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1° Ano, Pós-laboral
Maputo
2023
Solvêncio Soto
Universidade Pedagógica
Maputo
2023
INDICE
CAPÍTULO I..............................................................................................................................3
1.Contextualização
1.1.Introdução........................................................................................................................3
1.2.Objectivos........................................................................................................................5
1.2.1.Objectivo geral..........................................................................................................5
1.2.2.Objectivos específicos...............................................................................................5
1.3.Problematização...............................................................................................................5
1.4.Hipóteses..........................................................................................................................5
1.7.Metodologia.....................................................................................................................6
Quanto a abordagem..............................................................................................................7
Quanto a natureza...................................................................................................................8
1.8.Organograma da DPEC-Maputo......................................................................................9
1.9.Lista de Abreviaturas.....................................................................................................10
CAPITULO III.........................................................................................................................12
3.Desenvolvimento...............................................................................................................12
Tipicidade qualitativa.......................................................................................................14
Tipicidade quantitativa.....................................................................................................14
4. Análise de Dados..........................................................................................................19
Ensino Primário................................................................................................................19
CAPITULO V..........................................................................................................................22
5.1.Conclusão.......................................................................................................................22
5.1. Constrangimentos..........................................................................................................24
5.2. Constatações..................................................................................................................24
5.3. Sugestões.......................................................................................................................25
CAPÍTULO VI.........................................................................................................................26
6.Bibliografia.......................................................................................................................26
CAPÍTULO I
1.Contextualização
1.1.Introdução
Em qualquer gestão, individual, privada ou pública, é condição essencial para a realização de
qualquer despesa, ter receita, realidades interligadas, no caso de entes públicos, à satisfação
de necessidades colectiva. O Estado tem que prever as despesas em função das necessidades
a satisfazer e com base nelas, programar as receitas a cobrar, uma vez aprovado o orçamento
e iniciado o ano financeiro, começam a ser cobradas as receitas e pagas as despesas a este
processo dá-se o nome de execução orçamental, que deve cingir-se na lei aquando da sua
aplicação, onde a Inspecção Provincial deve entrar para verificar o cumprimento das normas
estabelecidas. Vários autores estudam esta matéria de forma vasta mas quando o foco é
realidade moçambicana o resultado trabalho é sempre o mesmo, podendo um trazer a matéria
numa abordagem mais superficial em relação ao outro, porém, não foram limitados esforços
na busca de informações para materialização do presente relatório.
VI Capítulo – Bibliografia
1.2.Objectivos
1.2.1.Objectivo geral
Compreender a importância do controlo na execução orçamental nas
instituições públicas.
1.2.2.Objectivos específicos
Definir a execução orçamental;
Explicar como é feita a execução orçamental das despesas e receitas na
DPEDHM;
Identificar se as regras da execução orçamental estão a ser aplicadas na
DPEDHM.
1.3.Problematização
A fraca fiscalização por parte dos órgãos responsáveis pelo controlo no preenchimento dos
mapas facultativos para o controlo da execução orçamental e a negligência dos funcionários
que não percebem o quão sensível é a informação com a qual trabalham, não colocando a
segurança devida nesses documentos, podendo qualquer alteração que não esteja
devidamente justificada induzir a emissão de relatórios de execução não credíveis,
culminando na apresentação de resultados que não correspondam a situação real da entidade.
Diante dos aspectos acima abordados podemos levantar a seguinte questão de pesquisa, até
que ponto a fraca fiscalização pelos órgãos responsáveis pelo controlo pode influenciar na
execução orçamental?
1.4.Hipóteses
H1 – a fraca fiscalização na execução pode influenciar os funcionários a executarem o
orçamento devidamente;
1.7.Metodologia
Metodologia
tecnologia da medida dos fatos científicos. A metodologia deve ajudar a explicar não apenas
os produtos da investigação científica, mas principalmente seu próprio processo, pois suas
exigências não são de submissão estrita a procedimentos rígidos, mas antes da fecundidade na
produção dos resultados (Bruyne,1991,p.29)
Tipos de pesquisas científica
Quanto aos tipos de pesquisas científicas na presente pesquisa foi usado o método
Hipotético - dedutivo. Segundo Leville e Dionne (1999), o método hipotético – dedutivo tem
o papel central de efectuar o levantamento das hipóteses da pesquisa através da observação
dos factores .
