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EXECUÇÃO ORÇAMENTAL E FINANCEIRA

ÍNDICE

Parte Teórica
1. Quadro legal
2. Noção do orçamento
3. Princípios do orçamento
4. Regras de equilíbrio orçamental
5. Limites do OGE
6. Órgãos do sistema orçamental
7. Classificação de receitas e despesas
8. Processo de elaboração e aprovação do OGE
9. Processo de execução de despesa
10. Ajustes orçamentais (créditos adicionais)
11. Programação financeira

Parte Prática
12. Programação financeira (recolha)
13. Créditos adicionais
14. Cabimentação e liquidação da despesa
15. Emissão de ordem de saque
16. Ficheiros e relatórios
PARTE TEÓRICA
1. QUADRO LEGAL

Leis
 Lei n.º 15/10, de 14 de Julho – Lei do Orçamento Geral do Estado
 Lei n.º 18/10, de 06 de Agosto – Lei do Património Público
 Lei n.º 37/20, de 30 de Outubro – Lei de Sustentabilidade das Finanças Públicas
 Lei n.º 41/20, de 23 de Dezembro – Lei dos Contratos Públicos
 Lei n.º 32/21, de 30 de Dezembro – OGE 2022

Decretos
 Decreto n.º 73/01, de 12 de Outubro – Define os Órgãos, as Regras e as Formas de Funcionamento do
SIGFE
 Decreto n.º 39/09, de 17 de Agosto – Normas e Procedimentos a Observar na Fiscalização Orçamental,
Financeira, Patrimonial e Operacional da Administração do Estado
 Decreto Presidencial n.º 31/10, de 12 de Abril – Regulamento do Processo de Preparação, Execução e
Acompanhamento do PIP
 Decreto Executivo n.º 1/13, de 04 de Janeiro – Procedimentos de Emissão da Cabimentação e da Instituição
da Pré-Cabimentação e do Classificador Orçamental
 Decreto Presidencial n.º 40/18, de 09 de Fevereiro – Regime de Financiamento dos Órgãos da Administração
Local do Estado (OALE)
 Decreto Presidencial n.º 47/18, de 14 de Fevereiro – Regime Aplicável às Taxas, Licenças e Outras Receitas
Cobradas pelos OALE
 Decreto Presidencial n.º 195/21, de 18 de Agosto – Instruções para a Elaboração do OGE 2022 e do QDMP
2023/2025
 Decreto Presidencial n.º 73/22, de 01 de Abril – Regras de Execução do OGE 2022

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2. NOÇÃO DO ORÇAMENTO

O OGE é o instrumento programático,


aprovado por Lei específica, de que se
serve a administração do Estado (incluindo
a segurança social, fundos e serviços
autónomos e instituições sem fins lucrativos
financiadas maioritariamente pelo OGE),
para gerir os recursos públicos, de acordo
com os princípios de unidade,
universalidade, anualidade e publicidade.

O OGE estima as receitas e fixa os limites


das despesas.

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3. PRINCÍPIOS DO ORÇAMENTO

O OGE é preparado, aprovado e executado, em obediência aos


seguintes princípios:

• Unidade e Universalidade: Em cada ano, o Estado deve


elaborar apenas um Orçamento (unidade), no qual todas as
despesas devem estar inscritas (universalidade), traduzindo-se
os princípios de unidade e universalidade em “um só orçamento e
tudo no orçamento”.

• Anualidade: qualquer orçamento tem um ano de vigência e,


como tal, uma execução orçamental anual.

• Publicidade: o OGE tem que ter publicação oficial.

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4. REGRAS DE EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL

No processo de preparação da proposta orçamental, devem ser


observadas as seguintes regras de equilíbrio orçamental:

1. O orçamento deve prever os recursos necessários para cobrir


todas as despesas.

2. As despesas correntes não devem em caso algum ultrapassar


as receitas correntes.

3. Quando a conjuntura do período, a que se refere o orçamento,


não permitir o equilíbrio do orçamento corrente, o poder
Executivo ou a Autarquia financia o respectivo défice sem
recorrer à criação de moeda.

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5. LIMITES DO OGE

O que não é permitido incluir na proposta orçamental?

 A previsão de receitas relativas a impostos que não tenham


sido criados por lei.

 A consignação de receitas a órgãos, serviços ou fundos,


ressalvadas as decorrentes de financiamentos ou doações, e
exceptuando os casos em que a lei determine expressamente a
afectação de certas receitas a determinadas despesas.

