, a proveniência e a classificação, bem como a data e a assinatura do agente arrecadador.
É importante atentar-se para o fato de que além da LRF, mencionada no enunciado da questão,
a própria Lei n. 4.320/1964, em seu art. 35, I, dispõe que pertencem ao exercício financeiro as
receitas nele arrecadadas.
Por seu turno, diferentemente das receitas, no caso das despesas o seu reconhecimento se-
gue o regime de competência.
Letra c.
Como ocorreu uma descentralização interna de créditos, vemos que ocorreu uma provisão, já que
as instituições federais de ensino superior ficam sob o órgão setorial do Ministério da Educação.
Letra b.
Para responder essa questão vamos nos socorrer ao artigo 9º do Decreto n. 93.872/1986, que
as diretrizes gerais da programação financeira da despesa autorizada na LOA, abaixo reprodu-
zido já com a associação com as assertivas da questão:
Podemos ver, portanto, que devem ser considerados na execução da programação financeira
o que está expresso nos itens I, II, III, IV e V.
Letra e.
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A resposta está na literalidade do artigo 9º, caput, da LRF. Confira com grifos nossos:
Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado rimário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais,
os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos
trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios
fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.
Letra b.
Exato, a resposta dessa questão está na literalidade do artigo 35 da Lei n. 4320/1964, segundo
o enfoque orçamentário:
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Note que temos a uma descentralização externa da SEDH para a DPE. Assim, configura-se
um destaque, operação de descentralização de crédito orçamentário em que um ministério
(Secretaria no caso de estado ou município) ou órgão transfere para outro ministério ou órgão
a realização dos recursos que lhe foram dotados. O destaque é conhecido também como des-
centralização horizontal.
Letra b.
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Sim, tais alterações são autorizadas por atos infralegais. Confira no MCASP, com grifos nossos:
Ressalte-se que, na União, as alterações dos atributos do crédito orçamentário, constantes da Lei
Orçamentária da União, tais como modalidade de aplicação, identificador de resultado primário (RP),
identificador de uso (IU) e fonte de recursos (FR) não são caracterizadas como créditos adicionais
por não alterarem o valor das dotações. Essas alterações são denominadas “outras alterações orça-
mentárias” e são realizadas por meio de atos infra legais, observadas as autorizações constantes
da Lei de Diretrizes Orçamentárias do exercício financeiro correspondente.
Certo.
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Na verdade, pode, sim, ocorrer a execução de uma descentralização financeira sem a realiza-
ção de descentralização orçamentária, como nos convênios firmados entre entes públicos.
Errado.
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Por sua vez, cota - liberação dos recursos, em consonância com o cronograma de desembolso
e o sub-repasse é o repasse de recursos financeiros para as unidades do mesmo órgão.
Letra b.
Guarde que o SIAFI - Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal é o sis-
tema contábil que tem por finalidade realizar todo o processamento, controle e execução finan-
ceira, patrimonial e contábil do governo federal brasileiro, tendo como característica marcante
a descentralização da entrada, consulta, execução orçamentária, financeira e patrimonial da
União, com a supervisão da Secretaria do Tesouro Nacional.
Letra d.
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Considere ainda que as unidades orçamentárias são também unidades gestoras. As descen-
tralizações de créditos orçamentários da unidade orçamentária 11046 para a 12055 e da uni-
dade orçamentária 12056 para a 12055 correspondem, respectivamente, a
a) um destaque e uma provisão.
b) um destaque e uma cota.
c) uma provisão e um destaque.
d) uma transferência e um repasse.
e) uma transferência e um sub-repasse.
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Considere ainda que as unidades orçamentárias são também unidades gestoras. A liberação
de recursos financeiros da unidade gestora 12055 para a 12056 corresponde a
a) uma provisão.
b) uma transferência.
c) um repasse.
d) um destaque.
e) um sub-repasse.
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Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fi-
xados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade
orçamentária fica autorizada a utilizar.
Letra d.
Art. 50. As cotas trimestrais poderão ser alteradas durante o exercício, observados o limite da do-
tação e o comportamento da execução orçamentária.
Letra d.
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Art. 17. As despesas serão realizadas em conformidade com a discriminação constante de quadro
próprio que a Secretaria de Planejamento da Presidência da República publicará antes do início do
exercício financeiro, detalhando os projetos e atividades por elementos de despesa a cargo de cada
unidade orçamentária.
§ 1º O quadro de detalhamento da despesa de cada unidade orçamentária poderá ser alterado
durante o exercício, mediante solicitação à Secretaria de Planejamento da Presidência da Repú-
blica até 10 de novembro, observados os limites autorizados na Lei de Orçamento e em créditos
adicionais.