Quanto a abordagem
A presente pesquisa quanto a abordagem é uma pesquisa qualitativa. De acordo com Bogdan
e Biklen (2003), o conceito de pesquisa qualitativa envolve 5 características básicas que
configuram este tipo de estudo: ambiente natural, dados descritivos, preocupação com o
processo, preocupação com o significado e processo de análise indutivo.
Para Gil (1999), o uso dessa abordagem proporciona o aprofundamento da investigação das
questões relacionadas ao fenómeno em estudo e das suas relações, mediante a máxima
valorização do contrato tido com a situação estudada, buscando- se o quê era comum, mas
permanecendo entretanto, aberta para perceber a individualidade e os significados múltiplos.
a) Pesquisa bibliográfica
e) uma gama de fenómenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar
Quanto a natureza
Quanto à natureza a pesquisa é básica, que no entender de Prodanov e Freitas (2013, p.51)
objectiva gerar conhecimentos novos e úteis para o avanço da ciência sem prática prevista.
Do ponto de vista dos objectivos de pesquisa A pesquisa é exploratória, pois busca fazer um
levantamento bibliográficos obre o tema para melhor compreendê-lo. Que segundo Gil (2008,
p.27) “a pesquisa exploratória temcomo objectivo maior proporcionar maior familiaridade
com o problema, com vista a torná-lo mais explícito ou construir hipóteses.
Inspecção Provincial
1
Encontra-se em uso ainda o organograma aprovado no ano de 2013, porém existe uma proposta que aguarda
aprovação para a entrada de um novo organograma.
1.9.Lista de Abreviaturas
OE – Orçamento Estado
DPEDHM – Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano – Maputo
CED – Classificador Económico de Despesa
IICAEG – Instituto Industrial e de Computação Armando Emílio Guebuza
OP – Ordem de Pagamento
TA – Tribunal Administrativo
AR – Assembleia da República
CRM - Constituição da República de Moçambique
SISTAFE – Sistema de Administração Financeira do Estado
EGFAE – Estatuto Geral do Funcionário e Agente do Estado
REO – Repartição de Execução Orçamental
DAF – Departamento de Administração Financeira
MCTESTP – Ministério da Ciência e Tecnologia Ensino Superior e Técnico Profissional
IICM – Instituto Industrial e Comercial da Matola
SDEJT – Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
IFP – Instituto de Formação de Professores
FASE – Fundo de Apoio ao Sector da Educação
SOE – Subsistema do Orçamento do Estado
ADE – Apoio Directo às Escolas
CAPÍTULO II
2.Revisão Bibliográfica
2
acto ou efeito de executar, de passar do projecto ao ato; realização – in dicionário electrónico HOUAISS da
Língua portuguesa 2.0a
3
art. 12 da Lei 9/2002 – SISTAFE
4
verba destinada a determinado fim - in dicionário electrónico HOUAISS da Língua portuguesa 2.0a
5
acção ou resultado de cancelar ou extinguir: eliminação, extinção, cancelamento - in dicionário electrónico
HOUAISS da Língua portuguesa 2.0a.
CAPITULO III
3.Desenvolvimento
Antes de avançarmos com o desenvolvimento do trabalho vamos recordar aquilo que são as 8
(oito) regras e princípios que o orçamento deve obedecer. As regras e princípios 7 a saber:
anualidade, unidade, universalidade, especificação, não compensação, não consignação,
equilíbrio e publicidade.
Segundo FRANCISCO (2013) apud WATY (2004), podemos entender execução como o
conjunto de actos e operações materiais de administração financeira e de tesouraria praticados
6
Para dar início a execução orçamental, o Governo aprova as disposições que se mostrem necessárias, sem
prejuízo da imediata aplicação das normas da Lei do Orçamento do Estado que sejam directamente exequíveis. -
art. 28 da Lei 9/2002 – SISTAFE.