 A criação ou extinção de fundos, sem prévia autorização legal.

 A inclusão de transferências para empresas privadas, das


quais resultem bens que se incorporem no seu respectivo
património, sem autorização do Chefe do Executivo.

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6. ÓRGÃOS DO SISTEMA ORÇAMENTAL
O  Ministério das Finanças: É o Órgão Central do Sistema
Orçamental com competências de coordenar e supervisionar o
processo de preparação dos orçamentos dos Órgãos do
Sistema Orçamental e consolidar o projecto de Orçamento
Geral do Estado.
Ministério das
Finanças
Órgãos do Governo: É a entidade articuladora entre o Órgão
Central e as respectivas Unidades Orçamentais. São
estruturas Sectoriais do Governo tais como os Órgãos de
Soberania, os Ministérios, os Governos Provinciais, os Órgãos de Governo
Serviços de Inteligência, a Procuradoria-geral da República, a (Órgãos de Soberania,
Ministérios, Governos
Comissão Nacional Eleitoral e demais órgãos definidos pelo Provinciais)
Executivo.

Unidade Orçamental: É o Órgão do Estado, ou o conjunto de Unidades Orçamentais


órgãos, ou de Serviços da Administração do Estado, ou da (Institutos Públicos,
Administração Autárquica, Fundos e Serviços Autónomos, Administrações Municipais,
Hospitais Gerais)
Instituições Sem Fins Lucrativos, financiadas maioritariamente
pelos poderes públicos e a segurança social, a quem forem
consignadas dotações orçamentais próprias.
Órgãos Dependentes
(Direcções Municipais,
Órgão Dependente: Unidade Administrativa, ou executora, Hospitais Municipais)
dos órgãos, ou de serviços, da Administração Autárquica,
Fundos e Serviços Autónomos, Instituições Sem Fins
Lucrativos Financiadas maioritariamente pelos poderes
públicos e a segurança social, que se constituem em unidades
orçamentais.

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7. CLASSIFICAÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS

Receitas

- Receitas correntes
Classificação económica
- Receitas de capital

- Receitas ordinárias do tesouro


- Receitas próprias
Classificação por fonte de recursos - Doações
- Financiamento

Despesas
- UO
Classificação institucional
- OD
- Função
Classificação funcional-programática
- Programa

- Despesa corrente
Classificação económica - Despesa de capital

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8. PROCESSO DE ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO DO OGE

Elaboração do
Limite de Proposta
Instruções Orçamento Aprovação Execução
Despesa Orçamental
Preliminar

As Instruções O processo de O Limite de A Proposta Após discussão Após aprovação


estabelecem as Elaboração do Despesa é Orçamental é pelo Executivo, a pela Assembleia
regras e Orçamento determinado para determinada proposta de Nacional, o
procedimentos a Preliminar é as despesas de tendo por base os Aprovação
Orçamento é orçamento é
serem observados constituído com Funcionamento e Limites de Submetida à executado pelos
pelos Órgãos do base na avaliação DAD, em Despesa e a Assembleia Órgãos do
Sistema preliminar de coerência com os fundamentação Nacional para a Sistema
Orçamental no Programas e indicadores apresentada aprovação nos Orçamental,
processo de Actividades, macro- pelas Unidades termos da Lei. durante o período
elaboração da segundo escala económicos e os Orçamentais. de 1 ano.
proposta do OGE de prioridades, a grandes
para o ano em fim de atingir os objectivos
referência objectivos nacionais e
ção
nacionais. sectoriais do PDN
o ra nto
2018-2022. l ab ame inar
E rç m
Limite de O reli
P
Despesa

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9. PROCESSO DE EXECUÇÃO DE DESPESA

Cabimentação Liquidação Pagamento

A cabimentação consiste em A lidação constitui a verificação do O pagamento é a quitação


deduzir do saldo de determinada direito do credor (fornecedor do (pagamento da dívida ao fornecedor
dotação orçamental, a parcela Estado), com base nos documentos do Estado), após sua regular
necessária à realização da despesa comprovativos da prestação de liquidação
aprovada serviços ou fornecimento de bens

Nenhuma despesa pode ser autorizada ou paga sem que disponha de inscrição orçamental, tenha
cabimento na programação financeira, esteja adequadamente classificada e satisfaça o princípio da
economia, eficiência e eficácia (alínea a, n.º 1, artigo 30.º, Lei n.º 15/10, de 14/Jul).