Letra b.
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Confira a veracidade da assertiva nas palavras de James Giacomoni em sua obra Orçamento
Público, da Editora Atlas, com grifos nossos:
Na fixação da programação, particularmente das cotas mensais, devem ser considerados os cré-
ditos adicionais e as operações extraorçamentárias, em especial os restos a pagar. Esse cuidado
permite que a programação funcione, também, como um autêntico fluxo de caixa, ajustando a reali-
zação futura das despesas com o comportamento esperado das receitas.
A flexibilidade, no entanto, deve ser uma característica da programação de desembolso. Assim, o
cronograma poderá ser alterado durante o exercício, tendo em vista modificações nas prioridades e,
especialmente, no comportamento da arrecadação. (...)
Certo.
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Confira a veracidade da assertiva nas palavras de James Giacomoni em sua obra Orçamento
Público, da Editora Atlas, com grifos nossos:
A lei orçamentária é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas
dotações. Em consequência da imprecisão com que são utilizadas na legislação, é comum o em-
prego das expressões crédito orçamentário e dotação como sinônimos. Na realidade, o crédito or-
çamentário é constituído pelo conjunto de categorias classificatórias e contas que especificam as
ações e operações autorizadas pela lei orçamentária. No âmbito do orçamento federal brasileiro, a
partir do exercício de 2000, o crédito orçamentário individualizado compreende o seguinte conjunto
de categorias classificatórias presentes na lei orçamentária: Grupo de Despesa, Identificador de Uso,
Fonte de Recursos, Modalidade de Aplicação, Categoria Econômica, Subtítulo, Projeto ou Atividade
ou Operação Especial, Programa, Função, Unidade Orçamentária e Órgão. Por seu turno, dotação
é o montante de recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. Teixeira Machado &
Heraldo Reis possuem o mesmo entendimento e assim clareiam a questão: “o crédito orçamentário
seria portador de uma dotação e está o limite de recurso financeiro autorizado.
Certo.
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c) Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade orçamen-
tária fica autorizada a utilizar.
d) Legislativo aprovará um quadro de cotas bimestrais da despesa que cada unidade orçamen-
tária fica autorizada a utilizar.
e) Legislativo aprovará um quadro de cotas semestrais da despesa que cada unidade orça-
mentária fica autorizada a utilizar.
Art. 47. Imediatamente após a promulgação da Lei de Orçamento e com base nos limites nela fi-
xados, o Poder Executivo aprovará um quadro de cotas trimestrais da despesa que cada unidade
orçamentária fica autorizada a utilizar.
Note que esse dispositivo é uma espécie de programação orçamentária e financeira após a
aprovação da LOA. Cuidado para não confundir com o caput do artigo 8º, que traz outro tipo
de programação financeira:
Art. 8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de di-
retrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo
estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.
Letra c.
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Resposta na CF/1988:
Repare que as alternativas A e B fazem menção a duas das fontes de recursos para a abertura
de créditos adicionais, enquanto na alternativa C temos o caso em que de despesas que exi-
gem pronto pagamento em espécie, e na E temos a descentralização de créditos.
Assim, sobrou a alternativa D, com a expressão “unidade de tesouraria”, que remete ao “princí-
pio da unidade de tesouraria” disposto no artigo 56 da Lei n. 4.320/1964:
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita observância ao princípio de unidade
de tesouraria, vedada qualquer fragmentação para criação de caixas especiais.
A ideia aqui é remeter à tesouraria, aquele setor em que são realizados os pagamentos devidos
pelo órgão público. Veja o que diz o artigo 65 da Lei n. 4.320/1964:
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por tesouraria ou pagadoria regularmente ins-
tituídos por estabelecimentos bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de
adiantamento.
Ora, se todas as receitas serão recolhidas por uma mesma unidade, todas as despesas tam-
bém deverão ser pagas por um mesmo departamento, ou seja, a descentralização de recursos
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financeiros é um desembolso, pois há saída de recursos, então nada mais correto ser realizada
pela unidade administrativa da tesouraria da instituição pública.
Em suma, guarde que a descentralização de recursos financeiros deve ser realizada via Conta
Única do Tesouro, em obediência ao princípio financeiro da unidade de tesouraria (ou de caixa).
Letra d.
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REFERÊNCIAS
GIACOMONI, James. Orçamento Público. Atlas.
Sei que estudar para um concurso como esse não é fácil e está exigindo muito de você,
mas, como disse Henry Ford: “Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita fadiga
e persistência.”
Esse é o segredo: determinação, disciplina e resiliência.
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Professor Manuel Piñon.
manuelpinon@hotmail.com
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