7
nr. 1, art. 13 da Lei 9/2002 – SISTAFE
para cobrar as receitas e realizar as despesas inscritas ou para prover ao respectivo
ajustamento.
Compete ao Governo executar e fazer executar o orçamento, sendo para o efeito coadjuvado
pela Administração8. A execução do OE é fiscalizada pelo TA e pela AR, a qual, tendo em
conta o parecer daquele Tribunal, aprecia e delibera sobre a Conta Geral do Estado9 10.
Liquidar e cobrar, nem inscrever no orçamento, uma receita que não esteja autorizada
por lei, segundo o princípio da legalidade13.
8
al. e), nr. 1, art. 204 da CRM.
9
Art. 131 da CRM.
10
A nível da DPEDHM a execução orçamental é Fiscalizada pela Inspecção Provincial que é o órgão interno
que zela e supervisiona as actividades administrativas, fazendo prevalecer as normas e decretos que regem as
actividades executadas por esta entidade.
11
WATY (2004: p. 93) apud SOUSA FRANCO (ob. cit,, p. 430).
12
WATY (2004: p. 93) apud BAZ TEIXEIRA, (ob. cit., p. 169) em sua obra considera as mesmas regras como
princípios.
13
O qual determina a observância integral das normas legais vigentes – al b), art 4 da Lei 2/2009 de 12 de
Fevereiro - SISTAFE
Podem variar de acordo com a conjuntura económica 14 e outros factores fora do controlo do
Governo;
Realizar despesas que, não obstante tenham base legal, não se encontrem inscritas no
orçamento ou não tenham cabimento na correspondente verba orçamental, isto é,
superem o montante de verba fixado no orçamento.
Tipicidade qualitativa
No caso das receitas, apenas se condiciona a espécie de receita que poderá ser inscrita no
orçamento, não o seu montante que, podendo ser ultrapassado, não é vinculado;
Tipicidade quantitativa
No caso das despesas, pelo contrário, impõem-se limites aos montantes que poderão ser
gastos. Elas não poderão exceder as dotações globais fixadas no orçamento: são autorizadas
em espécie e em quantidade.
Por seu turno as entidades competentes do SOE tomam as necessárias medidas à execução e,
nesse sentido deverão:
As operações fundamentais de execução das receitas, que constituem as suas fases15 são:
A cobrança das receitas pode ocorrer sob forma de pagamento voluntário ou por recurso à
cobrança coerciva e, no que às dívidas tributárias diz respeito, a cobrança poderá também
processar-se sob a forma de cobrança virtual ou cobrança eventual16.
Não obstante ele só inicia sob condição necessária de a despesa em causa ser legal.
As despesas só poderão ser assumidas durante o ano económico para o qual estiverem
orçamentadas e deverão sempre respeitar os princípios de economia (minimização dos
custos), eficiência (maximização dos resultados) e eficácia (obtenção dos resultados q
pretendidos).
Uma despesa para ser executada tem de estar inscrita numa classe e verba prevista no
OE , e tem de ter cabimento orçamental . No caso das despesas obrigatórias, a utilização
da dotação orçamental – do montante inscrito na rubrica de despesa – é obrigatória,
enquanto que no caso das despesas facultativas a sua utilização é opcional.
A execução das despesas deverá obedecer à regra dos duodécimos, segundo a qual em
1
cada mês do ano não poderá ser utilizada uma verba superior a da verba global
12
fixada no orçamento, acrescida dos duodécimos dos meses anteriores vencidos e não
gastos, de acordo com esta regra, as despesas distribuir-se-ão uniformemente ao longo
do ano ou concentrar-se-ão na parte final do ano, quando a tesouraria já dispõe de
maiores recursos. Impede-se, assim, que as despesas se concentrem nos primeiros meses
do ano, quando a tesouraria ainda não dispõe de recursos suficientes, por ainda não ter
sido cobrada a maior parte das receitas.
Para DE SOUSA (1992; p.117), significa isto que os encargos devem ser assumidos e os
pagamentos autorizados por importâncias não excedentes aos duodécimos vencidos. Isto é:
não podem fazer-se em cada mês, por conta de determinado crédito orçamental.