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10. AJUSTES ORÇAMENTAIS (CRÉDITOS ADICIONAIS)

 O OGE é executado por intermédio de créditos


orçamentais, que podem ser iniciais ou adicionais.

 Os créditos orçamentais são iniciais, quando instituídos


pela Lei Orçamental, e adicionais quando instituídos por
alterações posteriores à aprovação da Lei Orçamental.

 Os créditos adicionais classificam-se em:

- Suplementares
- Especiais
- Extraordinários

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10. AJUSTES ORÇAMENTAIS (CRÉDITOS ADICIONAIS)

 Os créditos adicionais são suplementares, quando


destinados ao reforço da dotação orçamental.

 Os créditos adicionais são especiais, quando destinados


a atender despesas para as quais não haja dotação
orçamental específica na Lei Orçamental.

 Os créditos adicionais são extraordinários, quando


destinados a atender despesas urgentes e imprevistas,
decorrentes de guerra, perturbação interna ou
calamidade pública.

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10. AJUSTES ORÇAMENTAIS (CRÉDITOS ADICIONAIS)

Regras de Execução do OGE 2022 – Principais Alterações

Créditos Orçamentais – Artigo 23.º


• O prazo para solicitação de créditos orçamentais com recurso à reserva
orçamental passa do dia 30 de Outubro para o dia 15 de Outubro (n.º 11), findo o
prazo os mesmos não serão considerados.
Créditos Adicionais por Contrapartida da Reserva Orçamental – Artigo 24.º
• Os créditos adicionais destinados a projectos e actividades
financiados com recursos próprios são aprovados pela Ministra das
Finanças (n.º 11).

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10. AJUSTES ORÇAMENTAIS (CRÉDITOS ADICIONAIS)

Regras de Execução do OGE 2022 – Principais Alterações

Créditos Adicionais por Contrapartida Interna – Artigo 25.º


• O prazo para solicitações de créditos adicionais por contrapartida interna referente ao IV
Trimestre passa de 25 de Novembro para 17 de Dezembro (alínea d, n.º 1), findo o
prazo os mesmos não serão considerados.
• As solicitações de contrapartida interna em Actividade Básica e Despesas de Apoio ao
Desenvolvimento dos Órgãos da Administração Local que não estejam inseridas no
mesmo projecto passam a ser solicitadas às DPF’s (n.º 7).
• A DPF passa a autorizar contrapartidas internas em Actividade Básica (excepto despesa
com o pessoal) e DAD entre OD’s da mesma UO, bem como contrapartidas internas em
Actividade Básica dos serviços periféricos e desconcentrados dos Ministérios (excepto
DPF’s), desde que no mesmo projecto ou actividade (n.º 8).
• As dotações orçamentais e eventuais saldos orçamentais, em ACT, DAD e PIP em
acordos específicos, somente podem constituir contrapartidas internas, desde que no
mesmo acordo, a saber: Pnlcp-Combate a Pobreza, Om-Munícipe, Próprio, Covid-19,
Piim, Hemodiálise.
• As contrapartidas internas no PIP ao nível local passam igualmente ser efectivados pelas
DPF’s, desde que no mesmo projecto.

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11. PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

 O Ministro das Finanças elabora uma Programação


Financeira trimestral, que é aprovada pelo TPE, com
base nos créditos orçamentais e nas informações
relativas à arrecadação de receitas.

 Com base na Programação Financeira, o Ministro das


Finanças elabora um Plano de Caixa (mensal),
aprovado pela Comissão Económica, através do qual é
efectivada a disponibilização de recursos financeiros.

 A programação financeira fixa os limites para


cabimentação de despesa (em moeda nacional ou
moeda estrangeira) a favor das UO’s e respectivos OD’s.

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11. PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

Para que serve a elaboração da Programação Financeira?

 Fixar a prioridade e a oportunidade das acções a


realizar e dos recursos a disponibilizar.

 Evitar pressões sobre o mercado de bens e serviços,


bem como sobre a área financeira.

 Compatibilizar o comportamento da despesa com o


da receita, de modo a reduzir eventuais insuficiências de
caixa e prever a necessidade de contratação de
operações de crédito por antecipação de receita.

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PARTE PRÁTICA
OBRIGADO
OUTRAS INFORMAÇÕES

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