Existem, todavia, excepções autorizadas por lei. Estas excepções resultam da necessidade de
realizar o grosso de certas despesas durante um determinado período do ano. Abrangem as
Despesas com o Pessoal, os Encargos da Dívida, Transferências ao Exterior, Outras Despesas
Correntes, Exercícios Findos e Encargos Aduaneiros.
As excepções previstas por lei incluem ainda despesas que pela sua especificidade
beneficiem de um regime especial de utilização das dotações orçamentais.
Autorização do pagamento: a permissão dada por quem tem competência para tal,
para que se proceda ao pagamento da despesa;
17
Art. 30 da Lei 9/2002 – SISTAFE
fiscalização prévia por órgão judicial através do visto ou declaração de conformidade do
Tribunal Administrativo.
Podemos, pois, aditar especificamente para a execução das despesas uma outra regra, para
além da legalidade e economicidade, a da prévia justificação para a sua eficácia técnica,
eficiência económica.
Capítulo IV
4. Análise de Dados
Para a execução do orçamento de 2016 foi atribuído um valor 954.563.100,00 (Novecentos e
Cinquenta e Quatro Milhões, Quinhentos e Sessenta e Três Mil e Cem Meticais) valor este
alocado em 5 (Cinco) diferentes ensinos sendo eles: Ensino Primário, Ensino Secundário I
Ciclo, Ensino Secundário II Ciclo, o Programa de Alfabetização e Educação de Adultos e o
Ensino Técnico Profissional. Do valor atribuído com o que havia sido programado verifica-se
uma diferença de cerca de 233.895.160,00 (Duzentos e Trinta e Três Milhões, Oitocentos e
Noventa e Cinco Mil e Cento e Sessenta Meticais) tendo sido programado cerca de
1.188.458.260,00 (Mil, Cento e Oitenta e Oito Milhões, Quatrocentos e cinquenta e Oito e
Duzentos e Sessenta Meticais).
Ensino Primário
Despesa Programado Aprovado Limites Indicativos Limites Indicativos (%) Programado (%)
Salários e Remunerações 687,000,970.00 588,197,900.00 588,197,900.00 100 85.62
Outras Despesas c/ Pessoal 4,300,000.00 300,000.00 300,000.00 100 6.98
Bens 7,800,000.00 5,500,000.00 5,500,000.00 100 70.51
Serviços 5,300,000.00 2,800,000.00 2,800,000.00 100 52.83
Total 704,400,970.00 596,797,900.00 596,797,900.00 100 84.72
Despesa Programado Aprovado Limites Indicativos Limites Indicativos (%) Programado (%)
Salários e Remunerações 222,719,970.00 165,250,000.00 165,250,000.00 100 74.20
Outras Despesas c/ Pessoal 2,000,000.00 250,000.00 250,000.00 100 12.50
Bens 4,000,000.00 3,000,000.00 3,000,000.00 100 75.00
Serviços 3,500,000.00 2,000,000.00 2,000,000.00 100 57.14
Total 232,219,970.00 170,500,000.00 170,500,000.00 100 73.42
Despesa Programado Aprovado Limites Indicativos Limites Indicativos (%) Programado (%)
Salários e Remunerações 205,536,500.00 155,300,000.00 155,300,000.00 100 75.56
Outras Despesas c/ Pessoal 2,500,000.00 1,300,000.00 1,300,000.00 100 52.00
Bens 4,500,000.00 2,500,000.00 2,500,000.00 100 55.56
Serviços 4,000,000.00 1,965,000.00 1,965,000.00 100 49.13
Total 216,536,500.00 161,065,000.00 161,065,000.00 100 74.38
Alfabetização e Educação de Adultos
Despesa Programado Aprovado Limites Indicativos Limites Indicativos (%) Programado (%)
Salários e Remunerações 5,885,580.00 3,000,000.00 3,000,000.00 100 50.97
Outras Despesas c/ Pessoal 650,000.00 250,000.00 250,000.00 100 38.46
Bens 1,500,000.00 700,000.00 700,000.00 100 46.67
Serviços 1,000,000.00 400,000.00 400,000.00 100 40.00
Total 9,035,580.00 4,350,000.00 4,350,000.00 100 48.14
Despesa Programado Aprovado Limites Indicativos Limites Indicativos (%) Programado (%)
Salários e Remunerações 21,265,240.00 19,080,000.00 19,080,000.00 100 89.72
Outras Despesas c/ Pessoal 1,000,000.00 420,000.00 420,000.00 100 42.00
Bens 2,500,000.00 1,350,000.00 1,350,000.00 100 54.00
Servicos 1,500,000.00 1,000,000.00 1,000,000.00 100 66.67
Total 26,265,240.00 21,850,000.00 21,850,000.00 100 83.19
Conforme dito acima, analisando os dados das tabelas apresentada, conclui-se que as rubricas
mais críticas são os bens e serviços e as ajudas de custo.
Relativamente a esta tabela deve-se saber primeiro que esta execução respeita ao primeiro
trimestre do ano de 2016, podemos ver que os projectos Construção – Ensino Secundário e
Apoio aos IFP’s ainda não haviam se iniciado com a execução, podemos perceber ainda que
mais que a metade dos projectos já havia sido executado em pelo menos 30% e com o
projecto de Alimentação Escolar sendo o projecto com o nível de execução mais avançando,
faltando somente a execução de 0.2% da sua dotação.
5.1.Conclusão
Para a satisfação das necessidades sociais, o Estado realiza a actividade financeira, actividade
que consiste num conjunto de actos virados para a obtenção, gestão e aplicação de recursos
necessários para prossecução desse fim. Deste modo, para a obtenção, gestão e aplicação de
recursos, precisam de estar planificadas e autorizadas.
O Governo deve respeitar as leis aquando da execução, verifica-se que na DPEDHM compete
ao Departamento de Inspecção Provincial fazer cumprir as normas para que todas as
actividades desenvolvidas no DAF estejam dentro dos parâmetros previstos pela lei.
Abordamos sobre a execução orçamento das receitas e o das despesas, o primeiro respeitam o
princípio da legalidade tem três (3) operações fundamentais para a execução das receitas
nomeadamente as de liquidação e procedimentos administrativo, as de liquidação que
consiste na determinação da verba que o Estado tem de receber dos contribuintes, e por
último as operações de arrecadação, que cobram recebem e garantem a entrada nos cofres do
Estado. E a segunda, a execução orçamental das despesas, também obedece ao princípio da
legalidade tal como a execução das receitas e dita ainda que não é permitido a utilização de
uma só vez da totalidade do crédito disponibilizado por conta disto socorremo-nos da regra
dos duodécimos para que o crédito possa ser repartido em doze (12) partes, o principio da
legalidade não foi observado pela Administração no que tange a realização de despesas
verificando-se que nos casos em que as dotações iniciais não foram preenchidas os saldos
assumiram valores negativos e quando feita a actualização das dotações verifica-se que numa
rubrica foi utilizada uma verba acima do limite fixado, podendo ser possível evitar este
cenário desde que se faça uma fiscalização. Findo o ano económico para o qual foi aprovado
o orçamento em execução, serão imediatamente transportadas para o ano seguinte as verbas
remanescentes, não sendo esta política aplicável para as despesas, pois estas devem ser
realizadas no ano económico para o qual estão previstas.
Nas tabelas de distribuição de orçamento por níveis de ensino feita uma breve análise
verificou-se que o valor aprovado esta muito abaixo daquilo que são as necessidades reais das
instituições, sendo as rubricas mais críticas as de bens e serviços com um défice de cerca de
38.33% para satisfazer na totalidade as necessidades, e o Ensino Secundário Geral teve um
défice de 31% nas mesmas rubricas, concluindo que os dois ensinos enfrentaram dificuldades
média de 31.67%. Nestes casos o que vem amenizar esta situação é a execução do projecto de
apoio directo às escolas que entra em acção caso o orçamento atribuído as escolas não seja
suficiente para cobrir com as necessidades que não foram satisfeitas, projecto este financiado
pelo FASE que de acordo com a tabela de execução teve a maior parte dos seus projectos
executados em mais de 30% somente no primeiro trimestre do ano.
5.1. Constrangimentos
Um dos principais factores que causou a dificuldade no aprender foi a situação económica em
que o nosso País se encontra isso fez com que, para o sector da educação, o Estado cortasse
alguns “privilégios” que os professores tinham, mas não foram só os professores que foram
afectados, os alunos também de certa forma sentiram o efeito da dita “crise”. A questão agora
é de que forma os professores e alunos foram afectados? Sabe-se que dentre o leque de
actividades que a REO desenvolve, os pagamentos de Horas Extras e Segunda Turma
constam da lista, foi dessa forma que os professores foram afectados, o Estado não conseguiu
pagar essas duas despesas pois não dispunha de verbas. Os alunos das várias Escolas não
puderam receber as palestras que constavam do plano de actividades da DPEDHM. Deste
modo, se o Estado não pôde custear essas despesas certamente haveria falta de casos por
desenrolar resultando na limitação do conhecimento adquirido, só ficamos a saber
teoricamente que determinadas actividades são desenroladas no seu dia-a-dia, algumas das
actividades que não foram possíveis de desenvolver.
Outro factor que limitou o enriquecimento do presente relatório foi a negligência por parte de
alguns funcionários da REO mas que desempenham actividades diferentes da dos balancetes
mensais e salários, alegavam que estariam a ser atrasados nas suas actividades, por ter que
treinar o estagiário, simplesmente este era solicitado pelos ditos funcionários no caso de
necessidade de ajuda numa actividade complexa em que seria difícil ser executada por um só
funcionário, só era dito o que tinha de fazer não tendo a oportunidade de ser explicado o
assunto que se estava a tratar. Pelo facto do DAF trabalhar com dinheiros do Estado, para
pagamento das despesas que são de sua responsabilidade não foi possível fornecer ao
estagiário anexos para suportar a parte teórica do presente do presente relatório, pois trata-se
de informações confidenciais.
5.2. Constatações
Os modelos/mapas facultativos não estão devidamente protegidos, possibilitando que
qualquer funcionário seja capaz de alterar os dados já registados.
As dotações disponíveis não estão a ser constantemente actualizadas por
consequência os saldos por vezes assumem valores negativos, e não se verifica a
implementação da regra dos duodécimos.
Os processos pagos enviados ao gabinete da directora provincial ficam demasiado
tempo a serem verificados.
Os colaboradores não têm domínio dos mapas de controlo de pagamentos.
5.3. Sugestões
Que os colaboradores sejam capazes de proteger com senhas e guardar em
dispositivos de armazenagem externa cópias dos mapas actualizados diariamente
com os quais trabalham no fim de cada dia de trabalho.
Que devam ser sempre preenchido o campo das dotações disponíveis e obedecer a
regra dos duodécimos.
Que os processos pagos sejam lançados nos mapas e posteriormente enviados ao
gabinete da Directora.
Que se observe o n 1 do artigo 60 do EGFAE, que estabelece a todos funcionários e
Agentes do Estado devem desenvolver através de um processo de formação e
aperfeiçoamento, as suas qualidades técnico-profissionais, após a formação deve se
avaliar os níveis de dificuldades enfrentados pelos funcionários.
CAPÍTULO VI
6.Bibliografia
WATY, Teodoro Andrade – Introdução às finanças Públicas e Direito Financeira,
WEW Editora, LDA, Maputo. 2011
DE SOUSA, Domingos Perreira – Finanças Públicas, 1ª edição, Lisboa, 1992
RIBEIRO, José Joaquim Teixeira – Lições de Finanças Públicas, 5ª edição, Coimbra
Editora, Lisboa, 2013.
KOOGAN, A.; HOUAISS, A. (Ed.). Enciclopédia e dicionário digital 2a. Direcção
geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: Delta: Estadão, 2007. 5 CD-ROM.
Produzida por Videolar Multimédia.